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É cruel e humilhante verificar que

construções, que tantos anos e


esforços custaram ao homem, se
destruam num minuto.
Charles Darwin
Os sismos são devidos à vingança da
Terra em relação aqueles que a
mutilam para lhes saquear o ouro, a
prata e o ferro.
Plínio (23-79d.C.)
http://www.youtube.com/watch?v=q7boO_wTzS4

http://www.youtube.com/watch?v=uEgI1reQpM0&feature=related
A atividade sísmica, tal como a atividade
vulcânica, é uma prova de que a TERRA é um
PLANETA geologicamente ativo.
Os sismos podem até ser encarados
positivamente, por permitirem a libertação
fracionada de energia que, se não acontecesse,
resultaria numa acumulação insustentável, capaz
de provocar uma catástrofe à escala global.
De um momento para o outro a paisagem sofre
mudanças incríveis; há milhares de mortos por
ano, pelo que se justifica o esforço dos
especialistas com vista à minimização do risco
sísmico.
Abertura de fendas no solo
Deslizamento de terras
Tsunamis,
Destruição de construções feitas
pelo Homem,
Perda de vidas,
Ferimentos e altos prejuízos
financeiros e sociais (como o
desabrigo de populações inteiras,
facilitando a proliferação de doenças,
fome, etc).
Porquê estudar os sismos?

O estudo dos sismos é, para os cientistas ,


uma oportunidade para compreenderem melhor
o interior da Terra.

Grande parte do conhecimento que


atualmente temos sobre a estrutura interna
da geosfera é baseado na interpretação do
comportamento das ondas sísmicas que se
propagam no interior da Terra .
O que é um sismo?
Porque ocorrem sismos? Causas?
Sismo (do grego “agitação”) é um
movimento vibratório, brusco e de curta
duração da superfície da Terra.

Os sismos resultam da libertação rápida


de grandes quantidades de energia sob a
forma de ondas sísmicas.
Frequentemente num sismo, ou tremor de Terra, são detetados:
ABALOS PREMONITÓRIOS → ABALO PRINCIPAL → RÉPLICAS
Causas dos sismos: naturais e artificiais

Sismo de colapso Sismo artificial

Consequências da
ação humana;
trabalhos como, por
exemplo, o
enchimento de uma
barragem

Abatimento natural
de uma gruta

Sismo vulcânico
Sismos
tectónicos
(ocorrem nas
imediações das
fronteiras das
placas
Movimentação de tectónicas)
magma
Sismos Tectónicos – resultam da libertação de energia acumulada, na
litosfera, durante os movimentos tectónicos.

Foi ultrapassado:
• o limite máximo de acumulação de
energia.
• o limite de elasticidade da rocha
com comportamento frágil.

Libertação repentina da energia


elástica (acumulada) sob a forma de:
- ondas sísmicas.
- energia calorífica.

Zona de fratura –
FALHA ATIVA - superfície de
fratura, ao longo da qual ocorreu
Falha
um movimento (brusco – ressalto)
transformante relativo entre os dois blocos
Atuação de forças: A – compressivas separados.
B – distensivas e
C - cisalhamento
Falhas Ativas e Inativas
Zona onde são
acumuladas tensões
ao longo do tempo

Libertação da
energia acumulada
Qual o mecanismo que está na origem dos sismos tectónicos?
Teoria do Ressalto elástico – enunciada por Harry F. Reid , em 1911, após
ter estudado o grande sismo que ocorreu em S. Franscisco – (Califórnia, 1906).

1º- As forças tectónicas criam um estado de tensão que


vão deformando lentamente as rochas.

2º- À medida que os movimentos das placas decorrem,


as tensões continuam a ser acumuladas e a deformação
acentua-se durante décadas, séculos ou até milénios.

3º-No decurso deste processo as rochas atingem o limite


máximo de acumulação de energia, pelo que, num dado
ponto a resistência das rochas à tensão é excedida,
ocorrendo uma falha.

4º- Há o deslocamento repentino dos dois blocos da falha,


Esquema representativo
libertando energia, sob a forma de calor e de vibrações,
da Teoria do ressalto
elástico. originando as ondas sísmicas
Falhas
após
um sismo

Em Kobe, no Japão, deslocamento horizontal.


ONDAS SÍSMICAS

ONDAS SÍSMICAS - Movimento das partículas, em resultado da libertação de energia


no HIPOCENTRO ou foco sísmico, segundo superfícies concêntricas, a partir do foco.

Propagam-se em todas as direções , acabando por atingir a superfície terrestre.

EPICENTRO - local à superfície, que se encontra na vertical em relação ao


HIPOCENTRO; é onde chegam em primeiro lugar as ondas sísmicas e consequentemente é
aí que se fazem sentir, em primeiro lugar e com maior intensidade, os efeitos do sismo.
O FOCO ou HIPOCENTRO pode localizar-se a diferentes profundidades:

 a < 70km - sismos superficiais


 entre 70km e 300 km – sismos intermédios
 a > 300km – sismos profundos
Propagação da energia sísmica – ondas sísmicas

A formação de ondas vai


depender da força com que se
atira a pedra, e,
consequentemente, da energia
introduzida no lago.

A propagação das ondas


sísmicas é tridimensional

Num solo
Propagação
Num meio
num
homogéneo
meio homogéneo heterogéneo
Propagação das ondas P e S a partir do FOCO SÍSMICO ou HIPOCENTRO

Na realidade, no FOCO forma-se apenas


uma onda que vibra segundo duas
componentes :
uma longitudinal e uma transversal
Tipos de Ondas sísmicas

P ONDAS DE
PROFUNDIDADE
OU DE VOLUME

Rayleigh

ONDAS DE
SUPERFÍCIE

Love
Ondas primárias ou P, ondas longitudinais ou de compressão

São as primeiras a chegar.


As partículas vibram na mesma direção de propagação da
onda.
Propagam-se em meios sólidos, líquidos e gasosos.
São as de maior velocidade.
A velocidade diminui na passagem de meios sólidos para
líquidos e destes para gasosos.
Propagam-se por uma série de impulsos alternados de
compressão e distensão, provocando alteração de volume
dos materiais, mas não alterando a forma.

Relação entre a
variação de volume de
um sólido, causada por
uma força compressiva
Ondas primárias ou P, ondas longitudinais ou de compressão
Ondas Secundárias ou S, ondas transversais.
Chegam em 2º lugar.
As partículas vibram perpendicularmente à direção de
propagação da onda
Só se propagam em meio sólido.
Deslocam-se com menor velocidade, que as ondas P
(porque utilizam muita energia nos movimentos
verticais).

Provocam mudança de forma do material, sem


alteração do volume (sacodem a terra e as
construções como quem sacode um tapete).

O volume mantém-se,
verificando-se uma
alteração na forma.
Ondas Secundárias ou S, ondas transversais.
Ondas superficiais ou L- formam-se na superfície da Terra e
resultam da interferência de ondas P e S. São as responsáveis pela
maior parte das destruições.

Ondas Love – durante Ondas Rayleigh – as


a passagem deste tipo partículas descrevem um
de onda, as partículas movimento elíptico, num
vão vibrar plano perpendicular à
horizontalmente e na direção de propagação,
direção perpendicular provocando no solo
ao sentido da ondulações semelhantes às
propagação da ondas marinhas.
vibração.
Ondas superficiais ou L (Longas)

Ondas Love Ondas Rayleigh

Japão – 12.07.1993
Como se registam os sismos?
SISMÓGRAFOS e SISMOGRAMAS
Sismógrafos – aparelhos
que registam os
movimentos do solo
provocados pelas ondas
sísmicas

Sismógrafos numa
estação sismológica

Sismograma - é
o registo em
gráfico, das
ondas sísmicas
obtido pelo
sismógrafo
DETEÇÃO E REGISTO DE SISMOS
Informações recolhidas dos sismogramas

A hora de chegada das ondas Amplitude das ondas sísmicas e


sísmicas e o intervalo de tempo entre (S-P), permitem determinar a
a chegada das ondas S e P ( S-P ),
permite determinar a ►magnitude

► distância epicentral

► e o epicentro.
Os sismogramas, cuja interpretação está reservada a
especialistas, registam os tempos de chegada das ondas
sísmicas, permitindo calcular a que distância se encontra
o epicentro de um determinado sismo, a chamada
distância epicentral.
Com os dados fornecidos por três estações
sismográficas é possível determinar a localização exata
do epicentro de um sismo.
Quando a estação sismográfica está muito próxima do epicentro, os três tipos
de ondas chegam quase ao mesmo tempo e não é possível distingui-las no
sismograma.
Sismograma onde se pode verificar que as ondas P,
S e L apresentam diferentes :
velocidades de propagação
amplitudes
períodos e
frequências
CURIOSIDADES
O 1º registo sísmico foi obtido na
Alemanhã, em 1889, relativo ao
sismo de Tóquio a 18 de Abril.

A 1ª estação sismográfica de
Portugal continental foi instalada
em Coimbra, no ano de 1903.
Determinação do epicentro de um sismo
Gráfico tempo versus distância

65

61

43

588 622
100 Km ------------------------ 1 cm
622 Km ……………………. X X = 6, 22 cm
Chichuahua

100 Km………………………..1 cm
417 Km ………………………X X = 4, 17 cm
Mazatlan

100 Km ………………………… 1cm


588 Km ………………………… X X = 5,88 cm
Rosarito
O epicentro do sismo foi nas proximidades de La Paz

Raio 6,
uma falha 22cm
Raio
5,88

Raio
4,17cm
Determinar o epicentro de um sismo não
chega para o caracterizar.
Os sismólogos avaliam também a:
 magnitude – representa a ordem de
grandeza da energia libertada
no foco através da propagação
de ondas elásticas.
e
 intensidade – traduz os efeitos produzidos e
sentidos à superfície, num dado
local devido à propagação das
ondas sísmicas.
Determinação da magnitude de um sismo a partir de
um sismograma pelo método gráfico.

Em 1935, o célebre
sismólogo da Califórnia,
Charles Richter idealizou
uma escala de magnitude
dos sismos para os poder
avaliar.

Magnitude – corresponde à
quantidade de energia
libertada por um sismo no
hipocentro.
Os números da
escala de Richter
estão relacionados
com a amplitude
das ondas sísmicas.

Não existe nem um


valor mínimo, nem
um valor máximo
fixos. O sismo com
maior magnitude
(9,5) ocorreu no
Chile em 1960.

Qual a magnitude
do sismo, a que
pertence o
sismograma da
figura?

5
A Magnitude de um sismo:
● é um parâmetro quantitativo

● é uma ordem de grandeza da energia libertada, valor único para


cada sismo, calculado através:
- de fórmula matemática, a partir dos dados dos sismogramas
(Amplitude das ondas e período [M = log 10 A/T+f(Δ) ]
A= amplitude; T = período; f(Δ) = fator empírico

- ou graficamente a partir de sismogramas)

● mede-se pela escala de Richter, organizada de tal forma que o


aumento de um grau corresponde a uma libertação de
energia 30 vezes maior.
E = 10 (2,4M – 1,2)
● é uma grandeza rigorosa .
Escala de Magnitudes e correspondentes energias

E = 10 (2,4M – 1,2)

E – energia
M - magnitude
A capacidade de destruição de um sismo não depende
exclusivamente da libertação de energia expressa na escala de
Richter, mas de outros fatores como: :

A proximidade ao epicentro

A natureza dos materiais superficiais da Terra

O tipo de construção

A densidade populacional

O comportamento das pessoas


Efeito amplificador das ondas sísmicas causado pela
natureza dos terrenos

● A amplitude das ondas sísmicas é tanto maior quanto menor for o


grau de compacidade (coerência) do solo.
(Quanto maior for o afastamento das partículas, maior será a amplitude
de vibração de cada uma delas)
Uma outra escala para avaliar os sismos
A escala de Mercalli (modificada)

A escala, estabelecida
inicialmente por Mercalli,
geofísico Italiano, em
1902, foi modificada, para
a aplicar a diversos tipos
de construção de edifícios.

Giuseppe Mercalli (1850 – 1914)


É uma escala de intensidade de sismos, estabelecida
para avaliar os sismos em função dos efeitos
observados no local.

A intensidade é um parâmetro que tem em conta os


efeitos produzidos por um sismo em pessoas, objetos
e estruturas.

A escala de Mercalli modificada identifica 12 níveis


de intensidade, designados por números romanos de I a
XII.
1. Refira a ilha onde o sismo foi sentido com maior intensidade.

R.1 A intensidade máxima foi de VIII e verificou-se na


ilha do Faial - Salão . R.2

2. Sabendo que o epicentro do sismo se situou a 38º


37´N / 28º 32`W , localize-o na carta de isossistas.
3. Das localidades assinaladas na carta, indique duas onde o sismo atingiu
intensidade VIII.
R.3 Salão e Pedro Miguel

4. Consultando a Escala de Mercalli Modificada, procure avaliar os efeitos do sismo


na localidade de Santa Luzia (Pico).

R.4 VI – vidros partidos; mobílias movem-se ……

5. Procure uma explicação para o facto de as isossistas não serem circunferências


concêntricas em torno do epicentro.

R.5 As isossistas não são circunferências concêntricas, uma vez que existem
várias heterogeneidades nos materiais atravessados pelas ondas sísmicas, a
propagação das ondas é condicionada por esse facto e, por isso, as isossistas
apresentam formas irregulares e não circunferências.

6. Justifique a razão de não serem traçadas isossistas sobre o oceano.

R.6 No oceano não existem construções nem se observa a topografia, por


isso não é possível definir uma intensidade, pelo que não são traçadas
isossistas.
Que dados podem ser obtidos a
partir de uma carta de isossistas?

Localização da região epicentral.

Variação da intensidade sísmica


numa dada região.
ATENÇÃO:
Zonas mais distantes do epicentro
podem registar intensidades maiores,
● porque a distância é apenas um
fator,
● os outros fatores podem
prevalecer sobre a distância,
nomeadamente:
→ densidade populacional;
→ tipo de construção;
→ tipo de solo, …..
Um sismo pode ser avaliado: pela intensidade e pela magnitude
A intensidade sísmica:
● é um parâmetro qualitativo,
● corresponde aos efeitos produzidos e sentidos à superfície num dado
local devido à propagação das ondas sísmicas.
● não é uma grandeza rigorosa;
● não é obtida de imediato, é necessário algum tempo para ter ideia dos
estragos, quer pela observação, quer através de inquéritos.
● mede-se pela escala de Mercalli Modificada .
● apresenta vários valores para o mesmo sismo.
● depende – da profundidade do foco; da natureza do solo e da quantidade
de energia libertada no foco.

A Magnitude de um sismo:
● é um parâmetro quantitativo
● é uma ordem de grandeza da energia libertada, valor único para cada sismo,
calculado através:
- de fórmula matemática, a partir dos dados dos sismogramas ou graficamente a
partir de sismogramas
● mede-se pela escala de Richter, organizada de tal forma que o aumento de um grau
corresponde a uma libertação de energia 30 vezes maior
● é uma grandeza rigorosa .
Zonas de maior sismicidade

Zona Circum-Pacífica – Anel de fogo do Pacífico Cristas Oceânicas

Cintura Mediterrâneo – Asiática


Sismos e Tectónica de Placas
Os sismos distribuem-se de maneira diferenciada no globo terrestre.
As áreas de grande atividade sísmica são as zonas mais instáveis da
Terra que se situam nos limites das placas litosféricas.
A nível mundial, as zonas que registam maior sismicidade são:

 Zona Circum-Pacífica – Anel de fogo do Pacífico – 80%


 Cristas Oceânicas - 5%
 Cintura Mediterrâneo – Asiática - 10%
 Zona intraplacas – 5%

O estudo dos sismos fornece, atualmente, grande parte da evidên-


cia básica da tectónica de placas, uma vez que podemos constatar
que:
• A distribuição dos epicentros, principalmente dos sismos superficiais ,
define o limite de placas;
• a distribuição dos hipocentros fornece indicações quanto ao
comportamento das placas em profundidade;
• o estudo das ondas sísmicas permite-nos estabelecer a direção do
movimento de cada placa em relação às placas vizinhas.
Sismos, vulcões e tectónica de placas
SISMO DE SUMATRA 26/12/2004

INDONÉSIA
T sunami.e xe
SISMO DE SUMATRA 26/12/2004
QUAL O CONTEXTO TECTÓNICO?

Birmânia

Epicentro
O sismo de Sumatra deveu-se a um movimento tectónico, no âmbito do complexo
enquadramento geológico do sudeste asiático. Limite convergente de placas.
O recurso a modelos computadorizados sugerem que a Placa Indo-australiana abateu
cerca de 20 m em relação à placa da Birmânia.
A formação ou activação de uma
falha provoca deformação do fundo
oceânico, com variação do nível da
água, que desce, daí se ver o mar
recuar junto ao litoral.

A água desloca-se para a zona


epicentral , para corrigir a variação
do seu nível, absorvendo parte da
energia sísmica libertada.

Inicia-se a onda gigante – tsunami. A altura das ondas só se torna


visível com a aproximação ao litoral, devido à elevação do fundo do
mar.
1. Classifique o sismo de Samatra
tendo por base a profundidade
do hipocentro.
R.1 sismo superficial - 30 km

2. Identifique as placas envolvidas


no sismo considerado.
R.2 Placa da Birmânia e a placa
Indo – Australiana.

3. Indique o tipo de fronteira


Fossa de Sonda
ou de Java
de placas que se verifica na
Região de Samatra.

R.3 Limite convergente


(zona de subducção)

4. Refira um sinal que indique a


iminência da ocorrência de um
tesunami.

R.4 Verifica-se um recuo


abruptodo mar junto da costa.
Sismicidade em Portugal

1755
Sismos
Epicentro no Banco
de Gorringe
ZONAS SÍSMICAS E GRAU DE PERIGOSIDADE

A > B > C > D


Rede sismográfica de
Portugal continental;
Os pontos identificam
estações
sismográficas
Os Sismos em Portugal Continental
Portugal, no contexto da
tectónica de placas, situa-se na
placa euro-asiática, limitada a sul
pela falha Açores-Gibraltar, a
qual corresponde à fronteira entre
as placas euro-asiática e africana
e, a oeste pelo rifte da dorsal do
oceano Atlântico Norte.

O movimento das placas


caracteriza-se pelo deslocamento
para norte da placa africana e
pelo movimento divergente de
direcção este-oeste na dorsal
atlântica.

Os dados disponibilizados pelo


Instituto de Meteorologia
demonstram que a actividade
sísmica do território português
resulta de fenómenos localizados
na fronteira entre as placas euro-
asiática e africana (sismicidade
interplaca) e de falhas localizadas
no interior da placa euro-asiática
(sismicidade intraplaca).
A aplicação de varas em espiral e juntas flexíveis mudam o risco
sísmico, uma vez que acompanham o movimento das vibrações.
CONSTRUÇÕES ANTI-SÍSMICAS
PREVISÃO E PREVENÇÃO

Evitar a ocupação de zonas de risco e assegurar o cumprimento de normas


de construção anti-sísmica.

Promover a educação da população.

Vigiar as falhas activas; implantação, no terreno, de redes sismográficas


que permitam obter informação sobre a actividade sísmica de fundo de
uma região (microssismos).

Considerar os abalos premonitórios , abalos menores que se fazem sentir


antes de um sismo maior.

Analisar as variações topográficas e hidrológicas ( métodos aplicados na


previsão vulcânica e válidos, também, na previsão sísmica, indicando
perturbações internas).

Definir zonas de maior risco, através de cartas de intensidade máxima ou


com base no tipo de substrato (os danos produzidos por um sismo são,
geralmente, mais acentuados em locais cujo solo apresenta um grau de coerência
mais baixo do que em localidades que estão assentes em solos mais compactos ou
em zonas mais rochosas).
China – 08.05.2008 – 7,8 graus na escala
de Richer – 70 000 mortos
China 2008

http://youtube.com/watch?v=tt4Nabninxc&feature=related

http://youtube.com/watch?v=DSvmggcexTw

http://www.youtube.com/watch?v=qWfI72lQE6c&NR=1
Novecentas crianças estão soterradas
na sequência do tremor de terra de
magnitude 7,8 na escala de Richter que
abalou o Sul da China. As autoridades
acreditam que podem estar vivas.
O sismo, com epicentro a 2090
quilómetros a Sudoeste de Pequim, na
província de Sichuan, provocou o
colapso de vários edifícios.
11 /05/2008

Os edifícios construídos para as competições e eventos dos Jogos Olímpicos não


foram danificados pelo sismo de magnitude 7,8 que abalou o sudoeste do país e
se sentiu na capital, disse esta segunda-feira um porta-voz da organização dos
Jogos, citado pela agência Lusa.
Os edifícios «têm um alto nível de resistência a sismo e não sofreram qualquer
tipo de dano», afirmou Sun Weide, director delegado do departamento de
comunicação da Comissão Organizadora dos Jogos (BOCOG, na sigla em inglês).
Os 31 locais e instalações em Pequim e nas outras seis cidades chinesas que vão
receber competições dos Jogos Olímpicos não foram afectadas pelo forte tremor
de terra que esta segunda-feira fez tremer o país e que foi sentido em Hong
Kong e Taipé. Segundo a agência Nova China, um sismo de magnitude 3,9 na
escala de Richter foi registado em Pequim ao mesmo tempo que o forte sismo de
7,8 na mesma escala provocou vítimas e destruição no sudoeste do país.
Epicentro em Chengudu

Placa euroasiática e
indoaustraliana.
Registo na
estação sísmica
do Centro de
Geofísica de
Évora , 12
minutos após o
início do sismo.
Conclusão
1. Durante o sismo de Loma Prieta (São Francisco, EUA, 1989),
ocorreu o colapso do troço de uma auto-estrada.
Admitiu-se a hipótese de este colapso ter ocorrido porque, nessa
zona, a auto-estrada fora construída sobre terrenos argilosos.
Estes terrenos correspondiam ao fundo de uma antiga baía
preenchido artificialmente, de modo a possibilitar o desenvolvimento
e a construção nesse local.

A Figura 1 representa os sismogramas obtidos em


diferentes estações que detectaram uma das réplicas do
sismo referido:
E3 – numa zona de rocha consolidada;
E2 – numa zona com depósitos de aluvião, junto a um
troço da auto-estrada que não ruiu;
E1 – na zona com depósitos argilosos, junto ao troço da
auto-estrada que ruiu.
Fig 1
1.1.
Seleccione a alternativa que preenche os espaços na
frase seguinte, de modo a obter uma afirmação
correcta.
A comparação dos sismogramas obtidos _____ a
hipótese referida, dado que em E2 a amplitude das
ondas foi _____ do que em E1, junto ao local onde se
deu o colapso da estrada.

(A) apoia (…) maior


(B) não apoia (…) maior
(C) apoia (…) menor R.1.1 Opção C
(D) não apoia (…) menor
1.2 Seleccione a alternativa que completa a frase
seguinte, de forma a obter uma afirmação correcta.
Com base na análise dos resultados obtidos pelos
sismogramas da Figura 1, pode concluir-se que…

(A)...a estação E2 está muito mais afastada do


epicentro do que a estação E3.
(B) …as ondas sísmicas têm maior amplitude em meios de
rocha consolidada.
(C) ...a amplitude das ondas sísmicas é maior em
terrenos argilosos do que em terrenos de aluvião.
(D) ...os terrenos argilosos são os que apresentam menor
risco sísmico.
Teste Intermédio de Biologia e Geologia – Versão 1

R.1.2 Opção C
5. Analise as afirmações que se seguem, relativas à formação
e propagação de ondas sísmicas geradas por um sismo.
Reconstitua a sequência temporal dos acontecimentos mencionados,
segundo uma relação de causa-efeito, colocando por ordem as letras
que os identificam.

A – Chegada das ondas S ao epicentro.


B – Chegada das ondas S a uma dada estação, três minutos após
as ondas P.
C – Acumulação de energia em materiais rochosos, em profundidade,
ao longo do tempo.
D – Propagação de ondas P e S a partir do foco.
E – Propagação de ondas L a partir do epicentro.

Exame de 2007 – 1ª fase

R.5 Sequência correcta: C; D; A; E; B


6. Explique de que modo o enquadramento tectónico da zona do
Golfo Pérsico contribui para a elevada sismicidade registada no
local. Exame de 2007 – 1ª fase

R.6
A resposta contempla os seguintes tópicos:
• identificação da zona do Golfo Pérsico como uma
zona de limite convergente de placas litosféricas;

• relação entre o choque das placas euroasiática


e arábica e a acumulação de tensões na litosfera;

• relação entre o ultrapassar do limite de


elasticidade/resistência dos materiais e a
libertação de energia sob a forma de ondas
sísmicas.
4. Seleccione a alternativa que permite preencher os espaços e obter uma
afirmação correcta.
No limite de placas existente ao nível do _____, ocorre formação de _____ que
contribuem para a geração de nova crosta oceânica.

(A) Golfo Pérsico […] riolitos


(B) Golfo Pérsico […] basaltos
(C) Mar Vermelho […] riolitos R.4 Opção D
(D) Mar Vermelho […] basaltos
Iluminismo - Corrente de pensamento dominante no século XVIII que
estabelece o primado da razão como critério da verdade e do progresso
da vida humana. Representa uma visão de mundo da burguesia
intelectual da época. Seus principais idealizadores são: John Locke
(1632-1704), Voltaire (1694-1778) e Jean-Jacques Rousseau (1712-
1778). As primeiras manifestações ocorrem na Inglaterra e na Holanda,
porém alcança especial repercussão na França, onde se opõe às
injustiças, à intolerância religiosa e aos privilégios do absolutismo em
decadência. Prepara o caminho para a Revolução Francesa (1789),
fornecendo-lhe, inclusive, o lema “Liberdade, Igualdade e
Fraternidade”.
O movimento tem suas origens no Renascimento (século XV), o primeiro
grande momento de construção de uma cultura burguesa, na qual a razão
é tida como a chave para o entendimento do mundo. Para o iluminismo,
Deus está na natureza e no homem, que pode descobri-lo por meio da
razão, dispensando a Igreja. Afirma que as leis naturais regulam as
relações sociais, assim como os fenómenos da natureza. Considera os
homens naturalmente bons e iguais entre si – quem os corrompe é a
sociedade. Cabe, portanto, transformá-la e, orientados pela busca da
felicidade, garantir a todos liberdade de expressão e culto, igualdade
perante a lei e defesa contra o arbítrio e a prepotência
O Iluminismo é a saída do homem da sua menoridade de que ele
próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de se servir do
entendimento sem a orientação de outrem. Tal menoridade é por culpa
própria se a sua causa não reside na falta de entendimento, mas na
falta de decisão a de coragem em se servir de si mesmo sem a
orientação de outrem. Saper aude ! Tem a coragem de te servires do
teu próprio entendimento! Eis a palavra de ordem do Iluminismo.

Com o iluminismo, a observação e a explicação racional sobre as


manifestações da dinâmica interna da Terra começaram a prevalecer
sobre a irracionalidade e a superstição.

No entanto, nenhum relato pode substituir a vivência pessoal de um


violento movimento do solo durante uma crise sísmica.
Teoria do ressalto elástico
 A rocha tem um comportamento elástico, regressando ao estado
inicial após cessar o estado de tensão.
Segundo o geólogo Bill Ellsworth, um sismo é um “processo de
relaxamento”, pelo menos do ponto de vista do planeta.

Natureza dos materiais:

Elástico – quando adquire a forma inicial


após deixar de estar sujeito
a forças;

Plástico – mantém-se deformado mesmo


quando as forças deixam de
actuar;

Frágil – fractura quando sujeito a


forças.

Falha inversa Falha normal Falha de


ou compressiva ou distensiva desligamento
As rochas podem ter um comportamento frágil, quando sob a acção de tensões entram facilmente
em ruptura, ou um comportamento dúctil, se experimentam deformações permanentes, entrando,
contudo mais dificilmente em ruptura. O comportamento das rochas depende da sua composição
mas também das condições de pressão, temperatura e da presença de fluidos de circulação.

Falhas: os materiais tiveram uma deformação


Dobra: os materiais tiveram uma deformação elástica seguido de ruptura; comportamento frágil
plástica; comportamento dúctil
Falha com dobra associada;
a rocha calcária teve um
comportamento plástico
antes da ruptura.

As rochas podem ter um comportamento frágil,


quando sob a acção de tensões entram facilmente
em ruptura, ou um comportamento dúctil, se
experimentam deformações permanentes,
entrando, contudo mais dificilmente em ruptura.
O comportamento das rochas depende:
- da sua composição (rochas sedimentares são mais
plásticas que as rochas magmáticas, devido á
presença de materiais como as argilas)
- mas também das condições de pressão ,
temperatura e da presença de fluidos de
circulação.
Uma mesma rocha pode reagir de diferentes
modos relativamente às tensões que suporta; as
rochas quando mais perto da superfície têm um
comportamento frágil.
Movimentação associada a uma falha: nota-se
a descontinuidade dos estratos, porque os dois
blocos separados pela falha de deslocaram

Praia da Ribeira - Mafra


Qual o mecanismo que está na origem dos sismos tectónicos?

Foi Harry F. Reid , em 1911,


quem propôs a primeira
explicação, após ter estudado o
grande sismo que ocorreu em S.
Franscisco – (Califórnia, 1906).
O betão ainda não existia, mas a alvenaria
armada (paredes integram esqueleto em
aço) foi herança da catástrofe.

A destruição foi pior


onde os edifícios
tinham sido
construídos sobre
antigas zonas de
O sismo de 1906 terá atingido 7,8 ou 7,9 na escala de Richter. pântanos e rios. Este
Morreram 3000 dos 400.000 habitantes, 225.000 ficaram sem solo transforma-se
numa papa líquida,
casa.
que engole as
construções como
areia movediça.
http://www.youtube.com/watch?v=5a7OizEdAik&feature=related
Ábaco
Relaciona a amplitude
com a distância,
permite determinar a
magnitude de uma
forma simples.

O ábaco é um antigo instrumento de cálculo, formado por uma moldura com bastões ou
arames paralelos, dispostos no sentido vertical, correspondentes cada um a uma posição
digital (unidades, dezenas,...) e nos quais estão os elementos de contagem (fichas, bolas,
contas,...) que podem fazer-se deslizar livremente. Teve origem provavelmente na
Mesopotâmia, há mais de 5.500 anos. O ábaco pode ser considerado como uma extensão do
acto natural de se contar nos dedos. Emprega um processo de cálculo com sistema decimal,
atribuindo a cada haste um múltiplo de dez. Ele é utilizado ainda hoje para ensinar às
crianças as operações de somar e subtrair.
Esquema representando o epicentro do terramoto de 26 de Dezembro de 2004.
06 / 03 /2007
Movimento das águas oceânicas. As linhas indicam quanto tempo levou para as ondas se
espalharem, durante o terramoto de 2004.
Onda gigantesca num tesunami

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