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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

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MINISTÉRIO DO INTERIOR
COMANDO-GERAL DA PRM

GUIÃO DE CORRECÇÃO DO EXAME DIAGNÓSTICO ESCRITO PARA O


INGRESSO NO CURSO BÁSICO POLICIAL – 2015

GRUPO I

1.
a. Diz-se que a Constituição é a Lei mãe porque é a lei fundamental de um
determinado país e a base da elaboração das demais leis.
b. Porque nenhuma lei deve pôr em causa a Constituição de um determinado país. (0,2 val.)
c. Porque todas as outras leis de um determinado país subordinam-se à Constituição.

QUALQUER DAS TRÊS HIPÓTESES DEVE SER CONSIDERADA CORRECTA.

2. O Estado moçambicano está organizado territorialmente em províncias, distritos, postos


administrativos, localidades e povoações. (0,2 val.)

3. A Polícia da República de Moçambique, em colaboração com outras instituições do


Estado, tem como função garantir a lei e a ordem, a salvaguarda da segurança de pessoas
e bens, a tranquilidade pública, o respeito pelo Estado de Direito democrático e a
observância estrita dos direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos. (0,5 val.)

4. Os Símbolos Nacionais da República de Moçambique são: (0,2 val.)


o Bandeira Nacional
o Hino Nacional
o Emblema
o Moeda
o Capital Política

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GRUPO II

5. O Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado é uma norma de regime geral que
regula os membros das seguintes classes laborais: (0,2 val.)

a) Funcionários e Trabalhadores dos Mega – Projectos;

b) Funcionários e Vendedores do Mercado Informal;

c) Funcionários e Agentes do Estado; Resposta certa. Artigo 1 do EGFAE.

d) Funcionários e Trabalhadores das Empresas Privada.

6.
a) Exercer as funções para que foi nomeado; (0,5 val.)
b) Receber o vencimento e outras remunerações legalmente estabelecidas;
c) Beneficiar de condições adequadas de higiene e segurança no trabalho e de meios
adequados à protecção da sua integridade física e mental, nos termos a regulamentar;
d) Participar no respectivo colectivo de trabalho;
e) Ter um intervalo diário para descanso;
f) Ter descanso semanal;
g) Gozar férias anuais e as licenças nos termos do EGFAE e regulamento;
h) Ser avaliado periodicamente pelo seu trabalho com base em critérios justos de
desempenho nos termos a regulamentar;
i) Participar nos cursos de formação profissional e de elevação da sua qualificação;
j) Concorrer a categorias ou classes superiores dentro da sua carreira profissional em
função do preenchimento dos requisitos, da experiencia e dos resultados obtidos na
execução do seu trabalho;
k) Ser tratado com correcção e respeito;
l) Ser tratado pelo título correspondente à sua função;
m) Gozar as honras, regalias e precedências inerentes à função;
n) Ser distinguido pelos bons serviços prestados, nomeadamente através da atribuição de
prémios, louvores e condecorações;
o) Beneficiar de ajudas de custo ou ter alimentação e alojamento diários em caso de
deslocação para fora do local onde normalmente exerce as suas funções, por motivo
de serviço;
p) Ter transporte, para si e para os familiares a seu cargo e respectiva bagagem em caso
de colocação, de transferência por iniciativa do Estado e da cessação normal da
relação de trabalho com o Estado, nos termos do EGFAE;

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q) Beneficiar de um subsídio de adaptação a ser fixado pelo Governo, por período de
três meses, em caso de transferência por iniciativa do Estado para fora do local onde
normalmente presta serviço;
r) Goza de assistência médica e medicamentosa para si e para os familiares a seu cargo,
prevista em legislação específica;
s) Ser aposentado e usufruir das pensões legais;
t) Apresentar a sua defesa antes de qualquer punição;
u) Dirigir-se à entidade imediatamente superior sempre que se sentir prejudicado nos
seus direitos;
v) Beneficiar de regime especial de assistência por acidente em missão de serviço, desde
que a culpabilidade do acidente não lhe seja imputada, nos termos a regulamentar;
w) Beneficiar de medidas adequadas para que os portadores de doença crónica gozem
dos mesmos direitos e obedeçam aos mesmos deveres dos demais funcionários, nos
termos a regulamentar.

o O funcionário ou agente do Estado portador de deficiência goza dos


mesmos direitos e obedece aos mesmos deveres dos demais funcionários
e agentes do Estado no que respeita ao acesso ao emprego, formação e
promoção profissional, bem como as condições de trabalho adequadas ao
exercício de actividade socialmente útil tendo em conta as especificidades
inerentes à sua capacidade de trabalho reduzida.

QUALQUER O CONJUNTO DE CINCO DIREITOS COMPOSTO POR


ESTA GRELHA DE DIREITOS É CONSIDERADO VÁLIDO.

7.
a. Obediência aos hábitos e costumes; (0,3 val.)

b. Obediência exclusiva aos ensinamentos apreendidos dentro da família;

c. Obediência a vontade individual;

d. Obediência a Constituição e demais legislação em Moçambique. Resposta


correcta. Artigo 5 do EGFAE.

8.
a. Ter sido expulso do Aparelho do Estado; (0,1 val.)

b. Ter sido aposentado ou reformado do Aparelho do Estado;

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c. Ter nacionalidade moçambicana; Resposta certa. Artigo 12 do EGFAE.

d. Possuir certidão de óbito devidamente reconhecido.

9.
a. Seis meses; (0,3 val.)

b. Um ano;

c. Um ano e meio;

d. Dois anos. Resposta Correcta, nº 1 do artigo 4 do R.E.G.F.A.E.

10.
a. Durante o período de nomeação provisória uma das partes decide verbalmente
rescindir o vinculo laboral; Falso. (0,2 val.)

b. Durante o período de nomeação provisória uma das partes decide, por


escrito, rescindir o vinculo laboral; Verdadeiro. Artigo 5 do REGFAE.

c. Se durante o período de nomeação provisória, o superior hierárquico não gostar


da nota da classificação da avaliação do desempenho do funcionário ou agente do
Estado; Falso.

11.
a. Máximo de 15 dias; (0,3 val.)
b. Máximo de 20 dias;

c. Máximo de 30 dias; Resposta certa. Artigo 12 do REGFAE.

d. Máximo de 45 dias.

GRUPO III

12. É uma Acção em que os agentes, titulares do Estado que, por si ou interposta pessoa, com
o seu consentimento ou ratificação, solicitarem ou receberem dinheiro ou promessa de
dinheiro ou qualquer vantagem patrimonial, que não lhes sejam devidos, para praticar ou
não praticar acto que implique violação dos deveres do seu cargo. (0,5 val.)

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13. São sujeitos da corrupção os dirigentes, funcionários ou empregados do Estado ou das
autarquias locais, das empresas públicas, das empresas privadas em que sejam
participadas pelo Estado ou das empresas concessionárias de serviços públicos. São
igualmente sujeitos da corrupção aos que, mesmo não integrando nenhuma das categorias
acima referidas, induzam ou contribuam para a prática de actos de corrupção ou deles
tirem proveito (0,5 val.)

14. Perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao seu património, indemnização
integral dos danos causados, expulsão da profissão e inibição de contratar com o Estado
ou empresas públicas ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. (0,4 val.)
15. O que difere o servidor público do titular ou membro do órgão público é que, enquanto o
servidor público é uma pessoa que exerce mandato, cargo, emprego, ou função em
entidade pública, em virtude de eleição, de nomeação, de contrato ou qualquer outra
forma de investidura ou vínculo, ainda que de modo transitório ou sem remuneração, o
titular ou membro do órgão público exerce cargos políticos. (0,2 val.)

16. O servidor público deve pautar pela não discriminação, legalidade, lealdade, justiça,
probidade pública e responsabilidade. (0,5 val.)

GRUPO IV

17.
a. Conclusão do curso básico do SNE. _ __ (0,5 val.)
b. Juramento da bandeira. __ _
c. Conclusão da 12ª Classe. ___
d. Conclusão, com bom aproveitamento, do curso de formação e a correspondente
prestação do juramento da bandeira previsto na Lei. _ X_
e. Com toda a formação, excluindo a participação no juramento. __ _

18.
a. Ser involuntário. __ _ (0,4 val.)

b. Gozar de sanidade mental, inaptidão física e psicotécnica para o desempenho das


funções policiais. ___
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c. Não ter sido expulso duma empresa privada, aposentado ou reformado. __ _
d. Ser cidadão moçambicano de nacionalidade originária. _X_
e. Ter um comportamento inidóneo e muito carecido de honra e dignidade. ___

19. (0,9 val.)


a. Apreciação da aptidão para a promoção à patente ou posto superior. _X_
b. Depreciação do mérito para o exercício de determinados cargos e funções. __ _
c. Selecção de candidatos para despromoção. _ __
d. Determinação da fúria de insuficiência de aptidões profissionais. __ _
e. Determinação de insuficiência de aptidão passional, político-partidária, física e
psíquica. _ __

20.
a. Classe de Oficiais, postos de Inspectores, Sargentos e Guardas. _ __
b. Classe de Oficiais e Postos de Sargentos e Guardas. _X_ (0,8 val.)

c. Classes de Generais, Oficiais, Sargentos, Agentes e Guardas. __ _


d. Classe de Oficiais, Comandantes, postos de Sargentos, Cabos e Guardas. _ __

21.
a. Curso de promoção; Curso de especialização e Curso de Actualização. _X_
b. Curso básico; Curso de promoção; Curso de aperfeiçoamento._ __
(0,5 val.)
c. Curso académico; Curso profissional e Curso de predestinação. __ _
d. Curso simples; Curso pesado e Curso médio. __ _
e. Curso de oficiais, Curso de Sargentos e Curso de Guardas. __ _

22.
a. Habilitação com curso adequado. _V_
b. Pertença ao partido do povo. _F_ (0,5 val.)

c. Antiguidade. _V_

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d. Boa pronúncia e flexibilidade na expressão. _F_
e. Selecção. _V_
f. Prudência das ordens. _F_
g. Escolha. _V_
h. Hereditariedade. _F_
i. A título excepcional. _V_
j. Intelectualidade _F_

23. (0,4 val.)

a. O membro da PRM deve agir somente com estrito respeito à Constituição. _F_
b. O membro da PRM deve actuar com integridade e dignidade, devendo abster-se
de todo o acto que manche a ética e deontologia requeridas pelas suas funções.
_V_
c. O membro da PRM obriga-se a cumprir com exactidão e prontidão as ordens e
instruções dos seus superiores hierárquicos, sempre que as mesmas não sejam
legais. _F_
d. O membro da PRM, no exercício das suas funções deve actuar sem decisão e com
demora significativa, mesmo que, disso não dependa para que se evite um dano
grave, imediato irreparável. _F_
e. O membro da PRM deve identificar-se como tal, no momento de execução de
uma detenção. _V_
f. Em termos de sigilo, o membro da PRM é obrigado a revelar as fontes de
informação. _F_
g. O membro da PRM está livre de exercer cargos partidários. _F_

24. (0,5 val.)


a. O membro da PRM goza de todos os direitos, liberdades e garantias reconhecidas
aos demais cidadãos, sem prejuízo das restrições previstas na lei. _V_

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b. O membro da PRM tem direito a ascender na carreira profissional nos termos
definidos no presente Estatuto. _V_
c. O membro da PRM tem direito de ser premiado, distinguido e condecorado, fora
da legislação. _F_
d. Em termos de garantia de defesa, o membro da PRM tem direito a apresentar
petições e queixas, a título individual e através das vias hierárquicas competentes.
_V_
e. Devido à delicadeza da actividade policial, justamente, o membro da PRM não
pode ter assistência e patrocínio judiciário, em processos-crime de que seja
arguido ou ofendido, especialmente, quando os factos relacionam-se com o
serviço. _F_
f. O cumprimento da prisão preventiva e das penas privativas de liberdade pelo
membro da PRM, ocorrerá em estabelecimentos prisionais comuns, em regime de
separação dos restantes detidos ou presos. _V_
g. Têm direito a habitação por conta do Estado, os oficiais generais e os que estão no
desempenho das funções de Comandante-Geral, Vice-Comandante-Geral,
Comandante Provincial, Comandante Distrital, Comandante de Esquadra e
Comandante de Posto Policial. _V_
25. (0,8 val.)
o Os termos neutralidade e imparcialidade constantes do artigo 67 do Estatuto do
Polícia pretendem dizer que o membro da PRM, no exercício das suas funções,
não deve agir por influência da raça, religião, opinião, cor, origem étnica, lugar de
nascimento, nacionalidade, filiação partidária, grau de instrução, posição social ou
profissional.

o As acções do membro da PRM devem ser coerentes e ajustadas aos factos que o
levam a intervir na garantia da ordem, segurança e tranquilidade públicas.

o A neutralidade e imparcialidade invocada no artigo 67 do Estatuto do Polícia


apela ao membro da Polícia a não beneficiar a quem quer que seja, na sua
actuação, por qualquer tipo de simpatia, para não pôr em causa a legitimidade dos
seus actos.

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QUALQUER DAS HIPÓTESES ACIMA DESCRITAS SOBRE O
SIGNIFICADO DE NEUTRALIDADE E IMPARCIALIDADE DEVEM SER
CONSIDERADAS VÁLIDAS

26. (0,5 val.)


a. Satisfação de todas condições gerais de promoção. _F_
b. Não satisfação de qualquer das condições especiais de promoção por razões que
sejam imputáveis ao candidato. _V_
c. Quando a verificação da aptidão física ou psíquica esteja dependente de
observação clínica, espírito-sacramental, tratamento médico ou tradicional,
convalescença ou parecer de uma junta médica acessível. _F_
d. Respeito, zelo, abnegação de acordo com a lei. _F_

GRUPO V
27. É aplicado a todos membros da PRM no activo, destacamento e reserva. (0,3 val.)

28. Infracção Disciplinar é um facto voluntário, quer consista em acção ou omissão, que
viole qualquer dos deveres gerais ou especiais decorrentes da função policial (0,5 val.)

29. A principal finalidade da sanção disciplinar é a educação do infractor, para uma adesão
voluntária e consciente à disciplina. (0,3 val.)

30. As sanções disciplinares aplicáveis na PRM são: (0,5 val.)

a) Advertência;
b) Repreensão pública;
c) Guarda, patrulha e piquete;
d) Multa;
e) Aquartelamento ou corte de licença de saída da Unidade; Despromoção;
f) Demissão;
g) Reforma compulsiva;
h) Expulsão.

31.
(0,8 val.) 9
I. Deveres gerais
a. Cumprir as leis, regulamentos, despachos e instruções superiores;
b. Cumprir exacta, pronta e lealmente as ordens e instruções legais dos seus
superiores hierárquicos relativos ao serviço;
c. Denunciar e combater todos os actos de corrupção quer no serviço e fora dele;
d. Não assediar material, moral e sexualmente no local de trabalho ou fora dele,
ainda que não interfira na estabilidade, no emprego ou na progressão profissional;
e. Respeitar os superiores hierárquicos, tanto no serviço, como fora dele, tendo para
com eles a deferência que mereçam;
f. Informar com toda a verdade e prontidão os superiores hierárquicos acerca de
qualquer assunto de serviço de disciplina;
g. Dedicar ao serviço toda a inteligência e aptidão, exercendo com competência,
abnegação, zelo, assiduidade e eficiência as suas funções;
h. Ter para com o cidadão comportamento exemplar, cortês e disciplinado,
independentemente da sua filiação política, raça, cor, origem étnica, lugar de
nascimento, nacionalidade, religião, grau de instrução, posição social ou
profissional;
i. Não furtar, roubar, extorquir, burlar ou abusar de confiança;
j. Não consumir estupefacientes, substâncias psicotrópicas ou de efeitos similares;
k. Não intimidar o cidadão, invocando o nome da PRM ou de algum dirigente;
l. Não atentar contra o pudor de um ou outro sexo;
m. Não estuprar nem violar mulheres;
n. Não propagar intrigas ou boatos;
o. Não incitar colegas à indisciplina, insubordinação, provocação ou incumprimento
colectivo de ordens superiores;
p. Não discutir publicamente as ordens superiores, com intenção de difamar,
desprestigiar ou distorcer a verdade;
q. Não encobrir criminosos ou transgressores nem lhes prestar qualquer auxílio que
possa contribuir para atenuar a responsabilidade criminal ou dela os ilibar,
facilitar a fuga e perturbar a acção policial;
r. Não exercer outra função ou actividade remunerada sem prévia autorização;
s. Não praticar, manifestar ou fomentar o racismo, tribalismo, regionalismo ou
outras formas de divisionismo;
t. Observar as normas e os princípios éticos e deontológicos.

II. Deveres especiais


1. Deveres de aprumo policial, brio e ética profissional:
a) Saudar militarmente os dirigentes superiores do Estado e os membros das Forcas de
Defesa e Segurança de patente superior;
b) Manter nas formaturas um firme e correcta postura;
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c) Apresentar-se com pontualidade ao serviço e em todos os locais onde deva comparecer
por motivo de serviço;
d) Respeitar as instituições públicas, seus símbolos e autoridades, conservando em todas as
circunstâncias um rigoroso apartidarismo político;
e) Não participar de qualquer actividade político-partidária sem estar devidamente
autorizado;
f) Não praticar durante o tempo de permanência no serviço activo da Policia, actividades
político-partidárias ou a estas relacionadas;
g) Apresentar-se ao serviço sempre devidamente uniformizado quando deva usar
fardamento ou decentemente vestido quando faca uso do traje civil;
h) Conservar-se sempre pronto para o serviço , evitando qualquer acto que possa prejudicar
o seu vigor e aptidão física e intelectual para o trabalho;
i) Não transportar qualquer quando uniformizado quaisquer volumes ou objectos que
possam diminuir o seu aspecto de agente de autoridade, não se considerando como tais as
malas de mãos ou outros de dimensões anormais, quando em viagem;
j) Não se apresentar ao serviço em estado de embriaguez e/ou sob efeito de substâncias
psicotrópicas e alucinogénicas;
k) Nas relações com o público e no desempenho das suas funções, impor-se pela linguagem
clara e atitude firme, de modo a manter uma conduta que não de lugar a dúvidas;
l) Declarar claramente o seu nome, patente ou posto, número, local de trabalho ou
estabelecimento em que sirva, quando tais declarações lhe sejam exigidas por superior ou
solicitadas por autoridade competente;
m) Identificar-se sempre que haja necessidade de fazer uso das suas funções policiais;
n) Apresentar-se devidamente asseado e aprumado;
o) Não vender, extraviar, destruir, dar, alugar, gravar, penhorar armamento, fardamento ou
outros bens do estado que tenham sido distribuídos ou que estejam à sua guarda;
p) Não consentir que alguém se apodere ilegitimamente das armas na sua posse, devendo
entregá-las quando intimado pelo superior hierárquico no legitimo exercício de funções
que lhe for determinado;
q) Não fazer uso das armas, salvo em caso de necessidade imperiosa de repelir uma
agressão em execução ou eminente contra si ou contra o seu posto de serviço ou quando a
alteração substancial da ordem assim o exija ou sempre que os seus superiores
determinarem, para bem da manutenção da ordem publica ou ainda para manter, no caso
de ser indispensável a captura de pessoa nos termos da lei;
r) Não conviver nem manter relações de amizade com criminosos ou pessoas de conduta
duvidosa.

2. São deveres de zelo:

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a. Zelar pela limpeza e conservação de armamento, fardamento, equipamento de
serviço e outros artigos que lhe sejam distribuídos ou que estejam a sua guarda,
b. Restituir o armamento, fardamento, cartão de identificação e outros objectos que
lhe tenham sido distribuídos ou que esteja a sua guarda em caso de detenção,
suspensão, exoneração, demissão e reforma compulsiva, expulsão ou quando
sejam intimados superiormente para o fazer;
c. Estimular o espírito policial com persistência e tenacidade, nunca se eximindo a
tomar conta de quaisquer ocorrências, quer em serviço, quer fora dele, devendo
participa-las com a maior isenção e imparcialidade e prestar socorros, quando isso
se torne necessário ou lhe seja pedido, ainda que com o risco da própria vida;
d. Praticar a austeridade no suo dos bens do Estado;

3. Deveres sobre as regras de trabalho


a. Guardar sigilo sobre todos os assuntos de serviço;
b. Prestar contas do seu trabalho aos seus superiores hierárquicos;
c. Cumprir os prazos de execução de trabalhos atribuídos e de planos
hierarquicamente aprovados;
d. Cumprir os prazos de entrega de detidos ao juiz da instrução criminal e os demais
prazos processuais;
e. Não subornar nem deixar-se subornar;
f. Não solicitar nem receber gratificações ou dádivas de particulares pelos serviços
prestados no exercício das suas funções ou empréstimos que possam colocá-lo em
situação de favor ou limitar a sua autoridade;
g. Não ser prepotente ou arrogante, deter ou mandar deter alguém sem que para isso
tenha competência ou mandato de captura, busca, revista e apreensão;
h. Ser moderado na linguagem, não murmurar sobre as ordens de serviço nem as
discutir, não fazer referencia a superiores, iguais ou inferiores por modo que
denote falta de respeito ou de consideração, não emitir apreciações, conselhos ou
opiniões que importem censura aos actos dos mesmos superiores;
i. Não maltratar nem permitir ou facilitar a fuga de detidos;
j. Em caso de apreensão de bens e documentos deve emitir o respectivo termo de
apreensão, cujo duplicado deve ser entregue ao seu proprietário;
k. Não se apoderar de bens ou valores que não lhe pertençam nem lhes remeter alem
de 48 horas, abstendo-se de os usar em serviço ou fora dele;
l. Não contrair dívidas ou assumir compromissos, sobretudo, em estabelecimentos
situados em lugares incumbidos a sua vigilância, que não possa solver
regularmente em prejuízo da sua própria dignidade;
m. Não torturar, agredir, injuriar, caluniar ou difamar superior hierárquico, colega ou
qualquer cidadão;

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n. Não se eximir, sob qualquer pretexto, de tomar conta de alguma ocorrência ou de
prestar socorros ainda que com o risco da própria vida;
o. Não se recusar a colaborar com qualquer autoridade sempre que seja imperioso ou
lhe seja solicitado;
p. Não se imiscuir injustificadamente nas tarefas de outros órgãos do Estado;
q. Não consumir bebidas alcoólicas quando fardado ou em serviço;
r. Não se ausentar do país ou do território da sua unidade sem autorização superior;
s. Não atrasar, faltar ou abandonar o serviço, sem justa causa;
t. Não reter, para além do tempo indispensável, objectos ou valores que não lhe
pertencem;
u. Não destruir, inutilizar, esconder ou por qualquer outra forma desviar do seu
destino legal artigos pertencentes aos serviços ou a terceiros;
v. Não desviar, esconder, destruir documentos ou pecas processuais ou relacionados
com os serviços;
w. Comunicar prontamente aos superiores hierárquicos os factos susceptíveis de
porem em perigo a ordem pública, a segurança das pessoas e dos seus bens, o
normal funcionamento das instituições em geral, os demais interesses protegidos
pela lei;
x. Actuar de forma apartidária, com neutralidade e imparcialidade.

OS TRÊS DEVERES GERAIS E TRÊS ESPECÍFICOS DEVEM SER


EXTRAÍDOS DO CONJUNTO DESTES.

32. Expulsão, nos termos do artigo 32, alínea d). (0,4 val.)

33. A Disciplina Policial refere-se na observância rigorosa das leis, regulamentos, ordens,
instruções, directivas, condutas e procedimentos policiais. (0,9 val.)

34. Considera-se abandono de lugar a não comparência injustificada ao serviço por um


período superior a 30 dias consecutivos. (0,8 val.)

35.
0,7 val

A garantia da Ordem Segurança e Tranquilidade Públicas de que se refere o número 2 da


alínea a) do artigo 4.º da lei n.º 16/2013, de 12 de Agosto significa conferir sossego nos
cidadãos juntamente com os seus bens na circulação na via pública;

Significa que o polícia deve defender os interesses dos cidadãos no seu dia-a-dia para
cada um desenvolver as suas actividades com serenidade e sem perturbação de qualquer
natureza;
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Significa desenvolver acções concretas que contribuam directamente na garantia de
estabilidade e equilíbrio dos cidadãos na interacção entre si e com as instituições públicas
ou privadas.

36. Competências gerais da PRM: (0,8 val.)

a. Assegurar o respeito pela legalidade, garantindo a ordem, segurança e


tranquilidade públicas;

b. Proteger pessoas e bens;

c. Adoptar as providências adequadas a prevenção e repressão da criminalidade e


dos demais actos contrários a lei e aos regulamentos, sem prejuízo das
competências específicas atribuídas por lei a outros organismos;

d. Garantir o funcionamento normal das instituições e o regular exercício dos


direitos, garantias e liberdades fundamentais dos cidadãos;

e. Garantir a protecção, a ordem e segurança das instituições públicas e dos objectos


económicos estratégicos e sociais;

f. Garantir a protecção e segurança costeira, lacustre e fluvial;

g. Garantir a segurança e a protecção da fronteira estatal;

h. Garantir a protecção de florestas, fauna e meio ambiente

Competências específicas (0.9 val.)

a) Garantir a ordem, segurança e tranquilidade públicas;

b) Prevenir e reprimir a criminalidade;

c) Desenvolver a actividade de investigação criminal;

d) Promover as medidas de Policia;

e) Garantir a segurança pessoal dos membros dos órgãos centrais do Estado;

f) Garantir a segurança pessoal de altas entidades nacionais ou estrangeiras e de outros


cidadãos quando sujeitos a situação de ameaça relevante;

g) Organizar, fiscalizar e controlar o trânsito de veículos e de pessoas nas vias públicas;

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h) Organizar o cadastro e proceder a fiscalização de armas, munições, substâncias
explosivas, radioactivas e demais materiais a elas conexos, com excepção das que
estiverem afectas as Forcas Armadas de defesa de Moçambique;

i) Organizar a participação das comunidades na manutenção da ordem e tranquilidade


públicas no respectivo território;

j) Exercer as demais competências fixadas na lei, regulamentos ou directivas hierárquicas.

QUALQUER CONJUNTO DE TRÊS COMPÊTENCIAS GERAIS E TRÊS DE


COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS CONSTANTES ACIMA DEVE SER CONSIDERADO
CORRECTO.

37. São medidas de Polícia (0,8 val.)

a. Vigilância organizada de pessoas e bens, edifícios e estabelecimentos por período


determinado, podendo, para o efeito, utilizar meios técnicos e equipamento
adequado;

b. A exigência de prova de identificação e revista a qualquer pessoa ou viatura


suspeita que se encontre ou circule em lugar público, aberto ao público ou sujeito
a vigilância policial;

c. Apreensão temporária ou definitiva de armas, munições, substâncias explosivas,


radioactivas e materiais a elas conexos;

d. Suspensão ou encerramento de paióis, depósitos ou fábricas de armamentos ou


explosivos e respectivos componentes, excepto as de organismos da Forças de
Defesa e segurança;

e. Suspensão ou cancelamento do uso de licenças de estabelecimentos de


estabelecimentos destinados à venda de armas, munições e explosivos;

f. Suspensão ou cancelamento do uso de licenças das empresas de segurança


privada e dos respectivos estabelecimentos de formação;

g. Outras medidas que se mostrem convenientes à manutenção da ordem, segurança


e tranquilidade públicas.

38. São normas gerais de ingresso na PRM: (0,5 val.)

a. Ser cidadão moçambicano de nacionalidade originária;

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b. Ter idade não inferior a 18 anos e não superior a 30 anos;

c. Ser voluntário;

d. Ter condição física e psíquica compatível com a função policial;

e. Ter compleição física adequada para o exercício da função;

f. Possuir formação académica adequada para exercício da função;

g. Ter aprovado nos procedimentos de selecção para o curso de ingresso,

h. Ter aprovado no curso de ingresso.

39. A PRM usa, para além de armas de fogo, outros meios auxiliares e adequados ao
cumprimento da sua tarefa, tais como Cassetete, algemas. Dependendo das circunstâncias
que obrigam a intervenção da PRM na manutenção da lei e ordem, os agentes da
corporação podem também fazer uso de canhão de água, gás lacrimogéneo e balas de
borracha. (0,5 val.)

QUALQUER DOS INSTRUMENTOS ACIMA MENCIONADOS DEVE


CONSIDERAR-SE CORRECTO

40. Os deveres do membro da PRM que fortalecem a honra, o prestígio e dignidade da


Policia são: (0,4 val.)
a. Ter comportamento exemplar, cortês, disciplinado e apartidário;
b. Agir pela persuasão e autoridade moral, só recorrendo à força em caso de
necessidade;
c. Ostentar a sua identificação quando uniformizado;
d. Identificar-se sempre que haja necessidade de fazer uso das suas atribuições
profissionais, quando trajado a civil;
e. Respeitar a ética e a deontologia profissional.

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