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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO EVANGÉLICO DO LUBANGO

RESUMO DO MATERIAL DE APOIO DE GEOGRAFIA DO 3º ANO


Conhecimentos básicos do estudo da Geografia
Definição e Origem Geografia:
A origem da Geografia remonta ao homem primitivo, há milhões de anos.
Em função do contexto e das necessidades, o homem descobriu a sucessão
dos dias e das noites, das diferentes formas de relevo, vegetação, sucessão de
estações e a influência destes fenómenos na colheita e reprodução de animais.
A Geografia é o ramo do conhecimento humano que se ocupa em identificar,
descrever e, sobretudo, explicar as diferenças que existem na superfície
terrestre. Para isso, precisa estudar as múltiplas relações espaciais
responsáveis por tais diferenças. Pode-se dizer que a Geografia é o estudo
explicativo da distribuição dos fenómenos físicos, biológicos e humanos na
superfície da Terra, das causas desta distribuição, das relações destes
fenómenos e as diferenças espaciais.
A palavra Geografia (geo = terra; grafia = estudo / descrição) não exprime
suficientemente o âmbito e a natureza da Geografia actualmente, pois há
outros ramos do conhecimento, como a Geologia, a Geofísica, a Geodesia, etc.
que também se ocupam do estudo da terra.

Tarefas da Geografia:

 Análise da influência dos diferentes elementos da superfície do planeta e


do Cosmo;
 Os estudos das particularidades da esfera geográfica suas leis de
desenvolvimento, regularidades, princípios, processos e fenómenos;
 Avaliação da actividade do homem e a sua influência na transformação
dos complexos territoriais naturais (CTN) e complexos territoriais de
produção (CTP).
 Interpretação da distribuição dos componentes da paisagem e a sua
regionalização.

IMPORTÂNCIA DOS CONHECIMENTOS GEOGRÁFICOS

A Geografia esta reservada ao papel preponderante no ensino, aplicação e


demonstração dos resultados que segundo vários autores, estes

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conhecimentos geográficos permitirão o conhecimento total e ou parcial do
universo.

A GEOGRAFIA COMO SISTEMA DE CIÊNCIAS

A Geografia moderna e a Geografia contemporânea é um complexo de ensino


inter- relacionado, representando um sistema de ciências constituído pela
Geografia Física e a Geografia Humana, sendo cada uma desta um
subsistema.

Sistema de Ciências
Geográficas

Subsistema Geografia Subsistema Geografia


Física Humana

A Geografia Física pertence ao campo das ciências naturais que estuda os


fenómenos da natureza do ponto de vista geográfico.

A geografia Humana pertence ao campo das ciências sociais e tem como


grande objectivo estudar os complexos territoriais de produção, o tamanho,
crescimento, distribuição, composição e outras características da população.

Etapas na História da Geografia

A evolução da ciência geográfica pode dividir-se em etapas diferentes.

1ª Etapa – nesta etapa a Geografia encontra-se num estado embrionário. Os


conhecimentos estão associados aos de outras ciências incipiente dentro da
filosofia.

Alguns povos da antiguidade entre os quais os caldeus e os assírios,


dedicaram importantes esforços na observação dos astros, contribuindo em
grande medida para o arranque dos estudos geográficos.

Aparecem nesta etapa investigações e trabalho dos gregos da antiguidade, tais


como Tales de Mileto, Pitágoras, o Aristóteles e Cláudio Ptolomeu. A utilização
da palavra Geografia é atribuída a Aristóteles

Durante toda a época até o séc. XV o desenvolvimento da Geografia sofreu


uma estagnação, causada pelo dogmatismo religioso.
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No séc. XIII as viagens de Marco Polo, ofereceram valiosas informações sobre
a Ásia oriental.

Os árabes percorreram no séc. XIV, o Egipto, a Arábia, a Palestina, a Rússia, o


Irão, o Iraque, a China e a África até Tombuktu.. É importante reiterar também
nesta etapa as viagens de Cristóvão Colombo e Vasco da Gama,

Nesta primeira etapa da evolução da Geografia, a ciência geográfica manteve o


seu carácter descritivo, dedicando-se ao registo de dados e nomes dos lugares
geográficos.

2ª Etapa – esta etapa começa no séc. XV, período da culminação das grandes
descobertas geográficas. É neste seculo que tem lugar a primeira viagem de
circum-navegação da Terra, realizada por Fernão Magalhães e Sebastião
Elcano, entre 1519 e 1522.

É de salientar que também nesta etapa, surge uma nova concepção do


universo com a teoria heliocêntrica de Nicolau Copérnico (1473-1543). Neste
período surge também Galileu Galilei (1564-1642) inventor do telescópio.

Nesta etapa a Geografia inicia a sua diferenciação como disciplina


independente.

3ª Etapa – tem início com o princípio do próprio processo de desenvolvimento


científico da Geografia.

No séc. XIX apenas faltavam conhecer o interior de áfrica e da América do


Norte e as regiões polares, o que se verifica até início do séc. XX.

A Geografia teve valiosas contribuições de Humboldt, Ritter, Darwin e outras


organizações bem mais especializadas.

Com o avanço tecnológico, a partir de meados do séc. XX, diversas expedições


espaciais e marítimas foram realizadas culminando com o pousio em solo
lunar, conhecimento dos fundos oceânicos e do interior da terra.

Esta etapa continua em aberto, pois o desenvolvimento da ciência e da


tecnologia continuam trazendo novas informações sobre o planeta e sobre o
espaço em geral.

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RELACÃO DA GEOGRAFIA COM OUTRAS CIÊNCIAS

A estreita relação dos dois ramos da Geografia orientam o êxito da


investigação.

A Geografia tem relação com a Geomorfologia, Cartografia, Topografia,


Biogeografia, Pedologia, Demografia, Geografia da indústria, Geografia da
agricultura, do Turismo, etc. Também na base da interdisciplinaridade a
Geografia guarda vínculos com a Historia, a Matemática, a Filosofia, a
Economia politica, a Biologia, a Química, a Estatística, etc.

LUGAR QUE OCUPA A GEOGRAFIA DE ANGOLA

A Geografia de Angola ocupa um lugar importante, pois:

 Permite a concretização dos princípios do estudo da localidade e o da


produção e conservação da natureza;
 Permite a actualização dos dados gerais para a análise específica das
particularidades do território angolano (sua evolução geológica e o
desenvolvimento económico entre outros).

OBJECTIVOS GERAIS DA GEORAFIA DE ANGOLA

 Formar a concepção científica nos alunos;


 Contribuir para a formação do homem com a conduta moral, cívica e
aceitável;
 Auxiliar o trabalho dos alunos em diferentes domínios;
 Preconizar os princípios de estudo da localidade e da protecção e
conservação da natureza;
 Analisar os elementos da paisagem angolana, suas particularidades, leis
e influências.

INTRODUÇAO Á GEOGRAFIA DE ANGOLA


UNIDADE I – O TERRITÓRIO ANGOLANO

1.0 – Introdução

Angola é um país extenso com 1.246.700 km 2 em que uma das suas


províncias (Cabinda) esta separada do resto do país.

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Apresenta uma estrutura geológica estável, litologicamente composta por
rochas duras cristalinas pré-câmbricas. Predomina no país as temperaturas
altas e geomorfologicamente predomina os planaltos.

A linha costeira é fluente embora com algumas reentrâncias e saliências que


perturbam a sua regularidade geométrica. É potencialmente rica em recursos
minerais.

Localização, dimensão e configuração

Localização

Angola encontra-se no continente africano no sudoeste da África, a sul do


equador e a norte do trópico de Capricórnio e a este do meridiano de
Greenwich ou 00 .

As coordenadas geográficas de Angola são: latitude sul- norte 4 0 22´ e 180 02´ a
sul – sul com uma amplitude latitudinal de 13 0 40´.

A este 110 41´ a este de oeste e 24 0 05´ a este de este com uma amplitude
longitudinal de 120 24´ .

Dimensão

Angola apresenta dois tipos de fronteiras: marítima (com 1650 km) e terrestre
(com 4.837Km2)

A fronteira marítima é o oceano Atlântico e localiza-se na parte Oeste do país.


A fronteira terrestre engloba vários países:

República Democrática do Congo a Norte e a Nordeste,

República do Congo, a Noroeste;

República da Zâmbia a Este

República da Namíbia a Sul

1.1- Hora legal do território angolano

Medição do tempo fusos horários

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Para os geógrafos e astrónomos o dia corresponde ao tempo que o nosso
planeta emprega para dar uma volta completa sobre o seu eixo, como o ano
corresponde ao tempo que a Terra leva a fazer o seu movimento de translação.

A Terra é uma esfera que gira sobre o seu eixo, e enquanto realiza esta
rotação cada um dos seus pontos vai passando sucessivamente frente ao sol.
O Sol, devido á forma esférica da Terra só ilumina um hemisfério em cada
momento.

Fusos horários

A partir deste movimento aparente do Sol foi possível construir relógios de Sol
que permitiam calcular a duração do dia natural, porém existe também o dia
Sideral.

O dia natural – é o nome que damos ao período de tempo compreendido


entre o nascimento e o ocaso do Sol.

Se utiliza o Sol como ponto de referência e se controla o tempo que este astro
leva, no seu movimento diurno aparente, a passar duas vezes pelo mesmo
meridiano, veremos que tal facto sucede em 24 horas certas. Este período de
tempo constitui o dia solar ou o dia solar verdadeiro.

É necessário compreender que só os lugares situados no mesmo meridiano é


que têm a mesma hora.

Assim surgiu um acordo para facilitar saber, a qualquer momento a hora em


qualquer país do mundo, acordo esse que podemos designar pela convenção
dos fusos horários.

A convenção dos fusos horários partiu de um raciocínio bem simples:

 Se consideramos que a esfera terrestre dá uma volta completa em 24h,


tão poderemos dizer que, em media, percorre 15 0 em cada hora isto é
3600: 24 = 150

Partindo deste raciocínio poderemos considerar a Terra dividida em 24 fusos


horários, que abarcam cada um 150de longitude.

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A partir da hora do fuso zero é possível contar a diferença de fusos e portando
a diferença de horas, saber a hora em qualquer outro fuso horário.

Ex: se no fuso 00 são 14horas, que horas serão no fuso 3?

14h + 3h =17h

É claro que tem-se sempre que saber se o fuso de que se pretende achar a
hora está para este ou oeste daquele cuja hora se sabe.

Se o primeiro estiver para este soma-se a hora dada mais as horas


correspondentes á diferença de fusos; se estiver para oeste diminui-se..

NOTA: fusos horários – são o espaço compreendido entre dois círculos


máximos, ou a distância que a Terra percorre no intervalo de 1 hora.

1.2 – Divisão administrativa


A divisão administrativa de Angola engloba quatro unidades territoriais:
Províncias, municípios, comunas e bairros.

Importância da divisão administrativa.

Todos países, incluindo as ilhas apresentam a sua regionalização: física,


política e económica. É importante porque orienta o estudo analítico
particularizando desta forma os processos, fenómenos e objectos geográficos
inerentes ao desenvolvimento do país permitindo deste modo a localização da
produção material e os factores de desenvolvimento social. A divisão
administrativa de Angola compreende as seguintes unidades em províncias,
municípios, comunas, bairros e povoações

1.2.1. As províncias
O estado angolano é constituído por 18 províncias.
1.2.2. As principais cidades
As principais cidades angolanas são:

- Luanda- É a capital do país e o mais importante centro industrial, comercial e


cultural de Angola. Lubango, Benguela, Huambo e Cabinda –

Planos províncias e inter-provinciais do ordenamento do território

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Planos provinciais do ordenamento do território, contêm directrizes de natureza
estratégicas e carácter genérico que desenvolvem a nível provincial, as
principais opções de ordenamento do território nacional, sob o modo de uso e
ocupação dos solos rurais e urbanos que entregam o desenvolvimento do
território global de cada província, a serem concretizados pelos planos
municipais e das grandes cidades com estatuto especial.

Planos Municipais

Os planos municipais do ordenamento do território são os instrumentos básicos


de intervenção das autarquias no ordenamento do território, visando a
utilização racional dos recursos naturais, responder as necessidades das
populações e a promoção do desenvolvimento.

Os autarcas, pelo contacto e conhecimento directo com a realidade geográfica


(como física e sócio-economica),das suas áreas de actuação, constituem, sem
dúvidas os agentes privilegiados na intervenção no processo de ordenamento
do território.

Os planos Municipais compreendem:

 Planos directores municipais, que abrangendo todo território, fixam as


linhas gerais da estrutura e ocupação de toda a área do Município
 Planos de urbanização – determinam o que se constrói e como se
constrói.
 Planos de pormenor – definem e quantificam as áreas para construir, as
áreas destinadas a vias de acesso e estacionamento e o traçado das
redes de infra – estruturas.

Conclusão: os municípios são apoiados na elaboração dos planos pela


chamada comissão de acompanhamento que é um grupo de técnicos
representantes de vários organismos da administração central.

1.2- Morfologia litoral de Angola. Os problemas do litoral. Soluções

A linha da costa em constante modificação, especialmente em resultado do


trabalho erosivo das águas marinhas. A grande variedade de paisagens litorais
que se podem encontrar, deve-se não só á diversidade dos relevos como

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também a acção do mar que, constantemente, as constrói e modifica. As
características da costa marítima são também, e sobretudo, o resultado dos
movimentos tectónicos e das oscilações do nível do mar, ocorridos ao longo da
história geológica da Terra.

Contudo, interessa aqui determo-nos na erosão marinha. O mar exerce a sua


acção modeladora sobre o litoral mediante três processos, naturalmente
interligados: o desgaste, o transporte e a acumulação.

A costa angolana apresenta várias formas de relevo. As mais comuns são: os


estuários, as baías, as arribas, os cabos e as praias.

Os principais sectores de costa alta e rochedo são:

 A foz dos rios Chiloango e Zaire.


 A faixa costeira entre a baía Farta até ao Namibe.
O sector da costa baixa e rochosa que mais se destaca é:
 A área a sul da foz do rio Cuanza até a baía Farta.
O sector mais importante da costa baixa e arenosa são:
 O Litoral de Cabinda até à foz do rio Chiloango.
 A parte Sul da baía de Namibe até à foz do rio Cunene

1.3.3. Os principais problemas do litoral angolano. Que solução?


Os principais problemas do litoral angolano são originados pela erosão
marinha, que está a provocar o recuo da linha de costa, ou seja, o avanço do
mar. Muitas construções localizadas junto á costa foram destruídas pelo mar e
muitas outras estão em risco. Entre os quais:

- A erosão da Baía do Porto Amboim,

- A erosão da restinga da Chicala e da Orla interior da península do Mussulo,

- A erosão da restinga do Tômbua,

- O rompimento das restingas da Baía dos Tigres,

Para além do problema da erosão marinha, junta-se também a poluição


marinha provocada pela descarga de esgotos não tratados das cidades do
litoral.
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Há várias estratégias que permitem reduzir os problemas da erosão marinha
tais como:

 Construir paredes e esporões pois estes permitem defender as


populações dos avanços do mar. Os esporões permitem acumulação de
sedimentos e evitam o avanço do mar.
 Proibir a construção de casas e fábricas em cima das dunas;
 Sensibilizar a população para a necessidade de proteger os espaços
litorais;
 Criar estações de tratamento dos esgotos para evitar a poluição do mar.
1.3.1- Enquadramento histórico da costa angolana

A extensão da linha da costa angolana é de 1650 km de norte a sul isto é


desde a floresta equatorial de Cabinda até as dunas do Namibe ou na foz do
rio Cunene (sul do Namibe).

Geologicamente é dominada por formações sedimentares. Morfologicamente é


dominada por costas a baixas e altas.

As bacias hidrográficas são as principais fontes de sedimento. Os grandes


fornecedores de areia são os rios Congo, Cuanza e Cunene.

Apresenta reentrâncias e saliências pouco significativas evidenciando uma


estrutura reticular embora de certo modo perturbam a sua regularidade.

A costa angolana tem uma vital importância e privilegiada posição estratégica


de Angola em relação a outros países que fazem a sua saída ao atlântico.

Na formação da linha costeira exercem a sua influência à corrente fria de


Benguela, a abrasão marinha, as águas superficiais e a acção de outras
forças sazonais.

As formas do relevo predominantes são as planícies estreitas, os vales, deltas


e estuários, intercalações de vales, escarpas e algumas elevações não
superiores a 500m.

NOTA: Analisando a costa angolana do ponto de vista morfológico evolutivo,


podemos dizer que é caracterizada pela presença de costas altas e rochosas,
alternando com costas baixas e arenosas.
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A principal característica da costa angolana é a formação de flechas ou
restingas.

1.3.2- Factores responsáveis pela morfologia costeira

As características da circulação dos oceanos ao longo da costa africana e em


particular da angolana estão ligados a circulação atmosférica há escala
atlântica que é submetida igualmente as influências de inter-relações e trocas
oceano atmosfera.

A circulação atmosférica é condicionada principalmente pelas características


sazonais do sistema de ventos e da posição do sol que condiciona os corpos
de pressão atmosférica.

A restinga que regula a baía dos tigres tem sofrido rotura do seu enraizamento
natural por falta de fornecimento de sedimento do rio Cunene. O litoral de
Benguela a erosão tem sido intensa provocando graves problemas ambientais.
Relativamente a Luanda, a generalidade do litoral está em erosão. Já em
Cabinda parece que a erosão da falésia é lenta.

1.3.3- Característica da costa angolana

A costa angolana apresenta ao longo dos seus 1650km de litoral


características não possuindo acidentes costeiros muito pronunciados devido a
característica do relevo. Mas as mais comuns são: estuários, as arribas, os
cabos e as praias.

Na costa angolana observam-se zonas com características próprias como:

 No litoral de Cabinda, desde o seu extremo setentrional até a foz do rio


Chiluango, a costa é baixa e arenosa, é uma região de cobertura
detrítica antropozóica e com uma densa cobertura vegetal, apresenta
partes altas e baixas afloradas por areias de origem continental e
marítima, grés e xistos;
 Da Baía Farta até Namibe a costa é elevada, corresponde a zona em
que a planície litoral é menos extensa;
 De Namibe até a foz do rio Cunene (extremo sul do País) a costa torna-
se baixa e por vezes arenosa e com dunas.

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A existência, ao longo do litoral, de zonas arenosas ou rochosas é resultado da
acção combinada dos processos de desgaste, transporte e deposição ou
acumulação marinha que por sua vez, depende do perfil da costa e da dureza
das rochas que a formam.

Uma costa baixa ou arenosa é, geralmente, uma zona de deposição de


detritos ou sedimentos já que as ondas a ela chegam suavemente, depositando
aí os sedimentos que trazem.

Uma costa alta, caindo abruptamente sobre o mar, faz com que as ondas nela
batam violentamente, o que provoca, com o tempo, um desgaste da costa, a
qual vão sendo arrancados, “bocados” de rocha. Por isso, nas costas elevadas
a erosão é mais intensa do que a deposição.

Estes processos de desgaste, transporte e deposição ou acumulação


dependem também das rochas que formam a costa.

Á costa africana em particular a costa angolana é muito estreita, pelo que não
muito distante do litoral se encontram já grandes profundidades marinhas.

1.3.4-Principais acidentes costeiros


Os agentes moderadores do limitado costeiro angolano, evidenciam algumas
reentrâncias e saliências ou seja pontas e cabos.
De norte a sul as saliências mais importantes são:

 Ponta vermelha em Cabinda;


 Ponta do Padrão, foz do rio Zaire,
 Ponta do Dande junto á barra do rio Dande;
 Ponta do Cavo Ledo, a sul do rio Cuanza;
 Cabo de São Brás, perto de Porto Amboim;
 Ponta do Morro, a sul do Porto Amboim;
 Ponta das salinas, entre Baía Farta e Namibe;
 Cabo das salinas entre Baía Farta e Baía de Namibe

De norte a sul as reentrâncias mais importantes são: Baía de Cabinda, Baía de


Luanda, Baía de Porto Amboim, Baía de Lobito e Baía dos Tigres.

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