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Governo do Estado do Rio de Janeiro

Secretaria de Estado de Educação

Comte Bittencourt
Secretário de Estado de Educação

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Subsecretária de Gestão de Ensino

Elizângela Lima
Superintendente Pedagógica

Maria Claudia Chantre


Coordenadoria de Áreas do Conhecimento

Assistentes
Cátia Batista Raimundo
Carla Lopes
Roberto Farias

Texto e conteúdo

Prof.ª Carla Machado Lopes


C.E. Rodrigo Otávio Filho (Brasil-Itália)
Prof. Enoque Cristian Ribeiro
C.E. Jornalista Rodolfo Fernandes
Prof. Guilherme José Motta Faria
C.E. Hispano Brasileiro João Cabral de Melo Neto
Prof. Leonardo Jorge Azevedo Ramos
C.E Professor José Accioli
Prof.ª. Márcia Teixeira Pinto
C.E. Professora Luiza Marinho

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Capa
Luciano Cunha

Revisão de texto

Prof ª Andreia Cristina Jacurú Belletti

Prof ª Andreza Amorim de Oliveira Pacheco.

Prof ª Cristiane Póvoa Lessa

Prof ª Deolinda da Paz Gadelha

Prof ª Elizabete Costa Malheiros

Prof ª Karla Menezes Lopes Niels

Prof ª Kassia Fernandes da Cunha

Prof Marcos Giacometti

Prof Mário Matias de Andrade Júnior

Prof Paulo Roberto Ferrari Freitas

Profª Regina Simões Alves

Prof Thiago Serpa Gomes da Rocha

Esse documento é uma curadoria de materiais que estão disponíveis na internet, somados à
experiência autoral dos professores, sob a intenção de sistematizar conteúdos na forma de
uma orientação de estudos.

© 2021 - Secretaria de Estado de Educação. Todos os direitos reservados.

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Orientações de Estudos para HISTÓRIA

4º Bimestre de 2020 – 8º ano do Ensino Fundamental Regular .

Meta: Compreender o imperialismo europeu do século XIX.

Objetivos:

Ao final desta Orientação de Estudo, você deverá ser capaz de:

 Estabelecer relações causais entre as ideologias raciais e o


determinismo no contexto do imperialismo europeu e seus
impactos na África e na Ásia.

 Caracterizar e contextualizar aspectos das relações entre os


Estados Unidos da América e a América Latina no século XIX.

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Sumário:

1. Introdução 06
2. Aula 1 – Ideologias raciais 06
3. Aula 2 – Imperialismo europeu na África 09
4. Aula 3 – Imperialismo europeu na Ásia 11
5. Aula 4 – Estados Unidos e a América latina no século XIX 13
6. Aula 5 – Atividades 16
7. Resumo 19
8. Considerações finais 19
9. Referências bibliográficas 20

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1 – Introdução: Nosso assunto principal é o imperialismo do século XIX.
Nosso objetivo é provocar a reflexão sobre o conjunto de ideias que ficaram
conhecidas como darwinismo social e analisar de que maneira ele serviu para
legitimar a dominação de territórios na África, na Ásia e na América Latina pelas
potências europeias e pelos Estados Unidos entre o final do século XIX e o
começo do século XX. Pretende-se também problematizar a ideia de cultura
civilizada/cultura primitiva, e compreender as razões que levaram os
colonizadores a explorar as terras e povos africanos, asiáticos e latino-
americanos, bem como a controlar seus mercados.

2. Aula 1- Ideologias raciais

Ao longo do século XIX, a Revolução Industrial se expandiu pelo


continente europeu, ao mesmo tempo que o processo de urbanização se
intensificou e novas fábricas foram instaladas em vários países. O crescimento
industrial se ligou à expansão comercial e à livre concorrência, marcas típicas do
liberalismo.
O desenvolvimento técnico-científico e a produção maciça de bens de
consumo no período, mesmo que beneficiando uma parcela pequena da
população, contribuiu de certa forma para melhorar e facilitar os afazeres do dia
a dia. Inovações nos transportes, como a locomotiva e o navio a vapor, e nas
comunicações, como o telégrafo e o telefone, possibilitavam vencer distâncias
em um espaço muito menor de tempo. Essas conquistas materiais favoreceram
a visão positiva das elites europeias em relação à ciência e à tecnologia.
Durante esse período, a atividade científica procurava mostrar que o
mundo natural era governado por leis físicas. A ciência podia explicar os
fenômenos da natureza sem precisar recorrer aos textos bíblicos, ao poder de
deuses ou de espíritos sobrenaturais. Nesse contexto, o desenvolvimento de
uma mentalidade científica foi acompanhado de uma progressiva secularização
da sociedade. Isso significou a diminuição da influência política das igrejas e a
separação entre Igreja e Estado na legislação de muitos países. A redução do
poder das igrejas, de certa forma, libertou a ciência para explorar assuntos que
entravam em choque com as crenças religiosas, entre eles a origem da vida.

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Sobre esse tema, no início do século XIX, o naturalista francês Jean-
Baptiste de Lamarck (1744-1829) defendeu a ideia da evolução das espécies por
uso e desuso. Ele propunha que os seres vivos se transformam por dois
mecanismos:
1. Quando um ser vivo começa a usar um órgão do corpo mais do que fazia no
passado, esse órgão tende a se desenvolver, enquanto um órgão menos usado
tende a ser atrofiado.
2. Os descendentes desse ser vivo herdariam também órgãos com as mesmas
características, mais desenvolvidos ou mais atrofiados.
Mais tarde, o pesquisador Alfred Russel Wallace (1823-1913) defendeu
outra hipótese: a de que os seres mais bem adaptados ao ambiente sobrevivem.
Essas e outras teorias influenciaram as pesquisas do naturalista inglês Charles
Darwin (1809-1882). Segundo Darwin, os indivíduos de uma mesma espécie
apresentam grande variação entre si. Um grupo com determinadas
características pode tornar-se mais bem adaptado ao ambiente e às suas
variações do que outros da mesma espécie, tendo, portanto, mais chances de
obter os recursos de que precisa para sobreviver e deixar descendentes, que
herdarão as mesmas características. Darwin chamou esse processo de seleção
natural.

Charles Darwin

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Ao longo do século XIX, pensadores procuraram aplicar a teoria da
seleção natural de Darwin às sociedades humanas, criando assim o darwinismo
social. O sociólogo inglês Herbert Spencer (1820-1903) foi o principal
representante desse pensamento. Ele defendia que os seres humanos são
naturalmente desiguais. Assim como ocorre na natureza, os indivíduos
competem entre si para sobreviver. Nessa competição, apenas os mais fortes,
talentosos e capazes vencem e progridem na vida. Nessa visão, a pobreza era
explicada pela incapacidade natural dos indivíduos de competir por sua
sobrevivência. Como esses indivíduos eram fracos, tinham de ser eliminados
mais cedo para não deixar descendentes. Por isso, os darwinistas sociais
combatiam, por exemplo, os programas de ajuda aos pobres e às pessoas com
deficiência. As ideias pseudocientíficas do darwinismo social foram utilizadas
para hierarquizar racialmente os povos, dividindo-os em superiores e inferiores.
Os europeus e sua cultura foram adotados como modelo de superioridade.
Quanto mais distante um povo se encontrasse dos padrões físicos e culturais
europeus, mais baixo ele estaria na hierarquia criada sob a influência do
darwinismo social.
O darwinismo social foi apropriado pelas elites coloniais como forma de
justificar as desigualdades provocadas pela colonização e pela escravização de
africanos. Até então, os europeus justificavam a escravização com base em
argumentos religiosos, pois consideravam estar “salvando a alma” dos africanos
ao inseri-los no mundo cristão; a partir do surgimento do darwinismo social no
século XIX, os europeus e as elites coloniais passaram a justificar a exclusão
social dos negros e dos indígenas com base em argumentos pseudocientíficos.
Aprofundando as ideias do darwinismo social, alguns teóricos europeus
defenderam que as raças humanas se dividiam em superiores (arianos) e
inferiores (judeus, negros, aborígenes australianos, indígenas americanos, entre
outras). Esses teóricos procuraram criar um racismo “científico”; em outras
palavras, foram buscar na genética humana características para defender a
superioridade de uma raça sobre as demais.
Com base nas mesmas ideias racistas, o inglês Francis Galton, primo de
Darwin, criou em 1883 a eugenia, teoria pseudocientífica que propunha a
criação de uma raça humana superior por meio do controle da reprodução.
Com base nesse controle, os países deveriam se encarregar de promover um

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“aprimoramento racial” da sua população, estimulando que os brancos
procriassem entre si e que os demais grupos não se reproduzissem. Em nome
da eugenia, ao longo do século XX programas de controle da reprodução
humana nos Estados Unidos promoveram a esterilização de cerca de 70 mil
indivíduos, entre eles pessoas com deficiência física e mental, epilépticos,
mendigos, prostitutas, negros e chineses. A política de eugenia aplicada pelo
regime nazista de Hitler na Alemanha (1933-1945), que causou o extermínio de
milhões de pessoas, inspirou-se também na experiência estadunidense.
Essas ideias do darwinismo social e eugenia justificaram o imperialismo
europeu no continente africano e no continente asiático, como veremos na
próxima aula.

3. Aula 2 – Imperialismo europeu na África

Até meados do século XIX, a presença dos europeus no continente


africano se limitava a algumas feitorias e colônias posicionadas no litoral,
geralmente em locais estratégicos para o comércio. Assim, a maior parte do
continente encontrava-se sob o poder das sociedades africanas, governadas por
reis, imperadores ou conselhos de anciões. Contudo, essa situação mudou a
partir dos últimos anos do século XIX. Em pouco tempo, quase toda a África (à
exceção da Etiópia e da Libéria) passou a ser dominada pelas potências
europeias, que investiam em uma nova expansão colonial, conhecida como
neocolonialismo, ou seja, novo colonialismo. Esse conceito é utilizado para
diferenciar a nova expansão colonial do século XIX da colonização do período
das grandes navegações.

A nova expansão colonial foi motivada, principalmente, pelo interesse em


superar a grave crise econômica que estourou em 1873 e perdurou até 1896.
Essa crise havia sido provocada pela grande concorrência entre as potências
industriais, que as levou a ampliar os investimentos em tecnologias para diminuir
os custos de produção, reduzindo a oferta de empregos. A produção de
mercadorias cresceu, mas o mercado consumidor, afetado pelo desemprego e
pelos baixos salários, não foi capaz de absorvê-la, o que levou muitas empresas

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à falência. A saída encontrada pelos europeus foi conquistar novos mercados
para os seus produtos, novas fontes de matérias-primas e áreas para investir os
lucros. Portanto, essa nova expansão colonial visava atender às demandas do
capital industrial e financeiro, sendo a maior expressão do imperialismo.

Conferência de Berlim

A divisão dos territórios africanos entre as nações europeias aconteceu


em 1884 e 1885, na Conferência de Berlim, em que se reuniram representantes
de Grã-Bretanha, Alemanha, França, Portugal, Bélgica, entre outros países. A
partir dessa data até o final do século XIX, cada uma dessas nações construiu o
seu império colonial na África, obedecendo ao princípio de áreas de influência.
Isso significava que, uma vez estabelecida no litoral de uma região, a nação
estrangeira teria o direito de ocupar a zona do interior.

4. Aula 3 - Imperialismo europeu na Ásia

Desde o século XVIII, muitos principados indianos estavam submetidos à


administração da Companhia Britânica das Índias Orientais. Essa empresa

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conseguiu introduzir, com sucesso, os tecidos ingleses de algodão na Índia,
afetando a produção artesanal indiana. Isso porque os tecidos manufaturados
britânicos podiam ser vendidos a preços mais baixos. Em consequência, muitas
tecelagens indianas faliram e antigos centros de produção têxtil, como a cidade
de Dacca, sofreram forte queda populacional. No século XIX, quase toda a Índia
já era controlada pela companhia, que também restringiu a autonomia das
lideranças locais, impôs a criação de um sistema judiciário e administrativo único,
padronizou o sistema de pesos e medidas e instituiu a cobrança de altos
impostos. As políticas estabelecidas pelos britânicos desestabilizaram muitas
sociedades tradicionais e causaram o empobrecimento da maior parte da
população local. Mas os indianos não aceitaram essa situação pacificamente.

A companhia britânica tinha seu próprio exército na região, constituído


basicamente por indianos, os chamados sipaios. Em 1857, os britânicos
passaram a utilizar gordura animal para impermeabilizar suas munições. Como
o sacrifício animal era inaceitável tanto para indianos hindus quanto para
indianos muçulmanos, os soldados se revoltaram. Esse fato, aliado às crises de
abastecimento e à fome, levou à eclosão da Revolta dos Sipaios, ocorrida em
1857 e 1858. Para reprimir a rebelião, o Parlamento inglês dissolveu a
companhia, e a Coroa britânica assumiu o comando da Índia. Em seguida, os
britânicos conquistaram a Birmânia e a Malásia.

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Gravura da Revolta dos Sispaios

A China era uma região de grande interesse para as potências


imperialistas, pois sua população representava um importante mercado
consumidor. Além disso, era um país com enorme extensão territorial, onde
podiam ser investidos capitais na indústria e nos transportes. Porém, o governo
chinês era muito centralizador, o que colocava inúmeros obstáculos à invasão
estrangeira. Apesar de não exercer o domínio político sobre a China, a
Companhia das Índias Orientais comercializava em território chinês,
principalmente o ópio.

Estima-se que, em 1836, mais de 12 milhões de chineses consumiam ópio


regularmente. O vício destruiu indivíduos e famílias, e muitos camponeses
deixaram de cultivar alimentos para plantar papoulas (planta que é a matéria-
prima do ópio). Além disso, o comércio de ópio causou um grave problema
financeiro para a China. Os chineses pagavam a mercadoria com moedas de
prata, o que levou à fuga do metal precioso do país. Na primeira metade do
século XIX, o governo chinês tentou impedir a comercialização do ópio na China,

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medida que não foi aceita pelos britânicos. Para assegurar o seu negócio na
China, a Grã-Bretanha iniciou a Guerra do Ópio (1839-1842). Os ingleses
bombardearam algumas cidades na costa sudeste e destruíram navios chineses.
A China rendeu-se e assinou, em agosto de 1842, o Tratado de Nanquim, que
estabelecia a abertura de alguns portos chineses ao comércio com a Grã-
Bretanha e transferia Hong Kong ao domínio britânico. Entre 1879 e 1905,
britânicos, franceses, estadunidenses, russos, alemães e japoneses se
instalaram na China e obtiveram alguns direitos de comércio.

5. Aula 4 -Estados Unidos e a América Latina no século XIX.

Mapa que ilustra a expansão territorial do Estados Unidos

A expansão dos Estados Unidos para além do território original das treze
colônias começou ao final da guerra de independência, quando o país adquiriu
da Grã-Bretanha uma grande faixa de terra a oeste dos Montes Apalaches. No
início do século XIX, o território estadunidense se ampliou com a anexação da
Louisiana, comprada da França, e da Flórida, comprada da Espanha. A contínua
expansão dos Estados Unidos em direção ao oeste logo atingiu a fronteira com
o México.

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Independente desde 1821, o México tinha um extenso território, grande
parte dele habitado por povos indígenas. Na década de 1820, interessado em
impedir o avanço de grupos indígenas nas terras do Texas, o governo mexicano
autorizou a fixação de colonos estadunidenses na região. A colônia do Texas
cresceu e prosperou. Porém, na década de 1830, o governo mexicano tomou
medidas para estabelecer um regime centralista no país, revogando a autonomia
dessa região. A medida incentivou os colonos do Texas a se rebelar. Com o
apoio de tropas mercenárias dos Estados Unidos, eles conquistaram a
independência em 1836 e proclamaram a república. O presidente mexicano,
detido, foi obrigado a reconhecer a independência do Texas.
A contínua expansão do território dos Estados Unidos e a independência
do Texas, conduzida por colonos, contribuíram para a difusão, no país, de uma
ideologia que afirmava que os estadunidenses eram o povo eleito por Deus
para expandir seu domínio em direção às terras do oeste. Essa ideologia foi
formalizada pela primeira vez em um artigo assinado pelo jornalista John
O’Sullivan, em 1845, no qual ele empregava o termo Destino Manifesto para
defender a anexação do Texas como direito legítimo dos Estados Unidos. Para
os mexicanos, contudo, o Texas pertencia ao México. As tensões entre os dois
países se agravaram em 1845, quando um plebiscito no Texas aprovou sua
incorporação aos Estados Unidos. Em seguida, um destacamento do exército
estadunidense ocupou uma área do Texas que ia além dos limites definidos em
1836.
Esse acontecimento foi o ápice para que o México declarasse guerra aos
Estados Unidos, em março de 1846. O conflito foi marcado por seguidas vitórias
estadunidenses. Em 1847, a Cidade do México foi ocupada. Com o tratado que
pôs fim à guerra, o México cedeu aos Estados Unidos os territórios de Nevada,
Utah, Novo México, Arizona, o oeste do Colorado e a Alta Califórnia, onde, até
hoje, as principais cidades possuem nomes espanhóis: Los Angeles, San
Francisco, San Diego e Sacramento. Com a vitória sobre o México e a
negociação com os britânicos sobre o Oregon, em 1846, os Estados Unidos
completaram os limites continentais de seu território.

“A América para os americanos”. Esse conhecido lema sintetiza as


ideias da Doutrina Monroe, lançada em 1823 em um discurso proferido pelo

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então presidente dos Estados Unidos James Monroe. As ideias dessa doutrina
foram elaboradas durante a Restauração conservadora na Europa, que se
seguiu à queda de Napoleão e à realização do Congresso de Viena.

Charge sobre a Doutrina Monroe

A Doutrina Monroe expressava, por um lado, uma política defensiva dos


Estados Unidos diante de qualquer tentativa das potências europeias de
recolonizar o país. Por outro lado, essa doutrina já continha, de forma
embrionária, a ideia de que os Estados Unidos tinham o direito de conquistar as
terras indígenas e de impor sua influência sobre os povos latino-americanos. A
justificativa teórica para esse direito foi encontrada na religião, com a ideologia
do Destino Manifesto. Sob a influência da teoria calvinista da predestinação, os
estadunidenses se apresentavam como o povo eleito de Deus para levar a
civilização e o cristianismo protestante aos povos indígenas e católicos da
América.

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Assim, com motivações econômicas e justificativas religiosas, a expansão
territorial dos Estados Unidos continuou após a conquista dos territórios
mexicanos. Ela só foi interrompida durante a Guerra de Secessão (1861-1865);
mas terminado o conflito, foi logo retomada e impulsionada.
Em 1867, os Estados Unidos compraram o Alasca da Rússia. Em 1898,
anexaram o Havaí e se envolveram na guerra pela independência de Cuba. O
objetivo era impedir que a Grã-Bretanha, com o fim do Império Espanhol na
América, ampliasse seu poder na região. Vencida, a Espanha reconheceu a
independência de Cuba e entregou as Filipinas e Porto Rico aos Estados Unidos.
Cuba se tornou uma espécie de protetorado estadunidense.
No início do século XX, a Doutrina Monroe foi reformulada com a
declaração do corolário Roosevelt. O nome surgiu de uma mensagem do
presidente Theodore Roosevelt ao Congresso dos Estados Unidos, em 1904, em
que defendia o direito de o país promover intervenções armadas nos países da
América Latina em nome da civilização, da estabilidade e da ordem.

6. Aula 5 – Atividades

1 - O Darwinismo Social pode ser definido corretamente como:

a) o estudo da vida biológica em sociedade, como as sociedades das


abelhas, das formigas etc.
b) a tentativa de igualar, a nível de organização social, os animais superiores,
como os mamíferos, e a sociedade dos homens.
c) o período da atividade intelectual de Charles Darwin em que o naturalista
inglês dedicou-se à criação da Sociologia, ao lado de nomes como August
Comte.
d) a transposição da teoria da evolução das espécies e da seleção natural do
terreno da ciência natural para a realidade sociocultural.
e) a tentativa de estabelecer relação entre o comportamento animal e o
comportamento humano a partir de experimentos psicológicos.

2 – (Mackenzie) Como a lei da gravitação universal de Newton, a Teoria da


Evolução teve consequências revolucionárias fora da área científica. [...]

Alguns pensadores sociais aplicaram as conclusões darwinianas à ordem social,


produzindo teorias que as transferiram à explicação dos problemas sociais. As
expressões "luta pela existência" e "sobrevivência do mais capaz" foram
tomadas de Darwin para apoiar a defesa que faziam do individualismo
econômico.

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Flávio de Campos e Renan Garcia - Oficina de História
O darwinismo social foi utilizado como argumento para justificar, no século
XIX, o:

a) colonialismo.
b) imperialismo.
c) liberalismo.
d) socialismo.
e) neoliberalismo.

3 - A Revolta dos Sipaios (1857) foi o primeiro movimento nacionalista


indiano. Os Sipaios eram:

a) um corpo militar formado por hindus, que se rebelaram e massacraram


200 mulheres e crianças inglesas.
b) soldados ingleses radicados no território indiano que se rebelaram e
massacraram 2.000 mulheres e crianças indianas.
c) uma minoria indiana que se rebelou e massacrou hindus e ingleses.
d) muçulmanos que se rebelaram contra hindus que defendiam os interesses
ingleses.
e) hindus que se rebelaram contra muçulmanos que defendiam interesses
ingleses.

4 - Ao fim da Primeira Guerra do Ópio, em 1842, uma série de sanções foi


imposta ao Império Chinês pela Coroa Britânica. Essas sanções foram
legitimadas por meio do:

a) Pacto Londres-Hong Kong

b) Tratado de Nanquim

c) Tratado de Versalhes

d) Protocolo de Pequim

e) Tratado de Macau

5 - (UFV) A Doutrina Monroe, formulada em 1823 no governo do presidente


estadunidense James Monroe, teve como objetivo:

a) impedir a expansão da escravidão para novos Estados, determinando a


fixação da sua fronteira na Louisiana, devido às contradições aprofundadas
pelos conflitos entre o Norte e o Sul.
b) evitar que os países europeus tentassem recolonizar a América Latina e

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garantir que as novas nações, principalmente na América Central, ficassem
sob a influência norte-americana.
c) conceder gratuitamente terras no Oeste a quem se comprometesse a
nelas permanecer por cinco anos, para incentivar a conquista do território
além dos Montes Apalaches.
d) patrocinar a reconstrução após a Guerra Civil Americana, aprovando
tarifas protecionistas que determinavam o avanço do capitalismo norte
americano.

6- Observe a imagem abaixo:

É possível ver na imagem acima Colúmbia, a personificação feminina dos


EUA, levando cabos de telégrafos para o Oeste, sendo ainda acompanhada
por colonos estadunidenses e pelos trens. Do lado esquerdo, estão os
indígenas e animais selvagens, em um quadrante escuro da tela, o que
mostra que a chegada de Colúmbia levaria a luz a esses locais. A imagem
representa também a ideologia:

a) da Doutrina Monroe.

b) da Aliança para o Progresso.

c) do Destino Manifesto.

d) da Guerra ao Terror.

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7- Resumo:

As ciências tiveram notável desenvolvimento durante o século XIX.


Privilegiando o uso da observação, da experimentação, da lógica e da razão, a
ciência mostrava que o mundo era governado por leis naturais (e não divinas,
opondo-se, portanto, ao pensamento religioso). Nesse sentido, destacamos os
trabalhos de Lamarck, Wallace e Darwin. É importante ressaltar, porém, que as
ideias desses naturalistas foram apropriadas por outros pensadores e aplicadas
à sociedade, gerando teorias pseudocientíficas, como o darwinismo social e a
eugenia, que serviram de base para hierarquizar racialmente os povos e legitimar
a dominação europeia sobre os demais. Nessa orientação de estudos também
destacamos a política expansionista estadunidense e os principais conflitos que
marcaram os Estados Unidos no século XIX distinguindo as regiões que foram
anexadas por meio de compra ou acordos daquelas que foram incorporadas ao
território estadunidense por meio de guerras (contra o México, em meados do
século XIX, e contra a Espanha, que resultou na cessão de Porto Rico, em 1898).
Outros destaques são a Doutrina Monroe (1823) e a ideologia do Destino
Manifesto, que justificaram a expansão estadunidense, e, posteriormente, o
corolário Roosevelt, que legitimou a intervenção imperialista do país sobre a
América Latina

8.Considerações finais

Chegamos ao final de nossa proposta pedagógica. Fazemos um convite a você,


aluno, que continue buscando novas formas de ampliar seu conhecimento.
Querer aprender é fundamental para o sucesso de sua jornada. Ao longo desse
material vários temas podem e devem ser aprofundados por você. Nos tempos
atuais podemos ter acesso há várias ferramentas educacionais. Lance mão
delas e continue avançando cada vez mais. Com certeza seu objetivo será
atingido. Conte conosco!

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9.Referências bibliográficas:

COURVISIER, André. História Moderna. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995.


4ª ed.
HOBSBAWM, Eric. A era das Revoluções: 1789-1848. São Paulo: Editora Paz
e Terra, 1988.
VICENTINO, Cláudio. Viver a História: Ensino Fundamental. São Paulo:
Scipione, 2002. Volume 4.

https://brasilescola.uol.com.br/

https://educacao.uol.com.br/

https://www.infoescola.com/

https://www.educamaisbrasil.com.br/

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