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Comte Bittencourt
Secretário de Estado de Educação
Elizângela Lima
Superintendente Pedagógica
Assistentes
Cátia Batista Raimundo
Carla Lopes
Roberto Farias
Texto e conteúdo
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Capa
Luciano Cunha
Revisão de texto
Esse documento é uma curadoria de materiais que estão disponíveis na internet, somados à
experiência autoral dos professores, sob a intenção de sistematizar conteúdos na forma de
uma orientação de estudos.
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Orientações de Estudos para HISTÓRIA
Objetivos:
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Sumário:
1. Introdução 06
2. Aula 1 – Ideologias raciais 06
3. Aula 2 – Imperialismo europeu na África 09
4. Aula 3 – Imperialismo europeu na Ásia 11
5. Aula 4 – Estados Unidos e a América latina no século XIX 13
6. Aula 5 – Atividades 16
7. Resumo 19
8. Considerações finais 19
9. Referências bibliográficas 20
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1 – Introdução: Nosso assunto principal é o imperialismo do século XIX.
Nosso objetivo é provocar a reflexão sobre o conjunto de ideias que ficaram
conhecidas como darwinismo social e analisar de que maneira ele serviu para
legitimar a dominação de territórios na África, na Ásia e na América Latina pelas
potências europeias e pelos Estados Unidos entre o final do século XIX e o
começo do século XX. Pretende-se também problematizar a ideia de cultura
civilizada/cultura primitiva, e compreender as razões que levaram os
colonizadores a explorar as terras e povos africanos, asiáticos e latino-
americanos, bem como a controlar seus mercados.
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Sobre esse tema, no início do século XIX, o naturalista francês Jean-
Baptiste de Lamarck (1744-1829) defendeu a ideia da evolução das espécies por
uso e desuso. Ele propunha que os seres vivos se transformam por dois
mecanismos:
1. Quando um ser vivo começa a usar um órgão do corpo mais do que fazia no
passado, esse órgão tende a se desenvolver, enquanto um órgão menos usado
tende a ser atrofiado.
2. Os descendentes desse ser vivo herdariam também órgãos com as mesmas
características, mais desenvolvidos ou mais atrofiados.
Mais tarde, o pesquisador Alfred Russel Wallace (1823-1913) defendeu
outra hipótese: a de que os seres mais bem adaptados ao ambiente sobrevivem.
Essas e outras teorias influenciaram as pesquisas do naturalista inglês Charles
Darwin (1809-1882). Segundo Darwin, os indivíduos de uma mesma espécie
apresentam grande variação entre si. Um grupo com determinadas
características pode tornar-se mais bem adaptado ao ambiente e às suas
variações do que outros da mesma espécie, tendo, portanto, mais chances de
obter os recursos de que precisa para sobreviver e deixar descendentes, que
herdarão as mesmas características. Darwin chamou esse processo de seleção
natural.
Charles Darwin
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Ao longo do século XIX, pensadores procuraram aplicar a teoria da
seleção natural de Darwin às sociedades humanas, criando assim o darwinismo
social. O sociólogo inglês Herbert Spencer (1820-1903) foi o principal
representante desse pensamento. Ele defendia que os seres humanos são
naturalmente desiguais. Assim como ocorre na natureza, os indivíduos
competem entre si para sobreviver. Nessa competição, apenas os mais fortes,
talentosos e capazes vencem e progridem na vida. Nessa visão, a pobreza era
explicada pela incapacidade natural dos indivíduos de competir por sua
sobrevivência. Como esses indivíduos eram fracos, tinham de ser eliminados
mais cedo para não deixar descendentes. Por isso, os darwinistas sociais
combatiam, por exemplo, os programas de ajuda aos pobres e às pessoas com
deficiência. As ideias pseudocientíficas do darwinismo social foram utilizadas
para hierarquizar racialmente os povos, dividindo-os em superiores e inferiores.
Os europeus e sua cultura foram adotados como modelo de superioridade.
Quanto mais distante um povo se encontrasse dos padrões físicos e culturais
europeus, mais baixo ele estaria na hierarquia criada sob a influência do
darwinismo social.
O darwinismo social foi apropriado pelas elites coloniais como forma de
justificar as desigualdades provocadas pela colonização e pela escravização de
africanos. Até então, os europeus justificavam a escravização com base em
argumentos religiosos, pois consideravam estar “salvando a alma” dos africanos
ao inseri-los no mundo cristão; a partir do surgimento do darwinismo social no
século XIX, os europeus e as elites coloniais passaram a justificar a exclusão
social dos negros e dos indígenas com base em argumentos pseudocientíficos.
Aprofundando as ideias do darwinismo social, alguns teóricos europeus
defenderam que as raças humanas se dividiam em superiores (arianos) e
inferiores (judeus, negros, aborígenes australianos, indígenas americanos, entre
outras). Esses teóricos procuraram criar um racismo “científico”; em outras
palavras, foram buscar na genética humana características para defender a
superioridade de uma raça sobre as demais.
Com base nas mesmas ideias racistas, o inglês Francis Galton, primo de
Darwin, criou em 1883 a eugenia, teoria pseudocientífica que propunha a
criação de uma raça humana superior por meio do controle da reprodução.
Com base nesse controle, os países deveriam se encarregar de promover um
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“aprimoramento racial” da sua população, estimulando que os brancos
procriassem entre si e que os demais grupos não se reproduzissem. Em nome
da eugenia, ao longo do século XX programas de controle da reprodução
humana nos Estados Unidos promoveram a esterilização de cerca de 70 mil
indivíduos, entre eles pessoas com deficiência física e mental, epilépticos,
mendigos, prostitutas, negros e chineses. A política de eugenia aplicada pelo
regime nazista de Hitler na Alemanha (1933-1945), que causou o extermínio de
milhões de pessoas, inspirou-se também na experiência estadunidense.
Essas ideias do darwinismo social e eugenia justificaram o imperialismo
europeu no continente africano e no continente asiático, como veremos na
próxima aula.
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à falência. A saída encontrada pelos europeus foi conquistar novos mercados
para os seus produtos, novas fontes de matérias-primas e áreas para investir os
lucros. Portanto, essa nova expansão colonial visava atender às demandas do
capital industrial e financeiro, sendo a maior expressão do imperialismo.
Conferência de Berlim
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conseguiu introduzir, com sucesso, os tecidos ingleses de algodão na Índia,
afetando a produção artesanal indiana. Isso porque os tecidos manufaturados
britânicos podiam ser vendidos a preços mais baixos. Em consequência, muitas
tecelagens indianas faliram e antigos centros de produção têxtil, como a cidade
de Dacca, sofreram forte queda populacional. No século XIX, quase toda a Índia
já era controlada pela companhia, que também restringiu a autonomia das
lideranças locais, impôs a criação de um sistema judiciário e administrativo único,
padronizou o sistema de pesos e medidas e instituiu a cobrança de altos
impostos. As políticas estabelecidas pelos britânicos desestabilizaram muitas
sociedades tradicionais e causaram o empobrecimento da maior parte da
população local. Mas os indianos não aceitaram essa situação pacificamente.
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Gravura da Revolta dos Sispaios
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medida que não foi aceita pelos britânicos. Para assegurar o seu negócio na
China, a Grã-Bretanha iniciou a Guerra do Ópio (1839-1842). Os ingleses
bombardearam algumas cidades na costa sudeste e destruíram navios chineses.
A China rendeu-se e assinou, em agosto de 1842, o Tratado de Nanquim, que
estabelecia a abertura de alguns portos chineses ao comércio com a Grã-
Bretanha e transferia Hong Kong ao domínio britânico. Entre 1879 e 1905,
britânicos, franceses, estadunidenses, russos, alemães e japoneses se
instalaram na China e obtiveram alguns direitos de comércio.
A expansão dos Estados Unidos para além do território original das treze
colônias começou ao final da guerra de independência, quando o país adquiriu
da Grã-Bretanha uma grande faixa de terra a oeste dos Montes Apalaches. No
início do século XIX, o território estadunidense se ampliou com a anexação da
Louisiana, comprada da França, e da Flórida, comprada da Espanha. A contínua
expansão dos Estados Unidos em direção ao oeste logo atingiu a fronteira com
o México.
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Independente desde 1821, o México tinha um extenso território, grande
parte dele habitado por povos indígenas. Na década de 1820, interessado em
impedir o avanço de grupos indígenas nas terras do Texas, o governo mexicano
autorizou a fixação de colonos estadunidenses na região. A colônia do Texas
cresceu e prosperou. Porém, na década de 1830, o governo mexicano tomou
medidas para estabelecer um regime centralista no país, revogando a autonomia
dessa região. A medida incentivou os colonos do Texas a se rebelar. Com o
apoio de tropas mercenárias dos Estados Unidos, eles conquistaram a
independência em 1836 e proclamaram a república. O presidente mexicano,
detido, foi obrigado a reconhecer a independência do Texas.
A contínua expansão do território dos Estados Unidos e a independência
do Texas, conduzida por colonos, contribuíram para a difusão, no país, de uma
ideologia que afirmava que os estadunidenses eram o povo eleito por Deus
para expandir seu domínio em direção às terras do oeste. Essa ideologia foi
formalizada pela primeira vez em um artigo assinado pelo jornalista John
O’Sullivan, em 1845, no qual ele empregava o termo Destino Manifesto para
defender a anexação do Texas como direito legítimo dos Estados Unidos. Para
os mexicanos, contudo, o Texas pertencia ao México. As tensões entre os dois
países se agravaram em 1845, quando um plebiscito no Texas aprovou sua
incorporação aos Estados Unidos. Em seguida, um destacamento do exército
estadunidense ocupou uma área do Texas que ia além dos limites definidos em
1836.
Esse acontecimento foi o ápice para que o México declarasse guerra aos
Estados Unidos, em março de 1846. O conflito foi marcado por seguidas vitórias
estadunidenses. Em 1847, a Cidade do México foi ocupada. Com o tratado que
pôs fim à guerra, o México cedeu aos Estados Unidos os territórios de Nevada,
Utah, Novo México, Arizona, o oeste do Colorado e a Alta Califórnia, onde, até
hoje, as principais cidades possuem nomes espanhóis: Los Angeles, San
Francisco, San Diego e Sacramento. Com a vitória sobre o México e a
negociação com os britânicos sobre o Oregon, em 1846, os Estados Unidos
completaram os limites continentais de seu território.
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então presidente dos Estados Unidos James Monroe. As ideias dessa doutrina
foram elaboradas durante a Restauração conservadora na Europa, que se
seguiu à queda de Napoleão e à realização do Congresso de Viena.
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Assim, com motivações econômicas e justificativas religiosas, a expansão
territorial dos Estados Unidos continuou após a conquista dos territórios
mexicanos. Ela só foi interrompida durante a Guerra de Secessão (1861-1865);
mas terminado o conflito, foi logo retomada e impulsionada.
Em 1867, os Estados Unidos compraram o Alasca da Rússia. Em 1898,
anexaram o Havaí e se envolveram na guerra pela independência de Cuba. O
objetivo era impedir que a Grã-Bretanha, com o fim do Império Espanhol na
América, ampliasse seu poder na região. Vencida, a Espanha reconheceu a
independência de Cuba e entregou as Filipinas e Porto Rico aos Estados Unidos.
Cuba se tornou uma espécie de protetorado estadunidense.
No início do século XX, a Doutrina Monroe foi reformulada com a
declaração do corolário Roosevelt. O nome surgiu de uma mensagem do
presidente Theodore Roosevelt ao Congresso dos Estados Unidos, em 1904, em
que defendia o direito de o país promover intervenções armadas nos países da
América Latina em nome da civilização, da estabilidade e da ordem.
6. Aula 5 – Atividades
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Flávio de Campos e Renan Garcia - Oficina de História
O darwinismo social foi utilizado como argumento para justificar, no século
XIX, o:
a) colonialismo.
b) imperialismo.
c) liberalismo.
d) socialismo.
e) neoliberalismo.
b) Tratado de Nanquim
c) Tratado de Versalhes
d) Protocolo de Pequim
e) Tratado de Macau
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garantir que as novas nações, principalmente na América Central, ficassem
sob a influência norte-americana.
c) conceder gratuitamente terras no Oeste a quem se comprometesse a
nelas permanecer por cinco anos, para incentivar a conquista do território
além dos Montes Apalaches.
d) patrocinar a reconstrução após a Guerra Civil Americana, aprovando
tarifas protecionistas que determinavam o avanço do capitalismo norte
americano.
a) da Doutrina Monroe.
c) do Destino Manifesto.
d) da Guerra ao Terror.
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7- Resumo:
8.Considerações finais
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9.Referências bibliográficas:
https://brasilescola.uol.com.br/
https://educacao.uol.com.br/
https://www.infoescola.com/
https://www.educamaisbrasil.com.br/
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