Você está na página 1de 10

ETEC DARCY PEREIRA DE MORAES

Curso Técnico de Informática para Internet

MARIA FERNANDA DE ALMEIDA FREITAS

A CONSTRUÇÃO DO DISCURSO CIVILIZATÓRIO EM DIFERENTES


CONTEXTOS E SUA
RELAÇÃO COM MEMÓRIA, CULTURA, IDENTIDADE E DIVERSIDADE

Itapetininga
18/03/2024
Sumário
Introdução...............................................................................................................................3
Explicação histórico e filosófico do iluminismo, imperialismo e neocolonialismo.........4
Iluminismo...........................................................................................................................4
Imperialismo........................................................................................................................5
Neocolonialismo..................................................................................................................6
A memória, cultura, identidade e diversidade.....................................................................7
Capitulo 1.................................................................................................................................8
Capitulo 2.................................................................................................................................8
Capítulos 3...............................................................................................................................8
Capítulos 4...............................................................................................................................9
Capítulos 5...............................................................................................................................9
Conclusão..............................................................................................................................10
Introdução

Nos séculos XVIII e XIX, ocorreram movimentos históricos e filosóficos que tiveram um
grande impacto no curso da humanidade. Dentre esses movimentos, destacam-se o
Iluminismo, o imperialismo e o subsequente neocolonialismo, cada um com suas
características particulares e influências duradouras. O Iluminismo surgiu como um período
de avanço intelectual, defendendo a razão e a liberdade individual como elementos
essenciais para o progresso social. Já o imperialismo, impulsionado pelo crescimento do
capitalismo, resultou em uma expansão territorial e cultural das potências colonizadoras
europeias sobre vastas áreas do mundo, baseada em uma ideologia de superioridade
cultural e moral. Por sua vez, o neocolonialismo representou uma continuação desse ciclo
colonial, caracterizado pela exploração econômica e dominação cultural justificadas pela
chamada missão civilizatória. Este estudo busca investigar a interseção desses movimentos
históricos e filosóficos ao analisar o discurso civilizatório presente em cada um deles e seus
impactos nos aspectos sociais e culturais das sociedades envolvidas.
Explicação histórico e filosófico do iluminismo,
imperialismo e neocolonialismo

Iluminismo

O Iluminismo foi um movimento intelectual e filosófico que aconteceu na Europa durante o


século XVIII, também conhecido como "Século das Luzes". Esse movimento valorizava a
importância da razão como uma ferramenta para o progresso da humanidade. Os
pensadores iluministas, como Voltaire, Jean-Jacques Rousseau e Adam Smith,
questionaram o poder absoluto dos reis e defendiam a liberdade individual. Também
questionaram a intervenção do Estado na economia, defendendo que o livre mercado e a
competição entre os indivíduos seriam melhores para o desenvolvimento econômico. Eles
acreditavam que limitar o poder dos monarcas e dar mais liberdade aos cidadãos era
essencial para uma sociedade mais justa.
Além disso, o Iluminismo promoveu a importância da racionalidade em detrimento da fé
cega. Os iluministas acreditavam que o conhecimento científico e o desenvolvimento da
ciência eram fundamentais para o avanço social. Eles questionavam as crenças religiosas e
defendiam a ideia de que a sociedade deveria ser guiada pela razão e pelo pensamento
crítico.
Os ideais iluministas tiveram um impacto significativo na história, influenciando eventos
como a Revolução Francesa e a Independência dos Estados Unidos. Eles também
moldaram diversas áreas da sociedade, incluindo religião, cultura, política e economia.
Imperialismo

O imperialismo é um conceito que descreve a expansão de poder e influência de uma nação


sobre outras regiões do mundo. É como se uma nação se tornasse uma espécie de
"imperador" e tentasse controlar e dominar outros países ou territórios.
Um exemplo histórico de imperialismo é o período das colonizações europeias nos séculos
XV a XIX. Nessa época, países como Portugal, Espanha, Inglaterra e França buscaram
expandir seus impérios coloniais, explorando recursos naturais, estabelecendo comércio e
exercendo controle político sobre as colônias. No entanto, é importante ressaltar que o
imperialismo não é apenas uma questão histórica. Ainda hoje, podemos observar formas de
imperialismo no mundo, como a influência econômica e política de grandes potências sobre
países em desenvolvimento.
No passado, o imperialismo foi impulsionado pelo avanço do capitalismo, que incentivou as
grandes potências a expandirem seus impérios ao redor do mundo. A Inglaterra, por
exemplo, dominou vastas áreas da África e da Ásia, explorando seus recursos naturais e
estabelecendo colônias. Essa prática teve consequências devastadoras para as pessoas
que viviam nessas regiões dominadas. Elas foram exploradas e subjugadas, perdendo sua
autonomia e sofrendo com a exploração de seus recursos.
O imperialismo também teve um impacto duradouro nas regiões colonizadas. Até hoje,
vemos os efeitos desse processo de dominação colonial na África, Ásia e América Latina.
Essas regiões ainda lutam para se recuperar e se desenvolver após séculos de exploração.
Se manifestou de diferentes formas, como colônias, áreas de influência e protegidos. Cada
uma dessas formas tinha suas próprias implicações econômicas, sociais e políticas.
Neocolonialismo

O neocolonialismo, também conhecido como imperialismo, foi um período em que as


nações europeias começaram a colonizar intensamente os continentes africano e asiático
no século XIX. Mas, ao invés de simplesmente ocupar essas regiões, eles exploraram os
recursos naturais e a mão de obra barata para benefício próprio.
Os europeus justificavam essa exploração dizendo que estavam levando a civilização para
essas regiões, mas na verdade estavam apenas buscando vantagens econômicas. Eles
queriam matérias-primas para suas indústrias, mão de obra barata para trabalhar nessas
indústrias e mercados consumidores para vender seus produtos.
Essa mentalidade de superioridade cultural dos europeus sobre os povos colonizados era
muito comum na época. Eles acreditavam que estavam levando o progresso para essas
regiões, mas na verdade estavam apenas explorando e dominando territórios que não eram
deles.
O neocolonialismo teve consequências muito importantes. Na África, por exemplo, as
fronteiras desenhadas pelos europeus ignoraram completamente as diferenças étnicas dos
povos locais, o que gerou conflitos tribais até os dias de hoje. Além disso, a exploração
desenfreada dos recursos naturais sem levar em conta as necessidades dos países
dominados causou impactos sociais e políticos profundos.
A memória, cultura, identidade e diversidade.

A memória social desempenha um papel fundamental na construção da identidade cultural


de um grupo ou sociedade. Ela reflete a história, os valores e as tradições desse grupo,
influenciando a forma como as pessoas se veem e se relacionam com o mundo ao seu
redor. A cultura, por sua vez, engloba os aspectos compartilhados desse grupo, como suas
opiniões, valores, práticas, arte, linguagem e costumes. A diversidade cultural valoriza a
multiplicidade de expressões culturais presentes em uma sociedade, promovendo a inclusão
e o respeito pela pluralidade de perspectivas e experiências.
Capitulo 1: Como o discurso civilizatório foi construído durante o
Iluminismo e de que forma ele influenciou a visão de mundo da época?

Durante o Iluminismo, um período marcado por ideias de progresso e racionalidade, o


discurso civilizatório foi construído em torno da crença de que a razão e a ciência eram
fundamentais para o avanço da sociedade. Os iluministas acreditavam que a educação, a
racionalidade e o conhecimento eram elementos essenciais para o progresso humano. Essa
visão influenciou profundamente a forma como a sociedade da época enxergava o mundo,
promovendo ideais de liberdade, igualdade e fraternidade.

Capitulo 2: Quais foram os principais elementos do discurso civilizatório no


período do Imperialismo e como eles se relacionaram com a memória, cultura,
identidade e diversidade?

Durante o imperialismo, o discurso civilizatório foi utilizado como uma justificativa para a
expansão territorial, econômica e cultural de países sobre outros, especialmente na África e
na Ásia. Esse discurso era baseado em ideias como a missão civilizatória, o darwinismo
social e a eugenia, que reforçavam a ideia de superioridade cultural. Essas ideias
etnocêntricas e eurocêntricas foram determinantes para o fortalecimento do imperialismo,
levando a uma expansão territorial e cultural que teve consequências profundas na história e
na sociedade.

Capítulos 3: Quais são as características do discurso civilizatório no


contexto do Neocolonialismo e de que maneira ele impactou esses aspectos
sociais e culturais?

No contexto do neocolonialismo, o discurso civilizatório justificava a dominação e exploração


de povos colonizados em nome do progresso, da modernidade e da superioridade cultural e
moral do colonizador. Características desse discurso incluíam o paternalismo, o racismo e
etnocentrismo, o missionaríssimo e evangelização, a ideologia do progresso e a justificativa
da exploração econômica.
Capítulos 4: De que forma a memória influenciou a construção e
perpetuação dos discursos civilizatórios ao longo dos diferentes períodos
históricos?

Através da preservação e transmissão da memória coletiva, esses discursos foram


moldados e reforçados, influenciando a forma como as sociedades perceberam a
superioridade cultural e moral dos colonizadores.
Iluminismo: Durante o Iluminismo, uma memória foi utilizada para fortalecer a ideia de
progresso e civilização europeia, justificando a expansão imperialista como uma missão de
levar luz e conhecimento aos povos considerados "primitivos". Essa narrativa foi perpetuada
através de relatos de viajantes, obras literárias e pinturas que enalteciam a superioridade
europeia.
Neocolonialismo: No contexto do neocolonialismo, uma memória foi instrumentalizada para
legitimar a dominação imperialista sobre territórios africanos e asiáticos. Os discursos
civilizatórios eram reforçados por meio de teorias como o darwinismo social e a missão
civilizadora, que se baseavam em preceitos cientificistas para explicar a exploração e o
domínio dessas regiões.
Imperialismo: Durante o período do imperialismo, a memória coletiva foi essencial para
manter viva a narrativa de superioridade europeia e justificar a expansão territorial e cultural
sobre outros povos. Os discursos civilizatórios foram sustentados por ideias de missão
civilizadora, eugenia e darwinismo social, que foram lançadas de geração em geração,
reforçando a visão eurocêntrica da história.

Capítulos 5: Como as diferentes culturas foram representadas e


valorizadas ou desvalorizadas dentro desses discursos civilizatórios?

No Iluminismo, as culturas europeias eram exaltadas como superiores, avançadas e


civilizadas, enquanto as culturas não europeias eram frequentemente desvalorizadas,
consideradas primitivas ou inferiores.
Durante o neocolonialismo, as culturas não europeias foram exploradas e dominadas em
busca de matérias-primas e expansão de mercados consumidores. Nesse contexto, as
culturas locais foram desvalorizadas e subjugadas em prol dos interesses capitalistas das
potências colonizadoras. A exploração e dominação foram justificadas por ideias de
superioridade cultural e econômica.
No período do imperialismo, as culturas não europeias foram representadas como inferiores
e necessitadas de “civilização” pelos colonizadores. O darwinismo social e a eugenia foram
usados para justificar a dominação imperialista, reforçando a ideia de que os europeus eram
mais civilizados e desenvolvidos. Isso levou à implementação de políticas discriminatórias,
como o "branqueamento da população", que visavam importar padrões eurocêntricos sobre
outras culturas.
Conclusão

Esses discursos civilizatórios moldaram profundamente as relações sociais, políticas,


econômicas e culturais entre colonizadores e colonizados. Eles contribuíram para a
desumanização dos povos colonizados, a destruição de suas culturas e a perpetuação da
desigualdade social e econômica. No entanto, também despertaram resistência e uma
consciência crítica, levando a movimentos de resistência, luta pela independência e
reivindicação de direitos.
Os legados desses discursos persistem até os dias de hoje, alimentando divisões e
injustiças em muitos países colonizados. É importante reconhecer e examinar criticamente
esses legados históricos para promover uma compreensão mais profunda das dinâmicas
globais de poder e trabalhar em direção a um futuro mais justo e igualitário para todas as
sociedades.

Você também pode gostar