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PROF.MAX DANTAS
51 – IMPERIALISMO NEOCOLONIAL
SITUAÇÃO
Até a segunda metade do século XIX, as colonizações ibéricas na América
estavam limitadas. Nesse contexto, Portugal e Espanha, grandes potências
marítimas do colonialismo, não tinham mais
condições econômicas de explorar esse
comércio.
Os outros continentes, como as terras da
África e da Ásia, foram ocupados
principalmente na faixa litorânea e, ali, os
europeus limitavam-se ao comércio,
principalmente o de especiarias e escravos.
Figura://www.emaze.com/@AICOIITR
Figura://descomplica.com.br/blog/historia/colonizacao-
da-america/

CONTEXTO
A partir de 1870, as potências europeias intensificaram a
busca por mercados consumidores para seus
manufaturados e áreas produtoras de matérias-primas.
Começou, então, uma nova corrida colonial das
emergentes potências europeias, como Inglaterra, França,
Alemanha e Itália. Elas buscavam matéria-prima, mercados
e regiões para investir os capitais disponíveis. A expansão
foi incentivada pelas grandes indústrias, devido,
principalmente, ao advento da Segunda Revolução
Industrial, que teve como consequência o crescimento da
produção, formando grandes monopólios. Figura://fondazionefeltrinelli.it/la-tecnica-il-lavoro-e-la-democrazia/

ATENÇÃO
Essa fase também é conhecida como CAPITALISMO MONOPOLISTA ou FINANCEIRO, caracterizado pela
dominação econômica, política, social e cultural dos países ricos sobre as regiões dominadas. Assim, essa
corrida por colônias, no século XIX, é chamada de IMPERIALISMO ou NEOCOLONIALISMO.

DIVISÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO


O Imperialismo aprofundou a DIVISÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO, em
que os países pobres deveriam continuar a produzir produtos tropicais e
regionais, resguardando para os países centrais a produção industrial.
Essa situação levou à dominação e à dependência econômica e política das
nações mais pobres.

Figura://umglobalizadomundo.blogspot.com/2015/04/atual-

JUSTIFICATIVA
divisao-internacional-do-trabalho.html
-
DARWINISMO SOCIAL
Segundo essa teoria, as raças humanas, assim
como as espécies, também passam por uma longa
evolução, durante a qual ocorre uma seleção
natural. Sendo assim, “só as raças superiores”
triunfam, o que tornam as guerras inevitáveis.
Os cientistas/racistas daquela época acreditavam
em duas ideias equivocadas:
1°- EXISTEM RAÇAS HUMANAS.
2°- A RAÇA BRANCA É “SUPERIOR”.
Dessa maneira, as teorias “científicas” daquela
época justificavam a dominação imperialista na
América, África, Ásia e, também, Oceania.
Figura://medium.com/@gabrieloliveira_78782/africa-e-darwinismo-social-o-imperialismo-ideol%C3%B3gico-e-cultural-como-
ferramenta-de-hegemonia-cient-4da3a22eb03d
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E assim, os europeus assumem a tarefa de levar a
civilização, o progresso e os “bons costumes”
àqueles povos que consideravam incivilizados e
racialmente inferiores. Era o europeu estendendo
a mão para os países pobres, ajudando-os a se
desenvolverem.
A MISSÃO DO HOMEM BRANCO: levar a civilização a
esses povos.
KIPLING: O fardo do homem branco defendia o
caráter civilizador do Imperialismo.
“ASSUMI O FARDO DO HOMEM BRANCO. ENVIAI O
MELHOR DE VOSSOS FILHOS. CONDENAI OS VOSSOS
FILHOS AO EXÍLIO PARA QUE SEJAM SERVIDORES DE
Figura://asadrahim.com/2013/07/22/white-mans-burden/ SEUS CATIVOS”.
PROCESSOS
AMÉRICA LATINA
Na América latina, o domínio ocorreu em virtude da
economia, pois ela era dependente do mercado ,
principalmente dos Ingleses; mais tarde, dos
americanos, por meio da Doutrina Monroe e da
política do Big Stick.

ÁFRICA
Entre os séculos XV e XVIII, os europeus restringiam-
se a uma estreita faixa do litoral africano, onde
fundaram estabelecimentos permanentes em pontos
como Costa do Ouro, Benin, Angola, Moçambique e
Zanzibar.
A partir do século XIX, passam a penetrar no interior
do território, submetendo os povos africanos a eles.
Dessa forma, no fim do século XIX e início do XX,
90,4% do território africano estava sob domínio
Europeu.
Figura://www.infoescola.com/historia/partilha-da-africa/

ATENÇÃO!
A África aparece nos livros quase sempre da perspectiva da Europa. No século XIX, ela entra na história apenas
como território vencido e dominado, figurante mudo da história. Atualmente, historiadores africanos vêm
trabalhando em outra perspectiva e, com ela, desenvolveram a chamada TEORIA DA DIMENSÃO AFRICANA; ela
admite que as razões da investida europeia na África são basicamente econômicas, mas entende que a resistência
africana a essa invasão precipitou a conquista militar do continente negro pelos europeus.

CONFERÊNCIA DE BERLIM – 1884-1885

Percebendo que essa nova corrida colonial poderia provocar


uma guerra entre as potências imperialistas, os Europeus
promoveram a organização da CONFERÊNCIA DE BERLIM.

Encabeçada por OTTO VON BISMARCK, da Alemanha, tinha


como princípio organizar, por meio de regras, a ocupação da
África pelas potências coloniais.

Sendo assim, para uma nação europeia ter direito a um território


Figura://profesorjorgeabel.wordpress.com/2014/05/26/pre-evaluacion-unidad-6/
africano, era preciso:
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 COMUNICAR AS DEMAIS NAÇÕES.
 ASSEGURAR A EXISTÊNCIA DE UMA AUTORIDADE CAPAZ DE SE IMPOR NO TERRITÓRIO
OCUPADO.
Outra regra estabelecia a livre-navegação e o livre-comércio nas bacias dos rios Congo e Níger, duas
importantes vias no continente.
Participaram Grã-Bretanha, França, Espanha, Portugal, Itália, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Estados
Unidos, Suécia, Áustria-Hungria e Império Otomano.

ATENÇÃO!
ica-decidiu-se-h%C3%A1-130-

O objetivo das potências europeias nessa conferência era garantir um mercado fornecedor de matérias-primas,
mercados consumidores, mão de obra barata, exportação de capital e aliviar as tensões sociais na Europa
estimulando a imigração.

Figura://www.todamateria.com.br/partilha-da-africa/
A conferência resultou numa divisão territorial que não respeitou nem a história nem as relações étnicas e mesmo
familiares do continente. Essas fronteiras artificiais separaram povos amigos e misturaram, em um mesmo
território, povos rivais com costumes diferentes, o que alimentou e ainda alimenta rivalidades e conflitos entre os
africanos.

INGLESES NA ÁFRICA

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Figura://darozhistoriamilitar.blogspot.com/2016/08/1902-term

IMPORTANTE
O comandante das tropas inglesas, Lord Kitchener,
destruiu várias fazendas bôeres e transferiu milhares
de civis para campos de concentração.
A guerra dos bôeres configurou-se como a primeira
experiência de implantação dos campos de
concentração, muito antes que os campos nazistas.

Figura://historyplex.com/significance-important-facts-about-boer-wars

OUTRAS REGIÕES INGLESAS:


UGANDA, ÁFRICA ORIENTAL (QUÊNIA) e RODÉSIA (ZIMBÁBUE).

BELGAS NA ÁFRICA
Em 1884, LEOPOLDO II, da Bélgica, apossou-se do CONGO. Após obter o
reconhecimento internacional de sua posse, dividiu o território em
unidades administrativas e depois nomeou civis e militares belgas para
administrar, encarregando-os de forçar os congoleses a trabalhar na
extração da borracha e do marfim.
es-africanos/ Foi uma verdadeira carnificina, mas, por
meio da intimidação e da propaganda, o rei
LEOPOLDO II conseguiu esconder por
muito tempo as atrocidades cometidas no

FRANCESES NA
Figura://myhistori.ru/blog/43724006933/Istorii-ot-Olesya-Buzinyi.-Svobodnoe-Kongo:-
lyudoedskie-korni-ES Os franceses
iniciaram sua investida com a conquista da
ARGÉLIA, em 1830, e ali instalaram um
PROTERADO, obrigando os governantes
Mais tarde, a França vai submeter outras terras, como Marrocos e Madagascar.
g%C3%A9lia-pa%C3%ADses-

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ÁSIA
INGLESES NA
Região muito rica, com recursos naturais
ÁSIA
A região do
de toda a sorte e cobiçada desde quando
Oriente Médio os portugueses começaram a trazer
ficou sob especiarias de Calicute, na Índia, em
domínio inglês, 1489.
assegurando Região com grande quantidade
aos ingleses o populacional, o que permitia salários
controle do muito baixos, levando a produção asiática
petróleo. a se tornar muito barata.
Da China, os europeus compravam o chá, a seda e a Os britânicos eram a maior potência da
Figura://iderval.blogspot.com/2018/0

porcelana, artigos que os chineses exigiam que fossem pagos região,


da-china.html

influenciando a política,
com ouro e prata. Como os chineses não se interessavam
administrativa e economicamente.
por produtos europeus, o comércio era sempre favorável à
China. Porém, a situação tomou
outro rumo quando os ingleses
passaram a vender ópio para os chineses.

GUERRAS DO ÓPIO – 1839-1842


Conflito entre a Inglaterra e a China, pois a
Inglaterra comercializa ópio (droga) na
China.
As autoridades chinesas reclamam sem
sucesso com a rainha Vitória e, em
retaliação, destroem caixas com a droga,
lançando-as ao mar.
Alegando prejuízos, a Inglaterra iniciou uma guerra contra a CHINA e, depois de vencer o conflito, obrigou
os chineses a assinarem o TRATADO DE NANKIN, que estabelecia:

 Abertura de 5 portos à Inglaterra.


 Hong Kong passa para a Inglaterra.
 Pagamento de 21 milhões de dólares aos ingleses pela perda do ópio jogado ao mar.
 Direito aos britânicos de serem julgados por leis britânicas caso cometessem crimes na China.

SEGUNDA GUERRA DO ÓPIO – 1856-1860


Os Chineses já não estavam respeitando algumas cláusulas do Tratado de
Nanquim, indignando os ingleses, principalmente quando as autoridades
chinesas começaram a revistar os navios britânicos. Assim, aliados aos
franceses, os Britânicos resolveram atacar novamente.
Figura://www.mundoreal.xyz/a-guerra-do-opio/guerra-do-
A China é derrotada mais uma vez
Figura://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/guerra-opio.htm

opio-desenho/
e é obrigada a assinar um novo
tratado.

TRATADO DE TIANJIN
 Dez portos chineses deveriam permanecer abertos ao comércio internacional.
 Liberdade para os estrangeiros de viajar e de fazer comércio na China.
 Garantia de liberdade religiosa aos cristãos em território chinês.
 A China deveria pagar pesadas indenizações de guerra à Inglaterra e à França.

A GUERRA DOS BOXERS – 1899-1901

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Foi a luta de um grupo nacionalista chinês contra a presença
estrangeira e a dominação cultural e religiosa.
Colocou em lados opostos:
Nacionalistas chineses X Aliança das 8 nações (Inglaterra, Japão,
Alemanha, Rússia, Itália, Estados Unidos, França e Império Austro-
Húngaro.
Para conter a onda imperialista
no país, um grupo de lutadores
criou a SOCIEDADE SECRETA
DOS PUNHOS HARMONIOSOS E
Figura://www.reddit.com/r/OldSchoolCool/comments/
JUSTICEIROS – BOXERS. Esse
grupo 5m3gxx/these_soldiers_from_the_boxer_rebellion_look/
empreendeu uma verdadeira guerra de guerrilha e vandalizaram
tudo aquilo que poderia representar a dominação estrangeira.
Então, é formada uma aliança entre as nações para conter a revolta e,
entre os meses de julho e agosto 1901, as tropas estrangeiras lutam
contra os boxers e os membros do exército imperial que apoiavam o
levante.
Os revoltosos são derrotados e, no dia 7 de setembro de 1901, é
assinada a Paz de Pequim ou Protocolo de Pequim. Além de uma pesada
indenização, a China foi obrigada a adotar a POLÍTICA
DAS PORTAS ABERTAS. Figura://oficinadahistoriapb.blogspot.com/p/tema-12.html

O CASO DO JAPÃO E A ERA MEIJI


O Japão permaneceu isolado do ocidente até o século XVI, quando
navegadores portugueses chegaram ao sul do país acompanhados
pelos jesuítas. Assim, a ação dos jesuítas propagou fortemente o
Cristianismo e essa penetração da cultura europeia desagradou o
governo local – SHOGUNATO.
O Shogun era o chefe de governo e comandante militar, que governava
Figura://sakuramairim.blogspot.com/2013/04/el-shogunato.html
hogunato-tokugawa.html
com auxílio dos DAIMIOS, grandes proprietários de terras que contavam
com a força dos samurais. O Shogunato foi controlado por quatro famílias; a última, TOKUGAWA, moveu
uma forte perseguição aos jesuítas e à cultura europeia, isolando, mais uma vez, o Japão das relações
internacionais por quase dois séculos.

Essa situação mudou em 1854, quando os EUA forçou o Japão abrir seus portos ao comércio. Logo depois,
foi abrigado a ceder seus portos a outras nações: INGLATERRA, RÚSSIA, FRANÇA e HOLANDA.
Essa situação enfraqueceu o shogunato e fortaleceu seus opositores, que promoveram uma revolta,
derrubaram o shogun e entregaram o poder ao jovem imperador MUTSUHITO.
Assim, em 1868, o jovem imperador começa as políticas de modernização do estado japonês, marcando o
fim do Feudalismo e inicio da Revolução Industrial, com a importação de tecnologias e de mão de obra.
Foi a chamada ERA MEIJI.
Figura://www.asia-turismo.com/japao/historia.htm

A REVOLUÇÃO MEIJI
 ABOLIU AS OBRIGAÇÕES QUE PESAVAM SOBRE OS CAMPONESES.
 REVOLUCIONOU A EDUÇÃO, CONSTRUINDO MILHARES DE ESCOLAS E TORNANDO O ENSINO
FUNDAMENTAL OBRIGATÓRIO.
 INSTITUIU O IENE COMO MOEDA ÚNICA.
 CONSTRUIU UMA EXTENSA MALHA FERROVIÁRIA.
 DESENVOLVEU A IMPRENSA E O TELÉGRAFO
 MODERNIZOU E PROFISSIONALIZOU O EXÉRCITO E A MARINHA.

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Mutsuhito, além de modernizar o Estado japonês, investiu em grandes
complexos industriais e, depois, transferiu para a iniciativa privada. Nasciam,
assim, os grandes conglomerados econômicos conhecidos como ZAIBATSUS –
Empresas público-privadas.
Dessa forma, o Japão passa a fazer parte da corrida imperialista do século XIX:
conquista a região da Manchúria (China), Formosa, Coréia e Port Arthur,
fortaleza no litoral chinês controlada pela Rússia, dando origem à guerra
RUSSO-JAPONESA, em 1905.
Vence a guerra contra a Rússia, em 1905, sai como vencedor da Primeira
Guerra Mundial e, pelo controle hegemônico do pacífico, luta contra os EUA na
Segunda Guerra Mundial.

INGLESES NA Figura://slideplayer.com/slide/7927303/
ÍNDIA
Os ingleses chegaram à ÍNDIA no século XVII e, gradativamente,
foram impondo o seu domínio, ou por meio de guerras ou mediante
acordos com os MARAJÁS,
que eram os príncipes da
Índia.
Por volta de 1750, quase Figura://entretenimento.uol.com.br/album/bbc/
esplendor_cortes_india_album.htm
todo o território hindu estava controlado pela Inglaterra.
A Inglaterra não hesitou em explorar o país, comprando matérias-
primas baratas e vendendo produtos manufaturados a preços
altíssimos. Somado a uma pesada carga tributária, a exploração
inglesa relegou a população hindu à extrema miséria.

REVOLTA DOS CIPAIOS – 1857-1859


Diferenças étnicas, culturais e religiosas entre os oficiais
britânicos e os soldados indianos (Cipaios) desencadearam uma série de revoltas.
As condições de trabalho dos Cipaios eram péssimas, somadas aos abusos e ao racismo das autoridades
inglesas.
O estopim do conflito foi o uso de um novo cartucho usado nos rifles ingleses. Havia rumores que eles
eram revestidos por uma película (espécie de graxa) de origem bovina. Como no hinduísmo a vaca é um
animal sagrado, esse fato gerou a revolta e acabou sendo o estopim do conflito. A revolta foi
lt.aspx?codigo=1269
violentamente sufocada; o governo inglês dissolveu a companhia inglesa das índias orientais e nomeou um
vice-rei para governar o país. ASSIM, COM A VITÓRIA, A INGLATERRA
AUMENTOU O SEU DOMÍNIO SOBRE A REGIÃO DA
ÍNDIA
Figura://cpalexandria.wordpress.com/2013/09/01/o-imperialismo-britanico-e-a-revolta-
dos-cipaios/

OUTRAS REGIÕES ASIÁTICAS


 INGLATERRA – Índia, Birmânia e terras do atual Paquistão.
 JAPÃO – Ilha de Formosa e outras regiões do pacífico.
 FRANÇA – Indochina.
 HOLANDA – ÍNDIAS HOLANDESAS Sumatra, Bornéu, Java e Celebes.
 ESPANHA – Filipinas.

CONSEQUÊNCIAS
 INGLATERRA GRANDE POTÊNCIA MUNDIAL
A rainha Vitória foi proclamada imperatriz da Índia –
ERA VITORIANA – RAINHA VITÓRIA.
Surge a PAX BRITÂNICA – COMUNIDADE BRITÂNICA DE NAÇÕES, criada pela Inglaterra para se proteger de
seus competidores.
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 RIVALIDADES ENTRE AS POTÊNCIAS
Com a emergência da Alemanha como potência industrial, ocorre a união da França com
Inglaterra para conter o avanço Alemão com as políticas imperialistas.
 ECONOMIA LIBERAL SUFOCADA
Os monopólios precisavam dos
apoios dos governos para a conquista
de novos mercados.
 DESENVOLVIMENTO DA
INDÚSTRIA BÉLICA
A Europa era um verdadeiro barril de
pólvora, assim, tem início uma
intensa corrida armamentista - PAZ
ARMADA.

POLÍTICA INTERNACIONAL DE ALIANÇAS


Para evitar o revanchismo francês e a crescente oposição inglesa, BISMARCK (Alemanha) desenvolveu a
tríplice aliança, em 1882, aliando-se com ITÁLIA e o IMPÉRIO AUSTRO-HÚNGARO.
Mais tarde, em 1907, a Inglaterra criou a TRÍPLICE ENTENTE, contando com FRANÇA e RÚSSIA.
O somatório de todas essas “consequências” terá como resultado a eclosão da PRIMEIRA GUERRA
MUNDIAL (1914-1918).
Figura://pt.wikipedia.org/wiki/
Otto_von_Bismarck

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARRUDA, José Jobson de; PILETTI, Nelson. Toda a História: História geral e história do Brasil. 6.ed. São
Paulo: Ática, 1996.
COTRIM, Gilberto. História Global Brasil e Geral. 8.ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
JÚNIOR, Alfredo Boulos. 360° História sociedade & cidadania. Volume 1, 2.ed. São Paulo: Ftd, 2015.
JÚNIOR, Alfredo Boulos. 360° História sociedade & cidadania. Volume 2, 2.ed. São Paulo: Ftd, 2015.
JÚNIOR, Alfredo Boulos. 360° História sociedade & cidadania. Volume 3, 2.ed. São Paulo: Ftd, 2015.
WRIGHT, Edmund; LAW, Jonathan. Dicionário de História do Mundo. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.

QUESTÕES
1-(Cesgranrio 90) A "partilha do mundo" (1870 -1914) resultou do interesse das potências capitalistas
europeias em:
a) investir seus capitais excedentes nas colônias, obter mercados fornecedores de matérias-primas e
reservar mercados para seus produtos industrializados;
b) desenvolver a produção de gêneros alimentícios nas colônias, visando suprir as deficiências de grãos
existentes na Europa na virada do século;
c) buscar "áreas novas" para a emigração, uma vez que a pressão demográfica na Europa exigia uma
solução para o problema;
d) promover o desenvolvimento das colônias através da aplicação de capitais excedentes em programas
sociais e educacionais;
e) favorecer a atuação dos missionários católicos junto aos pagãos e assegurar a livre concorrência
comercial.

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2-(Cesgranrio 94) A industrialização acelerada de diversos países, ao longo do século XIX, alterou o
equilíbrio e a dinâmica das relações internacionais. Com a Segunda Revolução Industrial emergiu o
Imperialismo, cuja característica marcante foi o(a):
a) substituição das intervenções militares pelo uso da diplomacia internacional.
b) busca de novos mercados consumidores para as manufaturas e os capitais excedentes dos países
industrializados.
c) manutenção da autonomia administrativa e dos governos nativos nas áreas conquistadas.
d) procura de especiarias, ouro e produtos tropicais inexistentes na Europa.
e) transferência de tecnologia, estimulada por uma política não intervencionista.

3-A política imperialista consistia na busca, principalmente, de novos mercados consumidores para os
países industrializados e foi assim que vários países da África e da Ásia sofreram com a prática da
neocolonização nos séculos XIX e XX. Portanto, sobre a justificativa construída pelas potências europeias
para invadir as nações do continente africano e asiático é correto dizer que:
a) As potências europeias justificavam a invasão nos países periféricos afirmando que essa ação contribuiria
para o desenvolvimento industrial e que incentivaria a adoção de um regime socialista nos países asiáticos.
b) As principais alegações utilizadas na prática do Imperialismo foram as teorias darwinistas que defendiam
a superioridade cultural dos países europeus, sendo eles os países que levariam o progresso e o
desenvolvimento social para os países da África e da Ásia através da missão civilizadora.
c) Uma das justificativas era que os europeus aprenderiam técnicas industriais com os africanos e asiáticos,
o que acarretaria no desenvolvimento econômico e científico dos países desenvolvidos.
d) O fardo do homem branco era uma das legitimações europeias durante a política imperialista. Esse fardo
consistia numa missão que contribuiria para o desenvolvimento industrial dos países africanos e asiáticos,
gerando assim o crescimento da burguesia local, fazendo com que os países não desenvolvidos tivessem
suas próprias indústrias.

4- (Fuvest 82) A conquista da Ásia e da África, durante a segunda metade do século XIX, pelas principais
potências imperialistas objetivava
a) a busca de matérias primas, a aplicação de capitais excedentes e a procura de novos mercados para os
manufaturados.
b) a implantação de regimes políticos favoráveis à independência das colônias africanas e asiáticas.
c) o impedimento da evasão em massa dos excedentes demográficos europeus para aqueles continentes.
d) a implantação da política econômica mercantilista, favorável à acumulação de capitais nas respectivas
Metrópoles.
e) a necessidade de interação de novas culturas, a compensação da pobreza e a cooperação dos nativos.

5- (Fuvest 87) A expansão colonialista europeia do século XIX foi um dos fatores que levaram:
a) à diminuição dos contingentes militares europeus.
b) à eliminação da liderança industrial da Inglaterra.
c) ao predomínio da prática mercantilista semelhante à do colonialismo do século XVI.
d) à implantação do regime de monopólio.
e) ao rompimento do equilíbrio europeu, dando origem à Primeira Guerra Mundial.

6-A “Partilha da África” suscitou uma grande discussão ideológica e científica que procurava justificar a
“inferioridade” dos povos africanos e a “missão civilizatória” que a Europa desempenhava em seu processo
de colonização. A corrente ideológica com bases cientificistas que mais se destacou nessa época foi:
a) a microbiologia
b) a antropologia cultural
c) o existencialismo
d) o darwinismo social
e) a sociobiologia

7- (Fuvest 90) No século XIX a história inglesa foi marcada pelo longo reinado da rainha Vitória. Seu governo
caracterizou-se:
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a) pela grande popularidade da rainha, apesar dos poderes que lhe concedia o regime monárquico
absolutista vigente.
b) pela expansão do Império Colonial na América, explorado através do monopólio comercial e do tráfico
de escravos.
c) pelo início da Revolução industrial, que levou a Inglaterra a tornar-se a maior produtora de tecidos de
seda.
d) por sucessivas crises políticas internas, que contribuíram para a estagnação econômica e o
empobrecimento da população.
e) por grande prosperidade econômica e estabilidade política, em contraste com acentuada desigualdade
social.
8- (Cesgranrio 91) Um dos aspectos mais importantes do sistema capitalista, na sua passagem do conteúdo
liberal ao monopolista, é a associação entre:
a) os interesses bancários e os capitais oriundos da produção agrícola na forma do capital financeiro.
b) o capital bancário e o capital industrial na forma do capital financeiro.
c) o capital financeiro e o capital fundiário como forma de conservação dos ideais fisiocratas.
d) o Estado e a economia garantindo a manutenção da posição não-intervencionista do Estado na produção
industrial.
e) o Estado e a economia através da distribuição dos lucros da produção industrial aos pequenos
agricultores.

9- (Mackenzie 96) Uma das alternativas a seguir NÃO corresponde às diferenças entre o colonialismo do
século XVI e o Neocolonialismo do século XIX.
a) A principal área de dominação do Colonialismo europeu foi a América e o Neocolonialismo voltava-se
para a África e a Ásia.
b) O Colonialismo teve como justificativa ideológica a expansão da fé cristã, enquanto que no
Neocolonialismo, a missão civilizadora do homem branco foi espalhar o progresso.
c) Os patrocinadores do Colonialismo foram a burguesia financeiro-industrial e os Estados da Europa,
América e Ásia, enquanto que os do Neocolonialismo, o Estado metropolitano europeu e sua burguesia
comercial.
d) O Colonialismo buscava garantir o fornecimento de produtos tropicais e metais preciosos, enquanto que
o Neocolonialismo, a reserva de mercados e o fornecimento de matérias-primas.
e) A fase do capitalismo em que o Colonialismo se desenvolveu denominou-se Capitalismo Comercial e a do
Neocolonialismo, Capitalismo Industrial e Financeiro.

10- A chamada “Partilha da África” deu-se no fim do século XIX, em um contexto em que as potências
nacionalistas europeias tinham expandido os seus domínios pelos continentes asiático e africano. Sobre o
processo de “Partilha da África”, é INCORRETO afirmar que:
a) A Conferência de Berlim foi decisiva para organizar os domínios europeus sobre o território africano.
b) A França foi o único país a não estabelecer domínios coloniais em território africano.
c) O Congo passou a ser um território submetido ao domínio particular do rei Leopoldo II, da Bélgica.
d) A “Partilha da África” pode ser enquadrada no fenômeno mais abrangente denominado
“Neocolonialismo”.
e) Muitas tribos e etnias africanas diferentes ficaram circunscritas a um mesmo território na ocasião em
que o continente africano foi dividido.

11- (Puc-rio 2005) Assinale a alternativa correta a respeito da expansão imperialista na Ásia e na África, na
segunda metade do século XIX.
a) Ela derivou da necessidade de substituir os mercados dos novos países americanos, uma vez que a
constituição de Estados nacionais foi acompanhada de políticas protecionistas.
b) Ela foi motivada pela busca de novas fontes de matérias-primas e de novos mercados consumidores,
fundamentais para a expansão capitalista dos países europeus.
c) Ela foi consequência direta da formação do Segundo Império alemão e da ampliação de suas rivalidades
em relação ao governo da França.

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d) Ela atendeu, primordialmente, às necessidades da expansão demográfica em diversos países europeus,
decorrente de políticas médicas preventivas e programas de saneamento básico.
e) Ela viabilizou a integração econômica mundial, favorecendo a circulação de riquezas, tecnologia e
conhecimentos entre povos e regiões envolvidos.

12- (Puccamp 93) A Expansão Neocolonialista do século XIX foi acelerada essencialmente,
a) pela disputa de mercados consumidores para produtos industrializados e de investimentos de capitais
em novos projetos, além da busca de matérias-primas.
b) pelo crescimento incontrolado da população europeia, gerando a necessidade de migração para a África
e Ásia.
c) pela necessidade de irradiar a superioridade da cultura europeia pelo mundo.
d) pelo desenvolvimento do capitalismo comercial e das práticas do mercantilismo.
e) pela distribuição igualitária dos monopólios de capitais e pelo decréscimo da produção industrial.

13-(Udesc 96) A China desponta nos dias de hoje como uma das possíveis grandes potências do próximo
século. Todavia, até meados do século XIX, ela era um país em grande parte isolado do restante do mundo
e que, apesar de apresentar uma economia enfraquecida, resistia à voracidade dos interesses ocidentais.
Naquela época os primeiros a quebrarem esse isolamento foram os ingleses
Assinale a ÚNICA alternativa que corresponde aos meios empregados pelos ingleses para impor à China o
comércio e outras influências ocidentais:

a) a monopolização do comércio da região, pela Companhia das Índias Ocidentais;


b) a Guerra do Ópio, com ataques às cidades portuárias chinesas;
c) a assinatura de tratados de livre comercialização do chá chinês;
d) a Guerra dos Bôers, levando ao extermínio os nativos da região;
e) a imposição à China de uma nova forma de governo com feições ocidentais.

14- (Ufes 2004) No século XIX, assistiu-se à consolidação da sociedade burguesa por meio do
amadurecimento do capitalismo industrial e da expansão de mercados. Essas transformações foram
nomeadas por economistas e historiadores como Imperialismo.
Sobre esse período, NÃO é correto afirmar que

a) a necessidade de novos mercados de fornecimento de matérias-primas baratas e de escoamento de


produtos industrializados conduziu as grandes potências europeias ao neocolonialismo.
b) as nações europeias mais industrializadas fecharam seus mercados para as concorrentes, dando origem
à política de ocupação territorial e econômica de regiões do mundo menos desenvolvidas.
c) a corrida neocolonial foi dirigida por Estados europeus voltados para a aplicação da política mercantilista,
baseada no bulhonismo e no exclusivo comercial.
d) a expansão econômica e política das potências industriais, em escala mundial, durante o século XIX, deu
início à fase monopolista do sistema mundial capitalista.
e) os mercados afro-asiáticos foram integrados ao sistema de produção, dominado pelos industriais e
banqueiros, que investiam seus capitais na comercialização de produtos e na realização de empréstimos.

15- (Unesp 93) Ao final do século passado, a dominação e a espoliação assumiam características novas nas
áreas partilhadas e neocolonizadas. A crença no progresso, o darwinismo social e a pretensa superioridade
do homem branco marcavam o auge da hegemonia europeia. Assinale a alternativa que encerra, no plano
ideológico, certo esforço para justificar interesses imperialistas.

a) A humilhação sofrida pela China, durante um século e meio, é algo inimaginável para os ocidentais.
b) A civilização deve ser imposta aos países e raças onde ela não pode nascer espontaneamente.
c) A invasão de tecidos de algodão do Lancashire desferiu sério golpe no artesanato indiano.
d) A diplomacia do canhão e do fuzil, a ação dos missionários e dos viajantes naturalistas contribuíram para
quebrar a resistência cultural das populações africanas, asiáticas e latino-americanas.

11
MATERIAL COMPLEMENTAR
PROF.MAX DANTAS
51 – IMPERIALISMO NEOCOLONIAL
e) O mapa das comunicações nos ensina: as estradas de ferro colocavam os portos das áreas colonizadas
em contato com o mundo exterior.

GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A B D A E D E B C B
11 12 13 14 15
B A B C B

12

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