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Tipos de meteorização
Meteorização mecânica ou física – ocorre quando as forças de tensão actuam sobre as rochas,
causando a sua desintegração. Na meteorização mecânica ocorrem três processos fundamentais:
termoclastia, crioclastia e haloclastia.
Termoclastia – ocorre quando as rochas estalam-se ou partem-se devido as grandes oscilações de
temperatura, obrigando as rochas a dilatarem e a contrairem-se constantemente provocando assim sua
desintegração. Este fenómeno é frequente nas regiões desérticas com grandes amplitudes térmicas.
Crioclastia – consiste na alternância de congelação e fusão da água que penetra nos interstícios das
rochas partindo-as devido ao aumento de volume de água congelada. Ocorre em regiões polares.
Haloclastia – ocorre quando sais encaixados nos poros das rochas cristalizam-se e aumentam de
volume provocando a desintegração das rochas.
Meteorização biológica – depende da acção dos organismos vivos (animais e plantas) que favorecem a
desagregação das rochas. As raízes das plantas alargam as fendas das rochas desintegrando-as. A
actividade humana deixa o solo exposto aos agentes externos e as minhocas e roedores desagregam as
rochas ao se alimentam de minerais existentes em tais rochas, para além de as perfurarem.
Meteorização química- consiste de várias reações químicas que mudam a composição química da
rocha. O dióxido de carbono (CO2) existente na água das chuvas provoca a dissolução de minerais das
rochas, principalmente, calcárias e mármores porque actua como ácido. O oxigénio (O2) conduz a
oxidação promovendo a desintegração dos minerais ferrosos. A água é o principal dissolvente natural,
daí que as reacções químicas exijam a presênça dela.
Movimentos rápidos - são característicos em vertentes abruptas onde pode ocorrer rompimento e
desprendimento de terras e rochas sob forma de avalanches. Tipos de movimentos rápidos:
Desabamentos – deve-se a queda livre de blocos rochosos por acção da gravidade.
Deslizamentos – movimento de solo ou rochas sobre uma superfície ou plano de ruptura.
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Geografia 11ᵃ classe =============== Agentes externos do relevo======================
Fluxos ou escoada – movimento de uma massa fluida constituida por materiais finos ou grossos e água.
Erosão – é o processo de desgaste e a desagregação das rochas devido a acção dos agentes externos
como a chuva, vento, glaciares, rios, mares, animais com particular destaque para o Homem. A erosão
é mais acentuada em rochas brandas, de composição heterogênica, de diferentes texturas e permeáveis.
Tipos de erosão
Erosão eólica – é o desgaste da rocha devido a acção do vento. É típico de regiões desérticas onde as
precipitações são quase nulas e consequente ausência de vegetação. A erosão eólica manifesta-se em
três processos: deflação, corrasão e acumulação.
Deflação – é o processo de remoção das poeiras e dos pequenos detritos soltos pelo vento, podendo
originar regs e depressões. Regs ou desértos pedregosos – é relevo resultante de fragmentos maiores e
rochosos (calhaus e cascalho) que o vento não consegue transportar.
Loess- é uma espessa camada de materia fino transportado pelo vento há grandes distâncias de regiões
áridas num processo chamado de abrasão. Os loess formam solos de alta fertilidade próprios para
agricultura
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Geografia 11ᵃ classe =============== Agentes externos do relevo======================
Corrasão – desgaste das rochas provocado pelo impacto de partículas transportadas pelo vento. A
corrasão conduz a formação de rochas-cogumelo uma vez que a rocha exposta aos ventos é
intensamente escavada, esfarelada, alveolada, polida ou estriada.
Acumulação – consiste na deposição de sedimentos transportados formando dunas eólicas. As dunas
eólicas podem ser barkanes e longitudinais. Dunas barkanes – são dunas móveis em meia-lua e
convexidade voltada para o vento. Dunas longitudinais – são imóveis e alongadas na direcção dos
ventos dominantes podendo atingir 100 m de comprimento e 200 m de altura. Estas dunas dispõem-se
paralelamente cobrindo vastas áreas formando o relevo conhecido por ergs.
Oweds – são vales, nas vertentes abruptas, de regiões desérticas onde ocorrem chuvas torrenciais.
Sebkhas – é uma crosta salina nos lagos secos devido a forte evaporação na época seca. Estes lagos
contêm água apenas na época chuvosa.
Erosão hídrica – é desgaste da rocha devido a acção da água (chuvas ou dos rios). Na escorrência das
águas, quando os cursos são curtos e intermitentes devido à evaporação e infiltração, surgem os Ueds.
Erosão marinha – modifica o relevo dos litorais pela acção das águas do mar. Os movimentos
constantes das ondas atacam as costas altas e o material arrastado do local é triturado e depositado,
formando as praias com destaque a existência de dunas costeiras.
Erosão glacial – resulta da acção dos glaciares que se formam nas regiões frias (altas montanhas e
zonas polares). O deslizamento de glaciares forma vales glaciários. Morena ou moraina – é
acumulação de detritos rochosos e outros materiais que são transportados pelos glaciares e importantes
na fetilidade dos solos nos locais de deposição. Icebergues – são blocos de gelo que flutuam no mar
resultante da separação destes com calote polar terrestre de água doce, que são arrastados pelas
correntes marítimas.
Erosão biológica – é o desgaste de rochas provocado pelos seres vivos (plantas e animais). Os animais
abrem fendas e buracos no solo e nas rochas desgastando e desagregando-as. De igual modo, as raízes
das plantas aumentam as pequenas fendas das rochas e desagregando-as. Neste tipo de erosão, o
homem é o principal agente através das suas actividades como a agricultura, indústria, construção de
estrada, ferrovias e portos, criando uma paisagem humanizada com grandes consequências no ambiente
e para o próprio homem acelerando as mudanças climáticas com o destaque para o aquecimento global.