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Elementos geográficos - A Grécia situa-se na península Balcânica, no sul da Europa. É banhada pelos
mares Mediterrâneo, ao sul, Egeu, a leste, e Jônio, a oeste. Na Antigüidade, tinha como limite ao norte uma
região denominada Macedônia.
No território da Grécia é marcante a presença de montanhas e mares
Montanhas – cerca de 80% do território grego é ocupado por cadeias de montanhas. Entre uma cadeia e
outra, encontram-se planícies férteis, onde surgiram diversa cidades.
Mar – praticamente nenhum ponto da Grécia fica distante do mar. Bastante recortado, o litoral grego
apresenta bons portos e ilhas próximas umas das outras. As águas calmas do mar e as pequenas distâncias
entre as ilhas eram um convite à navegação. Tanto nas comunicações como no comércio, o mar teve um
papel importante na vida grega. Isso podia ser observado principalmente no inverno e nas épocas de chuva,
quando os caminhos terrestres entre as cidades, isoladas pelas montanhas, tornavam-se difíceis e perigosas.
As três Grécias: O território da Grécia Antiga pode ser dividido em três grandes partes;
Grécia continental – região ao norte do golfo de Corinto, localizada no interior do continente europeu.
Grécia peninsular – região ao sul do golfo de Corinto, a península do Peloponeso.
Grécia insular – região formada pelas diversas ilhas do mar Egeu e do mar Jônio, destacando-se entre elas a
ilha de Creta, a maior de todas.
Origens minóicas e micênicas: Os gregos eram um povo formado pela mistura de vários povos diferentes.
O primeiro povo que influenciou a Grécia vivia na ilha de Creta. Foi lá que se desenvolveu a civilização
minóica, ou seja, cretense. Ela atingiu seu esplendor máximo entre 2000 e 1600 a.C.
Por volta de 1900 a.C. a Grécia começou a ser ocupada por povos vindos da Ásia. O mais destacado
desses povos era o dos aqueus. A cultura deles se combinou com a cultura cretense e formou a civilização
micênica. Esse nome vem da mais importante das cidades aquéias: Micenas. No centro da cidade havia o
palácio real, cercado de imponentes muralhas. Cnossos, nome do palácio real, era cercado de muitas salas
luxuosas, corredores, pátios e oficinas. Eram tantos os aposentos – mais de 1500 cômodos – que esse palácio
ficou conhecido, nas lendas gregas, como o labirinto do Minotauro.
As invasões dóricas:Por volta de 1200 a. C. os dórios invadiram a Grécia. Esse povo incendiou as cidades
micênicas, escravizou os habitantes e destruiu tudo o que não podia aproveitar.
Depois, vieram os jônios. Misturaram-se com os habitantes da Ática, que era a região onde se
encontrava Atenas. As invasões dóricas destruíram a civilização micênica. E, embora conhecessem a
metalurgia do ferro, os dórios não tinham nenhum sistema de escrita. Por causa disso, do século XII a.C. até
o século VIII a.C. a Grécia viveu um longo período sem desenvolver nada de uma grande civilização.
Alguns autores chegaram a chamar esse período de “Idade das Trevas” ou período homérico.
A conquista de Creta pelos aqueus é relatada, na forma de fábula, na lenda de Teseu e o Minotauro.
Conta a lenda que Teseu derrotou o terrível Minotauro, um monstro que vivia na ilha de Creta: metade
homem e metade touro. O rei cretense Minos exigia que, a cada sete anos, fossem enviados até a ilha de
Minos sete rapazes e sete moças atenienses. Eles eram postos dentro do labirinto, que era uma construção
repleta de quartos e corredores que enganavam tanto as pessoas que elas jamais conseguiam encontrar a
saída. Pois dentro do labirinto estava o Minotauro, que devorava os jovens.
Ariadne, filha do rei de Creta, apaixonou-se por Teseu e resolveu ajudá-lo. Deu a ele um novelo de
lã. Teseu amarrou uma ponta na entrada do labirinto e foi caminhando e desenrolando o novelo. Com isso,
sabia perfeitamente como retornar ao ponto de partida. Dessa maneira, penetrou no labirinto, matou o
Minotauro e voltou são e salvo. Até hoje, a expressão “pegar o fio de Ariadne” é sinônimo de “encontrar o
caminho certo para resolver um problema”.