Você está na página 1de 25

Mundo antigo economia e sociedade - tudo é história

Aspectos da sociedade
8/8
 
Legado grego e a sociedade ocidental
Grécia como berço da cultura ocidental até que ponto isso é verdadeiro?
Ela tem veracidade quando analisamos que os gregos nos legaram muito. Assim
como mármore.
Por outro lado, essa afirmação diz que eles criaram ocidente que antes deles não
existia. Ponto de inflexão um lado diz que eles foram importantes na fundação
ocidental e do outro lado os gregos não vieram do nada.
 
Tese ocidentalista ( milagre grego) parte de que os gregos não devem nada ao
ocidente
Tese orientalista 
Atualmente essa discussão não é urgente grande parte dos helenistas não segue o
milagre grego, o oriente próximo influenciou a formação cultural. Como exemplo o
grego arcaico possui influência fenícia.
 
Linear A (ilha de Creta com placas de argila) - Linear B (está tanto na ilha como na
cidade e deriva da linear A)
 
Portanto, a Grécia como berço ocidental é verdade, porém não vem de isolamento
dado que possui influências do oriente.
 
O que os gregos, a cultura helênica nos legaram?
 
Dimensão política - liberdade, poder fragmentado. - primeira contribuição a
sociedade, (não a relação política no regime despótico somente o déspota é livre,
ele governa pelo medo e pela força. Os outros são outros, demais e para conseguir
tirar proveito e bajulando, portanto nunca sabe o porquê os outros se aproximam
dele. Sempre houve uma liderança local que concentrava o poder) isso muda com o
surgimento das polis gregas, entre VIII e VI antes de cristo no período arcaico. Não
surgem de maneira homogênea. Cidades-estado com características diferentes, seja
produção, cultura local. Variando de espaços diferentes na hélade. Apesar de serem
diferentes havia elementos comuns como a língua era o grego arcaico, mesmo com
estrutura diferente tem algo que as aproxima. A religião também é esse elemento
traços culturais nelas, existem uma seleção de deuses comuns. No oriente existiam
cidades, no entanto essa liberdade ao indivíduo era específica grega. CIDADÃO E
LIBERDADE são palavras que explicam bem o que é a polis. fazer polícia é discutir
o rumo da polis, isso tem como pressuposto diálogo entre pessoas e relação de
paridade.
Poder e política estão intrinsecamente ligados. Mas o que é poder? É aquilo que
permite alguém ou grupo atingir um objetivo, mesmo que submeta o outro. O poder
é um meio para atingir um fim.
Gerard Lebran Teoria da soma zero, segunda ela o poder é uma coisa que se tem
ou não se tem.
Foucault em Microfísica do poder, o poder não é um bloco monolítico, ele é um bloco
estilhaçado todos tem alguma forma de poder. Em certas ocasiões pequenos
poderes somados podem ser um grande poder.
O poder na política somente funciona na teoria da Microfísica do poder, todos com
uma parcela de poder. A política é a arte da conciliação espaço da conciliação. Todo
cidadão tem direito de ir até a polis discutir, ou seja fazer política (apenas 10% era
cidadão).
 
Dimensão humana - visão que os gregos tinham sobre o homem que tem impacto
no ocidente. Havia apreço por valores, pelo discurso, pela liberdade. Usavam a
expressão que areté homem virtuoso. Indivíduo ou individualidade. (Não como na
contemporânea que associa ao egoísmo) para o grego somente se torna indivíduo
porque eu pertenço a comunidade. Aristóteles zoon politcon animal político, algo
como animal social é na coletividade que que individualidade aflora. Minha
individualidade, minha personalidade ganha forma pelas relações sociais.
Homem grego - por muito tempo foi dito que o grego era contemplativo talvez por
criar a filosofia e o romano de ação - eram sim um homem ativo. Como nos poemas
homéricos, a Ilíada é um poema atribuído a Homero, nela o que não falta é ação
anamke a força que impele o homem a enfrentar seu destino.
 
Dimensão estética - aisthesis, os gregos foram influenciados por muitas escolas,
entre elas o pitagorismo. A visão do belo é permeada pela matemática, geométrica e
esquematizada. O belo é uma das categorias de beleza. Até hoje nossa percepção
de beleza é pensada nessa visão, isso é um legado. Harmonia da parte que chega
ao todo.
 
Dimensão filosófica - marcou o ocidente como um todo surge na Grécia por volta do
séc. VI no Norte com Tales de Mileto. Inaugurando a racionalidade, ela se cala na
razão. Não mais se buscava entender o mundo pelo mito e sim pela razão - tradição
racionalista/arqué princípio -
 
Cada uma nos faz pensar nas contribuições da cultura helênica ao ocidente. Mas
tem diferença de cultura, estilo de vida etc. Existem continuidades e
descontinuidades entre nós e eles.
15/8
 
A formação do povo grego: o resgate de Creta
 
A partir dos poemas homéricos não se pode deduzir como os gregos surgiram.
Quando se estuda Grécia é genérico estabelecer uma periodização, mesmo que
muito impreciso variando de historiador para historiador
 
Período pré homérico séc. XXX XII
Período homérico séc. XII - VIII
Período arcaico séc. VII - VI
Período clássico séc. VI - V
Período helenístico séc. IV AC - II DC
 
Essa periodização tem caráter didático (assim como toda periodização) mesmo que
tenha riscos de distorções. Quais os riscos?
 
Oculta importante da cultura de Creta para a cultura helênica.
A autora aponta que essa periodização comum minimiza o período pré homérico, os
estudos sobre Grécia tangenciam esses estudos. Esse período passa a ser estudo
depois de 1952 - pois conseguirmos decifrar o tablete de argila o linear b que é o
grego arcaico - com o avanço desses estudo os helenistas passam a estudar os
povos:
Minoico - remonta povo cretense que habitava a ilha de Creta. - eram povos
burocráticos, comerciais com cultura refinada.
Micênicos - Micenas uma cidade continental, uma das primeiras fundadas. - uma
estrutura mais centralizada e guerreira, portanto opostos.
Eram uma organização genelar - genos. Famílias que dão origem a tribos que dão
origem a genos que dá origem a demos (ORIGEM DE DEMOCRACIA).
Esses dois povos em determinado momento se fundem e ficam conhecidos como
cretenses.
 
Outra dificuldade e risco ao estudar Grécia?
Reduzir a Atenas e esparta a história da organização grega (período clássico), isso
se dá por haver maior documentação.
A pouca coisa do período arcaico, homérico e muito menos no pré homérico.
 
Considerando essas análises do período minóico e micênico, ou seja, pré homérico.
 
Minoico - ilha de Creta está ao sul da Grécia, seu povo foi o primeiro da região.
Geograficamente é uma local "acidentado". A Grécia continental que é o norte, e a
Grécia peninsular que é a costa litorânea banhada pelo mar Egeu, e a Grécia insular
que são diversas ilhas pelo mar Egeu.
Como chegaram a Creta? Eles chegaram navegando de ilha em ilha. Mas e sua
origem? Seus traços culturais pelos vestígios existem similaridades entre os
minóicos e os fenícios - que eram bons navegadores - sua estrutura física era menor
diferente das tribos hindu-europeias.
Hoje se sabe mais sobre os minoicos do que os gregos do período clássico. - muito
porque ficaram isolados da ilha por muito tempo.
Robert Pasttley descobre a ilha de Creta na metade do século XIX d.C. que essa ilha
havia sido habitada por povos não gregos. No século XX Arthur Evans (até hoje alvo
de polêmicas, se ele tinha técnicas ou era um aventureiro) rico e inteligente ele
descobre plaquetas de argila que sobreviveram por um incêndio além de encontrar
um palácio em Cnossos. O significa uma estrutura de poder. A partir dele que se
descobre os minoicos, o tipo de palácio, sua estrutura de labirinto.
Eram um povo organizado, uma estrutura hierárquica em vista do palácio, as
plaquetas de argila preservadas estavam escritas em linear A, simbólica muito
parecida com a dos fenícios, elas foram apenas encontradas na ilha de Creta, e
somente na região de cnossos. Com uma cultura refinada, com vasos trabalhados, o
que demonstra senso estético.
O templo tinha algumas similaridades com o oriente próximo, dispôs na construção
de muitos recursos humanos, técnicos, materiais e naturais. Conheciam o bronze.
Desenvolveram uma cultura própria, se comunicavam com outros povos e até
tinham comércio. Sua navegação era por cabotagem nunca se afastando da terra.
A ausência de fortificação responde ser um povo comercial e pacífico. Evans abriu
caminho para esse estudo. 
Evans desenvolveu uma periodização, ele afirmava que sumiram isolados com uma
visão positivista do auge à decadência:
Altominoico - 2500 - 1950 a.c seria aqui o momento de comércio micênicos.
Médio minoico - 1950 -1550 a.c
Baixo minoico - 1550 - 1050 a.c
O que se sabe hoje? Que travaram relações comerciais entre minóicos e os
micênicos. Aprenderam muito um com o outro. Quando os micênicos se sentiram
fortes tomam os minoicos. Sendo provável que se fundiram (creto-micênico). E se
sabe porque foi encontrado linear B tanto na peninsular quanto em Creta. O linear B
é uma derivação do linear. Assim como traz inovações.
 
Micênicos - tribos hindu-europeias, chegam a essa região caminhando vindo da
Europa ocidental, com peles claras. Muito distintas em torno de 50 tribos ocupando o
espaço.
Os primeiros povos podem ser os aqueus (os jônios), depois dórios, eólios.
Eles logo perceberam que não eram os únicos na região que viam os minoicos
navegando.
 
Allan Wace acredita na tese de que os micênicos visitavam os minoicos. Porém,
Evans acreditava que os minoicos eram isolados, e nesse insistir a tese do outro
ficava tese contra tese.
Michel Ventri arquiteto (1952) resolve essa questão ao decifrar as placas de argila,
apontando que Wace estava certo.
 
O Linear B é uma derivação do A, porém já com um alfabeto grego. Isso é uma
cultura creto-micênica. Já não é mais minoico e micênico, mas um povo novo, uma
fusão.
 
Leonard Palmer, que ocorre um movimento da ilha ao continente do linear A.

22/8
 
 
Ocupação do território
 
Como chegou ao fim a civilização cretense?
Poucos vestígios, pelo tempo que nos separa faz se perder.
 
1 tese - os cretenses sumiram por volta de 1400 a.c. pela invasão de forma abrupta
e destruídos pelos micênicos.
 
2 tese - o desaparecimento gradual apenas em 1200 a.c. pela incorporação da
cultura minóica com a cultura micênica. Começa com a chegada dos micênicos e
encerra com a incorporação.
 
3 tese - mais irreal, (Maurice Cruzet que fez a história geral 17 tomos) ele
apresentou a teoria que uma erupção vulcânica deu fim aos cretenses.
 
Apesar das influências os micênicos tinham sua cultura. Cada um tinha
especificidades. Os micênicos eram sim mais militarizados, no entanto os dois
travaram relações de micênicos e minóicos (que tinham uma cultura mais
elaborada).
 
Analisando as construções a minoica foi mais elaborada.
No continente se encontram vários pequenos palácios o que reconhece a existência
de vários líderes, diferente da ilha centralizada.
As estruturas políticas e sociais eram diferentes entre ilha e continente.
 
Agamenon em a Ilíada um dos poemas homéricos (Péricles durante a democracia
ateniense no século V mandou transcrever) era um comandante provisório. Na
retomada de Helena vários reinos com lideranças locais participaram para seu
resgate, não havia uma hierarquia entre esses líderes.
 
No continente os palácios eram fortalezas, esses muros pressupõem risco de
invasão de outros povos.
A geografia Grega é muito acidentada, com muitas ilhas. As partes mais altas eram
aproveitadas na construção e por ser estratégico.
 
Apesar de todos serem gregos, existiam discórdias. (Os troianos (ílion = Tróia falam
grego). Os que foram a essa região são povos indo-europeus que sempre
conservaram esse caráter mais militarizado, mais belicoso. Com o tempo, sobretudo
com o contado com os minoicos, começaram a apreciar a noção estética.
 
Relações entre elites locais e a população tinham problemas.
Não era uma sociedade apenas rural, havia rudimentos de indústria - no mundo
antigo, não é a moderna, sim a manufatura artesanal - houve um comércio forte.
Cresceu ainda mais depois do fim dos minoicos.
 
O fim dos cretenses favoreceu os micênicos na navegação que ocupada mesmo seu
lugar, circulam no mar Egeu, praticavam a pirataria.
Foram ainda mais longe tendo contato com os povos do sul da Itália, aprendendo a
trabalhar com estanho e bronze. Suas cerâmicas foram encontradas em diversos
locais, desde o sul da Itália até o oriente.
 
Preocupação com os mortos, na mitologia existe a terra dos mortos Hades. Existem
câmaras e catacumbas podendo abrigar diversos corpos.
 
Toda essa organização social, principalmente após a fusão creto-micênico.
Nessa região apareceram muitas outras tribos indo-europeias.
Essa cultura creto-micênico legou a esses invasores uma língua, uma religião, uma
política.
Os guerreiros da Ilíada são arquétipos que representam o tempo imemorial da
cultura creto-micênico.
A narrativa mitológica trabalha no elemento fantástico, a história trabalha com
documentos reais.
 
As mulheres em micênicas eram muito diferentes das minoicas dado que era
sociedade muito mais masculina. Em Creta havia muito mais deusas, as mulheres
deveriam ter um papel mais ativo.
 
Mais ou menos a fusão é de 1600 a.c - 1150 a.c creto-micênico.
Seu auge entre 1400 a.c - 1230 a.c
 
Houve ainda perturbações e mudanças de clima além das invasões.
Elas são determinantes, são chamadas de invasões arianas. As tribos que
chegaram duas chamam atenção.
 
Jônios - se posicionam na região da ática onde surge Atenas (podendo ser sua
origem) ficaram basicamente isolados pela topografia.
Eólios - se acomodaram na região e ficaram.
Realizaram uma integração pacífica durante a fusão creto-micênico.
 
A guerra de Tróia de fato não existiu. Mas sua região é a divisão que dava acesso
ao oriente, portanto, dominar a região era ter acesso ao oriente (comércio). Ílion era
insignificante quando foi dominada pelos gregos a não ser por sua localização.
 
Os romanos sempre depreciaram seus inimigos, o oposto acontece na Grécia eles
exaltam seus inimigos, quanto maior é o povo que eles derrotaram, maior eles
mesmos são.
 
O rapto de Helena fornece a noção de que ela era o centro do poema. A realidade é
que a ideia de proprietário de honra que a mulher representa.
 
O homem virtuoso grego não é somente o que pega armas, mas também o que fala
bem.
Todo mito tem sua construção do que quer representar. Como o centauro o lado
racional parte humana e o lado animal o lado equino que representa a força, a
vitalidade, a virilidade.
 
As Tribos
 
Dórios possuíam metal que se sobrepõe à força dos micênicos.
Seu caminho resultou na primeira disporá, movimentação pelas chegada deles.
Com o tempo esse ímpeto destruidor diminui e ocorre uma mistura entre eles. Dórios
e creto-micênico. O povo grego é a mistura de todas essas tribos.
 
No ponto de vista social a organização retrocede, passa pelo refluxo de ser gentílica
em pequenas comunidades que basicamente possuem um chefe local. No entanto,
o que chamamos de povo grego - helênico - foi consolidado nesse período. A Ilíada
passa a circular a história de heróis que lidam com deuses e enfrentam deuses e
seres fantásticos, isso circula nesse período do séc. XI ao século VIII a.c
 
Chefiado pelo pai, o pater familias, o chefe que comanda todos do grupo. Casa
paterna é o hall de relações, o pai passava o poder ao filho primogênito, ele
determina a lei e ela é o que ele deseja.
Oikos é a célula base do genos, é uma esfera doméstica que chamamos de casa,
lar. (Que dá origem a economia oikos normas) cada família possui terras semente,
instrumentos é uma divisão relativamente igual. Quem não trabalha é expulso da
família. Não havia diferença econômica entre os membros do oikos.
Sobreviveu por um tempo o sentido coletivista, com um chefe patriarca.
 
Grande parte dos escravos vinham das guerras, alguns eram comprados - um
mercado muito menor, foi Roma que institucionalizou a mercado de escravos -
Na Ilíada aparece Eumeu comprado pela família de Ulisses, e eurideia que era sua
ama de leite.
Os escravos tinham afazeres domésticos, trabalhavam no campo.
 
As guerras eram um meio pela pilhagem e para conseguir escravos. Esse modelo
gentílico chega ao fim sobretudo pelo crescimento populacional, não havia terras
para todos, principalmente às férteis. Muitos vales verdejantes e outros solos
impossíveis. As tradições, a autoridade do pater entra em declínio.
Os laços familiares afrouxam, o filho mais velho recebia o poder pelo pai. O
problema fica nos filhos mais novos, os filhos bastardos passam a reclamar a vida
difícil. Reclamar terras melhores - as mais férteis era do pai e depois do primogênito
-
Segunda diáspora que eles saem pois não tinham oportunidades e vão se fundar no
sul da Itália. Basicamente isso é a origem segundo os especialidades do
individualismo Ocidental.
 
As terras começam a ser divididas também aos mais novos, sorteando lotes para os
que não possuíam.
 
A terra era fundamental, ela era a grande riqueza.
Com o declínio dos genos vão dar origem aos demos e depois às pólis.
 
Famílias, grupos, cidade-estado.
 
Thetos viviam na mendicância.
 
Transferência de poder do pai ao filho do pai ou eupátridas. Isso gera a aristocracia
grega.
Com o crescimento populacional o genos se transforma ao mesmo tempo que
acaba, quando as pólis surgem é o fim desse período. São 200 anos do século VII
ao VI a.c elas pipocam.
São cidades-estados dada sua autonomia perante a outra. Cada uma com sua
organização, cultura, deus que a representa. Um tipo de confederação. Ao mesmo
tempo que rivalidades e guerras. 

29/8
 
Período Homérico - Os mitos
 
No ponto de vista cronológico a decifração do linear B esses estudos revelaram
muito. A interpretação vigente como de John Burne que falava no milagre grego/tese
ocidentalista se provou errada, a influência oriental existiu.
 
Os poemas homéricos depois que a civilização creto-micênica entra em decadência,
a Grécia apresentada nada tem a ver com a Grécia creto-micênica. Os poemas a
Odisseia e a Ilíada, elaborados ao longo de muitas décadas, com tradição oral -
cantarolados cada um dando um pouco de si em cada um -
Esses poemas traçam um panorama de como era a Grécia desse período, já seus
heróis seriam de períodos anteriores. 
Esses escritos tratam de um Grecia gentílica, pelo retorno que ocorreu.
Essa análise com olhamos para a sociedade creto-micênica, ocorre um refluxo
social enorme, sua organização é gentílica, quase tribal  com a invasão dos Dórios
essa sociedade vai ser misturada, e surge algo diferente da anterior, no ponto de
vista material é outra coisa, e essa sociedade está retratada nos poemas Homéricos,
com  heróis anteriores.
E quando esses gregos surgem após a diáspora, com o surgimento das polis, a
racionalidade ocidental se desenvolve.
 
Pós diáspora no 900 a 750 ocorre uma reorganização, comércios, viagens, contatos
etc. passa a existir contato com  uma cultura diferente da sua. Os gregos retraduzem
esses contatos culturais, absorve e retraduz, deram a isso sua cara "seu tempero".
 
Exemplo:
Astrologia é um tipo de conhecimento desenvolvido no Egito, os gregos com o
contato aprendem, eles têm uma tendência a racionalizar tudo e surge a astronomia.
 
Os gregos racionalizam certos conhecimentos de outros povos, que viam carregador
de religião elementos órficos. Arnald Toybee trata do helenismo, na Grécia se
desenvolve uma escola de pensamento escola pitagórica - alusão a Pitágoras de
salmo - que enfatizava a geometria e a matemática. O autor diz que por muito pouco
o pitagorismo se tornou uma religião, de tanto que se espalhou se difundiu pela
Grécia.
Esse poder de criação torna-se uma característica desses povos que se fundiram na
disporá, os gregos se viam como um povo autêntico aos povos não helenizados -
bárbaro tudo que não é grego -
 
Com a polis a esfera pública surge - não mais reis locais, eles passam a delegar
poder com o crescimento da população e vão perdendo cada vez mais espaço -
eram cidades ágora = a praça onde tudo se dá. - deliberar não é algo restrita de um
grupo -
 
A racionalidade tem essa noção de equilíbrio, e de onde vem esse culto  à razão, à
deliberação, à filosofia?
O mito - mesmo que a razão sempre foi conhecida como a contramão do mito, são
narrativas com graus de abstração em tempo mitológico dando a impressão que o
mito é a negação da razão. E quando mais você se aproxima da a razão menos o
mito tem poder -
Os mitos gregos trazem em si mesmos de maneira germinal certos elementos que
resultam no surgimento da filosofia e da racionalidade ocidental.
 
Dialética do Esclarecimento - nos mitos residem a racionalidade ocidental. Pensar a
natureza, a magia é dominar a natureza como uma forma de técnica de intervir na
natureza, o que permite se comunicar com o que lhes coloca em contato com o
sagrado. O sistema religioso era muito diferente dos povos da mesma época. Os
deuses gregos são abstrações que comandam a natureza, as divindades não se
confundem com a natureza, Poseidon comanda as forças do mar, submete às forças
aos desejos dos deuses, ele  não é o mar, uma dualidade (abstração "divindade"
que domina a força da natureza) - os deuses no geral são a força da natureza como
Rá ser o sol - a filosofia tira os deuses e coloca as ideias no lugar, como o perfeito.
Esse é o desenvolvimento da racionalidade, primeiro com os deuses como uma
abstração, que a filosofia substituiu os deuses pelas ideias, mantém as abstrações. 
 
A partir dos anos 70 os mitos foram mais pesquisados, o mito deve ser entendido
como um relato, desse modo deve-se verificar os elementos fantásticos, embora
também neles existam racionalidade.
 
Boa parte desses mitos nascem de uma tradição oral, não somente em invocar uma
certa tradição e também para perpetuar essa memória. Uma memória que vai para
trás e se propaga à frente. A poesia grega tem versos, uma maneira de contar uma
história.
O mito está na formação do homem grego. Esses valores serviam para educar a
criança, em especial o menino grego. Campbell afirma que o herói pode tomar seu
destino nas mãos, que é uma noção da individualidade grega.
Os mitos gregos trazem também a busca exagerada pela verdade.
Auguste Jarde a religião na Grécia antiga - era igual as religiões primitivas como de
outros povos, adotar símbolos, animais, pedras etc. No entanto as divindades
gregas têm características humanas, no ponto de vista psicológico são parecidas
com humanos, muito complexa portanto.
A religião grega nunca foi dogmática, cada um interpreta os mitos a sua maneira,
não existe uma organização restrita.
Havia o Hades mundo dos mortos, ou se o falecido morria e era importante na
cidade virava o Deus da região. Os gregos também cultuavam seus antepassados,
de forma pública, com sacerdotes e magistrados.
 
Parthenon - com uma estátua enorme de Athena - 10m - com um espelho de água
para ficar maior.
Sacrifício e preces entre os gregos eram comuns, eram como forçar a divindade a
realizar o pedido.
É pelo elemento fantástico que se reconhece a diferença de relato para um mito. O
mito possui uma beleza que não se perde, mesmo que o lado místico se perca. O
relato diz respeito a tempos imemoriais que não se confundem aos tempos
históricos e não remetem a um tempo específico. No caso dos mitos gregos o fato
diferenciador é a separação entre abstração e força da natureza.  

5/9
 
Período arcaico Séc. VIII ao VI a.c
 
Quando comparamos aos períodos anteriores, compreende-se que tem um número
maior de documentação em vista do período pré-homérico e homérico. Além de
mais dados, contamos com um material importante para compreender o que foi o
período homérico (os poemas homéricos).
Outros poemas/poetas além dos homéricos para compreender o período arcaico, e
para compreender esse período, esses poemas são até mais importantes que o
homérico para entender sua configuração.
 
Neste período ainda que passa a surgir as póleis pela cidade. E no final do período
arcaico surge a filosofia.
As cidades Estado gregas tinham sua maneira de organização. - unidade básica
independente e autônoma - ele é o espaço citadino/urbano.
Havia cidades urbanas antes das polies, como na Mesopotâmia, ela deve ser
analisada por outros motivos particulares.
Cidade com edifícios públicos centrados, e espaços para reuniões públicas, onde os
cidadãos se expressavam que convencionalmente se chama de Ágora.
Acrópole a cidade alta, algumas possuíam isso - em vista de que a geográfica
favorecia isso -
Asty pode ser traduzido como mercado que constitui um espaço para o comércio -
alimentos, roupas um espécie de feira - de certo modo no ponto de vista urbano a
cidade é viva em atividades comerciais, a indústria antiga. As pólis podem ter
surgido das sociedades gentílicas do período homérico (do refluxo social).
Aristocratas se unem para fortalecer a todos, isso é conhecido como fátrias
irmandade entre genos ou clãs. O que gera os demos que basicamente é
(etimológico é povo).
 
Essas cidades são diferentes entre si, no ponto de vista organizacional elas são
distintas. O que explica as estruturas diferentes? Os especialistas dizem a respeito
que a geografia grega responde em parte. Embora próximas, vales montanhas as
separam - Atenas e Esparta dividem a mesma península a do Peloponeso - elas
nascem então isoladas.
O que as caracteriza as polies gregas, ela é o resultado de um sentimento comum
de querer viver juntas. Havia um sentimento de pertencimento para cada cidade, o
ateniense tinha esse pertencimento de ser ateniense. Sua individualidade é ligada
ao pertencimento de viver no coletivo. Uma noção de vida comunitária, isso explica o
surgimento do sentimento Ocidental - como valores de cidadania e democracia -
 
Quanto mais se desenvolve esse sentimento, mais nítido a ideia de escravidão. A
Grécia assim como o mundo antigo todo teve escravidão - modo de prpduvao6
escravista - o grau de violência entre Grécia e Roma é diferente, ainda assim foi
uma prática recorrente.
 
O surgimento da pólis é marcado por uma sociedade pré jurídica para uma
sociedade jurídica.
No período anterior relativo ao homérico, nesses genos ainda são pré jurídico, não
possui leis definidas daí a figura do pater-família (que não é diferente do déspota
oriental).
A sociedade jurídica possui as leis, elas existem e valem. Está nas placas presente,
de forma material. O pater-família perde poder, com a ideia que todos são iguais. As
tradições que foram fortes perdem espaço para as leis. - coincide com o surgimento
da democracia - para aqueles que eram considerados cidadãos.
 
Muitas dificuldades existiram no período grego, como as stáseis. Crise fundiária -
terras e escravos eram fundamentais para ser poderoso - a geografia é um fator,
além da terra com locais produtivos e locais que não produziam nada. Essas terras
estavam ainda concentradas nas mãos de poucos - o que é a negação do sentido de
comunidade - estava com os aristocracias (aristói bem nascido, kratos).
 
Isso gera tensões gerais, a aristocracia que tinha melhores terrenos usurpou
proprietários menores por endividamento - levando ao aumento de escravos por
dívidas -
Essa situação piorava quando o pequeno proprietário morre e divide a terra entre
filhos e parentes próximos, o que não dava conta de dar lucro a todos - em vista de
ser um solo ruim - ocorre ainda uma explosão demográfica e piora a situação.
A solução fica conhecida como segunda diáspora - a primeira é com a chegada dos
Dórios - a crise produtiva leva muitos a sair da Grécia principalmente os mais jovens,
colonos saem da hélade grega e vão para a Sicília e o mediterrâneo fundando
colônias gregas.
Essas colônias ficam conhecida como Apoikia colônias suficientes fundadas sem a
submissão local por escravidão (não houve força no caso). Emporium é um outro
tipo de colônia, um entreposto comercial entre regiões gregas estrangeiras. Essas
colônias servem para superar a crise financeira produtiva que a Grécia passava.
 
Isso somente foi possível por inovações técnicas como a marítima. Como a criação
da âncora. O Trirreme uma inovação naval importante que permitia a ocupação de
200 homens permitindo ir a locais mais distantes. E somente é possível com a
decadência dos fenícios - o mediterrâneo foi por muito tempo domínios dos fenícios -
 
A colonização no sul da Itália foi irregular, não foi planejada, muito heterogênea.
Inicialmente as colônias não tinham qualquer conexão com a metrópole. Era de
forma independente. Com o passar do tempo essas colônias passam a ter relações
com a cidade de origem. Ao perceber a importância dessas colônias, as lideranças
locais estimulam esse deslocamento, seria um bom negócio. A figura do Oikiste era
um chefe de expedição para fundar locais. Havia critérios para escolher um local, se
era fértil, baías recortadas e profundas - um porto natural - para facilitar os trirremes
e a ocupação.
Nesse ponto ocorre um planejamento criando laços com a metrópole fortes.
Intercâmbios comerciais crescem.
 
A produção agrária era a maior expressão entre a Grécia e suas colônias e a
manufatura básica. O trigo era muito fornecido à metrópole criando uma perspectiva
imperialista Grega.
Entre o VII ao VI a.c foi muito produzido azeite e vinho. Os vasos gregos eram muito
fortes e se espalharam por todo o mediterrâneo - havia portanto, comércio forte -
Na Grécia o que reduziu a tensão social foi a vinda do trigo das outras regiões
resolvendo sua questão agrária.
 
Essas tensões na hélice grega, na questão social, faz ocorrer uma pressão na
aristocracia resultando nas reformas. Chagando a abolição da escravidão por dívida
- o que era muito comum - ocorre mudanças jurídicas muito graduais. As reformas
jurídicas forma lentas, um briga entre os que queriam a escravidão por dívida e os
que queriam abolir o processo.
Legisladores começam a aparecer dependendo no caso da cidade, não se sabe se
eles existiram não existe dados ou documentos sobre alguns legisladores - alguns
ganham um ar místico, quase de deuses - (como o legislador de Esparta que dá a
todo cidadão de Esparta a categoria de guerreiro, torna-se uma cidade
essencialmente militar antes havia lá dois reis, comercial). Outras figuras possuem
documentação como nos casos de Atenas.
Eles ainda assim influenciam muito a Grécia. Como em Atenas que dispôs de muitas
reformas jurídicas que resultaram em sua cara. Solon dá o ponto pé inicial, uma
série de atores políticos foram importantes até chegar em Péricles. Não haveria
democracia sem essas reformas jurídicas. Uma constatação que existe até hoje, a
democracia seja a antiga ou a atual, ela depende da forma jurídica que uma
sociedade possui.
 
DEMOCRACIA
Solon sua reforma pensava mais na estrutura/condição social e econômica, do que
nas tradições. Havia 10 tribos, para acabar com isso era necessário fazer 10 demos
destruindo os laços sanguíneos, se eram 10 tribos cada um ligado a pela sangue ao
cadastrar nos demos cada um ia para demos diferentes. E cada demo passou a ter
direito a partes da terra - campo, cidade e litoral - (Péricles somemte conseguiu
governar a partir dessas mudanças jurídicas - Solon acabou com a escravidão por
endividamento gradualmente. Os cidadãos atenienses que foram vendidos como
escravos foram resgatados. Ainda assim, foi conservador com a propriedade rural. A
terra em Atenas somente é discutida pelo tirano pisístrato - era um cargo político na
Grécia, era eleito, quando havia crise política e social ele era escolhido, lhe davam
um período para resolver as questões - que perseguia os aristocratas.
Depois veio clístenes, beneficia os pequenos agricultores, ele ajuda eles não serem
engolidos pelos grandes proprietários.
 
Durante as guerras, contra os Persas, a guerra do Peloponeso. Os pobres e os ricos
lutam do mesmo lado criando espírito comunitário.
A democracia é fundada por essas reformas jurídicas.
 
A filosofia é fundada junto com a polies. Ela surge por volta do séc. VI quase no final
do período arcaico. E ela surge como?
Se não houvesse a polies ela não surgiria, ela dá unidade e regularidade.
Ela surge no norte da Grécia jonie, a região que não tinha guerras, e sem se
preocupar em sobreviver mais se pensa, campo fértil para a filosofia - escola jônica -
com os gregos passa a haver política a arte da mediação.
 
Como as navegações influenciam a filosofia, as inovações resultantes no comércio e
nas navegações fizeram os gregos conhecerem os locais dos mitos e entenderam
que eram apenas narrativas.
 
Moeda, calendário e alfabetos - aprimoração da abstração. Uma convenção social,
reforça a capacidade matemática. Formar palavras são nomeações. Capacidade de
abstração de racionalização os mitos perdem a força.
 
Sobretudo a escola pitagórica.
O período arcaico é decisivo para a história da Grécia, todo processo que veio a
ocorrer tem toda base jurídica e a filosofia somente pelo que foi alcançado no
período arcaico. 

12/9
 
Atenas
Surge na região da ática, dentro da península do Peloponeso (Grécia continental) -
onde duas cidades principais gregas estão localizadas na península do Peloponeso,
o que não corresponde a um trânsito entre elas pela geografia dificuldade -
Região relativamente isolada, originalmente habitada pelos jônios, eólios e aqueus
(tribos). Chegaram em momentos diferentes, de fato quando chegaram já havia
habitantes os Pelágios povos nativos desde o neolítico que foram incorporados
pelas tribos. Os dorios tiveram muita dificuldade em chegar à cidade.
Eles se espalhando pelas planícies. Da mistura desses povos surgem 4 tribos
basicamente genos. Disso surge a cidade-estado de Atenas.
 
O Mito fundador de Atenas (Minotauro, Ariadne e Teseu funda a cidade). Entre os
helenistas a deusa Palas-Atena como divindade principal, durante o período clássico
na construção da acrópole dentro dele há registros da existência de uma escultura
em sua homenagem com 10 mil metros de altura feita em ouro.
 
Até o séc. VII a.c a economia era muito rural na agricultura com esboço de
atividades comerciais que passaram a despontar na região da ática.
No ponto de vista social das suas estruturas sociais. Atenas era constituída por
vários grupos:
 
Eupátridas significa o filho do pai, nesse caso é o filho primogênito o homem mais
velho, o que herdava do pai as terras. Eles eram homens muito poderosos com
terras férteis com muitos escravos. Também havia muitos rendeiros que pagavam
para cultivar a terra, uma elite local com poder político e econômico.
 
Georgóis donos trabalhavam em terras férteis, nas proximidades das montanhas
não eram as melhores. Pequenos e médios produtores rurais. Passavam por
dificuldades primeiro pelas terras inferiores. Em um ano ruim de produção, tinham
que se socorrer nos eupátridas. Se estabelecia dívidas entre eles, e elas precisam
ser pagas quando não ocorria havia duas possibilidades: ou ele perdia as terras para
o produtor maior, ou ele se oferecia como escravo.
 
Thetas constituem uma classe pauperizada que não tem acesso à terra alguma.
Geralmente eram uma espécie de populacho marginalizadas que viviam nas cidades
à procura de trabalhos ou doações.
 
Demiurgos com profissão artesanal e ofereciam para sobreviver.
 
Essa é a configuração dos grupos que compõem a cidade de Atenas.
 
Havia ainda os Basileus chefes de guerra especializados na arte de fazer a guerra.
A guerra é um traço forte no mundo antigo.
Outra figura vai surgir os Arcontes eram magistrados a medida que Atenas passa a
adotar o sistema jurídico eles despontam, líderes que interpretam as leis.
 
Atenas em origem foi uma monarquia depois uma oligarquia. Esse monarca passou
por um desgaste social e os homens mais importantes tomam o poder em suas
mãos o que era de apenas um passa a ser desse grupo.
 
Atenas desenvolve atividades comerciais à medida que cresce. O que faz ter um
movimento de pessoas que vão comercializar na cidade e depois voltam para sua
região.
Metecos eram os estrangeiros que não nasceram em Atenas viam de outras cidades
e passaram a morar na região, houve um número significativo.
 
Até o séc. VII os eupátridas tiveram muito controle na cidade em seus rumos. Até
que passam a ser questionados principalmente pelos mais pobres e pelos
estrangeiros por todos que estavam abaixo deles na estrutura social. Seu poder
passa a ser questionado sobretudo nos períodos de crise econômica. Somente são
questionados porque o monopólio militar/guerra foi quebrado. A partir do momento
que espadas, escudos são construídos em grande escala, outros desses grupos
passam a possuir armas.
 
Pelas guerras os grupos distintos passam a ser iguais todos soldados. Isso abre
para questionar o controle dos eupátridas fora da guerra.
Sua reivindicação era possuir uma participação política para discutir os rumos das
pólis. Não queriam somente participar das guerras, mas sim dos processos da pólis.
 
As pressões sociais aumentam em 623 a.c morre Cílon.
 
Em 621 a.c Drácon assume a formulação das legislações ele com caráter duro, no
entanto ele faz leis muito benéficas para os eupátridas o que não resolve a crise
social.
 
Em 594 a.c Sólon era um aristocrata, mas ele era um homem respeitado por todas
as classes para fazer leis que atendessem todas as classes sociais. Suas reformas
foram tímidas. Socialmente ele concedeu anistia aos presos da legislação anterior,
ele regulamentou a herança, mas não alterou o poder do primogênito. Diminuiu o
poder dos eupátridas com uma participação censitária, quanto maior a renda maior
sua participação política para quem estava afastado do poder. Promoveu a vinda de
artesãos. E ninguém mais poderia ser escravizado por dívida, porém os que eram
escravos continuariam.
Suas reformas foram tímidas, fez o que podia no momento, ele mediava o conflito
políticos. Governou para todas as classes sociais sem se indispor com nenhum.
Suas reformas foram importantes pois abrem caminho para que a democracia possa
ser instaurada em antenas.
 
Entre 560-510 a.c houve 3 tiranos. Mas o que essa expressão significa no mundo
antigo, ela remete ao autoritarismo quase um déspota (hoje atribuído) o tirando é na
verdade um incumbência o povo escolhia por determinados períodos diante dos
problemas sociais somente o tirano pode tomar o poder nas mãos e resolver.
Nesses 50 anos foi preciso uma tirania para submeter os aristocratas.
 
560-527 a.c Pisístrato abriu espaço para os nobres. Permitindo que a população
ateniense participe da Eclésia na assembleia, ele radicaliza o que Sólon fez.
Hipaco/Hípias filhos de Pisístrato continuou com o trabalho do pai que ajudou as
classes menos abastadas.
 
Em 509 a.c Iságoras procura restaurar o domínio da aristocracia era um refluxo das
conquistas dos governos mais sensíveis à população. Suas tentativas falham
perdem o poder.
 
508-507 a.c vêm a figura de Clístenes dada as transformações realizadas consegue
aprofundar as reformas. Concede a todos os cidadãos atenienses (em termos
demográficos era uma sociedade de médios portes, para o mundo antigo grande
400 mil) metade deles eram escravos 100 mil estrangeiros 60 mil mulheres e
crianças e apenas 40 mil eram considerados cidadão homem maior de idade
nascido na cidade e livre. Esses cidadãos passam a poder participar da pólis. Nem
todos participavam.
 
Havia 10 tribos no terror, Clístenes dividiu Atenas entre:
Litoral
Cidade
Campo
Essas tribos tinham algum laço sanguíneo. Ele fez 10 demos e para se inscrever
cada pessoa ia para demos diferentes acabando com os laços. E com isso cada um
passou a ter acesso aos territórios uma divisão. Os demos são povos com acesso
cada um a uma parte do litoral, da cidade e do campo.
Essa estrutura dá origem à democracia.
Clístenes organizou um conselho da Bulé composto por 500 um senado na época.
Estabeleceu 10 arcontes, 10 estrategos e um general. Ele cria mini-governo para
que todos conversem, todos os demos possuem essas organizações.
Cargos eletivos e sempre transitórios menos os cargos militares porque a guerra é
algo complexo.
Ainda criou um mecanismo jurídico que ficou conhecido como ostracismo,
suspensão dos direitos políticos por 10 anos do cidadão quando comete uma
imprudência muitas vezes devia ter que deixar a cidade.
 
Por um longo processo isso é possível. Que possibilita uma mudança jurídica e
estrutural que abre espaço para a democracia.
 
Havia os Pedianos aristocracia conservadora atrelada às terras. Os paralianos eram
ligados ao comércio. Os diacriamos proprietários médios.
 
Esparta
Fica na região da Lacônia, foi dominada pela sua origem pelos aqueus. Mas a região
foi depois muito dominada pelos dórios realizando uma mistura entre os grupos que
dá origem ao povo espartano. Os que se submeterem ao dórios foram escravizados.
Surge 2 vilarejos
Sua organização provavelmente as terras conquistadas pelos dórios foram
distribuídas entre os guerreiros (algo muito comum no espólio de guerra) daí surgem
os genos.
Cada geno tinha seu pai líder e depois do crescimento demográfico resulta na pólis.
Tinha um sistema chamado Grande-Reta com uma diarquia, dois reis que não
rivalizavam e juntos tomavam decisões.
 
Ágidas e euripôntidas organizavam as cerimônias religiosas da cidade e protegiam
invasores ou empreenderem invasões.
Gerúsia é um conselho de caráter consultivo, formado por anciãos.
Ápela uma assembleia voltada a todos os cidadãos de Esparta.
 
Nesse período é comum que se pense numa cidade militarizada. A realidade é que
não foi desde o início que surge essa característica. Enquanto havia os dois reis era
igual às outras cidades gregas. Era agrária e com pouco comércio.
Licurgo foi o responsável pela legislação voltada para área militar. No entanto, não
existem documentos dele. O que faz acreditar ser um mito, ou se acredita que ele
fez de fato a legislação e depois foi divinizado não se pode afirmar nada.
 
Durante as guerras micênicas os espartanos dominaram e escravizaram os
micênicos. O resultado foi uma população maior de escravos do que de espartanos.
As rebeliões eram muito comuns. Isso deveria ter tencionado para criar essa
legislação.
 
Antes sua organização social:
Esparciatas os espartanos grandes proprietários de terra, se dedicavam à política e
eram livres.
Periecos antigos Aqueus formaram comunidades autônomas com terras menores.
Os hilotas tem uma polêmica, alguns consideram eles como escravos, outros como
servos. No fim estavam submetidos aos esparciatas, tinham a mesma origem,
quando iam a guerra poderiam ser libertados.
 
Organização antes da legislação de Licurgo.
 
Chester Star escreve política na Grécia antiga de todo modo mesmo a escravidão na
Grécia não foi tão violenta.
 
Após a reforma no séc. VII com a legislação em vigor ela passa a ser militar. Todos
os cidadãos espartanos se convertem em guerreiros e as gerações seguintes já
seriam treinadas. Menos os hilotas todos se tornam guerreiros a diarquia
desaparece, tudo era decidido pelos guerreiros - mesmo com um líder -
 
Com a militarização varre a vida intelectual espartana. No ponto de vista cultural não
tem o que deve em Atenas. O sujeito é lacônico, um espartano quieto.
Se desenvolve aversão a todo tipo de estrangeiro.
 
Como se deu a militarização;
Quando a criança nascia, tinha que ter um certo padrão - crianças saudáveis e fortes
poderiam gerar soldados fortes - se o bebê tivesse deficiência ou fraca era
condenada ao sacrifício - era colocada para fora dos muros para morrer.
Até os VII anos ficava com a família, depois era levada para acampamentos militares
intensivos. Essas crianças ficavam misturadas entre as idades e se ajudavam
ficavam nus.
O menino servia dos 7 aos 30 anos serviria ao Estado e depois poderia constituir
família.
As meninas recebiam treinamento para poder gerar filhos fortes, ficavam até a
adolescência. Mesmo assim participavam das guerras.
Desde muito cedo se aprendia, a suportar frio e a fome, a roubar sem que se
percebe-se - de era pega apanhava -
Arco e flecha, escudo, lança, espada, montar cavalo a nadar.
Havia ritos de passagem o menino da adolescência para vida adulta ele podia matar
num dia quantos hilotas encontra-se.
Isso moldou um povo com altas habilidades da arte da guerra.
 
Platão em a República fala dos lacônicos e se espelha nos guardiões (produtores e
magistrados) sua inspiração é em Esparta na esfera social não haveria matrimônio.
Em Esparta enquanto o corpo era do Estado havia liberdade sexual.
As famílias eram submetidas ao Estado, não se pode negar que seus filhos fossem
ao treinamento era compulsório.
 
A habilidade na guerra eram guerreiros profissionais. Todavia, na guerra contra os
Persas os gregos foram muito mais importantes, Atenas tinha uma grande frota
naval essencial.
 
As duas cidades eram distintas, com o fim das guerras médicas Atenas vira um polo
comercial, cultural e os espartanos voltam a se isolar. Cada cidade tem seu modo de
funcionar, elas foram as mais importantes das cidades que depois protagonizam a
desgraça grega com a guerra do Peloponeso. 

19/9
 
Período clássico VI-V
 
O avanço do helenismo, a visão do mundo grego, de seus valores no mundo grego.
Pelo ponto de vista cultural, exerceu grande influência nesse momento. Também é
marcado por um processo imperialista grego, para além dos limites da Hélade Grega
como o sul da Itália.
 
Também travam a guerra contra o mundo bárbaro- essa dicotomia entre bárbaro e
civilizado (bárbaro e a ausência de civilização) esse maniqueísmo de nós contra
eles. Em realidade começou com os gregos (não com Roma que se convenciona a
acreditar). Esses bárbaros tinham uma cultura que não era a grega, mas tinham
suas características culturais/sociais também -
Os gregos pensavam muito que o povo não eram helenizados eram inferiores em
organização em cultura sua autopercepção era muito positiva.
 
Foi chamado de guerras médicas (que vêm do povo medos) ou guerras pérsicas.
Um conjunto de guerras ao longo de anos entre esses dois povos. Ao final desse
conjunto de batalhas, quem perde com isso é a própria Grécia pois, o que vem a
seguir é a guerra do Peloponeso - guerra interna - que é somente entre gregos, uma
luta desenfreada entre eles muito particular, pois envolve suas cidades-estado
principais.
 
As principais cidades gregas no caso Esparta e Atenas. Analisando somos levados a
pensar que a primeira grande potência do mundo clássico foi Atenas e seguida por
Esparta com características distintas no governo, na cultura etc.
Esparta passa a ser militarizada após a legislação de Licurgo todo espartano era um
soldado.
Atenas envolvida em todo o conflito das guerras médicas melhor aproveitou
conseguiu usar ela a seu favor.
 
Para entender o que foi o conflito:
 
O início do conflito foi muito vinculado à expansão do Império Persa que colide com
a expansão da Grécia. Os Persas conquistam todo o oriente próximo com Ciso, mais
tarde com cambises sua força bélica é reforçada na expansão ao oriente que no
mundo antigo era muito útil. Com técnicas de combate que são muito proveitosas.
No reinado de Dario I dá início aos atritos com os gregos e também é pai de Xerxes.
Sobretudo, as colônias que estavam mais ao oriente da Grécia. As colônias ao norte
mais ao leste os Persas anexaram a sua zona de influência.
Os Persas dominavam e davam autonomia, que com o tempo se mostrou falsa,
cada vez aumentavam os tributos.
A região da jônia foi invadida sendo local de grandes conflitos. As cidades gregas na
região do Peloponeso quanto perceberam essas cidades que estavam sendo
conquistadas começaram a se mobilizar frente a esse alerta vermelho.
Atenas ajuda a cidade de Mileto a resistir, os Persas notam essas resistências e
endurecem os processos de expansionismo.
 
Em 490-70 a cidade de Mileto foi tomada pelos Persas, a população foi basicamente
deportada para Mesopotâmia -  hábito de guerra conquista tira da região para inibir
revoltas -. Isso era comum: domina a cidade, tira a população local e manda para
outro.
A trácia e a macedônia também sofreram. A intenção de Dario era dominar a Grécia,
assim passou a pedir rendição de todas as cidade-estado gregas, algumas se
submetem e se rendem aos Persas.
Entre as que não se renderam estavam  Atenas e Esparta, gerando uma reação
pelos Persas. O exército Persa formado por 50 mil homens domina a região de
Naxos e pretende atingir a região do Peloponeso.
 
Inicia a primeira grande batalha:
1º 490-487
Quem comandou os atenienses foi Milcíades, os Persas não conseguem
desembarcar ele aproveita o declínio do relevo no combate. Os Persas insistem
recuando estrategicamente sendo aconselhados por Hípias filho de Pisístrato -
traidor - era melhor um desembarque por outro ponto.
Os atenienses se deslocam e tem vitória novamente sobre os Persas.
Os espartanos demoram para entrar na guerra por eventos religiosos.
O prestígio de Atenas cresceu muito nesse confronto com os Persas eles foram
decisivos para a sua expulsão. Esparta observa isso e vai criando uma rivalidade
numa cidade de filósofos de comerciantes, em vista de que eles eram os grandes
guerreiros, mas os atenienses que ganharam o confronto.
 
Os Persas não desistem facilmente de conquistar a Grécia havendo um segundo
grupo de batalhas.
 
2º 486-479. Liderados por Xerxes. Que fez um acordo com os cartagineses no norte
da África. O acordo era que os Persas atacaram o sul da Itália os cartagineses
ajudariam pela posição geográfica, as colônias gregas faziam concorrência com seu
comércio, daí o objetivo conjunto na guerra.
 
Os gregos se organizam e Atenas de novo tem protagonismo. Temístocles
temendo o avanço Persa ele pensa em reforçar a frota naval. Propõem aos
atenienses - sendo aprovada - usar a extração de prata da região de minas de
Laurion e investir na expansão do porto e nos trirremes relativamente grandes. Sua
proposta visava construir 180 trirremes para a potencialização da frota.
Dentro de Atenas ele enfrentou alguma resistência achando uma bobagem esse
investimento, outros queriam que se investisse nas forças terrestres. Ele apostou na
expansão da frota, e exilou a todos que discordavam. No fim ele teve razão e
sucesso nessa escolha.
 
Os Persas queriam atacar por terra e por mar, a questão é como desembarcar os
homens?
Montaram uma estratégia de desembarque pelo canal de Helesponto que liga ao
mar Mármara. Passando com pontes que conectam um barco ao outro até a praia.
Desembarcaram no Norte, os barcos acompanharam o movimento até o Peloponeso
os abastecendo.
 
O número de 6 mil espartanos pelo comando de Leônidas lutam para barrar a
chegada deles até Termotelas.
Termotelas é um desfiladeiro em forma de funil, leva 300 homens para impedir a
chegada dos Persas nessa região, porém houve uma traição e o exército de
Leônidas foi massacrado, o que restou, volta.
Os Persas chegam a Atenas, mas eles esvaziam as cidades antes. Mesmo assim foi
incendiada. No mar a frota estava firme e conseguiram êxito. Atraíram as
embarcações Persas que eram muito pesadas, os trirremes eram mais leves.
Chamando a atenção vão com sua frota seguindo as embarcações a onde o mar era
mais raso no canal de Salamina, ao chegar as embarcações Persas encalharam
conforme as que estavam atrás piora a situação os barcos foram assim afundados e
os Persas cercados tiveram que recuar.
 
Xerxes volta com um exército enorme mal alimentado e é derrotado pela força
conjunta de Esparta comandado por Pausânias e Atenas comando por Aristides.
Os Persas ainda foram derrotados de novo já em território asiático na batalha de
Micale e as cidades gregas na Ásia foram liberadas em 479 a.c.
 
3º batalha 478-448
A Grécia decide organizar investidas contra os Persas. Algumas cidades gregas
próximas da Ásia com apoio de Atenas organizam a confederação de Delos ou Liga
de Delos. Eram cidades menores que Atenas, ela ficou capitaneando a
confederação. Já os espartanos voltaram a se isolar.
 
Delos é o nome de uma ilha, todas as cidades tinham que contribuir com ouro e
prata que ficaria em delos e o tesoureiro era Péricles Atenas controlava tudo. Isso
era para financiar o fortalecimento das tropas navais e da infantaria grega.
As cidades ao ver que contribuíram e nada acontecia e Atenas capitalizou reclama,
Atenas os obrigou a continuar pagando a liga. Toda a cidade de Atenas foi
reconstruída com esse financiamento. A cidade se torna a mais bela e dinâmica da
Grécia. Péricles construiu mais trirremes, dinamizando a economia e o
fortalecimento da cidade. Os atenienses capitalizaram muito com a confederação.
Ela já era muito comercial, após esse período se tornou a cidade mais atrativa no
mundo antigo. Isso desperta ódio, inveja as  outras cidades gregas olham com
preocupação para Atenas.
 
Nesse período de esplendor os muros são ampliados contra novos ataques, a
cidade de Atenas era econômica e militarmente a mais importante.
Os estrangeiros aumentaram muito - culturalmente também cresceu, a filosofia
ganhou destaque com Sócrates - uma classe de comerciantes se beneficia muito
nesse momento, mas existia ainda uma aristocracia e os dois grupos entram em
conflito.
 
Até então a classe mais influente era a aristocracia, esses dois grupos vão se
enfrentar quando a democracia é implementada por Péricles. É um embate político,
pelo debate - não físico.
A aristocracia sempre levou vantagem eles tinham terras férteis e escravos que
trabalhavam ele, o próprio aristocrata tem o ócio, esse tempo ajuda na preparação
dos discursos na ágora conseguindo persuadir convencer a todos para seus
objetivos. Em contraponto os comerciantes ficavam o tempo todo cuidando de seu
negócio.
A aristocracia foi por muito tempo imbatível na ágora, além de que os comerciantes
nem iam discutir, poucas pessoas - cidadãos - participavam dos debates. Péricles
chegou a remunerar aqueles que perdessem um dia para ir até a Ágora, nem assim
o comerciante ia, e quando se dirigia até a ágora ele perdia facilmente para o
aristocrata.
 
No entanto, essa caraterística imbatível dos aristocratas iria mudar.
 
Os gregos de fato resolveram atacar os Persas, nessa investida além de libertar as
cidades tomadas pelos Persas, nessas incursões se destaca Címon.
No rio Eurimedonte os Persas foram derrotados em 468 eles ainda tiveram que
assinar um tratado chamado de Susa ou paz de kalia, não poderiam mais atacar a
Grécia. As guerras médicas se encerram.
 
Aristocratas e Comerciantes
 
Durante a democracia, era muito difícil vencer os debates dos aristocratas. As coisas
mudam para equilibrar a balança, com a chegada dos sofistas.
Do grego sophistes - sophos sophia alguém que tem conhecimento. Os principais
sofistas que circularam na cidade de Atenas ou vieram da magna Grécia ou do norte
da Grécia região da Jônia. - eles até se vestiam de azul pois era a cor da sabedoria -
 
E qual foi a contribuição deles para a sabedoria da Grécia? - era vinculado a
técnicas que desenvolveram e também conheciam os debates filosóficos de seu
tempo. Desenvolveram a técnica da arte do bem falar a retórica - ela não foi criada
pelos sofistas, na verdade essa arte de bem falar teria surgido com os médicos
gregos, eles desenvolvem uma retórica para o paciente acatar a prescrição médica -
os sofistas aprimoram essas técnicas.
Eles usavam do teatro, da dança, da música em suas técnicas. Ao chegarem na
Ágora pediam um tema defendiam um tema até que todos serem convencidos,  logo
em seguida começavam a falar contra o mesmo tema, isso chamava novos alunos
para seu curso de retórica. -  Marrou escreveu um livro falando que os sofistas foram
os primeiros professores da história.
 
As aulas de teatro eram para aprenderem a se expressar adequadamente em cada
situação.
Com a dança era para ficarem mais soltos, os braços tinham que comunicar o corpo
em si comunicava.
As aulas de canto para a entonação da voz, a maneira da entonação tinha
momentos terminantes no debate.
Para a vida pública em Atenas isso era extremamente importante.
 
Cada sofista queria vender seu curso eles conseguem muitos adeptos. Suas figuras
importantes são: Protágoras, "o homem é a medida de todas as coisas" ele foi um
dos homens mais ricos naquele período. Também teve Górgias e Hípias.
Os Comerciantes não podiam ir até a ágora e eram ruins em debate os sofistas
veem isso vendem seus cursos. Os filhos dos comerciantes que estudavam com
eles. Com isso os debates ficaram balançados.
 
Os aristocratas não suportavam os sofistas, dizendo que eles não tinham
moralidade. Os filósofos diziam que os sofistas não tinham apego a verdade. - as
críticas vinha de filósofos que tinham origem aristocrata -
 
Esparta com tudo isso via Atenas com maus olhos, a supremacia naval e militar.
Crescimento econômico. Tanto Esparta como cidades-estados maiores viam o
domínio de Atenas como ameaça, exerciam tanto controle e imposição com as
cidades pequenas, imagine com as grandes.
 
Contudo, Atenas com a capitalização propiciada pela  guerra conseguiu alcançar
altos objetivos. Os impactos militares os puseram no patamar de um pólo naval e
militar. Já eram o polo cultural, filosófico e econômico e isso aumentou
exponencialmente. Foi no mundo antigo a mais importante das cidades. 

26/9
 
A guerra do Peloponeso 431 - 404 a.c
 
Mégara, Corinto, Tebas e sobretudo Esparta passou a ver com maus olhos esse
crescimento, essa hegemonia ateniense. Foi preciso um incidente para ocorrer uma
guerra.
 
Uma colônia de Corinto chamada de Córcira se rebela e os atenienses apoiam e
isso deflagra a guerra em 431 a.c
Essa primeira parte dura 10 anos, os espartanos ao perceberem que Atenas apoiou
Córcira decidem invadir a região da ática que é onde está a cidade de Atenas. O
primeiro conjunto de batalhas entre atenienses e espartanos começou.
 
Péricles governou Atenas neste momento, uma parte da população ficou abrigada
nos muros, outra parte na frota-naval atacava a cidade de Esparta.
A população que vivia na área rural, pela guerra tem que se abrigar na cidade
ocorrendo um adensamento demográfico muito rápido, em um lugar que não tinha
suporte para tal número. Mal alimentados a população foi acometida por uma peste
matando parte da população, e até Péricles 429 a.c morreu devido a peste.
 
Nesse primeiro momento os 10 anos, em 421 a.c atenienses e espartanos assinam
a paz de Nícias, nele estabelecia que por 50 anos eles não deveriam guerrear.
 
Em 413 a.c um general ateniense - chamado Alcebíades era muito ambicioso  - tinha
uma peculiaridade chegou a ser discípulo de Sócrates, quando houve o processo e
julgamento de Sócrates caiu sobre ele, a culpa das ações de Alcibíades que por um
tempo foi seu protegido.
Pois ele, em sua ganância como general decidiu se lançar em uma campanha nas
cidades da Sicília no sul da Itália (região com colônias gregas) queria tomar a cidade
de Siracusa aliada de Corinto. Ele tenta tomar a cidade, ele não consegue, mas para
além disso foi relapso com os soldados sendo acusado de impiedade já que acabou
levando a morte. Seu retorno para Atenas seria marcado por isso, perdeu 40 mil
soldados que foram presos além de mortos, ele se refugia em Esparta, fugindo da
condenação.
 
Os espartanos o acolheram, dado que era um general com conhecimento de guerra
e da cidade de Atenas. Com ele conseguiram ampliar a frota naval para libertar as
cidades que estavam sob o domínio de Atenas.
Entram em conflitos novamente, ocorre diversas batalhas entre os soldados
variando em quem ganhava. A última vitória ateniense se deu em 406 a.c em
Arginusas. Dois anos depois os atenienses são derrotados em 404 a.c na região de
egos-patámor
A frota ateniense é tomada e seus muros são derrubados. Decretando o fim de
Atenas tornando-se uma cidade satélite de Esparta.
 
Os Espartanos já tinham uma grande infantaria agora passando a ter a frota naval.
Se estabelecem como potência na Hélade Grega.
 
"Tucídides afirma que essa rivalidade entre Atenas e Esparta surgiu do êxito de
Atenas durante as guerras médicas".
 
Haviam outras cidades importantes na Grécia. Basicamente o que ocorre
posteriormente a isso, é que se havia muito ressentimento delas para com Atenas
daí seu apoio a Esparta.
Diversos motivos criaram esse ressentimento, como Atenas obrigar elas a se
tornarem democráticas além dos tributos de guerra cobrados.
 
Uma parte dos cidadãos atenienses não gostavam do modelo democrático, - a
aristocracia de Atenas. Assim como a aristocracia de outras cidades que pensavam
igual nada favorável à democracia. A democracia saiu abalada da guerra do
Peloponeso saindo "desfalecida".
 
Sobretudo foi uma guerra equilibrada no nível quantitativo Atenas tinha uma grande
frota, e força econômica. E Esparta sabia fazer guerra, tinham aliados e vastos
espaços. Espartanos conseguiram até empréstimos com os Persas para o conflito,
eles souberam construir alianças conseguindo assim vencer. Mas, um fato decisivo
foi a traição de Alcebíades.
 
Existe uma terceira parte dessa guerra, Esparta se lança em um contexto
imperialista, eles pela primeira vez quebram seu isolamento saindo do imobilismo
característico.
Conquistando cidades menores, da mesma forma que Atenas. Com crescimento
econômico a mentalidade espartana muda com o acesso ao luxo.
O aumento de escravos mudou também a dinâmica da cidade.
 
Com sua expansão, se lançou contra as cidades menores de forma muito mais
opressora que Atenas.
 
Acabam em guerra com os Persas que somente se encerra com o tratado de
Antálcidas em 385 a.c proibindo as cidades gregas se inter-coligarem o que permitiu
os Persas ganharem espaço.
Havia também a possível revolta de escravos em Esparta ou nas cidades
dominadas.
 
Esparta continuava forte, mas os atenienses começaram a se reerguer, o símbolo
disso é a reconstrução dos muros. Tebas que havia caído pelo imperialismo
espartano. Realizam um acordo com Atenas expulsando os espartanos de Tebas.
Acontece ainda em 371 a.c a batalha de Leucitras em Tebas entre os tebanos contra
espartanos. Ao mesmo tempo que ocorria uma rebelião de escravos em Esparta.
Os tebanos venceram  o conflito, tiveram um bom desempenho de guerra com
auxílio dos generais Pelópidas e Epaminondas.
 
Tebas começa um período expansionista liberta algumas colônias sob o domínio
espartano e domina outras como: Tessália, Trácia, Macedônia. Ocupam assim o
lugar de Esparta e foi antes de Atenas.
 
Em 362 a.c agora Esparta e Atenas reconciliados se voltam contra Tebas e os
derrotaram, na chamada batalha Maritineia. Essas três grandes cidades envolvidas
acabam não tendo um bom resultado na visão geral. Nada de fato saí bem para
nenhuma, pois as guerras acabam enfraquecendo a hélice Grega.
Percebe-se que são três grandes cidades gregas em guerra constante
enfraquecendo muito a Grécia e isso dá espaço e oportunidade aos macedônios
vislumbrar o domínio da Grécia.
Os macedônios também eram indo-europeus faziam fronteira com o norte da Grécia.
 
Organizados em um governo centralizado economicamente centrado, com um meio
agrícola forte e sem saída para o mar. Além de fazer fronteira com cidades que
rivalizavam como Epiro, Ilinia e a Trácia.
Felipe da macedônia general que viveu por alguns anos em Tebas - para um acordo,
durante sua estadia ele toma conhecimento da vulnerabilidade das cidades gregas,
com espírito de conquistador. Ele ainda percebeu que a organização do exército de
Tebas se familiarizando com o armamento - como as lanças de madeira maiores
que das outras cidades - basicamente em 359 a.c ele torna-se tutor de seu sobrinho
Amintas que deveria ser o rei, no entanto ele morre e Felipe assume o trono.
 
Sua primeira ação foi confiscar as terras dos aristocratas e passou a distribuir aos
pobres diminuindo o poder da nobreza - criando raiva - e assim os camponeses o
valorizavam entrando para o exército e protegendo as fronteiras vencendo e
conquistando as regiões que antes rivalizavam. Ele precisava de um motivo para
invadir a Grécia, ela se dá pelo povo tessálio invadir o templo de delfos ele aproveita
para combater e dar continuidade acabando com os tessálios.
Felipe não suportava os Persas e incentivou as cidades gregas a voltar ao conflito
contra eles. Ele fazia isso ainda com outra intenção: a de enfraquecer as cidades
gregas facilitando as tomadas. Em 338 a.c na batalha de queroneia os tebanos e os
atenienses são derrotados acabando de vez  com a Grécia.
 
Felipe era habilidoso politicamente, não visava mudar a cultura mantendo o julgo
macedônico, não modificou drasticamente.
Ele acaba sendo assassinado no casamento de sua filha na Macedônia por um
aristocrata que o havia ofendido. Quem assume é seu filho, Alexandre Magno.
 
Alexandre era um sujeito complexo. Ele próprio não gostava do pai, porque sua mãe
Olímpia envenena o filho contra o pai. O pai morto foi assim um alívio.
Quando Felipe quando ainda era rei, e Alexandre era pequeno mandou chamar
Aristóteles para ser seu preceptor. De modo, que ele chega a rei da Macedônia
conhecendo profundamente a cultura helênica. Tendo uma dimensão intelectual e
agora líder de uma nação que dominou a Grécia. Como ele se posicionaria perante
a Grécia local que conhecia bem, sua organização, cultura etc.?
 
Alexandre quando assume herança do pai, um exército organizado, um país em
experiência expansionista e imperialista.
Porém, com problemas como as cidades subjugadas acabam em revolta, e depois
com a quantidade de filhos bastardos deixados por Felipe.
 
Nas cidades que se levantavam ele usou a força para massacrá-las. Sobre os
herdeiros chamou todos para uma reunião para dividir a herança em realidade
matou todos.
Desde cedo entra em conflito com os Persas, consegue submeter eles a seu
domínio e ele avança até a fenícia e em direção até o Egito, ele avança muito mais
do que previsto - império alexandrino -
Ele dominou a Grécia e o Oriente Médio seguindo a Ásia. Morre de uma moléstia.
Tentou dar seu império um caráter universalista com base em seu aspecto de
divindade - como o de heróis gregos "Hércules" -
 
Mesmo dentro da macedônia não gostavam que fizesse isso. Procurou promover
uma integração cultural e fundou 33 cidades, como Alexandria no Egito. Promoveu
casamentos mistos entre os povos para diminuir as fronteiras e misturar os povos,
ele mesmo se casou com a filha do rei Dario III, o rei derrotado. Isso servia também
para alianças. Em 323 a.c morre.
 
De certo modo cumpriu algo importante, que foi a difusão do helenismo para além
da hélade Grega. Proporcionando acesso aos estudos de Aristóteles etc.
 
Enquanto tudo isso ocorre, do outro lado do mediterrâneo acontece outra coisa.
Na península itálica, processos paralelos por volta do séc. VII a.c um pequeno
vilarejo dá origem a Roma, submetido a uma potência que era Etrúria de onde sai os
etruscos. Nessa região passa a ter uma desenvolvimento que se expande, ganha
volume chegando a se dissociar da Etrúria.
Com o tempo passam a expandir ao sul, chegando às colônias gregas na Itália. -
tem três fases: monarquia, república e império - quando se transforma em um
império, os gregos que caem sob o domínio macedônio caem para outro domínio o
romano.
No ponto de vista político e militar os romanos dominaram a Grécia, no ponto de
vista cultural é o oposto.
 
O período da guerra do Peloponeso é a decadência da hélade grega, não apenas no
contexto econômico e político, mas também no sentido filosófico o período
helenístico é de desfavelamento. 

Você também pode gostar