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IDADE ANTIGA.
…
E vamos começar o nosso cronograma de estudos, partindo pela Idade Antiga.
Nos últimos vestibulares, é um tema que vem caindo.
Porém, é necessário entender a Idade Antiga, pois ela é essencial para a compreensão da *formação de países* que conhecemos até hoje e
inclusive também sobre alguns idiomas.
E repetindo, *não foque em datas ou em nomes*, e sim no contexto, tentem entender sobre os conflitos que iremos ver- vão ser muitos - e o que
esses conflitos resultaram.
Mas antes de falarmos sobre o Mundo Grego e o Império Romano, é válido pensarmos: O que é a antiguidade?
É o período que se estende desde o aparecimento da escrita até a desestruturação do Império Romano. A invenção da escrita retira o homem da
pré-história e o coloca na história.
Mas gente, o que vocês precisam entender, e isso vai ser válido para a compreensão de outros períodos futuramente, é que esses períodos não
foram feitas por esses indivíduos, pois, ninguém na Idade Antiga, viu a queda de Rômulo, o último imperador romano do Ocidente e então declarou
que a partir daquela data acabou a Idade Antiga!
Essas periodizações (Idade Antiga - Idade Média - Idade Moderna - Idade Contemporânea) é só uma ferramenta didática, formuladas por homens
de séculos posteriores que decidiram que tais marcos históricos iriam ditar o fim e o começo de uma nova era. Porém, todo homem é
contemporâneo no seu próprio tempo.
''Não devemos nos preocupar com os marcos, mas sim, refletir sobre as relações de poder na transição destes períodos''.
Para os vestibulares, apenas o Mundo Grego e Império Romano cai normalmente nas questões, o que é bem triste, pois a antiguidade não se
resume apenas a estes, existem outros povos no Oriente, com uma vasta cultura, vamos comentar sobre eles por de cima, mas se vocês tiverem
tempo, busquem saber mais sobre estes, para não cair no etnocentrismo que os próprios Helenos (gregos) e Romanos faziam. Um olhar e escuta
crítica nas disciplinas de ciências humanas, sempre será um fator crucial.
Formação do Mundo Grego
A Grécia se formou muito pela
mistura cultural entre vários
povos.
A primeira delas, é o:
Período Pré-Homérico (2000 a.C. - 1100 a.C.)
Esse período marca a chegada de várias etnias na região correspondente ao sul da península balcânica, sudeste da Europa, sendo
uma dessas etnias os Aqueus/Micênicos. Esses vários povos são chamados de indo europeu, justamente por serem grupos que
vieram de outras regiões europeias até se estabelecerem no que chamamos de Grécia.
Pensem comigo, vários povos, culturas distintas, como se organizaram? Tinham algo em comum?
Bem, esses povos não chamavam o território da Grécia, para eles estavam vivendo num lugar montanhoso e que precisavam dividir
as coisas entre eles para que todos pudessem sobreviver. Ou seja, viviam com um espírito comunitário. Algo em comum, e que
precisamos saber, é que eles não se chamavam de gregos e sim de helenos, devido que acreditavam que eram descendentes de
um herói de sua mitologia chamado Heleno.
Então, se caso lerem algo sobre o povo heleno, são o povo grego!
No final desse período, chegam o povo Dóricos, que tinham em sua estrutura um povo muito militarizado na região, de forma
agressiva, querendo acabar com algumas culturas existentes ali, como derrubar templos, destruir objetos que tinham um significado
para outros povos.
Nisso, ocorre o que chamamos de Primeira Diáspora Grega. Ou seja, a primeira grande migração dos gregos, que muito foi devido
para fugir dos povos Dóricos.
Nisso, muitos grupos migraram para o leste, para a atual Turquia, no que chamamos de Ásia Menor.
Por que é importante ter essa noção sobre a Primeira Diáspora? Porque já nos dá uma dimensão da expansão grega.
Período Homérico (1100 a.C. e 800 a.C.)
Acredito que vocês já devem estar se perguntando: o que é Homérico?
Bem, esse nome vem devido que muita coisa que nós historiadores sabemos desse período são devidas as obras de um
poeta chamado Homero, vocês já devem ter ouvido sobre a Obra Ilíada (sobre a Guerra de Tróia) e Odisséia (sequência de
Ilíada), certo?
Mas voltando, com a chegada dos Dórios, que era um povo guerreiro - tanto que estes irão formar os espartanos - a
sociedade grega que permaneceu irá tentar se organizar, dentro de um território que repetindo, era pouco fértil e com várias
montanhas em volta.
Dessa forma, eles começaram a se estruturar em grupos familiares, onde cada grupo, trocavam o que produziam com outro,
pois justamente a terra era pouco fértil.
Sociedade Gentílica
Pensem agora comigo, se as terras são poucos férteis, e temos vários grupos familiares, o que vai acontecer? Alguns
grupos tiveram terras melhores e outros não, isso gerará conflitos entre esses grupos.
Pois também, a escassez de terras férteis se agravou muito com o crescimento populacional. Dessa forma, os mais velhos
que viviam a mais tempo dentro dessa região, acabaram tendo o direito à posse das terras.
Os mais novos, e que estavam com terras menos férteis, tiveram que migrar para sobreviver, no que chamamos de
Segundo Diáspora. Migraram para várias regiões, indo até para a atual Espanha e Itália.
Acontece que esse grupo que migrou, conseguiram encontrar terras mais férteis, e começaram a trocar o que produziam
com a antiga região e até outros povos, havendo trocas comerciais.
Período Arcaico (800 a.C. - 500 a.C.)
Podemos resumir esse período com a formação das pólis (cidades-estados) independentes.
Dessa forma, para contextualizar, chega num momento depois da migração e da intensificação das trocas comerciais,
que a Sociedade Gentílica acaba, e assim, seus grupos, passam a formar essas Cidades-Estados, gerando o surgimento
de fronteiras.
E como vocês bem devem saber as principais cidades-estado (polis) que bem conhecemos são Atenas e Esparta, porém,
existiram várias pólis.
Sobre a formação do mundo grego, o que vocês devem gravar, é que mesmo sendo compostos por VÁRIAS ETNIAS,
eles tinham algo em comum: de acreditarem serem descendentes do Herói Heleno.
“A irradiação grega com a segunda diáspora chegou mesmo à península Ibérica, no limite ocidental do
Mediterrâneo. Na Ibéria, a primeira colônia foi Ampurias, nome originário da palavra grega emporion, que
significa ‘mercado’.”
VICENTINO, C. História Geral. Ensino médio. São Paulo: Scipione, 2000. p. 64.
Sobre as consequências da colonização de distintas áreas no Mar Mediterrâneo pelos gregos, qual das
afirmativas abaixo está incorreta:
“A irradiação grega com a segunda diáspora chegou mesmo à península Ibérica, no limite ocidental do
Mediterrâneo. Na Ibéria, a primeira colônia foi Ampurias, nome originário da palavra grega emporion, que
significa ‘mercado’.”
VICENTINO, C. História Geral. Ensino médio. São Paulo: Scipione, 2000. p. 64.
Sobre as consequências da colonização de distintas áreas no Mar Mediterrâneo pelos gregos, qual das
afirmativas abaixo está incorreta:
1. ESCRAVOS - atenas era uma sociedade escravista, ou seja, dependia da mão escrava para gerar suas riquezas - mas aqui tenho
que fazer uma ressalva, não confundem a escravidão antiga com a colonial do séx XIX dos europeus com os povos indigenas e
africanos. Essas formas de escravidão se diferem bastante, em Atenas, você se tornava escravo por dívidas ou por guerras,
podendo ser uma condição permanente ou não. Os escravos eram a base de sustentação da sociedade ateniense.
Diferente do Modo de Produção Asiático (quando o Estado centraliza a produção e até a mão de obra escrava), em Atenas
percebemos que há uma mudança para o Modo de Produção Escravista, principalmente feita por escravos particulares e não do
Estado.
2. METECOS - São os comerciantes/artesãos, em suma, são não-nascidos em Atenas, ou seja, estrangeiros, que vivem ao redor do
território ateniense. Por mais que os atenienses não gostassem do comércio, os metecos eram de suma importância para a
sociedade, já que o território não era fértil e era necessário a comercialização para gerar trocas comerciais, mesmo tendo essa
importância, não eram reconhecidos.
3. MULHERES - A função das mulheres de Atenas era exclusivamente servir seus maridos. Elas eram literalmente marginalizadas,
reclusas nas atividades domésticas e consideradas inferiores aos homens.
OS CIDADÃOS: uma pequena parcela era considerada cidadão em Atenas, sendo:
1. EUPÁTRIDAS:
. em outras palavras, eram homens que se enquadram nos seguintes critérios:
★ Nascido em Atenas;
★ Com pais atenienses;
★ E que tenha posses.
POLÍTICA.
Como vimos, apenas os Eupátridas eram considerados
cidadãos, e isso fazia com que apenas eles tivessem
direitos políticos e que podiam dessa forma, participar da
política ateniense.
Após a expansão ateniense pelo
Primeiramente, a unificação em cidade-estado, no século X sul da Itália e pelo Mar Negro, entre
a.C., proporcionou a formação de uma monarquia, na qual os séculos VIII a.C. e VI a.C., uma
o poder era concentrado nas mãos do chamado Basileu,
proprietário mais poderoso, que exercia a função de rei. grave crise social mergulhou
Atenas em violência. Buscou-se,
Mas esses próprios eupátridas destituíram esse monarca e assim, a organização jurídica.
formaram outro regime político. Ou seja, , por serem os
Nesse contexto, destacaram-se as
cidadãos e por possuírem as riquezas da pólis,
reivindicaram o poder, derrubando a monarquia e figuras de dois grandes
estabelecendo a oligarquia legisladores: Dracon e Sólon.
oligarquia: poder na mão de poucos.
- Decreta o FIM DA ESCRAVIDÂO POR DÍVIDAS. Atenas era uma sociedade que como
falamos, é escravista, mas ela estava ficando cheia de escravos, pois era bem difícil não
se endividar pela dificuldade de sobreviver. A escravidão por capturação de guerras
continua.
- Fundador da Eclésia: Assembléia, com cerca de 43 mil integrantes de mais de dezoito
anos para participar ativamente e diretamente das decisões políticas de Atenas.
Podemos dizer que com Sólon, Atenas fica um pouco descentralizada no quesito poder
político, por mais que a sociedade continue sendo desigual, nem todos são cidadãos,
mas de nove pessoas decidindo sobre a política para quarenta e três mil membros, é um
aumento da participação política. E onde essa galera toda se encontrava?
Nas praças públicas, nas chamadas ACRÓPOLE, nos centros urbanos, e dentro desses
espaços tem lugares específicos onde se eram discutidos os temas importantes para
reger a sociedade, as chamadas ÁGORA.
- BULÉ: Outro ponto fundamental para entender a política ateniense, é sobre esse grupo
SÓLON de 400 membros com +30 anos, sendo responsável por elaborar e executar as leis,
sendo eleitos pelo VOTO CENSITÁRIO.
Outro ponto que difere a nossa democracia com a de Atenas é a forma como ela é constituída.
A nossa democracia é representativa, ou seja, elegemos indivíduos para nos representar e decidir as leis, o que deve ser feito ou o que não
deve ser feito, discutir como vamos viver.
Já a democracia de Atenas é direta/participativa, ou seja, não elegem alguém para representá-los, nas praças públicas é feito uma votação e
eles mesmo diziam se queria que algo fosse feito ou não, a maioria vencia.
❏ Para ser considerado um cidadão era necessário que o espartano fosse homem
nascido em Esparta, que iniciaram os seus treinamentos militares aos sete anos de
idade visando se tornar um grande guerreiro. Essa é uma das principais diferenças entre
Atenas e Esparta, enquanto uma é mais da filosofia e das artes, o outro é uma pólis
extremamente militarizada.
❏ As mulheres espartanas eram mais reconhecidas - outra grande diferença entre a rival
ateniense - pois elas que geram os novos guerreiros e também tem como
responsabilidade educar os guerreiros da pólis, além de em muitos casos também
recebem treinamento militar, caso a cidade necessita.
❏ Já os Hilotas, são a maioria da população - pois já habitavam a região antes dos dórios
(futuros espartanos) - e foram transformados em servos pelos espartanos.
.
IMPORTANTE: Não confundem escravidão com
servidão.
GERÚSIA: Conselho de anciãos, formado por 28 membros, com +60 anos, para legislar junto à àpela. Porém, é mais
respeitada justamente pois toda a sociedade da Grécia Antiga respeita e valoriza os saberes dos mais velhos.
Vamos entender isso, estamos acostumados em ouvir sobre a 'monarquia' (poder na mão de um), porém, em esparta temos
uma diarquia (poder na mão de dois soberanos), sendo um responsável pela gestão administrativa e o outro responsável pela
gestão militar.
Parece estranho, mas faz muito sentido, já que na antiguidade é hiper comum o Rei ir para as guerras, então, por serem uma
sociedade que vive em conflitos, o soberano precisava sair para as batalhas mas a sociedade não ficava sem o seu líder
supremo, pois havia outro rei para tomar conta do território.
Acima desses reis, havia um seleto grupo que tinha mais poder que a própria coroa, chamado de:
EFORATO: grupo formado por 5 membros, com +60 anos, que juravam lealdade para Esparta, exercendo função
administrativa junto aos dois reis, em outras palavras, eram uma espécie de conselheiros que tinham mais relevância que os
próprios monarcas.
Questão 2.
(UFES) O conjunto das reformas políticas que se encontravam na origem da pólis dos lacedemônios estava reunido
em um documento proveniente do oráculo de Delfos denominado “Grande Retra”, muito provavelmente um decreto-lei
primitivo, anterior ao século VI a.C., sobre o governo espartano.
De acordo com esse documento: Depois que o povo estabelecer o santuário de Zeus Silânio, distribuir-se em tribos, e
tiver estabelecido um conselho (Gerúsia) de trinta [anciãos], incluindo os reis, que se reúna de estação a estação para
a festa de Apelas. Que os anciãos apresentem ou rejeitem propostas, mas que o povo tenha a decisão final. No
entanto, se o povo se manifestar de forma incorreta, que os anciãos e os reis rejeitem [o que o povo tiver decidido].
FUNARI, P. P. A. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2001. p. 30 (Adaptação).
A respeito da organização política de Esparta no Período Clássico (séculos V e IV a.C.), NÃO é correto afirmar que:
A) o corpo cívico era constituído por indivíduos de sexo masculino, nascidos de pai e mãe espartanos, os assim
denominados homoioi ou “iguais”.
B) a pólis era uma oligarquia que, de modo atípico, conservava a instituição da realeza, representada por dois
reis escolhidos entre as famílias mais importantes, os quais eram obrigados a jurar lealdade à Constituição
espartana.
C) o Estado espartano regulava estritamente o sistema educacional dos cidadãos, razão pela qual as crianças
do sexo masculino eram, aos 7 anos de idade, retiradas do convívio familiar para receberem uma formação
militar coletiva.
D) o conselho espartano (Gerúsia) era formado por trinta membros, cabendo-lhe a tarefa de elaborar os projetos
de lei a serem submetidos à assembleia, e atuava como a mais alta instância da justiça criminal.
E) a assembleia espartana (Eclésia), da qual fazia parte o conjunto da população da Lacedemônia (espartanos,
periecos e hilotas), era soberana, sobrepondo-se à capacidade decisória da Gerúsia.
Questão 2.
(UFES) O conjunto das reformas políticas que se encontravam na origem da pólis dos lacedemônios estava reunido
em um documento proveniente do oráculo de Delfos denominado “Grande Retra”, muito provavelmente um decreto-lei
primitivo, anterior ao século VI a.C., sobre o governo espartano.
De acordo com esse documento: Depois que o povo estabelecer o santuário de Zeus Silânio, distribuir-se em tribos, e
tiver estabelecido um conselho (Gerúsia) de trinta [anciãos], incluindo os reis, que se reúna de estação a estação para
a festa de Apelas. Que os anciãos apresentem ou rejeitem propostas, mas que o povo tenha a decisão final. No
entanto, se o povo se manifestar de forma incorreta, que os anciãos e os reis rejeitem [o que o povo tiver decidido].
FUNARI, P. P. A. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2001. p. 30 (Adaptação).
A respeito da organização política de Esparta no Período Clássico (séculos V e IV a.C.), NÃO é correto afirmar que:
A) o corpo cívico era constituído por indivíduos de sexo masculino, nascidos de pai e mãe espartanos, os assim
denominados homoioi ou “iguais”.
B) a pólis era uma oligarquia que, de modo atípico, conservava a instituição da realeza, representada por dois
reis escolhidos entre as famílias mais importantes, os quais eram obrigados a jurar lealdade à Constituição
espartana.
C) o Estado espartano regulava estritamente o sistema educacional dos cidadãos, razão pela qual as crianças
do sexo masculino eram, aos 7 anos de idade, retiradas do convívio familiar para receberem uma formação
militar coletiva.
D) o conselho espartano (Gerúsia) era formado por trinta membros, cabendo-lhe a tarefa de elaborar os projetos
de lei a serem submetidos à assembleia, e atuava como a mais alta instância da justiça criminal.
E) a assembleia espartana (Eclésia), da qual fazia parte o conjunto da população da Lacedemônia
(espartanos, periecos e hilotas), era soberana, sobrepondo-se à capacidade decisória da Gerúsia.
Questão 3.
Questão 3.
E ISSO É TUDO PESSOAL :)
- PROF° ELLEN.