Descreva o ciclo das rochas, com textos e ilustrações (busque uma ilustração

didática – não use a apresentada na aula).

O ciclo da rocha se inicia no interior da terra, com o magma sendo as rochas

fundidas em altas temperaturas no manto. À medida que esse líquido vai chegando
na superfície por meio da crosta externa da Terra, ele vai resfriando e se
solidificando, formando as rochas ígneas/magmáticas, sendo divididas em intrusivas
(formam-se no interior da crosta) e extrusivas (formam-se na superfície).

Figura x: Rochas ígneas (KAWA, 2014).

As rochas oriundas do magma que estão na superfície vão sofrer processos de

intemperismo, que farão com que as rochas percam coesão, facilitando a ocorrência
de erosões. Assim, vai acontecer o transporte dos materiais das rochas, ou seja,
dos sedimentos, os quais vão ser depositados de forma acumulada em depressões
do relevo ou até no fundo do mar. Dependendo das condições e da profundidade
onde estão esses materiais, o peso dos mesmos e a movimentação dos fluídos vão
provocar a compactação e união desses sedimentos, dando origem às rochas
sedimentares.
 Figura x: Rochas sedimentares (MINAS JR., 2019).

Ao longo do tempo, rochas sedimentares, assim como outras rochas, podem se

mover para locais diferentes de onde foram originadas. Esses movimentos acabam
submetendo as rochas a altas pressões e temperaturas, fazendo com que as
mesmas modifiquem suas composições e características como textura, originando
novas rochas, as metamórficas. Esse processo de metamorfismo ocorre por
necessidade da rocha a se ajustar ao novo meio por conta do soterramento
profundo, colocando a mesma frente a um ambiente distinto de onde ela foi
originada. Geralmente ocorre em locais de colisão continental e subducção de
placas tectônicas. Finalmente, originadas as rochas metamórficas, elas vão poder
seguir dois caminhos a depender da situação em que se encontram, tais quais são:
I. As rochas vão ser ainda mais soterradas, o que vai fazer com que a
influência das altas temperaturas e pressões aumente cada vez mais,
ocorrendo então uma fusão, fazendo com que as rochas metamórficas sejam
fundidas, formando o magma e posteriormente, as rochas ígneas.
II. As rochas estando na superfície, vão sofrer agentes do intemperismo, o que
vai causar a formação de sedimentos e, depois de longos anos, o
desenvolvimento de rochas sedimentares.

Figura x: Rochas metamórficas (DEPOSIT, 2022).

Dessa maneira, o ciclo vai se reciclando, sendo o “divisor de águas”, principalmente,

a etapa do metamorfismo.
 Figura x: Ciclo da Rocha (PASSEI DIRETO, 2019).

https://professoralucianekawa.blogspot.com/2014/04/rochas-igneas.html

6. Os solos de decomposição de rocha, que permaneceram no próprio local de sua

formação, são denominados solos residuais. O tipo de solo resultante vai depender
de uma série de fatores, tais como: a natureza da rocha matriz, o clima, a
topografia, as condições de drenagem e processos orgânicos. Por exemplo, os
granitos, constituídos pelos minerais de quartzo, feldspato e mica, decompõem-se,
dando origem a solos micáceos, com partículas de argila (feldspato) e os grãos de
areia (do quartzo) – Massad (2003). Nessa mesma linha, associando aos minerais
da rocha, fale sobre o solo resultante de:

a) Gnaisse:
O gnaisse, formado a partir do processo de metamorfismo do granito ou de rochas
sedimentares quartzo-argilosas, tem como o granito, tais minerais: feldspato, mica,
entre outros em menor quantidade. O gnaisse é mais presente em regiões
litorâneas, como o Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, ficando exposto ao clima
quente e úmido. Com esses fatores e a influência do intemperismo, o gnaisse gera
normalmente um solo composto de areia siltosa. Esse tipo de solo tem pouca
coerência e se transforma em lama quando há água. Além disso, esses solos
podem ter erosões mais rapidamente que os solos de outras rochas, porém, ao
mesmo tempo, é considerado fértil por conta de seus minerais.
 Figura x: Solo de Gnaisse (SILVA, 2015)

b) Basalto:
O basalto é uma rocha magmática intrusiva que gera solos férteis considerados
argilosos, possuindo em sua composição a magnetita e principalmente o mineral
quartzo. Os mesmos possuem uma drenagem bem desenvolvida, além de serem
profundos e suas deformações plásticas dependerem do tempo. Alguns exemplos
de solos do basalto são: Neossolos Litólicos, Cambissolos, Nitossolos,
Chernossolos e Latossolos.

Figura x: Solo de Basalto (CARVALHO, 2006).

c) Arenito
O arenito é uma rocha sedimentar clástica, oriunda de pedaços de rochas como o
granito, e minerais (areia), assim, seu solo resultante é de espécie arenosa,
apresentando grande quantidade de quartzo. Ademais, possui uma textura
granulosa, baixa fertilidade, mais seco e são muito propensos à erosão.
 Figura x: Solo do Arenito (AAPSKY, 2022).

d) Filito
O filito é uma rocha metassedimentar (rocha sedimentar com grau de
metamorfismo) que dá origem a solos silto-arenosos, rasos, com quartzo e mica
sendo os minerais mais abundantes, como os neossolos litólicos. Além disso, eles
se caracterizam por serem ácidos, com aspecto granular, baixa plasticidade, sendo
vulnerável ao intemperismo, principalmente com a ação da água, podendo provocar
deslizamentos.

Figura x: Solo do Filito (SALLUN, 2008)