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A dolomita é um carbonato muito comum, importante formador de rochas e com uma série de
aplicações industriais, se bem que muito menos do que a calcita. A quantidade de usos para determinada
rocha calcária é inversamente proporcional ao seu teor em magnésio.
Dolomita é o carbonato mais comum depois da calcita. Ao contrário da calcita, nunca forma
escalenoedros. Apresenta efervescência em HCl diluído quente e, a frio, se em pó. O Mg pode ser substituído
por Fe, Mn e Ca; variedades com mais de 20% de Fe são denominados de ankerita.
1. Características:
Sistema Cristalino Cor Hábitos Clivagem
Trigonal Branco, cinza a rosa. Normalmente maciço. [10-11] perfeita
romboédrica. Pode ser incolor, Cristais são tabulares, romboédrica
Tenacidade amarela, marrom ou podem ter faces curvas. (em 3 direções)
preta (se com Fe). Colunar, estalagtítico,
Quebradiço.
granular.
Maclas Fratura Dureza Mohs Partição
Comuns, maclas Conchoidal. 3,5 - 4 Não.
simples de contato.
Traço Brilho Diafaneidade Densidade (g/cm3)
Branco. Vítreo, perláceo, fosco. Transparente. 2,84 – 2,86
2. Geologia e depósitos:
Dolomita é um mineral sedimentar comum que forma estratos com centenas de metros de espessura,
os “dolomitos”, que podem estar mineralizados a sulfetos, por isso a dolomita é um mineral de ganga comum.
A origem da dolomita é controversa e gerou “The Dolomite Question” (ver Fairbridge, 1957). A dolomita é
comum em sedimentos clásticos e em carbonatos metamórficos (mármores).
Ocorre como porfiroblastos em talco-xistos e clorita-xistos. Também ocorre em evaporitos como
mineral primário. Em rochas ígneas, dolomita ocorre como um produto de alteração hidrotermal de rochas
básicas e ultrabásicas; em muitos carbonatitos é um dos componentes.
As paragêneses não são típicas nem diagnósticas.
3. Associações Minerais:
Não há minerais típicos e diagnósticos associados à dolomita, uma situação que encontra paralelismo
na abordagem da calcita.
4. MICROSCOPIA DE LUZ TRANSMITIDA:
Índices de refração: ne: 1,500 (pura) – 1,520 (com Fe) no: 1,679 (pura) – 1,703 (com Fe)
ND Cor / pleocroísmo: incolor. Pode estar um pouco cinza ou com tons marrons (teores de Fe). Tons
pastéis vagos ou iridescentes possíveis.
Relevo: o relevo varia entre baixo e moderado a alto a cada 90º ao giro da platina em
cristais com clivagem bem definida.
Este fenômeno foi apelidado de “pleocroísmo de relevo” e é típico dos
carbonatos (calcita, dolomita, aragonita, siderita, rhodocrosita e magnesita).
Quando microcristalinos, estes carbonatos não apresentam o “pleocroísmo de
relevo”.
NC Birrefringência e cores birrefringência de 0,179 a 0,183: cores de até 4ª ordem intensas, difíceis de
de interferência: classificar e reconhecer. São cores cremes de ordens elevadas, podem se
assemelhar a branco perláceo.
Zonação: não
Pode ser confundida com: ao microscópio petrográfico não é possível distinguir os carbonatos entre si.
Em tese, calcita tem maclas mais frequentes, relevo mais baixo, forma romboedros com menos frequência
e não tem a coloração frequente da dolomita. Com o produto “alizarin red” a calcita torna-se rosa e pode
ser distinguida da dolomita.
Teste com HCl diluído a frio: calcita efervesce, dolomita não.
Aragonita, um polimorfo ortorrômbico de calcita, não mostra a clivagem romboédrica e tem extinção
paralela.
Preparação da amostra: o polimento da dolomita não oferece problemas. Dolomita é um pouco mais dura
que a calcita e a calcopirita.
Carbonato em romboedros, provavelmente dolomita, com galena (branca), calcopirita (dourada) e pirita
(amarela, relevo alto). A ND, à esquerda, o carbonato é escuro e apresenta pleocroísmo. A NC, à direita,
o carbonato apresenta reflexões internas brancas.
Carbonato em romboedros,
provavelmente dolomita, a ND
(em cima) e a NC (em baixo).