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Teoria Geral

do Processo

Nayca Negreiros
2023
Sociedade e Direito

Fonte: www.entendeudireito.com.br
Distinções
Direito - imposição de regras sob Moral - conjunto de regras
pena de sanção. Ciência do "dever costumeiras
ser".
Direito Positivo - ordenamento Direito Natural - ordenamento ideal
jurídico
Direito Subjetivo - é a faculdade do
Direito Objetivo - conjunto de indivíduo agir de acordo com direito
normas impostas pelo Estado - objetivo
observância pode ser por coerção
Direito Público - regula relações
Direito Privado - disciplina relações
Estado x Estado e Estado x Cidadão,
entre os indivíduos, predominando
disciplinando interesses gerais da
a ordem particular. Normas
coletividade. Normas cogentes,
dispositivas, caráter supletivo.
aplicação obrigatória.
Resolução de Conflitos
CONCILIAÇÃO MEDIAÇÃO

AUTOCOMPOSIÇÃO ARBITRAGEM
Resolução de Conflitos
•Solução imposta por um dos sujeitos – autotutela

•Solução consensual – autocomposição

•Solução imposta por terceiro imparcial – heterocomposição - processo judicial e
arbitral.
AUTOTUTELA
CÓDIGO CIVIL
•Cláusula resolutiva expressa
•Exceção de contrato não cumprido
•Direito de retenção por benfeitorias
•Direito de retenção de arras
•Exclusão de sócio / condômino / associado
•Desforço imediato

CPC
•Consignação extrajudicial
•Penhor legal extrajudicial
AUTOTUTELA
Legislação extravagante

Leilão extrajudicial de mercadorias especificadas em “warrant” não pago no


vencimento (art. 23, § 1º do Decreto 1.102/1903)
Leilão extrajudicial da quota de terreno e correspondente parte construída
na incorporação pelo regime de administração, também chamado “a preço
de custo” (art. 63 da Lei n. 4.591/64),
Venda, em bolsa de valores, das ações do acionista remisso (art. 107, II, da Lei
6404/76);
Venda do bem objeto da propriedade fiduciária no âmbito do mercado
financeiro e de capitais (art. 66-B, § 3º, da Lei 4.728/65, incluído pela Lei n.
10.931/2004)
Leilão extrajudicial do bem imóvel – cédula hipotecária (Decreto-lei n. 70/66)
e alienação fiduciária (Lei n. 9.514/97)
AUTOCOMPOSIÇÃO
1)Quanto ao ambiente em que se realiza:
a)Extrajudicial
b)Judicial

2)Quanto ao desfecho:
a)Submissão
b)Transação
c)Renúncia

3)Quanto à participação de terceiros:


a)Sem interferência de 3º imparcial – Negociação
b)Com interferência de 3º imparcial – Mediação, conciliação, avaliação neutra
de terceiro
AUTOCOMPOSIÇÃO
Limites Culturais
•Treinamento de advogados, juízes, membros do MP
•“Cultura do litígio” x “cultura da pacificação”

Limites Econômicos
•Custos
•Demora
•Inefetividade da execução
•Interesses recíprocos
•Sigilo
•Percepção de chances

Limites Jurídicos
•Recusa do litigante em aceitar meio que depende de consenso x art. 5º,
XXXV, CF?
•Indisponibilidade do direito
•Necessidade de um precedente
ARBITRAGEM
Meio de solução de controvérsias, baseado na atribuição consensual de poderes a
árbitro ou tribunal arbitral para decidir de forma imperativa, substitutiva e
vinculante litígio que envolva direitos patrimoniais disponíveis.

Vantagens
• Liberdade para escolha do árbitro, da lei aplicável, do procedimento, do local e do idioma
• Sigilo
• Rapidez
• Solução mais eficaz dede litígios entre pessoas de países diferentes
• Decisões tecnicamente mais aptas a resolver litígios complexos

Desvantagens
• Desconfiança
• Ausência de tradição no direito brasileiro
• Custo elevado – não há “gratuidade de justiça”
ARBITRAGEM
Convenção arbitral = acordo de vontades pelo qual as partes renunciam ao direito
de levar litígios (existentes ou futuros) ao Poder Judiciário, e comprometem-se a
levá-lo a árbitro, ao qual incumbirá o proferimento de sentença equivalente à
judicial.

Espécies
•Compromisso arbitral = firmado diante de litígio atual e específico
• Cláusula compromissória = inserta em contrato, para dirimir
quaisquer litígios futuros dele decorrentes
ARBITRAGEM
Cláusula compromissória
Espécies:
“Cheia” = define desde logo o procedimento da arbitragem, quem é(são) o(s)
árbitro(s) ou ao menos a forma como deverá(ão) ser escolhido(s) num órgão
arbitral.
“Vazia” = apenas manifesta a intenção das partes em submeter o litígio à
arbitragem, sem fixar quaisquer procedimentos.

Desvantagem da cláusula vazia: recusa de uma das partes em instaurar o


processo arbitral enseja pedido judicial de instauração forçada, previsto no art.
7º da Lei nº 9.307/96.
ARBITRAGEM
Traços principais, antes da Lei nº 9.307/96

•Regulada pelo CC de 1916 e CPCs de 1939 e 1973.


•Caráter essencialmente privado.
•Cláusula compromissória, inserida em contrato, não tem eficácia, não
podendo ser executada coercitivamente.
•“Laudo” arbitral sujeito a homologação judicial para valer como título
executivo.
•CPC /39: processo de homologação permitia revisão do mérito.
•CPC/73: processo de homologação permitia apenas exame formal
•Poder Judiciário cuida também da execução do “laudo”.
ARBITRAGEM
Traços principais, após a Lei nº 9.307/96
•Acentuação do caráter público da arbitragem (jurisdicional delegado ou, ao
menos, parajurisdicional).
•Aumento da eficácia da cláusula compromissória:
•Eficácia positiva = pode ser executada coercitivamente .
•Eficácia negativa = impede a válida instauração de processo judicial acerca do
contrato (art.267, VII, CPC) – matéria não cognoscível de ofício (art.301, §4º, CPC).
•“Sentença” arbitral não mais sujeita a homologação para valer como título
executivo judicial.
Poder Judiciário cuida também da execução da “sentença”, e das demais medidas
cautelares e coercitivas
ARBITRAGEM
Constitucionalidade da Lei nº 9.307/96
Decisão do STF pela constitucionalidade: Homologação de sentença estrangeira nº
5.206-7, Rel. Min. Sepúlveda Pertence:
•Arts. 6º, 7º, e 41 a 44 da Lei nº 9.307/96 foram questionados à luz do art.5º, XXXV da CF
(“A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”)
Principal argumento pela inconstitucionalidade:
•Cláusula compromissória representa renúncia ampla à via jurisdicional e impede que
o juiz se pronuncie sobre a lide.
Principais argumentos pela constitucionalidade:
A lei não pode vedar o acesso à via jurisdicional, mas a vontade das partes, sim
(autonomia da vontade).
Judiciário continua investido do controle da legalidade da convenção, do processo
e da sentença arbitral, além de executá-la coercitivamente
ARBITRAGEM
Constitucionalidade da Lei nº 9.307/96
Vários países admitem que, em alguns casos, a arbitragem seja obrigatória (ex: Itália,
Portugal, Chile etc.).

No Brasil, arbitragem obrigatória é vedada pelo art.5º, XXXV da CF (“A lei não excluirá
da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”)
• Art.294 do Código Comercial brasileiro previa que todos os litígios entre sócios
deveriam ser resolvidos na via arbitral (revogado em 1866).
•Art.30-F da MP 2221/2001 prevê que determinados litígios que envolvam
incorporação imobiliária sejam dirimidos obrigatoriamente por arbitragem.
LEI PROCESSUAL CIVIL
NORMA JURÍDICA
CARACTERÍSTICAS:
GENERALIDADE = aplicável a todas as pessoas de forma indistinta, tendo caráter abstrato;
IMPERATIVIDADE = caráter bilateral - cada deve imposto corresponde um direito. Ex.: dever de
não causa dano, se causar existe a obrigação de indenizar;
AUTORIZAMENTO = possibilidade do lesado exigir o cumprimento da norma. Distingue neste
aspecto das normas éticas e religiosas;
PERMANÊNCIA = vigora e prevalece até sua revogação;
EMANAÇÃO DA AUTORIDADE COMPETENTE = segue termos impostos pela Constituição Federal.
CATEGORIA DAS NORMAS
NORMA JURÍDICA
COGENTE = de ordem pública - não pode ser derrogada pela vontade
do particular.
NÃO COGENTE = dispositiva - não contém um comando absoluto,
inderrogável. Imperatividade é relativa.
PERMISSIVA - autoriza interessado a derrogá-la.
SUPLETIVA - aplicável na falta de disposição em contrário das partes.
CATEGORIA DAS NORMAS
NORMA JURÍDICA
COGENTE = ordem pública, inderrogável, interesse da
sociedade.
NÃO COGENTE = não são de interesse público, podem ser
derrogadas, interesse específico dos litigantes, podem ser
permissivas ou supletivas.
NORMA PROCESSUAL
Trata das relações entre os que participam do processo;
modo pelo qual atos processuais sucedem no tempo.

Exemplos de normas dispositivas do Código de Processo Civil:


art.333, parágrafo único;
as que estabelecem regras de competência relativa, que podem
ser derrogadas pelos litigantes.
Fontes do Direito
Segundo Caio Mário da Silva Pereira, que fonte de direito “é o meio técnico de realização do
direito objetivo"
Costume: primeira fonte do direito, observância reiterada de certas regras, consolidadas pelo
tempo e revestidas de autoridade. Trata-se do direito não escrito, conservado nos sistemas de
Common Law
Fontes formais do direito: a lei, a analogia, o costume e os princípios gerais de direito (arts. 4º da
LINDB e 126 do CPC);
Fontes não formais: a doutrina e a jurisprudência*
*para alguns, não é considerada, cientificamente, fonte formal de direito, mas somente fonte meramente intelectual
ou informativa (não formal). No plano da realidade prática, ela tem-se revelado fonte criadora do direito.
Fontes do direito diretas (imediatas): a lei e o costume - por si só geram a regra jurídica;
Fontes do direito indiretas (mediatas): a doutrina e a jurisprudência - contribuem para que a
norma seja elaborada.
Fonte: Dicasconcurso.com
Fontes do Direito
FORMAIS
Fontes formais do direito: a lei, a analogia, o costume e os princípios
gerais de direito (arts. 4º da LINDB e 126 do CPC);

Fontes do direito diretas (imediatas): a lei e o costume - por si só geram a


regra jurídica
Fontes do Direito
LEI
Fontes formais do direito: a lei, a analogia, o costume e os princípios
gerais de direito (arts. 4º da LINDB e 126 do CPC);

Fontes do direito diretas (imediatas): a lei e o costume - por si só geram a


regra jurídica
Fontes do Direito
LEI
Fontes formais do processo civil:
Regra: Lei federal - art. 22, I, CF/88
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário,
marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar


concorrentemente sobre:
XI - procedimentos em matéria processual;
Fontes do Direito
Regra - art.24, § 1º a 3º, da CF/88
União - editará normas gerais sobre procedimento
Estado - competência suplementar as de caráter não geral
Exceção: Ausência de lei federal - competência estadual é plena,
podendo Estado editar normas de cunho geral.

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer
normas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência
legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual,
no que lhe for contrário.
RESUMO
Resolução de conflitos
https://www.youtube.com/watch?v=f6wEhtk9nB0

https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/direito-facil/edicao-
semanal/mediacao-x-conciliacao-x-arbitragem

Tipos:
Conciliação: https://www.youtube.com/watch?v=lMMucI4yHnc
Mediação: https://www.youtube.com/watch?v=yM3aXE-j-CY
Arbitragem: https://www.youtube.com/watch?v=9J77zvaLXYw
Analogia

Costumes
Analogia

Jurisprudência

https://www.cnmp.mp.br/portal/images/Senten%C3%A7a_Datena.pdf
Doutrina

Princípios
1. PRINCÍPIO DA IGUALDADE PROCESSUAL
2. PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA
3. PRINCÍPIO DA BOA-FÉ PROCESSUAL
4. PRINCÍPIO DA EFETIVIDADE
5. PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO
6. PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO E O MODELO DE PROCESSO CIVIL BRASILEIRO
7. PRINCÍPIO DO RESPEITO AO AUTOREGRAMENTO DA VONTADE NO PROCESSO
8. PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DO JULGAMENTO DO MÉRITO
9. PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA E DA PROTEÇÃO DA CONFIANÇA
10. PRINCÍPIO DE RESPEITO AOS PRECEDENTES

https://www.jusbrasil.com.br/artigos/quais-sao-os-principios-do-direito-processual-civil/1159045801
PRINCÍPIO DA IGUALDADE PROCESSUAL

https://www.jusbrasil.com.br/noticias/principio-constitucional-da-igualdade/2803750
PRINCÍPIO DA BOA-FÉ PROCESSUAL

https://www.tjdft.jus.br/consultas/jurisprudencia/jurisprudencia-em-temas/jurisprudencia-em-detalhes/contratos/violacao-positiva-do-contrato-2013-
responsabilidade-admissivel
PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA

https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/82/edicao-1/principio-da-eficiencia
PRINCÍPIO DA EFETIVIDADE

https://www.jusbrasil.com.br/noticias/mesmo-com-debito-garantido-parcialmente-juiz-pode-
determinar-negativacao-do-nome-do-devedor/1402891190
AULA:

PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO 20/09/23

O princípio da adequação nada mais é do que a tentativa de adequação das normas,


regras processuais e procedimentos, adaptando-os às peculiaridades de cada caso
concreto conferindo efetividade da tutela jurisdicional. Assim, “O princípio da
adequação não se refere apenas à estruturação do procedimento. A tutela jurisdicional
há de ser adequada; o procedimento é apenas uma forma de encarar esse fenômeno.”
(DIDIER JR, 2015. Pag. 114).

https://laborjuris.com.br/artigos/65.pdf
PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO E O MODELO
DE PROCESSO CIVIL BRASILEIRO
Previsto no Código de Processo Civil, em seu art. 6º, o qual dispõe que todos os
sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo
razoável, decisão de mérito justa e efetiva.

Estado Democrático de Direito, que privilegia o diálogo entre as partes como meio de solucionar os
litígios. Assim, o dever de cooperação, tem como objetivo garantir que a tutela jurisdicional obtida pelas
partes seja norteada pelos ideais de justiça e efetividade.
Exemplo: art. 190 do CPC, instituiu o que se convencionou chamar de “cláusula geral de negociação
processual”, isto é, norma de caráter indeterminado que autoriza a celebração de negócios processuais
atípicos, independentemente de previsão legal expressa.
PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO E O MODELO
DE PROCESSO CIVIL BRASILEIRO
O princípio do respeito ao autorregramento da
vontade no processo visa, enfim, à obtenção de
um ambiente processual em que o direito
fundamental de autorregular-se possa ser
exercido pelas partes sem restrições irrazoáveis
ou injustificadas

https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/busca?q=princ%C3%ADpio+da+coopera%C3%A7%C3%A3o
PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DO JULGAMENTO DO
MÉRITO
O princípio da primazia da decisão do mérito
está voltado para a superação dos vícios
processuais sanáveis, onde o julgador abre
oportunidade para que as partes façam a sua
correção, possibilitando a análise do mérito e
a consequente solução do conflito por meio da
decisão judicial.

https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/busca?q=PRINC%C3%8DPIO+DA+PRIMAZIA+DO+JULGAMENTO+DO+M%C3%89RITO
PRINCÍPIO DO RESPEITO AO AUTOREGRAMENTO
DA VONTADE NO PROCESSO

https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/busca?q=Princ%C3%ADpio+do+respeito+ao+Autorregramento
PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA E DA
PROTEÇÃO DA CONFIANÇA

O princípio da segurança jurídica apresenta o


aspecto objetivo, da estabilidade das
relações jurídicas, e o aspecto subjetivo, da
proteção à confiança ou confiança legítima,
este último originário do direito alemão,
importado para a União Europeia e, mais
recentemente, para o direito brasileiro

https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/busca?q=PRINC%C3%8DPIO+DA+SEGURAN%C3%87A+JUR%C3%8DDICA+E+DA+PROTE%C3%87%C3%83O+DA+CONFIAN%C3%87A
PRINCÍPIO DE RESPEITO AOS PRECEDENTES

Portanto, o respeito aos precedentes


compulsa como meio de efetivação dos
princípios da segurança jurídica, da
igualdade e, ainda, da razoável duração do
processo, ou seja, como garantia de tais
direitos fundamentais.

https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/busca?q=RINC%C3%8DPIO+DE+RESPEITO+AOS+PRECEDENTES
Outros Princípios
Instrumentalidade dos atos processuais
Eventualidade
Congruência ou adstrição
Persuasão racional
Livre convencimento do juiz
https://www.youtube.com/watch?
v=ZpZvWAJ8JUQ
JURISDIÇÃO
O QUE É?
https://www.youtube.com/shorts/wo_xH31V6Mw
CARACTERÍSTICAS
https://www.youtube.com/shorts/YE7bC9Wrtsk

ESPÉCIES
https://www.youtube.com/shorts/0LlYyQ_7AoA
SUJEITOS DO PROCESSO:
Intervenção de Terceiro
é quando aquele que não figurava no processo, passa a figurar

Voluntária: assistência simples(auxiliar de uma das partes)

Provocada: denunciação lide e chamamento ao processo


Assistência
pressupõe a iniciativa de ingresso no processo é do terceiro
Exemplo: o recurso de um terceiro de boa fé prejudicado =
assistência simples
Não amplia os limites da lide, pois não formula pedidos novos
Tipos: simples e litisconsorcial
Assistência
Tipos: simples
interesse que a sentença seja favorável a uma das partes
Exemplo: sublocatário em favor do locatário - ação despejo
Interesse jurídico de depende de:
terceiro tenha relação jurídica com uma das partes;
essa relação seja diferente do que está sendo discutido, se
não ele deveria ser litisconsorte;
relação juridica possa ser afetada reflexamente com resultado do
processo
Assistência
Interesse jurídico x econômico
Exemplo de interesse econômico: Antonio é credor de João.
João foi demandado numa ação indenizatória. Antonio tem
interesse que João ganhe a ação para ficar mais rico, mas
independente do resultando o crédito de Antonio persiste.
Assistência
Poderes
Atuação subordinada ao assistido, que pode vedar participação
do assistente.
apresentar contestação em favor do réu revel - passando a
ser gestor de negócios, desde que o faço dentro do prazo;
apresentar exceção de impedimento
apresentar réplica
juntar novos documentos
requerer provas
interpor recurso, salvo se houver renúncia
Assistência
Não Pode:
dispor de direitos;
se opor atos de disposição feitos pelo assistido;
suscitar exceção de incompetência relativa ou
suspeição;
reconvir ou ajuizar ação declaratória incidental.
Assistência
Litisconsorcial
quando houver legitimidade extraordinária - assistente será
substituto processual.
Exemplo: condomínio - todos os condôminos são legitimados,
ainda que apenas um ingresse com ação, todos serão atingidos
pela coisa julgada.
Assistência
Poderes
mesmos poderes liticonsorte unitário, quando ingresso,
atuará no processo no estado em que se encontra;
sua atuação não é subordinada ao assistido;
prazos em dobro;
atingido pela coisa julgada material, intervindo ou não;
Assistência
Efeitos da decisão
Assistência simples - justiça da decisão = não poderá mais
discutir os fundamentos da sentença proferida no processo
que ele participou. Exceção: ingresso fase avançada; teve
sua atuação cerceada pelo assistido; quando desconhecia
alegações e provas que assistido se valeu, com culpa ou
dolo - cabendo futura ação de regresso.
Assistência litisconsorcial - coisa julgada material
(imutabilidade da decisão de mérito).
Denunciação a Lide
Características
pode ser provocada tanto pelo autor, quanto réu;
natureza jurídica: ação, mas não forma processo autônomo;
todas as hipóteses - permite direito de regresso;
Exemplo: ação acidente trânsito, denunciação da
seguradora.
Denunciação a Lide
Hipóteses de cabimento
art. 125
I – ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi
transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que
da evicção* lhe resultam;
*perda de um bem pelo adquirente, em consequência de reivindicação
feita pelo verdadeiro dono

II – àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar,


em ação regressiva, o prejuízo do que for vencido no processo;
Denunciação a Lide
Procedimento
Quando feita pelo Réu
requerer na contestação
juiz verificará se enquadra nas hipóteses;
Sentença procedente, com condenação denunciado- principal;
Juiz avaliará, se ele tem direito regresso. Se improcedente
principal, extinguirá denunciação;
Denunciação a Lide
Procedimento
Quando feita pelo Autor
requerer na petição inicial;
juiz determinará primeiro citação denunciado, que poderá aditar
inicial e depois o réu;
haverá duas ações em um processo só;
Denunciado é réu(contestação) - denunciação da lide |
Litisconsorte (coautor) na principal(pode pedir aditamento da
inicial);
Chamamento ao Processo
natureza jurídica de ação condenatória
no prazo para apresentar a contestação, chama para
a ação outros indivíduos que também atuarão no polo
passivo da lide;
em caso de procedência, todos serão condenados a
pagar ao autor;
na execução, existe direito de escolha do credor de
executar contra um ou contra todos, em razão da
solidariedade;
Chamamento ao Processo
Art. 130. É admissível o chamamento ao processo, requerido pelo réu:
I – do afiançado, na ação em que o fiador for réu;
II – dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles;
III – dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou
de alguns o pagamento da dívida comum.

Outra hipótese de chamamento ao processo está prevista no parágrafo


único do art. 788 do CC, vale dizer, quando o segurador for demandado
diretamente pela vítima, deverá chamar ao processo o segurado, se
quiser opor a exceção de contrato não cumprido

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