Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Arbitragem.
Profa. Fernanda Macedo
Poder Judiciário- Conceito
2- PODER DE COAÇÃO.
O Poder Judiciário , como órgão do Estado está autorizado a
se valer do poder coercitivo a fim de cumprir as decisões
judiciais, sempre dentro dos limites legais. Esse poder
coercitivo não pode ser utilizado pelos cidadãos comuns, por
ser reprimida a violência. As decisões arbitrais não podem ser
executados de forma coercitiva, senão através do Estado-
Juiz.
Vantagens
4- Princípio da imparcialidade
4- Excesso de burocracia
Os processos judiciais possuem muitos entraves. Excesso de
decisões interlocutórias do juiz, as possibilidades recursais das
partes e as várias consequências negativas de uma sobrecarga
de ritos burocráticos. Falta de racionalização dos meios judiciais
de solução de conflitos.
ARBITRAGEM
Pelo princípio da autonomia da vontade, as partes são livres para decidir, por exemplo,
se as regras da arbitragem serão estabelecidas por uma instituição ou de forma ad hoc,
por elas próprias.
As partes podem decidir se utilizarão regras de direito ou equidade, ou seja, de acordo
com o que os árbitros considerem justo, sem necessidade de regramentos legais.
Ressalta-se, porém, que, independentemente das regras decididas para a arbitragem,
não pode haver violação aos bons costumes e à ordem pública - art. 2º da Lei nº
9.307/96;
VANTAGENS
3-CELERIDADE
4- SIGILO
O art. 3º do NCPC indica que o projeto se encaminhou para a concepção majoritária: a arbitragem é,
no Brasil, jurisdição.
FREDDIE DIDIER:
O caput do art. 3º repete o enunciado constitucional que cuida do princípio da inafastabilidade da
jurisdição: “não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito”. Nesse mesmo
artigo, o legislador acrescentou um § 1º, que está assim redigido: “§ 1º É permitida a arbitragem, na
forma da lei”.
Esse parágrafo possui dois propósitos, um ostensivo e outro simbólico.
a) Ostensivamente, serve para deixar claro que o processo arbitral se submete a um microssistema
jurídico, previsto em lei extravagante, servindo o Código de Processo Civil como diploma de aplicação
subsidiária.
b) Do ponto de vista simbólico, relaciona a arbitragem ao princípio da inafastabilidade da jurisdição, de
modo a evitar discussões sobre se a escolha pelo juízo arbitral, com a impossibilidade de discussão
do mérito da sentença arbitral, é proibida constitucionalmente.
A ARBITRAGEM NO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
Influencia do NCPC no procedimento arbitral.
1) previsão do segredo de justiça em todos os procedimentos judiciais
relacionados à arbitragem, inclusive no cumprimento forçado de sentença
arbitral, desde que tenha sido estipulada a confidencialidade no procedimento
arbitral (art. 189, IV).
2) disciplina da carta arbitral, a fim de que órgão do Poder Judiciário pratique
de ato objeto de pedido de cooperação judiciária formulado pelos árbitros, como
a condução coercitiva de testemunhas ou a busca e apreensão de documentos
(art. 237, IV)
3) uniformização do regime jurídico da convenção de arbitragem, passando a
haver previsão expressa, tanto para a convenção de arbitragem, como para a
cláusula compromissória, de que tais matérias não podem ser conhecidas de
ofício pelo juiz (art. 337, § 5º)
4) previsão de que o processo judicial deve ser extinto, sem resolução de
mérito, não apenas quando o juiz considerar presente a convenção de
arbitragem alegada pelo réu em contestação, mas também na hipótese
em que o juízo arbitral já reconheceu sua competência (art. 485, VII).
Trata-se de decorrência do princípio da competência-competência,
contemplado pelo art. 8º, parágrafo único da Lei nº 9.307/1996,segundo o
qual incumbe ao árbitro apreciar sua própria competência
5) previsão de interposição imediata de agravo de instrumento contra a
decisão que rejeitar a alegação de convenção de arbitragem (art. 1.015,
III); e
6) alteração da Lei nº 9.307/1996, para prever de forma expressa a
impugnação (em vez dos antigos embargos de devedor, anteriores à Lei
nº 11.232/2005, que reformou a execução dos títulos judiciais) como via
adequada para o executado questionar o cumprimento forçado da
sentença arbitral (art. 1.061).