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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

AJUDÂNCIA GERAL
Rio de Janeiro, 23 de Julho de 2015.
ADITAMENTO AO BOLETIM DA POLÍCIA MILITAR
N.º 132
Para conhecimento desta Corporação e devida execução, torno público o seguinte:

Governo do Estado do Rio de Janeiro


Secretaria de Estado de Segurança
Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro

INSTRUÇÃO NORMATIVA PMERJ/EMG-PM/3 Nº 33


DE 03 DE JULHO DE 2015

PUBLICA O CADERNO DOUTRINÁRIO DO USO DA


FORÇA NA PMERJ ATRAVÉS DOS ANEXOS - ANEXO I -
MANUAL DO MÉTODO DE DEFESA POLICIAL
MILITAR – MDPM, ANEXO II – USO DE
INSTRUMENTOS DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO,
ANEXO III – TIRO DE DEFESA.
O COMANDANTE GERAL DA POLICIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas
atribuições legais e regimentais, e

CONSIDERANDO:
- A necessidade de padronizar o ensino do Uso da Força na Corporação;
- Que o Uso da Força contempla a atuação do policial militar com as mãos nuas, com o uso de instrumentos de me-
nor potencial ofensivo, e com o uso de armas de fogo;
- Os preceitos da Lei 13.060 de 22 de Dezembro de 2014;
RESOLVE:
Art. 1º - Fica aprovado o CADERNO DOUTRINÁRIO DO USO DA FORÇA NA PMERJ através dos anexos -
Anexo I- Manual do Método de Defesa Policial Militar – MDPM, Anexo II – Uso de Instrumentos de Menor
Potencial Ofensivo, Anexo III – Tiro de Defesa.
Art 2º - Ficam instituídos os seguintes Conselhos Consultivos:
a) Do Método de Defesa Policial Militar;
b) Do Uso de Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo;
c) Do Tiro de Defesa.
§ 1º - Os Conselhos Consultivos serão convocados pelo Comandante Geral, atendendo a proposta motivada pelos
Comandantes/Chefes ou Diretores das unidades gestoras dos itens a), b) ou c), para deliberar sobre assunto de
cunho estritamente técnico, colocado em pauta, conforme constar da publicação da convocação.
§ 2º - São unidades gestoras dos itens a), b) e c) do caput deste artigo:
a) O Centro de Educação Física e Desporto;
b) O Batalhão de Polícia de Choque;
c) O Centro Especializado em Armamento de Tiro.
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§3º - Os Conselhos Consultivos serão formados pelos sete instrutores mais antigos, da ativa,
conforme os preceitos hierárquicos da corporação, obrigatoriamente na seguinte proporção: três
oficiais e quatro praças.

Art 3º - No prazo de 90 (noventa dias) dessa publicação a DGEI deverá estruturar o curso de formação
de Instrutores do Uso da Força, remetendo ao EMG a proposta para aprovação.
Art 4 º - Revogue-se a publicação da Nota de Instrução Nº 007 de 1998, do Aditamento ao BOL PM 154
de 21 de agosto de 2007 – Manual do Método de Defesa Policial Militar, dos Programas para Curso de
Formação de Soldados, públicos no BOL PM Nº 087 de 17 de maio de 2014, do Boletim de Instrução
Policial de Nº. 02/08, público no BOL PM Nº. 198, de 19 de novembro de 2008, e demais prescrições
em contrário.

Rio de Janeiro, 03 de Julho de 2015.

Alberto Pinheiro Neto – Cel PM


Comandante-Geral da PMERJ
Id 23839621

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Governo do Estado do Rio de Janeiro


Secretaria de Estado de Segurança
Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro

Anexo I – IN 33/PMERJ

MANUAL DO MÉTODO DE DEFESA


POLICIAL MILITAR

RIO DE JANEIRO
2015

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Comandante-Geral da PMERJ: CEL PM Alberto Pinheiro Neto


Chefe do Estado-Maior Geral : CEL PM Robson Rodrigues da Silva
Comissão de Conteúdo:
TenCel PM RG 53.520 Mauro Cesar Maciel de Andrade
Cap 66.795 Héliton Gomes Duarte Junior
Cap 77.290 Diogo Ribeiro De Souza
Ten 81.811 Leandro De Souza Goulart
Ten 82.357 Fernando Alves Meires Ferreira
Sten 42.003 Paulo Willian Vicente Chavez
Sten 56.086 Marcelo José Da Silva
Sten 66.775 Antonio Jorge Guimarães
Sten 75.536 Isaias Lopes da Silva
1ºsgt 55.017 Marco Antônio Pereira Rosa
1ºsgt Rogério dos Santos Enes
2ºsgt 60.061 Wenderson De Jesus Rosa
2ºsgt 60.422 Adriano Costa Lopes
3ºsgt 66.366 Vinicíus Alves Alkaim
3ºsgt 72.193 Maurício Ferreira Perestrelo
3ºsgt 72.914 Paulo Roberto Pereira da Costa Júnior
3ºsgt 75.520 Rodrigo Ulber Da Motta
3ºsgt 75.947 Lenilson Rodrigues Tenório
Cb 81.467 Job Kleber Melo Magalhães
Cb 81.929 Caio Lucas Salvador
Cb 81.966 Flávio Marques Moreira dos Santos
Cb 82.133 Heverson Luiz dos Santos Oliveira
Cb 82.912 Luciano Pereira Mendonça
Cb 84.617 Sergio Luiz Pimenta de Oliveira
Cb 85.263 Giovanny Soares Barreto De Oliveira
Sd 92.823 Thiago Sarmento Dos Santos
Sd 95.570 Thiago Schomaker Farias
Sd 94.777 Julio César Gonçalves Da Silva
Sd 96.137 Bruno Machado Roberto
Sd 96.480 Gistayne Mathias Chavez

RIO DE JANEIRO. Polícia Militar. - Manual do Método de Defesa Policial Militar.


Uso da Força. Rio de Janeiro.
Instruções. 2. Manual Técnico. 3. Método de Defesa Policial Militar.

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IDENTIDADE ORGANIZACIONAL
DA
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Missão

Promover a segurança cidadã, servindo e protegendo a sociedade no Estado do Rio de Janeiro.

Visão de futuro

Implantar a Polícia de Proximidade em todo o Estado do Rio de Janeiro, sendo referência no Brasil
no planejamento e gestão desta atividade até 2018.

Princípios e Valores

Hierarquia e Disciplina; Preservação da Vida e Dignidade Humana; Respeito ao Interesse Público,


ao Policial e ao cidadão; Profissionalismo com Reconhecimento do Mérito; e, Transparência.

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MÉTODO DE DEFESA POLICIAL MILITAR


CONTEÚDO:
Apresentação.....................................................................................................................04
Identidade Organizacional da PMERJ..............................................................................05
ANEXO I – Manual do Método de Defesa Policial Militar
1. Introdução............................................................................................................................. 19
1.1 Objetivo do manual...................................................................................................... 19
1.2 Principologia do MDPM e parâmetros fundamentais utilizados na formatação do presente
método......................................................................................................................19
2. Aspectos Normativos sobre o Uso da Força..........................................................................20
2.1 Código de conduta para encarregados de fazer cumprir a lei – CCEAL......................21
2.2 Constituição da República Federativa do Brasil...........................................................21
2.3 Código de Processo Penal.............................................................................................22
2.4 Código de Processo Penal Militar.................................................................................23
2.5 Código Penal.................................................................................................................24
2.6 Poder de Policia – Código Tributário Nacional............................................................24
2.7 Leis Esparsas que regulamentam o uso da força..........................................................25
2.8 Súmula 11 do STF e o uso de algemas.........................................................................26
2.9 Edição da Portaria Interministerial 4226......................................................................27
2.10 Vigência da Lei 13.060.................................................................................................27
2.11 Princípios Essenciais do Uso da Força........................................................................28
3. Defesa Pessoal e Impessoal....................................................................................................31
3.1 Conceito de defesa pessoal e impessoal.......................................................................31
3.2 Fatores a serem considerados na ação de intervenção policial.....................................31
4. Regras para o treinamento seguro..........................................................................................32
5. Conteúdo das Aulas................................................................................................................35
5.1 Ginástica Policial..........................................................................................................35
5.2 Técnicas de manutenção do Espaço de Segurança, Desvencilhamento e Soltura........35
5.2.1 – Manutenção do Espaço de Segurança..............................................................35
5.2.2 - Diagrama de defesa e movimentação................................................................36
5.2.3 – Técnicas de Solturas sobre Pegadas..................................................................37
5.3 Técnicas de Amortecimento de quedas........................................................................38
5.4 Técnicas deRolamentos................................................................................................40
5.5 Técnicas de movimentação no solo..............................................................................44
5.6 Levantamento Tático....................................................................................................45
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5.7 Técnicas de Pontos de Pressão.....................................................................................47


5.8 Técnicas de Contenção e Condução a Mãos Livres.....................................................51
5.9 Técnicas de uso da Algema..........................................................................................56
5.10 Técnicas de busca pessoal............................................................................................62
5.11 Técnicas com o bastão policial.....................................................................................64
5.12 Técnicas de uso da tonfa...............................................................................................73
5.13 Técnicas de cautela e defesa do armamento.................................................................79
5.14 Técnicas de desarme.....................................................................................................81
5.15 Técnicas de defesa contra Armas Impróprias (facas)...................................................83
5.16 Técnicas de defesa contra cão.......................................................................................84
6. Avaliações..............................................................................................................................86
7. Histórico do MDPM...............................................................................................................87
8. Prescrições..............................................................................................................................90
9. Bibliografia............................................................................................................................91
ANEXO II – Uso de Instrumentos de Menos Potencial Ofensivo
Capitulo I – Agentes químicos não letais
1. Introdução........................................................................................................................96
Capitulo II – Espargidores de Agentes Quimicos
1. Espargidores......................................................................................................................97
1.1 Espargidor de CS........................................................................................................97
1.2 Espargidor de OC.......................................................................................................97
2. Tipos de Espargidores .....................................................................................................98
2.1 Espargidores Tipo Aerossol........................................................................................98
2.2 Espargidores Tipo Espuma e Gel................................................................................99
3. Modelos de Espargidores..................................................................................................99
3.1 Modelo Aerossol.........................................................................................................99
3.2 Modelo Espuma........................................................................................................101
3.3 Recomendações.........................................................................................................101
4. Estrutura dos Espargidores.............................................................................................102
5. Operação dos Espargidores............................................................................................104
6. Recomendações..............................................................................................................105
7. Treinamento...................................................................................................................106
8. Descontaminação...........................................................................................................107
9. Aspectos Legais.............................................................................................................107
10. Considerações Finais......................................................................................................109
Capitulo III – Granadas Não Letais
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1. Quanto ao Emprego........................................................................................................110
1.1 Defensivas (letais).....................................................................................................110
1.2 Ofensivas (não-letais)...............................................................................................110
2. Quanto a Projeção...........................................................................................................110
2.1 Granada de arremesso...............................................................................................110
2.2 Granada de lançamento.............................................................................................111
3. Armas de fogo e adaptadores utilizados em granadas não letais....................................111
3.1 Espingardas calibre 12..............................................................................................111
3.2 Adaptador de bocal de lançamento cal. 12 – BC 100..............................................112
3.3 Bastão Lançador AM402 (Cal. 12)...........................................................................112
3.4 Lançador AM 600 (Cal. 37/38 e 38.1 mm)...............................................................113
3.5 Lançador AM 640 (Cal. 40x46 mm).........................................................................113
3.5.1 Adaptador de bocal de cal. 37/38 e 40 mmBC 101......................................114
4. Acionamento das granadas não letais.............................................................................115
4.1 Forma de acionamento da EOT................................................................................115
4.2 Forma de acionamento do PSTM.............................................................................116
4.3 Forma de acionamento por CP..................................................................................116
5. Quanto ao Gênero das Granadas não letais.....................................................................117
5.1 Granadas explosivas não-letais.................................................................................117
5.2 Granadas de emissão não-letais................................................................................117
5.3 Emissão lacrimogênea..............................................................................................118
5.4 Emissão fumigena.....................................................................................................118
6. Tipos e Modelos de Granadas Não-Letais......................................................................119
6.1 Granadas explosivas de arremesso............................................................................119
6.1.1 Granadas explosivas indoor..........................................................................120
6.1.1.1 Distância mínima de segurança..............................................................120
6.1.1.2 Estrutura das granadas explosivas indoor...............................................120
6.1.1.3 Operação das granadas explosivas indoor..............................................121
6.1.1.4 Espécies de granadas explosivas indoor.................................................122
6.1.1.4.1 Granada explosiva indoor de efeito moral – GB 704.................122
6.1.1.4.2 Granada explosiva indoor lacrimogênea – GB 705....................123
6.1.1.4.3 Granada explosiva in124door identificadora – GB 706.............124
6.1.1.4.4 Granada explosiva indoor luz e som – GB 707..........................124
6.1.1.4.5 Granada explosiva indoor pimenta – GB 708.............................125
6.1.2 Granada
de Adentramento.................................................................................................126
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6.1.2.1 Distância mínima de segurança..............................................................126


6.1.2.2 Operação das granadas de adentramentos – GA 100..............................127
6.1.3 Granadas explosivas outdoor........................................................................129
6.1.3.1 Distância mínima de segurança..............................................................129
6.1.3.2 Estrutura das granadas explosivas outdoor.............................................130
6.1.3.3 Operação das granadas explosivas outdoor............................................130
6.1.3.4 Espécies de granadas explosivas outdoor...............................................131
6.1.3.4.1 Granada explosiva outdoor de efeito moral – GL 304................132
6.1.3.4.2 Granada explosi133va outdoor lacrimogênea – GL 305...........132
6.1.3.4.3 Granada explosiva outdoor identificadora – GL 306..................133
6.1.3.4.4 Granada explosiva outdoor luz e som – GL 307.........................133
6.1.3.4.5 Granada explosiva outdoor de pimenta – GL 308......................134
6.1.4 Granada explosiva de impacto......................................................................134
6.1.4.1 Distância mínima de segurança..............................................................134
6.1.4.2 Estrutura das granadas explosivas de impacto........................................135
6.1.4.3 Operação das granadas explosivas de impacto.......................................135
6.1.4.4 Espécie de granadas explosivas de impacto............................................136
6.1.4.4.1 Granada explosiva multi-impacto – GM 100..............................136
6.1.4.4.2 Granada multi-impacto lacrimogênea – GM 101.......................137
6.1.4.4.3 Granada multi-impacto pimenta – GM 102................................138
6.2 Granada de emissão lacrimogênea............................................................................138
6.2.1 Distância mínima de segurança....................................................................139
6.2.2 Estrutura das granadas de emissão lacrimogênea.........................................139
6.2.3 Operação das granadas de emissão lacrimogênea........................................140
6.2.4 Espécie de granadas de emissão lacrimogênea.............................................143
6.2.4.1 Granada de emissão lacrimogênea tríplice – GL 300/T..........................143
6.2.4.2 Granada de emissão lacrimogênea tríplice hyper – GL 300/TH.............144
6.2.4.3 Granada de emissão lacrimogênea “rubberball” – GL 309....................144
6.2.4.4 Granada de emissão lacrimogênea de movimentos aleatórios “Bailarina”– GL
310....................................................................................................146
6.2.4.5 Granada de emissão lacrimogênea (média emissão) – GL 301..............146
6.2.4.6 Granada emissão lacrimogênea (alta emissão) – GL 302.......................147
6.2.4.7 Granada emissão lacrimogênea (baixa emissão) “mini condor GL 303....148
6.3 Granada de emissão fumígena..................................................................................148
6.3.1 Distância mínima de segurança....................................................................148
6.3.2 Estrutura das granadas de emissão fumígena...............................................149
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6.3.3 Operação das granadas de emissão fumígena...............................................150


6.3.4 Espécie das granadas de emissão fumígena..................................................153
6.3.4.1 Granada de emissão fumígena sinalizadora – SS 601............................153
6.3.4.2 Granada de emissão fumigena de cobertura –MB 502...........................154
7. Armazenagem.................................................... ............................................................155
8. Considerações finais................................................. .....................................................155
Capitulo IV – Munições não letais
1. Conceito de munições não letais.....................................................................................156
2. Objetivo das munições não letais....................................................................................156
3. Armas de fogo e adaptadores utilizados em munições não letais...................................157
3.1 Espingarda calibre 12................................................................................................157
3.1.1 Adaptador de bocal cal. 12, 37/38,1 mm e 40mm – BC 100, BC 100/A e BC
101.................................................................................................................157
3.2 Bastão lançador AM 402 (cal. 12) ...........................................................................158
3.3 Lançador AM 600 (cal.37/38 e 38.1mm) ................................................................158
3.4 Lançador AM 640 (cal. 40x46 mm) ........................................................................160
3.5 Arma de ar comprimido para munições de Bismuto – FN 303................................160
4. Munições não letais de calibre 12...................................................................................162
4.1 Conceito.................................................... ...............................................................162
4.2 Munições de Impacto Controlado.............................................................................162
4.2.1 Munições cilíndricas de bote único – AM 403.............................................162
4.2.2 Munições com 03 (três) balotes cilíndricos – AM 403/C.............................163
4.2.3 Munições com 03 (três) esferas – AM 403/A...............................................164
4.2.4 Munição de impacto múltiplo – AM 403/M.................................................164
4.2.5 Munições de corpo raiado ou de precisão – AM 403/P...............................165
4.2.6 Munições de corpo raiada/precisão de curta distância – AM 403/PSR (SHORT RANGE)
.......................................................................................166
4.3 Munições químicas ..................................................................................................167
4.3.1 Munição química de jato direto CS-
GL103...........................................................................................................167
4.3.2 Munição química de jato direto OC-GL 104................................................167
4.4. Munições Explosivas...............................................................................................167
4.4.1 Munições Explosivas de carga inócua – GL 102........................................168
4.4.2 Munições Explosivas de carga lacrimogênea – GL 101..............................168
5. Munições Não Letais de Calibre 37/38 e 38.1 mm........................................................168
5.1 Conceito....................................................................................................................168

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5.2 Munições de Impacto Controlado............................................................................168

5.2.1 Munições de 03 (três ) esferas – AM 403....................................................169

5.2.2 Munições de 12 (doze ) esferas – AM 404/12E............................................169

5.2.3 Munição expansível de impacto controlado – AM 470 (SOFTH PUNCH)...170

5.3 Munições Químicas..................................................................................................171

5.3.1 Munições químicas de lançamento de médio alcance..................................171

5.3.2 Munições químicas de lançamento de longo alcance...................................172

5.3.3 Munição química de jato direto CS – GL 103/A..........................................172

5.3.4 Munição químicas de jato direto OC – GL 104/A.......................................172

6. Munições Não Letais de Calibre 40x46mm....................................................................172

6.1 Conceito.................................................... ...............................................................172

6.2 Munições de impacto controlado/Espuma................................................................173

6.2.1 Projetil de espuma – NT 901........................................................................173

6.2.2 Projetil de espuma lacrimogêneo – NT 901/CS...........................................174

6.2.3 Projetil de espuma com gel marcador – NT 901/M......................................174

6.2.4 Projetil de espuma para treinamento – NT 900...........................................175

6.3 Munições Explosivas................................................................................................176

6.3.1 Munições Explosivas de luz e som por retardo – NT 907............................176

6.3.2 Munições Explosivas de luz e som por impacto – NT 907/I........................177

6.3.3 Munições Explosivas de luz e som por retardo lacrimogêneo – NT 907 CS...177

6.3.4 Munições Explosivas de luz e som por impacto lacrimogêneo – NT 907I/CS..178

6.4 Munições de emissão lacrimogênea.........................................................................178

6.4.1 Munições de emissão lacrimogênea – NT 902.............................................178

6.5 Munições Ilustrativas................................................................................................179

6.5.1 Munições Ilustrativas com paraquedas – NT 906.........................................179

7. Munições Não Letais de Calibre 17.5 mm – FN 303.....................................................179

7.1 Conceito....................................................................................................................179
7.2 Munições de Bismuto...............................................................................................180
7.2.1 Munições de impacto/treinamento (branca).................................................181
7.2.2 Munições de impacto identificadora permanente (amarela).........................181
7.2.3 Munições de impacto identificadora/lavável (rosa)......................................182
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7.2.4 Munições de impacto com agente pimenta (laranja) ...................................183

8. Emprego da Munições Não Letais..................................................................................183

8.1 Munições não letais calibre 12..................................................................................183

8.1.1 Munições de impacto controlado..................................................................183

8.1.2 Munições jato direto.....................................................................................183

8.1.3 Munições explosivas.....................................................................................184

8.2 Munições não letais de calibre 37/38mm e 38,1 mm................................................184

8.2.1 Munições de impacto controlado..................................................................184

8.2.2 Munições jato direto.....................................................................................184

8.2.3 Munições fumígenas/emissão lacrimogênea médio alcance.........................184

8.2.4 Munições fumígenas/emissão lacrimogênea longo alcance.........................185

8.3 Muniçõe não letais de calibre 40x46 mm.................................................................185

8.3.1 Munições de impacto controlado..................................................................185

8.3.2 Munições fumígenas/emissão lacrimogênea.................................................185

8.3.3 Munições explosivas.....................................................................................185

8.3.4 Munições iluminativas / sinalizadoras..........................................................185

8.4 Munições não letais de bismuto................................................................................186

9. Considerações finais.......................................................................................................186

Capitulo V – Mascara Contra Gases


1. Modelo: Advantage 1000................................................................................................188

1.1 Aplicação................................ ................................ ................................................189

1.2 Características..........................................................................................................189

1.3 Pontos negativos da máscara....................................................................................190

1.4 Componentes da máscara contra gases.....................................................................190

1.5 Componentes principais das máscaras contra gases................................................191

1.6 Emprego das mascaras contra gases........................................................................192

1.6.1 Processo de colocação..................................................................................192


1.6.1.1 De baixo para cima......... .......................................................................192
1.6.1.2 De cima para baixo.............................. .................................................193
1.7 Ajuste dos tirantes ou “aranha elástica”....................................................................193
1.8 Ventilação da tensão, teste de eficiência ou teste de estanqueidade.........................194
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1.9 Verificação da limpeza ou teste de descontaminação...............................................194

1.10 Processo de lavagem e secagem.........................................................................195

1.11 Processo de desinfecção ou descontaminação....................................................195

1.12 Armazenamento da máscara contra gases..........................................................196

1.13 Transporte da máscara contra gases....................................................................196

2. Filtros................................ ................................ ............................................................196

2.1 Espécie de filtros................................ ......................................................................197

2.1.1 filtros contra gases................................ .......................................................197

2.1.2 Filtros contra aerodispersóides.....................................................................197

2.1.3 Filtros combinados........................................................................................197

2.2 Tempo de uso e saturação do filtro...........................................................................198

2.3 Armazenamento do filtro..........................................................................................198

Capitulo VI – Dispositivo elétrico incapacitante (Arma Taser M26 / Arma Spark – DSK 700)
1. Arma Taser M 26............................................................................................................199

1.1 Classificação da arma................................ ..............................................................199

1.2 Funcionamento..........................................................................................................199

1.2.1 Condições Básicas de Funcionamento..........................................................201

1.3 Regras de segurança..................................................................................................202

1.4 Cuidados especiais................................ ...................................................................205

1.5 Dados técnicos da TASER M26................................ ..............................................205

1.5.1 Comparação................................ .................................................................206

1.5.2 Componentes da TASER – M26................................ ..................................207

1.5.3 Pilhas (destinada a Reserva Única de Armamento) .....................................209

1.5.4 Cartuchos......................................................................................................213

1.5.4.1 Trava de Segurança dos Cartuchos.........................................................215


1.5.5 Visada, trajetória dos dardos e disparo.........................................................216
1.5.5.1 Disparo a distancia entre 0 e 2 metros.................................. .................217
1.5.5.2 Disparo a distancias entre 2.5 e 4.5 metros............................................218
1.5.5.3 Disparo a distancias entre 5.5 e 7.5 metros.............................................219
1.5.5.4 Conclusões finais sobre a distância ideal de disparo com cartucho........219
1.5.6 Manutenção da TASER – M26.....................................................................220

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1.5.7 Situação de Risco..........................................................................................220

1.5.8 Auditoria.......................................................................................................221

1.5.9 Rotina a ser adotada......................................................................................222

1.6 Considerações finais.................................................................................................222

1.7 Parecer médico................................ .........................................................................223

2. Arma SPARK – DSK 700................................ .............................................................225

2.1 Classificação da arma...............................................................................................225

2.2 Funcionamento..........................................................................................................225

2.3 Características da Spark................................ ...........................................................226

2.4 Lesões secundárias da Spark.....................................................................................227

2.5 Características técnicas ............................................................................................227

2.6 Características elétricas ............................................................................................228

2.7 Informações complementares.............................. ....................................................229

2.8 Descrição dos componentes......................................................................................231

2.9 Chave lida/desliga.....................................................................................................232

2.10 Porta pilhas..........................................................................................................233

2.11 Pilhas...................................................................................................................233

2.12 Display indicador de energia................................ .............................................233

2.13 Mira.....................................................................................................................234

2.14 Lanterna..............................................................................................................234

2.15 Eletrodos.............................................................................................................235

2.16 Cartucho..............................................................................................................235

2.17 Gatilho.................................................................................................................236

2.18 LEDs auxiliares.................................................................................................. 237

2.19 Tecla ejetora................................ .......................................................................237

2.20 Chave neutralizadora..........................................................................................238

2.21 Data kit................................................................................................................238


2.22 Entrada USB.......................................................................................................239
2.23 Recarregador de bateria......................................................................................240
2.24 Coldre..................................................................................................................240
2.25 Porta munição................................ ....................................................................240
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2.26 Maleta de transporte............................................................................................241

2.27 Instalando pilhas – Reserva Única de Material Belico.......................................241

2.28 Carregando Cartucho..........................................................................................242

2.29 Dardos Lançados................................................................................................244

2.30 Instruções operacionais......................................................................................244

2.31 Choque Direto.....................................................................................................245

2.32 Causas de ineficácia................................ ...........................................................246

2.33 Testando a Spark................................ ................................................................246

2.34 Coletando Dados.................................................................................................247

2.35 Atualização de data e hora..................................................................................247

3. Bibliografia.....................................................................................................................248

ANEXO III – TIRO DE DEFESA


Capitulo I – Generalidades..........................................................................................................255
1. Finalidade e Objetivo............................................................... ......................................256

Capitulo II – A Instrução do Tiro de Defesa...............................................................................256


2. A Instrução do Tiro de Defesa........................................................................................256

2.1 Definição...................................................................................................................256

2.2 Instrução....................................................................................................................256

2.2.1 Boletim de Instrução Policial n° 02/08............................................................256


2.3 O instrutor.................................................................................................................256

2.4 O Double Tap............................................................................................................257

2.4.1 Poder de parada ou Stopping Power.............................................................257

2.5 Classificação das instruções.............................. .......................................................257

2.6 Diretrizes para as instruções................................ ....................................................257

2.7 A Instruções de Capacitação Continuada.................................................................257

2.8 A Disciplina Tiro de Defesa.....................................................................................258

2.9 Limpeza da arma e Manutenção da Primeiro Escalão..............................................258

2.10 Documentos Obrigatórios................................ ..................................................258

2.11 Fundamentos Básico do Disparo........................................................................258

2.12 Posicionamento da arma.....................................................................................259

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2.13 Fundamentos do Tiro de Defesa................................ ........................................259

2.14 Procedimentos de Alimentação, Carga e Recargas............................................262

2.15 O uso diferenciado da Força e as Instruções de Tiro de Defesa.........................263

2.16 O tiro de Defesa e a interdisciplinaridade...........................................................263

2.17 A Instrução Preparatória para o Tiro (IPT) ........................................................263

2.18 Poder e força.......................................................................................................263

2.19 Direitos Humanos e o Tiro de Defesa.................................................................264

2.20 Conceito do Crime..............................................................................................265

2.21 Poder de POLÍCIA................................ .............................................................265

2.22 A segurança Pública nos termos da Constituição Brasileira...............................265

2.23 Ordem Pública................................ ................................ ..................................265

2.24 Princípios Gerais em Procedimentos................................ .................................266

Capitulo III - Processos de Ensino da Instrução de Tiro de Defesa


3.1 O Ensino e a Aprendizagem.....................................................................................267

3.2 A Didática, o Ensino e a Instrução...........................................................................267

3.3 Níveis de aprendizado a serem considerados nas Instruções....................................267

3.3.1 Nível de Reflexo................................ ..........................................................267

3.3.2 Nível Cognitivo................................ ............................................................268

3.4 Meios auxiliares da instrução................................ ...................................................268

3.5 A instrução de tiro e a tecnologia................................ ............................................270

3.6 A Avaliação do Ensino e da Aprendizagem................................ ............................272

Capitulo IV – A Instrução Para o Curso de Formação de Soldado


4.1 Instrução Preparatória Para o Tiro..................................................................................274

4.2 Armamento e Tiro de Defesa I........................................................................................274

4.3 Armamento e Tiro de Defesa II......................................................................................274

4.4 Treinamento Fundamental..............................................................................................274

4.5 Pistas de Tiro...................................................................................................................274

4.6 Avaliação de ensino e aprendizagem..............................................................................275

4.7 Critérios da avaliação da Pista de Tiro...........................................................................275

Capitulo V – A Instrução Para o Curso de Formação de Sargento (CFS) e Para o Curso de Formação de Cabos
5.1 Instrução Preparatória Para o Tiro..................................................................................278

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5.2 Armamento e Tiro de Defesa I........................................................................................278

5.3 Armamento e Tiro de Defesa II......................................................................................278

5.4 Padronização de Procedimento e Uniformização da Instrução......................................278

5.5 Avaliação do Ensino e Aprendizagem...........................................................................279

5.6 Critérios da avaliação da Pista de Tiro..........................................................................280

Capitulo VI – Instruções de Curso de Aperfeiçoamento e Especialização de Oficiais (CAO e CSP) e Curso de


aperfeiçoamento de Sargentos (CAS)
6.1 Instrução Preparatória Para o Tiro..................................................................................282

6.2 Armamento e Tiro de Defesa I........................................................................................282

6.3 Armamento e Tiro de Defesa II......................................................................................282

6.4 Padronização de Procedimento e Uniformização da Instrução e Grau de Adestramen-


to.........................................................................................................................282

6.5 Avaliação do Ensino e Aprendizagem............................................................................282

Capitulo VII – A Instrução Para o Curso de Formação de Oficiais


7.1 1° Ano do CFO..............................................................................................................286

7.2 Tiro de Defesa I..............................................................................................................286

7.3 Tiro de Defesa II.............................................................................................................286

7.4 A Instrução de Tiro de Defesa I................................ .....................................................286

7.5 A Instrução do Tiro de Defesa II....................................................................................286

7.6 É fundamental o Treinamento.........................................................................................287

7.7 A Pista de Tiro................................ ...............................................................................287

7.8 A Avaliação do Ensino e Aprendizagem, Critério da avaliação.....................................287

7.9 2° Ano do CFO..............................................................................................................289

7.10 A Instrução de Tiro de Defesa I para o 2° Ano do CFO...............................................289

7.11 A Instrução do Tiro de Defesa II para o 2° Ano do CFO.............................................289

7.12 Avaliação do Ensino e Aprendizagem. Critério da Avaliação....................................289

7.13 Objetivos da Instrução de Tiro de Defesa I e II para o 3°Ano do CFO.........................292

7.14 É fundamental o Treinamento........................................................................................292

7.15 Avaliação do Ensino e Aprendizagem. Critério da Avaliação......................................292

Capitulo VII – A Instrução de Capacitação Continuada


8.1 Instrução de Capacitação Continuada.......................................................................295

8.2 A Capacitação e o desenvolvimento de competências.............................................295

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8.3 Objetivos da instrução – Desenvolver as seguintes competências .........................295

8.4 Critérios da avaliação..............................................................................................296

Capitulo IX – Dos Procedimentos de Segurança


9.1 Considerações...........................................................................................................298

9.2 Procedimentos de manuseio para armas...................................................................298

9.3 Limpeza e manutenção do armamento.....................................................................298

9.4 Porte ostensivo ou não de pistolas ...........................................................................298

9.5 Deslocamento em situações criticas.........................................................................298

Capitulo X – Fundamentos Básicos para o Disparo


10.1 Fundamentos Básicos.........................................................................................299

10.2 Fundamentos do Disparo................................ ...................................................299

Capitulo XI – A Preparação do policial Para o Tiro de Defesa


11.1 Aspectos a serem considerados nas instruções de Tiro de Defesa......................305

11.2 O processo de tomada de decisão.......................................................................305

11.3 O fogo Sob Stress “Stress Fire” .........................................................................305

11.4 Fatores relevantes a serem desenvolvidos nas instruções...................................306

11.5 Referências Bibliográficas..................................................................................307

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1. Introdução

1.1 Objetivo do manual;

O presente manual tem por objetivo servir como guia na formação, especialização e atualização dos
policiais militares do Estado do Rio de Janeiro, na disciplina do Método de Defesa Policial Militar, que
engloba os conhecimentos em Defesa Pessoal, Defesa Impessoal, Uso Diferenciado e Seletivo da Força,
tendo como espectro de atuação as técnicas de Contenção a Mãos Livres ao emprego de Algemas
Policiais. O presente manual trata do uso da força pelos policiais militares, conscientes, no entanto, de que
não somente esse grupo de profissionais monopolizara seu uso, legítimo ou não, e considerando que, apesar
dos avanços alcançados pela sociedade, o uso da força pelas forças de segurança publica ainda é
considerado necessário.
Destinado a servir como guia teórico e prático de estudo para policiais militares, as técnicas
apresentadas são citadas e expostas de acordo com sua classificação. No entanto, não é aconselhado o uso
autodidático, devendo quaisquer dúvidas serem sanadas juntos aos instrutores habilitados e autorizados pela
Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro. As instruções serão ministradas prioritariamente por esses
mesmos instrutores.

1.2 Principologia do MDPM e parâmetros fundamentais utilizados na formatação do presente método

Há inúmeras técnicas de defesa pessoal, inseridas ou não em outros inúmeros métodos de


treinamento visando capacitar policiais a defenderem-se quando for necessário, porém, para a confecção do
presente manual asseguramo-nos de perseguir os valores apontados pelo direcionamento estratégico da
PMERJ como premissa fundamental, bem como alguns princípios elencados a partir das características que
cercam os policiais militares, quais sejam:

Parâmetros individuais:
1. Os PPMM têm necessidade de se defender e o dever de defender a outrem que se encontre em
perigo;
2. Os PPMM quando se defendem ou defendem a outrem, devem evitar colocar em risco
terceiros inocentes;
3. Os PPMM dispõem de pouco tempo para treinamento;
4. O treinamento para os PPMM deve considerar os equipamentos e uniforme usado pelos
mesmos;
5. Cerca de 80 % das ocorrências atendidas pelos PPMM são de pequeno potencial ofensivo,
demandando uso moderado da força;
6. A legislação a respeito do uso da força é muito recortada, gerando dúvidas aos policiais.

Parâmetros logísticos e de cultura organizacional:


7. Persiste a ideia de força atribuída à Corporação, que agregada à atual febre de lutas com
remuneração por rendimento individual, torna o aluno policial um grande desafio para a
Instituição;
8. A vitimização dos policiais aponta que muitos deles receberam tiros de suas

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uso de força letal.

2.1 - Código de conduta para profissionais encarregados de fazer cumprir a lei. Promulgado pela
Organização das Nações Unidas (ONU), através da resolução 34/169 da Assembleia Geral das
Nações Unidas, de 17 de dezembro de 1979.

Composto de por um total de dez artigos, seus artigos 2º, 3º, 5º e 6º se referem ao uso da força
pelos funcionários encarregados de cumprir a lei. O presente código de conduta teve sua aceitação por
diversos países, sendo adotado pela Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro através da edição, pelo
então Secretario de Estado da Policia Militar, Cel PM Carlos Magno Nazareth Cerqueira, da resolução
SEPM nº 93, de 27 de setembro 1991, da antiga Secretaria de Estado
de Polícia Militar.

Art 2º- No desempenho de suas funções os funcionários


encarregados de fazer cumprir a lei respeitarão e protegerão a dignidade
humana e, manterão e defenderão os direitos humanos de todas as pessoas.

Art 3º - Os funcionários encarregados de fazer cumprir a lei


poderão usar a força apenas quando for estritamente necessário ou na
medida em que o requeira o desempenho de suas tarefas.

Art 5º- Nenhum funcionário encarregado de fazer cumprir a lei


poderá infligir instigar, ou tolerar ato de tortura ou outros atos ou penas
cruéis, desumanas ou degradantes, nem invocar a ordem de um superior
ou circunstâncias especiais, como estado de guerra ou ameaça de guerra,
ameaça à segurança nacional, instabilidade política interna ou qualquer
outra emergência pública, como justificativa para tortura ou outros atos ou
penas cruéis, desumanas ou degradantes.

Art 6º- Os funcionários encarregados de fazer cumprir a lei


assegurarão a plena proteção da saúde das pessoas sob sua custodia e, em
particular, tomarão as medidas imediatas para proporcionar cuidados
médicos para os necessitados.

2.2 Constituição da Republica Federativa do Brasil

Editada em Outubro de 1988, a Constituição Federal, visando à garantia dos direitos civis,
políticos e sociais teve influencia de diversos ordenamentos e tratados, inclusive dos princípios do
Código de Conduta citado a cima, no que tange ao uso legal e legitimo da força.

Art1º- A República Federativa do Brasil, formada pela união


indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal,

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constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como


fundamento:
I - ...
II – A cidadania;
III – A dignidade da pessoa humana;

Art 4º - A República Federativa do Brasil rege-se, nas suas relações


internacionais, pelos seguintes princípios:
I - ...
II – Prevalência dos direitos humanos;

Art 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à segurança, e à propriedade,
nos termos seguintes.
I - ...
II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão
em virtude de lei;
III – ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou
degradante; XLIX – é assegurado aos presos o respeito à integridade física e
moral.
A Constituição Federal de 1988 estabelece, ainda, no artigo 5º,
parágrafo 2º, o respeito aos tratados internacionais dos quais a Republica
Federativa do Brasil fizer parte.

A legislação infraconstitucional brasileira faz menção ao uso da força nos Códigos de


Processo Penal e de Processo Penal Militar, especificamente.

Todavia, alguns artigos do Código Penal fazem menção ao emprego de equipamentos pelos
profissionais encarregados de cumprir a lei. Contudo, somente o CPPM faz menção direta ao uso de
algemas e armas de fogo.
*ONU, Assembleia Geral das Nações Unidas, de 17 de Dezembro de 1979.
*Constituição da República Federativa do Brasil, do ano 1988.

2.3 Código de Processo Penal

Art. 284. Não será permitido o emprego da força, salvo a indispensável no


caso de resistência ou tentativa de fuga do preso.

Art.292. Se houver, ainda que por parte de terceiros, resistência à


prisão em flagrante ou à determinada por autoridade competente, o
executor e as pessoas que o auxiliarem poderão usar dos meios
necessários para defender-se ou para vencer a resistência, do que tudo se
lavrará auto subscrito também por duas testemunhas.

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Art.293. Se executor do mandado verificar, com segurança, que o réu


entrou ou se encontra em alguma casa, o morador será intimado a
entregá-lo, à vista da ordem de prisão. Se não for obedecido
imediatamente, o executor convocará duas testemunhas e, sendo dia,
entrará à força na casa, arrombando as portas, se preciso; sendo noite,
o executor, depois da intimação ao morador, se não for atendido, fará
guardar todas as saídas, tomando a casa incomunicável e, logo que
amanheça, arrombará as portas e efetuará a prisão.

Art.474 - “Quando do réu em julgamento” (Texto inserido pela LEI


Nº 11.689, de 09 de junho de 2008).
§ 3º Não se permitirá o uso de algemas no acusado durante o período
em que permanecer no plenário do júri, salvo se absolutamente
necessário à ordem dos trabalhos, à segurança das testemunhas ou
à garantia da integridade física dos presentes.

2.4 Código de Processo Penal Militar

Art.234. O emprego de força só é permitido quando indispensável, no


caso de desobediência, resistência, ou tentativa de fuga. Se houver
resistência por parte de terceiros, poderão ser usados os meios
necessários para vencê-la ou para defesa do executor e suas
testemunhas.
§ 1º - O emprego de algemas deve ser evitado, desde que não haja
perigo de fuga ou de agressão da parte do preso, e de modo algum
será permitido nos presos a que se refere o art. 242.
§ 2º - O recuso ao uso de armas só se justifica quando absolutamente
necessário para vencer a resistência ou proteger a incolumidade do
executor da prisão ou a de auxiliar seu.

Art.241. Impõe-se à autoridade responsável pela custódia o respeito à


integridade física e moral do detento.

Art.242. Serão recolhidos a quartel ou a prisão especial, à disposição


da autoridade competente, quando sujeitos a prisão, antes de
condenação irrecorrível;
Os ministros de Estado;
Os governadores ou interventores de Estados, ou Territórios, o
prefeito do Distrito Federal, seus respectivos secretários e chefe e
Polícia;
Os membros do Congresso Nacional, dos Conselhos da União e das
Assembleias Legislativas dos Estados;
a. Os cidadãos inscritos no Livro de Mérito das ordens militares ou

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civis reconhecidas em lei;


b. Os magistrados;
c. Os oficiais das Forças Armadas, das Polícias e do Corpo de
Bombeiros, Militares, inclusive os da reserva, remunerado ou não,
e os reformados;
d. Os oficiais da Marinha Mercante Nacional;
e. Os diplomados por faculdade ou instituto superior de ensino
nacional;
f. Os ministros do Tribunal de Contas;
g. Os ministros de confissão religiosa;

*Código de Processo Penal, instituído através do Decreto Lei n° 3.689 de 3 de outubro de 1941.

2.5 Código penal

Exclusão de ilicitude
Art. 23. Não há crime quando o agente não pratica o fato
I. Em estado de necessidade
II. Em legítima defesa
III.Em estrito cumprimento do dever legal ou no exercício regular de direito.
Parágrafo único. O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo
excesso doloso ou culposo.

Art.24. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de


perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar,
direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável
exigir- se.
§1º não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o
perigo
§2º embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá
ser reduzida de um a dois terços.

Art.25. Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios


necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.

* Código penal brasileiro, instituído através do decreto lei n° 2.848 de 7 de dezembro

2.6 Poder de Policia – Código Tributário Nacional

O código Tributário Nacional em seu artigo 78 traduzia o Poder de Polícia, conforme segue:

Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública


que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a
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prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concer-


nente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produ-
ção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de
concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao
respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. (Redação
dada pelo Ato Complementar nº 31, de 28.12.1966)
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia
quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável,
com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei te-
nha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.

2.7 Leis esparsas que regulamentam o uso da força.

Havendo excessos por parte dos policiais militares, estes poderão cometer os crimes de
abuso de autoridade e / ou tortura, conforme os respectivos textos:

 Lei nº 4.898/65 – crime de abuso de autoridade

Art 3º - constitui abuso de autoridade qualquer atentado


a. À liberdade de locomoção;
b. À inviolabilidade de domicílio;
c. À incolumidade física do indivíduo.

 Lei nº 9.455/97 – Crime de Tortura

Art. 1º. Constitui crime de tortura:

I – constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,


causando-lhe sofrimento físico ou mental:

a. Com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima


ou de terceira pessoa;
b. Para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
c. Em razão de discriminação racial ou religiosa;

II – submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com


emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou
mental, como a forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter
preventivo.
Pena – reclusão, de dois a oito anos.

§1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a


medida de segurança a sofrimento físico ou mental, ou intermédio
da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida
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legal.
§2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o
dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a
quatro anos.
§3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima a pena é
de reclusão de quatro a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito
a dezesseis anos.
§4º aumenta-se a pena de um sexto até um terço: I – se o crime
cometido por agente público;

III – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador


de deficiência, adolescentes e maior de 60 (sessenta) anos; (redação
dada pela lei nº 10.741, de 2003);

IV – se o crime é cometido mediante sequestro.


§5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego
publico e a interdição para seu exercício pelo dolo do prazo da pena
aplicada.
§6º o crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.
§7º o condenado por crime previsto nesta lei, salvo a hipótese do
§2º, iniciará, o cumprimento da pena em regime fechado.

Art. 2º o disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha
sido cometido em território nacional, sendo a vítima brasileira ou
encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira.

 Lei 9784/99 – Lei do Ato Administrativo

Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos


princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade,
proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança
jurídica, interesse público e eficiência.

Inc VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de


obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas
estritamente necessárias ao atendimento do interesse público;

2.8 Súmula 11 do STF e o uso de algemas

Só é licito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio


de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do
preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito,
sob pena de responsabilidade civil e penal do agente ou da
autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se

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refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.

2.9 Edição da Portaria Interministerial 4226

A Portaria Interministerial envolvendo o Ministro de Estado da Justiça e o Ministro de


Estado Chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, de n° 4226, de
31 de dezembro de 2010 estabeleceram diretrizes sobre o Uso da Força pelos Agentes de
Segurança Pública, e tem vigência nas Instituições Federais, Departamento de Polícia Federal,
Departamento de Polícia Rodoviária Federal, pelo Departamento Penitenciário Nacional e na
Força Nacional de Segurança Pública. Tal dispositivo trouxe novidades quanto ao uso da
força, mas sua vigência é restrita aos órgãos elencados.

2.10 Vigência da Lei 13.060

A Lei 13.060, promulgada em 22 de dezembro de 2014 e que disciplina o uso dos


instrumentos de menor potencial ofensivo pelos agentes de segurança pública, em todo o território
nacional, representa grande avanço no amparo do uso da força pelos profissionais de segurança.
Possui apenas oito artigos, os quais citaram abaixo, tendo em vista sua relevância:

Art. 1º Esta Lei disciplina o uso dos instrumentos de menor potencial


ofensivo pelos agentes de segurança pública em todo o território
nacional.

Art. 2º Os órgãos de segurança pública deverão priorizar a utilização


dos instrumentos de menor potencial ofensivo, desde que o seu uso
não coloque em risco a integridade física ou psíquica dos policiais,
e deverão obedecer aos seguintes princípios:

I - legalidade;
II - necessidade;
III - razoabilidade e proporcionalidade.
Parágrafo único. Não é legítimo o uso de arma de fogo:
I - contra pessoa em fuga que esteja desarmada ou que não represente
risco imediato de morte ou de lesão aos agentes de segurança pública
ou a terceiros; e
II - contra veículo que desrespeite bloqueio policial em via pública,
exceto quando o ato represente risco de morte ou lesão aos agentes
de segurança pública ou a terceiros.

Art. 3º Os cursos de formação e capacitação dos agentes de


segurança pública deverão incluir conteúdo programático que os
habilite ao uso dos instrumentos não letais.

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Art. 4º Para os efeitos desta Lei consideram-se instrumentos de


menor potencial ofensivo aqueles projetados especificamente para,
com baixa probabilidade de causar mortes ou lesões permanentes,
conter, debilitar ou incapacitar temporariamente pessoas.

Art. 5º O poder público tem o dever de fornecer a todo agente de


segurança pública instrumentos de menor potencial ofensivo para o
uso racional da força.

Art. 6º Sempre que do uso da força praticada pelos agentes de


segurança pública decorrerem ferimentos em pessoas, deverá ser
assegurada a imediata prestação de assistência e socorro médico aos
feridos, bem como a comunicação do ocorrido à família ou à pessoa
por eles indicada.

Art. 7º O Poder Executivo editará regulamento classificando e


disciplinando a utilização dos instrumentos não letais.

Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

2.11 - Princípios Essenciais Do Uso Da Força

Da análise dos documentos retro citados foram extraídos os princípios essenciais do uso
da força pelos profissionais encarregados de fazer cumprir a Lei, que entendemos ser importantes
para internalização dos policiais militares do estado do Rio de Janeiro.

Para facilitar a memorização de tais princípios utilizaremos o seguinte acróstico:

LEGALIDADE
OPORTUNIDADE
NECESSIDADE
PROPORCIONALIDADE
ÉTICA

Legalidade - princípio básico que sustenta toda administração pública, significando que o
administrador público está sujeito aos mandamentos da Lei e às exigências do bem
comum, não podendo deles se afastar ou desviar, sob pena de praticar ato inválido e expor-
se à responsabilidade disciplinar, civil e criminal, conforme o caso. Em resumo, o
profissional encarregado de fazer cumprir a lei deverá/ poderá usar a força quando houver
resistência à prisão (própria ou de terceiros), tentativa de fuga do preso ou em legítima
defesa (própria ou de terceiros).

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Oportunidade - Nos casos em que é necessário utilizar a força convém esperar o melhor
momento, tendo em mente que, na maioria das ocorrências, assim que há um conflito de
interesses, a emoção estará em alta, e o raciocínio, em baixa, de forma que é melhor
esperar a emoção diminuir e o raciocínio das partes aumentarem. Dessa forma os
resultados tendem a ser mais positivos.

Necessidade - Devemos avaliar se é realmente necessário usar a força, pesando os prós e


os contras.

Proporcionalidade - É um dos princípios mais importantes, e muitas vezes, será o


diferencial entre o profissional ser considerado um “ herói” ou um “ violão” , tendo em
vista que a força empregada deve ser proporcional à resistência encontrada. Para cumprir
esse princípio, o profissional deve observar os seguintes itens antes de agir: intenção,
comportamento, número e distância dos perpetradores, além do tipo de ameaça (mãos
nuas, facas e arma de fogo). Havendo excesso, o profissional estará sujeito a responder por
ele.

Ética - O princípio da ética é essencialmente abstrato, porém sua importância é concreta. A


Ética, que por definição é o conjunto de princípios morais que devem ser entendidos como
o conjunto de regras de conduta tiradas da disciplina interna da Administração, de
forma que por este princípio o profissional encarregado de fazer cumprir a L ei deverá
agir, quando da aplicação da força, buscando alcançar o bem comum.

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Cada estágio do painel de alternativas para o uso gradual da força corresponde aos instrumentos
fornecidos através do treinamento.

 Nível I - Esta categoria consiste de procedimentos através de verbalização.


 Nível II – Este nível inclui opções centradas em torno do ganho de controle, através de
técnicas de persuasão e manipulação psicológica, e técnicas de controle de contato.
 Nível III – Devido à introdução de um componente físico na insubmissão do
indivíduo, o policial deve agora valer-se das técnicas de contenção e neutralização,
com ênfase às técnicas de submissão.
 Nível IV – Neste nível a atitude agressiva do indivíduo leva o policial a aplicar as
técnicas defensivas não letais.
 Nível V – Neste nível as opções táticas dirigem-se para a sobrevivência e a auto-
preservação do policial, sendo necessário, muitas vezes, que ele se defenda com força le-
tal.

3. Defesa pessoal e impessoal

3.1 Conceito de defesa pessoal e impessoal

Conceituaremos defesa pessoal como toda e qualquer medida que vise a preservar a
integridade física própria, ou seja, do individuo, mantendo sua capacidade de auto decidir.
Defesa impessoal ocorre quando essas medidas são empregas para proteger um terceiro, algo
extremamente comum no cotidiano policial.

3.2 Fatores a serem considerados na ação de intervenção policial

O policial militar, quando em uma ação de intervenção que pressuponha o contato


físico, deverá sempre iniciar a ação com o máximo de cautela para que possa assegurar sua
vantagem, no caso de a situação evoluir para uma ocorrência de maior gravidade. Para tanto,
o policial deverá considerar os seguintes fatores em relação ao indivíduo ou grupo de
indivíduos: a intenção, o comportamento, o número, a distância dos perpetradores e,
principalmente, o tipo de ameaça (mãos nuas, ameaça com faca, ameaça com arma de fogo).
Sendo assim, deveremos observar os seguintes princípios:

APROXIMAÇÃO – uma aproximação mal realizada poderá hostilizar o cidadão, provocando


uma reação violenta. Deveremos sempre nos aproximar com o máximo cuidado para também
não proporcionar ao cidadão abordado uma chance, ainda que pequena, de subjugar o policial
militar, devendo esta aproximação ser feita com gestos estudados e calmos, e um
posicionamento vantajoso para o policial.

POSICIONAMENTO - o policial militar deverá procurar sempre por locais que proporcionem
melhor domínio do ambiente, além de firmeza e equilíbrio para seu corpo e melhor visibilidade
de todas as ações, buscando evitar os locais mais baixos do terreno ou próximos de elevados
que não garantam sua precedência sobre o abordado. Locais mal iluminados, com pisos
escorregadios, degraus e buracos são exemplos de potenciais ameaças ao policial.

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VERBALIZAÇÃO – a presença do policial militar poderá ser suficiente em alguns casos.


Contudo, no momento da abordagem, o policial deverá emitir comandos verbais a serem
seguidos pelo abordado. A voz de comando firme, clara e pausada deve orientar e conduzir o
abordado, sem permitir ponderação ou dúvida.

LINGUAGEM CORPORAL - a postura e os gestos do policial militar complementam a


verbalização. Devem transparecer, acima de tudo calma, firmeza e segurança. Devem ser
evitados gestos hostis que possam ser entendidos como agressividade e violência.
A capacidade de utilizar a força se necessário deve estar implícita na linguagem corporal do
agente. O policial militar deverá ser capaz de interpretar a linguagem corporal do cidadão
abordado, a fim de identificar posturas e gestos agressivos, visando à antecipação de ataques
finais.

POSTURA – Uma postura ofensiva pode intimidar o cidadão abordado, portanto, devemos
adotar uma postura de proteção. No entanto, deveremos considerar os fatores de ameaça para
tentarmos verificar se realmente se trata de um indivíduo hostil. Para uma postura defensiva,
posicionaremos o corpo em um ângulo de 45 graus com relação ao abordado, utilizando a perna
fraca à frente, fazendo com que o lado de porte da arma de fogo mantenha-se mais afastado e
fora do alcance do abordado. As mãos deverão ser mantidas na altura do peito e abertas para
não denotar agressividade, com os braços semi-flexionados e os cotovelos junto ao corpo.

ESPAÇO DE SEGURANÇA – O policial militar deverá sempre evitar muita proximidade


com o indivíduo ou grupo de indivíduos, mesmo quando em abordagem pessoal. A distância
mínima que deverá a que permite o engajamento e o desengajamento. Esse mesmo perímetro
deverá ser mantido em relação a outros obstáculos ou objetos móveis que possam interferir na
ação do agente. Esse perímetro corresponde a uma área de cerca de 2 a 3 metros em volta do
policial, podendo variar em função do ambiente.

SUPERIORIDADE – Existem dois tipos de superioridade a serem considerados: a


superioridade numérica e a superioridade tática. Deveremos sempre priorizar a superioridade
numérica, porém, em alguns casos, não será possível estabelecer essa superioridade, cabendo
então recorrer à superioridade tática, que é assegurada pelo conhecimento e utilização de
técnicas e equipamentos apropriados para a ocorrência.

RESOLUÇÃO PACÍFICA – Em algumas situações de confronto iminente, o policial militar


deverá avaliar a validade e a viabilidade da ação de intervenção, considerando, ainda, os
princípios essenciais elencados neste manual. Desta forma, a possibilidade de negociação,
visando à resolução pacífica do conflito, deverá sempre ser considerada como um dos
primeiros princípios a serem avaliados e, se possível, empregados como forma de evitar um
desfecho inadequado.

4. Regras para o treinamento seguro

Durante o treinamento será preconizado que sua realização deve ser dentro de

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figura 52 figura 53

5.8 Técnicas de Contenção e Condução a Mãos Livres

Posição 1

O policial segura a mão direita do agressor utilizando de sua mão esquerda (fig.54),
em seguida com sua outra mão (direita) posiciona os dois polegares no dorso (zona das
vértebras) da mão do agressor (fig.55), após puxá-la para baixo e girá-la para fora o policial
leva o agressor ao solo (fig. 56 e 57).Colocando o agressor com o peito voltado para o chão
girando a mão dominada no sentido contrário, passando por fora de sua cabeça (não devendo
jamais passar sobre o agressor), podendo empurrar seu cotovelo com a mão direita (fig.58).
Imobilizando-o posicionando seus joelhos nas costas, cabeça e dominando o cotovelo do
agressor (fig.59).

figura 54 figura 55 figura 56

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figura 57 figura 58 figura 59

Posição 2

O policial fica de frente para o suspeito, colocando a palma de sua mão


esquerda no dorso da mão esquerda do agressor (fig.60), (observe o detalhe da apreensão
da mão do agressor). Após a apreensão da mão, o policial gira o braço do suspeito no
sentido horário, em direção ao seu peito de forma que ele possa ver a palma da mão do
suspeito (fig.61). Após a torção, o policial trocará de mão, dominando o dorso da mão do
suspeito (fig.62) em seguida, o policial deverá torcer o braço do suspeito de forma que o
cotovelo deste fique direcionado para o alto (fig.63). Podendo assim, o suspeito ser
conduzido com segurança.

Figura 60 figura 61

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figura 62 figura 63

Posição 3

A partir da posição 02 (fig.64), o policial prende os dedos do suspeito com a sua mão
que está livre, dominando firmemente o cotovelo com a outra mão (fig.65), colocando-o
sob sua axila, e em seguida, domina o ombro do suspeito (fig.66). Com sua mão esquerda o
policial faz o domínio do rosto do suspeito envolvendo seu pescoço e usando o polegar
juntamente com o dorso de sua mão para virar a cabeça do suspeito para o lado contrário da
mão dominada (fig.67). Podendo então conduzido-lo em segurança.

figura 64 figura 65

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figura 66 figura 67

Variação da posição 3

Estando o suspeito com as mãos erguidas, o policial se aproxima,domina a palma


da mão do mesmo lado do suspeito com a sua mão (fig.68 e 69) (ou seja, mão direita
domina mão direita, mão esquerda domina mão esquerda). Dominando o cotovelo do
agressor com a outra mão, e colocando-o sob sua axila, domina o ombro do suspeito com a
mão que está livre (no caso das figuras abaixo, a mão esquerda), em seguida, com sua
mão esquerda o policial faz o domínio do rosto do suspeito envolvendo seu pescoço e
usando o polegar juntamente com o dorso de sua mão para virar a cabeça do
suspeito para o lado contrário da mão dominada (fig.70 e 71).

figura 68 figura 69

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figura 70 figura 71

Posição 4

O policial se posiciona lateralmente ao suspeito dominando, simultaneamente, o cotovelo


do suspeito com sua mão fraca e o punho com sua mão forte (fig.72 e 73), dobrando o braço
cerca 90º, e aplicando uma torção no punho (fig.74 e 75), o policial coloca o cotovelo do suspeito
sob sua axila e troca o apresamento do punho pela mão fraca (fig.76 e 77). Podendo então, o
suspeito ser conduzido com segurança.

figura 72 figura 73

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figura 74 figura 75

figura 76 figura 77

5.9 Técnicas do uso de Algema

Porte empunhadura e Saque

Porte

Apesar de existirem diferentes modelos de porta algemas, o policial deverá prezar por
aqueles que mantêm o equipamento protegido, preservado e bem acondicionado (fig.78). No
posicionamento do equipamento, deve-se sempre priorizar a mobilidade e a acessibilidade

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(saque) do equipamento ao policial nos casos de necessidade de uso.

Figura 78

Empunhadura e Saque

No MDPM, ao contrário de outras doutrinas, a algema ao ser sacada do coldre

(fig.78) é empunhada tendo a parte móvel dos elos voltada para o operador (fig.79 e 80).

figura 79 figura 80

Emprego da algema sobre o cidadão abordado

Partindo do cidadão de frente

O policial segura com sua mão fraca a mão do cidadão infrator (fig.81) e em se-
guida, com a parte móvel da algema voltada para si, vem por cima do punho do cidadão a fim
de completar o primeiro ciclo da algemação (fig.82 e 83) e em seguida parte a buscar o
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figura 85 figura 86

Técnicas de condução do cidadão algemado

Emprego da algema a partir da posição de imobilização com técnica de condução com domínio
de braço e cabeça.
Partindo da posição de mãos livres , o policial com um joelho nas costas do infrator e o outro
dominando sua cabeça, (fig.87), domina o primeiro punho vindo a algemá-lo (fig.88), em seguida busca
o segundo braço e conclui a algemação (fig.89). Em seguida o policial põe o infrator sentado (fig.90 e
91) e com sua mão fraca domina a cabeça do individuo (fig.92). Após colocá-lo de pé controlando sua
cabeça com a mão esquerda e esgrimando sua mão direita (fig.93 e 94), o policial faz a condução do
infrator de forma que se desloque de costa (fig.95).

figura 87 figura 88 figura 89

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Observação importante: O preso deve sempre ser algemado com as mãos para trás e
com o dorso das mãos voltado um para o outro.

Condução de preso algemado por um policial com domínio de algema e ombro.

O policial com sua mão fraca domina o ombro do infrator e sua mão forte segura a
dobradiça ou corrente da algema a fim de conduzi-lo em segurança (fig.96).

Figura 96

Condução de preso algemado por dois policiais com domínio dos ombros.

Após esgrimar os braços do infrator de ambos os lados, os policias o conduzem em


segurança, protegendo sua integridade física (fig.97).

figura 97

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Observação Importante: É importante lembrar que qualquer pessoa só pode ser


algemada desde que sejam obedecidos os dispositivos previstos na súmula
vinculante nº. 11/2008, do STF.

5.10 Técnicas de Busca Pessoal

Amparo legal para busca pessoal;

A busca pessoal realizada pela polícia ostensiva de preservação da ordem pública, com
objetivo de prevenir o cometimento de delitos, tem amparo legal no artigo 78 do Código
Tributário Nacional, visto que neste momento o policial militar limita ou disciplina direitos,
em exercício do interesse publico concernente a segurança publica.
E importante salientar que o policial durante esse procedimento realiza um Ato
Administrativo e deverá, portanto observar o inciso VI do art 2° da Lei 9784/99 conforme
abaixo:

Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos


princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade,
proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório,
segurança jurídica, interesse público e eficiência.
VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de
obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas
estritamente necessárias ao atendimento do interesse público;

Em situações excepcionais, durante os procedimentos de um inquérito


ou processo judicial, o policial militar realizará a busca pessoal com amparo no
art 244 e 249 do CPP.

A importância da busca segura

As abordagens deverão ocorrer, preferencialmente, dentro das


seguintes condições: Superioridade numérica – os PPMM deverão estar em
número maior que os suspeitos a serem abordados; (fig.98)

Local seguro e iluminado – o local escolhido para a abordagem deve


ter mínimas condições de segurança, tanto para os policiais, quanto para os
suspeitos e transeuntes. Para que a abordagem e a busca sejam bem feita ás
condições de iluminação também são de suma importância.

Posicionamento do revistado - O cidadão suspeito abordado deverá ser


orientado a colaborar com a busca, proporcionando ao policial e a si mesmo,
segurança durante a busca pessoal (fig.99). Face aos diversos cenários possíveis
nesse encontro entre policiais e cidadãos, preconizamos que a posição a ser adotada
para a busca pessoal irá variar de acordo com o comportamento colaborativo
ao não do cidadão suspeito. Dessa forma, as posições adotadas irão respeitar a
um uso gradual da força necessária e que consinta uma busca pessoal em

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segurança.

figura 98 figura 99

Técnicas sobre a busca pessoal

Enquanto um policial faz a segurança da busca e do perímetro, o outro procede a busca


pessoal (fig.100). Com sua mão esquerda apoiada na altura da lombar do individuo e o seu pé
esquerdo calçando o pé direito do revistado (fig.101), o policial procede a busca e em seguida se
houver necessidade do conduzi-lo preso, o policial se posiciona de maneira a dominar o braço do
lado direito do revistado (fig.102), o policial leva o braço do infrator para as costas do mesmo
(fig.103, 104 e 105), em seguida realiza a algemação (fig.106, 107 e 108).

figura 100 figura 101 figura 102

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figura 103 figura 104 figura 105

figura 106 figura 107 figura 108

5.11 Técnicas com o Bastão Policial

Conceituação e posicionamento de acordo com o modelo de uso da força

O bastão policial é um instrumento cilíndrico de madeira ou de material sintético,


encontrado em diversos tipos, tamanho e modelos. Sendo também conhecido como cassetete.
É um equipamento de baixa letalidade, de ação contundente, que pode ser usado pelo
policial em ocorrências onde haja resistência que ameacem sua integridade física ou de
outrem. Podendo também ser utilizado como ferramenta em técnicas de imobilização e condução.

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Quando em ação contundente, o bastão policial deve ser utilizado preferencialmente contra
os membros superiores, inferiores e em região de grandes grupos musculares, com o
objetivo de incapacitar ou debilitar o agressor. Deve ser evitado ao máximo seu uso
em articulações, cabeça e coluna

Técnicas de defesa com bastão

Empunhadura em posição relaxada

Deve ser utilizada em situações onde não há risco iminente à integridade do policial.
Empunhadura em posição relaxada (fig.109). O bastão é segurado nas extremidades e fica
posicionado na altura da cintura.

figura 109

Saque e empunhadura

O policial se encontra em posição relaxada (fig.110) e quando necessário num só


movimento saca o bastão com a mão forte e recua-se a perna forte (fig.111) e afasta o agressor.
Depois fica em posição de atenção (fig.112).

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figura 110 figura 111 figura 112

Posição de defesa alta

Utilizada para defender ataques descendentes (ex: Pauladas de cima para baixo e
ataques com as mãos).
Posição de defesa alta, realizada com a mesma pegada da posição relaxada (fig.112),
mas com a perna forte recuada e o bastão posicionado acima da cabeça (fig.113).

figura 113

Posição de defesa lateral

Utilizada para defender ataques laterais (ex: Pauladas laterais e chutes).


Esta defesa é realizada de forma a lateralizar o bastão de forma que se o ataque vier
pelo lado direito o policial deverá utilizar a sua mão esquerda por cima e o pé esquerdo à

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frente (fig.114), da mesma forma, se o ataque vier pelo lado esquerdo, o policial deverá
utilizar a sua mão direita por cima e o pé esquerdo a frente (fig.115)

figura 114 figura 115

Posição de defesa baixa


Utilizada para defender ataques ascendentes (ex: Pauladas de baixo para cima e
chutes frontais), (fig.116)

Defesas contra agarramento de bastão

Agressor tenta pegar o bastão das mãos do policial, que rapidamente flexiona os braços e
com um movimento rápido, abaixa o bastão batendo com movimento circular no dorso das mãos
do agressor (fig.117, 118 e 119).
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figura 117 figura 118 figura 119

Defesa contra tentativa de agarramento de bastão

Agressor tenta pegar o bastão das mãos do policial (fig.120), que rapidamente flexiona os
braços e com um movimento rápido, abaixa o bastão batendo no dorso das mãos do agressor
(fig.121 e 122)

figura 120 figura 121 figura 122

Defesa com contenção

O agressor agarra o policial na altura do peito, que apóia o bastão sobre o dorso da mão
do agressor, forçando o bastão para baixo, neutralizando a agressão (fig.123, 124, 125 e 126), em
seguida leva o agressor ao solo (fig.127 e 128).
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figura 123 figura 124 figura 125

figura 126 figura 127 figura 128

Condução com emprego de chave de bíceps

O policial passa o bastão por baixo da axila esquerda do agressor utilizando sua mão
esquerda (fig.129), em seguida passa para trás do individuo e envolve o bastão com seu braço
direito (fig.130), de maneira que, o bastão fique por baixo da axila esquerda do agressor e da axila
direita do policial (fig.131). Finalmente o policial envolve o braço esquerdo do agressor utilizando
seu braço direito para isso e segurando na extremidade do bastão (fig.132).

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figura 129 figura 130

figura 131 figura 132

Condução de dois policiais com emprego de chave de bíceps

Nesse caso é utilizada a técnica (fig.132), com um policial de cada lado (fig.133).

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Obs.: Ataque lateral de dentro pra fora

Fazer o movimento inverso começando pela guarda curta (fig.157)

5.13 Técnicas de cautela e defesa do armamento

O policial que se deparar com situações nas quais necessite defender a si ou a


outrem, deverá primordialmente evitar a perda de seu principal instrumento de defesa, a arma de
fogo. Para isso, preconizamos algumas técnicas que visam preservar os equipamentos do policial.

Defesa de ataque ao Armamento empunhando pelo policial

Defesa de ataque realizado com a mão direita do agressor

Ao ter seu armamento atacado pela mão direita do agressor (fig.158), o policial utiliza de sua
mão livre (esquerda), para empurrar de maneira contundente o punho direito do agressor (fig.
159) e com um giro de quadril faz a retirada total de seu armamento da mão do agressor (fig.160).

figura 158 figura 159 figura 160

Defesa de ataque realizado com a mão esquerda do agressor

Nesse momento o agressor tenta segurar a arma do policial utilizando sua mão
esquerda para isso (fig.161). O policial passa o seu braço esquerdo por cima do punho do agressor de
forma a livrar-se do ataque (fig.162 e 163).

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figura 161 figura 162 figura 163

Defesa de ataque realizado com as duas mãos do agressor

Caso o agressor utilize as duas mãos para segurar o armamento (fig.164), com um
movimento circular, o policial empurra o armamento em direção ao agressor (fig.165) e em seguida
o puxa, a fim de retirá-lo da mão do mesmo (fig.166).

Figura 164 figura 165 figura 66

Defesa de ataque ao armamento no coldre

Ao ter sua arma atacada, o policial inicialmente, não deverá andar para trás (fig.167 e

168), esse detalhe vale para todas as técnicas de defesa e segurança do armamento. Em
seguida, deverá levar a palma da mão com a qual saca a arma sobre o dorso da mão do
agressor (fig.169), prendendo-a, logo após com a mesma mão o policial aplicará uma torção
no dedo do agressor para retirar a mão dele da arma (fig.170 e 171), imobilizando-o (fig.172).

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figura 167 figura 168 figura 169

figura 170 figura 171 figura 172

5.14 Técnicas de desarme de armas de fogo

As técnicas de defesa e/ou desarme contra armas de fogo somente deverão


ser tentadas pelo policial caso este tenha sido rendido por um agressor e haja iminente risco de
vida seu ou de outrem. O policial jamais deverá tentar o desarme se não estiver na condição
acima descrita, tendo em vista a pequena probabilidade de sucesso.
Caso decida pelo desarme, o policial deverá manter uma atitude submissa, jamais
olhando nos olhos do agressor, para não revelar sua intenção, deverá ainda ir colocar-se
lateralmente ao agressor, para diminuir sua silhueta. Deverá, também, reduzir a distância entre a
arma e suas mãos para menos de 01 (um) metro, e sempre de forma dissimulada e lenta.
Vejamos algumas situações:
Fotos - O policial que tiver uma arma apontada para seu rosto colocará as mãos pa-
ra o alto (fig.173), de forma que o agressor não perceba sua intenção. E caso observe risco real a
sua vida tentará o desarme levando sua mão fraca na direção do armamento e a forte na
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5.15 Técnica de Defesa contra Armas Impróprias (facas, vidros, estiletes)

Numa situação de risco devemos atuar com surpresa, tendo uma resposta
imediata com o objetivo de diminuir o tempo entre pensar e agir, porém, é preciso atentar que
para existir uma defesa é preciso que antes exista um ataque, um movimento por parte do
agressor.
Um dos requisitos mais importantes para que uma defesa contra facas possa ter
sucesso é conhecer a distância e seus pontos vulneráveis.
Estudamos os riscos, efetuamos inúmeros treinamentos, elaboramos
conceitos e protocolos para estarmos pronto para uma possível reação.
As técnicas devem ser simples, rápidas e o treinamento deve ser constante,
buscando desenvolver o controle das emoções e a eficácia das técnicas.
A faca é um instrumento de fácil acesso e outros objetos podem ser
manipulados da mesma maneira (punhal, navalhas, cacos de vidro), podendo gerar grandes
danos e até mesmo a morte.
Uma regra importante de defesa contra facas é: A faca tem caminho próprio,
não tente pará-la.
Ataques com faca ou objetos perfuro cortantes são agressões tão perigosas que
utilizar-se de alguns movimentos coreografados, distantes do mundo real, e de todos os
estressores, nos torna muito mais vulneráveis. É preciso estar pronto fisicamente,
psicologicamente e treinado de forma específica para se defender.
A faca num aspecto marginal, pode ser usada até por terroristas, isso se deve
pela facilidade na sua condução, funcionalidade prática, pouca exigência de treinamento e de
custo acessível.
Técnicas de artes marciais contemporâneas levam em consideração a realidade
do mundo atual, se utilizando de técnicas legais para gerar uma proporcionalidade na
realização da defesa.
Em um cenário real o adversário é imprevisível, violento e seu único propósito
no melhor dos casos é agredi-lo, porém, devemos esperar que seu objetivo também possa ser
o de tirar a sua vida ou de outrem. O agressor nunca irá facilitar a sua defesa, tão pouco
aqueles movimentos treinados nas academias serão fáceis na realidade, devemos pensar em
uma técnica de defesa que possa ser utilizada por qualquer pessoa, independente de suas
limitações.

Cenários possíveis:

1. Policial desarmado ou impossibilitado de usar a arma de fogo:


-Curta distância - Golpes traumáticos no corpo do agressor, desferidos com o intuito de
atordoar o agressor e permitir que o policial se afaste a uma distância de segurança;
-Longa distância - Mínimo de 6 a 7 metros de distância e se possível contendo um obstáculo
entre o agente e o agressor.

2. Policial munido de bastão:


-Curta distância, Golpes traumáticos no corpo do agressor, desferidos com o intuito de atordoar
o agressor e permitir que o policial se afaste a uma distância de segurança. O bastão é uma
excelente opção para esse fim.
-Longa distância - Mínimo de 6 a 7 metros de distância e se possível contendo um obstáculo
entre o agente e o agressor.

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3. Policial armado com arma de fogo:


-Curta distância. Vantagem da faca – linha de corte.
-Longa distância. Vantagem da arma de fogo – linha de tiro.
4. Policial Armado com armas de eletro choque:
-Curta distância. Vantagem da faca, pois facilita o corte. Deve ser usada a distância, porém , se não há
mais cartuchos e o policial quiser usar o efeito encostado, deve fazê-lo na altura do toráx do agressor
para obter um afastamento imediato.
-Longa distância. Vantagem da arma de eletro choque – linha de tiro.
5. Policial com espargidores:
-Curta distância. Vantagem da faca, pois facilita o corte. Deve ser usada a distância, porém , se o
policial foi surpreendido pelo agressor, o espargidor é uma boa opção para obter um afastamento
imediato.
-Longa distância. O espargidor é uma boa opção para manter o agressor afastado.

5.16 Técnica de defesa contra cão.


As técnicas de defesa contra cães foram inseridas recentemente, tendo em vista a
quantidade de ataques por cães sofridas pelos profissionais de segurança.
Não usaremos termos técnicos usados por cinófilos e cinotécnicos, para melhor com-
preensão de todos.
O equipamento de primeira mão para a defesa do profissional no caso de ataque por
cão e urso é o Espargidor de Agente Pimenta, o qual foi projetado a partir de encomenda dos
Correios do EUA, na década de 50, tal era a quantidade de carteiros que sofriam com os
ataques feitos por cães.
Em seguida poderão ser utilizados o bastão policial armas brancas e por fim armas de
fogo.
Ao nos depararmos com um transeunte possuindo um cão devemos tomar alguns
cuidados, neste capítulo vamos aprender como abordar uma pessoa que conduz um cão, como
nos defendermos e como amenizar danos se formos atacados por um cão, também
aprenderemos como nos portar quando trabalharmos com uma equipe que conduz cães.

(Ex.:Companhia de Cães da Polícia Militar, Guarda Municipal, etc).

I) No treinamento e no procedimento real o condutor do cão passará pela revista.


a) Ao nos aproximarmos devemos observar o cão e o condutor, pois os dois podem
causar riscos á guarnição e outrem, observando os sinais de agressividade do cão, tais como
latidos, rosnados e movimentos de investida para ataque.

Nestes casos, preparar-se para ataque, preferencialmente com o bastão em posição de


defesa. Isto irá alertar o dono do animal para proteção dele.
b) Devemos pedir ao condutor que amarre seu cão em um lugar seguro, este local deve
ser a uma distância de segurança do local onde vai ser feita a abordagem ao suspeito, para
que não haja risco do cão vir a morder tanto a guarnição quanto a transeuntes, portando a
partir do momento que se pede para que ele amarre o cão deve-se tomar cuidado para que
ninguém chegue perto do cão.

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c) Devemos observar como o condutor está amarrando o cão, ele pode não estar
fazendo um nó firme e o cão pode se soltar quando começar a abordagem. Deve-se pedir para
que ele puxe a guia do cão para certificar-mo-nos que esta bem firme. Tal atitude deve ser
observada, pois o cão tem o instinto natural de defesa, de si ou do seu dono, podendo entender
a abordagem de seu dono como uma agressão ao mesmo.
d) Não devemos nos descuidar no procedimento quando o condutor do cão disser que
o animal não morde, pois a informação pode ser falsa.
e) Após esses cuidados proceder-se-á a busca padrão.

II) Em caso de investida do cão contra a guarnição ou a algum individuo do grupo,


podemos usar alguns equipamentos se os possuirmos:
a) Espargidor de pimenta: Deve-se aplicar um jato direto no focinho e olhos do cão. O
cão não sente os efeitos do gás lacrimogêneo, porém, o agente pimenta sim.
b) Bastão policial: Deve-se bater na parte da barriga do cão onde não possui ossos,
alguns chamam de “vazio” do cão, aplicando estocadas, aplicar golpes nas articulações e no
meio da cara, acima do focinho, pois nas partes onde há músculos poderá não surtir efeito,
oferecendo o antebraço, se possível protegido por uma blusa, casaco, mochila, ou qualquer
outro pertence que tiver para simular uma “luva de cobaia”, pois, o cão, uma vez que houver
mordido algum objeto, tende a encara-lo como presa e não o solta mais.
c) Arma de fogo: Deve ser usado em ultimo caso, mas não havendo opção, se for para
a defesa de si, ou de outrem, efetuar disparo contra o animal.

III) Em caso de falta de equipamentos.


Neste caso vamos passar algumas formas de amenizar os danos caso sejamos ataca-
dos por um cão.
Citamos amenizar, pois o cão é muito ágil e forte, dependendo do cão, e se for
adestrado será ainda mais difícil evitar as lesões, contudo temos maneira de amenizar os
estragos causados pelas mordidas de um cão.
a) Podemos simplesmente fugir do cão, mas para isso devemos saber para onde
vamos, se é seguro o local para onde vamos e a distância do cão em relação a nós e ao local
para onde se vai, pois o cão consegue atingir uma velocidade bem maior que a nossa.
Devemos observar se para onde vamos é seguro contra a investida do cão.
b) Caso não tenhamos lugar para ir ou vejamos que não haverá tempo suficiente para
correr, devemos ficar o mais parado possível e aguardar a aproximação do cão e oferecendo o
antebraço, reduzindo sua capacidade letal, fazendo uma base, pois quando o cão vem em alta
velocidade pode derrubar uma pessoa. Quando da aproximação do animal deve-se fazer uma
esquiva para amortecer a energia cinética do cão.
c) Caso seja mordido pelo cão em qualquer parte do corpo, devemos nos manter o
mais parado possível, pois a lesão já foi feita e quanto mais a vítima se movimenta, mais
aumenta a lesão, pois o cão tem um instinto natural de caça, e quanto mais a vítima se
movimenta, mais desperta a vontade de luta do cão para abater a caça.
d) Caso o cão não pare de morder, leve os dedos indicador e anelar, com bastante força
nos olhos do cão, isso irá causar dor no animal fazendo com que ele o solte. Caso ele volte
para tentar morder novamente, chute com força a barriga do cão, na parte conhecida como
vazio do cão. Caso o cão esteja mordendo outra pessoa estes procedimentos também poderão
ser usados.

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e) Caso o cão não solte a mordedura, deveremos tentar enfiar mais o membro mordido
em sua boca, o que poderá leva-lo a abrir a boca;
Para segurar um cão deve-se pegar no pescoço do mesmo, bem próximo às
orelhas,pois o animal tem uma grande mobilidade, e desse jeito ele não conseguira virar a
cabeça a ponto de morder, mas lembre-se que deve segurar bem forte, pois o cão poderá ficar
se debatendo e isso dificultará a pegada.

IV) Procedimentos quando apoiados por policiais com cães;


a) Quando aproximar-mo-nos do policial com cão devemos perguntá-lo se podemos
nos aproximar e cumprimentá-lo, pois ele conhece o cão e sabe as suas reações;
b) Quando em uma ocorrência devemos lembrar que a tropa com cães é lenta e
barulhenta, não se aplicando para incursões;
c) Quando for necessário utilizar o cão em controle de distúrbios, devemos observar o
raio de ação do cão, pois ele não distinção entre policiais e agressores paisanos, ele irá
morder quem estiver em seu raio de ação.

6. Avaliações
Face a iniciativa da PMERJ em capacitar todos os policiais militares nas técnicas do MDPM, as
avaliações deverão ser padronizadas a fim de facilitar a aferição dos indicadores de desempenho.
Segue abaixo o roteiro de avaliação com as pontuações aufferidas a cada item:
a) Rotina de amortecimentos + levantamento tático ----------------------2 pts;
b) Postura, Verbalização, Movimentação, Cautela armamento ----------1 pt;
c) Soltura de membros e armamento-----------------------------------------1 pt;
d) Uso do bastão e tonfa -------------------------------------------------------1 pt;
e) Contenção 2 PM para 01 agressor -----------------------------------------1pt;
f) Defesa contra arma imprópria ---------------------------------------------1 pt;
g) Desarmes (alto e baixo)-----------------------------------------------------1 pt;
h) Uso de algemas e faixas de contenção-------------------------------------1 pt;
i) Defesa contra cães------------------------------------------------------------1 pt.
As pontuações auferidas nas avaliações, conforme o Programa de Controle do Uso da Força,
habilitam o policial militar às seguintes atividades:
 nota obtida menor que sete inteiros (n < 7) – aluno reprovado, não está apto a prestar serviço
de policiamento;
 nota obtida entre sete e oito inteiros (n=7-8) – aluno apto a prestar serviços ordinários de
policiamento;
 nota obtida entre oito e nove inteiros (n = 8-9) – aluno apto a concorrer aos cursos de
especialização operacionais;
 nota obtida maior que nove inteiros (n > 9) – aluno apto a concorrer a vaga em curso de
instrutores do MDPM, isento THE.

7. Histórico MDPM

No início do ano de 2005, preocupados com a carência de uma metodologia sobre


defesa pessoal policial militar, o Cel PM Adalberto de Souza Rabelo, na qualidade de Diretor
de Ensino e Instrução Eventual, e o Ten Cel Pm Augusto Rosano de Souza, Comandante do
10º BPM. Autorizados pelo Comandante Geral: Cel Pm Hudson de Aguiar Miranda,
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A primeira versão do Manual do Método de Defesa Policial Militar foi publicada no dia 21 de
agosto do ano de 2007, tendo contado com a participação dos seguintes Policiais Militares:

Na qualidade de membros do Conselho de Educação Física da PMERJ:


Cel PM RG 1/14.123 Adalberto de Souza Rabelo, da DGP – Presidente;
TenCel PM RG 34.669 Aurélio Lopes dos Santos, da DGP;
Maj PM RG 56.476 Rubens Castro Peixoto Júnior, do GPAE;
Cap PM RG 56.101 Maycon Macedo de Carvalho, do BPFer;
Cap PM Méd RG 64.823 Paula Barbosa Baptista, do HCPM;
Cap PM RG 60.910 Eliézer de Oliveira Farias, da APM;
1º Ten PM RG 67.808 Allan Frank da Silva, da APM;
1º Ten PM RG 67.842 Tibério Carlos da Silva, do CFAP;
1º Ten PM Méd RG 76.656 Leandro Calixto de Andrade, do HCPM.

Na qualidade de convidado:
TenCel PM Paulo Rubens Xavier do Carmo

Para a figuração e a execução das técnicas:


Maj PM RG 37.858 Rogério Pereira da Costa;
1º Ten PM RG 77.538 Alessa Vasconcellos dos Santos;
Sgt PM RG 45.202 Sílvio César Mello Pereira;
Sgt PMRG 55.017 Marco Antônio Pereira Rosa;
Cb PM RG 63.499 Gilson Graciliano da Silva;
Alunos CFS/2006.

Na formatação e coordenação técnica:


Maj PM RG 52.840 Carlos Eduardo Hespanha Matt;
Maj PM RG 53.520 Mauro César Maciel de Andrade.
Cb PM RG 60.166 Claudinei Rosestolato da Silva;

Na qualidade de coordenador geral:


Maj PM RG 53.520 Mauro César Maciel de Andrade

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No ano de 2015, verificou-se a necessidade de revisão do manual que ora se apresenta,


com a participação dos seguintes policiais militares:

TenCel PM RG 53.520 Mauro Cesar Maciel de Andrade


TenCel PM RG 57.374 Luciana Rodrigues de Oliveira
Cap 66.795 Héliton Gomes Duarte Junior
Cap 77.290 Diogo Ribeiro De Souza
Ten 81.811 Leandro De Souza Goulart
Ten 82.357 Fernando Alves Meires Ferreira
Sten 42.003 Paulo Willian Vicente Chavez
Sten 56.086 Marcelo José Da Silva
Sten 66.775 Antonio Jorge Guimarães
Sten 75.536 Isaias Lopes da Silva
1ºsgt 55.017 Marco Antônio Pereira Rosa
1ºsgt Rogério dos Santos Enes
2ºsgt 60.061 Wenderson De Jesus Rosa
2ºsgt 60.422 Adriano Costa Lopes
3ºsgt 66.366 Vinicíus Alves Alkaim
3ºsgt 72.193 Maurício Ferreira Perestrelo
3ºsgt 72.914 Paulo Roberto Pereira da Costa Júnior
3ºsgt 75.520 Rodrigo Ulber Da Motta
3ºsgt 75.947 Lenilson Rodrigues Tenório
Cb 81.467 Job Kleber Melo Magalhães
Cb 81.929 Caio Lucas Salvador
Cb 81.966 Flávio Marques Moreira dos Santos
Cb 82.133 Heverson Luiz dos Santos Oliveira
Cb 82.912 Luciano Pereira Mendonça
Cb 84.617 Sergio Luiz Pimenta de Oliveira
Cb 85.263 Giovanny Soares Barreto De Oliveira
Sd 92.823 Thiago Sarmento Dos Santos
Sd 92.080 Vanessa Pereira dos Santos
Sd 95.570 Thiago Schomaker Farias
Sd 94.777 Julio César Gonçalves Da Silva
Sd 96.137 Bruno Machado Roberto
Sd 96.480 Gistayne Mathias Chavez

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8 - Prescrições
Todos os cursos de formação e os de especialização e aperfeiçoamento que possuírem carga horária
operacional deverão empregar a presente metodologia no ensino da Disciplina Defesa Pessoal e Uso
da Força;
 Fica Instituído o Centro de Educação Física e Desporto da PMERJ, como unidade gestora do
MDPM, devendo cuidar da habilitação e atualização dos instrutores;
 Apenas os instrutores militares cadastrados e com a habilitação em dia poderão ministrar instru-
ções do MDPM;
 O Presente manual deverá ser revisado anualmente pelo Conselho Normativo do MDPM;
 Fica proibido o ensino de artes marciais ou outras metodologias com o cunho de instrução téc-
nico-profissional de Defesa Pessoal e Uso da Força na PMERJ, sendo autorizada sua prática
apenas com cunho desportivo.
 As Unidades Especiais e Especializadas deverão instruir suas tropas conforme os preceitos do
MDPM, adicionando às suas instruções, técnicas e procedimentos específicos adaptados às suas
necessidades.

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BIBLIOGRAFIA

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Encarregados da Aplicação da Lei. Resolução nº. 34/169 de 17 de dezembro de 1979.
Institui o Código de Conduta para os Encarregados da Aplicação da Lei. 1979
ASSEMBLÉIA GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS. Princípios Básicos sobre o Uso da força e
Arma de Fogo. In: Oitavo Congresso das Nações Unidas sobre Prevenção do Crime e o
Tratamento dos Infratores, realizado em Havana, Cuba, de 27 de agosto a 7 de setembro de 1990
BOBBIO, Norberto. A Era dos Direitos. 1. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1992

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BRASIL. Código de Processo Penal Militar Brasileiro.1 ed. São Paulo: Rideel, 2003

BRASIL. Código Penal Militar Brasileiro. 1 ed. São Paulo: Rideel, 2003
BRASIL. Programa Nacional de Segurança Pública e Cidadania. Segurança Pública e Cidadania.
Disponível em: http://www.aprapr.org.br/wp-
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07. Disponível em:<http://senaspead.ip.tv/default.asp?login=09883968744&auth=1>. Acesso
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BRASIL. Secretaria Nacional de Segurança Pública. Uso Diferenciado da Força. Brasília: 2011,
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<http://ead.senasp.gov.br/modulos/_compartilhado/scorm/edu_curso_inicio.asp?sii=680>.Acesso
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Disponível em:
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São Paulo, n. 30. abr./mar./jun. 2001. São Paulo, 2001

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LIMA JR., Jayme Benvenuto; GORENSTEIN, Fabiana; HIDAKA, Leonardo Jun Ferreira.
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Direitos Humanos Internacionais: Acesso aos Sistemas global e Regional de Proteção dos
Direitos

Humanos. Recife: MNDH/GAJOP, 2001

LUÑO, Antonio Enrique Pérez. Derechos Humanos, Estado de Derecho y


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MUNIZ, Jaqueline. Polícia brasileira tem história de repressão social, 2001.
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MORGADO, Maria Aparecida. A Lei Contra a Justiça. Um mal estar na Cultura


Brasileira.Brasília: Plano Editora, 2001

NATIONAL INSTITUTE OF JUSTICE.A Multi-Method Evaluation of Police Use of Force


Outcomes: Final Report to the National Institute of Justice Michael R. Smith; Robert J.
Kaminski; Geoffrey P. Alpert; Lorie R. Fridell; John MacDonald; Bruce Kubu. EUA, Carolina
do Sul. 2010
NEMETZ, Erian Karina. A Evolução histórica dos direitos humanos. Rev. de Ciênc. Jur. da
Unipar. v.7, n.2, jul/dez., 2004
NONAKA, Ikujiro e TAKEUCHI, Hirotaka.Criação de conhecimento na empresa. 1. ed.
Rio de Janeiro: Campos, 1997

ROVER, Cees de. Direitos Humanos e Direito Internacional Humanitário para forças
Policiais e de Segurança: Manual para instrutores. Genebra. Comitê Internacional da Cruz
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SANDES, Wilquerson Felizardo. O Uso da Força na Formação de Jovens Tenentes: Um


Desafio para a Atuação Democrática da Polícia Militar de Mato Grosso. Dissertação de
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SILVA, S. S. Teoria e prática da educação em Direitos Humanos nas instituições policiais
brasileiras. Rio Grande do Sul: Edições CAPEC, 2003
STEBEL, Vanessa de Fátima (org.). Código Penal. 3. ed. Curitiba: Juruá, 2004

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Governo do Estado do Rio de Janeiro


Secretaria de Estado de Segurança
Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro

Anexo II – IN 33/PMERJ

USO DE INSTRUMENTOS DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO


RIO DE JANEIRO
2015

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Comandante-Geral da PMERJ: CEL PM Alberto Pinheiro Neto


Chefe do Estado-Maior Geral : CEL PM Robson Rodrigues da Silva

MAJ PM Adriano da Costa Rodrigues RG 63.408


CAP PM Gilberto Martins Ribeiro Filho RG 80.436
CAP PM Giancarlo Sant´ana Sanches RG 80.480
CAP PM Guilherme de Azevedo Cardoso RG 80.977
CAP PM Célio Alves de Barros Junior RG 63.824
1° TEN PM Fernando A lves Mendes Ferreira RG 82.357
SGT PM Ricardo Telles de Noronha Junior RG 79.449
SGT PM Leonardo Brandão Barbosa RG 79.442
SD PM Fabio da Silva Campos RG 85.256

Revisores:
DR.Fernando de Carvalho da Silva Prof.Adjunto II
Universidade Federal Fluminense
Instituto de Quimica, Departamento de quimica Organica
Ten Cel PM Mauro Cesar Maciel de Andrade RG 53.520

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CAPITULO I
AGENTES QUIMICOS NÃO LETAIS

1 INTRODUÇÃO

O emprego policial de agentes químicos contra pessoas visa basicamente


dispersar multidões, subjugar criminosos e até mesmo isolar uma área conflagrada.
A utilização de agentes químicos contra civis deve ser condicionada
primordialmente à pessoal capacitado, evitando-se com isso o mau uso da tecnologia não
letal. Cabe ressaltar, que infelizmente nenhum sistema pode ser descrito como perfeito e
totalmente livre de mortes, porém, o treinamento constante e o controle é que vão garantir o
sucesso da operação. Não podemos esquecer, que até mesmo a água e oxigênio em grandes
quantidades e concentrações podem causar lesões permanentes ou serem letais.
Essa nova tecnologia no policiamento ostensivo constituiu uma ferramenta
indispensável para uso legal da força e a preservação dos direitos humanos, assim como
estabelece o Código de Conduta para os Encarregados da Aplicação da Lei - CCEAL, os
Princípios Básicos sobre a Utilização da Força e de Arma de Fogo pelos funcionários
responsáveis pela aplicação da lei da ONU e a Lei 13.060, promulgada em 22 de dezembro de
2014 e que disciplina o uso dos instrumentos de menor potencial ofensivo pelos agentes de
segurança pública, em todo o território nacional.

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CAPITULO 2
ESPARGIDORES DE AGENTES QUÍMICOS

1- ESPARGIDORES

1.1 - Espargidor de CS:

O espargidor de CS possui como substância ativa o orto-


Clorobenzilidenomalononitrila, capaz de reagir com a pele e os olhos, provocando uma forte
sensação de queimadura acompanhada de lacrimejamento intenso, sufocamento, dificuldade de
respiração, constrição do peito, fechamento dos olhos, forte ardência em contato com a pele
úmida, corrimento nasal, vertigens, aturdimento, medo intenso e pânico. Possui efeitos pouco
significativos contra animais.

A duração e intensidade dos efeitos variam de acordo com a pessoa submetida, inicia-
se em até 10 segundos do primeiro contato, e leva em média de 5 a 15 minutos, para que o
contaminado consiga voltar ás suas atividades normais.

1.2 - Espargidor de OC

O espargidor de OC possui como substância ativa a Capsaicina, extraída de plantas do


gênero Capsicum, conhecida entre nós como pimenta malagueta ou vermelha, que causa dor e
ardência. É uma poderosa substância que irrita a pele e mucosas, produzindo uma intensa
sensação de ardor, principalmente em contato com os olhos, causando o fechamento
involuntário dos mesmos. Causa ainda desconforto, dor, além de lacrimejamento intenso e
eritema (coloração avermelhada do local atingido).

Quanto ao sistema respiratório, provoca tosses prolongadas, irritação pulmonar e


possivelmente aumento da freqüência respiratória. Se ingerido poderá causar náuseas, vômitos
e diarréias. Na pele causa sensação de queimação e eritemas, se a exposição for prolongada
poderá dar azo à bolhas e descamações.

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Seus efeitos nos olhos são imediatos, levando em média de 20 a 30 minutos, para que
o contaminado consiga voltar ás suas atividades normais.

2 - TIPOS DE ESPARGIDORES

Na Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro utilizamos espargidores do tipo aerossol,


gel e espuma. Os espargidores de espuma e gel são compostos de agente químico OC. Já o aerossol,
o mais utilizado, é constituído de agentes químicos OC e CS.

Dentre as suas finalidades de utilização em operações policiais, podemos destacar as


seguintes:

 Situações de auto defesa do policial, quando o mesmo está na iminência de ser agredido
(aerossol, espuma e gel);
 Contenção de pequenos distúrbios (aerossol);
 Prisão de infratores não cooperativos (aerossol, espuma e gel)

A utilização de qualquer tipo de espargidor, dependerá é claro, do tipo de ocorrência que


o policial vier a ser exposto, visto que, taticamente há vantagens e desvantagens em cada um deles,
logo o operador deverá conhecer e avaliar corretamente as possibilidades de emprego do mesmo.

2. 1 - Espargidores Tipo Aerossol

Estes utilizam a pressão de um propelente para dirigir ao ar, minúsculas partículas de


agente químico. Suas características são as seguintes:

 Utilizado para contaminação de ambientes abertos;

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 Pode ser aplicado para inquietar pessoas não colaborativas, se dirigido ao tórax das mes-
mas, ou ao ambiente que as cercam, visando basicamente a inquietação e não a incapacitação de in-
divíduos;
 Utilizado na desocupação de pequenas áreas tomadas por infratores;

2.2 - Espargidores Tipo Espuma e Gel

São pouco utilizados, porém possibilita aos policiais, o espargimento do agente químico de forma
direcionada, sem que ocorra a contaminação do ambiente, bem como das demais pessoas presentes
no local, suas principais características são:

 (É ideal para ambientes confinados, como por exemplo: ações em shoppings, estádios de fute-
bol, hospitais, residências, ônibus, metrô, trem, etc.), devido principalmente a sua baixa capacidade de sa-
turação;
 Individualização na aplicação do jato, ou seja, o operador quer atingir somente uma pessoa
determinada;
 A irritação causada às vias aéreas é relativamente menor que a produzida pelo tipo aerossol,
se tornando um produto menos lesivo;
 Não é indicado para um grande número de pessoas, pois não goza de um cone de dispersão
adequado, sendo a saída do agente químico direcionado;
 Não é indicado na modalidade inquietante, devendo ser utilizado somente na modalidade in-
capacitante.
3 - MODELOS DE ESPARGIDORES

No mundo existem diversos fabricantes de espargidores, sendo produzidos desde um simples


chaveiro, até dispersores de alta capacidade de agente químico. Porém, como o principal objetivo deste
manual é padronizar o emprego correto dos espargidores utilizados na Polícia Militar do Estado do Rio de
Janeiro, iremos adotar como modelo os da fabricante CONDOR, pelo fato da mesma ser a fornecedora
dessa tecnologia não letal até o presente momento. A fabricante brasileira CONDOR, possui para o
emprego policial os seguintes modelos a seguir:

3.1 - Modelos Aerossol

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Fig. 1 Família de espargidores CS Fig. 2 Família de espargidores OC

3.2 - Modelo Espuma:

MODELO NOMENCLATURA PESO ALCANCE DISTÂNCIA DE


UTILIZAÇÃO
Espargidor de OC GL 108/E 79g 1m Nunca menor que
modelo standard 01(um) metro do
agressor
Espargidor de OC GL 108/E MAX 4 3m Nunca menor que
modelo max 50g 02(dois) metros
do agressor

Fig. 3 Espargidores espuma OC

3.3 - Recomendações:

O Policial deverá escolher o modelo de espargidor mais adequado para o seu tipo de
serviço(policiamento ordinário a pé, em viatura, etc.). Devendo ainda, levar em consideração as
variedades de tamanho, alcance médio, peso e a quantidade de pessoas as quais poderá se dirigir o
jato de agente químico. Os mais utilizados pelo Batalhão de Choque da PMERJ são os modelos
Standard e Max.

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Estes espargidores obedecem uma distância mínima


de segurança, nos modelos Standard de 1(um) metro,
no Max aerossol ela é de 2(dois) metros e no de
espuma 2(dois) metros.

Fig. 4 Fig. 5

4 - ESTRUTURA DOS ESPARGIDORES

São constituídos geralmente, por um corpo cilíndrico de alumínio que guarda o


agente químico. Os do tipo aerossol, GL 108-OC/CS Standard e GL 108 OC/CS MAX,
são estruturados da seguinte forma:

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5 – OPERAÇÃO DOS ESPARGIDORES

O funcionamento do espargidor se dá de maneira fácil, não exigindo do operador


quaisquer habilidades especiais de utilização, pois o simples acionamento do atuador, acarretará
o disparo.

Segue abaixo a forma correta de operação do espargidor pelo policial militar:

1° Respeite a distância mínima entre você e o agressor, lembre-se o não cumprimento des-
ta regra poderá causar queimaduras ou danos oculares ao contaminado;
2º Retire o espargidor do seu coldre;
3° Levante a tampa do atuador (nos casos dos modelos standard, super, ou menores) ou re-
tire o pino retém do atuador (modelo Max);
4º Segure-o verticalmente na direção do rosto do infrator;
5º Pressione o atuador de uma a duas vezes em jatos circulares de 0,5 a 1 segundo;
6º Todos os espargidores de OC/CS podem ser utilizados diretamente no rosto;

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Fig. 8 Pino retém do Atuador Fig. 9 Atuador do Espargidor Fig.10 Atuador do Espargidor
do Espargidor modelo MAX modelo MAX modelo standard

6 - Recomendações

Abaixo estão elencadas algumas recomendações sobre a utilização dos espargidores,


fornecidas pelo fabricante e vivenciadas pelo Batalhão de Polícia de Choque da PMERJ, através do
uso cotidiano/prático deste armamento:

 Evite o disparo contra o vento, pricipalmente quando da utilização de aerossois, se


possível, utilize máscara de proteção contra agentes químicos;
 O espargimento deve ser enérgico e o operador deverá estar com uma “boa base”, a fim de
que se mantenha o equilíbrio;
 Para um bom efeito incapacitante o operador deve visar os olhos e as vias aéreas do
infrator;
 Para um efeito inquietante a visada deve ser dirigida ao tórax do indivíduo;
 Relate em Talão de Registro de Ocorrências o uso do equipamento;
 Não exponha o espargidor a altas temperaturas, não o deixe dentro da viatura exposto ao
sol;
 Mantenha-o sempre na posição vertical, se possível transporte-o no coldre próprio ou em
bornais;
 Assim que receber o espargidor verifique seu prazo de validade;

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8 - DESCONTAMINAÇÃO

É o ato de amenizar os efeitos causados pelo agente químico, esta fase deve ser
realizada imediatamente após a contaminação, tomando por base o binômio água e arejamento.
Para tal são tomadas as seguintes medidas:

 Mantenha o contaminado calmo para reduzir a sudorese;


 Retire o contaminado do local onde foi realizado o espargimento;
 Peça para que o mesmo não esfregue o rosto nem os olhos;
 Volte o rosto do contaminado contra o vento;
 Informe ao contaminado que o mesmo não deve ingerir líquidos;
 Mande o contaminado lavar as partes do corpo afetadas, com água corrente em abundância;
 Procurar auxílio médico quando as medidas acima não sejam eficazes, ou caso haja
contaminação intestinal ou pulmonar, neste caso poderá ser necessário a administração de
oxigênio ou bronquiodilatadores por pessoal especializado.

9 - ASPECTOS LEGAIS

O Brasil possui em sua legislação o Regulamento para a Fiscalização de Produtos


Controlados (R-105) com redação dada pelo Decreto 3.665 de 20 de Dezembro de 2000. Através
deste, produtos como os espargidores de agentes químicos, possuem seu uso restrito. Cabendo ao
Exército Brasileiro a responsabilidade de controlar e autorizar a sua aquisição por órgãos de
segurança e empresas privadas, essa última regulada pelo Departamento da Polícia Federal.

Portanto os cidadãos comuns não podem portar espargidores que contenham agentes
químicos considerados controlados, sob pena de incidirem no Art. 253 do Código Penal (CP):

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“Art. 253 - Fabricar, fornecer, adquirir, possuir ou transportar, sem licença da


autoridade, substância ou engenho explosivo, gás tóxico ou asfixiante, ou material
destinado à sua fabricação:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.”

Não devendo se evocar a lei 10.826/2003, Estatuto do Desarmamento.

Ao se fazer uso, salvo nas condições previstas pelas causas excludentes de ilicitude do
Código Penal, a pessoa poderá ser responsabilizada, de acordo com o caso fático, pelo delito
constante no Art. 252 do CP:

“Uso de gás tóxico ou asfixiante

Art. 252 - Expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem,


usando de gás tóxico ou asfixiante:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.”

Isto é claro, se o fato não constituir um outro mais grave como o previsto no Art. 121 do
CP (homicídio) em sua forma qualificada.

O agente da lei que fizer uso do equipamento não letal, pautado nos princípios do uso
diferenciado da força, certamente será contemplado pelas excludentes de ilicitude. Porém se faz
necessário lembrar de alguns dispositivos legais que podem ser trazidos à tona, caso o operador
aja em desconformidade com os regulamentos:

Constituição Federal de 1988

“Art. 5º

III – ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou


degradante;”

Código Penal Militar

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“Art. 270

Expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, em lugar


sujeito à administração militar, usando de gás tóxico ou asfixiante ou prejudicial
de qualquer modo à incolumidade da pessoa ou da coisa:

Pena – reclusão, até cinco anos.”.

Lei 9455/97

“Art. 1º Constitui crime de tortura:

I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,


causando-lhe sofrimento físico ou mental:

a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de


terceira pessoa ....

II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de


violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de
aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.

Pena - reclusão, de dois a oito anos.”

10 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

Há de ressaltar que a utilização de espargidores, em momento algum poderá ser visto como
um substituto das armas de fogo, aliás em se tratando de armamento não letal, nenhum deles
poderão ser encarados desta forma. Procura-se dar ao agente da lei mais uma ferramenta para que
ele seja seletivo em sua ação, causando o menor dano possível ao agente infrator.

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CAPITULO 3

GRANADAS NÃO LETAIS

1. QUANTO AO EMPREGO

Quanto ao emprego, as granadas não letais são qualificadas como defensivas ou ofensivas.

1.1 - Defensivas (letais)


Granadas Defensivas são aquelas que, em seu uso, causam lesões permanentes e/ou a morte
do(s) oponente(s), através da produção de estilhaços advindos do próprio corpo da granada,
arremessados com a sua detonação.

1.2 - Ofensivas (não-letais)


Granadas Ofensivas são aquelas especificamente projetadas, em seu uso, para não
causarem morte do(s) oponente(s) e/ou lesões permanentes.

2. QUANTO A SUA PROJEÇÃO

As granadas não-letais podem ser arremessadas ou lançadas, de acordo com o seu


modelo.

2.1 - Granadas de arremesso

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Entende-se por granadas de arremesso aquelas que são projetadas a pequenas


distâncias manualmente (granada de mão), utilizando, para isso, apenas a força física. Esse
arremesso pode ser parabólico ou rasteiro.

2.2 - Granadas de lançamento


São granadas projetadas a grandes distâncias e que, para isso, dependem de
armas de fogo (lançadores) para realizarem seus lançamentos.

3. ARMAS DE FOGO E ADAPTADORES UTILIZADOS EM GRANADAS NÃO


LETAIS

As armas de fogo e os adapatadores mais utilizados para o lançamentos de


granadas não-letais são:

3.1 - Espingardas calibre 12

Arma de fogo portátil, de cano longo, sem raiamento (alma lisa), de calibre 12. Utilizada
para projeção de granadas não letais.

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3.2 - Adaptador de bocal de lançamento cal. 12 - BC 100

O adaptador de bocal cal. 12, BC 100, é utilizado para o lançamento de granadas não letais.

3.3 - Bastão lançador AM 402 (cal. 12)

O lançador cal. 12 para cartuchos de munições não-letais foi desenvolvido para efetuar
o lançamento das munições do mesmo calibre.

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3.4 - Lançador AM 600 (cal. 37/38 e 38.1 mm)

Foram desenvolvidos para lançamento de granadas e munições não-letais nos calibres


37/38 e 38.1mm

3.5 - Lançador AM 640 (cal. 40X46 mm)

Foram desenvolvidos para o lançamento de granadas e munições não-letais no calibres


40mm.

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3.5.1 - Adaptador de bocal cal. 37/38, 38.1 e 40mm BC 101

O adaptador de bocal cal. 37/38, 38.1 e 40mm BC 101, é utilizado para o


lançamento de granadas não letais.

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4 - ACIONAMENTO DAS GRANADAS NÃO LETAIS

Existem três mecanismos de acionamento para granadas não-letais: EOT, PSTM e CP.

 EOT: Espoleta de Ogiva de Tempo ou Espoleta Ogival de Tempo.

 PSTM: Percussor Sob Tenção de Mola.

 CP: Carga de Projeção.

4.1 - Forma de acionamento da EOT

Após a retirada do grampo de segurança, há o arremesso da granada, quase


simultaneamente, a haste metálica é ejetada através da ação do percurssor que aciona a espoleta,
ocorrendo a ejeção do EOT. Ato contínuo inicia-se o tempo de contagem da detonação do artefato
de acordo com cada tipo de granada. Esta forma de acionamento é também chamada de "duplo
estágio".

HASTE METÁLICA

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4.2 - Forma de acionamento do PSTM

Ao tracionar o cordão de acionamento, é rompido o retém do percussor, que estará,


simultaneamente, sob tensão de mola (acionador de tração). A pressão da mola projetará o percussor
contra a espoleta, dando início à queima da coluna de retardo que provoca a combustão da carga
química.
Atualmente esta forma de acionamento encontra-se em desuso, pois há a intenção do
fabricante de padronizar o modo de acionamento das granadas através do sistema EOT.

4.3 - Forma de acionamento por CP

Esse tipo de acionamento é utilizado em granadas de lançamento. O percussor de uma


arma de fogo (lançador) realiza o espoletamento do estojo, provocando a combustão da carga de
projeção que vai, simultaneamente, projetar a granada e dar início à queima da coluna de retardo.

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As granadas de emissão não letais, por sua vez, podem ser classificadas em:
Lacrimogêneas e Fumigenas.

5.3 - Emissão lacrimogênea

São utilizadas com o objetivo de dissuadir pessoas e dissolver grupos de infratores


pelo efeito de agentes químicos inquietantes, produzindo rápida irritação ou incapacitação
sensorial. Esses efeitos desaparecem após a exposição.

5.4 - Emissão fumígena

São utilizadas com o objetivo de realizar sinalizações diurnas coloridas para


salvamento, início e término de operações em selva, áreas rurais e urbanas, com a utilização do
código de cores. São também aplicadas em operações de controle de distúrbios e combate à
criminalidade. Dividem-se em:

 cobertura – São granadas projetadas para produzir uma densa cortina de fumaça, que serve
para mascarar a retirada ou a movimentação de tropas de infantaria. Pode ser utilizada
em controle de distúrbios, desorientando e dispersando infratores, servindo também co-
mo um bom artefato sinalizador.

 sinalizadoras – São utilizadas com o objetivo de realizar sinalizações diurnas coloridas pa-
ra salvamento, início e término de operações em selva, áreas rurais e urbanas, com a uti-
lização do código de cores. Utilizadas também em controle de distúrbios civis e opera-
ções especiais.

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6.1.1 - Granadas explosivas indoor

As granadas explosivas indoor foram projetadas para serem utilizadas por grupos
especializados em operações de adentramento em ambientes fechados. Tem por objetivo garantir o
efeito surpresa e atordoar infratores, criando condições favoráveis para uma rápida intervenção
policial.
Cabe ressaltar que as granadas indoor deixam de ser granadas não-letais, tornado-se
granadas de baixa letalidade, quando empregadas em ambientes confinados. Pois o objetivo de
uma equipe de intervenção tática é de primeiramente preservar a vida de indivíduos que se
encontram dentro desses ambientes.
O tempo de retardo de uma granada explosiva indoor é de aproximadamente 1,5
segundos.

6.1.1.1 - Distância mínima de segurança

A detonação das granadas explosivas indoor deve ocorrer a uma distância mínima de
05 (cinco) metros do infrator.

6.1.1.2 – Estrutura das granadas explosivas indoor

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1. ARGOLA E GRAMPO DE SEGURANÇA;


2. ACIONADOR TIPO EOT;
3. COLUNA DE 1ª RETARDO;
4. CARGA DE DEPOTÁGEM;
5. COLUNA DE 2ª RETARDO;
6. CARGA EXPLOSIVA;
7. CORPO DE BORRACHA;
8. CARGA PRINCIPAL;
9. HASTE METÁLICA DA GRANADA

6.1.1.3 – Operação das granadas explosivas indoor

O manuseio deste artefato deve ser realizado por pessoal treinado, devendo-se iniciar o
acionamento da granada somente quando se tiver a certeza de sua utilização.
Nunca se deve recolocar o pino e a argola na granada após a sua retirada.
As granadas explosivas indoor devem ser arremessadas da seguinte maneira:

1- Empunhar a granada firmemente com a haste metálica do capacete voltada para palma da
mão;
2- Manter a haste metálica do EOT comprimida na palma da mão;
3- Retirar a argola e o grampo de segurança, através do movimento de rotação no sentido ho-
rário e tração respectivamente. (para dentro e para fora!)
4- Arremessar o artefato rasteiramente ao solo, em uma direção segura;
5- Respeitar a distância mínima de segurança.

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6.1.3.1- Distância mínima de segurança


A detonação das granadas explosivas outdoor deve ocorrer a uma distância mínima de
10 (dez) metros do infrator.

6.1.3.2- Estrutura das granadas explosivas outdoor

1. ARGOLA E GRAMPO DE SEGURANÇA;


2. ACIONADOR TIPO EOT;
3. COLUNA DE 1ª RETARDO;
4. CARGA DE DEPOTÁGEM;
5. CARGA EXPLOSIVA;
6. CORPO DE BORRACHA;
7. CARGA PRINCIPAL;
8. HASTE METÁLICA DA GRANADA;
9. COLUNA DE 2ª RETARDO.

6.1.3.3 - Operação das granadas explosivas outdoor

O manuseio deste artefato deve ser realizado por pessoal treinado, devendo-se iniciar o
acionamento da granada somente quando se tiver a certeza de sua utilização.
Nunca se deve recolocar o pino e a argola na granada após a sua retirada

As granadas explosivas outdoor devem ser arremessadas da seguinte maneira:

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1 - Empunhar a granada firmemente com a haste metálica do capacete voltada para palma da
mão;
2 - Manter a haste metálica do EOT comprimida na palma da mão;
3 - Retirar a argola e o grampo de segurança, através do movimento de rotação no sentido
horário e tração respectivamente. (para dentro e para fora!);
4 - Arremessar o artefato a partir de trás e por sobre a cabeça do operador num movimento
de parábola; ou arremessá-lo rasteiramente ao solo, em uma direção segura;
5 - Respeitar a distância mínima de segurança.

6.1.3.4 – Espécies de granadas explosivas outdoor

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- Acionamento pelo sistema EOT

1 - Empunhar a granada firmemente com a haste metálica do capacete voltada


para palma da mão;
2 - Manter a haste metálica do EOT comprimida na palma da mão;
3- Observar a direção do vento;
4 - Retirar a argola e o grampo de segurança, através do movimento de
rotação no sentido horário e tração respectivamente. (para dentro e para
fora!);
5 - Arremessar o artefato, a partir de trás e por sobre a cabeça do operador
num movimento de parábola; ou arremessá-lo rasteiramente ao solo, numa
direção segura;
6 - Não deve ser arremessado em locais que possuam materiais de fácil
combustão;
7 - Não deve ser arremessado em ambientes confinados sem ventilação.

- Acionamento pelo sistema PSTM

1 - Empunhar a granada firmemente na mão;


2 - Retirar a tampa plástica protetora do acionador;
3 - Observar a direção do vento;
4 - Tracionar(puxar) energicamente o cordão de acionamento do sistema
PSTM;

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5 - Arremessar imediatamente o artefato, a partir de trás e por sobre a cabeça


do operador num movimento de parábola; ou arremessá-lo rasteiramente
imediatamente ao solo, numa direção segura;
6 - Não deve ser arremessado em locais que possuam materiais de fácil
combustão;
7 - Não deve ser arremessado em ambientes confinados sem ventilação.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:

O arremesso de granadas de emissão lacrimogênea em ambientes confinados, só


será permitido nos seguintes casos:

 Em operações policiais(como último recurso), onde haja a necessidade de


desalojar e deter agressores homiziados em: residências, galerias, celas,
penitenciárias, presídios, etc. Devendo ser realizadas exclusivamente
por profissionais especializados e treinados, com experiência profissio-
nal e prática, possuidores de cursos militares nas áreas de agentes quí-
micos, operações de choque, controle de distúrbios civis e operações
especiais.

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O tempo de retardo de uma granada de emissão lacrimogênea é de aproximadamente


2,5 segundos.

6.3.1 - Distância mínima de segurança

Nas granadas de emissão fumígena não há distância mínima de segurança, tendo em


vista a mesma não produzir estilhaços, devido a ausência de carga explosiva.

6.3.2 Estrutura das granadas de emissão fumígena

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Ressaltamos que as granadas de emissão fumígena apresentadas neste


manual, possuidoras do sistema de acionamento PSTM, são também dotadas do sistema
EOT, tendo em vista a busca de padronização por parte do fabricante.

6.3.3 - Operação das granadas de emissão fumígena

O manuseio deste artefato deve ser realizado por pessoal treinado, devendo-se
iniciar o acionamento da granada somente quando se tiver a certeza de sua utilização.
Nunca se deve recolocar o pino e a argola na granada após a sua
retirada(sistema de acionamento EOT).

O manuseio deverá ser feito da seguinte maneira:

- Acionamento pelo sistema EOT

1 - Empunhar a granada firmemente com a haste metálica do capacete voltada


para palma da mão;
2 - Manter a haste metálica do EOT comprimida na palma da mão;
3- Observar a direção do vento;
4 - Retirar a argola e o grampo de segurança, através do movimento de
rotação no sentido horário e tração respectivamente. (para dentro e para
fora!);

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5 - Arremessar o artefato, a partir de trás e por sobre a cabeça do operador


num movimento de parábola; ou arremessá-lo rasteiramente ao solo, numa
direção segura;
6 - Não deve ser arremessado em locais que possuam materiais de fácil
combustão;
7 - Não deve ser arremessado em ambientes confinados sem ventilação.
.

- Acionamento pelo sistema PSTM

1 - Empunhar a granada firmemente na mão;


2 - Retirar a tampa plástica protetora do acionador;
3 - Observar a direção do vento;
4 - Tracionar(puxar) energicamente o cordão de acionamento do sistema PSTM;
5 - Arremessar imediatamente o artefato, a partir de trás e por sobre a cabeça do
operador num movimento de parábola; ou arremessá-lo rasteiramente imediatamente
ao solo, numa direção segura;

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6 - Não deve ser arremessado em locais que possuam materiais de fácil combustão;
7 - Não deve ser arremessado em ambientes confinados sem ventilação.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:

O arremesso de granadas de emissão fumígena em ambientes confinados, só será


permitido nos seguintes casos:

 Em operações policiais(como último recurso), onde haja a necessidade de desa-


lojar e deter agressores homiziados em: residências, galerias, celas, penitenciá-
rias, presídios, etc. Devendo ser realizadas exclusivamente por profissionais
especializados e treinados, com experiência profissional e prática, possuidores
de cursos militares nas áreas de agentes químicos, operações de choque, con-
trole de distúrbios civis e operações especiais.

 Em cursos militares ministrados pelo Batalhão de Polícia de Choque, Batalhão


de Operações Especiais e Batalhão de ações com cães, devidamente publica-
dos e autorizados por autoridade competente. Cabendo ao coordenador do cur-
so a responsabilidade de fiscalizar a utilização de equipamentos de proteção
individual(máscara supridora de oxigênio), durante a instrução.

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7 - ARMAZENAGEM

Para a correta armazenagem do produto recomenda-se: local seco e arejado distante de


paredes, teto e chão; umidade relativa controlada entre 60 e 80%; temperatura entre 22 e 38ºC;
evitar a luz solar e serem acondicionadas na própria embalagem. Com esses cuidados, os artefatos
tem uma vida útil de até 5(cinco) anos.

8 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

As tecnologias não-letais estão em constante aperfeiçoamento, com o escopo de garantir a


eficácia nas intervenções policiais, surgindo a cada dia novidades no mercado.
Os artefatos apresentados neste trabalho representam apenas uma pequena fração do vasto
universo das granadas não-letais. Muitos modelos foram deixados de fora, pelo fato de não serem
tão comuns, seguros ou eficientes no serviço diário dos agentes de segurança pública.

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CAPITULO 4

MUNIÇÕES NÃO LETAIS

1. CONCEITO DE MUNIÇÕES NÃO LETAIS

Consistem em artefatos projetados para realizarem incapacitações temporárias e


não permamentes em pessoas ou objetos, seja em ações contra alvos isolados ou em locais
com grande concentração de pessoas.
Essas munições podem ser de: Impacto Controlado, quando sua ação é oriunda do
impacto de projetis de baixa energia cinetica (elastomero, espuma, projetis expansivos,
bismuto, beans bags, etc); Quimicas, por ação direta de agentes sólidos (as munições de jato
direto tando de CS quanto OC); Quimicas por ação de agentes fumigenos (munições
fumigenas coloridas); Quimicas por emissão de agentes lacrimogeneos (CS) e Explosivas
(Possuem cargas explosivas projetadas atraves de uma munição, sejam elas somente
detonantes ou com algum tipo de agente quimico).

As munições de impacto controlado mais comuns são as de calibre 12, 37/38 mm e


40 mm, podendo variar de acordo com o modelo, conforme veremos adiante. Podem consti-
tuir-se de projétil singular ou em vários fragmentos.

A principal diferença das munições de impacto controlado (não-letais) para as mu-


nições letais, está no projétil, pois os projetis das munições de impacto controlado não são
de metal(com exceção das munições de bismuto).

2. OBJETIVO DAS MUNIÇÕES NÃO LETAIS

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O principal objetivo das munições não letais é a possibilidade do agente de seguran-


ça pública neutralizar qualquer tipo de ação individual ou coletiva sem proporcionar o efeito
morte, tampouco causar danos permanentes, desde que sejam seguidas as normas de seguran-
ça e emprego correto deste tipo de tecnologia.

3. ARMAS DE FOGO E ADAPTADORES UTILIZADOS EM MUNIÇÕES NÃO LETAIS

Para melhor elucidar a compreensão dos diversos tipos de munições não letais abor-
dadas neste capítulo, elas serão apresentadas sistematicamente, seguindo uma ordem de acor-
do com a arma específica utilizada no disparo de cada modelo apresentado.

3.1 – Espingardas calibre 12

É utilizada com grande sucesso para efeturar disparos de munições de impacto con-
trolado, agentes quimicos e explosivos. Não usar “choque cilindrico” nestas armas para ope-
rarem essas munições.

3.1.1 – Adaptador de bocal cal. 12, 37/38,1 mm e 40 mm - BC 100, BC 100/A e


BC 101

Este adaptador é acoplado à espingardas ou à lançadores, para lançar granadas que


funcionem através de EOT, em locais onde o arremeço manual é comprometido por obstácu-
los(muros altos, longas distâncias, etc.). O lançamento é feito por um tipo de munição espe-
cial, a AM 405 (para as espingardas) ou a AM 405/A(para os lançadores 37/38,1 mm).

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3.2 - Bastão lançador AM 402 (cal. 12)

Pouco utilizado operacionalmente, mais recomendado para utilizar munições de


projeção, devido o mesmo não possuir as vantagens no tocante à precisão da espingarda, não é
recomendado para ser utilizado com munições de impacto controlado.

3.3 - Lançador AM 600 (cal. 37/38 e 38.1 mm)

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Arma projetada para disparar munições do referido calibre, de alma lisa, fácil
manuseio, podendo ser utilizadas tanto munições de impacto controlado, jato direto e de
emissão (lacrimogeneas ou não). Basta puxar o aparelho de visada (alça de mira), que o
armamento irá abrir a culatra, onde introduziremos a munição e fechando-a posteriormen-
te.

Os mesmos cuidados no tocante a manutenção inerentes às espingardas devem ser


mantidos para os lançadores cal 37/38 e 38,1mm. Assim como as espingardas, este arma-
mento não possui trava de percussor (o mesmo é flutuante), e sim trava de gatinho, portan-
to, deve-se ter cuidado quando a arma estiver carregada, pois diferentemente das cal 12 de
ação “pump”, não há possibilidade do armamento ficar somente alimentado, ele estará
sempre carregado.

Para as munições de emissão, as formas de empunhadura e engajamento irão va-


riar de acordo com a distância desejada pelo atirador, sendo que, se o armamento for em-
punhado em uma elevação de 45º, o projetil alcançará maior distancia. Empunhado a uma
elevação de 90º, alcançará a menor distancia possivel.

No momento de se realizar o disparo, a coronha do armamento deve ficar firme-


mente apoiada no ombro do atirador, e sua mão fraca segurará a empunhadura dianteira
(vide figura), porem, o atirador pode adotar outra empunhadura de tiro, usando a mão fraca
junto com a mão forte, assim como se faz com as armas curtas, mas mantendo a coronha
presa ao ombro. Algo que não se pode esquecer, é que a natureza da munição a ser usada
vai influenciar a forma do disparo. Assim, munições de impacto controlado por exemplo,
serão usadas diretamente contra pessoas, ja as munições quimicas de emissão, aquelas que
possuem corpo metalico, não podem ser usadas desta maneira, devido ao risco de lesões
permanente. Outra munição que deve se atentar no momento de se efetuar um disparo é a
de jato direto, não devendo ser usada diretamente contra os olhos de indivíduos, devido ao
risco de lesões oriundas do impacto do agente quimico em pó, bem como dos produtos rí-
gidos presentes no interior da mesma.

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3.4 - Lançador AM 640 (cal. 40X46 mm)

Este armamento possui as mesmas caracteristicas dos lançadores calibre


37/38,1mm, até mesmo nas formas de emprego. A unica diferença é seu cano que possui raia-
mento, o que o faz alcançar distancias maiores e com mais precisão. Este calibre é o padrão u-
tilizado pela OTAN, sendo também fornecido para a Polícia Militar do Estado do Rio de Janei-
ro.

3.5 - Arma de ar comprimido para munições de Bismuto - FN 303

Este armamento funciona atraves de ar comprimido, onde há necessidade de seu


cilindro de ar estar carregado (há um carregador proprio para deixar o cilindro de ar cheio,
também em forma de cilindro de gás). Ao introduzir o carregador (circular) em seu espaço, ra-
pidamente o mesmo ficará encaixado, sendo feito assim o carregamento da arma. Após a aber-
tura do ar, feita somente virando a tecla do cilindro para “ON”, a arma ja ficará com a trava de
segurança pronta, e o armamento já ficará em modo de segurança. Para disparar, coloca-se a

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trava de segurança a frente, destravando o armamento e realizando os disparos. Após a utiliza-


ção, é necessário fechar o cilindro de ar, porém deve se ter cuidado, pois mesmo com a passa-
gem do ar fechada, a arma ainda possui autonomia para aproximadamente 3 (três) disparos.

Para solucionar isso, o operador vai retirar o carregador, somente apertando a te-
cla do retém do mesmo, que esta entre o carregador e a empunhadura dianteira, e depois desta
ação, irá disparar a arma a “seco”, até o momento que o ar interno se acabe, inutilizando tempo-
rariamente o armamento.

O carregador possui a capacidade de 15 (quinze) munições. Para abastecer o


mesmo, o armamento possui um objeto parecido com um “canudo”, na mesma espessura das
munições, onde se introduz uma extremidade do mesmo no orifício de entrada do carregador, e
assim, na outra extremidade do “canudo”, se colocam as munições, que terminam no interior do
carregador. O operador deve girar a tampa do carregador (como nos telofones fixos antigos),
para que os demais espaços vazios venham se conectar ao “canudo” que está transportando as
munições.

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OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:

É de vital importancia o cuidado e a manutenção dos armamentos que utiliza-


mos para esses tipos de munições, pois elas deixam muitos residuos acumulados nos
canos (pólvora, residuos de elastomero e agentes quimicos), residuos esses que danifi-
cam o armamento.

Não é recomendado utilizar tipos diferentes de munições não letais com o


mesmo armamento, pois resíduos, sejam eles químicos ou borracha, podem comprome-
ter o funcionamento do disparo, devido ao acúmulo destes detritos no cano. Com isso,
os projetis perdem energia e precisão (devido o atrito com as impurezas), os agentes
químicos não são todos dispersados (ficando agarrados no cano), e no caso das explosi-
vas, o projetil detonante pode ficar contido no cano do armamento, (explodindo neste
mesmo local), podendo causar acidentes para o operador.

4. MUNIÇÕES NÃO LETAIS DE CALIBRE 12

4.1- Conceito

São os artefatos mais comuns na PMERJ, existindo munições de impacto contro-


lado, quimicas e explosivas, para diversos tipos de missões.

4.2 - Munições de Impacto Controlado

São munições projetadas para incapacitar pessoas através do impacto de projetis


de baixa energia cinética, sendo neste calibre, em sua quase totalidade feitas de elastômero
(borracha) .

4.2.1 - Munições cilíndricas de balote único - AM 403


O cartucho com balote único cilíndrico de elastômero foi um dos primeiros
modelos a ser projetado, devido ao seu desenho, e a propria natureza das armas que o
disparam, que são de alma lisa, não é possível ter com o mesmo uma precisão totalmente

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4.3 - Munições químicas

São projetis que tem como função principal incapacitar pessoas ou grupos de pes-
soas através da ação de agentes químicos.

4.3.1 - Munição química de jato direto CS - GL 103

Este modelo de munição possui o agente quimico CS em forma de pó no interior do


cartucho, sendo lançado diretamente contra o objetivo quando disparado. Devem ser tomadas
todas as precauções necessárias com este artefato, no tocante à descontaminação, pois o agente
quimico entrará em contato direto com o indivíduo. Outro cuidado a ser tomado é a questão da
manutenção do armamento que foi usado (espingarda ou bastão lançador), pois o mesmo ficará
com fragmentos do agente quimico usado, o que pode causar contaminação ao agente que o
manuseia, alem de danos ao armamento se a mesma manutenção não for eficiente.

4.3.2- Munição química de jato direto OC - GL 104

Possui a mesma mecânica, conceito e operacionalidade que as munições de jato di-


reto de CS, porém, deve ser tomada a precaução quanto à utilização desse agente quimico pró-
ximo a caninos, devido a elevada sensibilidade dos mesmos aos agentes oriundos da capsaicina.

4.4 - Munições explosivas

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São munições onde suas principais ações são oriundas da explosão de seus projetis,
podendo essas explosões além de efeito moral, liberarem alguma quantidade de um determina-
do agente químico.

4.4.1- Munições explosivas de carga inócua - GL 102

Este tipo de munição funciona atraves de carga explosiva, que tem sua coluna de re-
tardo iniciada pelo disparo, vindo a consumar a detonação quando a queima da coluna de retar-
do chega até a ogiva explosiva, liberando uma pequena carga de talco inerte, sem propriedades
lacrimogêneas.

4.4.2- Munições explosivas de carga lacrimogênea - GL 101

Com mesmo funcionamento, restrições e peculiaridades das munições explosivas de


carga inócua, porém, ao invés do talco inerte, o que será liberado pela munição depois da ex-
plosão, será um tipo de agente químico com propriedades lacrimogêneas, o CS.

5. MUNIÇÕES NÃO LETAIS DE CALIBRE 37/38 e 38.1mm

5.1 – Conceito

Os tipos de munição deste calibre, assim como no calibre 12 são diversos, possuindo
tanto munições de impacto controlado, quimicas com agente quimico sólido, fumígenas e de
emissão lacrimogênea.

5.2 - Munições de Impacto Controlado

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5.3.2 – Munições químicas de lançamento de longo alcance

Assim como as de medio alcance, estas possuem praticamente o mesmo emprego


operacional e as mesmas variações quanto sua natureza, sendo como diferença primordial, o
fato das munições de longo alcance serem projetadas para distancias entre 100(cem) a
120(cento e vinte) metros, podendo alcançar até 150m (cortar a 201)

5.3.3 - Munição química de jato direto CS - GL 103/A

Para este calibre, também há munições quimicas de jato direto, com agente CS ,
onde a forma de emprego será da mesma forma que as munições jato direto feitas para o ca-
libre 12. FOTO POR FAVOR

5.3.4- Munição química de jato direto OC- GL 104/A

Com o mesmo emprego que as munições mencionadas acima, porém com agente químico
capsaicina. FOTO POR FAVOR

6. MUNIÇÕES NÃO LETAIS DE CALIBRE 40x46mm

6.1 - Conceito
As munições neste calibre são relativamente novas na Corporação, possuindo
diversos modelos para funções e missões específicas, visto que encontraremos projetis de

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6.3.2- Munição explosiva de luz e som por impacto - NT 907 I

Artefato explosivo, que após o lançamento, devido à velocidade alcançada pelo


projetil, “abre” o dispositivo de detonação existente nesta munição, fazendo com que a
mesma detone ao colidir com uma superfície rígida.

CAMPOS TIRAR A MUNIÇÃO CORRESPONDENTE DA FIGURA - FOTO

6.3.3 - Munição explosiva de luz e som por retardo lacrimogêneo - NT 907 CS

Munição de funcionamento idêntico à NT 907, porém com agente químico CS.

CAMPOS TIRAR A MUNIÇÃO CORRESPONDENTE DA FIGURA - FOTO

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6.3.4 - Munição explosiva de luz e som por impacto lacrimogêneo - NT 907I/CS

Funciona como a explosiva por impacto, porém com CS em forma sólida de adicional.

CAMPOS TIRAR A MUNIÇÃO CORRESPONDENTE DA FIGURA - FOTO

6.4 – Munições de Emissão Lacrimogênea

São munições que detém a função de emitir agente químico CS em forma de gás atra-
vés da queima do referido agente químico.

6.4.1 - Munição de emissão lacrimogênea - NT 902

Este tipo de munição tem a função de emitir agente químico CS quando lançada.

CAMPOS TIRAR A MUNIÇÃO CORRESPONDENTE DA FIGURA - FOTO

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6.5 - Munições Iluminativas

São munições que funcionam como artefatos pirotecnicos, sem função direta contra
pessoas, sendo projetados para a realização de missões de resgate, reconhecimento e até mes-
mo solenidades, entre outras.

6.5.1 - Munição iluminativa com paraquedas - NT 906

Artefato utilizado como sinalizador, onde após ser disparado, depois de iniciar a coluna de re-
tardo, um pequeno paraquedas se abre a partir da munição, amortecendo a sua queda, enquan-
to o projetil emite luz através da queima de material pirotécnico.

CAMPOS TIRAR A MUNIÇÃO CORRESPONDENTE DA FIGURA - FOTO

7. MUNIÇÕES NÃO LETAIS DE CALIBRE 17.5 mm – FN 303

7.1 - Conceito

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7.2.2- Munições de impacto identificadora permanente (amarela)

Este projetil possui a capacidade de marcar a pessoa que é atingida, com uma tinta
de coloração amarela. Esta tinta não é dissolvida por água, ficando impregnada por tempo in-
determinado.

Identificadora permanente(amarela)

7.2.3 - Munições de impacto identificadora/lavável (rosa)

Este projétil de impacto possui uma tinta de coloração rosa, para identificar pessoas
que venham a ser atingidas, porém, esta tinta é lavável, não sendo permanente como a amarela.

Identificadora lavável(rosa)

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7.2.4- Munições de impacto com agente pimenta (laranja)

Munição de impacto controlado com agente pimenta (capsaicina) em forma líqui-


da, liberada após o impacto e fragmentação do projétil.

Agente pimenta(Laranja)

8. EMPREGO DAS MUNIÇÕES NÃO LETAIS

8.1- Munições não letais de calibre 12

São as mais utilizadas pelas forças de segurança pública.

8.1.1 - Munições de impacto controlado

São em sua maioria projetadas para serem utilizadas nas pernas dos oponentes a
20(vinte) metros, com exceção da AM 403/P SR, que pode ser usada a uma distância mínima
de 05(cinco) metros.

8.1.2 - Munições jato direto

Essas munições não são projetadas para serem usadas diretamente nos olhos, pois
podem causar sérias lesões. O atirador deve elevar a arma, apontando a mesma a uma altu-
ra que faça seu cano ficar acima da cabeça do oponente, a uma distância mínima de
03(três) metros e realizar o disparo, pois o agente químico, que se encontra na forma sóli-
da, irá “cair” na direção do alvo, realizando sua ação. Um fator de vital importância para
este tipo de munição é a observação da direção e velocidade do vento, pois o mesmo
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se estiver na direção contrária ao atirador, o agente químico pode vir a atingir o agente de
segurança pública. Outra questão que deve ser elencada é quando há o emprego de tropa
com caes, pois o agente químico capsaicina é extremamente irritante e prejudicial ao cão,
devendo-se evitar esse tipo de munição.

8.1.3 - Munições explosivas

Os artefatos deste calibre que agem por explosão não são projetados para serem
usados diretamente contra pessoas, primeiro porque a ponta do projetil é feita de material
rígido, o que pode causar graves lesões. Outro fator é a existência de explosão na ação final,
podendo o projetil fixar no corpo da pessoa atingida, levando-a a óbito pela explosão. A ex-
plosão ocorre entre 6(seis) a 8(oito) segundos após o disparo. No caso da GL 101, como há
a liberação de CS, observar a direção e velocidade do vento.

8.2 - Munições não letais de calibre 37/38mm e 38,1 mm

8.2.1 - Munições de impacto controlado

Assim como no calibre 12, as munições de impacto controlado 37/38mm e 38,1mm


devem ser usadas nas pernas dos agressores. Quanto à distância, com a exceção das muni-
ções expansíveis, no caso mencionado a SOFTH PUNCH(AM 470), que podem ser usadas
a partir de 5(cinco)metros, todas as outras usadas pela Corporação devem ser usadas a no
mínimo 20(vinte) metros dos oponentes.

8.2.2 - Munições jato direto

As munições jato direto para este calibre possuem as mesmas formas de emprego e
utilização das jato direto para o calibre 12.

8.2.3 - Munições fumígenas/emissão lacrimogênea médio alcance


As munições de médio alcance não devem ser usadas contra pessoas, por possue-
rem corpo de metal. Por este mesmo motivo, deve ser evitado o lançamento deste tipo de
artefato em locais que possua materiais de fácil combustão, como palha, madeira, capim,
papel, etc.
As munições de emissão lacrimogêneas e as fumígenas de projetil único (GL 201
e GL204) não devem ser lançadas de forma retilínea (apontar o lançador diretamente
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no alvo) contra superfícies muito rígidas, como paredes, pilastras, árvores, etc, pois devido ao
impacto, seu mecanismo interno de acionamento da queima dos compostos químicos(fumaça e
o CS) pode se danificar, inutilizando o artefato. Outro fator importante, é não usar estes artefa-
tos em ambientes fechados e sem ventilação.

Esse tipo de munição também não deve ser lançado de forma retilínea contra pessoas,
a fim de se evitar lesões permanentes ou morte.

8.2.4 - Munições fumígenas/emissão lacrimogênea longo alcance

Diferencia-se dos anteriores somente em relação a distancia alcançada pela munição.

8.3 - Munições não letais de calibre 40x46mm

8.3.1 - Munições de impacto controlado

A forma de emprego deste grupo de munições é idêntica as de 37/38mm e 38,1mm, sem-


pre devendo-se visar as pernas do oponente, a uma distância mínima de 20(vinte) metros do mes-
mo.

8.3.2 - Munições fumígenas/emissão lacrimogênea

A forma de emprego é idêntica as de calibre 37/38 e 38,1 mm.

8.3.3 - Munições explosivas

Esse tipo de munição, assim como as de calibre 12, não devem ser usadas diretamente
contra pessoas. Se for uma munição explosiva por retardo(NT 907), o atirador deverá realizar o
disparo em locais próximos aos oponentes, evitando materiais combustíveis e inflamáveis.

Caso esteja operando uma munição explosiva por impacto(NT 907 I), obrigatoriamente o
disparo deve ser direcionado para uma superfície rígida em forma retilínea, pois somente assim irá
ocorrer a detonação.

8.3.4 - Munições iluminativas/sinalizadoras

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Este artefato não é projetado para ser usado diretamente contra pessoas. Esses mode-
los aqui mencionados devem ser disparados com o armamento apontado para cima, formando
um ângulo de 90° com o atirador, devendo ser observado a direção e velocidade do vento, pois
após o inicio da queima do composto pirotécnico e abertura do “paraquedas”, até o momento
da queda ao solo, pode ocorrer a mudança de sua trajetória devido a fatores físicos.

8.4 - Munições não letais de bismuto

Essas munições funcionam principalmente como artefatos de impacto controlado, em-


bora existam as de gel marcador e agente pimenta, devendo ser efetuado disparos nas pernas
dos agressores.

A distância mínima de utilização é de apenas 1(um) metro, o que possibilita o agente


de segurança a capacidade de atuar em diversas situações específicas, não antes conseguidas
com as demais munições de impacto controlado.

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS.

Existem, atualmente, incontáveis modelos de munições não letais no mundo e, a ca-


da dia, uma novidade aparece no mercado, já que a não-letalidade é o que todo agente de se-
gurança responsável busca em suas ações.

Os modelos apresentados neste trabalho são os disponíveis e mais utilizados


na Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, por isso, este manual tem o objetivo de
atualizar e aperfeiçoar os profissionais focados nas ações policiais, fornecendo-lhes co-
nhecimento básico sobre uma pequena fração do vasto mundo da Tecnologia Não-Letal.
Existe a possibilidade de surgirem novos modelos de munições em qualquer calibre,
conseguentemente não relatado neste capítulo, porém, podemos descrever suas aplica-
ções de forma generica, como por exemplo: toda munição de impacto controlado, deve
ser utilizada sempre nos membros inferiores(pernas) dos individuos, independente da
distância; munições quimicas que possuirem corpo de material rigido, jamais poderão
ser usadas contra pessoas, a não ser que sejam projetadas para tal; munições explosivas,

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independentemente se acionadas por coluna de retardo ou por impacto, jamais devem ser usa-
das contra pessoas, sob pena de causar lesões permanentes ou efeito morte.

Concluíndo, jamais podemos esquecer que o fator primordial para o sucesso na apli-
cação dos conhecimentos aqui mencionados é o constante treinamento dessas técnicas, junto
com a obrigação do constante estudo, para que assim o profissional de segurança pública possa
cumprir a sua nobre missão de Servir e Proteger.

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CAPITULO 5
MÁSCARA CONTRA GASES

1 - MODELO: ADVANTAGE 1000

Atualmente o Batalhão de Polícia de Choque do Rio de Janeiro reporta-se prefe-


rencialmente a esse modelo, dispondo da máscara facial inteira. Esse respirador é produzido
com a borracha "Super Soft Hycar", bastante macia, que proporciona um ajuste adequado no
rosto.
Seus cartuchos (filtros), são conectados por sistemas de encaixe, não dificultando
o campo visual do usuário.
Possui ainda um dispositivo amplificador de voz que acoplado a máscara, facilita
a comunicação entre os policiais que estão fazendo uso da mesma.

ADVANTAGE 1000

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Visor de uretano Válvula de exalação e Membrana de voz

Máscara desmontada Mascarilha Interna ou “nosecup”

1.1.1 - Aplicação
A máscara protege totalmente a face policial e dependendo do filtro utilizado,
protege contra alta concentração de fumaças, névoas, vapores orgânicos e gases ou
vapores ácidos, assegurando proteção apenas as vias respiratórias contra os efeitos dos
agentes químicos.

1.1.2 - Características

Apresenta lente flexível, produzida em uretano, sendo totalmente integrada à pe-


ça facial, proporcionando ajuste ao rosto do usuário, para uma melhor selagem.
A lente apresenta maior raio de curvatura, o que amplia o campo de visão do
usuário em 20%, em relação a respiradores com lente rígida. Não apresenta pontos de
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pressão, muito menos guarnições para as lentes. A fabricante MSA fornece sua máscaras
com coberturas de lentes flexíveis, para proteção contra riscos. Opcionalmente pode ser ad-
quirido o protetor de lentes em policarbonato, que proporciona uma resistência reforçada
contra impacto e contra radiação beta, ideal para os usuários da área nuclear.
Não é recomendado a utilização dessa máscara em ambientes com menos de 18%
de oxigênio ou onde haja emanações de gases, vapores orgânicos e fumos metálicos. Neste
caso, recomenda-se o uso de outros equipamentos como máscaras acopladas a tanques de
oxigênio por exemplo. Este fator se deve pelo fato de que esta máscara não protege contra
vapores orgânicos com propriedade de advertência deficiente ou que gerem nível de calor de
reação com o material presente no filtro.
1.1.3 - Pontos negativos da máscara

Esse modelo de máscara ADVANTAGE 1000 possui um filtro de encaixe que em


alguns procedimentos policiais podem acarretar em quebra ou desmonte, principalmente em
operações de controle de distúrbios civis, devido ao intenso contato físico. O outro ponto
desfavorável da máscara é a lente, que mesmo sendo feita de poliuretano, um material
flexível, não possui armação rígida como aço inoxidável ou material plástico, tornando a
máscara muito mais frágil, acarretando com pouco tempo de uso, o descolamento do visor
da máscara, permitindo a entrada de contaminantes ou agentes químicos.

1.1.4 - Componentes da máscara contra gases:

1) Facial de borracha com suporte para o visor panorâmico;


2) Tubo interno de hidratação;
3) Gaxeta (borracha de vedação);
4) Membrana de voz;
5) Anel de retenção;
6) Anel metálico de retenção;
7) Diafragma de comunicação;
8) Tubo externo de hidratação;
9) Capa protetora da válvula de exalação;
10) Válvula de exalação;
11) Borracha de vedação tipo aranha;
12) Conjunto da válvula de inalação;
13) Defletor;
14) Tirantes de malha elástica;
15) Mascarilha interna;
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16) Válvulas direcionais da mascarilha;


17) Assento da válvula direcional;
18) Adaptador;
22) Sistema de comunicação ESP II (opcional);
23) Baterias tipo AAA para comunicador (opcional).

1.5 - Componentes principais das máscaras contra gases

 Mascarilha interna com válvulas de inalação direcional: Tem a função de não permitir
que o visor da máscara embace com a respiração.

 Membrana acústica (vocal): Com a composição em alumínio, esta peça tem a função de
amplificar o som como um microfone facilitando a comunicação do usuário-interlocutor
da máscara;

 Válvula de exalação ou expiração: Todo ar inalado deve sair pela válvula de exalação,
que é situado na região inferior do bocal da máscara;

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 Válvula de inalação ou inspiração: Permite que o fluxo de ar passe através da inala-


ção e ao mesmo tempo impede a saída do ar. Situa-se no bocal da máscara junto a
conexão com filtro ou linha de ar.

1.6 - Emprego das máscaras contra gases

1.6.1 - Processos de Colocação:

 De baixo para cima – método convencional;


 De cima para baixo – método prático;

1.6.1.1 - Processo de colocação de baixo para cima

1º Coloque as mãos espalmadas por dentro das tiras de ajustes, de modo que a palma da
mão fique voltada para dentro da máscara;
2º Eleve a cabeça e coloque o queixo no local apropriado da máscara;
3º Deslize as mãos para cima e para trás, levando a máscara à sua posição;
4º Após colocada regule as tiras inferiores e médias sempre em diagonal e rente a cabeça;
5º Se for o caso ajuste a tira superior (tirante superior).

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1.6.1.2 - Processo de colocação de cima para baixo

1º coloque as mãos espalmadas por dentro das tiras de ajustes, de modo que a palma da mão fi-
que voltada para dentro da máscara;
2º Após colocada regule as tiras médias e inferiores sempre em diagonal e rente a cabeça;
3º Se for o caso ajuste a tira superior.

1.7 Ajuste dos tirantes ou “aranha elástica”

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A máscara possui três pares de tirantes: superiores, médios e inferiores devendo os


mesmos serem ajustados da seguinte forma:

1º Tirantes médios com inferiores de forma cruzada, ou seja, deve-se fazer o ajuste puxando o
tirante médio esquerdo com o inferior direito e o tirante médio direito com o inferior esquerdo;
2º Puxar juntos os tirantes superiores para o ajuste final.

* Ressaltamos que o processo de ajuste dos tirantes já foi exemplificado nas fotos que expla-
nam os processos de colocação da máscara.

1.8. Verificação da tensão, teste de eficiência ou teste de estanqueidade

Após ajustar a máscara bloqueie com a palma da mão o orifício na região inferior do fil-
tro combinado, inspire profundamente, se a mascarilha interna e o visor se contrair levemente e
o facial de borracha não estiver com entrada de ar, o contorno do equipamento aderirá forte-
mente ao rosto, impedindo possíveis infiltrações de gases para dentro da máscara. Se isso não
ocorrer aperte novamente os tirantes, fazendo novo teste.

1.9. Verificação da limpeza ou teste de descontaminação

É natural que o interior da máscara esteja contaminado, caso o policial venha colocá-la num
ambiente que já possua produtos químicos agressivos no ar, afetando inicialmente os olhos e
aparelho respiratório. Para solucionar este problema, realize vários assopros contínuos a fim de
dispersar o ar interno da máscara, para fora.
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1.10 Processos de lavagem e secagem

Pode ser executada de diversas formas. Se os respiradores forem limpos à mão, as peças devem
ser lavadas com uma escova macia em água morna, com temperatura máxima de 43ºC, e com um
detergente neutro como sabão de coco ou outros. Nesta fase se removem resíduos como suor,
poeiras, microrganismos e outros. Após essa operação, as peças são enxaguadas com água abun-
dante para retirar todo excesso do detergente. Para a limpeza dos elementos de borracha, nunca
utilize solventes orgânicos, tais como: acetona, éter, clorofórmio, álcool, gasolina, thiner, aguar-
rás, redutor, benzina, etc.

Em seguida, deixe secar os respiradores e o restante de suas partes num ambiente com superfície
limpa. Alternativamente, podem ser pendurados horizontalmente num arame, mas deve-se ter o
cuidado para não danificar ou distorcer as peças faciais. Outro método a ser empregado é secar
numa estufa elétrica com ventilador para circulação do ar e com bandejas de malha de aço em
lugar de placas. Cabe ressaltar, que é importante ajustar a temperatura para um máximo de 43ºC,
a fim de não danificar os elementos de borracha.

1.11 - Processos de desinfecção ou descontaminação

A desinfecção ideal é feita através de soluções bactericidas, podendo ser executada utilizando-
se imersão das peças por dois minutos numa das seguintes soluções:
 Em um recipiente tipo bacia dissolver 2 ml (uma colher de sopa) de água sanitária comum em
1L de água e proceder a imersão dos componentes a serem desinfetados.
 Em um recipiente tipo bacia dissolver 0,8 ml (uma colher de chá) de solução de álcool iodado,
encontrado em farmácias, em 1L de água e proceder a imersão dos componentes a serem desin-
fetados.
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 Os respiradores a serem utilizados pelas mesmas pessoas após a lavagem, não precisam
ser desinfetados.
 Os respiradores já lavados e desinfetados devem ser enxaguados exaustivamente em água
a uma temperatura máxima de 43ºC para remover todos os resíduos de detergente e desin-
fetante. Isto é muito importante para evitar dermatites.
 Alternativamente, pode-se expor as máscaras ao vento auxiliando assim o processo de
descontaminação, embora este método não seja muito eficaz.
Observação: Após as peças faciais serem limpas e desinfetadas devem ser montadas e inspeci-
onadas, substituindo-se as partes danificadas pelo uso. Se forem guardadas, devem ser embala-
das individualmente em sacos plásticos e guardadas ao abrigo da luz.

1.12 – Armazenamento da máscara contra gases

O armazenamento deve ser feito em local seco, fresco, ausente de agente químico e ao abrigo
da luz, evitando-se pendurar para não danificar a máscara ou os tirantes elásticos recomendan-
do-se uma prateleira ou armário aberto, sem empilhar para não deformar o visor.

1.13 – Transporte da máscara contra gases

O transporte ideal deve ser feito em bolsa de transporte próprio ou adaptando-se a realidade
policial, num bornal de perna exclusivo, onde a máscara fique acondicionada e protegida sem
que ela fique deformada. Cabe ressaltar, que a bolsa de transporte deve ser confeccionada com
material impermeável.

2 - FILTROS

Os filtros de respiração retém os poluentes do ar respirado, porém não fornecem oxigênio. Em


decorrência deste fato só poderão ser usados em atmosferas que contenham no mínimo 19,5%
em volume de oxigênio.
Os filtros de respiração aparecem nas mais variadas formas construtivas e são concebidos
como: de encaixe, de rosca e de cartucho.
Em lugares com deficiência de oxigênio ou com elevadas concentrações de contaminantes, é
obrigatório o uso de equipamentos que independem do meio atmosférico ambiental, tais como:

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 Equipamento de respiração com linha de ar;


 Equipamentos autônomos de respiração a ar comprimido;
 Equipamentos autônomos de respiração com oxigênio.

2.1 - Espécies de filtros

2.1.1- Filtros contra gases

Os filtros contra gases são recheados com carvão ativo, cuja estrutura porosa oferece uma grande
superfície. Enquanto o ar respirado flui através da carga de carvão ativo do filtro, as moléculas
do contaminante são retidas na grande superfície do carvão ativo granulado. Para muitos outros
gases (por exemplo: amônia, cloro, dióxido de enxofre), o efeito de retenção no filtro poderá ser
melhorado com a impregnação do carvão com produtos químicos de retenção, utilizando-se para
tanto sais minerais e elementos alcalinos.

2.1.2 - Filtros contra aerodispersóides:

Os filtros contra aerodispersóides consistem de material fibroso microscopicamente fino. Partí-


culas sólidas e líquidas são retidas na superfície dessas fibras com grande eficiência.

2.1.3 - Filtros combinados

Os filtros combinados formam a união de filtro contra gases e de filtro contra aerodispersóides
em uma mesma unidade filtrante. Oferecem proteção quando gases e aerodispersóides que apa-
recem simultaneamente no ambiente.
Geralmente se dividem em três partes: papel filtrante sanfonado - que retém substâncias em
forma de aerodispersóides; carvão ativado que retém substâncias em forma de gás; camada de
apoio ou suporte metálico interno que retém partículas de carvão ativado no interior do filtro.

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Filtro combinado da GME-P100 Filtro combinado 900ST –


AZBZ – PZ

A estrutura no interior do filtro

2.2 - Tempo de uso e saturação do filtro

Dependendo de suas dimensões e das condições de uso, os filtros de respiração são capazes
de reter certa quantidade de contaminantes. No uso de filtros combinados, dependendo da
composição dos contaminantes, o filtro poderá saturar pelo entupimento dos aerodispersói-
des e assim se notaria uma elevada resistência respiratória ou o filtro se satura pelo elemento
contaminante gasoso e a troca se fará quando notado o primeiro cheiro de gás.
Em geral, segundo os fabricantes, a duração dos filtros é de seis meses após a retirada do
lacre e utilização do filtro exposto ao gás. Sendo recomendável sua substituição após quatro
horas de uso continuo ou totalmente inutilizável após oito horas de uso.

2.3 - Armazenamento do filtro

O armazenamento de filtro contra gases ou combinados, novos, na embalagem original de


fabricação, e acondicionados convenientemente à vácuo, é de aproximadamente 3 anos após
sua fabricação, conforme o fabricante, sendo que após o vencimento desse prazo os filtros
não devem ser usados.
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CAPITULO 6

DISPOSITIVO ELÉTRICO INCAPACITANTE


(ARMA TASER M26 / ARMA SPARK - DSK 700)

1. ARMA TASER M26

1.1 – Classificação da arma

O Dispositivo Elétrico Incapacitante, TASER, é uma arma que dispara dardos


energizados e, assim como seus cartuchos, são produtos controlados, e estão classificados no
Anexo I da R-105 (Legislação de Produtos Controlados), da seguinte forma: Nº de Ordem:
0290; Categoria de Controle: 1; Grupo: Ar; Nomenclatura do Produto (Descrição do
Produto na Legislação): "Arma de Pressão por Ação de Gás Comprimido”. Está classificada
desta forma devido ao seu propelente ser o gás nitrogênio.

1.2 – Funcionamento

O funcionamento da arma TASER se dá pela emissão de ondas elétricas cuja


freqüência é semelhante à emitida pelo cérebro humano, assim, interferindo na comunicação
do cérebro com os músculos, paralisando a pessoa. Diferentemente dos aparelhos de Choque
Elétrico, os quais agem no Sistema Nervoso Sensorial, causando apenas dor, não
incapacitando, permitindo que pessoas muito fortes ou sob o efeito de drogas e, ou, álcool,
consigam ser imunes. O TASER age no Sistema Nervoso Sensorial (causando dor) e, também,
no Sistema Nervoso Motor, paralisando e derrubando IMEDIATAMENTE qualquer pessoa,
não importando quão forte, treinada, ou mesmo drogada ou embriagada, produzindo a
Incapacitação Neuro Muscular (INM).
Quando o corpo humano recebe impulsos elétricos de uma fonte externa (do
TASER), a área do corpo atingida “interpreta” os impulsos como se estes fossem “comandos”
do cérebro. Ocorre que os impulsos elétricos emitidos pelo TASER não portam comandos,

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são apenas impulsos e, assim, o TASER “engana” o corpo humano que, durante o período de
cada disparo, não recebe os “comandos” do cérebro. O disparo do TASER, como já vimos,
gera INM (Incapacitação Neuro Muscular) ocasionando queda e contração muscular,
paralisando imediatamente a pessoa.

A arma TASER tem como princípio de funcionamento o acionamento de uma


corrente elétrica proveniente da energia das baterias da arma, onde, através dos sistemas
eletrônicos da arma, são gerados mais de 50 mil volts de carga eletromagnética, que é
transmitida através do contado direto da arma com o indivíduo ou através do lançamento de
dois dardos presos a um fio muito fino. Esses dardos estão armazenados em uma cápsula de
nitrogênio não inflamável, a uma pressão de 1.800 PSI, e quando lançados, fixam-se no corpo
ou nas vestes do indivíduo alvejado, causando perda instantânea dos movimentos, mantendo o
estado de consciência totalmente preservado, sem nenhum comprometimento da capacidade
auditiva e visual. O efeito paralisante da arma TASER permanece enquanto o gatilho estiver
sendo acionado, gerando uma janela de tempo, permitindo que o indivíduo seja algemado.
Cessado o acionamento do gatilho, a capacidade motora retorna imediatamente, acompanhada
de uma sensação de cansaço físico. Tendo os dardos atingido o corpo da pessoa alvejada, esta
deverá ser levada a um hospital para extração dos mesmos, mediante um procedimento médico
de baixíssima complexidade, uma vez que o poder de perfuração dos dados é superficial.

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Para um melhor entendimento imaginem o seguinte:


Policiais A, B e C se comunicando através de rádios transmissores.

O Policial A, falando ao rádio, age como se fosse o cérebro enviando os


comandos para os músculos;

O Policial B, ouvindo o policial A, age como se fosse os músculos recebendo


as ordens do cérebro;

E o policial C, apertando o PTT, age como se fosse a TASER atuando no


corpo humano, interferindo na comunicação do cérebro com os músculos.

1.2.1 - Condições Básicas de Funcionamento

• A eletricidade deve ser capaz de fluir entre os dardos (ou eletrodos), devendo estar os
dois dardos conectados ao alvo para que haja o funcionamento (INM);
• A eletricidade segue o padrão (caminho) de menor resistência entre os dardos;
• Quanto maior for a abertura entre os dardos, maior será a eficiência, devendo haver
uma abertura mínima de 10 cm para a Incapacitação Neuro Muscular (INM);
• A eletricidade não passará para a pessoa que entrar em contato com o alvo, a não ser
que esta pessoa toque entre os dardos ou diretamente neles;

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• A eletricidade penetra através de roupas e alguns materiais balísticos até o limite de


2,5 cm por dardo, portanto não há necessidade de penetração dos dardos na pele para que
o efeito do TASER seja atingido, porém vale lembrar que, para evitar a possibilidade de
não transmissão da eletricidade ao alvo, o usuário do TASER deverá fazer a visada nos
locais onde a roupa do alvo estiver mais justa, sendo isso normalmente observado nas
costas;
• A exposição à água não causará eletrocussão ou aumentará a carga no alvo;
• Ao receber a arma TASER na Reserva Única de Material Bélico, o Policial Militar
deverá realizar o teste de força e centelha, que consiste em efetuar um disparo com a ar-
ma sem o cartucho, verificando se a mesma apresenta carga efetiva para ser utilizada. Es-
ta verificação se dá pela velocidade dos pulsos na hora do teste.
• O controle do tempo do disparo é um aspecto vital. Tão vital que pode ter como con-
sequência a vida ou a morte! Para controlar o tempo do disparo o policial deve saber o
seguinte:

a) Uma premida no gatilho equivale a um ciclo de 05 segundos;


b) O policial pode interromper este ciclo com o acionamento da trava de segurança, as-
sim o policial pode regular o tempo do disparo;
c) Ao pressionar o gatilho por um tempo superior a 05 segundos, no momento em que
cessar o acionamento do gatilho, a arma interromperá o ciclo elétrico, não sendo neces-
sário o acionamento da trava de segurança.

OBSERVAÇÃO:

O Objetivo é a Incapacitação temporária do alvo, porém pode causar


ferimentos e ainda pode desencadear uma ação que resulte em morte.

1.3 – Regras de segurança:

• Nunca aponte a TASER carregada com um cartucho para alguém, a não ser que haja a
eminente necessidade de atingi-lo com um disparo;

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• O cartucho TASER, mesmo sem estar na arma, deve permanecer apontado para um lo-
cal seguro e em sua embalagem original, retirando a trava de segurança (Fig. Abaixo) só
quando for colocar o cartucho na arma;

• Só coloque o dedo no gatilho quando houver a intenção de dispará-la;


• Jamais aponte a mira Laser para os olhos de uma pessoa;
• Durante o treinamento só coloque o cartucho na arma quando determinado pelo instrutor;
• Nunca passe a mão na frente do cartucho ou aponte-o para alguém mesmo sem que este
esteja colocado na arma, pois pode ocorrer a deflagração do cartucho por interferência de ele-
tricidade estática;

• Com exceção do momento do disparo, tanto o porte do TASER, como a inserção do car-
tucho, quanto às operações rotineiras de teste de centelha, carga da bateria e etc., devem ser
executadas com o TASER apontado para solo ou para uma estrutura inerte (parede);
• Mantenha a arma TASER sempre travada até que seja necessário o disparo;

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• Dardos disparados nos olhos irão causar sérios danos, podendo, inclusive, ocasionar a
perda total da visão!
• Antes do uso, faça o teste de força e centelha (com a arma sem o cartucho).
• Mantenha, sempre que possível, as armas TASER distantes de outros equipamentos ele-
trônicos, especialmente os transmissores.
• O cartucho TASER deve estar sempre com a respectiva trava de segurança, principal-
mente quando estiver muito próximo a outros equipamentos eletrônicos, especialmente os
transmissores de áudio e/ ou, vídeo.
• Não deixe as armas TASER ficarem muito molhadas.
• Trate sempre os dardos usados em uma pessoa como elemento infectante, devendo usar
luvas estéreis e descartáveis para, se for o caso, retirá-los, bem como deverão ser descartados
em recipiente próprio, podendo, se necessário, acondicioná-los no próprio cartucho deflagrado;
• Caso a trava de segurança tenha sido retirada, recoloque-a ao final do serviço.
• Armas TASER sempre geram centelha elétrica e, evidentemente, podem causar a igni-
ção de todas e quaisquer substâncias, gases ou materiais explosivos e/ou inflamáveis, não im-
portando se estes estejam no estado sólido, gasoso ou líquido. Lembre-se também que determi-
nados ambientes são altamente explosivos, como, por exemplo, os esgotos que estão saturados
de gás metano. Não dispare o TASER em ambientes explosivos! Vale lembrar, que alguns
sprays de pimenta ainda utilizam substâncias inflamáveis, como álcool e éter. Um suspeito
atingido por spray de pimenta inflamável, ou qualquer outra substância inflamável, não pode
receber um disparo do TASER!
• Ao atingir o alvo nunca coloque as mãos nos dardo ou entre eles, podendo colocar em
qualquer outro ponto (transferência de eletricidade.

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1.4 – Cuidados especiais:

Evite quedas, pois as armas TASER são equipamentos eletrônicos, logo,


são sensíveis a impactos (assim como os telefones celulares).

Não use etiquetas de patrimônio de metal, pois elas são condutoras e po-
dem causar o redirecionamento de energia para o policial ou para a arma, bem como não utilize
máquinas fixadoras de etiquetas que vibram, pois isto poderá comprometer a integridade do plásti-
co e introduzir materiais estranhos dentro dos circuitos, sendo recomendado: etiquetas de plástico
ou papel, ou escrever com marcadores permanentes.

1.5 - Dados técnicos da TASER M26:

• Força (Potência) Nominal no capacitor da arma: 26 Watts;


• Força (Potência) empregada em contato: 10 Watts;
• Pico Máximo do Arco Voltaico: 50.000 Volts.
• Pico de Voltagem no Contato com o Corpo: 5.000 Volts
• Corrente (amperagem) média: 0,0036 A

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1.5.1 - Comparações:

• Choque (Descarga Estática) na maçaneta metálica de porta: 30.000 Volts;


• Gerador Van De Graaff 1-20 milhões de volts;

• Pessoa atingida por um choque na tomada de parede comum (110 V) = 16,0 Ampères;
• Pessoa atingida por um choque na mini-lâmpada de árvore de Natal = 1,0 Ampère;
• Pessoa atingida por um disparo da arma TASER M26 = 0,0036 Ampère.

“Não é a voltagem que é perigosa, mas sim a amperagem”.


Armas TASER emitem alta voltagem e baixa amperagem.
Alta Voltagem + Baixa Amperagem = Segurança e Eficiência.

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1.5.2 – Componentes da TASER - M26:

Construído em polímero resistente a impacto.


Peso = 545 gramas.

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• Trava de segurança para baixo (SEGURO);

• Trava de segurança para cima (ARMADO);

• Ativa a mira laser e o LED indicador de força.

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1.5.3 - Pilhas (destinado à Reserva Única de Armamento)

• Utiliza um conjunto de oito pilhas (tipo AA) recarregáveis de NiMH (Níquel-Metal-


Hidreto), sendo a recomendada as com amperagem mínima de 1500 mAh (mili Am-
pères hora) a qual permite uma taxa de 18-20 pulsos por segundo e uma autonomia
(com pilhas novas) de aproximadamente 100 ciclos de 5 segundos em temperatura am-
biente (fresco e arejado).

.
• Também pode utilizar um conjunto com oito pilhas alcalinas descartáveis de boa quali-
dade, que permitará uma autonomia aproximada de 15 à 20 ciclos de 5 segundos em
temperatura ambiente (fresco e arejado) e uma taxa de 12 à 15 pulsos por segundo.

OBSERVAÇÃO:

Durante disparos contínuos com pilhas alcalinas, a taxa de pulsos por segundo
declinará rapidamente.

Pilhas Alcalinas Pilhas Recarregáveis (NiMH)


12 a 15 pulsos por segundo. 18 a 20 pulsos por segundo.
Aproximadamente: 15 a 20 ciclos de cincoAproximadamente: 100 ciclos de cinco
segundos, segundos, antes que o desempenho diminua.
antes que o desempenho diminua.
Longo tempo de validade. Rápido declínio da performance, quando as
pilhas estão “velhas”.
Menos manutenção (recarregar). Mais manutenção (recarregar).
Descarregam menos quando armazenadas em Descarregam mais quando armazenadas em
temperaturas elevadas. temperaturas elevadas.

Só irão gerar energia à plena potência, se foremSão capazes de gerar mais energia à plena
utilizadas lentamente. potência, em disparos contínuos.

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• Para remover as pilhas, o quartilheiro deverá colocar a trava de segurança para baixo, re-
mover o cartucho, abaixar o pino da tampa do compartimento de pilhas com a ponta de
uma caneta ou algo semelhante (figura 1), retirar a cobertura (figura 2) e remover o su-
porte de pilhas (figura 3);

(figura 1) (figura 2)

(figura 3) (figura 4)

• Para inserir as oito pilhas AA, o quartilheiro deverá colocá-las no compartimento usando um
“V-Shape” (os contatos de cada pilha em primeiro lugar – figura 4) observando a polaridade,
para só então recolocar o suporte de pilhas, e em seguida recolocar a tampa do comparti-
mento de pilhas. Após a inserção das pilhas, deverá fazer o teste de força e centelha, para
tanto deverá, com a arma sem cartucho, colocar a trava de segurança na posição ARMADA,
momento em que o laser e o led acendem (figura 5), o que não significa que há carga sufici-
ente para o funcionamento, mas sim que há energia na arma. Acionar o gatilho, travando-a
assim que for feita a avaliação;

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(figura 5)

• Para carregar as pilhas, deve-se fazê-lo diretamente através do Dataport (figura 6), retirando o
protetor de borracha, ou, inserir o pente com as pilhas na bandeja do carregador (figura 7).
Não carregar as pilhas simultaneamente na bandeja do carregador e através do Dataport;

(figura 6) (figura 7

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• Quando carregar as pilhas através do Dataport, certifique-se de que a trava de segurança


está para baixo e o TASER está sem o cartucho;
• Luz vermelha indica: energia no carregador;
• Luz amarela indica: pilhas recarregando;
• Luz verde indica: carregamento completo;
• Recoloque o protetor de borracha após o carregamento;
• Nunca misture pilhas alcalinas com pilhas recarregáveis;
• Atenção! Não tente recarregar pilhas alcalinas, pois, isso pode resultar em sérios aciden-
tes com as pilhas (as pilhas podem estourar);
• Se todas as pilhas forem instaladas com a polaridade invertida, ocorrerá curto-circuito
no sistema;
• Mesmo que apenas uma pilha esteja instalada de forma incorreta, o TASER M26 apre-
sentará falhas no funcionamento e a energia das pilhas será drenada rapidamente;
• Lembre-se de que pilhas ou baterias armazenadas em temperatura superior à ambiente
(fresco e arejado), podem apresentar um índice maior de auto descarga;
• Observe e respeite as indicações de polaridade (+ / -) exibidas nas pilhas e no respectivo
suporte de pilhas;
• A primeira carga das pilhas deve ser de 24 horas, processo esse que deve ser repetido a
cada 6 meses, descarregando-se por completo as pilhas antes da carga de 24 horas; Re-
comenda-se, ainda, recarregar as pilhas semanalmente ou quando necessário conforme o
uso;
• Atenção: Verifique se há papelão ou anel plástico ao redor do contato positivo (+) em
cada uma das pilhas (figura 8) que serão utilizadas. Caso haja, retire-o para evitar falhas
no contato com as outras pilhas.

(figura 8)

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1.5.4 – Cartuchos:

• Existem cinco cartuchos (figura 9) para as armas M26, os quais são reversíveis
(podem ser colocados na vertical com qualquer uma das partes para cima), a exceção do laranja
(figura 10) que deve ser colocado com as setas laranjas voltadas para cima.Todos possuem dar-
dos que são lançados usando nitrogênio comprimido como propelente (figura 11) e atingem uma
velocidade média de 60 metros por segundo, assim sendo, se o suspeito estiver a dez metros de
distância, este será atingido em cerca de dois décimos de segundo, dardos esses que são energi-
zados a exceção dos do cartucho azul que é de treinamento e não conduz eletricidade. Convém
lembrar que o tempo de reação de um ser humano a um estímulo (como, por exemplo, pisar no
freio de um automóvel) é de quatro décimos de segundo. Logo, é fácil constatar que os dardos da
arma TASER irão atingir o suspeito muito antes que ele seja capaz de esboçar algum tipo de rea-
ção.


• (figura 18)

(figura 9) (figura 10)

(figura 11)

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Cartuchos: 4,5m, 6,4m e 7,6m Cartucho de 10,6m

(figura 12) (figura 13)

• Quando é deflagrado, um cartucho que está inserido numa arma permanece aco-
plado na arma e os dois dardos são lançados em direção ao alvo, dardos estes que ficam perma-
nentemente conectados ao cartucho através de uma fiação composta por dois fios encapados (um
para cada dardo) os quais transmitem a energia para o corpo do suspeito sem que haja risco ao
toque desse fio por parte do usuário da arma, pois o fio é isolado.
• A fiação é, portanto, um componente vital, nunca devendo ser totalmente estica-
da, sob pena de ruptura. Dependendo diretamente da segurança da fiação o controle do policial
em relação ao suspeito, a possibilidade do suspeito arrancar a arma do policial e a possibilidade
do policial que atira, bem como outros policiais e terceiros presentes no cenário do disparo, se-
rem involuntariamente “atingidos” pela energia da arma. Dessa forma os fios, que são confecci-
onados em aço para evitar a oxidação e otimizar a condução de eletricidade, são suficientemente
resistente para não partir no limite de alcance dos dardos, ou seja, caso os dardos não acertem o
alvo e a fiação for esticada não partirá, e, não são tão resistente a ponto de não partir, caso uma
pessoa tente puxar a fiação no objetivo de arrancar a arma da mão do policial.
• Ao pegar um cartucho o usuário deverá observar sua integridade e, caso este es-
teja sem a tampa, deve observar se possui a fiação e os dardos, caso os tenha (figura 14) esse car-
tucho só deve ser usado em treinamento, em caso contrário deve ser descarregado, pois já foi
usado (figura 15).

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(figura 14) (figura 15)

1.5.4.1 - Trava de Segurança do Cartucho

• Os cartuchos Taser podem ser acidentalmente deflagrados, o que pode causar um aci-
dente. Desse modo, a fim de evitá-los, cada cartucho TASER dispõe de uma trava de segurança
no formato de capa plástica semitransparente que não impede a deflagração acidental do cartu-
cho, mas, sim, o lançamento dos dardos. Além de resistente, esta capa é semitransparente para
permitir, ao policial a identificação do respectivo cartucho.
• A trava de segurança do cartucho pode ser rapidamente removida com as mãos nuas (fi-
guras 16 e 17), ou seja, sem a necessidade de qualquer ferramenta ou utensílio, pois, o policial
poderá precisar retirá-la rapidamente. A trava de segurança do cartucho também protege contra
quedas ou impactos, preservando a integridade dos dardos e da fiação que está no interior de
cada cartucho.

(figura 16) (figura 17)

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1.5.5 – Visada, trajetória dos dardos e disparo:

A visada deve ser feita na lateral do tórax, caso o oponente esteja de frente,
devendo o usuário utilizar a massa e a alça de mira, não devendo basear-se apenas na mira
laser, pois essa pode, devido a algum impacto, estar desregulada.

Vale lembrar que a distância do disparo (figuras 18 e 19) deve ser sempre
avaliada levando-se em conta o tipo de cartucho bem como a necessidade para uma abertura
mínima que permita a INM. Desse modo, lembre-se: quanto maior for a abertura dos dardos,
maior será a eficiência (INM), quanto menor for a distância, menor será a possibilidade de erro
no disparo e, no caso do disparo não surtir efeito, quanto menor for a distância, menor será a
segurança do policial com relação à possibilidade de uma reação (ataque) do suspeito.

(figura 18)

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(figura 19)

No cartucho laranja o dardo superior é posicionado 01 grau acima da posição


horizontal da arma, enquanto o dardo inferior está posicionado 04 graus para baixo em relação
ao dardo superior o que reduz a dispersão e abertura dos dardos em disparos de longa distância.

1.5.5.1 - Disparos a distâncias entre 0 e 2 metros

- Elevada probabilidade de acerto do alvo;


- Abertura dos dardos limitada, logo a massa muscular afetada também é limitada;
- Curta distância para reação em caso de falha.

OBSERVAÇÃO:

Num disparo entre 0 e 2 metros, avalie a possibilidade de mirar na área da cintura do


suspeito, no objetivo de colocar um dardo acima da linha da cintura e outro dardo abaixo
(figura 20). Assim, o disparo será mais eficiente, pois, os dardos irão atingir duas áreas
musculares distintas.

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(figura 20)

1.5.5.2 - Disparos a distâncias entre 2,5 e 4,5 metros

- Boa probabilidade de acerto do alvo;


- Boa abertura dos dardos, logo, significativa extensão de massa muscular afetada;
- Razoável distância para reação em caso de falha.

OBSERVAÇÃO:
Com os cartuchos AMARELO, CINZA e VERDE, pode-se considerar a distância entre
2,5 e 4,5 metros como a faixa de distância ideal de disparo cuja visada deve ser feita na
lateral do tórax (figura 21).

(figura21)

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Com o cartucho LARANJA, se for necessário efetuar um disparo entre 2,5 e 4,5 metros, como
a abertura é menor, avalie a possibilidade de mirar na área da cintura do suspeito, no objetivo
de colocar um dardo acima da linha da cintura e outro dardo abaixo (na coxa). Assim, o disparo
será mais eficiente, pois, os dardos irão atingir duas áreas musculares distintas.

1.5.5.3 - Disparos a distâncias entre 5,5 e 7,5 metros:

- Menor probabilidade de acerto do alvo;


- Grande abertura dos dardos, logo, grande extensão de massa muscular afetada;
- Boa distância para reação em caso de falha.

OBSERVAÇÃO:
Com os cartuchos VERDES, pode-se considerar a distância entre 5,5 e 7,5 metros como uma
faixa de distância de risco para se efetuar um disparo, face à menor probabilidade de acerto do
alvo.
Com o cartucho LARANJA, em função do diferente ângulo de abertura dos dardos, mesmo
face à maior distância e ao risco de não acertar o alvo, pode-se considerar a distância entre 5,5 e
7,5 metros como uma faixa de distância ideal de disparo.
1.5.5.4 - Conclusões finais sobre a distância do disparo com cartucho

• Com os cartuchos amarelo, cinza e verde, a distância ideal de disparo (sem prejuízo ao sucesso
da operação) deve estar entre 2,5 m e 4,5 m
• Com o cartucho laranja, a distância ideal de disparo (sem prejuízo ao sucesso da operação) de-
ve estar entre 4,0 m e 7,5 m.

Obs: O policial deve apenas optar por disparar o TASER dentro da faixa de distância ideal de
disparo se a situação lhe permitir esta opção!

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1.5.6 – Manutenção da TASER –M26:

• Sabemos que o propelente desta arma é o nitrogênio (78% do ar que respiramos) que fica ar-
mazenado em uma cápsula dentro do cartucho, proporcionando um disparo limpo, uma vez que
não transmite sujeira para os dardos que atingem o alvo, e, acabando por cauterizar o ferimento
ocorrido com a passagem da eletricidade. A manutenção é simples, ocasionalmente, limpe o
local dos cartuchos com um pano seco. Tiros múltiplos podem causar acúmulo de carbono (fi-
gura.22)

f
(figura 22)

1.5.7 – Situações de Risco:

• Suspeito em locais altos (risco da queda);


• Operando veículos ou máquinas (risco de máquinas ou veículos desgovernados);
• Ambientes inflamáveis ou explosivos (risco de chamas ou explosão);
• Na água (risco de afogamento e não de potencialização do efeito).
• Disparo nos olhos (altíssimo risco de perda definitiva da visão);
• Disparo em áreas-alvo sensíveis (garganta e testículos);
• Visivelmente grávida (alto risco de dano ao feto em função da queda e contrações musculares);
• Visivelmente frágeis, enfermos ou idosos (risco de dano em função da queda aliado à dificulda-
de natural de recuperação de lesão óssea decorrente da mesma);
• Indivíduos em estado de “Delírio de Excitação” o qual se caracteriza pelo estado de extrema ex-
citação fisiológica e mental, com grande agitação, hipertermia, hostilidade, força excepcional e
resistência sem aparente fadiga. Os principais sintomas do Delírio de Excitação são: comporta-

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mento bizarro ou violento, superaquecimento corporal, como pessoas despidas em público,


ataques a vidros, luzes ou superfícies reflexivas, dificuldades de fala, automutilação, distúr-
bio na respiração ou perda da consciência.

1.5.8. Auditoria:

No intuito de resguardar o usuário da arma, bem como evitar o abuso no seu emprego, a
arma taser M26 é dotada de mecanismo de auditoria próprio, sendo registrado em memória
codificada interna, os últimos 585 disparos (figura 23) com data, hora e tempo de disparo, os
quais são obtidos através conexão do Datakit (figura 24) na porta de dados (Dataport), além de
serem lançados no ambiente confetes (em quantidade aleatória) com o número do cartucho
(figura 25), o que permite a identificação do usuário do cartucho deflagrado.

Cabo de Cabo de
Interface Interface
para PC M26

Conversor

(figura 23) (figura 24)

(figura 25)

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• As armas TASER não permitem que os dados armazenados na memória interna, referentes
aos últimos disparos, sejam alterados durante os procedimentos de auditoria.
• O auditor terá amplo e total acesso aos dados, mas não poderá alterá-los ou apagá-los. Assim
sendo, o TASER viabiliza a auditoria e, ao mesmo tempo, preserva a verdade dos fatos e a
pessoa do auditor.
• Antes de mandar o TASER retornar para o representante por alguma necessidade de manu-
tenção, faça previamente o download dos dados armazenados na respectiva arma e preserve-
os, caso haja necessidade de prova com relação aos eventos passados.

1.5.9 – Rotina a ser adotada:

• Mantenha o TASER, cartuchos e acessórios, em condições seguras e adequadas, para atender


às operações policiais.
• Cheque baterias regularmente.
• Cheque o prazo de validade dos cartuchos.
• Use somente pilhas e baterias autorizadas.
• Mantenha em coldre protetor, quando não usado.
• No TASER M26, mantenha sempre o Dataport coberto com a proteção (borracha amarela).
• Faça o teste de força e centelha diariamente e sempre que substituir as pilhas ou baterias. Es-
ta rotina assegura que o TASER está operacional (pronto para uso).

1.6 – Considerações finais:

• Evite a “total dependência do TASER”;


• Numa gradação das armas não letais, o taser é o último nível, só antecedendo a força letal;
• Considere a possibilidade de ter à disposição opções letais ou equivalentes quando possível;
• Considere a COBERTURA e as DISTÂNCIAS táticas para preservar a segurança do policial
e de terceiros;

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• Sempre que possível, tenha pelo menos um policial em cobertura para algemar o suspeito.
• Ao efetuar um disparo onde apenas um dardo atinja o oponente, o usuário deverá utilizar a
arma taser como arma de contato sem retirar o cartucho, fechando o circuito e efetivando a
INM, ou, retirar o cartucho, realizar a recarga e efetuar novo disparo.

1.7 – Parecer médico:

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2 - ARMA SPARK - DSK 700

2.1 – Classificação da arma

A Spark não é uma arma de fogo, pois não utiliza pólvora para propelir os
dardos, este evento é realizado por um cilindro de nitrogênio não tóxico e não é inflamável. A
Spark é uma arma que dispara dardos energizados e, assim como seus cartuchos, são produtos
controlados, e estão classificados no Anexo I da R-105 (Legislação de Produtos Controlados),
da seguinte forma: Nº de Ordem: 0290; Categoria de Controle: 1; Grupo: Ar; Nomenclatura do
Produto (Descrição do Produto na Legislação): "Arma de Pressão por Ação de Gás
Comprimido”. Está classificada desta forma devido ao seu propelente ser o gás nitrogênio.

2.2 – Funcionamento

A Spark é um dispositivo elétrico incapacitante, desenvolvido e fabricado pela


CONDOR TECNOLOGIAS NÃO LETAIS, que atua sobre o sistema neuromuscular. Sua ação
causa desorientação, fortes contrações musculares e queda do indivíduo, incapacitando-o
enquanto estiver sob a ação da arma elétrica.
O sistema nervoso humano se comunica por intermédio de impulsos elétricos. O
centro de comando (cérebro e medula espinhal) processa informações e toma decisões. O sistema
nervoso periférico inclui os nervos sensoriais e motores. Os nervos motores transmitem os
comandos do cérebro para os músculos, controlando seus movimentos e podem ter respostas
involuntárias à informação sensorial. A Spark usa impulsos elétricos semelhantes para agir sobre
os nervos sensoriais e motores, provocar a perda do controle motor e queda da pessoa alvejada. A
Incapacitação Neuro Muscular só ocorre quando os dois dardos forem fixados no corpo do
indivíduo, não é dependente de dor sendo, portanto, eficaz em indivíduos com alto nível de
tolerância à dor.

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2.3 – Características da Spark

• A Spark dispõe de sistema de segurança que interrompe o choque após 5 segundos,


mesmo que o gatilho permaneça acionado. Este tempo é suficiente para que o policial
detenha o infrator da lei.
• Excepcionalmente, se após 5 segundos houver necessidade de aplicar novo choque, o
gatilho deverá ser acionado novamente.
• Por medida de segurança, não se deve aplicar o choque elétrico por mais de 10 segundos.
• A qualquer momento o choque poderá ser interrompido acionando-se se a chave
liga/desliga para baixo.
• O sistema gravará data e hora de cada choque e a sua duração, requisito fundamental para
futuras auditorias.
• A Spark possui uma chave neutralizadora, que, ao ser retirada, torna o gatilho inoperante.
• Possui design ergonômico e todos os comandos ambidestros.
• O sistema de remuniciamento de cartuchos é prático e possibilita a agilidade de operação,
bastando remover o dedo do gatilho e pressionar a tecla ejetora. Ao ser pressionada, a tecla
ejetora expulsa o cartucho deflagrado. Com a mão livre o usuário coloca um novo cartucho
na Spark com rapidez e de maneira segura, uma vez que o dedo da mão que empunha arma
estará fora do gatilho. Este procedimento evita acionamento acidental da arma contra o
usuário no momento do remuniciamento.
• Possui display indicador da carga da bateria, data e hora, além de possuir luzes laterais de
advertência que sinalizam se a Spark está ligada e pronta para uso.

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2.4 – Lesões secundárias da Spark

Tendo em vista evitar lesões secundárias resultantes de perda de equilíbrio,


queda, afogamento, ou perda do controle de veículo ou maquinário, a Spark não deve ser
utilizada nas seguintes situações:
• Indivíduos que estão em uma superfície elevada ou instável (árvore, cadeira, escada);
• Indivíduos que são menos capazes de se segurar ou se proteger em caso de queda (algemado,
amarrado, imobilizado);
• Indivíduos que podem cair sobre objeto perigoso (faca, objetos cortantes no chão);
• Indivíduos que estão usando ou operando qualquer meio de transporte (carros, motos), outros
transportes (elevador, skate, ou patins), ou máquinas;
• Indivíduos que estão sobre água, lama, e outros ambientes onde a capacidade de movimento é
restrita;
• Indivíduos enfermos, idosos, mulheres grávidas;
• Indivíduos sob forte efeito de bebida alcoólica ou drogas.

2.5 – Características técnicas

Comprimento: 201 mm

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Altura: 144 mm
Largura: 48 mm
Peso: 350 gramas (sem baterias e sem munição).
Corpo da Arma: Em polímero de alta resistência a impactos e resistência dielétrica, com
sistema de segurança (trava) ambidestro.
Modalidades de utilização: Através de disparo de cartucho com alcance até 08 metros da
extremidade da arma ao corpo do oponente, ou por contato direto.
Miras da arma: Fixa de três pontos, integrais ao corpo da pistola laser, de 650 nm.
Lanterna: Led de alta intensidade permite a visualização em ambientes de pouca
luminosidade.
Munição: Cartucho com trava de proteção, contendo dois dardos, os quais são propelidos à
base de gás (N2) nãotóxico, não inflamável, não-explosivo, não-poluente e não
contaminante, com alcances nominais de 6 m e 8 m.
Ativação do sistema: Ambidestra Teclas Liga/Desliga.
Número de Série da Arma: marcação externa visível e marcação interna digital.
Número de Série do Cartucho: marcação externa.
Sistema de ejeção do cartucho: Teclas de ejeção do cartucho deflagrado-ambidestro.
Sistema Neutralizador: Torna a arma inoperante ao remover a CHAVE
NEUTRALIZADORA. Quando reinserida reativa o armamento.

2.6 – Características elétricas

Forma de Onda: Pulso senoidal amortecido /pulso “arredondado”.


Taxa de Pulso: 18 Hz
Duração do Pulso: 35 μs

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Tempo de duração: 5 s por acionamento do gatilho (Puxar e soltar gatilho). Para


interromper o pulso imediatamente, basta desligar a arma na chave liga-desliga ambidestra.

Pico de tensão do arco voltaico: Em circuito aberto: 50.000 Volts.

Corrente: 0,0028 A

Energia por Pulso: No capacitor principal: 1,21 J

Em contato: 0,40 J

Faixa de Potência: Empregada em contato 2,25 W

Em contato: 4.000 volts

Fonte de Alimentação: Conjunto de 4 baterias recarregáveis Li-ion CR123A 3,6v 800 mAh
acondicionadas no estojo destacável CONDOR.

Autonomia: 70 disparos de 5 s

Faixa de temperatura de operação: -10 ºC a 50 ºC

Memória interna da arma: Digital, codificada, integrada à parte interna da arma, registra
data e horário dos últimos 1000 disparos.

Porta de Dados: Mini USB integrada ao corpo da arma. Através de um modulo externo
permite a captura dos dados armazenados na memória interna da arma, relativos ao seu
acionamento.

Display: OLED 0.95 polegadas que exibe data, hora, estado da carga remanescente na
bateria e temperatura interna do dispositivo.

Fonte: Conjunto de 4 baterias recarregáveis Li-ion CR123A 3,6v

800 mAh.

2.7 – Informações complementares

• A eletricidade deve ser capaz de fluir entre os dardos ou os eletrodos.

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• Quanto maior a dispersão entre as pontas dos dardos sobre o alvo, geralmente maior será
a eficácia da Incapacitação Neuro Muscular.

• Eletricidade em geral, não passa para outras pessoas em contato com o alvo a não ser que
o contato seja feito diretamente entre ou sobre os dardos.

• Exposição à água não irá causar eletrochoque ou aumentar a força do choque para o alvo.
A carga elétrica é fixada no interior da Spark, e não vai aumentar significativamente,
mesmo com as mudanças ambientais.

• Marca-passos e desfibriladores cardíacos modernos suportam eletricidade externa pelo


menos 800 vezes mais forte que os pulsos de energia realizados pela Spark.

• A Spark foi projetada para defesa pessoal ou defesa de terceiros. Corretamente utilizada, a
Spark incapacita temporariamente uma pessoa a partir de uma distância
segura, minimizando a probabilidade de morte ou lesões permanentes.
• Use a Spark em conformidade com as leis federais, estaduais, e regulamentos locais ou
outras exigências legais. Qualquer uso do dispositivo deve ser legalmente justificável.
• Armazene a Spark e seus acessórios em local seguro e inacessível a pessoas não
autorizadas.
• Para evitar descargas inesperadas, garanta que nenhum cartucho esteja no dispositivo ao
inserir uma bateria, ao fazer manutenção ou download de dados.
• Mantenha o cartucho afastado de fontes de eletricidade estática, pois pode fazer com que
o cartucho seja deflagrado inesperadamente, o que poderia resultar em ferimentos
graves.
• O uso da Spark pode resultar em um incêndio ou explosão quando gases inflamáveis,
vapores, líquidos ou outros materiais inflamáveis estão presentes. Pode incendiar roupas
feitas de material inflamável, gases encontrados em linhas de esgoto ou laboratórios de
metanfetamina, gás butano como em isqueiros, ou mesmo gel de cabelo inflamáveis. Não
use conscientemente o dispositivo na presença de qualquer
substância explosiva ou inflamável.
• Não use a Spark concomitantemente com sprays de pimenta inflamáveis.

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• Não aponte o laser para os olhos ou olhe fixamente para o feixe.

2.8 – Descrição dos Componentes

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OBSERVAÇÃO:
A Spark possui dois modelos de cartuchos, com alcances de 6 m e 8 m.

2.9 - Chave liga/desliga

A Spark é ativada por uma Chave Liga/Desliga ambidestra, da seguinte forma:


Chave para cima: desligada.
Chave para baixo: ligada.

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2.10 - Porta pilhas

O porta-pilhas fica localizado sob o punho. Para removê-lo pressione o botão de saída
indicado na imagem ao lado. O porta-pilha possui indicação do posicionamento das baterias.

2.11 - Pilhas

A Spark funciona com um conjunto de 4 baterias recarregáveis LI-ion CR123A 3,6v 800mAh
acondicionadas no estojo destacável. As pilhas carregadas dão uma autonomia de 70 disparos de
5 segundos.

2.12 - Display Indicador de Energia

O display da Spark traz informações sobre dia, hora, temperatura interna do dispositivo e nível
de carga da bateria. Para evitar o consumo desnecessário, durante os disparos, o display se
apagará deixando apenas uma luz vermelha intermitente. Recomenda-se recarregar as baterias
quando o nível acusar 25% ou menos. Se após um número muito grande de disparos, a
temperatura chegar a 90°C, o dispositivo deve ser desligado até que volte a 35°C.

OBS: O ajuste do dia e hora é feito automaticamente via conexão ao Data Kit que atualiza o
equipamento com fuso horário local.

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2.13 - Miras

A Spark conta com uma mira fixa de três pontos e uma mira laser que indicam o ponto de
impacto do dardo superior.

2.14 - Lanterna

A Spark conta também com uma lanterna auxiliar de LED de alta intensidade.

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2.15 - Eletrodos

A Spark usa dois eletrodos posicionados na região frontal do dispositivo, que funcionam
transmitindo energia elétrica para os cartuchos e liberando os dardos, durante as descargas ou
para Choque direto.

2.16 - Cartucho

Os cartuchos foram desenvolvidos de modo a serem reversíveis, possibilitando o encaixe em


qualquer das duas posições. A tecnologia do dispositivo garante que o dardo superior fique
sempre na horizontal.

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Os cartuchos da Spark são munidos de chip de rastreabilidade I-REF, com número de série
único, que garante a rastreabilidade da munição mesmo se adulterada a etiqueta de
identificação ou após disparo. A Spark possui dois modelos de cartuchos: XXX com alcance de
6 metros e YYY com alcance de 8 metros.

Nunca tente abrir ou modificar um cartucho Spark. A adulteração de um cartucho Spark pode
causar descarga ou mau funcionamento. Cuidado ao lidar como os cartuchos Spark. Os dardos
podem se ativar de forma inesperada, se expostos a choque físico ou eletricidade estática.
Mantenha os cartuchos Spark longe de descargas eletrostáticas.

2.17 - Gatilho

O gatilho, de ação progressiva, segue a tendência das armas convencionais, sendo mais
anatômico e de fácil uso.
A Spark dispõe de sistema de segurança que interrompe o choque após 5 segundos, mesmo que
o gatilho permaneça acionado. Este tempo é suficiente para que o policial detenha o infrator da
lei.
A qualquer momento o choque poderá ser interrompido acionando-se se a chave liga/desliga
para baixo.

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2.18 - LEDs auxiliares

Os LEDs auxiliares têm a função de informar aos companheiros do usuário, que estejam ao seu
lado, que a Spark está ativada.

2.19 - Tecla Ejetora

A ejeção do cartucho deflagrado ocorre com o acionamento da tecla ejetora.

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2.20 - Chave Neutralizadora

A retirada da chave neutralizadora torna o gatilho inoperante.

2.21 - Data Kit

A Spark armazena data, hora e duração dos últimos 1000 disparos. O “Data Kit” é um
equipamento GPS destinado à coleta desses dados e transferência para um “pen drive”.

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O “Data Kit” também tem a função de atualizar data e hora da Spark em situações de troca de
horário de verão ou fuso horário.

A CONDOR disponibiliza um recarregador específico para as baterias utilizadas pela Spark. O


Tempo de recarga é de aproximadamente 5 horas.

2.22 - Entrada USB

Para conexão do “Data Kit”.

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2.23 - Recarregador de Bateria

2.24 - Coldre

Mantém a Spark protegida até que se torne necessária sua utilização.

2.25 - Porta Munição

Possibilita segurança e fácil manuseio no remuniciamento.

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2.26 - Maleta de Transporte

Ideal para o transporte da Spark e seus acessórios.

2.27 - Instalando Pilhas - Reserva Única de Material Bélico.

• Acione a Chave Liga/Desliga para cima.

• Pressione a Tecla Ejetora para remover o cartucho.


• Deslize o botão presente na empunhadura do dispositivo Spark.

• Retire com firmeza o Porta-Pilhas.

• Ao inserir as baterias, tenha certeza de que elas estão totalmente carregadas.


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• Encaixe as quatro baterias, nas posições indicadas no Porta-Pilhas.


• Feche com firmeza o Porta-Pilhas.
• Acione a Chave Liga/Desliga para baixo e verifique se o Display acende e mostra
as informações.

OBSERVAÇÕES:

• Feche com firmeza o Porta-Pilhas.


• Acione a Chave Liga/Desliga para baixo e verifique se o Display acende e mostra
as informações.
• Utilize somente baterias recarregáveis Li-ion CR 123A 3,6V 800 mAh.
• Nunca use baterias que estejam vazando ou com sinais visíveis de dano.
• A Spark possui um armazenamento de energia interno que garante por até 10
horas a estabilidade de sua memória caso esteja sem baterias ou com baterias
descarregadas.
• Após este período há o risco da perda dos dados de data e hora na memória do
dispositivo.

2.28 – Carregando Cartucho

1. Desmuniciar :
Se houver um cartucho na Spark, pressione a tecla ejetora e o cartucho será ejetado.

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2. Municiar:
• Com o dedo indicador fora do gatilho, coloque um cartucho na parte frontal do dispositivo
até ouvir um clique.
• Verifique se o cartucho está seguro puxando pelos lados.
• O cartucho possui simetria a 180°. Com isso, haverá duas posições simétricas de encaixe, e,
sempre que o cartucho for inserido no seu alojamento, o dardo superior estará alinhado
longitudinalmente com o corpo da arma.

• O remuniciamento da Spark é fácil, rápido e seguro. Ao pressionar a tecla ejetora o cartucho é


expelido do dispositivo instantaneamente, facilitando a reposição de um novo cartucho, de
forma ágil e prática.

• Além disso, para acionar a tecla ejetora é necessário remover o dedo do gatilho.
Isto evita disparos acidentais.

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2.29 - Dardos Lançados

O impacto do dardo superior ocorrerá nas proximidades do ponto indicado pela mira laser. A
trajetória do dardo inferior apresenta um ângulo de 5,6º em relação ao dardo superior. Para
maior efeito incapacitante, a distância entre os pontos de impacto dos dardos superior e inferior
deverá ficar entre 40 cm a 70 cm.

2.30 - Instruções Operacionais

• Remova a Spark do coldre e insira um cartucho.

• Acione a Chave Liga/Desliga para baixo.

• Aponte a mira laser para o centro do tronco, costas ou pernas do alvo. Nunca atire contra a
cabeça, pescoço ou virilha.

• Acione o gatilho.

Depois de pressionado o gatilho o dispositivo transmite pulsos elétricos por cinco segundos e
encerra a transmissão automaticamente, mesmo no caso do gatilho continuar pressionado. É
possível reduzir este tempo por intermédio da tecla liga/desliga.

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No caso de apenas um dos dardos atingir o alvo, o usuário poderá tocar o alvo com os eletrodos
contidos na arma para fechar o circuito e transmitir o choque.
A Spark é uma arma defensiva e deve ser tratada como tal.
• A Spark é uma arma não-letal projetada para incapacitar um infrator da lei sem causar morte
ou lesão permanente, desde que corretamente utilizada. O uso indevido da arma poderá causar
fatalidades ou lesões graves.

2.31 - Choque Direto

A opção de Choque Direto estará disponível apenas quando não houver um cartucho Spark
instalado. O Choque Direto não causará Incapacitação Neuromuscular, causando apenas dor
intensa.
Ao usar a opção de Choque direto, pressione firmemente contra o corpo do alvo. Simplesmente
“tocar” o dispositivo não é suficiente, pois o alvo provavelmente tentará recuar e ficar longe
dos eletrodos.

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2.32 – Causas de ineficácia

Roupas largas ou grossas. A corrente da Spark é capaz de penetrar aproximadamente cinco


centímetros cumulativos de roupa, ou três centímetros de roupa por dardo.

Distância Limitada entre os dardos. Distância entre dados inferior a 10 centímetros pode
resultar em dor, mas com pouco ou nenhum efeito de Incapacitação Neuromuscular. Nesse
caso, um choque direto em um ponto afastado dos dardos poderá levar à incapacitação.

Quebra de Fios. Se um dos cabos for rompido, a corrente não fluirá para os dardos.

2.33 – Testando a Spark

Um teste de ignição deve ser realizado uma vez a cada seis meses.

Não há necessidade de disparar por duração prolongada, contanto que você veja uma faísca
visível entre os eletrodos (um segundo), e o display ligado, a Spark está completamente
funcional.

• Verifique se a Chave Liga/Desliga está na posição para cima.

• Remova o cartucho da Spark.

• Aponte a Spark para uma direção segura (como o chão) e verifique se seus dedos ou outras
partes de seu corpo não estão próximos aos eletrodos.

• Acione a Chave Liga/Desliga para baixo.

• Pressione o gatilho e verifique se há faíscas entre os eletrodos em uma rápida freqüência.

• Coloque o interruptor de segurança na posição para baixo.

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2.34 – Coletando Dados

• Conecte o DATA KIT a um pen drive e a um cabo USB ligado à Spark.

• Pressione o botão de atualização dos dados.

• Os 1000 últimos disparos são copiados da memória do dispositivo elétrico incapacitante ao


pen drive em formato .TXT, que pode ser acessado em qualquer terminal de computador.

2.35 - Atualização de Data e Hora

Este procedimento ocorre em paralelo ao anterior, ao mesmo tempo em que o DATA KIT
recebe os dados dos 1000 últimos disparos, ele atualiza as informações de data e hora da Spark.
O equipamento dispõe de módulo GPS que coleta as informações de data e hora via satélite,
além de botão para horário de verão.

OBSERVAÇÃO:
O usuário não é capaz de alterar as informações de data e hora da Spark. Sua atualização ocorre
automaticamente.

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Governo do Estado do Rio de Janeiro


Secretaria de Estado de Segurança
Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro

Anexo III – IN 33/PMERJ

TIRO DE DEFESA
RIO DE JANEIRO
2015

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Comandante-Geral da PMERJ: CEL PM Alberto Pinheiro Neto


Chefe do Estado-Maior Geral : CEL PM Robson Rodrigues da Silva

Revisão e Redação Final: TEN CEL PM RG 53.570 Marco Aurélio Santos


MAJ PM RG 65.130 André Fernandes de Moraes

Conteúdo e Redação: CAP PM RG 74.220 Luciano Gaspar Ribeiro

Revisão Técnica: SUBTEN PM RG 66 522 Keit Assumpção Varela


SUBTEN PM RG 77.720 Gilmar Carvalho da Silva
SGT PM RG 71.304 Everson Souza de Onorato
SGT PM RG 79.374 Wagner Pinto de Souza
Revisão Pedagógica: SD PM RG 92589 Carina dos Santos Branco

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1ª PARTE

INTRODUÇÃO
GENERALIDADES
CAPÍTULO I

1.1- FINALIDADE E OBJETIVO

A Atividade Policial exige um acervo de conhecimentos relacionados ao Uso da Força,


que invariavelmente, podem fazer a diferença entre a vida e a liberdade do Policial, bem como a
segurança e integridade de terceiros. O Tiro de Defesa foi desenvolvido como método de
treinamento de Policiais para ações seguras, tomadas a partir de procedimentos técnicos e táticos,
orientados para a preservação da vida, para o Uso Diferenciado da Força, a obediência às Leis e
Tratados Internacionais de Direitos Humanos e a qualidade de vida dos Policiais Militares no
atendimento a ocorrências que podem levar à ruína a imagem da Corporação e a segurança da
sociedade.
Os princípios do Tiro de Defesa foram desenvolvidos no Centro de Instrução
Especializada em Armamento e Tiro da PMERJ para atender as demandas operacionais e
administrativas da Polícia Militar em oferecer ações formativas ao seu efetivo, que viabilizem
conhecimentos, habilidades e atitudes a serem utilizados pelo Policial.
Este trabalho propõe a revogação da Nota de Instrução Nº 007 de 1998, sobre
instruções de tiro policial na Corporação.
Propõe também que sejam revogados os Programas para Curso de Formação de
Soldados, públicos no BOL PM Nº 087 de 17 de maio de 2014.
No Boletim de Instrução Policial de Nº. 02/08, público no BOL PM Nº. 198, de 19 de
novembro de 2008, foi determinado aos Comandantes, Chefes e Diretores que o conteúdo deste
boletim, que trata especificamente do Tiro de Defesa, seja ministrado ao seu efetivo.

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CAPÍTULO II
A INSTRUÇÃO DO TIRO DE DEFESA

2.1 - Definição do Tiro de Defesa


O Tiro de Defesa é um método de treinamento do efetivo policial militar para o uso de
armas de fogo comprometido com ações legais na preservação da vida, uso diferenciado da força
como exceção e procedimentos operacionais seguros, que preparem cada Policial para atuação
preventiva, em Ocorrências Policiais onde seja necessária uma ação para preservar a segurança e
integridade de terceiros e a de si próprio.

2.2 - As Instruções de Tiro de Defesa


Instruções de tiro de defesa são atividades próprias da área de ensino, planejadas e
executadas por instrutores formados e capacitados para esse fim, com o objetivo de agregar
conhecimento e aperfeiçoar técnicas do uso, manejo e manuseio legal de armas de fogo. É de
fundamental importância que o treinamento reproduza situações que o Policial enfrentará no dia a
dia de suas atividades e para sua própria defesa. De acordo com a IR-15, cabe ao Centro de
Instrução Especializada em Armamento e Tiro da PMERJ a padronização dessas instruções na
Corporação.

2.2.1 - Boletim de Instrução Policial Nº. 02/08


As instruções de armamento e tiro da PMERJ são orientadas para o Tiro de Defesa,
conforme publicação no BOL PM 198, de 19 de novembro de 2008: Boletim de Instrução Policial
Nº. 02/08 e devem atender os princípios legais e éticos norteadores da Atividade Policial, de
preservação da vida, da aplicação de procedimentos técnicos e táticos seguros, com respeito aos
Direitos Humanos e Uso Diferenciado da Força. Toda instrução de tiro deverá ser precedida por
uma Instrução Preparatória do Tiro (IPT) onde o instrutor trata dos objetivos da instrução,
apresenta os materiais a serem utilizados, legislação em vigor para uso da arma de fogo e regras de
segurança.

2.3 - O Instrutor
Instrutor de Armamento e Tiro de Defesa é o Policial Militar possuidor do Curso de
Formação de Instrutores de Armamento e Tiro (CFIAT), Curso de Tiro da Policia Militar do
Estado do Rio de Janeiro ou equivalente, apto a mobilizar saberes relativos ao uso legal e seguro
das armas de fogo, planejar e executar as Instruções com vistas ao Tiro de Defesa, coordenar
treinamentos, padronizar ações formativas e procedimentos na atividade policial militar e avaliar o
processo de ensino e aprendizagem.

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2.4 - O Double Tap


Os disparos feitos para o Tiro de Defesa são em Double tap, onde o Policial usa dois
disparos seguidos a cada reação defensiva ou comandamento do instrutor. Quando um policial
utiliza esse procedimento, aumenta o poder de parada sobre o indivíduo que tenha colocado em
risco a vida de inocentes. O resultado esperado é o cessar dessa agressão e não a morte do autor.

2.4.1 - Poder de Parada ou Stopping Power


Poder de Parada ou Stopping Power é representado pelo poder que um determinado calibre tem de
neutralizar a ação armada de um criminoso, cessando a injusta agressão. É medido em joules. O
disparo é o último recurso a ser utilizado no uso legal da força.

2.5 - Classificação das Instruções

As instruções de armamento e tiro de defesa são classificadas em:

I- Instruções para Cursos de Formação (CFSd, CFC, CFS e CFO);


II- Instruções para cursos de aperfeiçoamento e especialização para Praças ou Oficiais (CAS,
CAO e CSP), e instruções para estágios de adaptação – EPAO (Quadros Complementares, Quadro
de Saúde, etc.).;
III- Instruções de Capacitação Profissional e Especialização (cursos na PMERJ, Forças Armadas e
coirmãs);
IV- Instruções de Capacitação Continuada.

2.6 - Diretrizes para as Instruções


As instruções para os diversos tipos de cursos serão reguladas por diretriz própria,
específica para cada curso.

2.7 - As Instruções de Capacitação Continuada


Essas instruções são programadas com o objetivo de aperfeiçoamento técnico de todo
o efetivo da Corporação. O instrutor ao apurar o grau de adestramento de cada instruendo,
verificará a possibilidade de realizar o tipo de instrução à necessidade de cada aluno. São divididas
em:
I- Instrução Básica;

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II- Instrução Intermediária;


III- Instrução Avançada e
IV – Instrução para Competições.

2.8 - A Disciplina Tiro de Defesa


A disciplina, Tiro de Defesa, para fins de ensino regular, ou seja, os cursos de
formação, habilitação ou especialização listados nos incisos I e II do item 2.5, é compartimentada
em duas partes: TIRO DE DEFESA I (armas de porte) e TIRO DE DEFESA II (armas de emprego
coletivo) compostas por instruções teóricas e práticas;

2.9 - Limpeza da Arma e Manutenção de Primeiro Escalão


A limpeza da arma é obrigatória para o aluno em qualquer instrução, pois além de ser
um procedimento de segurança, o instrutor verifica o seu grau de adestramento durante a execução
desse procedimento. Através desta prática, o instruendo desenvolve habilidades para o manuseio
de cada arma. Manutenção de primeiro escalão é o procedimento de desmontar a arma em seu
nível mais simples, sem auxílio de ferramentas. É de responsabilidade do instrutor de armamento e
tiro o cumprimento desse proceder.

2.10 - Documentos Obrigatórios


O CIEAT deve apresentar o material didático e o plano de aula, nos termos do
Regulamento de Preceitos Comuns em Estabelecimentos de Ensino (RPCEE) com objetivos pré
determinados e competências que pretende desenvolver, deixando a cargo do instrutor o relatório
da instrução ministrada, em cumprimento às determinações contidas na Diretriz Para Uso de
Estandes na PMERJ.

2.11 - Fundamentos Básicos de Disparo


Para a correta e segura utilização das armas de fogo, são ensinados os Fundamentos
Básicos de Disparo, cuja utilização garante a efetividade no procedimento:
- posição;
- empunhadura
- visada
- respiração e
- acionamento da tecla do gatilho

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2.12 - Para efeito de posicionamento da arma em relação ao atirador, seja essa arma curta ou
longa, nas instruções de armamento e tiro na PMERJ, serão consideradas as seguintes posições:
- Posição 1 - arma sendo sacada;
- Posição 2 - arma em posição sul;
- Posição 3 - arma engajada para o disparo.

2.13 - Fundamentos do Tiro de Defesa

A utilização legal da força para defesa. Não consiste em realizar disparos ou mesmo
utilizar os fundamentos para o disparo com finalidade de acertar um alvo. O Tiro de Defesa é
realizado em ações onde seja necessária a aplicação de técnica para cessar a injusta agressão, por
isso, é proporcional, legal e efetivo. São chamados Fundamentos para o Tiro de Defesa:

- Necessidade de Sacar a Arma: Essa ação é estritamente balizada pela lei. O Policial deve
“consultar” os Princípios Legais para esta ação, os princípios da legalidade, oportunidade,
necessidade proporcionalidade e ética. Através deste fundamento, o aluno é condicionado a
desenvolver o domínio do processo de tomada de decisão, que deve amparar os procedimentos
policiais sob sua responsabilidade.

- Saque rápido: O procedimento deve ser rápido e seguro, a ser treinado com ambas as mãos, tanto
com o fardamento regulamentar como em trajes civis, uma vez que o instruendo pode precisar agir
em defesa da sociedade estando de folga.

- Controle do cano: uso da massa como “terceiro olho” sempre apontado para o campo visual do
Policial e “escaneamento” após o disparo, para localização de possíveis agressores;

- Manter contato visual com o agressor, mesmo durante recargas e solução de panes;

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- Controle das mãos de pessoas a serem abordadas: O Policial deve ser condicionado a disparar
para defender a vida humana. Desta forma, deve identificar se há nas mãos das pessoas a serem
abordadas, objeto ou arma que traga risco iminente para sua vida ou de outrem.

- Disparos duplos (Double Tap) explorando o Poder de Parada. É importante salientar dentro deste
fundamento que é expressamente proibido realizar verbalizações, deslocamentos e progressões
com o dedo no gatilho. Ao tratar com pessoas que não representem ameaça iminente e nos
deslocamentos, o dedo sempre estará fora do gatilho, mesmo que a arma esteja engajada por
ocasião de abordagens ou progressões;

- Treinamento constante: o policial deve procurar o condicionamento através da execução dos


diversos exercícios de tiro, da prática de atividades desportivas que melhorem suas respostas
físicas e emocionais em situações de risco para sua vida ou de outrem.

TIPOS DE ALVOS UTILIZADOS NAS INSTRUÇÕES:

ALVO TIPO IPSC ALVO PERCEPÇÃO 4 CORES

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ALVO PM/ L-4 CARACTERIZADO ALVO PM/ L-4 REFÉM

ALVOS FOTOGRÁFICOS ALVOS FOTOGRÁFICOS

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ALVO SILHUETA COLT ALVO NRA

2.14 - Procedimentos de Alimentação, Carga e Recargas

Para efetuar cargas e recargas nas armas de repetição, semi automáticas e automáticas,
serão considerados os seguintes procedimentos:

MUNICIAMENTO: Ato de inserir munições no carregador da arma;

ALIMENTAR A ARMA: Ato de inserir um carregador municiado na arma;

CARREGAR E RECARREGAR A ARMA: Ato de inserir munição na câmara da arma já


alimentada, através do manejo ou rebatimento do ferrolho, de forma que a munição fique
acondicionada na câmara da arma, ou pronta para o uso. No caso dos revólveres, o carregamento se
dá no ato de fechar o tambor já alimentado da arma. Recarga consiste na repetição da Carga.
TIPOS DE RECARGA:
1 - RECARGA TÁTICA: Ato de recarregar a arma durante uma ação real ou treinamento, para que
o Policial dê continuidade aos disparos antes que as munições disponíveis na arma acabem.
2 - RECARGA ADMINISTRATIVA: Ato de inserir carregador na arma fechada e carregada, sem
acionar ou rebater o ferrolho;
3 - RECARGA EMERGENCIAL: Ato de realizar de forma efetiva a recarga da arma, em razão da
munição disponível na arma acabar;

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2.15 – O Uso Diferenciado da Força e as Instruções de Tiro de Defesa

O Manual de Defesa Pessoal e Uso Comedido da Força – MÉTODO DE DEFESA


POLICIAL MILITAR (MDPM) preconiza que o treinamento deve ter uma estreita ligação com os
aspectos legais relacionados ao uso da força. Comenta também a importância do aspecto
psicológico nos treinamentos, enfatizando a importância do acompanhamento de psicólogos no
desenvolvimento dos treinamentos. Sendo o Tiro de Defesa um método obediente à legalidade e à
boa técnica regente de seus procedimentos, deve obedecer aos mesmos princípios norteadores do
Uso da Força para a PMERJ:
Legalidade; Oportunidade; Necessidade; Proporcionalidade e Ética.

2.16 - O Tiro de Defesa e a interdisciplinaridade


O Tiro de Defesa é um método multidisciplinar. Para a elaboração e propostas de
treinamentos e diretrizes, é fundamental a participação de profissionais especializados nas diversas
disciplinas estudadas nos Cursos de Formação, sejam essas disciplinas jurídicas ou práticas. O
acompanhamento e orientação de psicólogos através do estudo dos níveis de atenção, o estresse
envolvido em situações onde o confronto com marginais seja inevitável, o preparo psicológico entre
outros fatores estudados pela Psicologia são fundamentais para o planejamento das pistas de tiro.

2.17 - A Instrução Preparatória Para o Tiro (IPT)


Obrigatoriamente, precede toda e qualquer instrução. Traz previsões sobre normas de
segurança, características do armamento e munição utilizados, objetivos da instrução e o “ensaio”
dos procedimentos a serem utilizados. Os alunos só executam disparos após treinamento em seco e
com armas air soft.

2.18 - Poder e Força

Poder está relacionado à Autoridade constituída, previsão legal. Diz-se também que
poder é uma grande concentração de força, seja no sentido físico propriamente dito ou figurativo.
“O novo gerente recebeu plenos poderes para contratar e demitir”. “Flávio Canto é considerado
um judoca poderoso”. Neste Manual, tratamos Poder como um atributo legal do Estado, presente
nos ordenamentos, no equilíbrio das relações entre o Estado e sociedade e a fiscalização do
conjunto de normas reguladoras das relações sociais.

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O aluno policial deve reconhecer desde sua primeira instrução os Direitos Humanos
como instituto presente em cada pessoa. Deve defender o princípio de que ele, policial é acima de
tudo, um cidadão e que em seu trabalho de proteção dos bens juridicamente tutelados, não pode
agir da mesma forma que os bandidos, desprovidos da ética e do compromisso com a legalidade.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos preconiza que todos os seres humanos
nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir
uns para com os outros em espírito de fraternidade.

2.20 - Conceito de Crime


Fato típico, antijurídico e culpável do agente.

2.21 - Poder de POLÍCIA


Hely Lopes Meirelles conceitua Poder de Polícia como a faculdade de que dispõe a
Administração Pública para condicionar e restringir o uso, o gozo de bens, atividades e direitos
individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado. Está previsto no Art. 78 do Código
Tributário Nacional.

2.22 - A Segurança Pública nos termos da Constituição Brasileira

De acordo com o Art. 144, a Segurança Pública, dever do Estado, direito e


responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:

I - polícia federal;
II - polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal;
IV - polícias civis;
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.

2.23 - Ordem Pública


Ordem Pública é a situação e o estado de legalidade normal, em que as autoridades
exercem suas precípuas atribuições e os cidadãos as respeitam e acatam

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2.24 - Princípios Gerais em Procedimentos

Para fins de estudo e aplicação dos assuntos tratados neste Manual e para as
instruções, serão considerados os seguintes conceitos para os princípios gerais em procedimentos:

Princípio da Eficácia: consiste no objetivo educativo a ser alcançado. Quando uma


pessoa ou Organização atinge os objetivos previamente estabelecidos.

Princípio da Eficiência: consiste na capacidade de uma pessoa ou organização aplicar


da melhor forma os recursos de que dispõe para a realização de seus objetivos.

Princípio da Efetividade: quando a pessoa ou organização realiza objetivos


previamente estabelecidos, gerenciando seus recursos da melhor forma, produzindo efeitos
eficazes e eficientes, simultaneamente.

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ambiente. Esse nível, predominante na fase inicial de desenvolvimento das crianças, acompanha o
ser humano durante toda a vida. Nas instruções de Tiro de Defesa, o entendimento desse nível se
traduz na repetição de exercícios e o condicionamento para reforçar certos procedimentos,
sobretudo a resolução de panes dos armamentos, onde o Policial adotará uma série de ações
mecânicas rápidas, ou quando conduz uma viatura e precisa fazer um desvio emergencial, seja para
se desviar de uma pessoa distraída ou um buraco na pista de rolamento, que outra pessoa
consideraria procedimentos inconscientes.

3.3.2 - Nível Cognitivo:


Relacionado ao aprendizado consciente, com a aprendizagem de determinados
conhecimentos através da linguagem.

3.4 - Meios auxiliares da instrução:

Meios auxiliares ou materiais auxiliares da instrução são objetos e recursos utilizados


usados pelo instrutor para elaboração ou execução das instruções. O instrutor deve preparar suas
atividades de forma que não seja totalmente dependente desses recursos, de forma que um fato
inesperado anule totalmente sua instrução. Podemos citar como exemplo, o instrutor que prepara
uma palestra para utilizar em projetor multimídia e vê seu planejamento anulado se o computador
der uma pane ou se faltar energia elétrica.
Alguns meios auxiliares utilizados em instruções de Tiro de Defesa:

Lousa ou quadro: quando o instrutor empunha uma caneta-piloto ou giz para dar sua instrução,
demonstra autoridade e conhecimento sobre o assunto do qual vai falar e essa impressão é
facilmente percebida pelos instruendos.

Lousa Interativa ou Lousa Digital: é um dispositivo de interface humana (HID) usado para
comandar o computador diretamente do local de projeção, consistindo na transmissão de
informações multimidia.

Vídeos, DVD e Filmes: geralmente utilizados para estudos de casos de ocorrências policiais
diversas, com objetivos variados. Um vídeo ou filme pode retratar procedimentos policiais bem
sucedidos ou mesmo situações cujo resultado prejudicial ou danoso, exigem estudos e medidas
preventivas a serem elaboradas e propostas durante treinamentos.

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Álbum seriado ou Flipchart: Consiste num tipo de quadro para apresentação, onde um bloco de
papéis é sustentado por uma estrutura de madeira ou metal, em formato de cavalete ou sustentado
por tripé. É um meio auxiliar artesanal, mas muito prático, pois devido às suas reduzidas proporções
e peso, pode ser deslocado facilmente para os estandes, apresentando durante as instruções práticas,
informações para sua execução.

Simulador de Treinamento: o equipamento é constituído por computador, projetores e tela, cujos


programas simulam situações que imitam ocorrências policiais. O objetivo desta ferramenta é
aproximar o treinamento de eventos com que o policial pode se deparar no dia a dia de suas
atividades.

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O Simulador de Treinamento é parte integrante da Sala Virtual de Tomada de Instrução, que possui
diretriz própria para treinamento de procedimentos policiais.

3.5 - A instrução de tiro e a tecnologia

O instrutor deve saber utilizar os recursos tecnológicos, sabendo que nenhum desses
recursos substitui o treinamento de procedimentos policiais, de abordagem a pessoas, edificações,
veículos e etc. Os recursos multimídia, softwares, armas de air soft entre outros, auxiliam e
diversificam as atividades de ensino, tem objetivo de enriquecer as possibilidades das atividades a
serem realizadas. A instrução de tiro de defesa tem duas características: é essencialmente prática e
imitativa da vida. Portanto, recursos tecnológicos devem complementar a instrução, nunca
substituir o treino personalizado.

Algumas técnicas de ensino utilizadas nas instruções:

Demonstração ou aula prática – explicação por meio da demonstração de técnicas e


procedimentos, oportunizando aos policiais em formação: a exercitação, o feedback, a automação
e a aplicação.

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Resolução de problemas: através da elaboração de situações-problema a serem resolvidos pelo


grupo, tal qual uma Ocorrência Policial.

Simulação (Role Playing) – Como o próprio nome diz, a simulação é uma técnica em que se
constrói um cenário. Tem uma contextualização mais prática que a técnica anterior.

Simulação em Computador – a utilização do estande de tiro virtual, que possui software com
situações adequadas à realidade enfrentada por Policiais Militares do Rio de Janeiro.

Discussões em grupos – apresentação de um tema atual a ser discutido a cada grupo. Ao final do
tempo estipulado, os grupos apresentam a síntese da discussão.

Discussão dirigida - técnica de ensino em que os participantes expressam suas idéias após
analisarem criticamente um assunto de interesse relacionado com o tema. Ao final da atividade, é
feita uma avaliação, quando se ressalta o valor das contribuições feitas pelos participantes, bem
como a importância das conclusões.

Debate cruzado – organizado em dois grupos, em que cada deles terá de debater uma técnica de
tiro contrária à do outro grupo, mesmo que seja defendido posicionamento contrário à legislação
vigente, invertendo os papéis posteriormente (práticas ou manuseio não regulamentar),
invertendo-se os papéis ao final, para reforçar o conhecimento técnico e a padronização de
nomenclaturas e procedimentos.

Brainstorming e Brainwriting – utilizados para gerar novas ideias, buscar soluções para um
determinado problema. Todas as ideias surgidas devem ser registradas, a seguir categorizadas e
analisadas com o auxilio de um coordenador. Ao final, o grupo toma as decisões para a resolução
do problema.

Visitas orientadas – atividades planejadas para levantamento de informações em instituições que


oportunizem aprofundar os temas estudados no curso de formação.

Recursos estimuladores da aprendizagem também deverão ser utilizados, entre eles


destacam-se:

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Filmes – podem ser utilizados para introduzir um assunto, mostrar cenários desconhecidos, propor
problematizações, motivar ou aprofundar determinado tema, entre outros. Sendo também
recomendado para documentar a ação dos policiais em formação, avaliar o desempenho e
proporcionar feedback.

Acervo bibliográfico – deve ser proposta aos policiais em formação a busca de informações em
livros, periódicos, Internet ou outros materiais do acervo bibliotecário. É interessante que essa
busca possa ser feita de forma orientada.

3.6 - A Avaliação do Ensino e Aprendizagem - Critérios para a Avaliação. Para os cursos de


formação, são necessárias três tipos de avaliação:

1 - Avaliação Escrita: constituída pelos eixos temáticos teóricos das disciplinas TIRO DE
DEFESA I e TIRO DE DEFESA II presentes nas ementas para os diversos cursos, como Balística,
Teoria Geral dos Armamentos, Classificação das Munições, Classificações das Armas de Fogo.

2 - Avaliação Prática- Fundamentos do Disparo: constituída pela avaliação de impactos em alvos


com três zonas de acertos, onde o instruendo demonstra saber utilizar tais fundamentos:

- posição;
- empunhadura
- visada
- respiração e
- acionamento da tecla do gatilho

No alvo do tipo IPSC, há três zonas de pontuação, correspondendo a: 01 ponto; 0,6 e


0,2 pontos respectivamente. Outros tipos de alvos poderão ser utilizados, mas o instrutor deve
preparar as ações formativas de forma que o aluno execute os disparos com o máximo de
efetividade, sem condicionar o instruendo a realizar procedimentos que busquem o resultado letal
para o agressor, variando posições para o disparo e as zonas de pontuação no alvo, para não
condicioná-lo a acertar sempre no mesmo local, e sim, que o policial pense antes de atirar,
identificando o agressor e fazendo o “controle de suas mãos”, uma vez que disparos só podem ser
realizados para a defesa da vida.

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3 - Avaliação Prática- Pistas de Tiro: Considerando os impactos nos alvos, o resultado será obtido
pela média entre dois saldos. O primeiro saldo corresponde a procedimentos de segurança e
procedimentos operacionais, denominados PROCEDIMENTOS POSTURAIS, durante a execução
dos exercícios propostos. Cada um desses itens será avaliado como positivo (o instruendo faz jus a
5 pontos) ou negativo, onde o instruendo tem descontados 5 pontos:

 Dedo fora do gatilho (durante as verbalizações e procedimentos),


 Cano da arma voltado para direção segura,
 Recarga protegido,
 Deslocamento corretos e seguros (se efetuou deslocamentos com o dedo fora do gatilho),
 Proteger-se corretamente para atuar sobre alvos,
 Verbalização com clareza,
 Técnicas de fatiamento,
 Manuseio correto do armamento,
 Comunicação com a equipe,
 Correção de atitude com arma (se efetuou deslocamento com arma de forma correta. Será
considerada falta se o policial deslocar-se com arma aberta).

O segundo saldo corresponde aos impactos nos alvos. No alvo do tipo IPSC, há três
zonas de pontuação, correspondendo a: 01 ponto; 0,6 e 0,2 pontos respectivamente. Em outros
tipos de alvo, o instrutor deverá estabelecer junto aos alunos os critérios que irá utilizar. A
pontuação final é dada através da soma desses dois saldos.
Os policiais que pontuarem abaixo de cinquenta pontos, deverão realizar nova
instrução. De acordo com os resultados obtidos, os alunos Receberão os seguintes graus: 0 a 49
pontos: insuficiente; 50 a 80 pontos: bom; Acima de 81 pontos: ótimo. Para fins de ensino regular,
ou seja, os cursos de formação, habilitação ou especialização listados nos incisos I e II do item
2.5, alunos com desempenho classificado como insuficiente deverão fazer Prova Final.

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CAPÍTULO IV

A Instrução Para o Curso de Formação de Soldados

4.1 - Cada instrução é precedida por uma Instrução Preparatória Para o Tiro – IPT.

É dividida em duas disciplinas:

4.2 - ARMAMENTO E TIRO DE DEFESA I- Instruções práticas e teóricas para o uso de armas
de porte: pistolas e revólveres. O aluno realizará os disparos apenas depois de estar instruído sobre
fundamentos legais e procedimentos com a arma de fogo. Em cada instrução receberá a arma do
instrutor limpa e aberta e a devolverá obrigatoriamente da mesma forma. As instruções teóricas
obrigatoriamente abordam funcionamento das armas de porte, suas classificações quanto ao uso,
tipo, tamanho, emprego, balística, tipos de munições, equipamentos, conservação, manutenção,
regras de segurança para manuseio e porte, legislação para manuseio e porte, legislação em vigor
para utilização e porte, bem como as técnicas para recarga e procedimentos defensivos diversos.
As instruções práticas devem desenvolver competências para a utilização e manejo das armas,
verbalização como forma de evitar o confronto, domínio de tecnologia de menor potencial
ofensivo, Direitos Humanos aplicados à atividade policial, tiro embarcado e desembarcando de
veículo e tiro em locais com baixa luminosidade.

4.3 - ARMAMENTO E TIRO DE DEFESA II- Instruções práticas e teóricas para o uso de armas
longas de repetição, semi automáticas e automáticas de dotação da PMERJ: espingardas,
carabinas, submetralhadoras, metralhadoras e fuzis. O aluno em cada instrução receberá a arma do
instrutor limpa e aberta e a devolverá obrigatoriamente da mesma forma. Essas instruções devem
atender aos mesmos princípios da Instrução de Armamento e Tiro I, abordando os mesmos
conteúdos e técnicas.

4.4 - É fundamental que o treinamento esteja próximo da realidade que o aluno encontrará no dia a
dia de sua profissão, com resolução de panes simuladas com munições de manejo (munições
inertes, próprias para treinamento), embarque e desembarque de viaturas, exercícios em local com
baixa luminosidade e outros.

4.5 - As Pistas de Tiro de Defesa serão classificadas em dois tipos:


PISTAS DE INSTRUÇÃO: O aluno realiza a passagem nessa pista sendo conduzido pelo
instrutor;

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PISTAS DE APLICAÇÃO: O aluno realiza a passagem sem auxílio do instrutor.

4.6 - A Avaliação do Ensino e Aprendizagem - Critérios da Avaliação.

As avaliações devem considerar a capacidade do futuro policial de usar a força como


exceção, como último recurso a ser utilizado contra um agressor. Destarte, o instruendo é
condicionado a verbalizar com clareza e simplicidade, tanto no atendimento à população como
mediando conflitos, deve identificar e defender a boa aplicação dos fundamentos legais que
orientam a Atividade Policial e como última alternativa, depois de ter usado todos os recursos
possíveis, deve estar treinado para realizar procedimentos rápidos, seguros e efetivos,
desenvolvendo ao máximo os princípios da eficácia e eficiência:

São três tipos de avaliação

1 - Avaliação Escrita, com o conteúdo da ementa para o curso;

2 - Avaliação Prática- Fundamentos do Disparo:

- posição;

- empunhadura

- visada

- respiração e

- acionamento da tecla do gatilho.

3 - Avaliação Prática - Pistas de Tiro.


PISTAS DE INSTRUÇÃO e PISTAS DE APLICAÇÃO.

4.7 - Critérios da Avaliação da Pista de Tiro: Considerando os impactos nos alvos, o resultado será
obtido pela média entre dois saldos. O primeiro saldo corresponde a procedimentos de segurança e
procedimentos operacionais, denominados PROCEDIMENTOS POSTURAIS, durante a execução
dos exercícios propostos. Cada um desses itens será avaliado como positivo (o instruendo faz jus a
5 pontos) ou negativo, onde o instruendo tem descontados 5 pontos:

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 Dedo fora do gatilho (durante as verbalizações e procedimentos),


 Cano da arma voltado para direção segura,
 Recarga protegido,
 Deslocamento corretos e seguros (se efetuou deslocamentos com o dedo fora do gatilho),
 Proteger-se corretamente para atuar sobre alvos,
 Verbalização com clareza,
 Técnicas de fatiamento,
 Manuseio correto do armamento,
 Comunicação com a equipe,
 Correção de atitude com arma (se efetuou deslocamento com arma de forma correta. Será conside-
rada falta se o policial deslocar-se com arma aberta).

O segundo saldo corresponde aos impactos nos alvos. No alvo do tipo IPSC, há três
zonas de pontuação, correspondendo a: 01 ponto; 0,6 e 0,2 pontos respectivamente. Em outros
tipos de alvo, o instrutor deverá estabelecer junto aos alunos os critérios que irá utilizar. A
pontuação final é dada através da soma desses dois saldos.

Os policiais que pontuarem abaixo de cinquenta pontos, deverão realizar nova


instrução. De acordo com os resultados obtidos, os alunos Receberão os seguintes graus: 0 a 49
pontos: insuficiente; 50 a 80 pontos: bom; Acima de 81 pontos: ótimo.

Para fins de ensino regular, os alunos com desempenho classificado como insuficiente
deverão fazer Prova Final.

OBJETIVOS DA INSTRUÇÃO DE ARMAMENTO E TIRO DE DEFESA I e II PARA O CFSd:

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-
- Conceituar princípios éticos -- Manejar corretamente as r
e legais para o porte e uso de armas de fogo; - Reconhecer os diversos
armas de fogo; tipos- de armas de fogo, suas
- Verbalizar de maneira segura, características e manejo;
- Conhecer as Diretrizes para clara e técnica durante a d
o Uso de Estande de Tiro na execução de procedimentos - Desenvolver táticas e
PMERJ; policiais; técnicas seguras para uso de
- armasL de fogo.
- Reconhecer procedimentos - Limpar e fazer manutenção de -
de segurança para porte e uso armamentos. - Agir de forma preventiva e
de armamento; eficaz
- nos procedimentos
- Dominar
- técnicas de Tiro de diários seja em serviço ou na
- Classificar as armas quanto Defesa nas diversas situações folga.
ao tipo, funcionamento e em que será necessário defender -
finalidade; sua vida ou de terceiros contra -Realizar procedimentos
injustas- agressões. previstos na Legislação em
- Compreender o conceito de vigor- no Brasil para Uso da
balística e efeitos balísticos - Dominar técnicas de tiro em Força;
dos diversos projéteis. situações críticas, como -
realização
- de disparos e recargas - Realizar manutenção
- Identificar os princípios simulando membro lesionado, necessária para o bom
norteadores dos Direitos tiro em locais com baixa funcionamento do
Humanos. luminosidade, embarcando e armamento.
desembarcando
- de veículos. D
- Conhecer os princípios e - Desenvolver
- técnicas e
procedimentos previstos para - Empregar técnicas de tiro em táticas para defesa em
o Tiro de Defesa. deslocamento, estático e serviço ou folga.
diversas posições. -
- Usar fundamentos de tiro e
suas posições.

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CAPÍTULO V

A Instrução Para o Curso de Formação de Sargentos (CFS) e Para o Curso de Formação de Cabos
(CFC)

5.1 - Cada instrução é precedida por uma Instrução Preparatória Para o Tiro (IPT)

É dividida em duas disciplinas:

5.2 - ARMAMENTO E TIRO DE DEFESA I- Instruções práticas e teóricas para o uso de armas
de porte: pistolas e revólveres. O aluno em cada instrução receberá a arma do instrutor limpa e
aberta e a devolverá obrigatoriamente da mesma forma. As instruções teóricas obrigatoriamente
abordam funcionamento das armas de porte, suas classificações quanto ao uso, tipo, tamanho,
emprego, balística, tipos de munições, equipamentos, conservação, manutenção, regras de
segurança para manuseio e porte, legislação para manuseio e porte, legislação em vigor para
utilização e porte, bem como as técnicas para recarga e procedimentos defensivos diversos. As
instruções práticas devem desenvolver competências para a utilização e manejo das armas,
verbalização como forma de evitar o confronto, domínio de tecnologia de menor potencial
ofensivo, Direitos Humanos aplicados à atividade policial, tiro embarcado e desembarcando de
veículo e tiro em locais com baixa luminosidade.

5.3 - ARMAMENTO E TIRO DE DEFESA II- Instruções práticas e teóricas para o uso de armas
longas de repetição, semi automáticas e automáticas de dotação da PMERJ: espingardas,
carabinas, submetralhadoras, metralhadoras e fuzis. O aluno em cada instrução receberá a arma do
instrutor limpa e aberta e a devolverá obrigatoriamente da mesma forma. Essas instruções devem
atender aos mesmos princípios da Instrução de Armamento e Tiro I, abordando os mesmos
conteúdos.

5.4 - As instruções para os cursos em epígrafe devem considerar não só a necessidade de


padronizar procedimentos e uniformizar a instrução, mas também o grau de adestramento de cada
aluno, suas vivências pessoais e profissionais e o cuidado para não cometer os seguintes erros:
aplicar uma instrução demasiado básica para um efetivo onde se encontre policial com
treinamento avançado (instrutores de armamento e tiro, especialistas em operações especiais, etc)
bem como superestimar um policial levado pelas observações inconclusivas. Todo aluno cria uma
expectativa quanto ao aprendizado, o papel do instrutor é trabalhar para transformar essa
expectativa em motivação, preparando a instrução e estabelecendo objetivos a serem alcançados
em cada evento.

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5.6 - Critérios da Avaliação da Pista de Tiro: Considerando os impactos nos alvos, o resultado será
obtido pela média entre dois saldos. O primeiro saldo corresponde a procedimentos de segurança e
procedimentos operacionais, denominados PROCEDIMENTOS POSTURAIS, durante a execução
dos exercícios propostos. Cada um desses itens será avaliado como positivo (o instruendo faz jus a
5 pontos) ou negativo, onde o instruendo tem descontados 5 pontos:

 Dedo fora do gatilho (durante as verbalizações e procedimentos),


 Cano da arma voltado para direção segura,
 Recarga protegido,
 Deslocamento corretos e seguros (se efetuou deslocamentos com o dedo fora do gatilho),
 Proteger-se corretamente para atuar sobre alvos,
 Verbalização com clareza,
 Técnicas de fatiamento,
 Manuseio correto do armamento,
 Comunicação com a equipe,
 Correção de atitude com arma (se efetuou deslocamento com arma de forma correta. Será
considerada falta se o policial deslocar-se com arma aberta).

O segundo saldo corresponde aos impactos nos alvos. No alvo do tipo IPSC, há três
zonas de pontuação, correspondendo a: 01 ponto; 0,6 e 0,2 pontos respectivamente. Em outros
tipos de alvo, o instrutor deverá estabelecer junto aos alunos os critérios que irá utilizar. A
pontuação final é dada através da soma desses dois saldos.
Os policiais que pontuarem abaixo de cinquenta pontos, deverão realizar nova
instrução. De acordo com os resultados obtidos, os alunos Receberão os seguintes graus: 0 a 49
pontos: insuficiente; 50 a 80 pontos: bom; Acima de 81 pontos: ótimo. Alunos com desempenho
classificado como insuficiente deverão fazer Prova Final.

OBJETIVOS DA INSTRUÇÃO DE ARMAMENTO E TIRO DE DEFESA I e II PARA O CFS e


CFC:

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COMPETÊNCIAS
C H A
Conhecimentos Habilidades Atitudes

- Ampliar conhecimentos para: -Desenvolver habilidades para: - Fortalecer atitudes para:


- Definir os equipamentos de -Aplicar corretamente os D
uso obrigatório nas instruções– princípios do Uso Diferenciado da - Defender o uso da
EPI; Força; verbalização no atendimento a
Ocorrências
- Policiais.
- Identificar tipos de munições; -Atuar em Ocorrências Policiais -
utilizando
- procedimentos seguros, - Realizar procedimentos
- Conceituar princípios éticos e orientados para o Tiro de Defesa; previstos nas Normas e
legais para o porte e uso de Diretrizes
- de Segurança;
armas de fogo; - Limitar o uso da força aos C
preceitos éticos e legais - Conferir materiais, e
- Conhecer as Diretrizes para o norteadores da Atividade Policial. defendendo o uso dos EPI.
Uso de Estande de Tiro na - r
PMERJ; - Manejar corretamente as armas - Reconhecer os diversos tipos
de fogo;
- de armas de fogo, suas
- Classificar as armas quanto características
L e manejo;
ao tipo, funcionamento e - Limpar e fazer manutenção de d
finalidade; armamentos. - Desenvolver táticas e
- técnicas
- seguras para uso de
- Conceituar os princípios de - Dominar técnicas de Tiro de armas de fogo.
funcionamento das diferentes Defesa nas diversas situações em -
armas de fogo; que será necessário defender sua - Agir de forma preventiva e
vida - ou de terceiros contra eficaz nos procedimentos
- Compreender efeitos injustas agressões. diários, seja em serviço ou na
balísticos dos diversos folga.
projéteis.

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CAPÍTULO VI

Instruções de Cursos de Aperfeiçoamento e Especialização de Oficiais (CAO e CSP) e Cursos de


Aperfeiçoamento de Sargentos (CAS)

6.1 - Cada instrução é precedida por uma Instrução Preparatória Para o Tiro (IPT)

Por se tratar de instruções voltadas para cursos de aperfeiçoamento e especialização, possui as


mesmas características das instruções para o CFC e o CFS, exigindo instrutores experientes para
ministrar o conteúdo:

É dividida em duas disciplinas:

6.2 - ARMAMENTO E TIRO DE DEFESA I- Instruções práticas e teóricas para o uso de armas de
porte: pistolas e revólveres. O aluno em cada instrução receberá a arma do instrutor limpa e aberta e
a devolverá obrigatoriamente da mesma forma;

6.3 - ARMAMENTO E TIRO DE DEFESA II- Instruções práticas e teóricas para o uso de armas
longas de repetição, semi automáticas e automáticas de dotação da PMERJ: espingardas, carabinas,
submetralhadoras, metralhadoras e fuzis. O aluno em cada instrução receberá a arma do instrutor
limpa e aberta e a devolverá obrigatoriamente da mesma forma;

6.4 - As instruções de TIRO DE DEFESA I e II para os cursos em epígrafe devem considerar não só
a necessidade de padronizar procedimentos e uniformizar a instrução, mas também o grau de
adestramento de cada aluno, para o instrutor não cometer os seguintes erros: subestimar o
instruendo ou mesmo superestimá-lo, como foi ressaltado no capítulo anterior.

6.5 - A avaliação do ensino e aprendizagem

As avaliações devem considerar a capacidade do instruendo de usar a força como


exceção, como último recurso a ser utilizado contra um agressor. Os alunos desses cursos de
especialização possuem considerável experiência profissional, de forma que o instrutor deve
aproveitar ao máximo essas ferramentas (as vivências dos alunos) para a construção de estudos de

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caso, montagem das Pistas de Instrução e promover o nivelamento do conhecimento. Destarte, o


instruendo é condicionado a verbalizar com clareza e simplicidade, tanto no atendimento à
população como mediando conflitos, usar sua experiência de forma ética, identificar e defender a
boa aplicação dos fundamentos legais que orientam a Atividade Policial e como última alternativa,
depois de ter usado todos os recursos possíveis, deve estar treinado para realizar procedimentos
rápidos, seguros e efetivos, desenvolvendo ao máximo os princípios da eficácia e eficiência.

São realizadas três tipos de avaliações:

1 - Avaliação Escrita, com o conteúdo da ementa para o curso;

2 - Avaliação Prática- Fundamentos do Disparo:

- posição;
- empunhadura
- visada
- respiração e
- acionamento da tecla do gatilho.

3 - Avaliação Prática: Pistas de Tiro.


PISTAS DE INSTRUÇÃO e PISTAS DE APLICAÇÃO.

Critérios da Avaliação da Pista de Tiro: Considerando os impactos nos alvos, o resultado será obtido
pela média entre dois saldos. O primeiro saldo corresponde a procedimentos de segurança e
procedimentos operacionais, denominados PROCEDIMENTOS POSTURAIS, durante a execução
dos exercícios propostos. Cada um desses itens será avaliado como positivo (o instruendo faz jus a
5 pontos) ou negativo, onde o instruendo tem descontados 5 pontos:
 Dedo fora do gatilho (durante as verbalizações e procedimentos),
 Cano da arma voltado para direção segura,
 Recarga protegido,
 Deslocamento corretos e seguros (se efetuou deslocamentos com o dedo fora do gatilho),
 Proteger-se corretamente para atuar sobre alvos,
 Verbalização com clareza,

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 Técnicas de fatiamento,
 Manuseio correto do armamento,
 Comunicação com a equipe,
 Correção de atitude com arma (se efetuou deslocamento com arma de forma correta. Será
considerada falta se o policial deslocar-se com arma aberta).

O segundo saldo corresponde aos impactos nos alvos. No alvo do tipo IPSC, há três
zonas de pontuação, correspondendo a: 01 ponto; 0,6 e 0,2 pontos respectivamente. Em outros tipos
de alvo, o instrutor deverá estabelecer junto aos alunos os critérios que irá utilizar. A pontuação final
é dada através da soma desses dois saldos.

Os policiais que pontuarem abaixo de cinquenta pontos, deverão realizar nova instrução.
De acordo com os resultados obtidos, os alunos Receberão os seguintes graus: 0 a 49 pontos:
insuficiente; 50 a 80 pontos: bom; Acima de 81 pontos: ótimo. Alunos com desempenho
classificado como insuficiente deverão fazer Prova Final.

OBJETIVOS DA INSTRUÇÃO DE ARMAMENTO E TIRO DE DEFESA I e II PARA O CSP,


CAO E CAS:
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CAPÍTULO VII

A Instrução Para o Curso de Formação de Oficiais

O Curso de Formação de Oficiais tem duração de três anos, e cada ano terá um
programa de atividades diferentes, de forma que no 1º ano, o Cadete receberá as primeiras
instruções teóricas e práticas, evoluindo proporcionalmente, de acordo com o aprendizado das
diversas disciplinas do CFO. Cada instrução é precedida por uma Instrução Preparatória Para o
Tiro (IPT)

7.1 - PARA O 1º ANO DO CFO: É dividida em duas disciplinas:

7.2 - TIRO DE DEFESA I- Instruções práticas e teóricas para o uso de armas de porte: pistolas e
revólveres. O aluno em cada instrução receberá a arma do instrutor limpa e aberta e a devolverá
obrigatoriamente da mesma forma. As instruções teóricas obrigatoriamente abordam
funcionamento das armas, suas classificações quanto ao uso, tipo, tamanho, emprego, Balística,
Balística Forense, bem como as munições, seus efeitos e legislação em vigor para utilização e
porte. As instruções práticas devem desenvolver competências para a utilização e manejo das
armas, domínio de tecnologia de menor potencial ofensivo e Direitos Humanos aplicados à
atividade policial.

7.3 - TIRO DE DEFESA II- Instruções práticas e teóricas para o uso de armas longas de repetição,
semi automáticas e automáticas de dotação da PMERJ: espingardas, carabinas, submetralhadoras,
metralhadoras e fuzis. O aluno em cada instrução receberá a arma do instrutor limpa e aberta e a
devolverá obrigatoriamente da mesma forma. Essas instruções devem atender aos mesmos
princípios da Instrução de Armamento e Tiro II, abordando os mesmos conteúdos.

7.4 - As instruções de TIRO DE DEFESA I devem ser realizadas em 20 encontros programados,


circunstanciados em diretriz própria.

7.5 - As instruções de TIRO DE DEFESA II para o 1º ano do CFO devem ser realizadas em 10
encontros programados, de forma que o futuro oficial aprenda fundamentos para o uso, manejo,
manutenção das armas de emprego coletivo da PMERJ, bem como legislação para seu uso,
técnicas e táticas para emprego policial.
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7.6 - É fundamental que o treinamento esteja próximo da realidade que o futuro oficial PM
encontrará no dia a dia de sua profissão, com resolução de panes simuladas com munições de
manejo (munições inertes, próprias para treinamento), embarque e desembarque de viaturas,
exercícios em local com baixa luminosidade e outros.

7.7 - As Pistas de Tiro de Defesa serão classificadas em dois tipos:

PISTAS DE INSTRUÇÃO: O aluno realiza a passagem nessa pista sendo conduzido pelo
instrutor;

PISTAS DE APLICAÇÃO: O aluno realiza a passagem sem auxílio do instrutor.

7.8 - A Avaliação do Ensino e Aprendizagem. Critérios da Avaliação

As avaliações devem considerar a capacidade do futuro oficial de usar a força como


exceção, como último recurso a ser utilizado contra um agressor. Destarte, o instruendo é
condicionado a verbalizar com clareza e simplicidade, tanto no atendimento à população como
mediando conflitos, deve identificar e defender a boa aplicação dos fundamentos legais que
orientam a Atividade Policial e como última alternativa, depois de ter usado todos os recursos
possíveis, deve estar treinado para realizar procedimentos rápidos, seguros e efetivos,
desenvolvendo ao máximo os princípios da eficácia e eficiência. São três tipos de avaliação

1 - Avaliação Escrita, com o conteúdo da ementa para o curso;

2 - Avaliação Prática- Fundamentos do Disparo:

- posição;
- empunhadura
- visada
- respiração e
- acionamento da tecla do gatilho.

3 - Avaliação Prática: Pistas de Tiro.

Considerando os impactos nos alvos, o resultado será obtido pela média entre dois saldos. O
primeiro saldo corresponde a procedimentos de segurança e procedimentos operacionais,
denominados PROCEDIMENTOS POSTURAIS, durante a execução dos exercícios propostos.
Cada um desses itens será avaliado como positivo (o instruendo faz jus a 5 pontos) ou negativo,
onde o instruendo tem descontados 5 pontos:
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 Dedo fora do gatilho (durante as verbalizações e procedimentos),


 Cano da arma voltado para direção segura,
 Recarga protegido,
 Deslocamento corretos e seguros (se efetuou deslocamentos com o dedo fora do gatilho),
 Proteger-se corretamente para atuar sobre alvos,
 Verbalização com clareza,
 Técnicas de fatiamento,
 Manuseio correto do armamento,
 Comunicação com a equipe,
 Correção de atitude com arma (se efetuou deslocamento com arma de forma correta. Será
considerada falta se o policial deslocar-se com arma aberta).

O segundo saldo corresponde aos impactos nos alvos. No alvo do tipo IPSC, há três
zonas de pontuação, correspondendo a: 01 ponto; 0,6 e 0,2 pontos respectivamente. Em outros
tipos de alvo, o instrutor deverá estabelecer junto aos alunos os critérios que irá utilizar. A
pontuação final é dada através da soma desses dois saldos.

Os policiais que pontuarem abaixo de cinquenta pontos, deverão realizar nova


instrução. De acordo com os resultados obtidos, os alunos Receberão os seguintes graus: 0 a 49
pontos: insuficiente; 50 a 80 pontos: bom; Acima de 81 pontos: ótimo. Alunos com desempenho
classificado como insuficiente deverão fazer Prova Final.

OBJETIVOS DA INSTRUÇÃO DE TIRO DE DEFESA I e II PARA O 1º ANO DO CFO:


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7.9 - 2º ANO DO CFO

7.10 - As instruções de TIRO DE DEFESA I para o 2º ano do CFO devem ser realizadas em 10
encontros programados, devidamente circunstanciados em diretriz própria. Nessa fase do
treinamento, o instrutor deve propiciar mais treinamentos em pistas de aplicação. Estas só podem
ser utilizadas depois de passagem proveitosa nas pistas de instrução, bem como de treinamento
“em seco”, ou seja, sem munições reais.

7.11 - As instruções de TIRO DE DEFESA II para o 2º ano do CFO devem ser realizadas em 10
encontros programados, de forma que o futuro oficial aprenda fundamentos para o uso, manejo,
manutenção das armas de emprego coletivo da PMERJ, bem como legislação para seu uso,
técnicas e táticas para emprego policial.

7.12 - A Avaliação do Ensino e Aprendizagem. Critérios da Avaliação


1 - Avaliação Escrita, com o conteúdo da ementa para o curso;

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2 - Avaliação Prática- Fundamentos do Disparo:

- posição;
- empunhadura
- visada
- respiração e
- acionamento da tecla do gatilho.

3 - Avaliação Prática: Pistas de Tiro.

CRITÉRIOS DA AVALIAÇÃO: Considerando os impactos nos alvos, o resultado será obtido pela
média entre dois saldos. O primeiro saldo corresponde a procedimentos de segurança e
procedimentos operacionais, denominados PROCEDIMENTOS POSTURAIS, durante a execução
dos exercícios propostos. Cada um desses itens será valiado como positivo (o instruendo faz jus a
5 pontos) ou negativo, onde o instruendo tem descontados 5 pontos:

 Dedo fora do gatilho (durante as verbalizações e procedimentos),


 Cano da arma voltado para direção segura,
 Recarga protegido,
 Deslocamento corretos e seguros (se efetuou deslocamentos com o dedo fora do gatilho),
 Proteger-se corretamente para atuar sobre alvos,
 Verbalização com clareza,
 Técnicas de fatiamento,
 Manuseio correto do armamento,
 Comunicação com a equipe,
 Correção de atitude com arma (se efetuou deslocamento com arma de forma correta. Será
considerado falta se o policial deslocar-se com arma aberta).

O segundo saldo corresponde aos impactos nos alvos. No alvo do tipo IPSC, há três zonas
de pontuação, correspondendo a: 01 ponto; 0,6 e 0,2 pontos respectivamente. Em outros tipos de alvo,
o instrutor deverá estabelecer junto aos alunos os critérios que irá utilizar. A pontuação final é dada
através da soma desses dois saldos.

Os policiais que pontuarem abaixo de cinquenta pontos, deverão realizar nova instrução.
De acordo com os resultados obtidos, os alunos Receberão os seguintes graus: 0 a 49 pontos:
insuficiente; 50 a 80 pontos: bom; Acima de 81 pontos: ótimo. Alunos com desempenho classificado
como insuficiente deverão fazer Prova Final.

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OBJETIVOS DA INSTRUÇÃO DE TIRO DE DEFESA I e II PARA O 2º ANO DO CFO:


COMPETÊNCIAS
C H A
Conhecimentos Habilidades Atitudes

- Ampliar conhecimentos para: -Desenvolver habilidades para: - Fortalecer atitudes para:


D
- Definir os equipamentos de -Aplicar corretamente os - Defender o uso da verbalização
uso obrigatório nas instruções– princípios do Uso Diferenciado da no atendimento a Ocorrências
EPI; Força; Policiais.
- Identificar tipos de munições; - Verbalizar de forma clara e -
efetiva;
- - Realizar procedimentos previstos
- Conceituar princípios éticos e nas- Normas e Diretrizes de
legais para o porte e uso de -Atuar em Ocorrências Policiais Segurança;
armas de fogo; utilizando procedimentos seguros, C
orientados
- para o Tiro de Defesa; - Conferir materiais, e defendendo
- Identificar procedimentos o uso
- dos EPI.
regulamentares para - Limitar o uso da força aos r
atendimento a Ocorrências preceitos éticos e legais - Reconhecer os diversos tipos de
Policiais norteadores da Atividade Policial. armas de fogo, suas características
e manejo;
-
- Manejar
- corretamente o fuzil d
- Classificar as armas quanto COLT cal. 5,56; - Desenvolver táticas e técnicas
ao tipo, funcionamento e seguras
L para uso de armas de fogo.
finalidade; - Limpar e fazer manutenção de -
armamentos.
- - Agir de forma preventiva e
- Conceituar os princípios de eficaz
- nos procedimentos diários,
funcionamento das diferentes - Dominar técnicas de Tiro de seja em serviço ou na folga.
armas de fogo; Defesa nas diversas situações em
que será
- necessário defender sua
- Compreender efeitos vida ou de terceiros contra injustas
balísticos agressões;
- -
- Conceituar tipos de - Realizar a Pista de Aplicação.
trancamento de ferrolhos e ação
dos gases provenientes de
disparos e sua ação sobre o
ferrolho.

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7.13 - OBJETIVOS DA INSTRUÇÃO DE TIRO DE DEFESA I e II PARA O 3º ANO DO CFO:

7.14 - É fundamental que o treinamento esteja próximo da realidade que o aluno encontrará no dia a
dia de sua profissão, com resolução de panes simuladas com munições de manejo (munições
inertes, próprias para treinamento), embarque e desembarque de viaturas, exercícios em local com
baixa luminosidade e outros. As instruções de ARMAMENTO E TIRO DE DEFESA I e
ARMAMENTO E TIRO DE DEFESA II tem suas previsões na diretriz para instruções do Curso de
Formação de Oficiais.

7.15 - A avaliação do ensino e aprendizagem - Critérios da Avaliação


1 - Avaliação Escrita, com o conteúdo da ementa para o curso;

2 - Avaliação Prática- Fundamentos do Disparo:

- posição;
- empunhadura
- visada
- respiração e
- acionamento da tecla do gatilho.

3 - Avaliação Prática: Pistas de Tiro.

Considerando os impactos nos alvos, o resultado será obtido pela média entre dois saldos. O
primeiro saldo corresponde a procedimentos de segurança e procedimentos operacionais,
denominados PROCEDIMENTOS POSTURAIS, durante a execução dos exercícios propostos.
Cada um desses itens será avaliado como positivo (o instruendo faz jus a 5 pontos) ou negativo,
onde o instruendo tem descontados 5 pontos:

 Dedo fora do gatilho (durante as verbalizações e procedimentos),


 Cano da arma voltado para direção segura,
 Recarga protegido,
 Deslocamento corretos e seguros (se efetuou deslocamentos com o dedo fora do gatilho),
 Proteger-se corretamente para atuar sobre alvos,
 Verbalização com clareza,

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 Técnicas de fatiamento,
 Manuseio correto do armamento,
 Comunicação com a equipe,
 Correção de atitude com arma (se efetuou deslocamento com arma de forma correta. Será con-
siderada falta se o policial deslocar-se com arma aberta).

O segundo saldo corresponde aos impactos nos alvos. No alvo do tipo IPSC, há três
zonas de pontuação, correspondendo a: 01 ponto; 0,6 e 0,2 pontos respectivamente. Em outros tipos
de alvo, o instrutor deverá estabelecer junto aos alunos os critérios que irá utilizar. A pontuação final
é dada através da soma desses dois saldos.
Os policiais que pontuarem abaixo de cinquenta pontos, deverão realizar nova instrução.
De acordo com os resultados obtidos, os alunos Receberão os seguintes graus: 0 a 49 pontos:
insuficiente; 50 a 80 pontos: bom; Acima de 81 pontos: ótimo. Alunos com desempenho
classificado como insuficiente deverão fazer Prova Final.

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OBJETIVOS DA INSTRUÇÃO DE TIRO DE DEFESA I e II PARA O 3º ANO DO CFO:

COMPETÊNCIAS
C H A
Conhecimentos Habilidades Atitudes
- Ampliar conhecimentos para:
- Definir os equipamentos de -Desenvolver habilidades para:
uso obrigatório nas instruções– -Aplicar corretamente os - Fortalecer atitudes para:
EPI; princípios do Uso Diferenciado da D
Força; - Defender o uso da verbalização
- Identificar tipos de munições; no - atendimento a Ocorrências
-Atuar- em Ocorrências Policiais Policiais.
- Conceituar princípios éticos e utilizando procedimentos seguros, -
legais para o porte e uso de orientados para o Tiro de Defesa; - Realizar procedimentos
armas de fogo; previstos
- nas Normas e Diretrizes
- Limitar o uso da força aos de Segurança;
- Diretrizes para o Uso de preceitos éticos e legais C
Estande de Tiro na PMERJ; norteadores da Atividade Policial. - Conferir materiais, e defendendo
- o uso
- dos EPI.
- Classificar as armas quanto - Manejar corretamente as armas r
ao tipo, funcionamento e de fogo; - Reconhecer os diversos tipos de
finalidade; armas
L de fogo, suas características
- Limpar
- e fazer manutenção de e manejo;
- Conceituar os princípios de armamentos. d
funcionamento das diferentes - Desenvolver
- táticas e técnicas
armas de fogo; - Dominar técnicas de Tiro de seguras para uso de armas de
Defesa- nas diversas situações em fogo.
- Compreender efeitos que será necessário defender sua -
balísticos vida ou de terceiros contra - Agir de forma preventiva e
injustas agressões. eficaz nos procedimentos diários,
seja em serviço ou na folga.

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CAPÍTULO VIII
A INSTRUÇÃO DE CAPACITAÇÃO CONTINUADA

8.1 - A instrução para capacitação continuada é realizada para promover a manutenção do


condicionamento técnico, físico e psicológico do efetivo para o Tiro de Defesa, aferir grau de
adestramento, promover treinamentos diversos, desenvolver atividades relacionadas ao
nivelamento em relação a armas adquiridas pela Corporação e das atividades que o Policial
desenvolve nas suas variadas missões. É de fundamental importância que essas instruções sejam
periódicas.

Assim como em todas as instruções de Tiro de Defesa, cada instrução é precedida por
uma Instrução Preparatória Para o Tiro.

8.2 - A capacitação e o desenvolvimento de competências:

A instrução deverá ser preparada em torno de três eixos temáticos:

- Pré-Teste (a importância de aferir o grau de adestramento de cada policial);

- Treinamento em Trajes Civis (desenvolvendo habilidades para a defesa, em eventos diversos)

- Treinamento de Procedimentos Diversos. (o instrutor deve realizar uma “pesquisa de campo” de


preferência indo ao local de trabalho do policial e identificando a natureza de seu serviço, suas
características e peculiaridades)

8.3 - Objetivos da instrução - desenvolver as seguintes competências:

COGNITIVAS (saber): conhecer fundamentos básicos do disparo; identificar os fundamentos do


tiro de defesa; reconhecer noções de uso diferenciado da força e noções de legislação básica para
atividade policial.

HABILIDADES (saber fazer): executar procedimentos de acordo com os preceitos legais e as


normas de segurança; manejar corretamente o armamento; realizar efetivamente os fundamentos
do tiro de defesa, como: necessidade de sacar a arma, saque rápido, controle do cano, manter
contato visual com o agressor, controle das mãos de pessoas a serem abordadas, disparos duplos e
treinamento constante.

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ATITUDINAIS (saber ser): ser capaz de agir efetivamente quando for necessário utilizar armas de
fogo; ter atitude serena e confiante ao realizar procedimentos diversos, defender a verbalização no
atendimento às ocorrências policiais; aplicar os fundamentos do tiro de defesa em consonância
com os fundamentos básicos do disparo.

8.4 - Critérios de avaliação:

1 - Avaliação Escrita, com o conteúdo da ementa para o curso;

2 - Avaliação Prática- Fundamentos do Disparo:

- posição;
- empunhadura
- visada
- respiração e
- acionamento da tecla do gatilho.

3 - Avaliação Prática: Pistas de Tiro.

O primeiro saldo corresponde a procedimentos de segurança e procedimentos


operacionais, denominados PROCEDIMENTOS POSTURAIS, durante a execução dos exercícios
propostos. Cada um desses itens será avaliado como positivo (o instruendo faz jus a 5 pontos) ou
negativo, onde o instruendo tem descontados 5 pontos:

 Dedo fora do gatilho (durante as verbalizações e procedimentos),


 Cano da arma voltado para direção segura,
 Recarga protegido,
 Deslocamento corretos e seguros (se efetuou deslocamentos com o dedo fora do gatilho),
 Proteger-se corretamente para atuar sobre alvos,
 Verbalização com clareza,
 Técnicas de fatiamento,

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 Manuseio correto do armamento,


 Comunicação com a equipe,
 Correção de atitude com arma (se efetuou deslocamento com arma de forma correta. Será
considerado falta se o policial deslocar-se com arma aberta).

O segundo saldo corresponde aos impactos nos alvos. No alvo do tipo IPSC, há três
zonas de pontuação, correspondendo a: 01 ponto; 0,6 e 0,2 pontos respectivamente.

Em outros tipos de alvo, o instrutor deverá estabelecer junto aos alunos os critérios
que irá utilizar. A pontuação final é dada através da soma desses dois saldos.
Os policiais que pontuarem abaixo de cinquenta pontos, deverão realizar nova instrução.

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CAPÍTULO IX

DOS PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA

9.1 - São considerados procedimentos de segurança o conjunto de medidas preventivas, os


procedimentos que são tomados no manuseio e porte das diversas armas de fogo, bem como a
preparação dos locais destinados à instrução, ao serviço, locais de acondicionamento e transporte.

9.2 - Os procedimentos de manuseio para armas de porte consistem na execução das seguintes
medidas:
- Limpeza e verificação das condições do ferrolho e cano;

- No caso de porte, ostensivo ou não, de pistolas semiautomáticas de dupla ação, devem ser
utilizadas alimentadas, carregadas e destravadas.

9.3 -. A limpeza e manutenção do armamento são importantes para a preservação do material e


também para a preservação da vida do policial, pois manutenções periódicas são necessárias para
garantir o perfeito funcionamento dos mecanismos da arma, estando esta apta a ser utilizada a
qualquer momento. Esses procedimentos deverão ser enfatizados pelos instrutores e executados
pelos instruendos no inicio e ao término de suas instruções, criando assim a cultura de preservação
do equipamento e facilitando a assimilação do procedimento.

Em todas as Unidades os Policiais Militares deverão realizar, na assunção e ao término do serviço, a


limpeza e manutenção de primeiro escalão do armamento retirado na RUMB (Reserva Única de
Material Bélico).

9.4 - No caso de porte, ostensivo ou não, de pistolas semiautomáticas de ação simples, o policial
poderá portá-la com o cão para trás, desde que a arma esteja travada e os mecanismos de
travamento da arma tenham sido previamente checados pelo usuário da arma. Tal medida é de
responsabilidade do Policial.

9.5 - Quando em deslocamento em situações críticas, onde o Policial é acionado para atender
Ocorrência onde o ataque de marginais é iminente, deve realizar a transposição de obstáculos e se
deslocar com o dedo fora do gatilho, realizando também o controle do cano, para reduzir qualquer
ameaça à segurança de terceiros e de sua equipe.

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CAPÍTULO X
FUNDAMENTOS BÁSICOS PARA O DISPARO

10.1 - Os fundamentos básicos para o disparo são ensinados com o objetivo de treinar o aluno em
posições e circunstâncias onde será necessário utilizar armas de fogo.

FUNDAMENTOS PARA O DISPARO:

- Posição;
- Empunhadura;
- Visada;
- Respiração e
- Acionamento do gatilho

10.2 - Os fundamentos do disparo são ensinados concomitantemente com os fundamentos legais


para uso de arma de fogo, sobretudo da Constituição Federal, do Poder de Polícia, das excludentes
de ilicitude e Uso Diferenciado da Força.

- POSIÇÃO

Posição em pé Frente

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Posição em pé frente

Visada com olho esquerdo

Posição lateral

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Posição torre lateral

Posição torre lateral segurança

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- EMPUNHADURA

Empunhadura para pistola

- VISADA

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POSIÇÃO CORRETA DA FALANGE EM RELAÇÃO À TECLA DO GATILHO

A ilustração acima demonstra onde o dedo indicador deve encostar no gatilho que exercerá
pressão lenta, progressiva e gradual somente para trás, evitando assim movimentos bruscos
que causarão a perda do enquadramento num movimento abrupto da arma, o que certamente
causaria problemas como torção de punho e eventuais “gatilhadas”.

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CAPÍTULO XI

DO POLICIAL PARA O TIRO DE DEFESA

11.1 - Aspectos a serem considerados nas instruções de tiro de defesa:

- A preparação mental do Policial

O preparo mental consiste em planejar a resposta considerando o modo de agir dos criminosos a
partir de situações práticas propostas em cenários de treinamento, avaliando seus erros e acertos,
estabelecendo assim, um planejamento tático antecipado, criando rotinas seguras para sua atuação.

- A preparação do Policial para uso de armas de fogo

O constante treinamento é fundamental para que o policial aprenda a manusear seu armamento de
serviço, aumentando sua confiança e segurança na utilização, minimizando os riscos em uma
situação real de confronto, onde no ser humano o condicionamento prevalece sobre raciocínio.

11.2 - O processo de tomada de decisão;

Ao atender uma ocorrência ou se aproximar do que pode ser uma situação de crise, o policial
estará em um nível de alerta que influenciará diretamente na tomada de decisão, onde os
conhecimentos adquiridos ao longo dos treinamentos nortearão suas ações, revestindo-as de
legitimidade e auxiliando no discernimento do tipo de equipamento a ser utilizado, de acordo com
grau de necessidade baseado no uso diferenciado da força.

11.3 - O fogo sob estresse, Stress Fire”

O ser humano diante de uma situação de estresse tende a perder o seu raciocínio intelectual,
trabalhando apenas com seu raciocínio intuitivo ou por meio de seu condicionamento psicomotor
(memória muscular), adquirido por treinamentos contínuos, influenciando diretamente no processo
de tomada de decisão. Dessa forma, quando o policial se vê em perigo, entra em uma situação de
estresse onde seu condicionamento psicomotor prevalece sobre seus conhecimentos intelectuais.

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11.4 - Fatores relevantes a serem desenvolvidos nas instruções

Tendo em vista as dificuldades apresentadas no cotidiano dos policiais militares, as instruções têm
como principal objetivo a massificação dos procedimentos e conceitos que antecedem o emprego
da arma de fogo, a saber: legalidade, oportunidade, necessidade, proporcionalidade e a
conscientização da importância do aprimoramento técnico individual do policial visando o melhor
desempenho da sua função, tendo em vista sua complexidade.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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mativas dos Profissionais da Área De Segurança Pública. Brasília – DF, 2008;
 RIO DE JANEIRO, Polícia Militar do Estado do. Manual Básico do Policial Militar (M-4);
 RIO DE JANEIRO, Polícia Militar do Estado do. Normas de Planejamento e Conduta do Ensino
e da Instrução – 2015. Boletim da Polícia Militar, n° 110, 2014.
 RIO DE JANEIRO, Polícia Militar do Estado do. Manual de Defesa Pessoal e Uso Comedido da
Força. Aditamento ao BOL PM 154 de 21 de agosto de 2007;
 SERRA, Vitor Augusto Rodrigues. Manual Básico de Munição e Armamento da PMERJ – Rio
de Janeiro: PMERJ, 2011;
 BALESTRERI Ricardo Brisola. Direitos Humanos: Coisa de Polícia – Passo fundo-RS, CAPEC,
Paster Editora, 1998;
 BARBOSA, Sérgio Antunes; ANGELO, Ubiratan de Oliveira. Distúrbios Civis: BARBOSA,
Sérgio Antunes; ANGELO, Ubiratan de Oliveira. Distúrbios Civis: controle e uso da força pela
polícia. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2001.
 AGUIAR, Christiano Ferreira. Manual de Atendimento a Ocorrências – Rio de Janeiro: Rio se-
gurança, 2008. (Coleção Instituto de Segurança Pública);
 CARVALHO, Carlos Eduardo Yegros de; FERRAZ, Cláudio Armando; Manual de Uso de Ar-
mas de Fogo – Rio de Janeiro: Rio segurança, 2008. (Coleção Instituto de Segurança Pública);
 ZANOTTA, Creso M. Identificação de Munições – São Paulo: Editora Magnum, 1992;
 CAMPOS, Alexandre Flecha. A Qualificação do Policial Operador de Segurança Pública – Goi-
ânia, 2009. (Coletânea de Artigos);
 CAMPOS, Alexandre Flecha. Manual Prático do Instrutor: Tiro Policial Defensivo – Goiânia,
2010;
 CAMPOS, Alexandre Flecha. Educação e Qualificação do Policial Para o Uso da Força – Goiâ-
nia, 2011;
 SOBRINHO, José Dias. Avaliação: Políticas Educacionais e Reformas; da Educação Superior –
São Paulo: Cortez, 2003;
 LIBÂNEO, José Carlos. Didática – São Paulo: Cortez, 1999;
 CAMPOS, Alexandre Flecha. Manual Prático do Instrutor: Tiro Policial Defensivo – Goiânia,
2010;
 GIRALDI, Nilson. Manual de Tiro Defensivo – São Paulo: PMESP, 1999.
 Boletim de Instrução Policial Nº 03, 02 de agosto de 2005. Assunto: orientações sobre o uso de
arma de fogo e munições. Público no BOL PM Nº 140, de 02 de agosto de 2005;

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 Boletim de Instrução Policial Nº 02/08 de 19 de novembro de 2008. Assunto: Tiro de Defesa.


Público no BOL PM Nº 198 de 19 de novembro de 2008.
 Brasil. Lei Federal Nº 13.060, de 22 de dezembro de 2014. Lei disciplina o uso dos instrumentos
de menor potencial ofensivo pelos agentes de segurança pública em todo o território nacional.
Brasil. Lei Federal Nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003. Dispõe sobre registro, posse e co-
mercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – Sinarm define
crimes e dá outras providências.

ALBERTO PINHEIRO NETO - CEL PM


COMANDANTE GERAL

POR DELEGAÇÃO:

CLÁUDIA DE MELO LOVAIN DE MENEZES CARDOSO - TEN CEL PM


AJUDANTE GERAL - INTERINO

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