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33 p.: il.
CDU - 351.746.7
CDD – 352.2
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da APM - PMMG
ADMINISTRAÇÃO
Estado-Maior da Polícia Militar
Quartel do Comando-Geral da PMMG
Cidade Administrativa Tancredo Neves, Edifício Minas, Rodovia Papa João Paulo II, nº
4143 – 6º Andar – B. Serra Verde – Belo Horizonte – MG – Brasil - CEP 31.630-900.
Telefone: (31) 3915-7806.
COMANDANTE-GERAL DA PMMG
Coronel PM Marco Antônio Badaró Bianchini
CHEFE DO ESTADO-MAIOR
Coronel PM André Agostinho Leão de Oliveira
SUBCHEFE DO ESTADO-MAIOR
Coronel PM Robson José de Queiroz
SUPERVISÃO TÉCNICA
Ten Cel PM Cláudio Vítor Rodrigues Rocha
REVISÃO FINAL
Ten Cel PM Cláudio Vítor R. Rocha
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CG - Comando Geral
EMPM - Estado Maior da Polícia Militar
KOBAN - Pequenos postos policiais comunitários avançados (Japão)
ONG - Organização Não Governamental
QCG - Quartel do Comando Geral
PM - Polícia Militar ou Policial Militar
PMMG - Polícia Militar de Minas Gerais
SENASP - Secretaria Nacional de Segurança Pública
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 5
2 OBJETIVOS .................................................................................................................................................... 7
2.1 GERAL .......................................................................................................................................................... 7
2.1 ESPECÍFICOS .................................................................................................................................................. 7
3 JUSTIFICATIVA .............................................................................................................................................. 8
4 A REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA FRENTE AO TRIÂNGULO DE ANÁLISE DO CRIME ................................. 11
5 PRESSUPOSTOS BÁSICOS PARA A CRIAÇÃO DE REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA ...................................... 13
5.1 SENSIBILIZAÇÃO DOS PARTICIPANTES ............................................................................................................... 13
5.2 A IMPORTÂNCIA DO PROCESSO DE MOBILIZAÇÃO .............................................................................................. 13
5.3 O CONCEITO E A CRIAÇÃO DAS REDES DE PROTEÇÃO PREVENTIVA......................................................................... 14
5.4 SUB-REDES DE VERIFICAÇÃO ........................................................................................................................... 16
5.5 SUB-REDES DE VIGILÂNCIA MÚTUA .................................................................................................................. 17
5.6 SUB-REDES DE IDENTIFICAÇÃO ........................................................................................................................ 18
6 SISTEMATIZAÇÃO DA REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA ............................................................................ 19
6.1 ROTEIROS DE AÇÃO PARA A CRIAÇÃO DA REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA ............................................................. 19
6.2 CADASTRO DOS PARTICIPANTES DAS REUNIÕES DA REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA ................................................ 21
6.3 PLACAS INDICATIVAS DA REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA .................................................................................. 22
6.4 SOLENIDADE DE IMPLANTAÇÃO DA REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA..................................................................... 22
6.5 MANUTENÇÃO DA REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA .......................................................................................... 22
6.6 MUDANÇAS NO MODO DE AGIR DO POLICIAMENTO PREVENTIVO .......................................................................... 24
7 CONCLUSÃO ............................................................................................................................................... 25
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................................... 26
ANEXO “A” (MODELO DE CONVITE PARA PARTICIPAÇÃO EM REUNIÕES DA REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA) À
INSTRUÇÃO N° 3.03.11 /16-CG............................................................................................................................ 28
ANEXO “B” (FORMULÁRIO DE CADASTRO DE INTEGRANTES DA REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA) À INSTRUÇÃO
N° 3.03.11/16-CG. ............................................................................................................................................... 29
ANEXO “C” (MODELO DE ATA DAS REUNIÕES DA REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA) À INSTRUÇÃO N° 3.03.11
/16-CG. ............................................................................................................................................................... 30
ANEXO “D” (FOLDER CONTENDO DICAS DE SEGURANÇA PARA REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA) À INSTRUÇÃO
N° 3.03.11 /16-CG. .............................................................................................................................................. 31
ANEXO “E” (MODELO DE PLACA DE IDENTIFICAÇÃO DOS DIVERSOS SEGMENTOS DA REDE DE PROTEÇÃO
PREVENTIVA) À INSTRUÇÃO N° 3.03.11 /16-CG. ................................................................................................. 33
INSTRUÇÃO Nº 30.03.11/2016-CG
1 INTRODUÇÃO
6
2 OBJETIVOS
2.1 Geral
2.1 Específicos
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3 JUSTIFICATIVA
c) Menos vigilância, mais crime: se as pessoas não estão mais nas praças
e nas ruas, tem-se menos vigilância natural naquela localidade. Ou seja, aqueles que
estiverem pré-dispostos ao crime, à violência e à desordem terão mais facilidade em
agir, porque não precisam mais se preocupar com eventuais testemunhas. Assim, se
as praças e ruas, antes frequentadas pelas famílias, namorados e crianças, estão
agora vazias, elas poderão ser um lugar ideal para o tráfico de drogas e ação de
infratores.
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medo do crime. Por decorrência, poderá haver uma grande oferta de imóveis no local,
que poderão servir de palco para prática de delitos.
Ressalta-se que uma localidade mal cuidada, com edificações depredadas,
locais públicos mal conservados, tende a criar um ambiente propício para o
vandalismo de maneira cíclica, podendo refletir, conforme já mencionado, também em
desvalorização imobiliária.
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desnecessariamente e que o medo que sentem não corresponde com a realidade. É
preciso oferecer medidas que realmente lhes garantam a sensação de segurança.
10
4 A REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA FRENTE AO TRIÂNGULO DE
ANÁLISE DO CRIME
Comportamento
da vítima
Predisposição Ausência da
Polícia/Vigilância
do autor
]
Fonte: Portaria SENASP nº 002/2007 - Brasília – DF: Secretaria Nacional de Segurança Pública –
SENASP, 2007.
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Portanto, constitui-se proposta da Rede:
a) trocar a oportunidade dada pela vítima por cuidados e ações proativas,
com medidas de autoproteção, visando dificultar a atuação do criminoso;
b) estimular a participação vigilante das pessoas, incutindo o senso de
cooperação mútua, a prática de ações de alerta sonoro e identificação visual como
forma estratégia de comunicação. Por exemplo, pessoas suspeitas, veículos parados
com pessoas observando residências, barulhos em casas onde se sabe que os
integrantes estão ausentes, dentre e outros;
c) criar mecanismos para coibir a ação criminosa, tendo por objetivo
melhorar a proteção pessoal e patrimonial e consequentemente, o aumento da
segurança e garantia da paz social.
Para se chegar à implementação efetiva da rede, algumas medidas são
necessárias, sendo fundamental, antes de qualquer iniciativa, a sensibilização das
pessoas que as formarão e os objetivos que querem alcançar.
Por ocasião das reuniões, torna-se possível identificar os problemas que
afetam aquela comunidade específica, sejam referentes aos crimes, criminalidade,
medo do crime, violência e desordem. Dessa maneira, a população pode participar do
planejamento do emprego policial que será aliado às análises de geoprocessamento
e estatística, possibilitando ações para a diminuição da vulnerabilidade do ambiente e
das pessoas.
É necessário, ainda, que haja um policial militar como referência no
suporte de coordenação da Rede de Proteção Preventiva a fim de se estabelecer um
vínculo entre a comunidade e alcançar a confiabilidade, mediante a aproximação
necessária para um bom desenvolvimento dos trabalhos.
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5 PRESSUPOSTOS BÁSICOS PARA A CRIAÇÃO DE REDE DE
PROTEÇÃO PREVENTIVA
13
influenciar nas questões referentes à segurança pública. Desta forma deve explicar
detalhadamente aos cidadãos o que se pretende, mostrando a necessidade,
importância e vantagens de naquela localidade criar a rede. É fundamental levar ao
conhecimento destas pessoas os resultados positivos de experiências similares,
provando a eficácia desta ação que já ultrapassa o caráter experimentalista.
Dessa forma, além de reduzir os índices de criminalidade, a rede
contribuirá para melhoria do ambiente, da qualidade de vida e do bem-estar de cada
integrante.
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por todas as relações que as pessoas estabelecem durante a vida cotidiana, que
pode ser composta por familiares, vizinhos, amigos, colegas de trabalho,
organizações, etc. As redes de relacionamento começam na infância e contribuem
para a formação de identidades.
b) Rede Social Secundária ou Global: é formada por profissionais e
funcionários das instituições públicas ou privadas, por organizações não
governamentais, organizações sociais etc., e fornecem atenção, orientação e
informação.
c) Rede Social Intermediária ou Rede Associativa: é formada por pessoas
que receberam capacitação especializada, tendo como função a prevenção e apoio.
Podem vir do setor da saúde, igreja e até da própria comunidade.
As redes sociais secundárias e intermediárias são formadas pelo coletivo,
instituições e pessoas que possuem interesses comuns. Elas podem ter um grande
poder de mobilização e articulação para que seus objetivos sejam atingidos.
Dentro deste conceito, as Redes de Proteção Preventiva poderiam ser
definidas amplamente como sendo o compartilhamento de idéias entre pessoas que
possuem interesses e objetivos em comum e também valores a serem
compartilhados. Assim como um grupo de discussão é composto por indivíduos que
possuem identidades semelhantes, as redes surgem principalmente diante da
necessidade de proteção ou maior sensação de segurança ao cidadão e da
possibilidade de resolução de algum problema que, direta ou indiretamente, afete
parte de um grupo ou sua totalidade. Possibilita à discussão de ideias e a absorção
de novos elementos em busca de algo em comum.
Em face dos vários conceitos de redes, fica mais fácil entendê-las, bem
como facilita buscar a formação e o entendimento entre as pessoas e, em especial,
entre a comunidade.
As Redes de Proteção Preventiva são a melhor expressão da filosofia
básica de Polícia Comunitária, ou seja, de uma polícia de aproximação.
Conceitualmente falando são especificamente o conjunto de pessoas organizadas
para executarem ações sistematizadas. Seu objetivo é o de melhorar as relações
entre as pessoas, despertar a consciência solidária e incentivar a vigilância informal,
coibindo a ação de possíveis criminosos e garantindo a segurança pessoal e
patrimonial, por meio de pequenas mudanças de comportamento e compartilhamento
de informações de interesse para a segurança. Possibilita que o policial militar
conheça a comunidade e vice-versa. Ressalta-se que as redes reforçam a missão
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primordial da Polícia Militar na contribuição para a paz social, assegurando a
liberdade e os direitos fundamentais e tornando Minas o melhor estado para se viver.
Dessa forma, a fim de facilitar o funcionamento da rede, é necessária a
formação de um liame, com o objetivo de promover a integração de todos os
componentes, para atuação de forma mútua e comprometida. Esse agrupamento
seria definido, então, como o conjunto de pessoas da mesma localidade, organizadas
em quantidade conforme a natureza de cada segmento. Como a rede é entrelaçada,
poderão ser constituídos vários grupos.
Para tanto, é necessário que todos conheçam contatos e hábitos dos
integrantes. Para garantir maior eficiência da rede, é importante que os participantes
motivem aqueles que ainda não integraram a Rede de Proteção Preventiva.
É importante salientar que as Redes de Proteção Preventiva podem
abranger também os condomínios e outras modalidades de propriedades, até mesmo
no meio rural. Em locais mistos, onde há comércios e residências, por exemplo, todos
podem se integrar.
Em locais onde prevalecem estabelecimentos comerciais, estes deverão
criar estratégias específicas, pois os horários de funcionamento e os interesses
costumam ser semelhante, a motivação é geral e a parceria também é possível.
Uma rede bem estruturada proporciona condições mais adequadas para
discussão de problemas de maior complexidade, facilitando a tomada de decisões.
A formação de cada grupo dá condições para a criação e sistematização
das redes e desta forma serão criadas sub-redes de verificação e as sub-redes de
vigilância mútua.
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cuidando para que somente assuntos referentes à segurança pública sejam tratados
pelos integrantes.
Essa sub-rede possibilita que um integrante da rede contate outro
integrante, verificando se naquele momento ou se naquela residência existe algum
problema. Desta forma, são importantes a utilização de códigos, “senhas” ou
combinações entre os componentes da rede de forma a facilitar o apoio. A intenção é
saber se há problema ocorrendo com algum integrante da rede ou se tudo está
dentro da normalidade.
É importante ressaltar que a senha criada deve ser do conhecimento
apenas daqueles que estão envolvidos diretamente com a rede, ou seja, moradores,
comerciantes ou funcionários que a integram. Pode ser estendida também aos
empregados da residência, a critério do morador.
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5.6 Sub-redes de identificação
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6 SISTEMATIZAÇÃO DA REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA
6.1.1 Passos que antecedem a 1ª Reunião: ações para formação dos grupos
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divulgação do trabalho na comunidade através do envolvimento de pessoas nas
reuniões da rede;
- as lideranças possuidoras de mídias locais, que ajudarão na divulgação e
mobilização dos cidadãos para as reuniões da rede, através da divulgação de matérias
jornalísticas acerca da atividade a ser desenvolvido na comunidade;
- os representantes de associações, conselhos comunitários, funcionários
dentre outros;
- os líderes comunitários que não tenham vínculos políticos e que sejam
referência na comunidade.
e) Agendar com as lideranças a realização da primeira reunião para a
implantação da da rede, cuja data, horário e local devem ser definidos de modo que
proporcione a participação do maior número de pessoas interessadas.
f) Confeccionar um modelo padrão de convite para a reunião (vide Anexo
A). Sugere-se que seja apresentado nas reuniões da Rede de Proteção Preventiva,
podendo ser inserido como matéria em veículos de comunicação utilizados pelas
associações e conselhos comunitários, veiculado pelas redes sociais ou distribuído,
impresso, na comunidade.
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número de integrantes e da área de abrangência. É recomendável indicar o policial
militar agente de informações, a fim de ser o elemento de ligação com outros grupos
de difusão de informações gerais de interesse da Instituição, devendo estar lotado na
mesma Fração PM em que pertencer o Gestor da Rede.
A Rede de Proteção Preventiva deve ser alvo de avaliação permanente por
parte da UEOp, a fim de aferir seus resultados quanto redução dos índices de
criminalidade e, principalmente, a melhoria da sensação de segurança do cidadão.
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7 CONCLUSÃO
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. Diretriz para a produção de serviços de segurança pública nº
3.01.05/2011-CG. Regula a filosofia dos direitos humanos, na Polícia Militar de
Minas Gerais. Belo Horizonte, MG: Comando-Geral, EMPM3,2011.
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ANEXO “A” (MODELO DE CONVITE PARA PARTICIPAÇÃO EM REUNIÕES DA
REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA) à Instrução n° 3.03.11 /16-CG.
Local: ________________________________________
Data: _____/_____/_____ Horário: ______:______
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ANEXO “B” (FORMULÁRIO DE CADASTRO DE INTEGRANTES DA REDE DE
PROTEÇÃO PREVENTIVA) à Instrução n° 3.03.11/16-CG.
UEOp
___________
(LOCAL E DATA) __________ - ______
CADASTRO DE INTEGRANTE
CÓDIGO
Nome da rua: Nº:
Grupo:
Dados Pessoais:
Nome:
Rua/Av: Nº Compl.
Endereço:
Bairro:
Veiculo (s):
Placa Modelo Cor Obs.
Contatos familiares:
Nome Parentesco Telefone contato (1) Telefone contato (2)
Outros contatos:
Nome Tipo relacionamento Telefone contato (1) Telefone contato (2)
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ANEXO “C” (MODELO DE ATA DAS REUNIÕES DA REDE DE PROTEÇÃO
PREVENTIVA) à Instrução n° 3.03.11 /16-CG.
REGIÃO
UNIDADE OPERACIONAL
Local:______________, ______de___________de_______.
1. Título da Reunião:
2. Cidade___________, ____ de ______________ de _____ das hh:min as hh:min:
3. Local:
4. Introdução: (descrição do título do evento e número de participantes)
5. Pauta: (assuntos a serem tratados e respectivos responsáveis)
6. Desenvolvimento: (descrição dos principais temas discutidos na reunião, com
referência às decisões e recomendações feitas aos participantes)
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ANEXO “D” (FOLDER CONTENDO DICAS DE SEGURANÇA PARA REDE DE
PROTEÇÃO PREVENTIVA) à Instrução n° 3.03.11 /16-CG.
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ANEXO “D” – VERSO (FOLDER CONTENDO DICAS DE SEGURANÇA PARA
REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA) à Instrução n° 3.03.11 /16-CG.
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ANEXO “E” (MODELO DE PLACA DE IDENTIFICAÇÃO DOS DIVERSOS
SEGMENTOS DA REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA) à Instrução n° 3.03.11 /16-
CG.
Nota: a expressão “Local Monitorado” poderá ser adaptada conforme o tipo de local
contemplado pela Rede de Proteção Preventiva (exemplos: “Escola Monitorada”;
“Residência Monitorada”; “Comércio Monitorado”; etc).
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