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09/2018-CG
Belo Horizonte
2018
DIRETRIZ DE DIREITOS HUMANOS Nº
3.01.09/2018-CG
Belo Horizonte - MG
2018
Direitos exclusivos da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG).
Reprodução condicionada à autorização expressa do Comandante-Geral da PMMG.
Circulação restrita.
48p.
ADMINISTRAÇÃO
Comando-Geral da Polícia Militar
Quartel do Comando-Geral da PMMG
Cidade Administrativa Tancredo Neves, Edifício Minas,
Rodovia Papa João Paulo II, nº 4143 – 6º Andar, Bairro Serra Verde
Belo Horizonte – MG – Brasil - CEP 31.630-900
COMANDANTE-GERAL DA PMMG
CEL PM HELBERT FIGUEIRÓ DE LOURDES
SUBCOMANDANTE-GERAL DA PMMG
CEL PM ANDRÉ AGOSTINHO LEÃO DE OLIVEIRA
SUPERVISÃO TÉCNICA
TEN CEL PM WAGNER ALAN DE MATTOS
CHEFE DA ASSESSORIA ESTRATÉGICA DE EMPREGO OPERACIONAL
REDAÇÃO
TEN CEL PM FÁBIO OLIVEIRA DE ALMEIDA
MAJ PM RICARDO MARI DE NOVAIS
CAP PM RICARDO L. A. GONTIJO FOUREAUX
CAP PM PAULO ROBERTO BERMUDES REZENDE
CAP PM MÁRCIO DIAMANTINO DE S. OLIVEIRA
CAP PM THIAGO VITÓRIO DE OLIVEIRA
CAP PM EDISON FERREIRA DA SILVA
2º TEN PM QOR SÍLVIA ADRIANA DA SILVA
3º SGT PM DANÍSIO PEREIRA
REVISÃO DOUTRINÁRIA
TEN CEL PM WAGNER ALAN DE MATTOS
MAJ PM SANDRO ALEX CANUTO GONÇALVES
1º SGT PM CLAUDINEY BARROSO
REVISÃO FINAL
TEN CEL PM WAGNER ALAN DE MATTOS
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 09
2 OBJETIVOS ............................................................................................................ 11
2.1 Geral ................................................................................................................... 11
2.2 Específicos ......................................................................................................... 11
3 DIREITOS HUMANOS ............................................................................................ 12
3.1 Breve Histórico ................................................................................................... 12
3.2 O Idealismo e o Realismo ..................................................................................... 15
3.3 Desafios da atuação policial face aos Direitos Humanos ...................................... 17
4 DIREITOS HUMANOS NA PMMG .......................................................................... 23
4.1 A origem do Estado como protetor da vida em sociedade .................................... 23
4.2 A ordem pública como condição para o exercício de direitos ............................... 24
4.3 Os limites da atuação policial ............................................................................... 24
5 EIXOS TEMÁTICOS E AÇÕES EM DIREITOS HUMANOS .................................... 26
5.1 Eixo 1: Educação ................................................................................................. 26
5.2 Eixo 2: Grupos vulneráveis, minorias e vítimas ..................................................... 28
5.3 Eixo 3: Política interna de Direitos Humanos ....................................................... 31
5.4 Eixo 4: Integração com outros Órgãos e Entidades ............................................. 36
6 AÇÕES PARA OS COMANDOS NOS DIVERSOS NÍVEIS ................................... 39
6.1 Gabinete do Comando Geral da Polícia Militar .................................................... 39
6.2 Atribuição do elementos subordinados ................................................................ 40
6.3 Ações de âmbito geral ......................................................................................... 43
7 PRESCRIÇÕES DIVERSAS ................................................................................... 45
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 46
1 INTRODUÇÃO
O Brasil conta com uma série de ferramentas que buscam assegurar que os Direitos
Humanos sejam respeitados e estendidos a todos os cidadãos. A Constituição da
República Federativa do Brasil de 1988, como lei maior, busca garantir ao país os
direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais, sedimentados nos princípios da
cidadania, do pluralismo político, nos valores sociais do trabalho, da dignidade,
inviolabilidade e autonomia da pessoa humana.
Apesar de não estabelecer nenhum efeito legal sobre os Estados, os Direitos Humanos
representam um consenso amplo e irrestrito por parte da comunidade internacional,
possuindo uma força moral forte e inegável para direcionar a conduta nas relações
internacionais e nas relações entre os cidadãos.
9
policiais militares entre os anos de 2005 a 2016, com a inclusão da disciplina Direitos
Humanos nos principais cursos e estágios da Corporação.
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2 OBJETIVOS
2.1 Geral
2.2 Específicos
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3 DIREITOS HUMANOS
Direitos Humanos são todos os direitos que possuímos, pelo simples fato de sermos
seres humanos, que nos permitem viver com dignidade, assegurando, assim, os nossos
direitos fundamentais à vida, à igualdade, à segurança, à liberdade e à propriedade,
dentre outros. Eles se positivam através das normas jurídicas nacionais e
internacionais, tais como tratados, convenções, acordos ou pactos internacionais, leis e
constituições. Estes direitos são universais, interdependentes e indivisíveis.
Inicialmente, nesta seção, apresenta-se um breve histórico sobre a origem dos Direitos
Humanos, seguido de uma discussão sobre idealismo e realismo, finalizando a seção
discorre-se sobre alguns desafios da atuação policial no contexto dos Direitos
Humanos.
Numa breve linha temporal, pode-se visualizar o processo construtivo dos Direitos
Humanos. Registros como o Código de Hamurabi (século XVIII a.C.) e o Cilindro de Ciro
(539 a.C) são marcos da historiografia dos Direitos Humanos.
Outra referência, de 507 d.C., é a proteção pelo rei gaulês Clóvis aos habitantes de
Poitiers, contra saques pelas suas próprias tropas, em respeito à memória de Santo
Hilário, e a de Tours, em reverência a São Martinho (GREGÓRIO DE TOURS, 2005
apud REIS, 2017).
12
Na Idade Média, outra origem da ideia de vulnerabilidade social é o Concílio de
Charroux, ocorrido na França em 987 d.C. (PERNOUD, 1944; DEMURGER, 2002).
Trata-se da referência que fez a primeira distinção entre objetivos militares e propósitos
civis, entre o guerreiro e o não guerreiro (população civil). Dentre os parâmetros fixados
pelo Concílio de Charroux, estão:
Corroborando com essa ideia, Gautier (1959) cita alguns itens do juramento de proteção
dos vulneráveis pela Cavalaria:
13
A vida na Cavalaria preservava nesse soldado a valentia e a força, mas
tirava-lhe a crueldade e a grosseria, e obtinha esse resultado por meio
de um código de ética. Este impunha-lhe o dever de respeitar os fracos
(GAUTIER, 1959 apud REIS, 2016, p. 49).
Outros eventos da construção dos Direitos Humanos foram a independência das treze
colônias americanas e a Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, proclamada
após a Revolução Francesa (1789), que gerou os ideais de igualdade, liberdade e
fraternidade.
Mais tarde, surgiram outros instrumentos que deram sustentabilidade jurídica aos
Direitos Humanos em nível mundial, como o Pacto Internacional dos Direitos Civis e
Políticos (1976) e o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais
(1976), a Convenção Americana de Direitos Humanos (1969) e a Carta Africana dos
Direitos dos Povos (1981).
Portanto, constata-se que os Direitos Humanos são uma filosofia antiga, que inspirou a
elaboração de leis, tratados, códigos e princípios jurídicos que visam o respeito à
coexistência harmônica da humanidade.
Nesse contexto, cabe à PMMG o papel de proteger todo cidadão que tenha seus
direitos fundamentais violados e utilizar-se dos meios legais e legítimos para assegurar
estes direitos, cumprindo-se, dessa forma, seu papel na preservação e restauração da
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ordem pública.
Assim, tão logo estes ideais sejam bem definidos, as práticas ocorreriam de acordo com
as ideias, e o bem comum seria atingido. Muitas críticas são feitas à suposta
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ingenuidade da visão idealista. Conforme aponta Bobbio (20001 citado por Valadares,
2017), autores como Maquiavel, Spinoza e Hegel possuem suas resistências quanto às
sociedades ideais que, na prática, seriam irrealizáveis e, portanto, seu estudo seria uma
perda de tempo.
Especificar uma verdade absoluta que possa definir o impasse de tais visões é um
grande desafio. Obviamente, exemplos reais são mais fáceis de serem repetidos e
aplicados do que idealizações, pois a prática expõe as imperfeições e os erros permitem
aperfeiçoa-la. Entretanto, não haveria modelo real se, anteriormente, alguém não
tivesse o idealizado e, também, não há certezas de que a realidade do ato se tornaria
idêntica a sua idealização, porém, é vital entender a importância da idealização como
algo que precede e norteia o real, possibilitando sua existência.
Nesse escopo, deve ser ressaltado que, conforme aponta Valadares (2017), as
tradições idealistas e realistas, apesar de muitas vezes antagônicas,
Logo, é sobre este entendimento que se norteia esta Diretriz. Existe a necessidade de
se buscar maior realismo às práticas de Direitos Humanos da Polícia Militar de Minas
Gerais, todavia sem se esquecer das importantes direções que o idealismo apresenta.
1
BOBBIO, Norberto. Teoria Geral da Política: A filosofia política e as lições dos clássicos.
12ª ed. Tradução de Daniela Beccaccia Versiani. Rio de Janeiro: Elsevier, 2000.
16
abstrato. Isto é, segundo Yuval Noah Harari, doutor em história pela Universidade de
Oxford, o que tornou o ser humano distinto: uma evolução cognitiva que permitiu
ultrapassar os limites da concretude no pensamento.
Um dos princípios básicos das normas internacionais de Direitos Humanos é que todos
são iguais. Ser igual não é concreto, mas uma abstração, uma idealização, ou um mito
partilhado (HARARI, 2017). À luz dos Direitos Humanos, entende-se que, apesar das
diferenças, todos devem ser tratados pela sociedade de forma a igualá-los em direitos e
oportunidades.
No Brasil, as polícias enfrentam muitos desafios para a sua atuação. Algumas das
críticas imputadas às instituições policiais seria sua ineficácia na promoção de direitos
humanos. Essas críticas partem, por vezes, de pessoas que veem as polícias do Brasil
como as principais instituições de garantia de direitos humanos à população. Porém,
esse entendimento parece imperfeito em vários aspectos.
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segurança pública ou propriedade. Habitação, saúde, educação, saneamento, dentre
outros, pertencem ao rol robusto de direitos que estão fora das competências e
responsabilidades das polícias (VALADARES, 2017).
Outro equívoco diz respeito à interpretação que grande parte da sociedade dá aos
Direitos Humanos como direitos absolutos e que o Estado deve garanti-los sem
nenhuma exceção e sobre todas as circunstâncias. Todavia, existem Direitos Humanos
absolutos, inderrogáveis e derrogáveis. Entender essa diferença é vital para
compreender a atuação da polícia em observância a estes direitos e, principalmente,
compreender como deve ser o processo decisório da Polícia Militar quando direitos
humanos de diferentes pessoas entrarem em conflito.
O Direito Internacional dos Direitos Humanos reconhece que poucos direitos são
absolutos e limites razoáveis podem ser impostos aos demais direitos e liberdades.
Direitos inderrogáveis são uma outra categoria de direitos que podem ser ou não
direitos absolutos. Alguns direitos inderrogáveis não podem ser suspensos (por isso são
absolutos). Outros, podem sofrer limitações quando da aplicação cotidiana.
2
Um Estado Nacional Soberano pode declarar Estado de Emergência em circunstâncias graves,
como desastres naturais, calamidades, guerras e outras circunstâncias que possam ameaçar a
existência da nação. Nessa situação, poderá suspender ou mudar algumas leis e formas de
organização do Estado, para permitir sua recuperação.
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Direitos Absolutos: são direitos que não podem ser abolidos, anulados ou
invalidados em nenhuma circunstância. São os direitos de não ser torturado ou
escravizado, por exemplo.
Direitos Inderrogáveis: são direitos que não podem ser abolidos, anulados ou
invalidados, mas podem ser limitados ou restritos de acordo com as circunstâncias.
Nos casos que não podem ser limitados ou restritos em nenhuma circunstância são
considerados direitos absolutos.
Direitos Derrogáveis: são direitos que podem ser abolidos, anulados ou invalidados
sem a necessidade de motivação. Normalmente não estão no rol de Direitos
Humanos.
O Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos (positivado no país pelo Decreto
592, de 06 de julho de 1992), no artigo 4º, esclarece as circunstâncias em que pode
ocorrer a suspensão de diversos direitos humanos, mas define que alguns nunca
podem ser derrogados. Nesse contexto, estão o direito à vida (art. 6º); o direito à
liberdade, o direito de não ser submetido à tortura ou ainda à punição ou tratamento
degradante, cruel, desumano, assim como, de não ser submetido a experimento
científico sem consentimento (art. 7º); o direito a não ser submetido à escravidão e
servidão (art. 8º); o direito a não ser preso por incapacidade de cumprir obrigação
contratual (art.11); o direito a não ser punido com a retroatividade da lei penal (art. 15);
o direito a ser reconhecido perante a lei (art. 16) e o direito à liberdade de pensamento,
consciência e religião (art. 18).
Todavia, alguns destes direitos inderrogáveis podem ser limitados ou restritos de acordo
com as circunstâncias. Para melhor compreensão, tomemos por exemplo o direito à
liberdade de religião, expresso no art. 18, caput do Pacto Internacional dos Direitos
Civis e Políticos. Considerando o contido no art. 4º do mesmo texto legal, é
inderrogável, porém o inciso III, do art. 18 relativiza o entendimento, como se explicita, a
seguir:
A liberdade de manifestar a própria religião ou crença estará sujeita
apenas a limitações previstas em lei e que se façam necessárias para
proteger a segurança, a ordem, a saúde ou a moral públicas ou os
direitos e as liberdades das demais pessoas.
Logo, é um direito inderrogável, ou seja, não pode ser abolido, anulado ou invalidado.
Todavia, pode ser restringido, relativizado, principalmente se for necessário para a
manutenção da segurança, numa perspectiva constitucional de assegurar a ordem
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pública.
Outro exemplo é o direito à vida, definido no artigo 6º, inciso primeiro, que estabelece:
“Ninguém poderá ser arbitrariamente privado de sua vida”, ou seja, o pacto compreende
que os países signatários devem proteger a vida, porém, em dadas circunstâncias, nem
mesmo o direito à vida é absoluto, quando a privação dela seja justificada, necessária,
razoável e proporcional. O proibitivo não é tirar a vida, mas sim, fazê-la de forma
arbitrária.
Em contrapartida, os outros direitos listados como inderrogáveis (artigos 7º, 8º, 11, 15 e
16) não possuem, nas suas definições, circunstâncias em que poderiam ser limitados.
Logo, seriam direitos inderrogáveis e absolutos. Não há circunstância que se justifique a
tortura ou a escravidão, e isso é absoluto.
Toda pessoa reivindica o respeito aos seus direitos humanos, todavia, algumas
circunstâncias específicas criam conflitos entre pessoas ou grupos de pessoas distintas.
Quando isso acontece, a Polícia Militar é chamada para resolução do problema.
Ocorre, porém, que independentemente da decisão que a Polícia Militar tomar, uma das
partes envolvidas entenderá que a instituição usurpou seus direitos.
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Nesse contexto conflitante, é importante que o policial esteja preparado para decidir e
agir da forma mais justa possível, considerando o sopesamento de princípios ou a regra
da proporcionalidade. O exemplo abaixo pode ilustrar esse conflito:
Quando os direitos destes grupos entram em conflito, qual terá maior ou menor
importância? Temos aqui dois princípios constitucionais elencados: o da livre
manifestação de pensamento e o de livre locomoção (direito de ir e vir). Qual deve
prevalecer?
Nota-se que o exemplo citado demonstra que as partes exemplificadas querem exercer
o gozo de seus direitos e que, independentemente da conduta policial militar na solução
do problema, um dos envolvidos entenderá que a Polícia Militar violou seu direito.
Com este cenário, o que deve nortear a ação do policial que for atender esta
ocorrência? Como a conduta desse policial pode ser a mais respeitadora de direitos
humanos possível?
Artigo 22
21
2. O exercício desse direito estará sujeito apenas às restrições
previstas em lei e que se façam necessárias, em uma sociedade
democrática, no interesse da segurança nacional, da segurança e da
ordem pública, ou para proteger a saúde ou a moral pública ou os
direitos e liberdades das demais pessoas. O presente artigo não
impedirá que se submeta à restrições legais o exercício desse direito
por membros das forças armadas e da polícia (BRASIL, 1992).
Conforme pôde se depreender, o gozo de um direito humano não pode, nas sociedades
democráticas, atentar contra o interesse da segurança nacional e da ordem pública.
Desta forma, o exercício de direito de determinado grupo não pode colocar outras
pessoas em risco ou criar condições para que o Estado se torne caótico. A preservação
da ordem pública deve ser o parâmetro que norteará a atuação policial sempre que dois
direitos estiverem em conflito e, portanto, não há que se apontar a atuação policial
militar como arbitrária e violadora de direitos. Para tanto, o policial militar aplicará a
regra do sopesamento de princípios.
Este parâmetro para atuação não aparece de forma isolada no regramento jurídico. Na
verdade, na maioria das legislações internacionais de Direitos Humanos, há a previsão
da derrogação de direitos em prol da ordem pública.
22
4 DIREITOS HUMANOS NA PMMG
Nesta seção são apontados aspectos sobre o Estado como protetor da vida em
sociedade, a ordem pública como condição para o exercício de direitos e os limites da
atuação policial.
Com o passar dos anos, o Estado ficou encarregado de outras funções, além da
segurança e defesa. Foram positivadas no ordenamento jurídico sob a forma de direitos
individuais, direito à educação, saúde, moradia, lazer, etc. E, sob o entendimento de
que, para o exercício do direito de uma parte, é preciso que outra se obrigue a cumprir,
pois todos os direitos positivados são na verdade, obrigações do ente estatal para com
os seus cidadãos.
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4.2 A ordem pública como condição para o exercício de direitos
A ordem pública se faz necessária para que os direitos individuais sejam exercidos
pelos cidadãos. Na ausência desta, perde-se a possibilidade de usufruir de qualquer
direito inerente aos direitos humanos.
Nessa seara, a Polícia Militar possui um papel determinante para o exercício dos
direitos individuais, pois é a primeira que garante a existência e o usufruto dos direitos
humanos.
O policial militar atua diuturnamente contra pessoas que violam a lei. Nesse contexto,
são necessárias medidas legais para conter e coibir os agentes de práticas delituosas.
Um dos instrumentos disponíveis neste tipo de situação é o uso da força policial que
deve ser avaliado de forma criteriosa, com o objetivo de pautar as ações de maneira
legal, técnica e profissional, como é preconizado na formação profissional inicial e
continuada, bem como nas doutrinas técnico/profissionais disponíveis no acervo
institucional da PMMG.
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O policial militar dever estar preparado para enfrentar situações de estresse e alta
pressão psicológica e, atuar dentro dos preceitos legais em busca da solução dos
problemas. Segundo Mises (2010), a questão do limite da atuação do Estado, através
da polícia, diz respeito ao próprio conceito de liberdade:
(...) a sociedade não pode existir se não houver meios de evitar que
pessoas obstinadas ajam de maneira incompatível com a vida em
comunidade. A fim de preservar a colaboração pacífica, as pessoas
devem estar prontas para lançar mão da repressão violenta contra os
que perturbam a paz. A sociedade não pode funcionar sem um
dispositivo social de coerção e de pressão, isto é, sem o estado e o
governo. Daí, surge um novo problema: coibir os homens investidos
das funções governamentais a fim de que não abusem de seus
poderes e transformem todas as outras pessoas em virtuais escravos.
O objetivo de todas as lutas pela liberdade é o de moderar os
defensores armados da paz, os governantes e seus policiais. O
conceito político de liberdade individual é: liberdade contra a ação
arbitrária do poder policial (MISES, 2010, p. 67).
Em síntese, para o pleno exercício de direitos é fundamental que a ordem pública seja
garantida e que, eventualmente, poderá ser assegurada por meio do uso da força
policial legítima em conformindade com os preceitos legais.
25
5 EIXOS TEMÁTICOS E AÇÕES EM DIREITOS HUMANOS
EIXO 1 EDUCAÇÃO
Assim, coube aos próprios indivíduos examinar as liberdades que eles próprios
deveriam negar em prol da paz pretendida e pela defesa contra um inimigo comum, de
forma a garantir os esperados direitos à vida, à integridade física, à propriedade, ao
direito de ir e vir e de se manifestar, dentre outros.
26
A natureza livre dos homens segundo Hobbes (2014), cede lugar à transferência de
direitos ao criar o Estado. Rousseau (2002) aborda que o contrato social parte da
premissa de que o homem necessita abdicar-se de seus direitos em favor do Estado,
para que este, resvestido da autoridade que lhe foi concedida, possa tutelar a vontade
geral e intervir no particular quando o interesse público estiver em jogo.
Assim se apresenta a PMMG, garantidora dos direitos humanos que, valendo-se do uso
da força adequada e sem excessos, predispõe-se para ocupação territorial de maneira
a repelir a agressão contra o povo.
27
Assim alinhada, a Educação de Polícia Militar deve considerar uma leitura de Direitos
Humanos contextualizada com a realidade e não de acordo com "expectativas de paz,
igualdade e fraternidade", “que desconsideram, por exemplo, atividades de controle de
distúrbios levadas a efeito por Batalhões Especializados, ou operações de combate ao
crime, de repressão criminal, encetadas diariamente pelos batalhões operacionais da
Corporação, em geral” (VALADARES, 2017).
Conforme assevera Valadares (2017), não cabe à atividade policial ser considerada a
protagonista central na proteção de todos os direitos humanos, mas sim, ao exercício
das atividades ligadas à segurança pública.
Numa abordagem realista é possível argumentar que não seria responsabilidade direta
da Corporação a promoção de direitos humanos nas searas da educação, cultura,
saúde, moradia, trabalho, etc., embora, eventualmente, possa atuar em alguma dessas
searas. Nesse sentido, o direito à segurança, numa vertente realista, segundo Villey
(2007, p. 8) passa pelo reforço dos “meios de ação da polícia” e maior limitação de
direitos, de "garantia dos jurisdicionados".
28
A Polícia Militar de Minas Gerais demonstra preocupação em prestar um serviço que
respeite os Direitos Humanos, independentemente da situação de vulnerabilidade e de
pertencimento a alguma minoria. Nesse sentido, na PMMG vigora o Manual Técnico-
Profissional nº 3.04.02/2013 – CG denominado Tática policial, Abordagem a Pessoas e
Tratamento às Vítimas e que direciona a atuação policial militar nos aspectos
relacionados ao tratamento às vítimas e minorias. A Seção 6 do citado documento traz
os procedimentos que deverão ser observados pelo policial militar quanto ao correto
tratamento a vítimas e minorias.
São aqueles compostos por pessoas mais suscetíveis de sofrer eventuais violações de
direitos humanos em razão de características ligadas a gênero, idade, condição social,
deficiência e orientação sexual.
5.2.2 Minorias
Como se pode observar, o conceito de minoria não está relacionado somente à questão
numérica, mas também inclui a relação dominante e dominado. Na África do Sul, por
exemplo, durante a colonização inglesa, a minoria branca, que exercia o poder político,
sobrepunha-se em dominação à maioria da população negra que era obrigada a se
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submeter às normas sociais, políticas e econômicas, estruturadas no estilo de vida
inglês. Essas minorias, segundo Poulter (1986), são identificadas como minorias
étnicas, religiosas e linguísticas.
Nesse contexto, e, de acordo com a Declaração das Vítimas, no artigo 1º, entende-se
por vítimas de crimes:
[...] as pessoas que, individual ou coletivamente, tenham sofrido danos,
nomeadamente a sua integridade física ou mental, ou sofrimento de
ordem emocional, ou perda material, ou grave atentado a seus direitos
fundamentais, como consequência de atos ou omissões que violem as
leis penais em vigor em um Estado Membro, incluindo as que proíbem
o abuso do poder. [...]
As vítimas do abuso de poder, à luz da Declaração das Vítimas no artigo 18, são assim
conceituadas:
30
No âmbito estadual, especificamente na Lei nº 13.188/99, os direitos das vítimas
buscam medidas de proteção, auxílio e assistência. Há ainda a reparação de danos
físicos, materiais e morais, acompanhamento de diligências policiais ou judiciais, no
caso de crimes violentos, plano de auxílio e de manutenção econômica para vítimas,
testemunhas e seus familiares sob ameaça, transporte, acompanhamento psicológico,
dentre outros, tudo visando minimizar os danos sofridos pelas vítimas.
A atuação profissional do policial militar faz com que a lei seja aplicada e os direitos de
todas as pessoas sejam respeitados, independentemente de cor, raça, sexo, classe
social, sem qualquer tipo de discriminação.
A valorização do policial é fundamental para o sucesso da Instituição, por ser ele o seu
maior patrimônio. Para que o trabalho deste profissional produza os melhores
resultados, é preciso que ele esteja capacitado, que haja controle sobre as pressões a
que é submetido, que seja motivado e, acima de tudo, tenha os seus direitos
respeitados.
31
5.3.1 Direitos do policial militar
32
QUADRO 02: Programas e benefícios oferecidos pela PMMG em apoio ao policial
militar
SETOR
PROGRAMA/BENEFÍCIOS REFERÊNCIA
RESPONSÁVEL
Programa de Saúde Resolução nº 4.449 de
Ocupacional do Policial 05Jan16 DS
Militar (PSOPM)
Programa de Prevenção e Instrução Conjunta de Saúde
DS
Cessação ao Tabagismo nº 02/15 de 09Jun16
Programa de Preparação Resolução nº 4.308 de
DEEAS
para a Reserva 08Mai14
Promorar Militar Lei Estadual nº 17.949 de
22Dez08 e Decreto Estadual DEEAS
nº 45.078 de 02Abr09.
Programa Lares Geraes – Decreto Estadual nº
DEEAS
Moradia Funcional 46.109/12
Assistência Social Resolução 4.307/14 DEEAS
Indenização Securitária e Resolução nº 4.070 de
DEEAS
Auxílio Invalidez 30Mar10
Assessoria Jurídica e Resolução nº 4.631 de DRH
Assistência Judiciária 18Dez17 DEEAS
Colégio Tiradentes Lei nº 480 de 10Nov49 DEEAS
Rede de Policiais Militares Resolução nº 4.443 de
UEOp
Protegidos (RPMP) 03Dez15
Programa de Resolução nº 4.699 de CPM
Acompanhamento e Apoio 31Ago18 DS
aos Policiais Militares – PRO DEEAS
APOIO DRH
Fonte: Assessoria Estratégica de Emprego Operacional
A DRH por intermédio de suas Seções e Centros acolhe os militares ativos e inativos,
os servidores civis da Instituição, e suas respectivas famílias, quando da execução das
atividades relacionadas com a administração de recursos humanos, pois é ela que
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promove a proteção, o pagamento e a garantia de direitos e benefícios previstos na
legislação vigente, o rápido acesso à informações, dentre outras atividades.
O GERI possui como missão atuar em situações nas quais o militar seja vítima de
infração penal que resulte na tentativa ou consumação de sua morte, ou que sofra risco
de morte ou tenha a integridade física ameaçada em razão da natureza de suas
atividades ou em função do local que reside.
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DS e todos os NAIS/SAS; aplicação dos recursos financeiros necessários ao
desenvolvimento das atividades administrativas da DS; divulgação de atividades e
trabalhos referentes à atenção, promoção e programas de saúde, dentre outras
funções.
O SISAU foi criado por meio de Convênio de Cooperação Mútua entre o IPSM, Polícia
Militar e o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais para promover a
assistência à saúde. Está estruturado com uma vasta rede orgânica e contratada em
todo o Estado e busca atender a todos os beneficiários de maneira rápida e eficiente.
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A AFAS atua em todo Estado de Minas Gerais como articuladora em ações que visem a
melhoria da qualidade de vida dos militares e da comunidade civil, por meio do
desenvolvimento de projetos de proteção à família, à maternidade, à infância, à
adolescência, a terceira idade e pessoas com necessidades especiais.
A Fundação Guimarães Rosa (FGR) é uma entidade sem fins lucrativos com autonomia
administrativa e financeira. Foi instituída pela AFAS em 19dez01, com a missão de
contribuir para a melhoria da Segurança Pública no Estado de Minas Gerais,
maximizando os recursos necessários a uma atuação mais eficaz das instituições
militares estaduais.
Vários projetos relacionados aos Direitos Humanos têm sido realizados ao longo dos
anos pela Fundação Guimarães Rosa. O Programa Artista da Paz: cidadania e
segurança também se fazem com música, por exemplo, é um programa da FGR em
parceria com a PMMG.
36
5.4.1 Poder Judiciário local
Uma parceria com o Ministério Público é positiva sobretudo para a efetivação das ações
voltadas à proteção e repressão à violação dos direitos dos grupos vulneráveis, no
tocante à efetivação das garantias previstas nas leis ordinárias.
O Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos possui por finalidade promover
investigações e estudos para a eficácia das normas asseguradoras dos Direitos
Humanos, portanto é fundamental a parceria com o referido Conselho.
37
5.4.6 Delegacias de Polícia Civil
Uma parceria com a OAB torna-se importante para a efetivação das diretrizes previstas
nesta norma por ter uma função pragmática no seio da sociedade brasileira.
Por todo o país existem conselhos estaduais e municipais que têm a função de zelar
pelos direitos humanos, como os Centros de Referência do Cidadão e os Núcleos de
Atendimento às Vítimas de Crimes Violentos.
Estas entidades estão em contato direto com o cidadão local, conhecem suas
necessidades e vulnerabilidades, logo, são parceiros efetivos.
38
6. AÇÕES PARA OS COMANDOS NOS DIVERSOS NÍVEIS
Para a efetiva aplicação desta Diretriz nos diversos níveis de gestão da PMMG, ficam
estabelecidas, nesta seção, as orientações que deverão ser implementadas,
coordenadas e supervisionadas pelos respectivos comandos.
c) será vedada qualquer forma de sanção ou correção que implique castigo físico, que
inflinja a dignidade da pessoa humana.conforme previsto no artigo 4º, da DEPM.
e) os docentes das disciplinas que envolvem o uso da força, tais como “Tiro Policial”,
“Técnica Policial Militar”, “Armamento e Equipamento Policial”, “Defesa Pessoal
Policial”, dentre outras, deverão ser tecnicamente hábeis e/ou detentores de cursos de
especialização, ao passo que deverão obrigatoriamente realizar a transversalização do
conteúdo de sua disciplina com as normas legais, mormente aos valores estratégicos da
instituição, alinhados com o respeito e a promoção dos Direitos Humanos pelo policial
militar, conforme quadro 01 desta Diretriz.
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prática de Direitos Humanos (seminários, cursos, tecnologia menos letal, equipamentos
de autoproteção, entre outros);
c) enviar à Diretoria de Apoio Operacional (DAOp) até o primeiro dia útil do mês de
fevereiro de cada ano e no primeiro dia útil do mês de agosto de cada ano as atas finais
das atividades de Direitos Humanos (seminário, cursos, entre outros) realizadas pela
Unidade, inclusive às referentes ao curso de atualização à distância;
40
6.2.2 Diretoria de Apoio Operacional (DAOp)
41
e) encaminhar mensalmente para o Ministério Público (Centro de Apoio Operacional da
Promotoria de Direitos Humanos) e para a Secretaria de Estado de Segurança Pública
(SESP), os dados alusivos aos casos de letalidade da ação policial militar;
f) enviar anúncio diário de letalidade da ação policial militar ao Ministério Público (Centro
de Apoio Operacional da Promotoria de Direitos Humanos).
b) enviar à DAOp até o primeiro dia útil do mês de fevereiro e no primeiro dia útil do mês
de agosto de cada ano a ata final das atividades de Direitos Humanos (seminário,
cursos, entre outros) realizadas pela Unidade;
c) manter um banco de dados atualizado por UEOp subordinada, dos policiais militares
que possuem os cursos de Direitos Humanos (Multiplicador e Promotor de Direitos
Humanos, Método de Tiro Defensivo de Preservação da Vida (MTDPV), Tecnologia
Menos Letal, Violência Doméstica, entre outros, inclusive os realizados à distância;
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b) manter um banco de dados atualizado dos policiais militares que possuem os cursos
de Direitos Humanos (Multiplicador e Promotor de Direitos Humanos, Método de Tiro
Defensivo de Preservação da Vida (MTDPV), Tecnologia Menos Letal, Violência
Doméstica, entre outros, inclusive os realizados à distância e registrá-los no campo
“Banco de Talentos”, existente no menu RH da Intranet PM;
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O comando local deverá relatar à DAOp, Seção de Direitos Humanos, todos os
aspectos relacionados à atividade policial militar;
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7 PRESCRIÇÕES DIVERSAS
7.2 As grades curriculares dos diversos cursos da Polícia Militar, bem como no
Treinamento Policial Básico (TPB) deverão ser adequadas à presente Diretriz a partir de
janeiro de 2019, de forma a contemplar as novas estratégias do Comando-Geral.
7.3 As diretrizes estabelecidas nesta norma não devem conflitar com as demais
macroestratégias previstas pela PMMG. Nas situações conflituosas, o Comando-Geral
deverá esclarecer as dúvidas por intermédio de norma complementar.
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REFERÊNCIAS
FERREIRA, Roberto César Medeiros; REIS, Thiago de Souza dos. O sistema francês
de polícia e a sua relação com a Segurança Pública no Brasil. Rio de Janeiro: ANPUH,
2012. XV Encontro Regional da Associação Nacional de História – ANPUH.
Disponível em: http://www.encontro2012.rj.anpuh.org/resources/anais/15/1338408842_
ARQUIVO_OSistemaFrancesPoliciaesuarelacaocomaSegurancaPublicanoBrasil.pdf.
Acesso em: 20 nov. 2017.
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__________. Lei Estadual nº 17.949, de 22 de dezembro de 2008. Belo Horizonte, MG.
2008.
NOBLE, Vivian. (Coord.). A aurora romana. In: A elevação do espírito: 600-400 a.C.
Tradução de Pedro Paulo Popovic Consultores. São Paulo: Abril Livros, p. 97-142,
1995.
REIS, Gilberto Protásio dos. “Nem cora o livro de ombrear co’o sabre, nem cora o
sabre de chamá-lo irmão”: a dualidade de “habitus” da cultura policial-militar. Belo
Horizonte: PUC Minas, 2016. (Tese apresentada ao Programa de Doutorado em
Ciências Sociais).
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REIS, Gilberto Protásio dos. Direitos Humanos, Ciência e Segurança Pública: o
papel da Polícia Militar. 13 nov. 2017. Slides. Aula à Comissão nº 46/17 – CG.
SENISE, Irineia Maria Braz Pereira. Formação de Estados Federados. 2011. 160 f.
Dissertação (Mestrado) – Curso de Direito, Universidade de São Paulo, São Paulo,
2011.
VILLEY, Michel. O Direito e os direitos humanos. São Paulo: WMF Martins Fontes,
2007. p. 8.
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