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JACINEI LIMA RIBEIRO SOARES

YASMIN ANNA PEREIRA SANTOS

ATIVIDADE AVALIATIVA DE DIREITO COLETIVO DO


TRABALHO

Feira de Santana - BA

2022
JACINEI LIMA RIBEIRO SOARES
YASMIN ANNA PEREIRA SANTOS

ATIVIDADE AVALIATIVA DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO

Atividade parcial da I unidade


apresentada no 9º Semestre (V01) do
curso de Direito, da Faculdade Anísio
Teixeira, como parte das avaliações
da matéria ministrada pelo professor
Alexandre Brandão.

Feira de Santana - BA

2022
DISSÍDIO COLETIVO
FORMAS DE SOLUÇÃO DOS CONFLITOS COLETIVOS
No que tange aos conflitos coletivos podemos destacar as formas:

a) auto compositivas, como os acordos coletivos, as convenções coletivas e a


mediação;
b) hetero compositivas, como a arbitragem e a jurisdição.

Nas formas auto compositivas, as normas coletivas que irão solucionar o conflito
são criadas pelos próprios atores sociais interessados, como nos casos de
convenção ou acordo coletivo, ou com o auxílio de um terceiro cuja tarefa é
apenas aconselhar as partes para a solução do impasse.

No Brasil, a solução jurisdicional dos conflitos coletivos de trabalho entre


categorias profissionais e econômicas é feita por meio do dissídio coletivo.
CONCEITO E NATUREZA JURÍDICA

Para nós, portanto, o dissídio coletivo é uma espécie de ação coletiva de matriz
constitucional conferida a determinados entes coletivos, geralmente os
sindicatos, para a defesa de interesses cujos titulares materiais não são pessoas
individualmente consideradas, mas sim grupos ou categorias econômicas,
profissionais ou diferenciadas, visando à criação ou interpretação de normas que
irão incidir no âmbito dessas mesmas categorias.
CLASSIFICAÇÃO
de acordo com o art. 220 do RITST, os dissídios coletivos podem ser:
I – de natureza econômica, para a instituição de normas e condições de trabalho;

II – de natureza jurídica, para interpretação de cláusulas de sentenças


normativas, de instrumentos de negociação coletiva, acordos e convenções
coletivas, de disposições legais particulares de categoria profissional ou
econômica e de atos normativos;

III – originários, quando inexistentes ou em vigor normas e condições especiais


de trabalho decretadas em sentença normativa;

IV – de revisão, quando destinados a reavaliar normas e condições coletivas de


trabalho preexistentes que se hajam tornado injustas ou ineficazes pela
modificação das circunstâncias que as ditaram; e

V – de declaração sobre a paralisação do trabalho decorrente de greve. (grifo


nosso) Para nós, os dissídios coletivos podem ser classificados em dissídio
coletivo de natureza econômica, jurídica ou mista, pois, a rigor, os dissídios
coletivos originários e os de revisão são subespécies de dissídios coletivos de
natureza econômica. Os dissídios coletivos de greve são ecléticos (natureza
jurídica e econômica), porquanto declaram a abusividade (ou não) da greve e
instituem (ou não) cláusulas que tratam de condições de trabalho.
DISSÍDIO COLETIVO DE NATUREZA ECONÔMICA
Os dissídios coletivos de natureza econômica podem ser subclassificados em:

• originário ou inaugural – quando não há norma coletiva anterior (CLT, art. 867,
parágrafo único,

a); • revisional – objetiva à revisão de norma coletiva anterior (CLT, arts. 873 a
875); • de extensão – visa estender a toda a categoria as normas ou condições
que tiveram como destinatários apenas parte dela (CLT, arts. 868 a 871).

DISSÍDIO COLETIVO DE NATUREZA JURÍDICA

O dissídio coletivo de natureza jurídica é, na verdade, uma ação declaratória,


cujo objeto reside apenas na interpretação de cláusulas previstas em
instrumentos normativos coletivos preexistentes que vigoram no âmbito de uma
dada categoria.
DISSÍDIO COLETIVO DE NATUREZA MISTA (DISSÍDIO DE
GREVE)

O dissídio coletivo de greve (Lei n. 7.783/89, art. 8º) pode ter natureza
meramente declaratória, se seu objeto residir apenas na declaração de
abusividade ou não do movimento paredista. Se, todavia, o tribunal apreciar e
julgar os pedidos versados nas cláusulas constantes da pauta de reivindicações,
o dissídio coletivo de greve terá natureza mista, pois, a um só tempo, a sentença
normativa correspondente declarará a abusividade (ou não) do movimento
paredista e constituirá (ou não) novas relações coletivas de trabalho (CF, art.
114, § 3º; Lei n. 7.783/89, art. 8º).
PODER NORMATIVO

O Poder Normativo da Justiça do Trabalho encontra fundamento no § 2º do art.


114 da CF, com nova redação dada pela EC n. 45/2004, segundo o qual:

Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é


facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza
econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as
disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as
convencionadas anteriormente.

Há entendimentos de que o preceptivo constitucional em causa instituiu a


arbitragem oficial no Brasil, extinguindo, assim, o Poder Normativo da Justiça do
Trabalho.
COMPETÊNCIA FUNCIONAL

A competência para processar e julgar os dissídios coletivos é original e


funcionalmente dos Tribunais (Superior ou Regionais) do Trabalho (CLT, arts.
856 e 860). Os juízes das Varas do Trabalho têm competência para processar e
julgar “as ações que envolvam exercício do direito de greve” (CF, art. 114, II),
como os interditos proibitórios que tenham pertinência com o exercício do direito
de greve.

PRESSUPOSTOS DE CABIMENTO

Os pressupostos processuais em sede de dissídio coletivo podem ser: subjetivos


e objetivos.
• Subjetivos:

a) competência – a competência para apreciar dissídios coletivos é dos Tribunais


do Trabalho, ou seja, as Varas do Trabalho são incompetentes para essa
espécie de demanda coletiva. O dissídio coletivo é, portanto, de competência
funcional originária dos tribunais trabalhistas, segundo o âmbito territorial do
respectivo dissídio coletivo. Trata-se, portanto, de cumulação de competência
funcional e territorial. Por exemplo, se o dissídio for circunscrito à base territorial
de TRT (CLT, art. 678, I, a, e Lei n. 7.701/88, art. 6º), será este o competente
funcional e territorialmente para apreciar e julgar a ação dissidial; se ultrapassar
tal base, tal competência será do TST (CLT, art. 702, I, b, e Lei n. 7.701/88, art.
2º, I, a);

b) capacidade processual – no dissídio coletivo quem postula em juízo não é a


categoria diretamente (o conjunto dos empregados), mas o sindicato que a
representa (CF, arts. 8º, III, e 114, § 2º; CLT, art. 857), sendo certo que a nova
redação dada pela EC n. 45/2004 ao § 2º do art. 114 da CF estabelece que as
partes, ou seja, sindicatos ou empresas, poderão, de comum acordo, ajuizar o
dissídio coletivo de natureza econômica.
• Objetivos:

a) negociação coletiva prévia – alguns autores referem a frustração da


negociação coletiva (CF, art. 114, §§ 1º e 2º) como pressuposto processual
objetivo11. De nossa parte, isso não é pressuposto processual, e sim condição
da ação, ou seja, a ausência de negociação coletiva prévia implica falta de
interesse de agir do suscitante, na medida em que o bem da vida reivindicado
no dissídio coletivo poderia ser alcançado, previamente, sem a necessidade de
intervenção do Poder Judiciário, isto é, mediante auto composição das partes.
De toda sorte, a não comprovação do exaurimento das tentativas de negociação
coletiva desaguará na extinção do processo sem resolução do mérito;
b) inexistência de norma coletiva em vigor – tanto as convenções coletivas e os
acordos coletivos quanto a sentença normativa têm vigência temporária (CLT,
arts. 614, § 3º, 867 e 873), impedindo o ajuizamento de novo dissídio coletivo
durante esse período, salvo na hipótese de greve, tal como previsto no art. 14,
parágrafo único, da Lei n. 7.783/89;

c) observância da época própria para ajuizamento – não há prazo prescricional


para o ajuizamento do dissídio coletivo, tendo em vista que nele não se postulam
créditos previstos em normas preexistentes, ou seja, não se buscam na ação de
dissídio coletivo direitos subjetivos, mas, tão somente, a criação de normas
gerais e abstratas (direito objetivo) que irão reger as relações – individuais e
coletivas – de trabalho das categorias representadas na ação. Todavia, a CLT
estabelece algumas regras para o ajuizamento do dissídio coletivo apenas no
que concerne à eficácia no tempo da sentença normativa (art. 867, a e b). Dito
de outro modo, se ultrapassados os prazos previstos nas alíneas a e b do art.
867 da CLT, “a categoria ficará exposta ao vazio normativo temporário, na
medida em que a sentença normativa prolatada não poderá retroagir à data base
da categoria (CLT, art. 867, parágrafo único, b), mas entrará em vigor apenas a
partir de sua publicação (CLT, art. 867, parágrafo único, a). Para estimular a
continuidade da negociação coletiva e, ao mesmo tempo, preservar a data-base
da categoria, caso seja finalmente frustrada a negociação, criou o TST a figura
do protesto judicial (IN n. 4/93, item II)12, proposto pelo sindicato, de forma a
postergar por mais de 30 dias o ajuizamento do dissídio, sem perda da data-
base”13;

d) petição inicial (representação) apta – a petição inicial do dissídio coletivo, além


de ser obrigatoriamente escrita, deve conter os requisitos enumerados no item
3.5.1 infra; e) “comum acordo” entre as partes – tendo em vista a nova redação
dada pela EC n. 45/2004 ao § 2º do art. 114 da CF, foi criado – para uns, um
novo pressuposto processual, para outros, uma nova condição da ação – para o
cabimento do dissídio coletivo de natureza econômica: as partes deverão estar
“de comum acordo” para o ajuizamento da demanda.
REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL
A petição inicial do dissídio coletivo, também chamada de “representação” ou
“instauração da instância” na linguagem do texto consolidado, deve ser
obrigatoriamente escrita, segundo dispõe o art. 856 da CLT, e deve satisfazer às
exigências comuns a todas as petições iniciais (CPC, art. 319; CPC/73, art. 282),
bem como aos requisitos objetivos e subjetivos.
REQUISITOS OBJETIVOS
São documentos essenciais à propositura da ação dissidia coletiva:
a) edital – edital de convocação da assembleia geral da categoria;
b) ata – ata da assembleia geral;
c) listagem – lista de presença da assembleia geral;

d) registros da frustração da negociação coletiva – correspondência, registros e


atas referentes à negociação coletiva tentada ou realizada diretamente ou
mediante a intermediação do órgão competente do Ministério do Trabalho;

e) norma anterior – norma coletiva anterior (acordo coletivo, convenção coletiva


ou sentença normativa), se for o caso, isto é, se o dissídio é revisional;

f) instrumento de mandato – procuração passada pelo presidente do suscitante


ao advogado subscritor da representação (é, porém, facultativa a representação
por advogado, conforme o art. 791, § 2º, da CLT, observando-se, contudo, o
conteúdo da Súmula 425 do TST);
g) mútuo consentimento – comprovação da concordância – tácita ou expressa –
entre as partes para o ajuizamento do dissídio coletivo de natureza econômica.
Este novo requisito foi criado pela EC n. 45/2004, que deu nova redação ao § 2º
do art. 114 da CF (vide item 3.6.2.1, infra).
REQUISITOS SUBJETIVOS

Os requisitos subjetivos dizem respeito à forma pela qual deve ser articulada a
pretensão do suscitante (CLT, arts. 857 e 858), a saber:
a) designação da autoridade competente
b) qualificação dos suscitantes e suscitados
c) bases da conciliação
d) fundamentos da demanda.

CONDIÇÕES DA AÇÃO COLETIVA STRICTO SENSU

Por ser o dissídio coletivo uma ação, o seu exercício encontra-se condicionado
à satisfação de todos os requisitos exigidos para as demais ações civis, como a
legitimação ad causam e o interesse processual, já estudados.

A ausência de quaisquer dessas condições implica extinção do processo sem


resolução do mérito, a teor do art. 485, VI, do CPC (art. 267, VI, do CPC/73),
aplicável subsidiariamente ao processo do trabalho, por força do art. 769 da CLT
(e do art. 15 do CPC).

As partes no dissídio coletivo são: no polo ativo, suscitante; no passivo,


suscitado.
LEGITIMAÇÃO AD CAUSAM

A conjugação das normas acima transcritas permite-nos dizer que são partes
legítimas ad causam nos dissídios coletivos, de um lado, obrigatoriamente, o
sindicato da categoria profissional, que geralmente atua no polo ativo da
demanda, e, do outro lado, o sindicato da categoria econômica ou empresa(s)
isoladamente considerada(s).

Quando os sujeitos da lide coletiva são os sindicatos, estamos diante de um


conflito Inter categorial, na medida em que envolve duas categorias – econômica
e profissional – distintas. Esse dissídio coletivo decorre de uma convenção
coletiva frustrada.
Nos dissídios coletivos de greve, o natural legitimado ativo da demanda é o
sindicato representativo da categoria econômica ou a(s) empresa(s)
isoladamente considerada(s) e atingida(s) pelo movimento paredista.

Embora alguns autores sustentem que, quando o sindicato obreiro figura como
demandante, seria o caso de substituição processual, pensamos que se trata
efetivamente de representação legal. É que, a nosso ver, a substituição
processual concerne apenas à legitimação ad causam conferida a alguns entes
coletivos (MPT, sindicatos, associações etc.) para, independentemente de
autorização dos substituídos, defender interesses individuais homogêneos (ou
individuais da categoria, segundo a dicção do art. 8º, III, da CF). Na substituição
processual, portanto, o substituto atua em nome próprio defendendo interesse
alheio.
INTERESSE PROCESSUAL

Quanto ao interesse processual, a própria Constituição condiciona o ajuizamento


da ação de dissídio coletivo ao prévio exaurimento da negociação coletiva ou
impossibilidade de recurso das partes à arbitragem (CF, art. 114, § 2º), o que
nem sempre é fácil implementar, seja pelo aspecto cultural do empresariado
brasileiro e dos próprios sindicalistas, seja pelas exigências estabelecidas no art.
219 do RITST, segundo o qual somente quando “frustrada, total ou parcialmente,
a auto composição dos interesses coletivos em negociação promovida
diretamente pelos interessados, ou mediante intermediação administrativa do
Órgão competente do Ministério do Trabalho, poderá ser ajuizada a ação de
dissídio coletivo”.
A EXIGÊNCIA DO “COMUM ACORDO”
No que tange à pleonástica expressão “comum acordo” contida no § 2º do art.
114 da CF em função da nova redação dada pela EC n. 45/2004, há divergência
doutrinária sobre o seu enquadramento jurídico-processual. Para uns é
pressuposto processual, enquanto outros sustentam ser uma condição da ação.
Há, ainda, os que sustentam a inconstitucionalidade da nova exigência imposta
pela EC n. 45/2004.

Em outros termos, se na audiência de conciliação o réu apresentar


contraproposta ou na contestação o réu se manifesta sobre o mérito da
pretensão, impugnando as cláusulas e condições postuladas pelo autor
(suscitante), mas silencia-se sobre a inexistência de comum acordo para a
propositura do dissídio coletivo, há de se interpretar que houve, por parte do réu,
concordância tácita.

É importante notar que nos dissídios de greve não há a exigência do comum


acordo, ainda que o suscitante seja o empregador. Nesse sentido: RECURSO
ORDINÁRIO. DISSÍDIO COLETIVO DE NATUREZA ECONÔMICA.
AJUIZAMENTO. COMUM ACORDO. NOVA REDAÇÃO DO § 2º DO ART. 114
DA CONSTITUIÇÃO ATUAL APÓS A PROMULGAÇÃO DA EMENDA
CONSTITUCIONAL N. 45/2004.

A Seção Especializada em Dissídios Coletivos deste Tribunal Superior do


Trabalho firmou jurisprudência no sentido de que a nova redação do § 2º do art.
114 da Carta Política do País estabeleceu o pressuposto processual
intransponível do mútuo consenso dos interessados para o ajuizamento do
dissídio coletivo de natureza econômica.

A Emenda Constitucional n. 45 entrou em vigor no dia 31-12-2004, data de sua


publicação, portanto a concordância do suscitado como pressuposto para o
desenvolvimento válido do Dissídio Coletivo, tal como inscrito no § 2º do art. 114
da Constituição da República, não pode ser exigida em relação aos Dissídios
Coletivos suscitados antes daquela data.

Dadas as características das quais se reveste a negociação coletiva, não fere o


princípio do acesso à Justiça o pré-requisito do comum acordo (§ 2º, do art. 114,
da CRFB) previsto como necessário para a instauração da instância em dissídio
coletivo, tendo em vista que a exigência visa a fomentar o desenvolvimento da
atividade sindical, possibilitando que os entes sindicais ou a empresa decidam
sobre a melhor forma de solução dos conflitos.
POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO

A possibilidade jurídica do pedido, como condição da ação, deixou de existir no


CPC de 2015 (art. 485, VI), de modo que, sendo omissa a legislação processual
trabalhista sobre tal instituto, não há mais como sustentar o seu cabimento no
processo do trabalho. Andou bem o TST, porquanto as cláusulas de natureza
social não encontram óbice nos arts. 61, § 1º, II, a, e 169, § 1º, da CF. Além
disso, a nova redação do verbete em causa harmoniza-se com o conteúdo da
Convenção n. 151 da OIT, que é um tratado internacional de direitos humanos
ratificado pelo Brasil, e suas normas, a nosso sentir, passaram, com a ratificação,
à categoria de direitos fundamentais sociais dos trabalhadores/servidores do
setor público, por força do § 2º do art. 5º da CF.

Parece-nos inegável que o preceptivo em causa autoriza o dissídio coletivo,


como processo (judicial) previsto na legislação brasileira (CF, art. 114, § 2º) para
solução de conflitos coletivos envolvendo servidores públicos cetelistas e os
órgãos da Administração Pública que tenham por objeto a fixação de condições
de trabalho.
SENTENÇA NORMATIVA
Por ser proferida originariamente pelos tribunais trabalhistas, a “sentença
normativa” deveria ser denominada de “acórdão normativo” (CPC, art. 204). A
CLT, no entanto, sem rigor científico, adota o termo “sentença normativa” em
diversos dispositivos, como os arts. 616, § 3º, 867, parágrafo único, 867, § 1º, a
e b, e 896, b. As sentenças normativas, nos dissídios de natureza constitutiva
(ou dissídios de interesses), podem criar as seguintes cláusulas ou condições:

a) econômicas – geralmente, são cláusulas relativas a salários, como fixação de


piso salarial, reajustes, abonos pecuniários, jornada de trabalho, valor dos
adicionais etc.;

b) sociais normalmente, versam sobre vantagens sem conteúdo econômico. Ex.:


abono de faltas, extensão da garantia no emprego da empregada gestante e do
empregado acidentado etc.;

c) sindicais – dizem respeito às relações entre os sujeitos passivo e ativo da


relação processual coletiva, ou seja, entre os sindicatos ou entre estes e as
empresas que figuram no dissídio coletivo. Geralmente, versam contribuições
assistenciais a serem descontadas em folha, garantia dos dirigentes sindicais,
permitindo sua atuação nas empresas etc.;

d) obrigacionais – estabelecem multas para a parte que descumprir as normas


coletivas constantes da sentença normativa. Numa primeira impressão, parece-
nos que é incompatível com a natureza da sentença normativa a aplicação da
fundamentação exauriente prevista para os processos individuais, e não para os
processos coletivos. Nos termos do § 2º do art. 12 da Lei n. 10.192/2001, a
“sentença normativa deverá ser publicada no prazo de quinze dias da decisão
do Tribunal”.
SENTENÇA NORMATIVA, COISA JULGADA E ULTRATIVIDADE
Será que a sentença normativa produz coisa julgada? Para uns, a sentença
normativa produz coisa julgada meramente formal, na medida em que permite o
seu cumprimento definitivo antes mesmo do seu trânsito em julgado. Finalmente,
prevê a Súmula 277 do TST que “as condições de trabalho alcançado por força
de sentença normativa vigoram no prazo assinado, não integrando, de forma
definitiva, os contratos” Logo, por ter vigência temporária, a sentença normativa
não teria a característica da imutabilidade da res judicata.

A referida Súmula 277, no entanto, foi alterada, passando a ter a seguinte


redação: CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO OU ACORDO COLETIVO
DE TRABALHO. Não procede a ação rescisória calcada em ofensa à coisa
julgada perpetrada por decisão proferida em ação de cumprimento, em face de
a sentença normativa, na qual se louvava ter sido modificada em grau de
recurso, porque em dissídio coletivo somente se consubstancia coisa julgada
formal. Assim, os meios processuais aptos a atacarem a execução da cláusula
reformada são a exceção de pré-executividade e o mandado de segurança, no
caso de descumprimento do art. 514 do CPC de
HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO EXTRAJUDICIAL

Se as partes firmam acordo extrajudicial não há necessidade de sua


homologação pela Justiça do Trabalho. Nesse sentido é a OJ n. 34 da SDC/TST:
ACORDO EXTRAJUDICIAL. HOMOLOGAÇÃO. JUSTIÇA DO TRABALHO.
PRESCINDIBILIDADE (INSERIDA EM 7-12-1998). É desnecessária a
homologação, por Tribunal Trabalhista, do acordo extrajudicialmente celebrado,
sendo suficiente, para que surta efeitos, sua formalização perante o Ministério
do Trabalho (art. 614 da CLT e art. 7º, XXVI, da Constituição Federal). 2015 (art.
572 do CPC de 1973).

A apresentação de ajuste coletivo (convenção ou acordo coletivo) entabulado


pelos atores sociais, no curso da ação de dissídio coletivo, revela fato
superveniente que, nos termos do art. 462, CPC, aplicável ao processo do
trabalho, conforme entendimento consubstanciado na Súmula 394, TST, esvazia
a função jurisdicional pela perda superveniente do objeto litigioso, ante a
ausência de interesse jurídico para este Egrégio Tribunal homologar a presente
Convenção Coletiva.

O pacto coletivo revela-se norma criada a partir do sistema de autocomposição,


com assento constitucional (art. 7º, XXVI, CF), que prefere à heterointegração
com a participação estatal (...) (TRT 17ª R., DC 0020700-52.2010.5.17.0000,
Pleno, Red. Desig. Des. Carlos Henrique Bezerra Leite, DEJT 10-8-2011).
PROCEDIMENTO

O dissídio coletivo tem seu procedimento especial regulado nos arts. 856 a 875
da CLT, admitindo, como não poderia deixar de ser, a aplicação subsidiária do
direito processual comum, a teor do art. 769 da CLT, desde que omissa a
legislação processual obreira e a migração normativa não seja incompatível com
os princípios e com os procedimentos dessa espécie de demanda coletiva. A
conciliação nos autos do dissídio coletivo é tentada numa única audiência, que
é designada exclusivamente para tal fim, presidida pelo Presidente do Tribunal
(CLT, art. 860), que, in casu, detém a competência funcional.

Alguns regimentos internos de tribunais atribuem tal competência ao Vice-


Presidente, o que é de duvidosa constitucionalidade, já que compete à União
legislar sobre direito processual (CF, art. 22, I) e há norma legal expressa
disciplinando a matéria. Na verdade, a única delegação legalmente permitida
para a prática do ato previsto no art. 860 da CLT é a prevista no art. 866 da CLT.
O procedimento do dissídio coletivo é de total flexibilidade, em virtude de
ausência de normas formais. De modo que não há lugar para revelia ou
confissão, uma vez que está em debate o interesse abstrato de toda uma
categoria profissional ou econômica, razão pela qual a decisão a ser proferida
transcende a iniciativa das partes, já que nela se busca o exercício do poder
normativo, manifestado pela criação de regras jurídicas, instituídas em dado
contexto jurídico, político, econômico e social. O procedimento do dissídio
coletivo é de total flexibilidade, em virtude de ausência de normas formais.

De modo que não há lugar para revelia ou confissão, uma vez que está em
debate o interesse abstrato de toda uma categoria profissional ou econômica,
razão pela qual a decisão a ser proferida transcende a iniciativa das partes, já
que nela se busca o exercício do poder normativo, manifestado pela criação de
regras jurídicas, instituídas em dado contexto jurídico, político, econômico e
social. As sentenças normativas produzem coisa julgada com eficácia ultra
partes, com relação aos integrantes das categorias profissional e econômica que
figuraram como partes na demanda coletiva, por aplicação analógica do art. 103,
II, do CDC.

Revendo posicionamento anterior, passamos a entender possível o efeito erga


omnes da sentença normativa nos dissídios coletivos de greve ajuizados pelo
MPT em defesa dos interesses difusos da coletividade, total ou parcialmente,
atingida pelo movimento paredista. Invoca-se, neste caso, por analogia, o art.
103, I, do CDC. De acordo com o parágrafo único do art. 867 da CLT, a sentença
normativa vigorará:

a) a partir da data de sua publicação, quando ajuizado o dissídio após o prazo


do art. 616, § 3º, da CLT, ou quando não existir acordo, convenção ou sentença
normativa em vigor, na data do ajuizamento;

b) a partir do dia imediato ao termo final de vigência do acordo, convenção ou


sentença normativa, quando ajuizado o dissídio no prazo do art. 616, § 3º, da
CLT. A sentença normativa vigora, desde seu termo inicial até que sentença
normativa, convenção coletiva de trabalho ou acordo coletivo de trabalho
superveniente produza sua revogação, expressa ou tácita, respeitado, porém, o
prazo máximo legal de quatro anos de vigência.
CUSTAS

O art. 789 e seus parágrafos da CLT dispõem, in verbis: Art. 789. Nos dissídios
individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas ações e procedimentos de
competência da Justiça do Trabalho, bem como nas demandas propostas
perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas
relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento),
observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos) e o
máximo de quatro vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social.
No caso de recurso ordinário, as custas serão pagas e comprovado o respectivo
recolhimento pelo vencido (total ou parcialmente) dentro do prazo recursal (oito
dias), sob pena de deserção. Não há obrigatoriedade de intimação da parte para
o recolhimento das custas, pois cabe ao interessado obter os cálculos para o
respectivo preparo. Na hipótese de omissão da sentença normativa a respeito
das custas, a parte interessada poderá interpor embargos de declaração (CLT,
art. 897-A; CPC, art. 1.022).

Mantendo-se a omissão, o Presidente do Tribunal, de ofício ou provocado pela


parte interessada ou pelo MPT, fixará o valor das custas (CLT, art. 789, § 4º). Se
não houver recurso, as custas serão pagas ao final, isto é, depois de transitada
em julgado a sentença normativa. De acordo com o art. 682, VI, da CLT, compete
ao Presidente do Tribunal: “VI – executar suas próprias decisões e as proferidas
pelo Tribunal”. Logo, ao Presidente do Tribunal compete cobrar as custas
impostas nas decisões proferidas em dissídio coletivo.
RECURSO ORDINÁRIO
Da sentença normativa cabe recurso ordinário ao TST, cuja competência para
conhecê-lo e julgá-lo em última instância é da SDC (Lei n. 7.701/88, art. 2º, II,
a). O prazo para o recurso ordinário é de oito dias, segundo dispõe o art. 895, b,
da CLT. É do recorrente, se for o caso, o ônus do recolhimento das custas e a
juntada do respectivo comprovante de pagamento no prazo alusivo ao recurso.
O MPT está legitimado para interpor recurso ordinário, tanto nos dissídios
coletivos em que for parte (DC de greve) como naqueles em que atuou como
custos legis, ou seja, naqueles em que apenas emitiu parecer oral ou escrito (LC
n. 75/93, art. 83, VI).

Não obstante a regra prevista no art. 14 da Lei n. 10.192/2001, parece-nos


cabível a tutela cautelar incidental ao recurso ordinário, pois a lei não pode
afastar da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito (CF, art. 5º,
XXXV). Tal demanda cautelar, distribuída por dependência, pode conter pedido
de liminar dirigido ao Ministro Relator, que pode conceder, ou não, efeito
suspensivo ao recurso ordinário da sentença normativa. Para tanto, o
requerente/recorrente deverá demonstrar a existência do fumus boni iuris e do
periculum in mora.
DISSÍDIO COLETIVO DE EXTENSÃO

Em caso de dissídio coletivo que tenha por objeto estabelecer novas condições
de trabalho e no qual figure como parte apenas uma fração de empregados de
uma empresa, poderá o tribunal competente, na própria decisão, estender tais
condições, se julgar justo e conveniente, aos demais empregados da empresa
que forem da mesma profissão dos destinatários originais do DC. Trata-se do
juízo de equidade conferido ao tribunal, por força do art. 868 da CLT.
A validade da extensão dos efeitos da sentença normativa a todos os
empregados da mesma categoria profissional, segundo o art. 870 da CLT,
depende de concordância dos sindicatos que figurarem nos polos ativo e passivo
da lide coletiva ou, se o dissídio coletivo decorrer de acordo coletivo frustrado,
de pelo menos três quartos dos empregadores e três quartos dos empregados.
Essa norma, a nosso ver, está em harmonia com a nova redação dada pela EC
n. 45/2004 ao art. 114, § 2º, da CF. Os interessados terão prazo não inferior a
trinta nem superior a sessenta dias, para que se manifestem sobre a extensão
dos efeitos da sentença normativa.

É inviável aplicar condições constantes de acordo homologado nos autos de


dissídio coletivo, extensivamente, às partes que não o subscreveram, exceto se
observado o procedimento previsto no art. 868 e seguintes, da CLT.
DISSÍDIO COLETIVO REVISIONAL

O dissídio coletivo revisional, que está disciplinado nos arts. 873 a 875 da CLT,
tem lugar quando decorrido mais de um ano da vigência da sentença normativa.
Trata-se de um dissídio derivado do dissídio coletivo de natureza constitutiva (de
interesse), quando a sentença normativa respectiva tiver fixado condições de
trabalho que se tenham modificado em função de circunstâncias alheias à
vontade das partes, como as condições que se hajam tornado injustas ou
inaplicáveis.

A competência para julgar o dissídio coletivo revisional é do mesmo tribunal


prolator da decisão revisada, sendo certo que a nova sentença normativa será
proferida depois de ouvido o MPT, seja em parecer escrito, seja em parecer oral
na sessão de julgamento.
CONCEITO

Os direitos criados abstratamente por decisão (sentença) normativa proferida


nos dissídios coletivos de natureza econômica podem ser defendidos, a título
individual, pelo próprio trabalhador interessado ou a título coletivo, por meio do
sindicato da respectiva categoria O art. 1º da Lei n. 8.984, de 7 de fevereiro de
1995, porém, ampliou a competência da Justiça do Trabalho para “conciliar e
julgar os dissídios que tenham origem no cumprimento de convenções coletivas
de trabalho e acordos coletivos de trabalho, mesmo quando ocorram entre
sindicatos ou entre sindicatos de trabalhadores e empregador”.

Profissional, segundo o disposto no art. 872 e seu parágrafo único da CLT.


Assim, podemos dizer que a ação de cumprimento é o meio processual
adequado para defesa dos interesses ou direitos dos trabalhadores constantes
de sentença normativa, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho não
cumpridos espontaneamente pelo(s) empregador(es). Vê-se, pois, que a ação
de cumprimento tem por escopo tornar concretos os direitos abstratos
reconhecidos e positivados em instrumentos normativos coletivos.
NATUREZA JURÍDICA

Entendemos por natureza jurídica a operação complexa e concomitante de


nominar e comparar. Assim, podemos dizer que a ação de cumprimento é uma
ação de conhecimento, de natureza condenatória, que visa a obrigar o
empregador ou empregadores a satisfazer os direitos abstratos criados por
sentença normativa, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.
LEGITIMAÇÃO E INTERESSE

Para a propositura da ação de cumprimento, são legitimados tanto o sindicato


quanto os empregados. Se for o empregado (ou empregados em litisconsórcio)
o autor da ação, teremos uma autêntica ação (reclamação) trabalhista individual
de cumprimento, pois o titular do direito material é o mesmo titular da ação.
Superando entendimento anterior, o TST (Súmula 286) passou, por força da Lei
n. 8.984, de 7 de fevereiro de 1995, a estender a legitimação extraordinária (ou
substituição processual) do sindicato para a ação de cumprimento de convenção
ou acordo coletivo de trabalho.

A Súmula 359 do TST (cancelada pela Resolução TST n. 121/2003) não


reconhecia às federações, e, por dedução lógica, às confederações, a
legitimação para ajuizar ação de cumprimento prevista no art. 872, parágrafo
único, da CLT, para, na qualidade de substitutas processuais, defenderem
interesses dos trabalhadores pertencentes à categoria profissional inorganizada
em sindicato.
COMPETÊNCIA

A competência material e funcional para processar e julgar ação de cumprimento


é das Varas do Trabalho do local da prestação do serviço (CLT, arts. 651 e 872,
parágrafo único). Com a edição da Lei n. 8.984, de 7 de fevereiro de 1995, e por
força do art. 114, III, da CF, com redação dada pela EC n. 45/2004, não restam
mais dúvidas acerca da ampliação da competência da Justiça do Trabalho para
processar e julgar ações entre sindicatos ou entre estes e os trabalhadores, bem
como entre os empregadores e seus sindicatos, como já vimos no Capítulo V
PROCEDIMENTO

O procedimento da ação de cumprimento é semelhante ao de dissídio individual,


com a ressalva de que não será permitido às partes discutir questões de fato ou
de direito que já foram apreciadas na sentença normativa ou na decisão
normativa, ainda que esta não tenha transitado em julgado (CLT, art. 872,
parágrafo único, in fine) Tendo em vista a lacuna do texto obreiro sobre o
procedimento, cremos serem aplicáveis à ação de cumprimento as normas do
CDC respeitantes à ação coletiva para tutela de interesses individuais
homogêneos.
Tratando-se de ação de cumprimento de convenção ou acordo coletivo, esses
instrumentos também devem obrigatoriamente instruir a petição inicial, sob pena
de seu indeferimento (art. 787 da CLT combinado com os arts. 485, IV, e 321 do
CPC; arts. 267, IV, e 284 do CPC/73).
REFORMA DA SENTENÇA NORMATIVA E AÇÃO DE CUMPRIMENTO

Como a ação de cumprimento pode ser ajuizada independentemente do trânsito


em julgado da sentença normativa (TST, Súmula 246), surge o problema da sua
modificação superveniente em grau de recurso ordinário. O TST vem decidindo
que, nesse caso, a sentença normativa perde a sua eficácia executória, sendo
declarada a sua inexistência jurídica. É o que se infere da OJ n. 277 da SBDI-
1/TST. AÇÃO RESCISÓRIA. ART. 966, IV, DO CPC DE 2015. ART. 485, IV, DO
CPC DE 1973. AÇÃO DE CUMPRIMENTO. OFENSA À COISA JULGADA
EMANADA DE SENTENÇA NORMATIVA MODIFICADA EM GRAU DE
RECURSO. INVIABILIDADE. CABIMENTO DE MANDADO DE SEGURANÇA
(atualizada em decorrência do CPC de 2015, Res. n. 208/2016).
Assim, havendo reforma da sentença normativa em grau de RO, não há,
segundo o TST, necessidade de ajuizamento de AR contra a sentença da ação
de cumprimento, cabendo apenas MS ou exceção de pré-executividade. Sobre
o tema, ver item 3.4. do Capítulo XXV;
PRESCRIÇÃO

No que tange ao prazo prescricional para a ação de cumprimento, o TST


pacificou o entendimento de que o marco inicial conta-se da data do trânsito em
julgado da decisão normativa (Súmula 350). Quando se tratar, porém, de ação
de cumprimento de convenção ou acordo coletivo de trabalho, parece-nos que o
marco inicial da prescrição coincide com o término do prazo de vigência desses
instrumentos coletivos. Pensamos que o prazo deve ser de dois anos da data da
extinção do contrato de trabalho ou cinco anos da data de extinção do prazo de
vigência da norma coletiva criadora do direito, incidindo, em ambos os casos, a
prescrição total.

A prescrição atinge somente as prestações de mais de dois anos, reclamadas


com fundamento em decisão normativa da justiça do trabalho, ou em convenção
coletiva de trabalho, quando não estiver em causa a própria validade de tais atos.
Referências
CURSO DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO [Livro] / A. LEITE CARLOS HENRIQUE
BEZERRA. - SÃO PAULO : SARAIVA EDUCAÇÃO, 2020. - Vol. 18.

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