DISCIPLINA: DIREITO DO TRABALHO II PROFESSORA MARIA DA GUIA ALVES PEREIRA DIPLOMAS NORMATIVOS NEGOCIADOS
ACORDO E CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO
Convenção de trabalho de trabalho: Definição
• Art. 611, caput: Convenção coletiva de trabalho é
o acordo de caráter normativo pelo qual dois ou mais sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais de trabalho”. Acordo coletivo de trabalho: Definição
• “É facultado aos sindicatos representativos de
categorias profissionais celebrar acordos com uma ou mais empresas da correspondente categoria econômica, que estipulem condições de trabalho, aplicáveis no âmbito da empresa ou das empresas acordantes às respectivas relações de trabalho” ( Art. 611, § 1º, CLT). CCT e ACT - Distinções Quanto à participação dos sujeitos:
• CCT: entidades sindicais nos dois polos (empregados e
empregadores).
• ACT: Em dos polos a categoria econômica não é representada
pela entidade sindical, e sim, diretamente pela empresa ou empresas. A categoria profissional necessariamente será representada pelo sindicato. CCT e ACT - Distinções
Quanto à abrangência:
• CCT: Incide de forma ampla para toda a categoria
ali representada.
• ACT: tem abrangência mais restrita, limitando-
se, o seu alcance, aos trabalhadores da empresa ou empresas que subscreveram o acordo. Em resumo a distinção entre CCT e ACT
acordo coletivo: uma ou mais empresas X sindicato da
categoria profissional. Efeitos: partes
• convenção coletiva: sindicato da categoria profissional X
sindicato da categoria econômica. Efeitos: erga omnes CCT e ACT – Aspectos característicos 1.Normatização aplicável : CONSTITUIÇÃO FEDERAL /88: • Ampliou os instrumentos de atuação coletiva dos sindicatos (Art. 8º, III) • Reconheceu o CCT e ACT (ART. 7º, XXVI) conferindo amplos poderes (art. 7º , VI, XIII e XIV) e ainda • Dispôs acerca da obrigatoriedade da participação do sindicato obreiro nas negociações coletivas (art. 8º, VI). • Dispôs sobre o piso normativo fixado na legislação heterônoma estatal (patamar civilizatório mínimo, art. 7º, caput, c/c o art. 5º, § 2º da CF/88). • CLT (ART. 611 e seguintes). 2. CCT e ACT: Caracterização
Legitimação para celebrar a negociação coletiva
• Sujeitos legitimados; sindicatos de categorias profissionais, sob o ponto de vista dos empregados e sob o ponto de vista dos empregadores a legitimação poderá ser do sindicato da categoria econômica ou diretamente pela empresa ou empresas, no caso do acordo coletivo de trabalho.
• Inexistência de sindicato das categorias: a legitimidade é
da federação e na falta desta, a confederação art. 611, § 2º , CLT). Elaboração da CCT e do ACT
• Convocação de uma assembleia geral pelo
sindicato da categoria interessada Conteúdo da CCT e do ACT • Regras jurídicas: São aquelas que geram direitos e obrigações que se integrarão aos contratos individuais de trabalho das respectivas bases representadas. Exemplos: reajuste salarial, férias, jornada, indenização, estabilidade, prêmios etc.
• Cláusulas contratuais: Criam direitos e deveres
recíprocos entre os convenentes (sindicato da categoria profissional e sindicato da categoria econômica e/ou a empresa). Exemplos: cláusula que determina à empresa a entrega ao sindicato da lista de nomes e endereços de seus empregados. Forma da CCT e ACT
• A CCT E ACT são instrumentos formais, solenes. Devem
seguir os requisitos previstos no estatuto sindical ( convocação da assembleia, pauta publicizada, quórum razoável para instalação e deliberação da assembleia, termo escrito das regras e cláusulas estipulada, etc) e ainda, com relação a forma escrita , esta deve ser sem emendas ou rasuras e em número de vias quanto forem os sindicatos ou empresas acordantes. Vigência • Inicia-se três dias após o depósito da via da CCT ou do ACT ao órgão administrativo competente (Art. 614, § 1º).
Duração • Não pode ser superior a 2 anos (§ 3º, art. 614 da CLT) – vedação da ultratividade. Prorrogação, Revisão, Denúncia, Revogação e Extensão
• As regras serão as mesmas estipuladas na
celebração original dos diplomas negociais coletivos (art. 615 da CLT).
• Não há previsão de extensão da convenção para
fora das bases profissionais e econômicas representadas. CONTRATO COLETIVO DE TRABALHO • Figura não institucionalizada na negociação coletiva trabalhista. Denominações: dubiedades • A denominação “contrato coletivo de trabalho” tem se mostrado de forma equivocada no Direito Brasileiro. • A CLT antes da reforma de 1967, utilizou a expressão para designar o que conhecemos hoje como convenção coletiva de trabalho. • A expressão contrato coletivo: utilizada pela doutrina para nomear certa modalidade de contrato individual – o contrato plúrimo (de equipe, p.ex). OBS: confunde figuras do Direito Coletivo e Direito Individual. Contrato Coletivo de Trabalho • A expressão reservada apenas ao Direito Coletivo, figurando ao lado da Convenção e do Acordo Coletivo. • Caracterização: Ressurgiu após a CF/88: Contraponto ao sistema corporativista, na tentativa de gestar um instrumento de negociação coletiva capaz de ultrapassar os limites da estrutura corporativista (Leis n. 8542/92 em seu art. 1º, § 1º e Lei n. 8.630/93, art. 18, parágrafo único e art. 49. • De acordo com a doutrina, o contrato coletivo trata-se de pacto contratual coletivo, celebrado no exercício da autonomia privada coletiva coma aptidão formal para produzir normas jurídicas, não se afastando da CCT e ACT. Contrato Coletivo de trabalho
• Âmbito de abrangência: Mais vasto do que o ACT e a
CCT: Uma das ideias relevantes do contrato coletivo reside na fixação de normas mais abrangentes do que as dirigidas ao universo delimitado de uma específica categoria.
• Necessidade de mudança na estrutura sindical brasileira