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Aluna: Carolina Oliveira Ribeiro Gonçalves

Período: 6°
TRABALHO

O Poder normativo da Justiça do trabalho


Poder conferido a justiça do trabalho criar normas gerais e abstratas para os
componentes da categoria profissional e econômica.
Baseia-se no artigo 114, parágrafo 2º da CF.

A liberdade sindical tem atualmente 2 principais barreiras (heranças do período


corporativista):
(i) unicidade sindical, e
(ii) poder normativo da justiça do trabalho.

Antes a contribuição sindical obrigatória também entrava aqui, mas ela caiu
com a reforma. Note que o poder normativo da JT não é absoluto. Tem 2
limites:
(i) disposições mínimas legais de proteção ao trabalho – patamar civilizatório
mínimo, e
(ii) disposição convencionada anteriormente pelas partes.

Dissídio Coletivo x Dissídio Individual

Dissídio individual tem por objeto o conflito individual. Já o dissídio coletivo tem por
objeto o conflito coletivo que pode ser classificado:

 Dissídio de natureza econômica (mais comum) – visa à discussão sobre


condições de trabalho
 Dissídio de natureza jurídica (ou de direito) – visa à interpretação de uma
norma jurídica sobre interpretação ou aplicação de um direito já existente
previsto em sentença normativa, ACT, CCT.
 Dissídio de greve – cabível quando há frustração das negociações de greve

O poder normativo se manifesta apenas no conflito de natureza econômica!

Isto porque se trata da justiça do trabalho criando uma norma jurídica por meio da
sentença normativa.

Obs. quando for um dissídio coletivo de natureza jurídica NÃO tem o poder normativo
da JT! Pois somente ocorre uma atividade jurisdicional.

O poder normativo da Justiça do Trabalho consiste na competência


constitucionalmente assegurada aos tribunais laborais de solucionar conflitos coletivos
de trabalho, estabelecendo, por meio da denominada sentença normativa, normas
gerais e abstratas de conduta, de observância obrigatória para as categorias
profissionais e econômicas abrangidas pela decisão, repercutindo nas relações
individuais de trabalho.
Quando no exercício desse Poder Normativo, a Justiça Obreira dará uma resposta-
solução ao conflito. Essa resposta em juízo é denominada Dissídio Coletivo. Assim, o
poder judiciário do trabalho, estabelecerá nos seus julgados, normas e condições de
trabalho para determinadas categorias, considerando o que anteriormente já existia. A
diferença entre um dissídio coletivo e um individual, é que enquanto o coletivo, atinge
um número indeterminado de pessoas com interesses abstratos destinados a uma
categoria ou grupo social, o individual, contempla apenas um individuo no seu caso
concreto e tem seus direitos positivados anteriormente.

Dissídios de natureza econômica ou de interesse – em que são reivindicadas novas


condições econômicas ou sociais que serão aplicáveis no âmbito das relações
individuais de trabalho.

Dissídios de natureza jurídica – para interpretação de cláusulas de sentença


normativas, de instrumentos de negociação normativa, acordos e convenções
coletivas, de disposições legais particulares de categoria profissional ou econômica e
de atos normativos.

Nos dissídios de natureza econômica, a sentença normativa é constitutiva de direito.


Já os dissídios de natureza jurídica, a sentença proveniente é de caráter declaratória,
pois objetiva apenas esclarecimentos da interpretação e dispositivos legais ou
convencionais. Considerando um dissídio misto onde há tanto a natureza econômica
como a jurídica, a sentença será em parte constitutiva e em parte declaratória.

O Tribunal Superior do Trabalho, no seu regimento interno, no art.220, traz uma


classificação para os dissídios coletivos:

De natureza econômica – para instituição de normas e condições de trabalho;

De natureza jurídica – para interpretação de cláusulas de sentenças normativas, de


instrumentos de negociação coletiva, acordos e convenções coletivas, de disposições
legais particulares de categoria profissional ou econômica e de atos normativos;

Originários – quando inexistem ou em vigor normas e condições especiais decretadas


em sentença normativa;

De Revisão – quando destinados a reavaliar normas e condições coletivas de trabalho


pré-existentes que se hajam tornado injustas ou ineficazes pela modificação de
circunstâncias que as ditaram;

Declaração sobre a paralisação do trabalho – estes decorrentes de greve dos


trabalhadores.

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