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FACISA

POS GRADUAÇÃO EM DIREITO E PROCESSO


DO TRABALHO

DIREITO COLETIVO DO TRABALHO:


Introdução ao Direito Sindical. Organização
Sindical. Fórmula Autônoma de solução de
confitos. Negociação coletiva. Fórmula
Paraeterônoma e Heterônomas de Solução de
conflitos. Paralisação Coletiva do Trabalho.
Condutas Antissindicais.
novembro/2014
Prof. Clovis Rodrigues Barbosa
clovisrbarbosa@hotmail.com
DIREITO COLETIVO DO TRABALHO

Sumário
● Introdução ao Direito Sindical e Coletivo do
Trabalho
● Princípios
● Organização Sindical Brasileira
● Prerrogativas Sindicais e e limitações.
● Sindicatos
● Federações
● Confederações
● Centrais Sindicais
DIREITO COLETIVO DO TRABALHO

SUMÁRIO
● Formas de solução de conflitos coletivos do
Trabalho: autônoma, paraeterônoma e
heterônoma
● Negociação coletiva
● Conciliação e Mediação
● Arbitragem
● Jurisdição
● Paralisação Coletiva de Trabalho
● Greve e Locaute
● Condutas antissindicais
DIREITO COLETIVO DO TRABALHO

INTRODUÇÃO

Direito Coletivo: o patinho feio


DIREITO COLETIVO DO TRABALHO

Aspectos históricos:
A revolução industrial:
Da servidão para o trabalho assalariado.
Novas relações – reguladas por contrato social – todos
iguais perante a lei – utopia: proprietário x não
proprietário.
DIREITO SINDICAL
PRINCÍPIOS

Princípios são as diretrizes gerais de um


ordenamento jurídico.

Ordenamento jurídico é o conjunto de regras


expressas que regulam a vida social.
DENOMINAÇÃO

DIREITO COLETIVO DO TRABALHO. - caráter


objetivista – realça o conteúdo do segmento
jurídico identificado: relações socio-jurídicas
grupais, coletivas, de labor.

DIREITO SINDICAL - caráter subjetivista,


enfatiza um dos sujeitos do DCT (o sindicato)
DEFINIÇÃO – complexo de institutos,
princípios e regras jurídicas que as relações
laborais entre empregado e empregador e
outros grupos jurídicos normativamente
especificados, considerada sua ação coletiva,
realizada autonomamente ou através das
respectivas entidades sindicais.

CONTEÚDO – princípios, regras e institutos


que regem a existência e o desenvolvimento
das entidades coletivas trabalhistas e dos
instrumentos jurídicos correlatos (negociação
coletiva, greve, dissídio coletivo...
FUNÇÕES:
Gerais:
1. Melhoria das condições da força de trabalho
na força econômica (a razão de ser do Direito
do Trabalho).
2. Caráter modernizante e progressista:
elevação do padrão de gestão da relação
empregatícia.
FUNÇÕES:
Específicas:
1. Geração de normas jurídicas – marco
distintivo do DCT no universo jurídico.

2. Pacificação de conflitos de natureza


sociocoletiva -

3- Funcão sócio-política – instrumento de


democratização social

4- Função econômica – adequação às


particularidades regionais ou históricas
DIREITO SINDICAL
PRINCÍPIOS

Sistema e Ordenamento Jurídico

Sistema é a lógica que dá sentido a um


ordenamento jurídico.

A totalidade de objetos (reais ou ideais)


reciprocamente articulados e interdependentes
uns em relação aos outros.
DIREITO SINDICAL
PRINCÍPIOS

Sistema e Ordenamento Jurídico

Entre regras pode haver conflito.


Se houver conflito, uma delas é excluída.

Entre princípios pode haver “colisão”.


Princípios não se excluem.
Princípios se ponderam.
Princípios são "mandados de otimização" (Alexy)
DIREITO SINDICAL
FUNÇÕES DOS PRINCÍPIOS

Fundamentadora
Conferem validade (fundamento) a regras
jurídicas.
Interpretativa
Orientam a interpretação de regras, dando
validade à sua aplicação.
Diretiva
Fonte de legitimação de decisões jurídicas
Limitadora
Baliza (limita) a vontade subjetiva do aplicador da
norma jurídica.
DIREITO SINDICAL
FUNÇÕES DOS PRINCÍPIOS

Integradora
Suprem eventual lacuna do ordenamento.
DIREITO SINDICAL
FUNÇÕES DOS PRINCÍPIOS

Integradora
Suprem eventual lacuna do ordenamento.

Crítica à função supletiva


(confundida com integradora)

No passado: na incompletude da norma,


supria-se a lacuna com a aplicação de um
princípio.
DIREITO SINDICAL
FUNÇÕES DOS PRINCÍPIOS

No presente
"...de antiga fonte subsidiária em terceiro grau nos
Códigos, os princípios gerais, desde as
derradeiras Constituições da segunda metade
deste século, se tornaram fonte primária de
normatividade, corporificando do mesmo passo na
ordem jurídica os valores supremos ao redor dos
quais gravitam os direitos, as garantias e as
competências de uma sociedade constitucional".
BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 7a ed. Malheiros, São Paulo, 1998
DIREITO SINDICAL
PRINCÍPIOS

Síntese:

Princípios são bússolas.


DIREITO SINDICAL
ORGANIZAÇÃO SINDICAL BRASILEIRA

 Sindicatos
 Federações
 Confederações
 Centrais Sindicais
DIREITO SINDICAL
PRINCÍPIOS DO DIREITO COLETIVO DO
TRABALHO

 Princípios de criação e afirmação de


entes coletivos.
 Princípios de funcionamento de
relações sindicais.
 Princípios de tratamento e efeitos das
normas criadas coletivamente.
PRINCÍPIOS DIR. COLETIVO DO TRABALHO
Princípios de criação e afirmação de
entes coletivos.

 Princípio da liberdade sindical e associativa -


Liberdade de associação: agregação estável e
pacífica de pessoas em torno de problemas e
objetivos comuns.
Liberdade sindical – liberdade de criação de
sindicatos e de sua auto-extinção.
DUAS DIMENSÕES:
POSITIVA - liberdade de criação de sindicatos e de
sua auto-extinção.
NEGATIVA – livre filiação e desfiliação a um
sindicato.
DIREITO SINDICAL
PRINCÍPIOS DIR. COLETIVO DO TRABALHO

 Princípio da autonomia sindical.


Auto-gestão da organização, sem interferência
empresarial (sindicato pelego) ou do governo
(anterior à CF/88 – forte intervenção estatal).
DIREITO SINDICAL
PRINCÍPIOS DIR. COLETIVO DO TRABALHO
Princípios de funcionamento de relações
sindicais

 Princípio da interveniência sindical na


normatização coletiva (CF/88, art. 8º, III e VI) -
( é obrigatória a participação do sindicato na
negociação coletiva).

 Princípio da equivalência dos contratantes


coletivos - ambos são seres coletivos.
.  Princípio da lealdade e transparência nas
negociações coletivas.
DIREITO SINDICAL
PRINCÍPIOS DIR. COLETIVO DO TRABALHO
Princípios de tratamento e efeitos das normas
criadas coletivamente.

 Princípio da criatividade jurídica da negociação


coletiva (poder de criar normas em harmonia com
as normas heterônomas, estatais)

 Princípio da adequação setorial negociada. -


2 critérios:
I – norma coletiva com padrão superior ao da
norma heterônoma
II – transação sobre parcelas de indisponibilidade
relativa – patamar civilizatório mínimo.
DIREITO SINDICAL
PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SETORIAL
NEGOCIADA.

 Refere-se aos limites jurídicos das


negociações coletivas, visando a harmonia da
norma coletiva com a norma estatal.

Sempre que não houver uma posição pacífica


quanto à melhor interpretação e aplicação da
norma em caso de conflito entre a norma estatal e
a norma coletiva.
DIREITO SINDICAL
PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SETORIAL
NEGOCIADA.
Hoje: Prevalece a norma coletiva sobre a estatal
quando a primeira é mais favorável ao obreiro, ou
nos casos em que a legislação permite a
estipulação de regra diferente da estatal (quando
a norma estatal é dispositiva e não indisponível).

 Não prevalece nos chamados direitos


indisponíveis (que não podem ser objeto de
negociação)
Ratio: interesse público; representam patamar
mínimo legal de dignidade do trabalhador.
DIREITO SINDICAL
PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SETORIAL
NEGOCIADA.

 se não contrariam normas de interesse


público;

 se implementam um padrão setorial de


direitos superior ao padrão geral estatal.
DIREITO SINDICAL
PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SETORIAL
NEGOCIADA.

Maria Cecília Máximo Teodoro


"O Princípio da Adequação Setorial Negociada no Direito do Trabalho“
LTr, 2007

Considera ser possível a harmonia entre a


negociação coletiva que cumpre o Princípio da
Adequação Setorial Negociada e a utilização
da Teoria do Conglobamento.
DIREITO SINDICAL

INTERESSES PRESENTES NAS RELAÇÕES


COLETIVAS.

INDIVIDUAIS HOMOGÊNOS – tratamento


coletivo a um direito individual (horas extras).
COLETIVOS – os titulares do direito unidos por
uma relação jurídica base (a relação de
trabalho).
DIFUSOS – os titulares do direito não são
determinados, nem determináveis (meio
ambiente de trabalho).

.
2. ORGANIZAÇÃO SINDICAL

2.1 NOÇÕES GERAIS.

2.1.1. A IDEIA DE CATEGORIA - ligada ao


paralelismo simétrico sindical: categoria
econômica e categoria profissional.

2.1.2 FATOS GERADORES DO


ASSOCIACIONISMO NATURAL
Objetivo comum
Não visam ao lucro
2. ORGANIZAÇÃO SINDICAL
2.1 NOÇÕES GERAIS.

2.1.3. CATEGORIA ECONÔMICA - eocorre quando


há solidariedade de interesses econômicos dos que
empreendem atividades idênticas, similares ou conexas,
constituindo vínculo social básico entre essas pessoas
(parágrafo 1°, art. 511, CLT). É conhecida também
como categoria dos empregadores.

2.1.4 CATEGORIA PROFISSIONAL - ocorre quando


existe similitude de vida oriunda da profissão ou
trabalho em comum, em situação de emprego na mesma
atividade econômica ou em atividade econômicas
similares ou conexas (parág. 2°, art. 511, CLT).
2. ORGANIZAÇÃO SINDICAL

2.1 NOÇÕES GERAIS.

2.1.3 CATEGORIA PROFISSIONAL DIFERENCIADA - É formada pelos que

exerçam profissões ou funções diferenciadas por força do estatuto profissional especial ou

em conseqüência de condições de vida singulares.

2.1.6 MEMBROS DA CATEGORIA E SÓCIOS DO SINDICATO.- todo sócio do sindicato

é membro da categoria, mas nem todo membro da categoria é sócio do sindicato.

Liberdade sindical (dimensão negativa).

.
2.1.7 O DESENHO DA ORGANIZAÇÃO
SINDICAL BRASILEIRA

Ingerência absoluta – alta intervenção estatal


Golpe de 30 – sindicato estruturado para
colaborar com o governo.

Relativa liberdade sindical – art. 8º III, CF/88.


Não intervenção estatal
Por outro lado: mantém unicidade sindical e
contribuição compulsória.
2.1.7 O DESENHO DA ORGANIZAÇÃO
SINDICAL BRASILEIRA

Do limite à liberdade de fundar a entidade sindical

Do limite à liberdade de escolher a entidade sindical


2.2 MODELOS SINDICAIS.
2.2.1 MODELO DE UNICIDADE SINDICAL.
Unicidade – proibição por lei da existência de mais de
um sindicato por base de atuação.

Unidade – união de sindicatos por opção e não por


imposição legal.

2.2.2 MODELO DE PLURALIDADE SINDICAL.


Mais de um sindicato na mesma base territorial representando o
interesse coletivo comum.
A Convenção 87 da OIT.
2.3 ORGANIMOS SINDICAIS
2.3.1 Associação profissional- plena liberdade de
associação profissional (art. 8º CF).

2.3.2 Associação sindical de grau inferior:


Sindicatos:
a) Definição e natureza jurídica
b) Denominação
c) Estrutura
d) Funções e prerrogativas
2. ORGANIZAÇÃO SINDICAL
"Ao sindicato devem ser garantidos os meios para o
desenvolvimento da sua ação destinada a atingir os fins
para os quais foi constituído. De nada adiantaria a lei
garantir a existência de sindicatos e negar os meios
para os quais as suas funções pudessem ser
cumpridas.“

Amauri Mascaro Nascimento, Compêndio de Direito Sindical, 2ª Ed., São Paulo, Ltr, 2000.
DIREITO SINDICAL
PRERROGATIVAS SINDICAIS E LIMITAÇÕES

DECRETO-LEI Nº 1.402, DE 5/JULHO/1939.


Regula a associação em sindicato
Art. 3o São prerrogativas dos sindicatos:
a) representar, perante as autoridades
administrativas e judiciárias, os interesses da
profissão e os interesses individuais dos
associados, relativos à atividade profissional;
b) fundar e manter agências de colocação;
c) firmar contratos coletivos de trabalho;
d) eleger ou designar os representantes da
profissão;
DIREITO SINDICAL
PRERROGATIVAS SINDICAIS E LIMITAÇÕES

DECRETO-LEI Nº 1.402, DE 5/JULHO/1939.


Regula a associação em sindicato
Art. 3o São prerrogativas dos sindicatos:
...
e) colaborar com o Estado, com órgãos técnicos e
consultivos no estudo e solução dos problemas
que se relacionam com a profissão;
f) impor contribuições a todos aqueles que
participam das profissões ou categorias
representadas.
DIREITO SINDICAL
PRERROGATIVAS SINDICAIS E LIMITAÇÕES

DECRETO-LEI Nº 1.402, DE 5/JULHO/1939.


Art. 4o São deveres dos sindicatos
a) colaborar com os poderes públicos no
desenvolvimento da solidariedade das profissões;
b) promover a fundação de cooperativas de
consumo e de crédito;
c) manter serviços de assistência judiciária para
os associados;
DIREITO SINDICAL
PRERROGATIVAS SINDICAIS E LIMITAÇÕES

DECRETO-LEI Nº 1.402, DE 5/JULHO/1939.


Art. 4o São deveres dos sindicatos
...
d) fundar e manter escolas, especialmente de
aprendizagem, hospitais e outras instituições de
assistência social;
e) promover a conciliação nos dissídios de
trabalho.
DIREITO SINDICAL
PRERROGATIVAS SINDICAIS E LIMITAÇÕES

GARANTIA PROVISÓRIA DE EMPREGO


Dirigente da instituição sindical,
Empregado sindicalizado a partir do registro da
candidatura até um ano após o término do
mandado (ou imediatamente no caso de
insucesso eleitoral) (art, 8º, VIII, CF/88).
Garantia coletiva.
Limitação: cometimento de falta grave do dirigente
sindical.
DIREITO SINDICAL
PRERROGATIVAS SINDICAIS E LIMITAÇÕES

INAMOVIBILIDADE
Dirigente sindical não pode ser transferido de local
de trabalho (base territorial) ou para funções
incompatíveis com a atuação sindical.
Fundamento: art. 543 da CLT
Obs.: Fechamento de setor, filial, unidade:
DIREITO SINDICAL
PRERROGATIVAS SINDICAIS E LIMITAÇÕES
NÚMERO DE DIRIGENTES SINDICAIS
CONFRONTO APARENTE DE NORMAS

CLT, Art. 522. A administração do sindicato será exercida


por uma diretoria constituída no máximo de sete e no
mínimo de três membros e de um Conselho Fiscal composto
de três membros, eleitos esses órgãos pela Assembléia
Geral.

CF/1988, Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical,


observado o seguinte:
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a
fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão
competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a
intervenção na organização sindical;
DIREITO SINDICAL
PRERROGATIVAS SINDICAIS E LIMITAÇÕES
NÚMERO DE DIRIGENTES SINDICAIS
Dirigentes sindical é o diretor executivo.
Conselho Fiscal não possui estabilidade

CLT, Art. 522. A administração do sindicato será exercida


por uma diretoria constituída no máximo de sete e no
mínimo de três membros e de um Conselho Fiscal
composto de três membros, eleitos esses órgãos pela
Assembléia Geral.
§ 1º ...
§ 2º A competência do Conselho Fiscal é limitada à
fiscalização da gestão financeira do sindicato
DIREITO SINDICAL
PRERROGATIVAS SINDICAIS E LIMITAÇÕES
NÚMERO DE DIRIGENTES SINDICAIS
SOLUÇÃO

O Estado não pode interferir na organização


sindical, questão “interna corporis” mas a
estabilidade legal é limitada somente a 7
dirigentes, nos termos da lei.
VISÃO DO TST SOBRE PRERROGATIVAS
SINDICAIS E LIMITAÇÕES

TST,Súmula 369-DIRIGENTE SINDICAL.


ESTABILIDADE PROVISÓRIA
I - É indispensável a comunicação, pela entidade
sindical, ao empregador, na forma do § 5º do art.
543 da CLT.
II - O art. 522 da CLT, que limita a sete o número
de dirigentes sindicais, foi recepcionado pela
Constituição Federal de 1988.
VISÃO DO TST SOBRE PRERROGATIVAS
SINDICAIS E LIMITAÇÕES

TST,Súmula 369-DIRIGENTE SINDICAL.


ESTABILIDADE PROVISÓRIA
III- O empregado de categoria diferenciada eleito
dirigente sindical só goza de estabilidade se
exercer na empresa atividade pertinente à
categoria profissional do sindicato para o qual foi
eleito dirigente.
VISÃO DO TST SOBRE PRERROGATIVAS
SINDICAIS E LIMITAÇÕES

TST,Súmula 369-DIRIGENTE SINDICAL.


ESTABILIDADE PROVISÓRIA
IV - Havendo extinção da atividade empresarial no
âmbito da base territorial do sindicato, não há
razão para subsistir a estabilidade.
V - O registro da candidatura do empregado a
cargo de dirigente sindical durante o período de
aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe
assegura a estabilidade, visto que inaplicável a
regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis
do Trabalho.
DIREITO SINDICAL
PRERROGATIVAS SINDICAIS E LIMITAÇÕES
QUESTÕES INTERNAS AOS SINDICATOS

Liberdade Associativa.
Abrange o princípio da liberdade de
sindicalização.
Dimensão positiva: Prerrogativa de livre criação
e vinculação a uma entidade associativa;
Dimensão negativa: Prerrogativa de livre
desfiliação de qualquer entidade

inc. "XX", art. 5º/CF/88


inc. "V", art. 8º/CF/88
DIREITO SINDICAL
PRERROGATIVAS SINDICAIS E LIMITAÇÕES
QUESTÕES INTERNAS AOS SINDICATOS

CLT, Art. 540. A tôda emprêsa, ou indivíduo que


exerçam respectivamente atividade ou profissão,
desde que satisfaçam as exigências desta lei,
assiste o direito de ser admitido no sindicato da
respectiva categoria.

Desta lei significa: empregado que respeite as


normas da CLT, especialmente art.461.
DIREITO SINDICAL
PRERROGATIVAS SINDICAIS E LIMITAÇÕES
QUESTÕES INTERNAS AOS SINDICATOS

Democracia Interna.
-Procedimentos democráticos:
Elaboração de estatutos.
Publicidade de atuação
Participação de todos os membros em sua gestão
Processos eleitorais idôneos
Tratamento com igualdade a todos os membros.
Associados devem ser convocados e podem
assistir as assembléias da organização
DIREITO SINDICAL
PRERROGATIVAS SINDICAIS E LIMITAÇÕES
QUESTÕES INTERNAS AOS SINDICATOS

Democracia Interna.
-Procedimentos democráticos:
Direito de voz, voto e inscrição de "chapas“.
Direito de expressão (inclusive crítica ao sindicato)
dentro e fora dele, inclusive em congressos.
Direito de informação e divulgação de critérios
para desligamento ou expulsão da organização.
DIREITO SINDICAL
PRERROGATIVAS SINDICAIS E LIMITAÇÕES
QUESTÕES INTERNAS AOS SINDICATOS

Da Perda da Qualidade de Associado


CLT, Art. 540.
§ 1º - Perderá os direitos de associado o
sindicalizado que, por qualquer motivo, deixar o
exercício de atividade ou de profissão.
DIREITO SINDICAL
PRERROGATIVAS SINDICAIS E LIMITAÇÕES
QUESTÕES INTERNAS AOS SINDICATOS

Da Perda da Qualidade de Associado


PERDA DE EMPREGO NÃO É CAUSA
CLT, Art. 540.

§ 2º - Os associados de Sindicatos de empregados, de agentes


ou trabalhadores autônomos e de profissões liberais que forem
aposentados, estiverem em desemprego ou falta de trabalho ou
tiverem sido convocados para prestação de serviço militar não
perderão os respectivos direitos sindicais e ficarão isentos de
qualquer contribuição, não podendo, entretanto, exercer cargo
de administração sindical ou de representação econômica ou
profissional.
DIREITO SINDICAL
PRERROGATIVAS SINDICAIS E LIMITAÇÕES
Direito Internacional

Declaração Universal dos Direitos do Homem


de 1948.
Art. 2º, "XXI" 11,4. Dispõe que todo homem tem o
direito a ingressar num sindicato.

Convenção nº 98/OIT - promulgada pelo


decreto nº 33.196/53, vigente desde 18/11/1953.
Dispõe a respeito da proteção ao exercício da
atividade sindical.
DIREITO SINDICAL
PRERROGATIVAS SINDICAIS E LIMITAÇÕES
ATIVIDADES ANTI-SINDICAIS

São ilícitas por disposição constitucional.


Art.8º da CF/1988
DIREITO SINDICAL
PRERROGATIVAS SINDICAIS E LIMITAÇÕES
ATIVIDADES ANTI-SINDICAIS

Formais mais comuns:


Condicionantes restritivas do emprego:
-Indagações a respeito da filiação sindical nas
fichas de solicitação de emprego ou entrevistas;
-“Listas negras";
-Contratos com cláusulas anti-sindicais
DIREITO SINDICAL
PRERROGATIVAS SINDICAIS E LIMITAÇÕES
ATIVIDADES ANTI-SINDICAIS

Formais mais comuns de contratos:


Closed shop: Empresa não oferece vagas a não-
sindicalizados, em conluio com o sindicato.
Open shop: Empresa contrata somente os
candidatos não sindicalizados,
preferencial shop: Empresa dá preferência de
admissão aos empregados filiados;
Unions shop: O empregado compromete-se se
sindicalizar após a admissão (semelhantes
a closed shop)
DIREITO SINDICAL
PRERROGATIVAS SINDICAIS E LIMITAÇÕES
ATIVIDADES ANTI-SINDICAIS

Formais mais comuns:


Yellow dog contract: O trabalhador assume um
compromisso contratual com o empregador de
não-filiação ao sindicato, sob pena de rescisão
contratual por justa causa.
Company unions, ("sindicatos-fantasmas“)
DIREITO SINDICAL
ENTES SINDICAIS: SINDICATO

Conceito
Sindicato "é uma forma de organização de
pessoas físicas ou jurídicas que figuram como
sujeitos nas relações coletivas de trabalho."

Amaury Mascaro Nascimento,


Curso de Direito Sindical. São Paulo: Ed. Saraiva, 1989, pg. 153
DIREITO SINDICAL
ENTES SINDICAIS: SINDICATO

Natureza Jurídica e objetivo


Entidade civil, pessoa jurídica de direito privado.

Tem como objetivo representar uma categoria


econômica ou profissional.

Essa representação poderá se dar judicialmente


ou extrajudicialmente.
DIREITO SINDICAL
ENTES SINDICAIS: SINDICATO

Composição
Três órgãos:
assembléia geral,
diretoria e
conselho fiscal.
DIREITO SINDICAL
ENTES SINDICAIS: SINDICATO

-Diretoria: mínimo de 3 e um máximo de 7


membros, entre os quais será eleito o presidente
do sindicato.

-Conselho fiscal: máximo 3 membros. Mandato de


3 anos. O conselho fiscal terá por competência a
fiscalização da gestão financeira do sindicato.
DIREITO SINDICAL
ENTES SINDICAIS: SINDICATO

-Assembléia geral: Deverá se reunir pelo menos


uma vez ao ano. Associados elegem para
representação da categoria, tomam e aprovam as
contas da diretoria, aplicam o patrimônio do
sindicato, julgam os atos da diretoria, quanto a
penalidades impostas a associados, deliberar
sobre as relações ou dissídios do trabalho, eleger
os diretores e membros do conselho fiscal. São os
associados do sindicato que decidem sobre a
celebração de convenção coletiva.
DIREITO SINDICAL
ENTES SINDICAIS: SINDICATO

Base sindical:
Sindicato nacional, interestadual, função negocial,
representativa, arrecadatória,
DIREITO SINDICAL
ENTES SINDICAIS: SINDICATO

Base sindical:
Princípio da unicidade sindical
CF/1988, Art. 8º
II - é vedada a criação de mais de uma
organização sindical, em qualquer grau,
representativa de categoria profissional ou
econômica, na mesma base territorial, que será
definida pelos trabalhadores ou empregadores
interessados, não podendo ser inferior à área de
um Município;
DIREITO SINDICAL
ENTES SINDICAIS: SINDICATO

Base sindical:
Princípio da unicidade sindical
ou “monismo sindical”

Trata-se de um limite à atividade sindical.


decorrente de imposição estatal.
DIREITO SINDICAL
ENTES SINDICAIS: SINDICATO

Sindicalização por categoria

Trata-se de um limite à atividade sindical.


decorrente de imposição estatal.

Trabalhadores e patrões devem se unir – se em


entidades sindicais somente se exercerem a
mesma atividade econômica ou profissão, através
dos critérios da similaridade e da conexidade.
DIREITO SINDICAL
ENTES SINDICAIS: SINDICATO

Sindicalização por categoria


Inciso II, do art. 8º, CF/1988

Amauri Mascaro Nascimento,


“Categoria significa um vínculo social básico que
agrupa atividades ou profissões.“
"Profissão é o lado trabalhista, e atividade é o lado
empresarial. Categoria econômica é o conjunto de
atividades empresariais. Categoria profissional é o
conjunto de atividades trabalhistas, de
empregados ou outro tipo de trabalhadores.
DIREITO SINDICAL
ENTES SINDICAIS: SINDICATO

Sindicalização por categoria: Critérios


Atividades Idênticas são as atividades iguais.
DIREITO SINDICAL
ENTES SINDICAIS: SINDICATO

Sindicalização por categoria: Critérios


Atividades Idênticas são as atividades iguais.
Atividades Similares são as atividades que se
assemelham, com o que numa categoria podem
ser agrupadas empresas que não são do mesmo
ramo, mas de ramos que se parecem como hotéis
e restaurantes.
DIREITO SINDICAL
ENTES SINDICAIS: SINDICATO

Sindicalização por categoria: Critérios


Atividades Idênticas são as atividades iguais.
Atividades Similares são as atividades que se
assemelham, com o que numa categoria podem
ser agrupadas empresas que não são do mesmo
ramo, mas de ramos que se parecem como hotéis
e restaurantes.
Atividades Conexas são as atividades que, não
sendo semelhantes complementam –se, como as
atividades múltiplas destinadas à construção de
uma casa.
DIREITO SINDICAL
ENTES SINDICAIS: SINDICATO

Sindicalização por categoria: Critérios

Categoria diferenciada é o grupo de


trabalhadores de uma mesma profissão, por
exemplo, engenheiros. Formarão um sindicato de
profissão"
DIREITO SINDICAL
ENTES SINDICAIS: SINDICATO

Sindicalização por categoria e base

Quem decide a representatividade da base


territorial e da categoria profissional/
econômica ?
DIREITO SINDICAL
ENTES SINDICAIS: SINDICATO

Sindicalização por categoria e base

Quem decide?
Antes de 1988:Comissão de Enquadramento
Sindical (CES) do Ministério do
Trabalho, cuja competência também abrangia a
atualização do Quadro de Atividades e
Profissões (QAP)

Após CF/1988 a CES foi extinta, e o QAP passou


a ser meramente consultivo.
DIREITO SINDICAL
ENTES SINDICAIS: SINDICATO

Sindicalização por categoria e base

Quem decide?
Justiça do Trabalho: Artigo 114, III, da CR2
(Emenda Constitucional nº 45/2004).

Processo ordinário de natureza declaratória na


1ª instância.
Recurso Ordinário ao TRT (Turma)
Recurso de Revista aoTST (SDI-1)
DIREITO SINDICAL
ENTES SINDICAIS: SINDICATO

BASE TERITORIAL
Municipais
Intermunicipais
Estaduais
Nacionais
DIREITO SINDICAL
ENTIDADES SINDICAIS SUPERIORES
Federações e Confederações

CLT, Art. 533 - Constituem associações sindicais


de grau superior as federações e confederações
organizadas nos termos desta Lei.
DIREITO SINDICAL
ENTIDADES SINDICAIS SUPERIORES
FEDERAÇÕES

-São entidades sindicais de grau superior


organizadas nos Estados-membros.
-Devem congregar pelo menos 5 sindicatos,
representando a maioria absoluta de um grupo de
atividades.
-As federações poderão celebrar convenções
coletivas, acordos coletivos e instaurar dissídios
coletivos.
DIREITO SINDICAL
ENTIDADES SINDICAIS SUPERIORES
CONFEDERAÇÕES

-São entidades sindicais de grau superior de


âmbito nacional.
-Devem ter no mínimo 3 federações, tendo sede
em Brasília (art. 535 da CLT).
-Formam-se por ramo de atividade (indústria,
comércio, transportes etc.)
-Poderão celebrar convenções coletivas, acordos
coletivos, e instaurar dissídios coletivos.
DIREITO SINDICAL
ENTIDADES SINDICAIS SUPERIORES

Instrumentos coletivos:

- Confederação - Eficácia Nacional


- Federação - Eficácia Estadual
- Sindicato - Eficácia Municipal
DIREITO SINDICAL
LEGITIMIDADE PARA ADI

CF/1988, Art. 103. Podem propor a ação direta de


inconstitucionalidade e a ação declaratória de
constitucionalidade: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
I - ...
IX - confederação sindical ou entidade de classe
de âmbito nacional.

Questão:
Por “entidade de classe de âmbito nacional“
pode ser tomado um sindicato ou federação?
DIREITO SINDICAL
LEGITIMIDADE PARA ADI

ADI 4064/2008
EMENTA: CONTROLE ABSTRATO DE
CONSTITUCIONALIDADE. AÇÃO DIRETA.
ILEGITIMIDADE ATIVA DE ENTIDADE SINDICAL
DE PRIMEIRO GRAU, AINDA QUE DE ÂMBITO
NACIONAL. AÇÃO DIRETA DE QUE NÃO SE
CONHECE.
Brasília, 01 de abril de 2008. Ministro CELSO DE
MELLO Relator
DIREITO SINDICAL
ENTIDADES SINDICAIS SUPERIORES

Posições anteriores discordantes:


ADI 209, Rel. Min. Octavio Gallotti
Reconheceu a legitimidade ativa, para
propositura de ação direta de
inconstitucionalidade, da Federação Nacional
dos Corretores de Imóveis)
DIREITO SINDICAL
ENTIDADES SINDICAIS SUPERIORES

Posições anteriores discordantes:


ADI 209, Rel. Min. Octavio Gallotti
Voto Ministro Sepúlveda Pertence,
“A federação, ainda que nacional, é uma
entidade sindical. Daí, entretanto, não creio se
deva extrair razão suficiente para negar-lhe a
legitimação discutida se não se lhe pode negar
(...) o caráter de ‘entidade nacional de classe’
(...).
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ENTIDADES SINDICAIS SUPERIORES

Posições anteriores discordantes:


ADI 209, Rel. Min. Octavio Gallotti
Voto Ministro Sydney Sanches
"Não me parece que o constituinte tenha querido
permitir que qualquer entidade de classe de
âmbito nacional possa propor uma ação direta de
inconstitucionalidade e que, apesar disso, um
sindicato nacional ou uma federação nacional não
tenha possibilidade de fazê-lo. Quando não há
uma Confederação Nacional, admito como autor
um Sindicato Nacional, como é o caso.
DIREITO SINDICAL
CENTRAIS SINDICAIS
LEI Nº 11.648, DE 31/03/2008
Art. 1o A central sindical, entidade de representação
geral dos trabalhadores, constituída em âmbito
nacional, terá as seguintes atribuições e
prerrogativas:
I - coordenar a representação dos trabalhadores por
meio das organizações sindicais a ela filiadas; e
II - participar de negociações em fóruns, colegiados
de órgãos públicos e demais espaços de diálogo
social que possuam composição tripartite, nos quais
estejam em discussão assuntos de interesse geral
dos trabalhadores.
DIREITO SINDICAL
CENTRAIS SINDICAIS
REQUISITOS DE CONSTITUIÇÃO
LEI Nº 11.648, DE 31/03/2008
Art. 2o
I - filiação de, no mínimo, 100 (cem) sindicatos
distribuídos nas 5 (cinco) regiões do País;
II - filiação em pelo menos 3 (três) regiões do País
de, no mínimo, 20 (vinte) sindicatos em cada
uma;
III - filiação de sindicatos em, no mínimo, 5 (cinco)
setores de atividade econômica; e
DIREITO SINDICAL
CENTRAIS SINDICAIS
REQUISITOS DE CONSTITUIÇÃO
LEI Nº 11.648, DE 31/03/2008
Art. 2o
IV - filiação de sindicatos que representem, no
mínimo, 7% (sete por cento) do total de
empregados sindicalizados em âmbito nacional.
Parágrafo único. O índice previsto no inciso IV
do caput deste artigo será de 5% (cinco por cento)
do total de empregados sindicalizados em âmbito
nacional no período de 24 (vinte e quatro) meses
a contar da publicação desta Lei.
DIREITO SINDICAL
CENTRAIS SINDICAIS
REQUISITOS DE CONSTITUIÇÃO
LEI Nº 11.648, DE 31/03/2008
As centrais passaram a ter participação no
imposto sindical.

CLT, Art. 589. Da importância da arrecadação da


contribuição sindical serão feitos os seguintes
créditos pela Caixa Econômica Federal, na forma
das instruções que forem expedidas pelo Ministro
do Trabalho:
II - para os trabalhadores:
b) 10% (dez por cento) para a central sindical;
DIREITO SINDICAL
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL OU
IMPOSTO SINDICAL
Prevista nos Ars. 578 a 591 da CLT.
Possui natureza tributária e é recolhida
compulsoriamente pelos empregadores no mês de
janeiro e pelos trabalhadores no mês de abril de
cada ano.
CF/1988,art. 8º, IV, in fine: acolheu.
Objetivo: custeio das atividades sindicais.
DIREITO SINDICAL
CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVA

Prevista pela CF/1988, 8o,IV


Finalidade: custeio do sistema confederativo
Independe da contribuição sindical
Não é tributo:não há atividade vinculada.
Por não ser tributo e depender da vontade
individual, escapa ao pagamento obrigatório de
todo trabalhador.
DIREITO SINDICAL
CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVA

O valor da contribuição confederativa é fixado em


Assembléia Geral da categoria profissional e sua
cobrança é condicionada à aceitação expressa do
empregado, por meio de competente documento
autorizativo, exceto para os efetivamente filiados
ou associados, pois sua filiação, em regra, já
prevê a autorização do desconto.
DIREITO SINDICAL
CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVA

Conclusão
Não havendo lei específica que regule sua
instituição, não há eficácia “erga omnes” da
contribuição instituída pela Assembléia Geral, mas
somente “inter pars”, para os filiados ou
associados que aceitam as deliberações da
maioria da entidade na qual participam livremente.
DIREITO SINDICAL
CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL

Instituída pelo CLT,513,”e”


Custeio das despesas decorrentes da entidade
exigidas pela participação em negociações
coletivas e despesas assistenciais realizadas pelo
sindicato.
Não foi recepcionada pela CF/1988, que a ela não
faz menção específica.
Requer autorização expressa dos trabalhadores.
DIREITO SINDICAL
CONTRIBUIÇÕES SINDICAIS
TST PN-119 CONTRIBUIÇÕES SINDICAIS -
INOBSERVÂNCIA DE PRECEITOS CONSTITUCIONAIS
(DJ 20.08.1998)
"A Constituição da República, em seus arts. 5º, XX e 8º, V,
assegura o direito de livre associação e sindicalização. É
ofensiva a essa modalidade de liberdade cláusula
constante de acordo, convenção coletiva ou sentença
normativa estabelecendo contribuição em favor de
entidade sindical a título de taxa para custeio do sistema
confederativo, assistencial, revigoramento ou fortale-
cimento sindical e outras da mesma espécie, obrigando
trabalhadores não sindicalizados. Sendo nulas as estipula-
ções que inobservem tal restrição, tornam-se passíveis de
devolução os valores irregularmente descontados."
DIREITO SINDICAL
CONTRIBUIÇÕES SINDICAIS
TST-OJ-SDC-17 CONTRIBUIÇÕES PARA
ENTIDADES SINDICAIS.
INCONSTITUCIONALIDADE DE SUA EXTENSÃO
A NÃO ASSOCIADOS.
Inserida em 25.05.1998
As cláusulas coletivas que estabeleçam contribuição
em favor de entidade sindical, a qualquer título,
obrigando trabalhadores não sindicalizados, são
ofensivas ao direito de livre associação e
sindicalização, constitucionalmente assegurado, e,
portanto, nulas, sendo passíveis de devolução, por via
própria, os respectivos valores eventualmente
descontados.

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