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As relações individuais de trabalho são fundadas num certo tipo contratual, que é o contrato
de trabalho.
A partir das relações individuais formam-se fenómenos coletivos, que são juridicamente
renovantes e enquadrados com a lei.
Porque se diz coletivo? – “coletivo” opõe-se a individual. Direito coletivo: direito das
coletividades laborais. Coletividades: grupos organizados. São interesses particulares próprios
de certos grupos.
O trabalho autónomo tem grupos organizado. Ex: Ordens (não são sindicatos, são associações
de profissionais que são considerados enquanto profissionais autónomos.
Nas suas formas modernas, radicam na revolução industrial dos séc. XVIII e XIX.
Os interesses coletivos
Todos os fenómenos coletivos laborais assentam na existência e no reconhecimento de
interesses coletivos diferentes dos interesses individuais de cada membro de um grupo. É uma
pretensão que são comuns aos membros da coletividade organizada.
Cada pessoa se inscreve numa associação tem pretensões individuais que podem
chocar som as de outros associados (Ex: profissionais que concorrem a postos de
trabalho escassos).
Dentro do grupo organizado, podem existir subgrupos com interesses próprios
contraditórios (Ex: os quadros técnicos e os operários de uma industria)
A definição do interesse coletivo num grupo implica sempre, em medida maior ou
menos, a inconsideração de interesses individuais ou de subgrupos.
A formação da associação com um certo âmbito e adesão de pessoas situadas nesse
âmbito exprime o propósito de privilegiar o interesse coletivo respetivo sobre os
individuais ou de subgrupo.
Os grandes temas
As grandes organizações
As grandes negociações
Os conflitos
As organizações laborais
São as associações sindicais, sendo de vários tipos:
São estruturas representativas de trabalhadores da empresa que não tem vocação de exigir
melhores salários ou reduções de tempo de trabalho, mais tempo de descanso, melhores
subsídios de alimentação. A sua vocação é a de participarem em nome dos trabalhadores na
vida da empresa, obterem informação e pronunciarem acerca da vida da empresa e sua
gestão.
A negociação coletiva
O que é? È um processo de discussão entre organizações de trabalhadores (associações
sindicais) e organizações de empregadores (ou empresas isoladas) através do qual se
confrontam os respetivos interesses coletivos.
A convenção coletiva de contrato é uma lei contratada. É, pois, uma espécie de “lei
contratada”, expressão de um atributo que só as associações sindicais e as associações de
empregadores e empresas têm: a autonomia coletiva. A autonomia coletiva consiste na
capacidade que está conhecida pela O.J de certas organizações (associações de trabalhadores)
mediante a celebração de acórdãos.
O conflito coletivo
É o confronto direto entre os grupos organizados, cada um dos quais usa meios de pressão
sobre o outro para levar a ceder a satisfação do respetivo interesse coletivo.
Pode surgir sem que sequer haja negociação, por radical contraste entre as pretensões
em confronto.
É conduzido com recurso aos “meios de luta laboral”, por exemplo a greve.
A greve e o “lock-out”
Art. 57º
A diferença da O.J perante os meios da luta laboral clássicos: o direito de greve e a proibição
do “lock-out”.
O que é uma greve enquanto objeto de um direito? O que é o “lock-out” enquanto objeto de
uma proibição? – O lock-out é uma forma de encerramento da empresa como forma de
conflito. É proibido legal e constitucionalmente.
Nem sempre tivemos direitos coletivos. Antes da revolução industrial, não haviam direitos
para os trabalhadores. O direito só é convocado a partir da revolução industrial. Em 1911,
primeiras caraterísticas revelantes relativas á constituição deste ano:
1. O estado não tem religião, começa a existir uma separação de poderes. O governo
executa, o Parlamento legisla e detém o poder judicial.
2. A instrução primária passou a ser obrigatória
3. Era possível o direito á greve – governo de Afonso Costa e são consagrados os direitos
coletivos dos trabalhadores.
13-2-2019 (teórica)
19-2-2019 (prática)
Não decorre da constituição, ela limita-se a reforçar a ideia./ a reconhecer que ela existe.
Quais são os dois valores fundamentais que assenta a liberdade Sindical? A autonomia (é
autossuficiente pelas quotas que recebe dos trabalhadores) e a independência (não depende
de ninguém, nem do empregador nem do Estado, e se assim não fosse não conseguia proteger
os trabalhadores dependeria sempre de outro).
O problema que hoje temos pela autonomia dos sindicatos é o craud funding (Ex: eu peço aos
meus amigos para fazer umas obras lá em casa, mas em troca de eles me emprestarem o
dinheiro eu tenho que lhes pagar umas fárias), que é uma forma dos sindicatos se
autossustentam. O problema deste sistema é que o sindicato perde autonomia. Temos hoje
em dia o problema dos sindicatos perderem a autonomia. E só faz sentido se for autónoma e
independente (tem que ter estas duas caraterísticas senão não funciona).
enfermeiros e não tem legitimidade para marcar greve). Mas quem decide se faz ou não greve
é cada um dos trabalhadores. Quem marca as greves é os sindicatos (direito coletivo), mas
quem decide são cada um dos trabalhadores (direito individual), ou seja, a greve tanto é um
direito coletivo como individual.
Em suma:
LIBERDADA SINDICAL:
LIBERDADE INDIVIDUAL:
LIBERDADE COLETIVA:
Caso Prático: Antónia trabalha numa empresa á 10 anos é delegado sindical e membro da
direção do sindicato. Em 2019 faltou 20 dias para o exercício das suas funções. Analise a
situação no âmbito da liberdade sindical, pronunciando-se também sobre o tema da
retribuição neste caso concreto.
Estamos perante um caso de Liberdade Sindical (explicar). Segundo o artigo 468º nº5 do CT
como o Antónia pertencente á direção do Sindicato tem o máximo de 33 faltas por ano
justificadas quando exceda o limite máximo que está presente no nº1 do mesmo artigo que
são de 4 dias por mês.
Do ponto de vista da retribuição do António presente sabemos que a falta foi justificada
segundo o art. 249º alínea G) do CT. O Art 255º nº1 do CT não lhe retira nenhum direito ao
trabalhador a retribuição ou antiguidade.
20-02-2019 (teórica)
O crédito de horas é uma porção de do período normal de trabalho para fazer o que ele quiser,
mas sempre tendo em conta que ele o vai usar para o exercício das suas funções.
O regime comum
A aquisição de personalidade jurídica: o estatuto, seu registo e publicação. – O controlo da
legalidade do estatuto: a intervenção (não decisório) do Ministério do trabalho, a remessa ao
MP, a eventual declaração judicial de extinção da associação, em caso de legalidade não
corrigida (art. 447º do CT).O cancelamento do registo (art. 456º do CT).
Criar um sindicato é muito fácil, difícil é fazer com que ele tenha personalidade jurídica.
O conteúdo do estatuto
O conteúdo obrigatório (art. 450º do CT)
O empresário não empregador (art. 444º nº4 do CT) – é do empresário que não
emprega trabalhadores. Ele pode pertencer a uma associação de empregadores? SIM,
o que não pode é participar em decisões em matéria que não lhes diz respeito, ou seja,
numa reunião em que esteja em discussão algum assunto relacionado com os
trabalhadores.
A atribuição de mais de um voto de associados
As restrições á atividade das associações (art. 443º nº3 do CT)
Caracteres jurídicos
Personalidade jurídica adquirida com registo dos estatutos (art. 416º do CT)
Ausência de capacidade negocial coletiva (monopólio sindical: (art. 443º do CT)
Possibilidade de mandato sindical para negociação coletiva (art. 491º nº3 do CT)
Direitos de reunião, informação e consulta, controlo de gestão da empresa
26-02-2019 (prática)
Uma das funções do direito do trabalho é acabar com a desigualdade originária, com uma série
de direitos do trabalhador que estão consagrados no código de trabalho.
Direito coletivo
Continuamos a ter duas partes (trabalhadores e empregadores), mas neste caso não temos um
trabalhador sozinho, mas sim a figura do trabalhador no seu todo. Temos as associações
sindicais e as comissões dos trabalhadores.
Associação sindical (também é eleita e tem vários requisitos como a parte de ter que
desempenhar aquela atividade. Também depende do local onde me encontrar a trabalhar pois
se eu for enfermeiro em Lisboa não me posso associar na associação sindical da madeira –
temos que ter em conta a geografia do exercício da atividade. Tem capacidade para marcar
uma greve.) é diferente de uma comissão de trabalhadores (grupos de
trabalhadores eleitos que tem como função representar os outros trabalhadores que os
elegeram, posso me associar desde que trabalhe naquela empresa em que cargo for. Numa
convenção de trabalhadores eu posso exercer a minha atividade no Porto e inscrever-me em
Lisboa – não tem em conta a geografia. Também serve para reivindicar decisões da empresa. –
tem sempre que ser ouvida a convenção de trabalhadores quando a empresa querem tomar
decisões que afetem os trabalhadores. Não tem capacidade para marcar uma greve.)
Previsão “quem matar uma pessoa”, quem fizer aquilo terá uma consequência jurídica. E a
Estatuição é a consequência que essa pessoa vai ter por ter morto outra pessoa. A sanção é
Direito do Trabalho II
concreta e a norma é geral e abstrata. Por isso é que a norma tem duas partes. Um texto
normativo que não tenha essas duas partes tem a consequência de não poder ser exercida, ou
seja, a consequência não é nenhuma.
Apenas quem tem legitimidade para marcar as greves são os sindicatos dos trabalhadores.
Mesmo que eu não tenha uma associação de trabalhadores posso fazer greve porque esse
direito é um direito de todos os trabalhadores. A greve é um direito individual, porque mesmo
sendo um direito coletivo na vida prática tem uma temática individual, porque é cada pessoa
que decidi se quer aderir á greve ou não.
Para ser marcada uma greve tem que se cumprir diversos pré-requisitos (por exemplo: tem
que ser imitido um pré aviso antes de ela acontecer, para que seja assegurado os serviços
mínimos ou que pelo menos o empregador possa tentar resolver a situação) e se isso não
acontecer ela é considerada ilícita e por isso as faltas que os trabalhadores derem durante a
greve serão consideradas injustificadas.
Numa manifestação também temos uns pré-requisitos tem que haver requisitos mínimos
como a emissão do aviso para as autoridades policiais e tem que também ser assegurados
requisitos mínimos.
Art. 56º nº3 da CRP – assume-se alguma coisa que pré existe, e o legislador vem nos dizer
quem é que tem legitimidade para ter esse direito. – aparece como um direito que é dos
trabalhadores
Historicamente a contratação coletiva tem sido ao longo das décadas foi um elemento de
progressão das condições de trabalho. A lógica é esta, a lei estabelece condições mínimas e as
convenções estabelecem condições acima desse limite.
O que é que acontece se aparecer uma legislação do trabalho que aparece as condições
mínimas e não havendo comissões quem é que estabelece essas condições acima dos limites
mínimos? É o empregador.
As associações de empregadores também tem direitos que são seus e que os podem exercer.
Contrato coletivo
Acordo coletivo
Direito do Trabalho II
Acordo de empresa
Art. 487 nº3 do CT – O sindicato apresenta a proposta com todas as cláusulas que exigem e o
empregador e a associação de empregadores tem que responder dizendo qualquer coisa sobre
todas as cláusulas apresentadas. Se assim não for, existe uma violação segundo o disposto no
artigo.
Art. 491º nº 2 al. D) do CT – o legislador apresenta quem é que pode intervir nas negociações
das convenções coletivas de trabalho. No art. 492º do CT temos apresentado o conteúdo
obrigatório dessas convenções.
Temos o ato formal de depósito e que obedece a umas determinadas regras que estão
apresentadas no art. 491º e 492º do CT. Temos as garantias do determinado acordo para
poder constituir enquanto uma convenção coletiva de trabalho como fonte de direito.
É uma fonte de direito, porque de acordo com os estado estas convenções coletivas de
trabalho devem atuar de igual forma como as leis na ordem jurídica. E por isso pode sancionar
a empresa tanto por não respeitar as leis como uma cláusula das convenções coletivas de
trabalho, também os tribunais agem assim. Tem a mesma força jurídica.
Pode o MT pode recusar o depósito de uma convenção coletiva na qual esteja uma norma
ilegal? NÃO, porque essa inspeção tem que ser feita á posteriori e tem que ser feita por uma
entidade judicial.
Art. 494º nº4 do CT – elementos que a convenção tem que ter para que seja admitido o
depósito.
Modalidades
Conflitos coletivos
o Jurídicos (interpretação/aplicação de regimes existentes) – Ex: conflitos da lei
que envolve normas já existentes e obter mais alguma coisa do que aquilo que
já existe e já está disposto como o tempo em que deve de ser pago o subsidio
de férias.
o De interesses (modificação do que vigora) – Ex: podemos estar perante um
conflito que pretende a criação de uma nova norma que apenas uma das
partes está de acordo. NÃO TEM MUITA EXPRESSÃO NA LEI.
Distinção discutível e com pouco interesse prático.
Direito do Trabalho II
Art. 492º nº3 e 490º do CT – em cada convenção coletiva dá-se a criação de uma comissão
paritária com competência de resolver possíveis conflitos jurídicos.
Os temas
O CT trata apenas de dois temas neste domínio:
Art. 102º do CT – mesmo antes de celebrar o contrato de trabalho já existe uma intenção de
boa fé. Também tem que haver uma boa fé na execução do contrato de trabalho.
Art. 489º do CT – negociação das convenções coletivas também tem que estar presente a boa
fé.
Tem que se seguir sempre o principio da boa fé, segundo o legislador e até no conflito tem que
estar presente.
Dois corolários:
Os processos de resolução
Conciliação
Mediação
Arbitragem
o Voluntário (que provem da vontade das partes)
o Obrigatório
Direito do Trabalho II
A conciliação
Iniciativa unilateral ou bilateral. – “É “negociação assistida” por terceiro, que procura
aproximar as posições das partes, convocando-as e sugerindo soluções.”
Regime legal aplicável na falta de definição das partes.
Em regra, a conciliação é realizada por serviços do MT que podem também, em certas
condições, tomar a iniciativa de convocar as partes num conflito.
É o principio que permanece é o da eficiência em que assenta na exigência da boa fé. O que o
legislador quer aqui é que haja uma negociação que dê resultado a uma conciliação entre as
partes e por consequência cesse o conflito existente entre a partes.
A mediação
Em regra, decidida por acordo das partes.
Consiste numa “negociação por intermediário”, que se ouve as partes em separado e
formula, em carta dirigida e cada uma delas proposta da solução do conflito. Produto
final: acordo, ou desacordo por recusa de uma ou ambas as partes.
Ajusta-se sobretudo a situações de rejeição recíproca das partes.
O dever de sigilo do mediador
As partes não estão pessoalmente em contacto, pois mesmo as partes não se podendo ver
pode haver uma forma de conciliação, mas sempre por intermédio de um terceiro que
apresenta a cada uma das partes uma proposta individualmente. Sem que haja contacto entre
as partes. Acontece quando existe rejeição mutua dos intervenientes.
A decisão arbitral não tem recuso, exceto por ilegalidade da constituição do tribunal ou do
procedimento adotado pelos árbitros.
Em maior parte dos conflitos ambas as partes querem tudo e não apenas uma parte onde
ficariam todos contentes e também é por essa razão que não se recorre á arbitragem. Porque
nenhuma das partes está disposta a abdicar de nada das suas exigências e como a arbitragem
segue certos critérios para a decisão provavelmente ambas as partes não podem ter tudo o
que querem e por isso também não recorrem a essa forma de resolução de conflitos.
Direito do Trabalho II
Voluntária: vontade das partes, que se baseia no acordo das partes, mesmo que a
decisão, neste caso, provenha da decisão do tribunal. Temos um compromisso
arbitral – acordo através do qual as partes em conflito se comprometem a que o
conflito se resolva por via arbitral, a designar os árbitros e a aceitar a decisão que for
proferida pelo tribunal arbitral. Temos um compromisso arbitral (AD HOC – acordo
prévio) ou uma cláusula compromissória que provenha de algum texto normativo.
Obrigatória: (art. 508º e 509º do CT)
o Para a resolução de conflitos: obter por decisão arbitral a resolução de um
conflito.
o De serviços mínimos: que devem de ser cumpridos ao longo da duração da
greve. DL - 259/2009 de 25 de Setembro
20-03-2019 (teórica)
Direito de greve (perante o empregador): Os aderentes a uma greve legal não podem ser
prejudicados nas suas situações contratuais por esse motivo (não podem ser despedidos nem
atacados disciplinarmente por esse facto).
As pessoas não podem ser despedidos nem levar processos disciplinares por causa de fazerem
greve, mesmo que a greve seja um desrespeito ao contrato de trabalho.
Ao longo do tempo houve várias designações nos artigos para definir a greve. Em 1910 o seu
primeiro artigo dizia que a greve era admissível tanto aos trabalhadores como aos
empregadores, e permitia que não fossem feitos qualquer pagamento durante a greve e que
os contratos de trabalho cessassem durante esse tempo.
Na constituição de 1934 a greve era designada como um crime por desordem da vida social
com a respetiva moldura penal.
Em 1976, surge uma nova constituição – Art. 57º da CRP – proteção jurídica dos trabalhadores
que fazem greve. Não se pode negar o direito á greve, a menos que estejam em causa
princípios inconstitucionais (Ex: não se pode fazer uma greve dos transportes apenas para
impedir que as pessoas voltem para casa.)
A “garantia” constitucional
“Imunidade” criminal, civil e disciplinar.
Oposição a comportamentos destinados a neutralizar os efeitos da greve.
Dúvida: Mas o que é uma greve para a Constituição? A greve para a constituição é
uma manifestação de vontade dos trabalhadores para que lutem por mais direitos
desde que não coloque em causa outros princípios constitucionais. Temos o lock out
(fechar á chave – significa o encerramento da empresa com exceção dos contratos de
trabalho dos trabalhadores), que é uma forma dos trabalhadores lutarem pelos seus
direitos. – mas que está proibido pela constituição.
Abstenção da lei quanto á definição de greve e aos motivos ou objetivos da sua prática.
Mas os motivos da greve não são irrelevantes para a sua ilicitude: as greves
“inconstitucionais”.
Assim: o CT não define greve nem os motivos legítimos, regula apenas os passos fundamentais
do procedimento de greve, os seus defeitos jurídicos e a definição dos “serviços mínimos”.
Abstenção de trabalho
Ação coletiva e concertada
Fim coativo
Motivação (quaisquer interesses coletivos legítimos).
A greve em sentido sociopolítico: qualquer tipo de perturbação coletiva da normal
prestação de trabalho, com fins coativos.
Amplitude e restrições
O principio da universalidade do direito de greve;
A adesão de não-sindicalizados;
As greves de solidariedade;
As greves de funcionários públicos;
o “A greve constitui um direito dos trabalhadores com vínculo de emprego
público” – art. 394º nº1 da L 35/2014;
A situação de policias e militares.
São ilegais:
E os juízes?
Titulares de um órgão de soberania (os tribunais)
Não são inseridos em nenhuma cadeia hierárquica
Têm uma associação sindical
Não são “trabalhadores em funções publicas”
Não são “trabalhadores” no sentido da Constituição
Mas desempenham uma atividade profissional remunerada pelo estado
As greves “atípicas”/clássicas
Em geral: comportamentos coletivos conflituais de trabalhadores, que perturbam o processo
de laboração ou funcionamento da empresa, mas não se caracterizam pela abstenção
simultânea e total do trabalho dos aderentes.
Exemplos:
Greve de zelo (não existe abstenção de trabalho, por isso a esta greve não é uma
greve, mas sim cumprimento defeituoso do contrato de trabalho)
Greve de rendimento (redução da decadência baixando, também não é considerada
uma greve)
Greve de rotina ou articulada (os trabalhadores fazem greves aos turnos, e por isso á
sempre o cumprimento do trabalho. O trabalhador está parado apenas uma parte do
tempo. Isto também não é considerada uma greve, porque tem que haver paragem
total dos trabalhadores.)
Greve trombose (não existe pré-aviso, a data em que começa e que acaba e também
não se previne e se dá a conhecer os assuntos)
Greve “self-service” (cada um dos trabalhadores que faz a greve é que decide a data
em que começa a greve e que acaba, e isso constitui um problema)
…
Quais as regras sobre o seu exercício? Como é que o direito regula este direito subjetivo
com caraterísticas próprias (ilegalidade e coletivo – não pode ser feito individualmente,
embora seja um direito individual a todos os trabalhadores).
É disso que trata o código do trabalho. O CT não define o que é direito de grave, mas diz os
seus limites.
O primeiro passo é o momento em que se decide fazer greve e se assenta num projeto de
greve. Art. 531º do CT - essa decisão é tomada no sindicato, e é tomada nos moldes que cada
sindicato estabelece para que seja tomada a decisão.
Embora em alguns países não haja uma sindicalização, nestes casos é possível decidir a greve
numa assembleia em que tem que participar maior parte dos trabalhadores. Tem que haver
sempre uma maioria dos trabalhadores – ao numero dos trabalhadores interessados. – parte
final do art. 531º do CT.
O aviso tem o objetivo de dar a conhecer quer ás pessoas que usam aquele bem nos dias, mas
também dar a conhecer aos empresários para se prepararem e ás entidades publicas para que
estas sejam avisadas e preparadas para a greve.
Não existe uma forma prevista para que este aviso seja feito.
A “greve selvagem” é uma greve que é decidida á margem daquilo que a lei prevê.
A liberdade na greve é defendida pelo legislador no código. Por isso temos uma decisão
individual dentro do seio da greve, em que ele tem autonomia para decidir se adere ou não á
greve, mesmo que pertença a um sindicato. Essa liberdade também se estende ao facto de os
trabalhadores se poderem retirar da greve quando bem entenderem.