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INTRODUÇÃO
OBJETIVOS
Definir o conceito de Direito Coletivo do Trabalho e identificar seus ramos e sua forma de tutela.
Descrever os vários tipos de Liberdade Sindical e Organização Sindical, considerando as Centrais Sindicais.
Identificar os Conflitos Coletivos de Trabalho e suas formas de solução, abordando as Convenções e Acordos
Coletivos.
O Direito do Trabalho se divide em três segmentos:
O Direito Individual
que estudamos até agora
O Direito Coletivo
que analisaremos aqui
Fonte da Imagem:
No Direito Individual do Trabalho, o Princípio da Proteção ao Economicamente mais Fraco é fundamental e básico e
objetiva proteger o trabalhador, equilibrando juridicamente a desigualdade econômica e social, evitando que este seja
subjugado pelo empregador.
Fonte da Imagem:
Já no Direito Coletivo, partindo da premissa de que a União faz a força, ocorre relacionamento entre instituições com
força equivalente. De um lado os trabalhadores unidos de forma coletiva, com uma liderança e objetivos comuns,
formando blocos ou entidades profissionais de classe. De outro lado os empregadores, através de seus
empreendimentos, ou agrupados também em bloco formando Entidades Econômicas ou Patronais de classe.
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Dessa forma, como existe a equivalência de força, presumindo-se a representatividade e legitimidade de todos, isto é,
dos Sindicatos dos Trabalhadores e dos Sindicatos Patronais, a intervenção estatal é remota ou não necessária. No
Direito Individual, a proteção é dada diretamente ao trabalhador. No Direito Coletivo, a proteção se dá através do grupo
ao qual o trabalhador está vinculado.
Cabe ressaltar que o Direito Coletivo age e tem forte influência sobre o Direito Individual, inclusive criando normas mais
favoráveis através de Acordos, Convenções e Dissídios Coletivos, que são Fontes do Direito do Trabalho conforme
estudamos na Aula 1.
Divisão do direito coletivo do trabalho
O Direito Coletivo se divide nos seguintes ramos:
1.Direito Sindical
O Direito Sindical se refere a:
• Liberdade Sindical;
• Estrutura e Organização Sindical;
• Prerrogativa das Entidades Sindicais;
• Administração, Proteção aos Dirigentes e Forma de Atuação dos Sindicatos.
Liberdade sindical
A Liberdade Sindical, embora consagrada em nosso ordenamento jurídico pelo Artigo 8º da CF 88, que determina que
“É livre a Associação Profissional ou Sindical observado o seguinte...”, não é, todavia, total nem absoluta.
A definição de Liberdade Sindical engloba na realidade várias liberdades que, sistematizando, poderíamos dividir em
três grupos:
Quanto ao indivíduo
Quanto ao Estado
ESTRUTURA CONFEDERATIVA
É uma pirâmide em que no ápice estão as Confederações, no meio as Federações, que são Entidades
Sindicais de grau superior, e na base os Sindicatos.
SIMETRIA
As Estruturas Econômicas (Empregadores) e Profissionais (Trabalhadores) são simétricas.
UNICIDADE SINDICAL
É o fato, previsto na Constituição e na CLT, de só poder existir um Sindicato na mesma base territorial,
para representar a categoria econômica ou profissional que não pode ser menor que um Município.
Categorias:
No Brasil existem duas categorias: A ECONÔMICA, que agrega e representa os empregadores, e a PROFISSIONAL, que
agrega e representa os trabalhadores.
ECONÔMICA
Agrega e representa os empregadores.
PROFISSIONAL
Agrega e representa os trabalhadores.
SAIBA MAIS
, A categoria profissional pode ser também DIFERENCIADA, agregando trabalhadores específicos por
características e peculiaridades de condições de vida profissional em comum e são representados de
modo específico, como Motoristas, Vendedores, Telefonistas, etc., seja qual for a atividade
econômica.
Os Sindicatos, para adquirir Personalidade Sindical além da Personalidade Jurídica, devem ser registrados no
Ministério do Trabalho e emprego e somente assim poderão exercer as Prerrogativas Sindicais previstas na CLT.
Assim, em uma Indústria Metalúrgica, por exemplo, os trabalhadores serão representados coletivamente pelo Sindicato
dos Trabalhadores Metalúrgicos.
Assim como os trabalhadores em estabelecimentos comerciais são representados pelo Sindicato dos Trabalhadores
Comerciários.
ATENÇÃO!
, Nas categorias diferenciadas, tanto faz trabalhar na Indústria ou no Comércio: um vendedor ou um
motorista serão representados pelo Sindicato dos Vendedores ou Condutores de Veículos.
Os conflitos são gerados por divergência de interesses entre as empresas e os trabalhadores e podem ser de natureza
jurídica, mais rara, ou econômica, mais comum.
ADMINISTRAÇÃO DO CONFLITO
Os conflitos são administrados através das Políticas de Relações Trabalhistas; as principais são a Paternalista, a
Autocrática, a de Reciprocidade e a Participativa, que trazem vantagens e desvantagem e vão dependendo
profissionalismo em lidar com o conflito, da Cultura e do Clima Organizacional e a consequente produtividade que a
Direção do empreendimento quer ter.
Solução do conflito
A solução do conflito pode ser:
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1. POR AUTOCOMPOSIÇÃO – quando as próprias partes, trabalhadores e empresa, resolvem os
impasses através de negociações coletivas, como ocorre na Conciliação e na Mediação, que geram
Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho, cujo melhor resultado é quando todos ganham.
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2. POR HETEROCOMPOSIÇÃO – quando as partes não conseguem por conta própria solucionar as
divergências e delegam a um terceiro a solução do conflito, como ocorre na Arbitragem, ou através do
Poder Judiciário, quando o conflito passa a se chamar Dissídio Coletivo e sua decisão Sentença
Normativa.
Não solucionado o conflito e frustrada a negociação coletiva. Assembleia Geral para decidir os
objetivos, que devem ser comuns aos grevistas, e as formas de ação. Pré-Aviso – Os grevistas, para
exercer seu direito, devem avisar no Sindicato Patronal as empresas envolvidas com 48 horas de
antecedência; se tratar-se de uma atividade essencial, avisar com 72 horas de antecedência, inclusive
aos usuários.
Fonte da Imagem:
• Por se tratar de uma Suspensão do Contrato de Trabalho, não há pagamento de salário, mas não podem ocorrer
demissões.
• Os grevistas podem arrecadar fundos, divulgar o movimento e fazer passeatas pacíficas e as empresas não podem
constranger os empregados a comparecer ao trabalho nem contratar outros para substituí-los salvo se houver abuso
de direito.
• Os grevistas não podem impedir o acesso dos outros trabalhadores ao serviço, nem empregar meios violentos,
ameaçar ou causar danos ao empregador e devem manter equipe de plantão para manutenção de níveis mínimos de
serviço.
• Caso os grevistas pratiquem violência ou atos ilegais, poderão ser responsabilizados civil, trabalhista e
criminalmente.
ATENÇÃO!
, OBS: A Greve Patronal é vedada no Brasil; para maiores detalhes, recomendamos a Leitura dos 24
artigos da Lei 7.783/89 – Lei de Greve.
Previsão legal: Todos os detalhes de uma Convenção ou Acordo Coletivo estão contidos nos
artigos 611 a 625 da CLT, dos quais recomendamos a leitura.
Definições
Acordo coletivo
O Acordo Coletivo é realizado entre o Sindicato que representa uma categoria profissional
(trabalhadores) e uma ou mais empresas, estipulando condições de trabalho e de Salário
aplicáveis aos trabalhadores da(s) empresa(s) acordante(s) envolvida(s).
EXERCÍCIOS
Com base no conteúdo estudado nesta aula, responda Certo ou Errado.
Certo
Errado
Justificativa
2 - A Organização Sindical brasileira tem uma estrutura Confederativa, dividida em categorias, com base na unicidade
sindical.
Certo
Errado
Justificativa
Certo
Errado
Justificativa
Certo
Errado
Justificativa
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Glossário