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31/03/2019 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.

Módulo 3 – Organização Sindical: Administração e Poderes do Sindicato.

ORGANIZAÇÃO SINDICAL

1. Introdução

Os trabalhadores têm a faculdade de organização que tem como fundamento o


direito de associação.

O estudo da organização sindical é um dos principais aspectos do Direito do


Trabalho, envolvendo relações entre o Estado e os sindicatos, os tipos de órgãos
sindicais e seus níveis de representação dos trabalhadores, a base territorial em
que os sindicatos atuam, o número de sindicatos em cada base territorial e a
amplitude do direito de criar sindicatos.

2. Modelo Sindical Brasileiro

Analisando a CF/88, verifica-se que não houve uma mudança profunda no sistema
sindical brasileiro, que continua praticamente o mesmo.

A estrutura sindical que apresentava um sistema oficial, ou seja, que exercia uma
função delegada de poder público, transformou-se em uma estrutura delineada
pelos próprios interlocutores sociais (trabalhadores e empregadores) na razão dos
seus próprios interesses.

Com o advento da CF/88, a estrutura sindical passou a apresentar-se da seguinte


forma:

Liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar (CF,


art. 5º, XVII).

Criação de associações independe de autorização (CF, art. 5º, XVIII).

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Associações só podem ser compulsoriamente dissolvidas ou ter as suas


atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o
trâmite em julgado (CF, art. 5º, XIX).

Liberdade na associação profissional ou sindical (CF, art. 8º).

Sindicato é uma entidade de direito privado.

Aspectos de autonomia, na medida em que compete aos trabalhadores ou


empregadores definir as respectivas bases territoriais.

Preceito constitucional veda ao Poder Público a interferência e a intervenção


na organização sindical, não podendo a lei exigir prévia autorização do
Estado para a fundação de sindicatos (art. 8º, I). Desta forma, todos aqueles
artigos da CLT que permitiam qualquer interferência ou intervenção do
Ministério do Trabalho no sindicato foram revogados pela atual CF. Não será
possível exigir autorização do Estado para a fundação do sindicato, apenas
haverá necessidade de se proceder ao registro no órgão competente. Os
trabalhadores e empregadores irão definir a base territorial do sindicato, sem
qualquer interferência do Poder Público, inclusive quanto às eleições
sindicais, redação de seus estatutos etc.

Liberdade de associação profissional ou sindical, isto é, a pessoa pode se


filiar ou se desligar do sindicato, dependendo exclusivamente da sua vontade
(CF, art. 8º, V).

É proibida a criação de mais de um sindicato (federação ou confederação) de


categoria profissional ou econômica, em qualquer grau, na mesma base
territorial, que será definida pelos trabalhadores, não podendo ser inferior à
área de um município.

CONCEITO DE CATEGORIA - Quanto ao nível de representação, os sindicatos


brasileiros representam uma categoria (CLT, arts. 511 e 513) numa determinada
base territorial. Existem diversos setores de atividades econômicas, como as
industriais, as comerciais; em ambas há inúmeras subdivisões, como indústrias
alimentícias, indústrias metalúrgicas, comércio hoteleiro etc. A CLT, art. 581, § 2º,
adotou-se o enquadramento sindical com base na atividade preponderante
desenvolvida pela empresa, desde que essa realiza diversas atividades.

Para Amauri Mascaro Nascimento CATEGORIA “é o conjunto de pessoas que


exercem a sua atividade ou o seu trabalho num desses setores e é nesse sentido
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que se fala em categoria profissional, para designar os trabalhadores, e em


categoria econômica, para se referir aos empregadores de cada um deles”.
Exemplo: bancários são os empregados dos bancos, formando uma categoria
profissional, e empresas bancárias constituem a correspondente categoria
econômica.

CATEGORIA PROFISSIONAL - Profissão e categoria são conceitos diferentes.


Profissão é o meio lícito que uma pessoa escolheu e através do qual provém a sua
subsistência. Categoria é o setor no qual essa pessoa exerce a sua profissão.
Exemplo: o advogado, a advocacia é a sua profissão. Se é empregado,
trabalhando para o departamento jurídico de um banco, a sua categoria é
bancário. Se esse advogado trabalhar para numa indústria metalúrgica, a sua
profissão é advocacia e a sua categoria será metalúrgico. Nossos sindicatos
representam todo pessoal de uma categoria, independentemente da sua
profissão. Assim, o sindicato dos bancários representará os gerentes de bancos,
os advogados, os economistas, os chefes, os fiscais, os inspetores, os secretários,
os auxiliares, os porteiros, os ascensoristas de todos os bancos, numa base
territorial. É nesse sentido que se fala que os sindicatos brasileiros representam
categorias. São sindicatos por categorias.

CATEGORIA ECONÔMICA ocorre quando há solidariedade de interesses


econômicos dos que empreendem atividades idênticas, similares ou conexas,
constituindo vínculo social básico entre essas pessoas (CLT, art. 511, § 1º). É
também chamada de categoria dos empregadores.

Similares são as atividades que se assemelham, como as que numa categoria


pudessem ser agrupadas por empresas que não são do mesmo ramo, mas de
ramos que se parecem, como hotéis e restaurantes. Há, assim, uma certa
analogia entre essas atividades.

Conexas são as atividades que, não sendo semelhantes, complementam-se, como


as várias atividades existentes na construção civil, por exemplo: alvenaria,
hidráulica, esquadrias, pastilhas, pintura, parte elétrica etc. Aqui existem fatores
que concorrem para o mesmo fim: a construção de um prédio, de uma casa.

Se a empresa não tiver uma única atividade, mas várias, o empregado será
enquadrado de acordo com a atividade preponderante da empresa. Assim, o
pedreiro que trabalha numa escola não pertence à categoria da construção civil,
mas a dos estabelecimentos de ensino.

CATEGORIA PROFISSIONAL DIFERENCIADA - As pessoas que exercem a mesma


profissão podem criar o seu sindicato. Os engenheiros podem formar um sindicato
por profissão. Reunirá todos os engenheiros de uma base territorial, não
importando o setor de atividade econômica em que a sua empresa se situe. Nesse

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caso, decisiva, como critério de agrupamento, será a profissão,


independentemente da categoria onde é exercida. É a isso que se dá o nome de
sindicato de categoria diferenciada. Numa mesma empresa podem atuar diversos
sindicatos. O sindicato da categoria e tantos sindicatos por profissão quantas
sejam as profissões que tiveram, naquela base, categoria profissional
diferenciada. Exemplos: condutores de veículos rodoviários (motoristas),
cabineiros de elevadores (ascensoristas), secretárias etc.

A categoria diferenciada pode decorrer do estatuto profissional dos trabalhadores,


como as secretárias ou profissionais de relações públicas, ou da condição de vida
singular, como ocorre com os motoristas, os ascensoristas, os aeronautas etc.

Em conclusão, no Brasil há sindicatos de categorias, que são os de trabalhadores;


há sindicatos de categorias diferenciadas, que são os de trabalhadores de uma
mesma profissão; há sindicatos de categorias econômicas, que são os de
empregadores. Mas há, também, sindicatos de trabalhadores autônomos e
sindicatos de profissionais liberais.

DISSOCIAÇÃO DE CATEGORIAS - Quanto ao número de sindicatos da mesma


categoria na mesma base territorial, não poderá haver mais de um.

Já dispunha a CLT, quando da promulgação da Constituição, sobre a unicidade


sindical (CLT, art. 516; CF, art. 8º, I).

De acordo com o nosso sistema sindical, consagrado na CF, art. 8º, II, não há a
possibilidade da criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, o
que inclui as federações e confederações, representativa de categoria profissional
ou econômica, na mesma base territorial, que não poderá ser inferior à área de
um município.

Em outros países, há o princípio da pluralidade sindical, segundo o qual na mesma


base territorial podem ser criados tantos sindicatos quantos os trabalhadores de
uma categoria quiserem e entenderem por atender seus interesses. Na mesma
categoria pode haver mais de um sindicato (Convenção n. 87 da OIT). É o que
ocorre na França.

A unicidade sindical é o sistema em que os próprios interessados se unem para a


formação de sindicatos. A unidade sindical é feita pela própria vontade dos
interessados.

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O sistema do sindicato único é flexibilizado pela lei não só com a possibilidade de


criação de categorias diferenciadas, como através da dissociação ou
desdobramento de categorias ecléticas, integrantes por atividades principais,
conexas ou similares para que estas, destacando-se, passe, a ser categoria
específica, como pela descentralização de bases territoriais, por exemplo: um
sindicato municipal onde antes havia um estadual.

PRÁTICAS ANTI-SINDICAIS

Oscar Ermida Uriarte entende que a proteção contra os atos ou as práticas


anti-sindicais, inclui todo o conjunto de medidas tendentes a prever, proteger,
evitar, reparar ou sancionar qualquer ato que prejudique indevidamente o
trabalhador ou as organizações sindicais no exercício da atividade sindical ou a
causa desta ou que lhes negue injustificadamente as facilidades ou prerrogativas
necessárias para o normal desenvolvimento da ação coletiva.

Atos anti-sindicais:

- a não-contratação do trabalhador por ser sindicalizado ou membro do sindicato


ou porque participa de atividades sindicais, ou a despedida, a suspensão, a
aplicação injusta de outras sanções disciplinares, as transferências, as alterações
de tarefas ou de horário, os rebaixamentos, a inclusão em listas negras ou no
índex, a redução de remunerações, a aposentadoria obrigatória.

- exigir do trabalhador a sua não-filiação a um sindicato ou a renúncia a sua


condição de membro da agremiação.

A Convenção OIT 98, ratificada pelo Brasil, dispõe que:

- as organizações de trabalhadores e de empregadores deverão gozar de proteção


contra quaisquer atos de ingerência de umas e outras, quer diretamente, quer por
meios de seus agentes ou membros, em sua formação, funcionamento e
administração.

- atos de ingerência são medidas destinadas a provocar a criação de organizações


de trabalhadores dominadas por um empregador ou uma organização de
empregadores ou a manter organizações de trabalhadores por outros meios
financeiros, com o fim de colocar essas organizações sob o controle de um
empregador ou de uma organização de empregadores.

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Práticas anti-sindicais praticadas pelos trabalhadores contra


empregadores: greve praticada abusivamente contra o empregador.

Atos de proteção anti-sindical prevista na legislação:

- veda a dispensa do empregado diretor de sindicato (estabilidade do dirigente


sindical), do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical
e, se eleito, inclusive como suplente, até 1 ano após o término do mandato, salvo
se cometer falta grave (CF, art. 8º, VIII; CLT, art. 543, § 3º).

- licença não remunerada para o exercício da atividade sindical, salvo no caso de


assentimento da empresa ou cláusula contratual, pelo tempo em que o
empregado ausentar-se do trabalho no desempenho das funções (CLT, art. 543, §
2º).

- empresa que impede a associação sindical de empregados, organização de


associação profissional, sofre penalidade (CLT, art. 543, § 6º).

- quadro de avisos do sindicato na empresa, para comunicados de interesse dos


empregados (Precedente Normativo em Dissídios Coletivos do TST 104).

CRIAÇÃO E REGISTRO DE SINDICATOS - A CF, art. 8º, I, dispõe que a lei não
poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o
registro (depósito) no órgão competente. Com isso, restou revogado o art. 520 da
CLT, que falava em reconhecimento do sindicato pelo Ministério do Trabalho e
Emprego, que iria lhe outorgar a correspondente carta de reconhecimento.

O registro dos atos constitutivos do sindicato (ata de assembleia de fundação,


primeira diretoria e registro no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas) é
feito no Ministério do Trabalho e Emprego, para fins cadastrais e de verificação da
unicidade sindical (verificar se há mais de um sindicato na mesma base
territorial), sem qualquer interferência, intervenção ou autorização do Estado em
relação às atividades do sindicato, tendo por finalidade o reconhecimento de sua
personalidade enquanto entidade sindical, conforme entendimento do STF (STF
Pleno, m.v., MI n. 144-8-SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, j. 3.8.92, DJU I
28.3.03, p. 10.381).

Os estatutos do sindicato são registrados no cartório de registro de títulos e


documentos para adquirir personalidade jurídica e dar publicidade ao ato de
constituição.

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Assim é que foi criado o CADASTRO DAS ENTIDADES SINDICAIS, organizado pela
Secretaria das Relações de Trabalho do Ministério do Trabalho, com atribuições
restritas, unicamente de depósito dos atos constitutivos dos Sindicatos e das
correspondentes Federações e Confederações, a saber, a ata da assembleia de
fundação e a enumeração dos membros da primeira diretoria, para eventuais
impugnações apresentadas por outras entidades sindicais que sintam prejudicadas
com a criação do novo sindicato. Os estatutos devidamente registrados em
Cartório Civil de Pessoas Jurídicas.

ENTIDADES DE GRAU SUPERIOR - Quanto à organização:

Confederações posicionam-se acima das Federações e em nível nacional. São


constituídas de no mínimo 3 federações, tendo sede em Brasília (CLT, art.
535).

As confederações se formam por ramo de atividade (indústria, comércio,


transporte etc.). Exemplos: Confederação Nacional da Indústria, Confederação
Nacional dos Trabalhadores na Indústria, Confederação Nacional do Comércio,
Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio etc.

Normalmente as confederações coordenam as atividades das entidades de grau


inferior, estando autorizadas, em certos casos, a celebrar convenções coletivas
(CLT, art. 611, § 2º), acordos coletivos (CLT, art. 617, § 1º) e a instaurar dissídios
coletivos (CLT, art. 857, § único), quando as categorias não forem organizadas em
sindicatos, nem em federações.

Federações situam-se como órgãos também por categorias, superpondo-se


aos sindicatos e organizadas nos Estados-membros. Poderão ser constituídas
desde que congreguem número não inferior a 5 sindicatos, representando a
maioria absoluta de um grupo de atividades ou profissões idênticas, similares
ou conexas (CLT, art. 534).

Existindo federação no grupo de atividades ou profissões em que deva ser


constituída a nova entidade, a criação desta não poderá reduzir a menos de 5 o
número de sindicatos que devam continuar filiados àquela.

As federações poderão agrupar sindicatos de determinado Município ou região a


ela filiados para o fim de lhes coordenar os interesses, porém a união não terá
direito de representação das atividades ou profissões agrupadas (CLT, art. 534, §
3º). As federações poderão celebrar, em certos casos, convenções coletivas (CLT,
art. 611, § 2º), acordos coletivos (CLT, art. 617, § 1º) e instaurar dissídios
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coletivos (CLT, art. 857, § único) quando as categorias não forem organizadas em
sindicatos.

Centrais Sindicais

As centrais sindicais são a maior unidade representativa de trabalhadores na


organização sindical, acima das confederações, federações e sindicatos. Não há
Centrais de empregadores.

Foram formalmente reconhecidas pela Lei n. 11.648/2008 e modificou os arts.


589, 590, 591 e 593 da CLT. A contribuição sindical passou a ser dividida também
para elas (CLT, art. 589, II, b).

Pela Constituição vigente, as centrais sindicais não possuem nenhuma


legitimidade para defender direitos e interesses de qualquer trabalhador,
porquanto essa prerrogativa é atribuída apenas aos sindicatos (CF, art. 8o., III),
que obrigatoriamente estão legitimados para participar das negociações coletivas
de trabalho (CF, art. 8o. VI).

As centrais sindicais são organizações intercategoriais, abrangentes de diversas


categorias, constituídas por entidades sindicais de primeiro e segundo graus de
diversas categorias dos trabalhadores, tendo como base territorial todo o país
(base territorial). São organizações de cúpula de mais de uma categoria.

A Constituição Federal de 1988 não as autorizou nem as proibiu. Sua legalização


se deu em 2008, através da Lei 11.648, art. 1o. e parágrafo único, na qual define
como função a representação e coordenação de interesses gerais dos
trabalhadores, articulando-se de modo estratégico numa ação coletiva e a
participação em fóruns, colegiados de órgãos públicos e demais espaços de
diálogo social que possuam composição tripartite, nas quais estejam em discussão
assuntos de interesse geral dos trabalhadores. Define também sua criação,
composta por organizações sindicais de trabalhadores e a sua natureza de
entidade associativa de direito privado.

As Centrais não têm legitimidade para proceder a negociações coletivas, cuja


função é do sindicato de base, mas é legitimada para a defesa dos direitos e
interesses coletivos ou individuais da categoria (CF, art, 8o. III).

Atualmente existem 8 Centrais sindicais legalizadas no Brasil: UST (União Sindical


dos Trabalhadores), CBDT (Central do Brasil Democrática de Trabalhadores), CUT

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(Central Única dos Trabalhadores), FS (Força Sindical), CTB (Central dos


Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), UGT (União Geral dos Trabalhadores),
NCST (Nova Central Sindical dos Trabalhadores) e CGTB (Central Geral dos
Trabalhadores do Brasil).

Um problema é o excesso de centrais sindicais e a consequente pulverização de


sua força reivindicatória. Em países com mais experiência com essas entidades, a
tendência é a existência de número reduzido e forte de centrais, como a Itália,
que possui apenas 3 e um nível elevado de poder negociador.

CONCEITO E NATUREZA JURÍDICA DO SINDICATO

1. Conceito

A palavra sindicato vem do francês “syndicat”. Sua origem está na palavra síndico,
que era encontrada no Direito romano para indicar as pessoas que eram
encarregadas (mandatários) de representar uma coletividade, e no Direito grego
(“sundike”). Segundo Juan Garcia Abellan a referida palavra foi utilizada para se
denominar os trabalhadores e associações clandestinas por eles organizadas no
período subsequente à Revolução Francesa de 1789 e no período abolicionista das
coalizões de trabalhadores que se seguiu.

A CLT não define o que vem a ser sindicato, apenas esclarece que “é lícita a
associação para fins de estudo, defesa e coordenação dos seus interesses
econômicos ou profissionais, de todos os que, como empregadores, empregados,
agentes ou trabalhadores autônomos ou profissionais liberais, exerçam,
respectivamente, a mesma atividade ou profissão ou atividades ou profissões
similares ou conexas” (art. 511).

O sindicato é associação de primeiro grau.

Amauri Mascaro Nascimento entende que sindicato “é uma forma de organização


de pessoas físicas ou jurídicas que figuram como sujeitos nas relações coletivas de
trabalho”.

Para Sérgio Pinto Martins sindicato é “a associação de pessoas físicas ou jurídicas


que têm atividades econômicas ou profissionais, visando à defesa dos interesses
coletivos e individuais de seus membros ou da categoria”.

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Os interesses a serem defendidos pelos sindicatos não são só os individuais, mas


principalmente os coletivos, de seus membros ou da categoria.

Os sindicatos se distinguem das cooperativas, pois estas visam a prestação de


serviços aos seus associados, de distribuição da produção.

2. Natureza Jurídica

SINDICATO DE FATO E DE DIREITO - O sindicato é um sujeito coletivo, como


organização destinada a representar interesses de um grupo na esfera das
relações trabalhistas.

É uma pessoa jurídica reconhecida expressamente como tal pela lei de alguns
países, como a lei da França. Tem personalidade jurídica, portanto. Todavia, há
sindicatos de fato, na Itália, ou investidos de personalidade jurídica restrita. Na
Inglaterra há sindicatos não registrados, não considerados, em razão desse fato,
pessoas jurídicas.

SINDICATO COMO PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO - O sindicato é dotado


de personalidade jurídica. Esta irá depender da legislação de cada país, que pode
considerá-lo de natureza pública, privada ou social - 3 teorias:

o sindicato é pessoa jurídica de direito público. Há países que fizeram do


sindicato pessoa jurídica de direito público, em detrimento da sua autonomia
e com o objetivo de incorporá-lo na esfera do Estado.

o sindicato tem natureza privada. Na maioria dos países, como no Brasil, o


sindicato age como pessoa jurídica de direito privado, sem maiores
interferências estatais.

sindicato é pessoa jurídica de direito social.

Assim, hoje, pode se dizer que o sindicato é uma associação de natureza


privada, autônoma e coletiva.

3. Estrutura Interna do Sindicato

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O sindicato é administrado segundo a lei e os seus estatutos.

São órgãos da estrutura interna dos sindicatos:

Assembleia geral: órgão soberano integrado pelos associados do sindicato,


os quais participarão das deliberações submetidas à votação. A assembleia
elege, por escrutínio secreto, os associados que representam a categoria nos
diversos organismos estatais ou não, vota as contas da diretoria, a aplicação
do patrimônio, julga as penalidades que a diretoria impõe aos associados,
pronuncia-se sobre as negociações coletivas, greves e composição da
diretoria e conselho fiscal (CLT, art. 524).

Conselho fiscal: órgão composto de três membros eleitos pela assembleia


geral, competentes para fiscalizar a gestão financeira do sindicato (CLT, arts.
522 e 524, parágrafo 1).

Diretoria: órgão executivo do sindicato. É constituída de no máximo 7 e no


mínimo 3 membros, dentre os quais um será eleito, pelos demais diretores,
presidente do sindicato. Os membros da diretoria são eleitos em assembleia
geral. Os diretores eleitos para cargo de representação sindical têm como
garantias a estabilidade no emprego e a inamovibilidade do local de trabalho
(CLT, arts. 522 e parágrafos, e 543, parágrafo 3; STST 369, II).

Unicidade Sindical:

- CF, art. 8, II, veda a possibilidade de criação de mais de uma entidade sindical,
em qualquer grau, representativa de categorias econômicas ou profissionais, na
mesma base territorial, que não poderá ser inferior à área de um Município
(vedada a criação de sindicato por empresa, por exemplo).

- Na CLT, o art. 516, já consagrava a unicidade sindical.

Proteção à sindicalização:

- art. 8, VIII da CF e art. 543, parágrafo 3 da CLT;

- a proteção só se dá se o empregado for dirigente do sindicato representativo de


categoria profissional dos empregados da empresa que trabalhe, ou se for
representante de categoria profissional diferenciada;

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Funções do Sindicato:

a) Representação:

art. 513 da CLT, letra “a” - representação dos interesses da categoria e


interesses individuais dos associados - elevada a nível constitucional – CF,
art. 8, III; não confunde-se com a substituição processual.

hipóteses de substituição processual – parágrafo 2 do art. 195 da CLT;


parágrafo único do art. 872 da CLT; art. 3 da lei 8.073/90.

b) Negocial ou Regulamentar:

é aquela que se concretiza na celebração dos acordos e convenções coletivas,


mediante aprovação em assembleia geral.

art. 513, letra “b” da CLT; art. 7, XXVI e art. 8, VI da CF - obrigatoriedade da


participação do sindicato nas negociações coletivas.

c) Econômica ou de Arrecadação:

São as fontes de custeio do sindicato - para a manutenção e satisfação de


suas necessidades.

d) Política:

Função exclusiva dos partidos políticos, sendo vedada ao sindicato o exercício


dessa finalidade - art. 521, “d” da CLT.

e) Assistencial (art. 514 da CLT):

Colaborar com os entes públicos no desenvolvimento da solidariedade social.

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Assistência judiciária gratuita para toda a categoria e não somente para os


associados - não possui condições de demandar em juízo sem prejuízo do
sustento próprio e de sua família, devendo ser prestada a todo aquele que
perceba menos ou até dois salários mínimos (art. 14 da Lei 5.584/70).

Homologação gratuita das rescisões (art. 477, parágrafo 1 da CLT).

RECEITAS DO SINDICATO

Para o exercício de sua administração o sindicato necessita de recursos, este


conta com diversas fontes de receita para a obtenção de recursos financeiros
destinados à sua manutenção, que são atendidos por 4 fontes:

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL ou IMPOSTO SINDICAL (CLT, arts. 578 a 610):

Fixada por lei.


Natureza jurídica de tributo, por ser compulsória, independe da vontade da
pessoa em contribuir.
Devida ao trabalhador, no mês de março, no valor correspondente a 1 dia de
salário por ano e descontada compulsoriamente da folha de salário pelo
empregador, que recolhe ao sindicato da categoria profissional em abril (CLT,
arts. 578, 579 e 582).
Se o empregado é admitido a partir de março, deve ser verificado se já
houve o desconto da contribuição sindical na empresa anterior (CLT, art.
601).
Se o empregado não estiver trabalhando no mês de março, por motivo de
acidente ou doença, o desconto será feito no 1º mês subsequente ao do
retorno ao trabalho e o recolhimento no mês imediatamente posterior (CLT,
art. 602).
STF entende que devida ao servidor público regido pela CLT.
Profissionais liberais poderão optar pelo pagamento da contribuição sindical
unicamente à entidade sindical representativa da respectiva profissão, desde
que exerçam na empresa a profissão (CLT, art. 585).
Advogados inscritos na OAB, que exerçam a função, e que comprovem o
recolhimento da contribuição anual estão excluídos da contribuição sindical
(Lei 8.906/94, art. 47).
Devida ao empregador, no mês de janeiro, em percentual correspondente ao
seu capital social e recolhida ao sindicato da categoria econômica (CLT, arts.
580 e 581). Se a empresa for constituída após janeiro deve recolher a
contribuição na ocasião em que requerer o início de suas atividades na
repartição de registro competente (CLT, art. 587).
A importância da arrecadação será repartida entre as entidades que
compõem o sistema confederativo, incluindo as Centrais Sindicais (CLT, arts.
589 e 590).

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Desconto e o recolhimento da contribuição do empregado pelo empregador


devem ser anotados na CTPS daquele, devendo constar o valor, à qual
sindicato e a data do desconto.
Objetivo da contribuição sindical (CLT, art. 592).
Atraso no pagamento pela empresa (CLT, art. 600).
Na falta de pagamento, o sindicato pode propor ação executiva, valendo
como título da dívida a certidão expedida pelas autoridades regionais do MTE.
Possui privilégios da dívida da Fazenda Pública (CLT, art. 606).
Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações relativas à
contribuição sindical (CF, art. 114, III).

CONTRIBUIÇÃO DE ASSEMBLÉIA ou CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVA:

Criada pela CF, art. 8º, IV.


Sérgio Pinto Martins entende que para sua aplicabilidade e instituição
depende de lei ordinária, podendo o sindicato fixar o valor e demais de
acordo com a determinação legal. No entanto, o STF entende que é auto-
aplicável, sendo compulsória somente para os associados ao sindicato.
Natureza jurídica: custear o sistema confederativo da representação sindical
patronal ou profissional.
Fixada em Assembleia Geral do sindicato, sendo prevista em sentença
normativa, acordo e convenção coletiva.
Devida aos empregados e empregadores, mediante anuência dos mesmos
com o respectivo desconto ou se opor ao desconto no prazo de 10 dias
anteriores ao pagamento salarial reajustado. Associados ao sindicato não
podem se opor à cobrança da contribuição, pois estavam ou deveriam estar
presentes à assembleia geral quando havia a discussão a respeito da
cobrança da contribuição confederativa (SSTF 666).
Obrigação consensual, vinculada aos associados, dependendo da vontade da
pessoa que irá contribuir, inclusive participando da assembleia geral na qual o
valor dela será fixado.
Descontada em folha de salários da parte dos empregados e da parte dos
empregadores a lei irá dispor sobre a base.
Objetivo: custear o sistema confederativo, do qual fazem parte os sindicatos,
federações e confederações da categoria profissional e econômica.
Lei irá dispor sobre repartição da importância da arrecadação a cada um dos
participantes do sistema confederativo.
Poder judiciário intervirá na ocorrência de abuso na fixação da contribuição
confederativa pela assembleia (CF, art. 5º, XXXV).
É vedado às assembleias gerais fixar, por exemplo, contribuição de 5% para
os associados e 10% para os não-associados, como forma de forçar a
associação, visto que todos são iguais perante a lei (CF, art. 5º, “caput”).
Centrais sindicais não são beneficiárias da contribuição confederativa, por
não pertencerem ao sistema confederativo, uma vez que são entidades
livremente formadas pelos interessados.
OAB, CREA, CRM etc não são beneficiárias da contribuição confederativa, por
serem pessoas jurídicas de direito público e não pertencerem ao sistema
confederativo.

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CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL ou TAXA ASSISTENCIAL ou DESCONTO


ASSISTENCIAL:

Prevista nos instrumentos coletivos da categoria: sentenças normativas,


acordos e convenções coletivas (CLT, art. 513, “e”).
Natureza jurídica: custear as atividades assistenciais do sindicato,
principalmente pelo fato de o sindicato ter participado das negociações
para obtenção de novas normas para a categoria e demais atividades
assistenciais.
Devida pelos empregados não-associados que foram beneficiados pelos
reajustes previstos na norma coletiva, podendo apresentar oposição ao
desconto no prazo de 10 dias anteriores ao pagamento salarial
reajustado, que decorre do princípio da intangibilidade salarial e da
proteção legal (CLT, art. 545). Associados ao sindicato não podem se
opor à cobrança da contribuição (STST 119).
Desconto de natureza convencional, facultativo, estipulado pelas partes
e não compulsório.
Revertida somente para o sindicato.
Corresponde a percentual fixado sobre o valor do salário reajustado por
dissídios coletivos ou acordos intersindicais.
Objetivo é cobertura dos serviços assistenciais prestados pelo sindicato,
inclusive pela negociação coletiva ou propositura de dissídio coletivo.
Tem sido questionada a sua validade, entendendo alguns que se trata de
verdadeira “bitributação”, chocando-se com a contribuição
confederativa. Os TRTs a têm admitido.
Competência da Justiça do Trabalho para possível ação ingressada pelo
sindicato contra empregador postulando os descontos não efetuados a
título da contribuição assistencial (CF, art. 114, III).

MENSALIDADE SINDICAL ou CONTRIBUIÇÃO DE SÓCIO:

Prevista no estatuto de cada sindicato o pagamento da mensalidade


sindical.
Devida apenas pelos associados do sindicato, integrantes da categoria
que espontaneamente se inscrevem como sócios do respectivo sindicato
(CLT, art. 548, “b”).
Inscrição dos associados é facultativa (ato de vontade do interessado).
Objetivo: atendimento médico, dentário, assistência judiciária, grêmio
recreativo, colônia de férias etc.

Exercício 1:

Qual contribuição é repartida entre as entidades que compõem o sistema confederativo e também às
Centrais Sindicais?
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A)

contribuição sindical.

B)

contribuição assistencial.

C)

contribuição confederativa.

D)

taxa assistencial.

E)

mensalidade sindical.

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Exercício 2:

Quanto à contribuição sindical, é incorreto afirmar que:

A)

serve para remunerar o sindicato quanto à prestação de serviços deste em negociações coletivas.

B)

todos os empregados e empregadores que participem de uma atividade econômica ou laboral,


devidamente reconhecida por lei ou pelo Ministério do Trabalho e Emprego, estão obrigados a pagar no
valor correspondente a um dia de salário no mês de março.

C)

esta contribuição também é chamada de imposto sindical, visto que não remunera nenhuma prestação
de serviços do sindicato.

D)

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tem natureza jurídica de tributo, pois o valor recolhido se endereça ao Governo Federal, organização
sindical (sindicato, federação e confederação) e também às Centrais Sindicais.

E)

é somente receita das Centrais Sindicais.

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Exercício 3:

Qual é a receita prevista no estatuto de cada sindicato, devida apenas pelos associados do sindicato,
para o atendimento médico, dentário, assistência judiciária, grêmio recreativo, colônia de férias?

A)

contribuição sindical.

B)

contribuição assistencial.

C)

contribuição confederativa.

D)

imposto sindical.

E)

mensalidade sindical.

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Exercício 4:

Qual não é atribuição das Centrais Sindicais?

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A)

função de representação e coordenação de interesses gerais dos trabalhadores.

B)

articulação estratégica numa ação coletiva.

C)

participação em fóruns, colegiados de órgãos públicos e demais espaços de diálogo social que possuam
composição tripartite, nas quais estejam em discussão assuntos de interesse geral dos trabalhadores.

D)

negociação coletiva.

E)

definição de sua criação, composta por organizações sindicais de trabalhadores e a sua natureza de
entidade associativa de direito privado.

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Exercício 5:

Qual é a contribuição devida pelo trabalhador, no mês de março, no valor correspondente a 1 dia de
salário por ano e descontada compulsoriamente da folha de salário pelo empregador?

A)

contribuição sindical.

B)

contribuição assistencial.

C)

contribuição confederativa.

D)

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taxa assistencial.

E)

mensalidade sindical.

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Exercício 6:

A estabilidade do dirigente sindical:

A)

começa a partir do registro da candidatura e se estende por até 2 anos após o término do mandato.

B)

começa a partir do registro da candidatura e se estende por até 1 ano após o término do mandato.

C)

começa a partir da posse e se estende por até 1 ano após o término do mandato.

D)

começa a partir da posse e se estende por até 2 anos após o término do mandato.

E)

começa a partir do registro da candidatura e se estende por até 2 anos da posse, independentemente do
mandato.

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