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DIREITO DO TRABALHO II

Professor: Frankarles Genes de Almeida e Sá


DIREITO DO TRABALHO II

Graduação em Direito pela Universidade Regional do Cariri – URCA;


Especialista em Direito penal e criminologia pela URCA;
Especialista em Direito do Trabalho e Previdenciário pela URCA;
Especialista em Educação e Gênero e Direitos Humanos pela UFBA;
Mestrando em Educação pela UPE;
Advogado – Almeida Sá Advocacia;
Advogado SINTESF (Sindicato de Trabalhadores em Educação de Santa Filomena);
Professor FASHUSC;
Professor FACISA;
Assessor Jurídico do ITERPE – Instituto de Terras e Reforma Agrária de Pernambuco;
Assessor Jurídico do CEREST – Centro de Referência em Saúde do Trabalhador – Ouricuri – PE.
EMENTA

Regulamentações especiais de trabalho;


Direito coletivo do trabalho: Fontes, princípios e conceitos fundamentais, problemas
relevantes e fundamentos históricos e constitucionais.
Origens histórias dos sindicatos;
Conflitos coletivos de trabalho e as formas de solução;
Convenções e acordos coletivos;
O direito de Greve;
OBS: Estabilidade Trabalhista e FGTS.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA

DELGADO, Maurício Godinho. Princípios de direito individual e coletivo do trabalho. São


Paulo: LTr,2020;
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de direito do trabalho. 25. Ed. São Paulo:
Saraiva, 2020;
SUSSEKIND, Arnaldo. Curso de direito do trabalho.3. Ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2010,
CAIRO, José. Curso de direito do trabalho. 11. Ed. JusPodivm,2020.
AVALIAÇÕES

Realização de 2 avaliações: Av1 e Av2;


Participação de Eventos na Área de Direito do Trabalho;
Trabalho em Vídeo: Live com professores convidados da área trabalhista.
Resumo de Artigos Científicos ou Material complementar.
EMENTA

Direito Coletivo do Trabalho: definição, denominação, conteúdo, função. Os conflitos


coletivos de trabalho e mecanismos para sua solução. Direito Coletivo: o problema das
fontes normativas e dos princípios jurídicos. Liberdade sindical. Convenções 87 e 98 da
OIT. Organização sindical. Modelo sindical brasileiro. Conceito de categoria. Categoria
profissional diferenciada. Dissociação de categorias. Membros da categoria e sócios do
sindicato. Entidades sindicais: conceito, natureza jurídica, estrutura, funções, requisitos
de existência e atuação, prerrogativas e limitações. Garantias sindicais. Sistemas sindicais:
modalidades e critérios de estruturação sindical; o problema no Brasil. Instrumentos
normativos negociados: acordo coletivo e convenção coletiva de trabalho. Efeitos das
cláusulas. Incorporação das cláusulas nos contratos de emprego. Mediação e arbitragem
no Direito do Trabalho. Negociação coletiva. Função. Níveis de negociação. Poder
normativo da Justiça do Trabalho. A greve no direito brasileiro. Direitos e interesses
difusos, coletivos e individuais homogêneos na esfera trabalhista. Fiscalização e Multas
aplicadas pelos órgãos da fiscalização do Trabalho.
OBJETIVO

A disciplina visa atender a qualificação do aluno em nível de bacharelado compatível com


a exigência do curso de Direito da FACHUSC. Trata-se de instituição que pretende se
firmar como curso singular na área do Sertão integrando pessoas através do
desenvolvimento acadêmico. Busca-se, então, estimular o aluno para estudos na área do
direito coletivo do trabalho. A metodologia consistirá na conjugação de diversos modos de
vivenciar o ambiente acadêmico, desde as formas mais tradicionais com aula expositiva e
realização de exercício em sala, até a realização de seminários, resenhas críticas e discussão
de filmes.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

-Direito Coletivo do Trabalho: definição, denominação, conteúdo, função.

-Os conflitos coletivos de trabalho e mecanismos para sua solução.

-Direito Coletivo: o problema das fontes normativas e dos princípios jurídicos. Liberdade
sindical.

-Convenções 87 e 98 da OIT.

-Organização sindical. Modelo sindical brasileiro.

-Conceito de categoria. Categoria profissional diferenciada. Dissociação de categorias.


Membros da categoria e sócios do sindicato.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

-Entidades sindicais: conceito, natureza jurídica, estrutura, funções, requisitos de existência e atuação,
prerrogativas e limitações. Garantias sindicais.

-Sistemas sindicais: modalidades e critérios de estruturação sindical; o problema no Brasil.

-Instrumentos normativos negociados: acordo coletivo e convenção coletiva de trabalho. Efeitos das
cláusulas. Incorporação das cláusulas nos contratos de emprego. Mediação e arbitragem no Direito do
Trabalho.

-Negociação coletiva. Função. Níveis de negociação.

-Poder normativo da Justiça do Trabalho.

-A greve no direito brasileiro.

-Direitos e interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos na esfera trabalhista. Fiscalização e


Multas aplicadas pelos órgãos da fiscalização do Trabalho.
DIREITO COLETIVO DO TRABALHO

Diferença entre Direito Individual do Trabalho e Direito Coletivo do Trabalho.

“Direito Individual do trabalho é um ramo da ciência jurídica formado por regras e princípios,
sistematicamente ordenados, que visam prevenir a existência de conflitos entre empregados e
empregadores, regulando, consequentemente, suas atividades e relações entre si, acompanhado de
sanções para a hipótese de descumprimento dos seus comandos e tendo como objetivo principal a
plena paz social.”

O Direito Coletivo do trabalho seguirá os mesmos rumos do direito individual com a diferença que
sempre buscará o melhor para a sua determinada classe sindical, como por exemplo: Condições
dignas de trabalho.
DIREITO COLETIVO DO TRABALHO

Para Sérgio Pinto Martins, “É o segmento do direito trabalhista encarregado de tratar da


organização sindical, da negociação coletiva, da representação dos trabalhadores e da
greve.”

Já Amauri Mascaro Nascimento, “Direito Sindical é o ramo do direito do trabalho que tem
por objeto o estudados das normas e das relações jurídicas que dão forma ao modelo
sindical.”
CONTEÚDO

“ O direito traça normas a serem observadas pelas pessoas de forma a evitar conflito e,
consequentemente, alcançar a paz social.”

Desse modo, o direito coletivo do trabalho é composto por regras e princípios que regulam as
relações coletivas de trabalho, nascidas das atividades desenvolvidas por essas entidades, sejam
entre si (relação entre sindicatos obreiros e patronais), em relação aos seus associados ou em face
do estado.

A função do direito coletivo do trabalho será evitar o conflito entre os grupos organizados de
empregados e empregadores, estabelecendo regras de condutas para essas entidades sindicais
conviverem pacificamente. Ademais, outra função será regular a criação de normas de conduta e
normas definidoras de produção de outras normas, quais sejam, as normas profissionais.
ASPECTOS HISTÓRICOS

Somente após da Revolução Industrial que ocorreu a eclosão do processo de defesa e


promoção das melhores condições de trabalho, decorrente da questão social.
Coalizão e Corporações de Ofício.
Evolução da EUROPA
1. Fase da Proibição;
2. Fase da Tolerância;
3. Fase da Permissão.
ASPECTOS HISTÓRICOS - BRASIL

“No Brasil não ocorreram as intensas lutas entre as classes sociais como houve na Europa. Isso
porque no século XIX ainda predominava as atividades agrícolas e Pecuárias.
1. Fase Embrionária;
2. Fase de ingerência estatal;
3. Fase da Liberdade Limitada.
EVOLUÇÃO NAS CONSTITUIÇOES

• Assegurou a Liberdade de Trabalho;


• Aboliu as corporações de ofício.
1824

• Não interferência nas relações sociais entre patrões e empregados;


• Assegurando o exercício do direito de qualquer profissão.
1891

• 1º a conter normas de direito coletivo do trabalho;


• Permissão de pluralidade sindical;
1934 • Criação da Justiça do Trabalho.
EVOLUÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES

• Estabelecimento da Unicidade Sindical, sujeitando a criação


do sindicato à autorização estatal;
1937 • Greve como recurso antissocial.

• A justiça do trabalho foi incluída como órgão do poder


judiciário;
1946 • Reconhecimento da Greve.

• Proibição da greve nos serviços públicos e nas atividades


essenciais;
1967 • Voto obrigatório nas eleições sindicais.
EVOLUÇÃO NAS CONSITITUIÇÕES

• Reconhecimento de uma
liberdade sindical limitada,
pois permaneceu a ideia do
sindicato único sustentado
pelas contribuições sindicais
obrigatórias.
1988 • Proibição da intervenção
estatal na autorização sindical
e demais atividades.
SISTEMA SINDICAL.
OBS: Centrais Sindicais 11.648

Confederação

Federação

Sindicato
Categorias

Categoria Profissional;

Categoria Econômica;

Categoria Profissional Diferenciada. “Condições Especiais de Trabalho” Ex: Motoristas,


técnicos de segurança do trabalho.
PRINCÍPIOS DO DIREITO COLETIVO DO
TRABALHO
•Prevenção de
•Liberdade de constituição; Conveniência Coletiva;
•Liberdade de Filiação; •Os ajustes celebrados
•Liberdade de Organização;
•ARTIGO 5 XVII, VXIII, XIX, XX
entre os grupos de
e XXI CF. empregados e
•Artigo 8 CF. empregadores Só serão
válidos se forem
firmados pelas
organizações sindicais.
Liberdade Interveniência
Sindical Sindical

Autonomia
Força Normativa
Coletiva

•Autonomia Coletiva na • Os ajustes Celebrados


tomada de decisão entre pelas entidades
entidade sindical e representativas dos
entidade patronal, sindicatos e
levando-se em conta o empregadores
princípio da autonomia adquirem força
sindical. normativa.
PRINCÍPIOS COLETIVOS

Princípio da equivalência entre os negociantes coletivos;


Princípio da Intervenção Obrigatória dos entes sindicais na negociação coletiva; (Art. 611
CLT)
OBS: Art. 617 §1.º CLT e Art. 4 §2.º Lei 7783/89.
Princípio da boa – fé, lealdade e transparência entre negociados;
Princípio da criatividade jurídica da negociação coletiva;
Princípio da Adequação Setorial Negociada;
Princípio da intervenção mínima na autonomia da vontade coletiva;
Princípio da busca do equilíbrio social ou paz social.
AUTONOMIA DO DIREITO COLETIVO DO
TRABALHO
Primeiramente, devemos entender que o direito coletivo do trabalho possui dois sistemas de
Direito, o Direito Autônomo e o Direito Heterônomo.
AUTONOMIA DO DIREITO COLETIVO DO
TRABALHO

Heterônomo
Autônomo
AUTONOMIA DO DIREITO COLETIVO DO
TRABALHO
Para que um ramo do direito seja considerado autônomo exige-se o preenchimento de
requisitos, como regras e princípios básicos próprios bem como a autonomia em diversos
aspectos, tais como, científico, legal, jurisdicional e didático.
AUTONOMIA DO DIREITO COLETIVO DO
TRABALHO

Autonomia Autonomia
Legal Jurisdicional

Autonomia Autonomia
Científica Didática
AUTONOMIA DO DIREITO COLETIVO DO
TRABALHO
• No Brasil ainda não existe um diploma legal
autônomo tratando do Direito Coletivo do
Autonomia Trabalho.
• A CLT já é um condão de separação.
Legal

• Patente, ou seja, existe um ramo do poder


judiciário específico para solucionar os
Autonomia conflitos do Direito Coletivo do Trabalho, tal
seja, a justiça do trabalho.
Jurisdicional • Artigo 114 da CF e Seções de Dissídio
Coletivo: Leitura.
AUTONOMIA DO DIREITO COLETIVO DO
TRABALHO
• É cabível, pois, existem inúmeras
Autonomia obras sobre os direitos coletivos do
trabalho.

Científica

• Em alguns cursos de Direito em


Autonomia nossa país é estudado o Direito
Coletivo do Trabalho como disciplina
própria e em outras como disciplina
Didática conjunta com o direito individual.
CONFLITOS DO DIREITO COLETIVO DO
TRABALHO
O conflito coletivo nasce depois de fracassadas as tentativas de serem fixadas novas
condições de trabalho, em face da resistência de um dos titulares da prerrogativa negocial.

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