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DIREITO COLETIVO DO TRABALHO E

TUTELAS COLETIVAS

AULA 1:
PRINCÍPIOS DO DIREITO COLETIVO DO TRABALHO

PROF. MSC. GABRIEL DE FIGUEIREDO


CUIABÁ 03 DE MARÇO DE 2023.

.
PRINCÍPIO DA LIBERDADE ASSOCIATIVA E
SINDICAL
• Este princípio trabalha a liberdade que o trabalhador possui de se associar, sendo esta de
forma qualidade, ou seja, de se associar em sindicato;
• O direito de associação é um direito de todos os cidadãos – direito fundamental.
• Art. 5º, XVI e XVII da CF/88;

• A CF/88, também garante a livre criação e extinção de associações, desde que para fins
pacíficos, independentes de qualquer interferência estatal.
• Art. 5º, XVIII, XIX, XX e XXI.
PRINCÍPIO DA LIBERDADE ASSOCIATIVA E
SINDICAL
• Desta forma, a liberdade sindical constitui direito estreitamente vinculado ao direito do
trabalhador, e mais especificamente ao direito coletivo.
• Neste sentido há dois pontos importante para análise:
I. A liberdade que tem o trabalhador de se filiar ou não a sindicato;
II. A liberdade que tem o trabalhador associado de se desfiliar do sindicato.

• Leitura do art. 8, V, da CF/88


PRINCÍPIO DA LIBERDADE ASSOCIATIVA E
SINDICAL
• Atenção:
• “são ilícitas quaisquer práticas antissindicais, assim consideradas aquelas que importem na
discriminação dos trabalhadores sindicalizados e/ou que ocupem cargos de direção nas
entidades sindicais”.
• Neste aspecto tem-se algumas garantias:
• Art. 8, VIII da CF/88;
• Art. 543, CLT.
PRINCÍPIO DA AUTONOMIA SINDICAL

• Este princípio garante a autonomia administrativa dos sindicatos, livrando-os da


ingerência do Estado e mesmo das próprias empresas;
• CF/88, art. 8º, I.

• OU SEJA,... o princípio garante ao sindicato ampla liberdade de auto-organização,


começando por sua criação, passando pela elaboração de seu estatuto, e culminando na
sua plena autonomia administrativa, seja na eleição de seus dirigentes, seja na condução
das atribuições que lhe são inerentes ou da administração dos recursos financeiros
PRINCÍPIO DA AUTONOMIA SINDICAL

• Este princípio garante a autonomia administrativa dos sindicatos, livrando-os da


ingerência do Estado e mesmo das próprias empresas;
• CF/88, art. 8º, I.

• OU SEJA,... o princípio garante ao sindicato ampla liberdade de auto-organização,


começando por sua criação, passando pela elaboração de seu estatuto, e culminando na
sua plena autonomia administrativa, seja na eleição de seus dirigentes, seja na condução
das atribuições que lhe são inerentes ou da administração dos recursos financeiros
PRINCÍPIO DA AUTONOMIA SINDICAL

• Sobre este princípio há os seguintes questionamentos???

• É necessário o registro do sindicato junto ao Ministério da Economia?


• STF já pacificou a matéria, no sentido de que a exigência é plenamente constitucional, visto que
necessária para fins de verificação da observância da regra da unicidade sindical.
PRINCÍPIO DA AUTONOMIA SINDICAL

• Sobre este princípio há os seguintes questionamentos???

• São incompatíveis com a ideia de liberdade e autonomia sindicais, os seguintes


pensamentos:
• Unicidade sindical – imposição legal de um único sindicato em dada base territorial;
• O poder normativo da Justiça do trabalho.
PRINCÍPIO DA INTERVENIÊNCIA SINDICAL NA
NORMATIZAÇÃO COLETIVA
• Somente é válida a negociação coletiva se dela tiver tomado parte o sindicato dos
trabalhadores.
• Art. 8º, VI, da CF/88.

• Essa obrigação refere-se a participação obrigatória do sindicato em relação aos


trabalhadores;
• Faltando a participação do sindicato obreiro na negociação, eventual acordo entre
empregador e empregado limita-se à seara contratual, com as consequências legais daí
advindas, notadamente o princípio da inalterabilidade contratual lesiva (art. 468 da CLT).
PRINCÍPIO DA EQUIVALÊNCIA DOS CONTRATOS
COLETIVOS

• Se no direito individual há flagrante disparidade de armas entre os dois polos


contratantes (empregado e empregador), no direito coletivo há que se ter
equivalência entre ambos, ou seja, devem ter força semelhante;
• São equivalentes porque ambos são seres coletivos, e também o são porque contam com
ferramentas eficazes de pressão nas negociações engendradas (direito de greve, por
exemplo).
PRINCÍPIO DA LEALDADE E TRANSPARÊNCIA NAS
NEGOCIAÇÕES COLETIVAS

• Importante destacar que nas negociações coletivas dão origem a normas jurídicas,
desta forma, tem que ser considerada a boa-fé e a lealdade, para que os atos não
sejam inválidos;
PRINCÍPIO DA CRIATIVIDADE JURÍDICA DA
NEGOCIAÇÃO COLETIVA

• Esta princípio assegura que a negociação coletiva resulta em autênticas normas


jurídicas, com as consequências daí decorrentes.
• Basta lembrar que as convenções coletivas de trabalho e os acordos coletivos de
trabalho são considerados fontes formais do Direito do Trabalho, exatamente pelo
fato de serem reconhecidas como sendo normas jurídicas.
PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA NA
AUTONOMIA DA VONTADE COLETIVA

• Princípio pós reforma Trabalhista, que acrescentou ao art. 8º da CLT o § 3º;

§ 3º No exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, a Justiça do


Trabalho analisará exclusivamente a conformidade dos elementos essenciais do
negócio jurídico, respeitado o disposto no art. 104 da Lei no 10.406, de 10 de
janeiro de 2002 (Código Civil), e balizará sua atuação pelo princípio da intervenção
mínima na autonomia da vontade coletiva.
PRINCÍPIO DA PREVALÊNCIA RELATIVA DO
NEGOCIADO SOBRE O LEGISLADO

• Artigo para leitura em sala art. 611-A e 611-B da CLT.


OBRIGADO!!!
AO ESTUDO!!!

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