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TRILOGIA

ESTRUTURAL
DO
PROCESSO
Lucas Scarpelli de Carvalho
Alacoque
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ANO

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SUMÁRIO

Introdução ...............................................................................................04
Jurisdição .................................................................................................05
Ação ........................................................................................................ 06
Processo .................................................................................................. 07
Referências .............................................................................................. 08

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INTRODUÇÃO

É tradicional a visão de que a ciência processual se divide no clássico trinômio


jurisdição, ação e processo, denominado “Trilogia Estrutural do Processo”.

De grande valia, portanto, o estudo de cada um desses institutos, que lançará


as bases para a compreensão não apenas da Teoria Geral do Processo, mas
como do Direito Processual Civil – nosso foco – como um todo.

Esse estudo se inicia pela compreensão da Jurisdição como poder, dever e


atividade estatal de aplicação da lei ao caso concreto que lhe é apresentado,
com caráter de definitividade. Passa pela conceituação da Ação como direito
público subjetivo de provocar a Jurisdição e, por fim, pelo Processo como
método de realização da atividade jurisdicional.

Passemos, portanto, ao estudo da Trilogia Estrutural do Processo.

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JURISDIÇÃO

- Tradicionalmente compreendida como a atuação estatal visando à aplicação


do direito objetivo ao caso concreto, com caráter de definitividade.

- Representa não apenas um poder, relacionado ao Judiciário, mas também um


dever, uma função e uma atividade.

- A concepção da jurisdição como um dever decorre do comando constitucional


que preceitua que “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou
ameaça a direito”.

- São características ou princípios da jurisdição: unidade, secundariedade,


criatividade, caráter substitutivo, inércia, definitividade, investidura, aderência
ao território, indelegabilidade, inevitabilidade, inafastabilidade, juiz e promotor
natural.

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AÇÃO

- Classicamente conceituada como a “posição jurídica capaz de permitir a


qualquer pessoa a prática de atos tendentes a provocar o exercício, pelo
Estado, da função jurisdicional” (CÂMARA, 2010, p. 120).

- As condições da ação estão presentes no novo CPC de forma implícita. São


elas a legitimidade ad causam e o interesse processual. A possibilidade jurídica
do pedido, antes tida como condição autônoma da ação, se encontra agora
dentro do interesse processual.

- São elementos da ação as partes, o pedido e a causa de pedir, e serão eles


objeto de estudo em momento posterior.

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PROCESSO

- Conceituado como o meio, o método ou o instrumento para definição,


realização ou acautelamento de direitos materiais; ou como relação jurídica
que se estabelece entre autor, juízo e réu (afora eventuais terceiros, como o
assistente e o denunciado à lide), com vistas ao acertamento, certificação,
realização ou acautelamento do direito substancial subjacente. Também
caracterizado, por parte da doutrina, como procedimento, realizado em
contraditório, animado pela relação jurídica processual.

- A relação de direito material é o objeto de discussão no processo, enquanto a


relação de direito processual é a estrutura por meio da qual essa discussão
ocorrerá.

- Não se confunde com o procedimento: este é entendido como uma sucessão


de atos interligados de maneira lógica e consequencial visando a obtenção de
um objetivo final. É a exteriorização do processo, sem a qual ele não vive.

- São pressupostos processuais: de existência (capacidade de ser parte,


existência de um órgão investido de jurisdição e de uma demanda) e de
validade (competência do órgão jurisdicional, imparcialidade do Juízo,
capacidade processual e capacidade postulatória, respeito ao formalismo
processual e inexistência de litispendência, coisa julgada, perempção ou
convenção de arbitragem).

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição (1988). Disponível em:


https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC91_2016.pdf. Acesso
em: 12 mai. 2023.

BRASIL. Código de Processo Civil. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-


2018/2015/lei/l13105.htm. Acesso em: 12 mai. 2023.

CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de direito processual civil. 20ª Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris,
2010, p. 120.

MEDINA, Paulo Roberto de Gouvêa Reflexões sobre a Trilogia Estrutural do Processo. 2011.
Disponível em: https://periodicos.unipe.br/index.php/direitoedesenvolvimento/article/view/
170/153. Acesso em: 12 mai. 2023.

GRINOVER, Ada Pellegrini. DINAMARCO, Cândido Rangel. Teoria Geral do Processo 12. ed. São Paulo:
Malheiros, 1996. p. 150.

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