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PRINCÍPIOS

DO DIREITO
PROCESSUAL
CIVIL
Lucas Scarpelli de Carvalho
Alacoque
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ANO

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SUMÁRIO

Introdução ................................................................................................04
Princípios Constitucionais do processo .......................................................05
Princípios Infraconstitucionais do Processo................................................ 06
Referências .............................................................................................. 07

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INTRODUÇÃO

É tradicional a visão de que os princípios constituem mandamentos


fundamentais do sistema jurídico, possuindo função criativa, interpretativa e
normativa, tanto principal como subsidiária.

De grande valia, portanto, o estudo de alguns desses princípios, que lançará as


bases para a compreensão não apenas da Teoria Geral do Processo, mas como
do Direito Processual Civil – nosso foco – como um todo.

Esse estudo se inicia pelos princípios processuais que estão positivados na


Constituição da República de 1988, e passa por aqueles que se encontram no
Código de Processo Civil vigente ou em outros textos normativos.

Passemos, portanto, ao estudo dos princípios do Processo.

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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO

- Devido processo legal: o processo é regido por garantias mínimas legalmente


previstas e técnicas razoáveis e adequadas, com um rito preestabelecido,
sendo ele não só formal mas também material (aplicação de norma justa).

- Inafastabilidade da jurisdição: garantia de análise da pretensão, não podendo


haver recusa pelo Judiciário, também englobando a prestação adequada ao
caso concreto.

- Duração razoável do processo, com primazia do julgamento do mérito.

- Contraditório: direito de participar do processo de forma a poder influenciar o


convencimento do Magistrado; relaciona-se com o princípio da congruência; é
mitigado na tutela provisória e na decisão liminar de improcedência.

- Ampla defesa: dimensão substancial do contraditório; acesso aos meios e


elementos totais de alegação e prova nos devidos momentos.

- Juízo natural: proibição de juízo ou tribunal de exceção, criado pós-fato, e


respeito absoluto às regras objetivas de determinação de competência, fixada
de forma típica e indisponível, exceto autorização da própria lei.

- Publicidade, sob pena de nulidade, exceto para defesa da intimidade ou do


interesse social.

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PRINCÍPIOS INFRACONSTITUCIONAIS DO PROCESSO

- Inércia (demanda, iniciativa da parte, com exceção do cumprimento de


sentença nas obrigações de fazer/não fazer/entregar coisa, conflito de
competência e IRDR) e impulso oficial (uma vez já provocada a jurisdição).

- Boa-fé processual (modalidade objetiva, na atuação das partes e do próprio


Judiciário) e cooperação (de todos os sujeitos do processo), com os deveres do
juiz de esclarecimento, consulta prévia às partes, prevenção, auxílio e
urbanidade.

- Instrumentalidade das formas: o ato que alcança a finalidade e não causa


prejuízo é válido, mesmo que praticado fora da forma legal.

- Economia processual: necessidade de se obter o máximo de resultado com o


mínimo emprego possível de atividades judiciais.

- Livre convencimento motivado (persuasão racional): o juiz apreciará a prova


constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido, e
indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento.

- São outros princípios reconhecidamente positivados na legislação


infraconstitucional a busca da verdade real, oralidade, liberdade das partes,
congruência (vedação à decisão extra, ultra ou citra petita) e a primazia do
julgamento do mérito.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição (1988). Disponível em:


https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC91_2016.pdf. Acesso
em: 12 mai. 2023.

BRASIL. Código de Processo Civil. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-


2018/2015/lei/l13105.htm. Acesso em: 12 mai. 2023.

CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de direito processual civil. 20ª Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris,
2010.

GRINOVER, Ada Pellegrini. DINAMARCO, Cândido Rangel. Teoria Geral do Processo 12. ed. São Paulo:
Malheiros, 1996.

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