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1 TEMA

Política Judiciária Nacional de Tratamento dos Conflitos de Interesses: a resolução n° 125 do


CNJ e o acesso a uma ordem jurídica justa.

2 PROBLEMATIZAÇÃO

A política judiciária de tratamento de conflitos é capaz de garantir o acesso a uma ordem


jurídica justa?

3 HIPÓTESES

- Promover a expansão da política nacional de tratamento de conflitos para outros entes


estatais;

- Difundir junto a população a política conciliatória, auxiliados por entes da sociedade civil
que atuariam de forma a evitar que muitas lides fossem resolvidas no poder judiciário.

-Treinar servidores e modificar os procedimentos de forma que todos os que figurem como
personagens do processo tenham plenas condições para propor/auxiliar a transação.

- A possibilidade de reduzir o número de judicialização dos conflitos e desta forma tornar a


justiça mais célere.

4 OBJETIVOS

4.1 Geral

O presente estudo visa analisar a Política Judiciária Nacional de Tratamento dos


Conflitos de Interesses instituída pela resolução n° 125 do CNJ e seus objetivos de tornar o
poder judiciário mais célere através dos meios autocompositivos. Além disso, busca este
trabalho abordar o questionamento da viabilidade de não apenas o poder judiciário ter que
arcar com a política nacional de tratamento de conflitos, mas também os demais poderes e
entes da sociedade civil organizada instituírem-na, tanto em seus atos típicos com nos
atípicos, sem que haja neste caso ofensa ao monopólio da jurisdição.

4.2 Específicos
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- Abordar o princípio do acesso a justiça, não como um acesso formal ao judiciário, mas como
um preceito que garanta acesso a uma ordem jurídica justa a partir da Política Nacional de
Tratamento de Conflitos

- Conhecer os meios autocompositivos para a solução de conflitos tratados na resolução n.


125 do CNJ.

- Demonstrar a possibilidade da ampliação da política conciliatória perante outros entes


estatais e a sociedade.

5 JUSTIFICATIVA

O monopólio jurisdicional conferido exclusivamente ao poder judiciário representa


hoje uma sobrecarga a este, obstando exercer eficazmente seu papel no estado democrático de
direito e apesar das diversas medidas tomadas para mudar esse quadro por parte do Conselho
Nacional de Justiça não se verificou grandes avanços na prestação do serviço judicial, desde
modo é precípuo não só ter alternativas de solução de conflitos, mas também difundi-las
perante a sociedade, de modo que o judiciário seja a última ratio para dirimir litígios,
desfazendo a idéia de que apenas o estado-juiz teria o condão de por fim a uma lide, podendo
esta ser solucionada pelas próprias partes ou até mesmo por um terceiro imparcial
desvinculado do aparato estatal. Além do que fornecer alternativas que possam mudar o atual
quadro do poder judiciário é garantir a todos um acesso a uma ordem jurídica justa, célere e
que satisfaça os anseios da sociedade, por isso é primordial o estudo dos meios
autocompositivos de resolução de conflitos, de forma a torná-los mais presentes na sociedade
no intuito de desafogar o poder judiciário de seu emaranhado de processos que se encontra, ao
passo que torne efetiva a Política Nacional de Tratamento Adequado dos Conflitos,
estimulando a autonomia entre as partes e a pacificação social. Assim, distanciando se do
modelo tradicional baseado em um processo judicial litigioso no qual as partes aguardam a
decisão da demanda dada por um juiz, porém sem afetar o direito a justiça que todos detêm.

Desta forma, o presente possui relevância acadêmica e social, pois busca tornar a
justiça mais acessível a todos, eliminando as barreiras que fazem muitos não lutarem por seus
direitos, por considerarem ela morosa, cara e burocrata, restrita apenas aqueles que têm
conhecimento acerca de seu funcionamento e condições financeiras de arcar com as custas e
honorários. Assim, tornar verdadeiramente efetivo o preceito constitucional de
inafastabilidade do judiciário é colaborar para que a autocompisição, através da mediação e
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conciliação, seja buscada não como consequência da incapacidade do poder judiciário de


dirimir as contendas que chegam ao seu bojo, mas sim conscientemente, por ser o meio mais
viável e apto para a resolução dos litígios.

6 METODOLOGIA

O trabalho em análise será desenvolvido através de pesquisa não-experimental de


cunho bibliográfico, exploratório, objetivando se propor num procedimento metodológico de
abordagem qualitativa, com análise de conteúdo.

Sabe-se, que a pesquisa bibliográfica é uma etapa fundamental em todo trabalho


científico que influenciará todas as etapas de uma pesquisa, na medida em que der o
embasamento teórico em que se baseará a obra.

Nesse sentido, serão cumpridas algumas fases inerentes à proposta do trabalho, tais
como: captura de informações (bibliografias), leitura (informativa e analítica) do material
coletado, construção dos fichamentos, montagem das formas de representação da informação,
redação e apresentação.

Por fim, a base da pesquisa será construída em cima de livros técnicos, periódicos
científicos e de material colhido da Internet.

7 CRONOGRAMA
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REFERÊNCIAS

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Brasil: Ministério da Justiça, 2009.
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MELO FILHO, Hugo Cavalcanti. A reforma do poder Judiciário brasileiro:
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WATANABE, Kazuo. Politica de conciliação desafoga o judiciário e pacifica as
relações-sociais. Disponível em: <http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/14891:politica-
deconciliacao-desafoga-o-judiciario-e-pacifica-as-relacoes-sociais>. Acesso em: 11 set.
2012.
O acesso a Justiça e o processo
http://www.fadisp.com.br/download/1.0_Acesso_a_Justica_e_Processo_Coletivo.pdf

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