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ARACRUZ/ES
2019
FACULDADE CASA DO ESTUDANTE
WELINGTON MIRANDA
ARACRUZ/ES
2019
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ………………………………………………………………………… 04
3 CONCLUSÃO ……………………………………………………………………….… 08
REFERÊNCIA …………………………………………………………………………………. 09
1. INTRODUÇÃO
A justiça sempre foi um recurso jurídico-político muito restrito, uma vez que somente a
elite tinha acesso a plenitude da prestação jurisdicional brasileira.
Com o advento de ideias como a do "wafare state" (estado de bem estar social" e como o
advento de constituições garantistas como a de 1988, aumenta-se a amplia-se o acesso à
justiça.
Apesar de todos esses avanços, O sistema de justiça brasileiro ainda está distante do
diálogo com a sociedade. A composição do Poder Judiciário revela o quanto esse poder
não condiz com a realidade social.
Trata-se de um poder formado, em sua maioria, por magistrados que não representam a
diversidade e a pluralidade da sociedade brasileira. Basta mencionar que a magistratura
brasileira é composta por 64% de homens brancos, de faixa etária média de 45 anos,
casados e com filhos. Essa singularidade no perfil dos operadores da justiça, aliada a
uma organização judiciária com estruturas hierárquicas, não transparentes e sem
mecanismos de controle social, refletem-se em decisões distantes da realização dos
direitos da maioria da população.
Ocorre que, embora o Judiciário, possua previsão constitucional estabelecida no art. 92
da Constituição Federal de 1988, ele muitas vezes tem sua legitimidade questionada, pelo
fato de seus membros não serem escolhidos pelo voto popular.
A partir do momento em que o Estado impede a autotutela, ele evoca pra si a obrigação
de prestar assistência jurídica aos menos afortunados, efetivando a proteção e
concretização dos direitos.
O conceito de acesso à justiça tem sofrido uma transformação importante [...] Nos
estados liberais “burgueses” dos séculos dezoito e dezenove, os procedimentos
adotados para solução dos litígios civis refletiam a filosofia essencialmente
individualista dos direitos, então vigorante. Direito ao acesso à proteção judicial
significava essencialmente o direito formal do indivíduo agravado de propor ou
contestar uma ação. A teoria era a de que, embora o acesso à justiça 90 pudesse
ser um “direito natural”, os direitos naturais não necessitavam de uma ação do
Estado para sua proteção. Esses direitos eram considerados anteriores ao Estado;
sua preservação exigia apenas que o Estado não permitisse que eles fossem
infringidos por outros. O Estado, portanto, permanecia passivo, com relação a
problemas tais como a aptidão de uma pessoa para reconhecer seus direitos e
defendê-los adequadamente, na prática. (CAPPELLETTI, 1988, p. 9)
Apesar dos avanços já garantidos, muitos são os empecilhos que impedem o efetivo
acesso à justiça por boa parte da população, alguns dos entraves mais comuns são:
desigualdade socioeconômica, custas judiciais, honorários advocatícios, longa duração do
processo, aspectos culturais, psicológicos (a maioria das pessoas tem receios em estar
em juízo), jurídicos e procedimentais.
Dentre os fatores desestimulantes está o tempo que uma solução judicial para a defesa
de um direito pode durar.
A utilização de tais meios seria uma das inúmeras possibilidades que podem ser utilizadas
para desafogar o sistema de justiça nacional, além de criar uma cultura de paz, no sentido
de promover a comunicação entre os conflitantes, que desta forma, serão capazes de
solucionarem suas diferenças entre si.
3. CONCLUSÃO
O reconhecimento dos direitos sociais inicia uma nova fase no direito de acesso à justiça,
exigindo a adequação do Judiciário para a tutela dos direitos coletivos e das políticas
públicas, efetivando os direitos sociais consagrados pela Constituição, por meio de
mecanismos formais para o seu exercício e reivindicação.