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2º ano - Novo Ensino Médio

Governador do Estado de Minas Gerais


Romeu Zema Neto
Vice-governador do Estado de Minas Gerais
Mateus Simões de Almeida
Secretário de Estado de Educação
Igor de Alvarenga Oliveira Icassa Rojas
Secretária Adjunta
Geniana Guimarães Faria
Subsecretária de Desenvolvimento da Educação Básica
Izabella Cavalcante Mar ns
Superintendência de Polí cas Pedagógicas
Danielle Fernandes Viana
Diretoria de Ensino Médio
Rosely Lúcia de Lima
Coordenação de Ações de Aprendizagem
Vanessa Nicole Gomes de Oliveira

Construção
Ademar Pinto do Carmo
Alexandre Marini
Anízio Viana da Silva
Camila Gomes Cunha
Cláudia do Rosário Silva Mendes
Giselle de Oliveira Neves
Ká a de Laura Borges
Samira Maria Araújo
Laís Francini F. Américo (estagiária)

Colaboração
Glenda A. Mar ns

Parceria técnica
INSTITUTO IUNGO

LEITURA CRÍTICA
Ana Lúcia Ramos Auricchio
Léa Camargo

2 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Sumário

APRESENTAÇÃO 4
Introdução 5
Ementa 5
Abordagem pedagógica 5
Obje vos de aprendizagem 7

PLANEJAMENTO 8

CHS - Construção cole va nos diversos espaços 10


1º Bimestre - Educação ambiental 10
2º Bimestre - Patrimônios 14
3º Bimestre - Trabalho e produção 17
4º Bimestre - Projeto Utopia 21

CHS - Problema e Ação 27


1º Bimestre - Desigualdades 27
2º Bimestre - Relações sociais 30
3º Bimestre - Polí cas públicas 35
4º Bimestre - Projeto Utopia 38

CNT - Cidade e meio ambiente 43


1º Bimestre - Modificação da Paisagem 43
2º Bimestre - Efeitos do Antropoceno 46
3º Bimestre - Usos da água 49
4º Bimestre - Projeto Utopia 51

CNT - Urbanização sustentável 57


1º Bimestre - O que é energia e para que usamos? 57
2º Bimestre - Prá cas sustentáveis 60
3º Bimestre - Tecnologia e sustentabilidade 63
4º Bimestre - Projeto Utopia 65
REFERÊNCIAS 71

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APRESENTAÇÃO
O I nerário Forma vo é composto por Unidades Curriculares, que se organizam em
Componentes Curriculares. As Unidades Curriculares se estruturam de duas formas:
aquelas que são man das na matriz ao longo do ensino médio, como o Projeto de Vida e a
Preparação para o Mundo do Trabalho, e aquelas que permitem a escolha anual pelos
estudantes, como as Ele vas e o Aprofundamento nas Áreas do Conhecimento.
O I nerário Forma vo, parte diversificada do Currículo Referência de Minas Gerais,
tem uma função importante na trajetória escolar dos estudantes, pois estabelece o diálogo
com os contextos de vida dos jovens e com a realidade atual. Assim, um dos principais
propósitos do Aprofundamento nas Áreas do Conhecimento é a promoção de abordagens
prá cas e contextualizadas , valorizando os saberes trazidos pelas Áreas do Conhecimento.
Ao conectar os saberes da Formação Geral Básica (Geografia, História, Sociologia,
Filosofia, Química, Artes, Educação Física, Matemá ca etc.) e o Projeto de Vida dos
estudantes, o Aprofundamento nas Áreas do Conhecimento tem como obje vos: produzir
conhecimentos, criar possibilidades de aprofundar e ampliar aprendizagens, intervir na
realidade sociocultural, incen var a ação de empreender, como uma a vidade profissional
ou ter a si mesmo como objeto desse empreender, isto é, empreender-se.
Cada Unidade Curricular do Aprofundamento nas Áreas do Conhecimento é
composta por 4 Componentes Curriculares. A unidade curricular Aprofundamento nas
Áreas do Conhecimento para o 1º ano diurno oferta componentes curriculares de cada uma
das 4 áreas para todas as turmas da rede. Para o 2º ano, em 2023, mantém-se a estrutura de
oferta de 4 componentes curriculares, porém organizados de formas diversas que
possibilitaram 9 arranjos dis ntos, assegurando que os estudantes possam, com as equipes
escolares, escolher qual dos Aprofundamentos é mais compa vel com seu projeto de vida.
Neste documento, o professor encontrará as orientações para a implementação do
Aprofundamento em CHS e CNT, contendo cada um a seguinte estrutura:
● Introdução à unidade curricular;
● Ementa do macrotema;
● Abordagem pedagógica;
● Obje vos de aprendizagem;
● Planos de curso contendo sugestões de organização de trabalho com subtemas,
habilidades gerais, específicas e estratégias de ensino aprendizagem.

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Introdução
O I nerário Forma vo de Aprofundamento em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
e Ciências da Natureza e suas Tecnologias possui quatro componentes curriculares que se
dividem entre essas duas áreas do conhecimento e ar culam-se interdisciplinarmente por
meio do macrotema norteador “Cidades Sustentáveis”, o qual obje va desenvolver no
estudante o senso crí co, o respeito e cuidado com o meio ambiente do local em que se
vive.

Ementa
Macrotema: “CIDADES SUSTENTÁVEIS”

Com o macrotema “Cidades Sustentáveis”, o Aprofundamento que combina Ciências


da Natureza e Ciências Humanas nos apresenta a urgência em repensar nossas ações e os
modelos socioeconômicos dos quais somos parte, pesquisando, debatendo e ampliando
nossa visão de longo prazo. Espera-se, assim, alcançarmos formas alterna vas para o
desenvolvimento de ocupações humanas que sejam ambiental, social e economicamente
saudáveis, resilientes e equilibradas, considerando o contexto em que a comunidade escolar
está inserida e a necessidade de integração e respeito ao meio ambiente para assegurar
perspec vas posi vas de futuro às próximas gerações.

Abordagem pedagógica
Esta unidade curricular está organizada igualmente entre as áreas de Ciências
Humanas e Sociais Aplicadas e Ciências da Natureza, cada qual com 4 aulas semanais
divididas em dois componentes curriculares.
Cada componente curricular será trabalhado durante o ano inteiro e seus objetos de
conhecimento estão distribuídos de maneira que as duas áreas de conhecimento se
desenvolvam de forma coerente e significa va para os estudantes, o que será detalhado
posteriormente nos planos de curso. Os professores e professoras que trabalharão com esta
unidade curricular em cada uma das escolas de Minas Gerais deverão efetuar os ajustes
necessários para a maior integração entre as áreas, considerando o contexto em que será
desenvolvida e privilegiando metodologias inves ga vas e par cipa vas, para que os
estudantes façam parte do processo de construção do conhecimento.
Sob a perspec va de que diversas ações individuais e cole vas impactam as pessoas
que vivem na comunidade e o meio ambiente, o componente curricular Construção Cole va

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nos Diversos Espaços - CHS se aprofundará em conceitos e problema zações necessários ao


desenvolvimento de uma postura crí ca, cidadã e responsável com o espaço compar lhado
cole vamente. Durante o decorrer do ano le vo, orienta-se que este componente curricular
destaque a construção histórica da região em que a comunidade vive e trabalha, seu
patrimônio histórico, cultural, ambiental e suas relações com o adensamento populacional, a
moradia, o trabalho, o consumo, a infraestrutura e os espaços públicos comuns. Temas
relacionados à filosofia da diferença, é ca nas relações co dianas, jus ça social, inclusão,
economia urbana, áreas de proteção, consumo consciente e empreendedorismo social
podem ser trabalhados e ampliados a par r de metodologias mais par cipa vas e menos
exposi vas.
O componente curricular Problema e Ação - CHS aprofundará o estudo sobre
problemas relacionados à urbanização e as possíveis formas de atuação cidadã para o seu
enfrentamento. Temas como habitação precária, acesso a serviços básicos (saneamento,
água, transporte, energia, etc), os fluxos migratórios e suas consequências, o acesso e
u lização da cidade por jovens/minorias/população mais empobrecida são alguns dos temas
que poderão ser tratados à luz de polí cas públicas, mobilizações populares e propostas de
projetos sustentáveis que façam a associação entre os problemas encontrados e as ações
possíveis.
O componente Cidade e Meio Ambiente - CNT tem como objeto de estudo
elementos cons tuintes da estrutura urbana, como economia, fontes de energia, gestão dos
resíduos, uso de recursos renováveis e não-renováveis, uso do solo e da água, etc. Também
pretende aprofundar a compreensão desses conceitos para refle r sobre o planejamento
urbano com enfoque no desenvolvimento sustentável das cidades. Além disso, este
componente busca o mapeamento de possíveis problemas gerados pela interferência
humana no ambiente decorrentes de comportamentos an ecológicos, como a diminuição de
biodiversidade, mudanças climá cas, destruição de habitats e mananciais, poluição,
agravamento do efeito estufa, entre outros.
Urbanização Sustentável - CNT, esse componente busca orientar acerca dos pilares
do desenvolvimento e da urbanização sustentáveis, assim como trazer propostas de ações
para melhoria dos centros urbanos, como forma de atenuar os impactos da alteração do
ambiente pelo homem. Assuntos como prá cas sustentáveis na indústria, recuperação e
preservação ambiental, reciclagem e economia circular, desenvolvimento tecnológico,

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tecnologia e sustentabilidade, uso combinado de fontes de energia, áreas verdes,


reaproveitamento de água das chuvas etc. podem ser mobilizados para a construção de
projetos de intervenção.

Obje vos de aprendizagem


Ao término do ano le vo, espera-se que o estudante seja capaz de:
➢ Reconhecer os pilares do desenvolvimento sustentável nos centros urbanos;

➢ Analisar comportamentos an ecológicos da comunidade em que está inserido;

➢ U lizar e propor ações que promovam hábitos de vida sustentáveis;

➢ Avaliar e disseminar informações a favor do desenvolvimento sustentável e da


melhoria da comunidade local;

➢ Traçar ações e pra car a tudes visando ao desenvolvimento sustentável da sua


comunidade para garan r a melhoria desta geração e das futuras.

Quadro- síntese 1 da unidade curricular do Aprofundamento em CHS + CNT


Macrotema
Unidade curricular Componente curricular n° de aulas
norteador
Aprofundamento em Cidades Sustentáveis Construção cole va nos diversos 2 aulas semanais
Ciências Humanas e espaços (CHS)
Sociais Aplicadas e
Ciências da Natureza e Problema e Ação (CHS) 2 aulas semanais
suas Tecnologias
Cidade e Meio Ambiente (CNT) 2 aulas semanais

Urbanização Sustentável (CNT) 2 aulas semanais

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PLANEJAMENTO
Este plano de curso traz sugestões para nortear o trabalho docente para os
componentes curriculares que fazem parte do Aprofundamento em Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas combinado com Ciências da Natureza. Destacamos que é essencial
considerar o contexto local no qual você, professor ou professora, está inserido, assim como
o perfil e o interesse dos estudantes, para que, com eventuais ajustes que se fizerem
necessários, este planejamento seja exequível e significa vo para todos os envolvidos:
professores/as, alunos/as e comunidade. É de fundamental importância que os professores
responsáveis pelos quatro componentes curriculares ar culem espaços de diálogo entre si e
que contem com a par cipação efe va do Coordenador do Novo Ensino Médio em cada uma
das escolas.
A unidade curricular de Aprofundamento nas Áreas de Conhecimento não se
configura como um espaço de revisão ou extensão da Formação Geral Básica, mas de
complementação, desenvolvimento e aprofundamento de aprendizados, organizados em
eixos estruturantes próprios do I nerário Forma vo: Inves gação Cien fica, Processos
Cria vos, Mediação e Intervenção Sociocultural e Empreendedorismo.
Diante de tal perspec va, as aulas devem, preferencialmente, ser desenvolvidas de
maneira que os estudantes tenham uma par cipação a va em seu aprendizado dentro dos
espaços e tempos escolares. Orientamos que os professores u lizem metodologias que
privilegiam a tudes par cipa vas, inves ga vas e constru vas por parte do alunado, o que
não implica que aulas tradicionais ou exposição de conceitos não devam ser u lizadas como
estratégia de ensino- aprendizagem.
Além disso, sabe-se que alguns subtemas e estratégias de ensino e aprendizagem são
de maior domínio a depender do professor e sua formação, assim como as turmas de
estudantes possuem perfis que respondem melhor a determinadas estratégias, as quais
podem não terem sido descritas aqui. Cabe a cada professor customizar, optar pelo melhor
caminho, contribuir com sua perspec va sobre este plano de curso para que o
Aprofundamento em Ciências Humanas e Sociais e Ciências da Natureza seja melhor
aproveitado pelos estudantes que escolheram esse I nerário Forma vo.
Convém ressaltar que no 4º bimestre todos os componentes curriculares irão se
debruçar sobre o desenvolvimento do Projeto UTOPIA, no qual cada grupo de trabalho vai se

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reunir a cada aula do Aprofundamento para desenvolver seu projeto com a mediação do
professor. O projeto será detalhado à frente, mas reforçamos novamente a necessidade de
combinados, acertos e ajustes entre os professores desta unidade curricular.

Quadro- síntese 2 da unidade curricular do Aprofundamento em CHS + CNT

Cidades Sustentáveis

Construção
Problema e Ação Urbanização
cole va nos Cidade e Meio
(CHS) Sustentável (CNT)
diversos espaços Ambiente (CNT)
(CHS)

Educação O que é energia e


Modificação da
ambiental Desigualdades
1º bim paisagem para que usamos?

Efeitos do Prá cas


Patrimônios Relações sociais
2º bim Antropoceno Sustentáveis

Trabalho e Tecnologia e
Polí cas Públicas Usos da água
3º bim produção Sustentabilidade

Projeto Utopia
4º bim (projeto integrado entre os 4 componentes)

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CHS - Construção cole va nos diversos espaços

CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS


E CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

CIDADES SUSTENTÁVEIS

Construção cole va nos diversos espaços - CHS

1º Bimestre 2º Bimestre 3º Bimestre 4º Bimestre

Educação ambiental Patrimônios Produção Projeto Utopia

1º Bimestre - Educação ambiental

O 1º bimestre do componente curricular Construção cole va nos diversos espaços


busca apresentar conceitos basilares que perpassam por cidade, sustentabilidade e consumo
sob a perspec va das humanidades. O intuito dos subtemas propostos é oferecer um
arcabouço de conhecimentos básicos para o desenvolvimento dos próximos bimestres,
apurando o olhar e o senso crí co dos estudantes.
Importante: apesar de os subtemas e as prá cas de ensino aprendizagem sugeridas
se inter-relacionarem, podem se cons tuir muito amplos e/ou em quan dade maior do que
é possível ser trabalhado durante o período de um único bimestre. Isto se jus fica pelo fato
deste componente curricular poder ser ministrado por professores com formações dis ntas
(história, geografia, filosofia e sociologia), fazendo com que certos subtemas estejam sob
maior ou menor domínio de cada docente dado a sua formação cien fica. Assim, deverá o
professor responsável fazer as escolhas temá cas, conceituais e pedagógicas mais
apropriadas para este aprofundamento e que poderão ser desenvolvidas considerando a sua
própria formação, conhecimento cien fico, perfil dos estudantes e o contexto escolar no
qual está inserido.

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1º Bimestre - Construção cole va nos diversos espaços - CHS


Educação ambiental
Sugestão de subtemas:
➢ Sustentabilidade e seus três pilares básicos (ambiental, social, econômico)
➢ Ações individuais/impactos cole vos
➢ Áreas de proteção ambiental
➢ Espaço público e privado
➢ Importância das áreas de conservação ambiental nas cidades
➢ Unidades de Conservação e seus pos
➢ Unidades de proteção Integral
➢ Unidades de uso sustentável
➢ Consumismo e Consumo consciente
➢ Obsolescência programada

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Inves gação Cien fica


EMIFCG01 - Iden ficar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
cri cidade e é ca, inclusive u lizando o apoio de tecnologias digitais.
Processos Cria vos
EMIFCG06 - Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias e
plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os interlocutores
pretendidos.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCG07 - Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, iden ficando e
incorporando valores importantes para si e para o cole vo que assegurem a tomada de decisões
conscientes, consequentes, colabora vas e responsáveis.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes

Mediação e Intervenção Sociocultural


EMIFCHS08 - Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou cole vas de mediação e intervenção sobre problemas
de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, baseadas
no respeito às diferenças, na escuta, na empa a e na responsabilidade socioambiental.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Apresentar os conceitos centrais da sustentabilidade. Uma proposta de abordagem se dá com apoio do


vídeo “As três dimensões da sustentabilidade” (disponível em
h ps://www.youtube.com/watch?v=lihD5YYeJAY). Neste vídeo, o jovem narrador faz uma relação entre
as dimensões ambientais, econômicas e sociais com exemplos que se conectam causando um efeito
cascata. Solicite aos estudantes que elaborem outros exemplos (fic cios ou reais) em que eventos
ambientais/ econômicos/ sociais (não necessariamente nesta ordem) podem causar desequilíbrios que
desencadeiam um efeito dominó, explicando e pormenorizando as consequências e de que forma uma
dimensão afeta a outra.

2. Apresentar exemplos de Cidades sustentáveis como: Freiburg (Alemanha), Cochabamba (Bolívia), Bahia
de Caráquez (Equador) e Copenhagen (Dinamarca) são alguns exemplos reais. Analise-os destacando
que embora essas cidades sejam cidades sustentáveis, ainda existem problemas referentes a
desigualdade, uso inadequado dos recursos naturais, entre outros. No entanto, a par r das cidades
abordadas, es mular que os estudantes listem exemplos de ações e perspec vas sustentáveis que

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podem ser implementadas aqui (Brasil/comunidade), possíveis adaptações e melhorias. Também é


possível discu r que pontos apresentados nestas cidades podem sofrer resistência ou não funcionar
aqui, quer seja por uma perspec va cultural ou mesmo estrutural, buscando resposta do porquê isso
ocorria e como resolvê-los.

3. Propõe-se uma abordagem que percorra um caminho de desnaturalização do consumo como algo capaz
de suprir necessidades afe vas como pertencimento, felicidade, realização pessoal, entre outros. Para
iniciar este debate, sugerimos a exibição da animação do Ins tuto Akatu que aborda consumo e
bem-estar (h ps://www.youtube.com/watch?v=wrKbACVD9es). Em sequência, propõe-se um
brainstorm sobre quais são os mo vos para querermos estar sempre consumindo e quais são as
estratégias que os próprios estudantes percebem que são usadas para influenciar seus impulsos
consumistas. A par r daí, sob um viés social, como eles veem a situação de pessoas (ou eles mesmo)
diante da frustração de serem incen vados a consumir (por vários mo vos) mas não terem condições
para isso. Essa discussão é a ligação entre a perspec va social do consumismo atrelada à degradação
social e ambiental, o qual pode ser potencializada com o vídeo The Turning Point, de Steve Cu s, com
três minutos e com linguagem visual que aborda as consequências chocantes frente ao consumismo
desenfreado de uma sociedade com 8 bilhões de pessoas
(h ps://www.youtube.com/watch?v=p7LDk4D3Q3U) . A pergunta mo vadora de reflexão para os
estudantes, após as a vidades (brainstorm e vídeos) é: como adequar/equilibrar a necessidade de
consumo como ponto fundamental ao sistema econômico atual, a manutenção e criação de empregos
e a urgência ambiental? Esta pergunta pode servir como base de rodas de discussão, produção textual
de possíveis propostas ou exposição de grupos com possíveis soluções pontuais, assim como ajudar a
fundamentar o bimestre Utopias (4º bimestre).

4. Propor aos estudantes um momento reflexivo e dialogado baseado em questões chaves como:
“Precisamos de tudo que queremos?”, “O que nos faz querer algo?”, “Precisamos de tudo que temos?”
“Quanto empregamos de recursos naturais para a produção de objetos que nem sempre valorizamos?”
Faça a mediação dessa discussão chamando a atenção para a diferença entre precisar e desejar. Em
seguida, demande aos estudantes que criem individualmente uma lista com os objetos realmente
essenciais para a sua vida e indiquem em outra coluna a durabilidade de cada um deles. Depois troque
as listas entre os estudantes e concluam o diálogo observando as diferenças (ou semelhanças) entre o
que cada um valoriza como essencial. É possível, inclusive, elaborar com os estudantes chaves de
problema zações sobre os itens da lista e discu -los em sala de aula.

5. Desenvolva com os discentes uma Feira do Desapego, que contemple trocas de roupas e sapatos, livros,
aparelhos, coleta de materiais recicláveis e lixo eletrônico (se houver local apropriado para esse
descarte na sua localidade). Essa é uma estratégia que visa incen var os alunos a pensar cole vamente
sobre formas de sustentabilidade, aproximando-os da ideia de cidades sustentáveis.

6. Delimitar as diferenças entre áreas de proteção e conservação. Contextualizar áreas de proteção a par r
da premissa de que a conservação dos recursos naturais está ligada ao contexto social e ao
desenvolvimento local e regional e de que as unidades de conservação (UCs) são partes integrantes das
relações socioambientais.

7. Analisar pontos favoráveis e possíveis restrições para implementação das unidades de conservação
através da observação dos seguintes fatores: a preservação de ecossistemas naturais; manutenção de
referências paisagís cas importantes para a sociedade; e possibilidade de estabelecimento de parcerias
na gestão. Algumas restrições foram: fontes de recursos financeiros; manutenção da acessibilidade;
impactos do uso atual e futuro do entorno; e responsabilidades na gestão.

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8. Propor um debate a par r de vídeo e reportagens tomando como exemplo o Pico Belo Horizonte que
está em processo de tombamento pelo Estado de Minas Gerais, mas, que vem sofrendo com avanços de
mineradoras. Sugere-se contextualizar a situação da área a par r do vídeo e das reportagens:

● A vistas alertam para instalação de mineradora na Serra do Curral, em BH disponível em:


<<h ps://www.youtube.com/watch?v=8LxwdUKmap8>>

● Jus ça proíbe mineração na Serra do Curral, cartão-postal da região de BH. disponível em


<<h ps://esportes.yahoo.com/jus %C3%A7a-pro%C3%ADbe-minera%C3%A7%C3%A3o-na-ser
ra-210200957.html >> .

9. Problema zar juntos aos discentes os impactos da instalação de uma mineradora dentro de uma área
urbana. Retome a lista construída pelos estudantes com itens essenciais e dialoguem sobre como é
possível conciliar a mineração e o consumo. A par r dessa reflexão, proponha a elaboração de uma
fanzine voltada para o esclarecimento do corpo estudan l. Estruture a fanzine a par r das
problemá cas discu das em sala, use uma linguagem minimalista e ar s ca com uso de imagens,
referências de filmes, documentários e frases de impacto. Para saber mais sobre construções de
fanzine assista ao vídeo: Como fazer um Fanzine / Zine? disponível em: <<
h ps://www.youtube.com/watch?v=uICW1MXNR1E >>. Exemplos de fanzines muito diferentes entre si
podem ser vistos aqui e servir como propostas para os estudantes consultarem e escolherem:
h ps://br.pinterest.com/livcoimbra/fanzine/

Propostas de Avaliação

A avaliação no I nerário Forma vo tem como premissa oportunizar ao estudante o desenvolvimento


da metacognição, acentuando sua natureza processual e forma va. O fato de não haver reprovação nos
componentes curriculares do I nerário Forma vo não significa que estes não devam ser avaliados. Deve-se
garan r preferencialmente a autoavaliação, bem como o “feedback” do professor quanto à apropriação de
habilidades e competências, visando o avanço con nuo do estudante.
Para fins técnico-didá cos, o professor deverá atribuir notas de 60 a 100 pontos anuais para cada
estudante. Assim, é primordial definir critérios para essa distribuição, demonstrando aos estudantes a
importância do processo de aprimoramento e adequação, ajustando a mediação da aprendizagem,
qualificando-a ainda mais ao perfil dos estudantes e à realidade local.
Organizar uma aula para exposição das fanzines produzidas. O docente pode avaliar o envolvimento e
aprendizagem durante a construção das etapas de produção, finalização e distribuição do material,
assegurando a devolu va das produções aos estudantes. Também poderá avaliar a par cipação nos debates,
na par cipação da Feira do Desapego, entre outros que ocorreram ou foram desenvolvidos em sala de aula.

Autoavaliação
➢ Para você, quais foram as informações mais impactantes em relação à mineração?
➢ Você percebeu alguma mudança de comportamento/ a tude da sua parte em relação ao consumo
após as discussões desenvolvidas no bimestre? Descreva o que aconteceu.
➢ Quais os desafios na produção de uma fanzine?
➢ Você considera que os temas abordados no material têm relevância para a comunidade escolar? Por
quê?
➢ Como você julga a sua par cipação neste bimestre?

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2º Bimestre - Patrimônios

No segundo bimestre de Construção Cole va nos diversos espaços iremos nos


debruçar sobre a história local e regional, assim como pontos importantes para
compreender o patrimônio histórico, cultural e ambiental. Trata-se de um momento para os
estudantes entenderem e se apropriarem melhor da cidade, onde estamos inseridos, o que a
atravessa e como produzimos e nos construímos enquanto cole vo.
Importante: apesar de os subtemas e as prá cas de ensino aprendizagem sugeridas
se inter-relacionarem, podem se cons tuir muito amplos e/ou em quan dade maior do que
é possível ser trabalhado durante o período de um único bimestre. Isto se jus fica pelo fato
deste componente curricular poder ser ministrado por professores com formações dis ntas
(história, geografia, filosofia e sociologia), fazendo com que certos subtemas estejam sob
maior ou menor domínio de cada docente dado a sua formação cien fica. Assim, deverá o
professor responsável fazer as escolhas temá cas, conceituais e pedagógicas mais
apropriadas para este aprofundamento e que poderão ser desenvolvidas considerando a sua
própria formação, conhecimento cien fico, perfil dos estudantes e o contexto escolar no
qual está inserido.

2º Bimestre - Construção cole va nos diversos espaços - CHS


Patrimônios

Sugestão de subtemas:
➢ História local e regional
➢ Patrimônio Histórico
➢ Pontos de referência da história an ga e/ou recente da cidade
➢ Patrimônio Cultural
➢ Esté ca e arte urbana
➢ Diversidade cultural
➢ Patrimônio imaterial
➢ Patrimônio ambiental
➢ Desenho urbano local
➢ Rios subterrâneos
➢ Áreas de proteção
➢ Povos indígenas: demarcação de terras, exploração de recursos, preservação cultural e do meio
ambiente.

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Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Inves gação Cien fica


EMIFCG01- Iden ficar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
cri cidade e é ca, inclusive u lizando o apoio de tecnologias digitais.
Processos Cria vos
EMIFCG04- Reconhecer e analisar diferentes manifestações cria vas, ar s cas e culturais, por meio de
vivências presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade, cri cidade e cria vidade.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCG07- Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, iden ficando e
incorporando valores importantes para si e para o cole vo que assegurem a tomada de decisões
conscientes, consequentes, colabora vas e responsáveis.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes

Inves gação Cien fica


EMIFCHS01 -Inves gar e analisar situações problema envolvendo temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, polí ca e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.
EMIFCHS03 - Selecionar e sistema zar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, polí ca e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
iden ficando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar
as fontes dos recursos u lizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes
mídias.
Processos Cria vos
EMIFCHS05 - Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos cria vos para resolver problemas reais
relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, polí ca e/ou cultural,
em âmbito local, regional, nacional e/ou global.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Desenvolver a noção de pertencimento através da historiografia da cidade de maneira contextualizada


possibilita o aprofundamento tanto histórico, como geográfico e sociológico do estudante quanto do
lugar em que vive. Como proposta, a construção de um material inves ga vo “Histórias dos bairros".
Dentro deste material, os alunos poderão responder perguntas: Como surgiram os bairros na minha
cidade? Por que os bairros recebem estes nomes? Quais são os principais pontos turís cos da região e
qual é o seu contexto histórico? Dentro deste material, além da parte geográfica e histórica, é
interessante que os estudantes pesquisem e tragam histórias de algumas pessoas que fazem parte da
comunidade (quem são elas, o que fazem e o que contam sobre seus bairros e cidade em que vivem) e
suas histórias sobre o lugar. De forma prá ca, os bairros podem ser distribuídos em grupos, ou a
distribuição pode se dar por história / geografia / pessoas, em que cada grupo desenvolverá uma
dessas três ênfases. Uma das sugestão de apoio está disponível aqui:
h p://www.pbh.gov.br/historia_bairros/LesteCompleto.pdf

2. Executar levantamento do patrimônio histórico, cultural e ambiental ( professor deve avaliar qual o
melhor instrumento de pesquisa, como visita in loco, inves gação bibliográfica, etc), o qual pode
possuir ênfase na cidade, região ou mesmo compreendendo o estado de Minas Gerais. Cada um desses
patrimônios, por si só, pode conter uma diversidade de pontos a serem pesquisados. Parte desses

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patrimônios também podem ter sido (mesmo que tangencialmente) abordados na estratégia anterior
(“histórias dos bairros"). Desta forma, cabe ao professor orientar a melhor forma de fazer esse
levantamento, considerando seu conhecimento prévio sobre a cidade e o que os estudantes já
produziram na construção do material “Histórias dos bairros”. Alguns pontos podem nortear a pesquisa
dos estudantes, como por exemplo:

a. Quais os pontos de referência que podem representar um pouco da esté ca da arte presente na
região e sua diversidade cultural? Gastronomia, folclore, ícones históricos, etc.

b. Considerando o meio-ambiente e suas riquezas, o que se configura como patrimônio para a


comunidade e região e qual a importância social para sua preservação?

3. Propõe-se que o professor contextualize o patrimônio como conceito para trabalhar algumas
problema zações (Qual a importância de preservar os diversos patrimônios? Como historicamente
costumou-se interpretá-los e como é possível reinterpretá-los?) a par r de leituras, vídeos e ou
podcasts (algumas sugestões logo abaixo). Após a ampliação do repertório (que pode ser realizada em
sala ou por meio da metodologia da sala de aula inver da), rodas de discussão podem ser formadas de
maneira que o debate seja es mulado e moderado pelo professor. Alguns exemplos de indicações:

a. Cinemateca – Incêndio em 2021

h ps://g1.globo.com/fantas co/no cia/2021/08/01/imagens-exclusivas-mostram-como-ficou-galpao-da


-cinemateca-apos-incendio.ghtml

b. Fogo na Estátua do Borba Gato – São Paulo 2021

h ps://g1.globo.com/sp/sao-paulo/no cia/2021/07/25/imagens-registram-momento-em-que-grupo-col
oca-fogo-na-estatua-de-borba-gato-em-sp-veja-video.ghtml

c. Derrubada de Monumentos pelo Mundo.

h ps://www.cafehistoria.com.br/especialistas-comentam-derrubada-de-estatuas-pelo-mundo/

4. O trabalho com a questão indígena pode acontecer de diferentes maneiras a depender da região e
contexto em que a escola está inserida. Regiões mais centrais e urbanizadas podem ter mais
dificuldades de acesso às comunidades indígenas, o que propicia um tratamento dessas questões a
par r de uma visão mais geral, a qual pode considerar o estado e o território nacional. Desta forma,
orienta-se abordagens que tratam sobre questões indígenas presentes no debate público, as quais
necessitam de maior qualificação e compreensão, como a demarcação de terras, exploração de
recursos em terras indígenas, preservação cultural dos povos ameríndios e sua relação com o meio
ambiente. Em escolas com comunidades indígenas próximas, é possível, além de tratar em sala de aula
dos temas acima citados, a promoção de encontros com representantes dessas comunidades dentro do
espaço escolar, o que pode compreender desde uma feira de artes e apresentação cultural, a debates
que incluam a iden dade indígena, sustentabilidade e a relação entre as diferentes culturas. Neste
úl mo ponto, salienta-se a importância sobre a desconstrução da visão colonizadora e hierárquica
comum sobre os povos indígenas e sua forma de organização social.

5. Cada grupo que pesquisou a história dos bairros pode elaborar um painel exposi vo com as imagens,
textos, recortes, desenhos, fotografias an gas (com o cuidado de não danificá-las com o uso de fitas
adesivas) ou, mesmo uma montagem virtual (no canva, por exemplo) que sirva para representar a sua
pesquisa. Caso o professor achar adequado e os estudantes se sen rem mo vados, essa proposta pode
ser ampliada para uma mostra ao final do bimestre.

16 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Propostas de Avaliação

Avaliar o painel exposi vo. O docente pode avaliar o envolvimento e aprendizagem durante os
processos de elaboração dos projetos, assim como a cria vidade e interação com as propostas. Uma forma
de avaliar perpassa pela análise do desenvolvimento da pesquisa sobre o patrimônio, considerando o
formato que ela foi desenvolvida (visitas in loco e outras), como pontos de dificuldade e os momentos de
socialização das pesquisas.

3º Bimestre - Trabalho e produção

Trabalho e Produção e seus desdobramentos são os principais subtemas do 3º


bimestre de Construção cole va nos diversos espaços. Muitos são os pontos de
aprofundamento, incluindo objetos de conhecimento trabalhados em outros momentos da
formação geral básica, mas sob uma perspec va mais específica. As formas de produção,
consumo e trabalho precisam ser problema zadas para que possam fornecer subsídios para
imaginar uma cidade que se transforma em direção à sustentabilidade nas relações
humanas.
Importante: apesar de os subtemas e as prá cas de ensino aprendizagem sugeridas
se inter-relacionarem, podem se cons tuir muito amplos e/ou em quan dade maior do que
é possível ser trabalhado durante o período de um único bimestre. Isto se jus fica pelo fato
deste componente curricular poder ser ministrado por professores com formações dis ntas
(história, geografia, filosofia e sociologia), fazendo com que certos subtemas estejam sob
maior ou menor domínio de cada docente dado a sua formação cien fica. Assim, deverá o
professor responsável fazer as escolhas temá cas, conceituais e pedagógicas mais
apropriadas para este aprofundamento e que poderão ser desenvolvidas considerando a sua
própria formação, conhecimento cien fico, perfil dos estudantes e o contexto escolar no
qual está inserido.

17 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

3º Bimestre - Construção cole va nos diversos espaços - CHS


Trabalho e produção

Sugestão de subtemas:
➢ Produção
➢ Cole vidade
➢ Consciência individual e cole va
➢ Trabalho e modos de organização da produção industrial
➢ Legislação trabalhista
➢ Terceirização, uberização e precarização do trabalho
➢ Relações de trabalho mediadas por tecnologias
➢ Trabalho híbrido remoto: novos espaços e tempos
➢ Produção de alimentos

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Inves gação Cien fica


EMIFCG02 - Posicionar-se com base em critérios cien ficos, é cos e esté cos, u lizando dados, fatos e
evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas,
coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia, jus ça
social, pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCG07 - Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, iden ficando e
incorporando valores importantes para si e para o cole vo que assegurem a tomada de decisões
conscientes, consequentes, colabora vas e responsáveis.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes

Inves gação Cien fica


EMIFCHS02 - Levantar e testar hipóteses sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica,
filosófica, polí ca e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, contextualizando os
conhecimentos em sua realidade local e u lizando procedimentos e linguagens adequados à inves gação
cien fica.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCHS08 - Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou cole vas de mediação e intervenção sobre problemas
de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
baseadas no respeito às diferenças, na escuta, na empa a e na responsabilidade socioambiental.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Analisar a produção significa compreender sua relação com o meio em que ocorre essa produção e
seus fins. Por se tratar de um componente curricular de aprofundamento de estudos, alguns conceitos
poderão ser necessários serem revisitados para a con nuidade das discussões que envolvem modelos
produ vos e organização do trabalho, como o taylorismo, fordismo e toyo smo. Após a compreensão
dos conceitos é importante salientar que os pos de organização da produção não impactam ou se
restringem apenas às fábricas, mas que se reproduzem em outros espaços de trabalho (formais e
informais, no setor de serviços, etc) com desdobramentos na vida co diana das pessoas e na

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2º ano - Novo Ensino Médio

organização social de forma geral. Esta perspec va é importante para que os temas subsequentes
(terceirização, uberização e precarização) sejam compreendidos como consequência de um longo
processo que se interconecta de diversas maneiras até os dias de hoje. Após reapresentar e/ou
recordar os conceitos de taylorismo, fordismo e toyo smo, sugerimos o documentário "Linha de
Desmontagem -- pausa para o humano" (de André Costan n e Daniel Herrera, 2011:
h ps://www.youtube.com/watch?v=BYHel1oZ62o) e abrir espaço para que os estudantes façam as
conexões entre as semelhanças do que é apresentado no filme e os tradicionais modelos de produção
formatados no século XX. Essas conexões podem ser feitas com um registro escrito ou tempestade de
ideias.

2. Organizar cole vamente um ques onário para que os estudantes pesquisem quais são as a vidades
laborais desenvolvidas pelos seus familiares e ou pessoas da comunidade considerando as condições
de trabalho às quais estão subme dos.

3. Realizar um levantamento sobre os principais postos de trabalho da macro-região em que a escola


está localizada e se há êxodo populacional em função disso. Organizar a tabulação dos
dados/informações levantados no ques onário.

4. Retomar os conceitos trabalhados para que os estudantes apontem semelhanças entre esses modelos
de produção e o trabalho desempenhado por seus pais, irmãos, colegas, mesmo que fora de fábricas
e, a par r dos exemplos dados pelos estudantes, buscar responder a pergunta norteadora: Como esses
processos de produção impactam (ou podem impactar) a vida dos indivíduos?

5. Terceirização, uberização e precarização do trabalho são temas que podem ser trabalhados em sala de
aula conceituando, individualmente, cada um deles. Mas também podemos tratá-los na dimensão das
relações de trabalho mediadas por tecnologias. Algumas perguntas mo vadoras podem ser feitas para
mobilizar os estudantes a fazer conexões entre estas relações de trabalho e o contexto social,
econômico e polí co que estamos inseridos no mundo atual: Se a vaga de emprego existe, porque
terceirizá-la? Por que a terceirização gera economia de custos às empresas? Quem ganha e quem
perde com a terceirização? Terceirizar abre vagas de empregos? Terceirizar aumenta a
produ vidade? Por que empregados terceirizados estão mais associados a acidentes de trabalho?
Como subsídio, o Ins tuto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) oferece diversos estudos sobre o
tema e alguns deles com gráficos capazes de fornecer uma boa perspec va de análise em sala de aula:
destacamos o material Terceirização do Trabalho no Brasil novas e dis ntas perspec vas para o
debate”, de 2018, disponível em
h ps://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/8258/1/Terceiriza%C3%A7%C3%A3o%20do%20trabal
ho%20no%20Brasil_novas%20e%20dis ntas%20perspec vas%20para%20o%20debate.pdf .

6. Através dos dados e gráficos do estudo pode-se enfa zar, por exemplo, a relação entre terceirização e
rota vidade, além da pontuar quais as profissões mais diretamente susce veis à serem terceirizadas.
Pergunta norteadora: Quais os possíveis mo vos para que isso aconteça?

7. Através de algumas perguntas norteadoras, problema zar determinadas condições de trabalho que
podem ser facilmente naturalizadas no dia a dia: Uberização é emprego, bico ou empreendedorismo?
Se emprego exige regulação, se bico é algo que alguém faz para completar a renda e se empreender
pressupõe expandir sua produção, como o modelo uberizado se encaixa nessas perspec vas? Os
aplica vos são bons por que fornecem renda para quem não tem trabalho ou se aproveitam da
precarização, da falta de regulamentação e do desemprego para aumentar lucros e viabilizar seu
modelo de negócios? Para subsidiar estas e outras perguntas, sugerimos a apresentação do vídeo
“Uberização e trabalho informal”(Poli ze, 2020) que traz alguns dados e novas perguntas sobre este
tema (h ps://www.youtube.com/watch?v=5HpkxAXSdNs) Por se tratar de um vídeo pequeno , com
cerca de oito minutos, orientamos que seja exibido dentro do tempo de uma aula. No entanto,

19 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

havendo espaço maior para uma discussão mais aprofundada e que envolva questões mais amplas,
como as relações familiares e afins, recomendamos a exibição do filme Você não estava aqui, de Ken
Loach (2019) e posterior análise escrita sobre o filme ou a proposição de uma mesa de debate sobre
as temá cas nele tratadas.

8. Tratar em sala de aula que o trabalho híbrido exige uma postura em discu r sobre o que é novo, ou
seja, mais que a busca de respostas ou de definir certo e errado e as preferências de cada um, quais as
possíveis questões que estão ou podem estar envolvidas . Orientamos que os alunos façam a leitura
de dois ar gos e que, posteriormente, tragam as suas impressões quanto ao seu futuro e a visão que
seus pais e outros adultos têm sobre o tema.

a. “Porque o trabalho híbrido é emocionalmente tão exaus vo”


(h ps://www.bbc.com/portuguese/vert-cap-60229306 )

b. “A produ vidade a ngiu mínimos históricos, diz estudo”


(h ps://www.istoedinheiro.com.br/a-produ vidade-do-trabalho-a ngiu-minimos-historicos-
diz-estudo/)

9. Um dos caminhos para compreender a construção histórica que resultou nas caracterís cas comuns à
estrutura produ va e a organização do trabalho da região em que a escola está inserida perpassa por
relacionar as caracterís cas geográficas com o seu desenvolvimento econômico. Quais são as suas
riquezas ambientais e como isso es mulou sua organização social, econômica e polí ca? Trata-se de
uma pergunta complexa e que necessita que professores e alunos venham a se debruçar sobre alguns
detalhes que são inerentes à realidade de cada escola, considerando questões regionais como: qual a
importância da terra, do que há nela e em sua topografia? Qual a importância do acesso à água no
processo produ vo? Qual a importância do fluxo migratório (chegadas e saídas) como capital
produ vo? Como a educação se associa à formação de mão de obra da região (educação pública,
universidades, escolas técnicas, ins tutos, etc). Conceitos como materialismo histórico, estrutura e
superestrutura (entre outros) podem ser aprofundados neste momento em correspondência com o
desenvolvimento da região e suas caracterís cas socioculturais.

10. A produção de alimentos e a agroecologia possuem grande relevância na compreensão de alguns dos
problemas produ vos que afetam diretamente a sociedade. Algumas perguntas podem nortear o
desenvolvimento de uma ou mais aulas do professor: A produção de alimentos é sustentável? O que
a produção da carne tem a ver com o consumo de água e o efeito estufa? Devemos parar de comer
carne? O mundo sofre de problemas para produzir ou para distribuir alimentos para todos? Como
alimentar 8 bilhões de pessoas? Qual a relação entre produção de alimentos, pequenas e médias
propriedades de terra e os la fúndios e super la fúndios? Onde estão concentrados os empregos na
produção agrícola? Qual a importância da estrutura dos meios de transporte para a produção
agrícola? A abordagem sobre agricultura familiar e não familiar se faz importante neste momento
para que se torne mais claro que o agronegócio não se reduz a uma única forma de produção, pelo
contrário, possui caracterís cas, prá cas e modelos diferentes. O censo agro 2017 do IBGE traz
informações importantes para estarem presentes em sala de aula e podem ser encontradas a par r
deste link:
h ps://censoagro2017.ibge.gov.br/2012-agencia-de-no cias/no cias/25786-em-11-anos-agricultura-f
amiliar-perde-9-5-dos-estabelecimentos-e-2-2-milhoes-de-postos-de-trabalho.html

11. Visitar uma horta comunitária pode tanto oferecer um contato mais direto com a agricultura e o
manejo da terra aos estudantes que moram em grandes cidades ou áreas muito urbanizadas, como
fornecer oportunidade àqueles estudantes das áreas mais rurais e que possuem contato com
agricultura em seu dia a dia transporem seus conhecimentos atrelados a esta temá ca de forma mais
par cipa va e integrada à sua realidade e experiência. No contexto da visita é preciso salientar o

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2º ano - Novo Ensino Médio

caráter comunitário e público do processo, propiciando formas de exercício de cidadania, par cipação
social e solidariedade. Há hortas urbanas e comunitárias espalhadas por todo território mineiro.
Ins tutos Federais e prefeituras costumam manter informações sobre localização, formas de contato e
cuidados. Para efeito de ilustração, disponibilizamos informações da prefeitura de Belo Horizonte:

a. Unidades produ vas cole vas e comunitárias | Prefeitura de Belo Horizonte

Propostas de Avaliação

Avaliar a par cipação dos estudantes nas rodas de discussão e outras dinâmicas u lizadas, incluindo
visitas orientadas. O docente pode avaliar o envolvimento e aprendizagem durante a exposição oral dos
estudantes e também em suas produções textuais.
Autoavaliação
➢ Você considera que conseguiu por meio das a vidades propostas consolidar os conhecimentos
para responder às questões :como adequar/equilibrar a necessidade de consumo como ponto
fundamental ao sistema econômico atual, a manutenção e criação de empregos e a urgência
ambiental?
➢ Qual foi sua maior dificuldade na apresentação?
➢ Como você avalia a sua par cipação e interesse?

4º Bimestre - Projeto Utopia


O 4º Bimestre desta Unidade Curricular, traz a proposta de um trabalho integrado
entre os quatro componentes curriculares: “Projeto Utopia”. Essa proposta tem como
obje vo principal a construção imaginada de uma Cidade Utópica Sustentável, os temas
trabalhados nos bimestres anteriores servirão de subsídio para a elaboração da proposta.
Algumas perguntas norteadoras do projeto que ponderam os componentes referentes às
Ciências da Natureza e suas Tecnologias podem ser: “O que uma cidade precisa ter para ser
sustentável?”; Onde esta possível cidade está localizada? Quais as condições climá cas e
ambientais?”; “Como seria o processo de obtenção de energia dessa cidade, de modo a
impactar menos possível o ambiente?”; “O descarte de resíduos sólidos se dá de qual
modo?”; “Como o uso da tecnologia contribui para a sustentabilidade dessa cidade?”; “Há
tratamento de esgoto? Como é feito?”; “Quais prá cas sustentáveis são u lizadas pela
população dessa cidade?”; “Há reaproveitamento de água? Como é feito?”; “O que é feito
para diminuir as desigualdades dessa comunidade?”Qual a base econômica dessa cidade? É
uma economia sustentável?”
Já as questões que guiarão as problema zações que se referem aos componentes das
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas abarcarão desde os pilares da sustentabilidade como
“Precisamos de tudo que queremos?”, “O que nos faz querer algo?”, “Precisamos de tudo

21 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

que temos?” “Quanto empregamos de recursos naturais para a produção de objetos que
nem sempre valorizamos?” ou em temas complexos como a produção; como os processos
de produção impactam (ou podem impactar) a vida dos indivíduos? Refle r sobre a
produção e a geração de empregos, perpassando temas comuns a CNT como produção de
alimentos sustentáveis e como economia e sustentabilidade se comunicam, bem como
dialogar sobre violências e formas de moradias precárias que compõem o cenário de
desigualdade e perpassam os obstáculos para se alcançar uma cidade sustentável.
É muito importante que os professores de todos os quatro componentes planejem o
bimestre cole vamente, para que as a vidades não fiquem repe vas, sobrepostas ou com
prevalência em um ou outro componente curricular, entendendo que não é preciso
necessariamente trabalhar todas as habilidades elencadas no quadro. As habilidades terão
relação com a situação-problema definida para cada grupo de trabalho. Dessa forma, a cada
aula dos quatro componentes curriculares deste Aprofundamento, no 4º bimestre, os
professores irão organizar os estudantes nos grupos (que se mantêm ao longo das aulas) e
dar suporte às etapas do projeto em que cada um se encontra. É essencial que a cada aula o
professor consulte os grupos para saber se estão conseguindo avançar nas etapas e
direcione a produção do Projeto para o tempo da aula, evitando demandas para a casa.

4º Bimestre - Construção cole va nos diversos espaços - CHS


Projeto Utopia
Etapas do Projeto
- Etapa Iden ficar: A par r da necessidade e entendimento, definir a situação-problema.
- Etapa Aproximar: Observar o macro e o micro da situação-problema, conhecer, sen r, inves gar,
definir escopo, elaborar pauta e compreender.
- Etapa Propor: Definir critérios para a solução da situação-problema: Imaginar, Idear, desenvolver
hipóteses e soluções.
- Etapa Criar: Desenvolver um projeto integrado para proto par e/ou construir um modelo para
apresentar a solução;
- Etapa Validar e Aprimorar: Testar, experenciar, avaliar, prever e validar.
- Etapa Comunicar, implementar e aprender: Compar lhar, executar, implementar, agir, lançar,
produzir versão final1.

1
Adaptado - BRUNO, G. S. e CAROLEI P. Contribuições do Design para o Ensino de Ciências por Inves gação.Revista
Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências 2018, Disponível em:
h ps://periodicos.ufmg.br/index.php/rbpec/ar cle/view/4832 . Acesso em 06 de Ago. de 2022

22 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Inves gação Cien fica


(EMIFCG03) U lizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de inves gações cien ficas para criar
ou propor soluções para problemas diversos.
Processo Cria vo
(EMIFCG05) Ques onar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções cria vas,
originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incertezas e colocá-las em prá ca.
(EMIFCG06) Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias e
plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os interlocutores
pretendidos.
Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, iden ficando e
incorporando valores importantes para si e para o cole vo que assegurem a tomada de decisões
conscientes, consequentes, colabora vas e responsáveis.
(EMIFCG09) Par cipar a vamente da proposição, implementação e avaliação de solução para problemas
socioculturais e/ou ambientais em nível local, regional, nacional e/ou global, corresponsabilizando-se pela
realização de ações e projetos voltados ao bem comum.
Empreendedorismo
(EMIFCG11) U lizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para estabelecer e
adaptar metas, iden ficar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para realizar projetos pessoais e
produ vos com foco, persistência e efe vidade.
(EMIFCG12) Refle r con nuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus obje vos presentes e
futuros, iden ficando aspirações e oportunidades, inclusive relacionadas ao mundo do trabalho, que
orientem escolhas, esforços e ações em relação à sua vida pessoal, profissional e cidadã.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes das Áreas de
Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

Inves gação Cien fica


(EMIFCNT02) Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na dinâmica de fenômenos da
natureza e/ou de processos tecnológicos com ou sem o uso de disposi vos e aplica vos digitais, u lizando
procedimentos e linguagens adequados à inves gação cien fica.
Processos Cria vos
(EMIFCNT04) Reconhecer produtos e/ou processos cria vos por meio de fruição, vivências e reflexão crí ca
sobre a dinâmica dos fenômenos naturais e/ou de processos tecnológicos, com ou sem o uso de disposi vos
e aplica vos digitais (como so wares de simulação e de realidade virtual, entre outros)
(EMIFCNT05) Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos cria vos relacionados às Ciências da
Natureza para resolver problemas reais do ambiente e da sociedade, explorando e contrapondo diversas
fontes de informação.
(EMIFCNT06) Propor e testar soluções é cas, esté cas, cria vas e inovadoras para problemas reais,
considerando a aplicação de design de soluções e o uso de tecnologias digitais, programação e/ou
pensamento computacional que apoiem a construção de protó pos, disposi vos e/ou equipamentos, com o
intuito de melhorar a qualidade de vida e/ou os processos produ vos.
Empreendedorismo
(EMIFCNT10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados às Ciências da Natureza
podem ser u lizados na concre zação de projetos pessoais ou produ vos, considerando as diversas
tecnologias disponíveis e os impactos socioambientais.

23 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

(EMIFCNT11) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências da Natureza


para desenvolver um projeto pessoal ou um empreendimento produ vo.
(EMIFCNT12) Desenvolver projetos pessoais ou produ vos, u lizando as Ciências da Natureza e suas
Tecnologias para formular propostas concretas, ar culadas com o projeto de vida.
Processos Cria vos
EMIFCHS05 - Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos cria vos para resolver problemas reais
relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, polí ca e/ou cultural,
em âmbito local, regional, nacional e/ou global.
EMIFCHS06 - Propor e testar soluções é cas, esté cas, cria vas e inovadoras para problemas reais
relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, polí ca e/ou cultural,
em âmbito local, regional, nacional e/ou global.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCHS08 - Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou cole vas de mediação e intervenção sobre problemas
de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
baseadas no respeito às diferenças, na escuta, na empa a e na responsabilidade socioambiental.
Empreendedorismo
EMIFCHS11 - Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências
Humanas e Sociais Aplicadas para desenvolver um projeto pessoal ou um empreendimento produ vo,
em âmbito local, regional, nacional e/ou global.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem para o Projeto Integrado, que serão desenvolvidas em todas as
aulas dos quatro componentes.

1. Apresentar aos estudantes as possibilidades de temas estruturantes que abrangem uma cidade
sustentável associado às necessidades iden ficadas durante pesquisa, visita guiada e observação ao
longo do bimestre, como por exemplo: Local e Infraestrutura, Economia Solidária, Energia e
Mudanças Climá cas, Resíduos, Água, Transporte, Educação, Governança, Cultura e Lazer;

2. Agrupar os estudantes e propiciar um momento de reflexão para que possam, a par r de algumas
questões norteadoras, definir e inves gar a tema/ situação-problema, tais como: Qual o problema
iden ficado? (o que de fato aconteceu ou está acontecendo?) Quais as possíveis causas? (quais os
fatores que influenciaram para que a situação ocorresse?) Quem foi impactado? (quais as pessoas
ou grupos foram impactadas direta ou indiretamente pela situação? Quais as consequências?(quais
foram os efeitos observáveis e mensuráveis nas pessoas impactadas), para que possam definir e
inves gar a tema/ situação-problema;

3. Analisar o tema/situação-problema, assegurando por meio de momentos de reflexão e discussão a


melhor compreensão e construção do tema/situação-problema. Neste momento, o professor
iden fica qual o nível de compreensão dos estudantes em relação ao tema/situação-problema
definido;
4. Subsidiar os estudantes com materiais de apoio como livro, ar gos, jornais, revistas, pesquisas em
ferramentas de busca, vídeos, podcast, para que possam realizar uma pesquisa e, ao mesmo
tempo, orientá-los como realizar a curadoria destes recursos, para que possam buscar por fontes
confiáveis;

5. Propor a vidades de inves gação, exploração, problema zação, argumentação e assimilação de


conceitos, como clube de debates, oficinas, quizz ou outros jogos, de acordo com os temas
escolhidos pelos estudantes; e bom repertório teórico para fazerem as proposições;

24 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

6. Promover um momento em que os estudantes possam sugerir possibilidades de projetos


integrados a par r do que foi vivenciado ao longo dos bimestres;

7. Estabelecer um cronograma com datas, definindo cada etapa do modelo/projeto a par r do


tema/situação-problema decidido pelos estudantes para apresentar a solução;

8. Dividir as tarefas, conforme a escolha do projeto, propiciar um diálogo cole vo entre os estudantes
e guiar os estudos e propostas para que os jovens possam desenvolver e elaborar as primeiras
possibilidades da proposta do modelo/projeto;

9. Fomentar o pensamento crí co e cria vo dos estudantes, por meio de rodas de conversa, debates
para verificar as melhores possibilidades de desenvolvimento do projeto dentro das propostas
feitas pelos estudantes;Mediar os estudantes nas possíveis explicações ou soluções apresentadas
para o projeto integrado e discu r quanto à viabilidade de resolução do problema;

10. Agrupar os estudantes e agir como facilitador do processo para que os estudantes possam fazer
uma imersão nas pesquisas com o foco na resolução do problema;

11. Levantar possíveis estratégias para solução ou amenização para o problema escolhido e debatê-las
por meio de a vidades incubadoras, simulados, laboratórios, a vidades prá cas em ambientes
livres da escola ou da comunidade escolar;

12. Elaborar um mapa mental com os estudantes para decomposição da situação-problema alinhada a
proposta da solução definidora do modelo/projeto;

13. Planejar o projeto com ações, cronograma, divisão de responsabilidades, atores envolvidos,
recursos e materiais que serão necessários para que os estudantes possam apresentar as possíveis
proposições para o modelo/ projeto selecionado pelos estudantes;

14. Propor um momento de reflexão e elaboração dos elementos essenciais do modelo do projeto/ou
modelo de protó po: nome e versão, nível do projeto/modelo (conceito e se funciona como real),
ideias que sustentam a proposta, por que (qual o desafio que mo vou a criação do
projeto/modelo), para quem se des na o projeto/modelo, o que é (como o protó po se
materializa, quais os impactos e resultados se espera após a apresentação/implementação)2;

15. Selecionar materiais e ferramentas para tornar o projeto/modelo em uma realidade;

16. Vivenciar as etapas do projeto/modelo, tais como: testar, experienciar, avaliar, prever) para futuros
aprimoramentos da proposta de solução;

17. Planejar as etapas da exposição do trabalho final: formato da apresentação, local, nome, público e
montagem;

18. Divulgar o projeto elaborado pelos estudantes.

Propostas de Avaliação
Avaliação
Professor(a), avalie o desenvolvimento das habilidades socioemocionais, como responsabilidade,
autoconhecimento, respeito aos direitos humanos, tolerância, engajamento, cri cidade, respeito a regras,
dentre outras durante a pesquisa e associadas ao tema escolhido tais como:
➢ Observar a realidade local e elencar temas relevantes ao contexto a par r de temas e ou situação-
problema;

2
Adaptado: Narcizo, R. Curso Design Thinking - Módulo - Transição

25 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

➢ Analisar a situação problema, iden ficar causas e consequências definida pelos estudantes;
➢ As possíveis hipóteses elencadas, compar lhadas com seus pares e aplicadas;
➢ A habilidades dos estudantes em construir argumento coerente e que possibilite-o a fazer a defesa
da proposição de resolução de problema;
➢ A capacidade dos estudantes em observar e respeitar a diversidade de culturas, posicionamento e
opiniões3;

Autoavaliação
➢ Você considera que conseguiu por meio da proposta apresentada evidenciar o papel do cidadão
para a construção de uma cidade sustentável? Qual foi sua maior dificuldade na apresentação?
➢ Compreendeu a importância das etapas vivenciadas ao longo dos bimestres para propor o projeto
integrado?
➢ Ao experienciar o projeto integrado, você considera que as a vidades possibilitaram desenvolver
e/ou aprimorar competências e habilidades de a vidades em grupo?
➢ Como você avalia a exposição final do projeto? Descreva o que foi mais interessante.
➢ Você considera que o projeto proposto pelo grupo alcance e sensibilize a comunidade escolar?

3
Adaptado. Metodologia de resolução de problema, aplicada a aula de produção de texto. Disponível em:
https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/13611/9171 Acesso em: 17 de Ago. 2022

26 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

CHS - Problema e Ação

CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS


E CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

CIDADES SUSTENTÁVEIS

Problema e Ação - CHS

1º Bimestre 2º Bimestre 3º Bimestre 4º Bimestre

Desigualdades Relações sociais Polí cas Públicas Projeto Utopia

1º Bimestre - Desigualdades
O componente curricular Problema e Ação possui um perfil voltado para teoria e
prá ca dos processos inves ga vos no qual levantamento de informações, dados e
problemas subsidiarão discussões que se desdobrarão em uma prá ca em cada bimestre.
Neste 1° bimestre, alguns dos indicadores urbanos que impactam diretamente o dia a dia e o
viver nas cidades deverão ser mobilizados, inves gados e compreendidos pelos estudantes.
Importante: apesar de os subtemas e as prá cas de ensino aprendizagem sugeridas
se inter-relacionarem, podem se cons tuir muito amplos e/ou em quan dade maior do que
é possível ser trabalhado durante o período de um único bimestre. Isto se jus fica pelo fato
deste componente curricular poder ser ministrado por professores com formações dis ntas
(história, geografia, filosofia e sociologia), fazendo com que certos subtemas estejam sob
maior ou menor domínio de cada docente dado a sua formação cien fica. Assim, deverá o
professor responsável fazer as escolhas temá cas, conceituais e pedagógicas mais
apropriadas para este aprofundamento e que poderão ser desenvolvidas considerando a sua
própria formação, conhecimento cien fico, perfil dos estudantes e o contexto escolar no
qual está inserido.

27 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

1º Bimestre - Problema e Ação


Desigualdades
Sugestão de subtemas:
➢ Indicadores urbanos
➢ Violência urbana
➢ Serviços básicos e essenciais: água, saneamento, transporte, lixo (internet)
➢ Fluxos migratórios
➢ Habitação precária

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Inves gação Cien fica


EMIFCG02 - Posicionar-se com base em critérios cien ficos, é cos e esté cos, u lizando dados, fatos e
evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas,
coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia, jus ça
social, pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCG08 - Compreender e considerar a situação, a opinião e o sen mento do outro, agindo com empa a,
flexibilidade e resiliência para promover o diálogo, a colaboração, a mediação e resolução de conflitos, o
combate ao preconceito e a valorização da diversidade.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes

Inves gação Cien fica


EMIFCHS01- Inves gar e analisar situações problema envolvendo temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, polí ca e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.

EMIFCHS03- Selecionar e sistema zar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, polí ca e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
iden ficando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de
citar as fontes dos recursos u lizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de
diferentes mídias.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCHS07- Iden ficar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e ameaças a grupos
sociais, à diversidade de modos de vida, às diferentes iden dades culturais e ao meio ambiente, em
âmbito local, regional, nacional e/ou global, com base em fenômenos relacionados às Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Explorar indicadores sociais a respeito de cada um dos subtemas descritos, como violência urbana,
acesso a serviços básicos (água, saneamento, transporte, etc) trabalho análogo à escravidão, fluxos
migratórios e habitação precária. Tais indicadores fomentarão o aprofundamento em cada um
desses subtemas a serem trabalhados em sala de aula. Os estudantes podem ser divididos em
grupos e efetuar pesquisas que contenham tabelas e gráficos que evidenciem os problemas de
ordem local, regional ou nacional. É importante que os professores se atentem à interpretação dos
dados colhidos pelos estudantes, dando a dimensão mais apropriada para a realidade ali
representada. Orientamos separar de duas a três aulas para os estudantes acessarem os sites,

28 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

vislumbrarem as informações ali disponíveis e fazerem a curadoria que acharem mais per nente
(Caso a escola possua laboratório de informá ca com acesso a computadores, as aulas para busca
de dados em sites como IBGE, FGV, IPEA e outros podem ser usadas para orientação quanto às
buscas nesses sites).

2. Mo var que os estudantes pesquisem e discutam a par r de algumas perguntas mo vadoras:


Quais são os pos de violência urbana? Suicídio e automu lação se configuram como violência
urbana? Violência domés ca é uma violência urbana? Qual a dimensão de homicídios e crimes
afins em nível federal, regional e local? A sensação de insegurança é real ou potencializada pela
mídia? Quais as causas e consequências de alguns dos pos de violência urbana pesquisados?
Existe bibliografia e estudos que apontem soluções? Quais seriam? O professor poderá, junto com
os estudantes, definir a melhor forma de apresentar tais pesquisas, que seja através de grupos que
façam uma breve exposição e/ou debates e rodas de conversa em que tais perguntas sejam
desenvolvidas discursivamente.

3. A construção de uma cidade cada vez mais sustentável perpassa pelo acesso a serviços básicos e
fundamentais à população. O acesso a serviços pode ser estudado e aprofundado por meio de
uma perspec va analí ca que considere como esse acesso está distribuído na população. Algumas
perguntas norteadoras poderão abrir espaço para discussão e argumentação entre alunos e
professores e alunos/alunos. Por exemplo: Internet é um serviço básico e essencial às pessoas?
Serviços básicos devem ser gratuitos? Se serviços básicos não forem gratuitos, como devem ser
financiados? Qual a importância para que cada cidadão tenha possibilidade de usufruir de água,
saneamento, iluminação, transporte e outros? Quais as possíveis consequências àquelas que não
possuem ou têm dificuldade de acesso a tais serviços? Quais as possíveis soluções para esse e
outros problemas gerados a par r dele?

4. Compreender as dinâmicas do fluxo migratório e seus impactos na organização social, econômica e


polí ca de uma cidade e/ou região. Este subtema se conecta com os demais subtemas acima
descritos, como violência urbana, trabalho análogo à escravidão e disponibilização e acesso a
serviços básicos à população residente. Concomitantemente, a migração possui relações de causa
e efeito com o subtema seguinte, habitação precária: Quais são os mo vos principais associados à
migração de pessoas? Há polí cas que controlam a migração de pessoas? O que produção e
economia tem a ver com isso? São algumas das perguntas norteadoras para serem discu das em
sala de aula. A exibição do filme “Era o Hotel Cambridge” (2016), de Eliane Caffé e a série “Ser
Brasil - migrantes e refugiados”, que está dividida em pequenos episódios curtos (cerca de 3 min
cada), podem compor um material importante para compreender não apenas as temá cas
envolvidas com migrações, mas aproximar o olhar dos estudantes com alguns personagens reais e
suas histórias, tornando o estudo mais real, empá co e humano (o 1º vídeo de “Ser Brasil” está
disponível em:
h ps://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/assuntos/proteja/videos/serie-ser-brasil-migrant
es-e-refugiados-1o-video ).

5. Dados recentes do IBGE a par r da publicação Síntese de Indicadores Sociais - Uma análise das
condições de vida da população brasileira (disponível em:
h ps://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101760.pdf) afirma que 1 em cada 5 pessoas
vivem em condições precárias no Brasil. Recentemente, o mundo chegou aos 8 bilhões de pessoas,
dados mostram que 1 bilhão de pessoas vivem em habitações precárias
(h ps://www1.folha.uol.com.br/mundo/2022/11/no-mundo-de-8-bilhoes-de-habitantes-1-bilhao-
vive-em-favelas-e-moradias-precarias.shtml). O que significa situação precária de moradia? Por

29 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

que a questão da moradia é importante para uma cidade sustentável? Apenas moradias precárias
impactam na sustentabilidade? A precariedade das moradias impactam apenas o meio ambiente
ou a organização social de determinada região? São algumas das perguntas norteadoras para a
construção do aprofundamento, seja ele através de discussões em sala com apresentações de
dados, como para as pesquisas que poderão ser realizadas em conexão com com os dados dos
demais indicadores sociais como consta na 1º proposição de estratégia de ensino aprendizagem
deste bimestre.

6. Ao tratar sobre desigualdades, é possível construir uma mostra fotográfica virtual que aborde o
tema a par r da visão do estudante. Os estudantes produzirão uma série fotográfica que
evidenciem algumas das desigualdades discu das e, no momento da apresentação, comentarão
sobre suas escolhas fotográficas, relacionando suas fotografias com o que estudaram no bimestre.

Propostas de Avaliação

A avaliação no I nerário Forma vo tem como premissa oportunizar ao estudante o desenvolvimento


da metacognição, acentuando sua natureza processual e forma va. O fato de não haver reprovação nos
componentes curriculares do I nerário Forma vo não significa que estes não devam ser avaliados.
Deve-se garan r preferencialmente a autoavaliação, bem como o “feedback” do professor quanto à
apropriação de habilidade’.
Para fins técnico-didá cos, o professor deverá atribuir notas de 60 a 100 pontos anuais para cada
estudante. Assim, é primordial definir critérios para essa distribuição, demonstrando aos estudantes a
importância do processo de aprimoramento e adequação, ajustando a mediação da aprendizagem,
qualificando-a ainda mais ao perfil dos estudantes e à realidade local.
Avaliar a par cipação dos estudantes no processo de aprofundamento, análise de dados, produção
e par cipação. Se o bimestre terminar com a construção da mostra fotográfica, sugerimos um peso maior
na avaliação desta construção, podendo avaliar o envolvimento e aprendizagem tanto no processo de
criação da mostra quanto na sua apresentação.
Autoavaliação
➢ Você considera que conseguiu compreender os temas trabalhados ao longo do bimestre?
➢ Compreendeu que ao idear uma mostra fotográfica você está fazendo um recorte de vários temas
pensado e optando por problema zar um deles? Encontrou dificuldade nessa etapa ou em outro
momento dessa proposta?
➢ Como você avalia a sua par cipação e interesse?

2º Bimestre - Relações sociais


No 2° bimestre de Problema e Ação, procura-se pensar a cidade sob o aspecto do
acesso aos espaços e serviços, as desigualdades que se configuram no trânsito de pessoas e
grupos inteiros. A noção de diferença, pluralidade e marcadores sociais se faz de grande
importância neste momento. Parte-se do pressuposto que uma cidade sustentável inclui,
não exclui.
Importante: apesar de os subtemas e as prá cas de ensino aprendizagem sugeridas
se inter-relacionarem, podem se cons tuir muito amplos e/ou em quan dade maior do que

30 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

é possível ser trabalhado durante o período de um único bimestre. Isto se jus fica pelo fato
deste componente curricular poder ser ministrado por professores com formações dis ntas
(história, geografia, filosofia e sociologia), fazendo com que certos subtemas estejam sob
maior ou menor domínio de cada docente dado a sua formação cien fica. Assim, deverá o
professor responsável fazer as escolhas temá cas, conceituais e pedagógicas mais
apropriadas para este aprofundamento e que poderão ser desenvolvidas considerando a sua
própria formação, conhecimento cien fico, perfil dos estudantes e o contexto escolar no
qual está inserido.

2º Bimestre - Problema e Ação


Relações sociais
Sugestão de subtemas:
➢ Espaços de convivência
➢ Jovens e a cidade
➢ Minorias e a cidade
➢ Jus ça social e
➢ Inclusão e acessibilidade
➢ Serviços de saúde
➢ Saúde mental
➢ Filosofia sobre as cidades
➢ É ca nas relações co dianas
➢ Filosofia da diferença

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Inves gação Cien fica


EMIFCG01 - Iden ficar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
cri cidade e é ca, inclusive u lizando o apoio de tecnologias digitais.
EMIFCG03 - U lizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de inves gações cien ficas para criar
ou propor soluções para problemas diversos.
Processos Cria vos
EMIFCG05 - Ques onar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções cria vas,
originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incertezas e colocá-las em prá ca.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCG08 - Compreender e considerar a situação, a opinião e o sen mento do outro, agindo com empa a,
flexibilidade e resiliência para promover o diálogo, a colaboração, a mediação e resolução de conflitos, o
combate ao preconceito e a valorização da diversidade.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes

Inves gação Cien fica


EMIFCHS03 - Selecionar e sistema zar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, polí ca e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
iden ficando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar
as fontes dos recursos u lizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes
mídias.

31 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Mediação e Intervenção Sociocultural


EMIFCHS07 - Iden ficar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e ameaças a grupos
sociais, à diversidade de modos de vida, às diferentes iden dades culturais e ao meio ambiente, em âmbito
local, regional, nacional e/ou global, com base em fenômenos relacionados às Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas.
EMIFCHS08 - Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou cole vas de mediação e intervenção sobre problemas
de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
baseadas no respeito às diferenças, na escuta, na empa a e na responsabilidade socioambiental.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Quais são os espaços frequentados pelos jovens? O que chama atenção nesses espaços? Quais as
caracterís cas destes lugares? O quão importantes são para a construção das iden dades juvenis e
por quê? Essas e outras perguntas podem orientar uma breve levantamento dentro da sala de aula,
considerando marcadores sociais como sexo, idade, etc. O obje vo é procurar traçar um olhar para
além do espaço escolar: par ndo do pressuposto que somos seres sociais, e construídos a par r das
relações que mantemos durante a vida, entender como outros espaços - que não a escola - nos
influenciam. Essas questões devem ser tratadas e trabalhadas em sala junto aos estudantes para que
possam expor suas experiências e possam repensar sobre a importância social na consolidação de
seus valores pessoais.

2. Demonstrar o conceito de minorias (reforçando quais são e que não necessariamente coincidem com
conceito numérico). Imaginando uma cidade sustentável e acolhedora, em que seus espaços de
convivência e trânsito deveriam ser comuns e seguros a todos: como podemos analisar a nossa
cidade/região hoje em dia? Ela é segura para mulheres? O racismo estrutural influencia o acesso e
o trânsito das pessoas não brancas? Os aparelhos públicos são de acesso à população mais
empobrecida? Em que locais ficam os espaços de leitura e lazer (bibliotecas, parques, museus,
teatros…) e como isso influencia o acesso por parte de estratos populacionais de classes dis ntas?
E o acesso a hospitais públicos e demais espaços envolvidos com a saúde da população? Propomos
a construção de um mapa em sala de aula no qual estes e outros pontos geográficos importantes
(parques, espaços de convívio e cultura,etc) sejam registrados espacialmente e, a par r deles,
iden ficar como seria o fluxo das pessoas considerando tempo e valor de deslocamento, levando em
consideração marcadores sociais. O obje vo da construção do mapa é oferecer uma construção
visual sobre como uma mesma região pode oferecer facilidades e dificuldades de acesso a depender
das diferentes caracterís cas presentes na população (por exemplo: quanto tempo e quanto custa o
deslocamento de quem mora em região mais empobrecida para acessar determinados pontos
geográficos que propiciam cultura, lazer, saúde, em comparação com quem possui condição social
mais privilegiada e condições de morar em regiões mais centrais) .

3. Para trabalhar jus ça social e inclusão, alguns índices podem ser aprofundados neste momento,
como o GINI e o IDH. Além de recordar/reforçar o que esses indicadores buscam representar
numericamente (já explorados na FGB), o importante aqui é que eles sejam efe vamente
aprofundados em sala de aula a par r de análises mais pormenorizadas, incluindo dados nacionais,
estadual (MG) e do município/região em que a escola está situada. Propomos trabalhar com esses
índices através de uma perspec va espacial. Para isso, sugerimos a exibição do vídeo BH Vista de
cima, com aproximadamente dois minutos e apresenta de forma muito visual algumas discrepâncias
gritantes entre bairros de uma mesma cidade. Disponível em:
h ps://www.youtube.com/watch?v=F161PwDa--U). Além do vídeo, sugerimos trabalhar marcadores

32 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

sociais e espacialidade através de informações visuais como a dos três links abaixo que trazem mapas
e tabelas sobre a frequência dos estudantes na USP (Universidade de São Paulo) e o número de leitos
(UTI) em Minas Gerais. A par r dos dados, discu r possíveis respostas para o por quê isso acontece e
quais soluções ou como reagir a fatos assim. Os links são:
a. Gênero:
h ps://desigualdadesespaciais.wordpress.com/2016/02/18/distribuicao-por-genero-nos-c
ursos-da-usp/
b. Raça:
h ps://desigualdadesespaciais.wordpress.com/2015/12/09/onde-estao-os-negros-na-usp
/
c. Saúde (além de MG, há mapas separados por microrregiões mineiras):
h ps://www2.ifmg.edu.br/santaluzia/no cias/estudo-desenvolvido-pelo-ifmg-revela-que-
90-das-cidades-mineiras-nao-tem-leitos-de-u

4. Propõe-se discu r o que é entendido como Saúde Mental. Saúde Mental é a ausência de qualquer
doenças ou enfermidades? Como o bem-estar sico, mental e social se configuram como essenciais para a
manutenção da saúde mental das pessoas? O que seria uma cidade acolhedora? O obje vo deste subtema
perpassa por compreender como as circunstâncias socioeconômicas e o meio ambiente em que o indivíduo
vive impactam no seu bem-estar como um todo. Para este momento, orienta-se trabalhar com a expressão
escrita: peça aos estudantes escreverem duas situações pelo qual passaram, uma boa e outra ruim, e como
lidam com aquelas situações (Importante: a situação não precisa ser descrita/narrada/contada, apenas
quais as sensações/sen mentos envolvidos e como lidou com elas e, se o professor julgar adequado, escrita
de forma anônima). Abaixo, algumas possibilidades de abordagens teóricas e, em ambas, sugere-se um
retorno em forma de escrita pessoal:
1. Ansiedade e depressão são cada vez mais comuns nas vidas dos jovens e, neste sen do,
inves gar como as novas relações sociais (redes sociais, relações de trabalho, condições e
possibilidades - presente e futuro) afetam a juventude e como lidam com isso. Quanto
tempo você passa nas redes sociais? O que você prevê para seu futuro? Onde estará e o
que estará fazendo? Como tem lidado com as incertezas diante das possibilidades que
estão à sua frente? Qual caminho seguir?
2. Por se tratar de um aprofundamento, abordagens como a pós-modernidade (vários
autores), sociedade líquida (Bauman), Foucault (Vigiar e punir, A ordem do discurso) e
outros podem ser pontuados (mesmo que de maneira mais simplificada) para oferecer
uma perspec va teórica sobre o mundo atual e suas idiossincrasias a par r de um
ques onamento filosófico: Qual mundo estamos construindo? Para onde estamos indo
enquanto cole vo?

5. Após as escritas, o professor pode propor uma roda de conversa trazendo os pontos mais sensíveis ou
mais comentados para que cada estudante dê outras perspec vas sobre o que ficou mais evidente entre
aquilo que os afeta mais individualmente. Não se trata, obviamente, de um debate comum, pois estarão
sendo tratados pontos sensíveis relatados pelos estudantes. Assim, o professor deve avaliar a forma mais
respeitosa e a condução mais apropriada para uma conversa que, apesar de franca, seja confortável.

6. O que são relações é cas? As minhas ações são baseadas na é ca, na moralidade social ou são
egoístas? São algumas perguntas norteadoras para a organização deste subtema. Após conceituar a
diferença entre é ca e moral, propomos uma dinâmica em sala de aula: solicitar aos alunos apontarem dois
comportamentos que acreditam mais representa vos de ações é cas entre a lista abaixo (outras podem ser
incluídas):
a. Respeito ao próximo
b. Ser educado

33 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

c. Conduta moral
d. Bom caráter
e. Hones dade
f. Agir de maneira correta
g. Bom comportamento na forma de falar ou agir
h. Uma pessoa correta
Diante das respostas, propor perguntas sobre o co diano: Colar na prova é an é co? Sentar em
assento preferencial quando se está cansado é é co? Comprar uma roupa que você acha cara e
perceber que o troco devolvido foi a mais e não devolver, é é co? Pedir para uma pessoa com
direito a fila preferencial fazer as coisas no seu lugar é é co? Consumir produtos que
sabidamente envolvem trabalho análogo à escravidão em outro país é é co? Os alunos
podem ser es mulados a refle rem sobre as ações mais co dianas presente em seu dia a dia
frente aos comportamentos mais representa vos indicados na dinâmica inicial.

7. Após as respostas às perguntas acima, propomos outras perguntas: Vocês concordam que é ca tem a
ver com respeito ao próximo? Quais são os meus referenciais é cos? Quais são os referenciais é cos
dos outros? Quem me influencia a adotar esses referenciais é cos? Como ponto de culminância deste
tema, a produção de um texto (modelo ENEM ou menor, com cerca de 8 a 10 linhas, sempre a critério do
professor) com o tulo: “Caminhos para a construção de uma sociedade é ca''. Também sugerimos um
material de apoio (incluindo outras a vidades como esta) oferecido pelo projeto É ca para Jovens,
disponível neste link: h ps://www.e caparajovens.com.br/home-a vidades/

8. Iden ficar o que vem a ser “diferença” (vivências e experiências) e como a vida em uma sociedade cada
vez mais globalizada e plural nos exige lidar com diferenças que antes não estávamos acostumados. Lidar
com culturas dis ntas, pessoas com outras visões de mundo, outras soluções, outras formas de se organizar
e viver a vida faz parte do mundo atual. Sugerimos o vídeo “Filosofia da diferença”, com Franklin Leopoldo e
Silva (h ps://www.youtube.com/watch?v=6Her0PEsMao) para uma abordagem que caminha mais para a
compreensão do conceito filosófico sobre o tema. Após a abordagem conceitual, propomos a análise
(escrita ou oral, es mulada pelo professor) do curta de animação Balance, de Wolfgang & Christoph
Lauenstein, (disponível em h ps://www.youtube.com/watch?v=Wc2v-Jg3MpI). Muitas músicas possuem
potência para serem trabalhadas em sala de aula. Como sugestão de dinâmica, a escuta da melodia
acompanhado da letra e uma posterior análise feita em conjunto (toda a sala envolvida ou separados em
grupos de trabalho) e posterior organização de Sarau (poesia e encontro musical) com estas e/ou outras
letras de músicas (autorais ou não) que os estudantes escolherem como representa vo do tema. Como
ponto de apoio para o trabalho em sala, algumas músicas:
a. “Diferenças”, de Criolo
b. “Diversidade”, de Lenine
c. “Não recomendado”, de Caio Prado
d. “Paratodos”, de Chico Buarque
e. “Tolerância Zero”, de Romero Ferro
f. “Alucinação”, de Belchior
g. “Rap da felicidade”, de Cidinho e Doca

Propostas de Avaliação
Avaliar a par cipação dos estudantes na análise escrita ou oral e também no momento de escuta e
conversa sobre músicas mote. O docente pode avaliar o envolvimento e aprendizagem em momentos
diversos dessa proposta, sendo ela escrita ou oral.

34 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Autoavaliação
➢ Você considera que conseguiu compreender os temas trabalhados ao longo do bimestre?
➢ Você considera que usar músicas em sala ajuda a refle r sobre o tema trabalhado?
➢ Acredita que a música possui potencial de despertar ideias sem análise da letra?
➢ Como você avalia a sua par cipação e interessante nessa proposta?

3º Bimestre - Polí cas públicas


O 3° bimestre de Problema e Ação aborda caminhos e ações populares que podem
ser mobilizados para a melhoria das cidades a par r da par cipação a va dos seus cidadãos.
O que é uma polí ca pública, como mobilizar, quais projetos podem inspirar, modelos de
habitação, moradia, transporte, entre outros, podem e devem inspirar propostas e
desenvolver olhar crí co sobre a realidade vivida pelos estudantes.
Importante: apesar de os subtemas e as prá cas de ensino aprendizagem sugeridas
se inter-relacionarem, podem se cons tuir muito amplos e/ou em quan dade maior do que
é possível ser trabalhado durante o período de um único bimestre. Isto se jus fica pelo fato
deste componente curricular poder ser ministrado por professores com formações dis ntas
(história, geografia, filosofia e sociologia), fazendo com que certos subtemas estejam sob
maior ou menor domínio de cada docente dado a sua formação cien fica. Assim, deverá o
professor responsável fazer as escolhas temá cas, conceituais e pedagógicas mais
apropriadas para este aprofundamento e que poderão ser desenvolvidas considerando a sua
própria formação, conhecimento cien fico, perfil dos estudantes e o contexto escolar no
qual está inserido.

3º Bimestre - Problema e Ação


Polí cas Públicas
Sugestão de subtemas:
➢ Polí ca pública (distribu vas, redistribu vas, regulatórias,cons tu vas)
➢ Mobilização popular
○ Diretas já
○ O movimento dos cara pintadas
○ As Jornadas de junho de 2013
➢ Projetos sustentáveis
○ Habitações sustentáveis
○ Mobilidade sustentável

35 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Processos Cria vos


EMIFCH06 Propor e testar soluções é cas, esté cas, cria vas e inovadoras para problemas reais
relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, polí ca e/ou cultural,
em âmbito local, regional, nacional e/ou global

Mediação e Intervenção Sociocultural


EMIFCG07 Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, iden ficando e
incorporando valores importantes para si e para o cole vo que assegurem a tomada de decisões
conscientes, consequentes, colabora vas e responsáveis.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes

Mediação e Intervenção Sociocultural


EMIFCH07 Iden ficar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e ameaças a grupos
sociais, à diversidade de modos de vida, às diferentes iden dades culturais e ao meio ambiente, em
âmbito local, regional, nacional e/ou global, com base em fenômenos relacionados às Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas.
EMIFCH08 - Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou cole vas de mediação e intervenção sobre problemas
de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
baseadas no respeito às diferenças, na escuta, na empa a e na responsabilidade socioambiental
EMIFCH09 Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver problemas de natureza
sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, relacionados às
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Subsidiar os estudantes com textos, revistas e ar gos e criar uma oficina de leitura sobre o papel
das polí cas públicas, suas caracterís cas e como elas afetam a vida dos cidadãos. Apresente o
conceito de polí ca pública sustentável, observando a necessidade da permanência das polí cas
públicas entre mandatos (é necessário destacar a diferença entre polí cas de Estado e de
governo). Para essa discussão sugere-se a apreciação do vídeo : O que é sustentabilidade na
polí ca pública? | Nexo Polí cas Públicas disponível em <<
h ps://www.youtube.com/watch?v=n8K1wSFllQ0 >>.

2. Proponha um estudo sobre movimentos populares. Sugerimos três grandes movimentos que
ocorreram em diferentes períodos, mas que se assemelham em seus obje vos: o exercício da
cidadania, a expressão democrá ca e a busca por direitos e deveres sociais.
i. Diretas já
ii. O movimento dos caras pintadas
iii. As Jornadas de junho de 2013
Como ponto de apoio, sugere-se a u lização de documentários como “Senado Documento -
Diretas Já - O grito das ruas - Bloco 1” (disponível em: <<
h ps://www.youtube.com/watch?v=1DE4 IIgh0 >>) e outros que abordem as mobilizações,
para que sejam exibidos e discu dos com intuito de responder ques onamentos como: Quais
fatores contribuíram com a mobilização da sociedade civil? Como essas mobilizações eram
vistas pelas demais parcelas da sociedade? Havia pessoas responsáveis por fomentar o
movimento?

36 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

3. Dividir a turma em 4 equipes que apresentarão, na próxima aula, Projetos sustentáveis em


execução a par r de polí cas públicas que abordem itens como habitação, mobilidade, consumo
de energia, consumo de água entre outros. Os estudantes devem ser orientados a apresentarem
um ou mais projetos de polí cas sustentáveis e alguns de seus pontos posi vos e nega vos,
ressaltando os possíveis impactos ao meio ambiente e, caso houver, formas de minimizar tais
prejuízos ambientais. Esta apresentação pode culminar em uma feira/mostra de sustentabilidade
para que outras turmas (se aberta, também a comunidade) possam conhecer.

4. Diante da necessidade de repensar e criar hábitos sustentáveis para a longevidade do planeta,


desde 1970, alguns órgãos ambientais fazem a medição do índice de sobrecarga da Terra. Essa
medida avalia quanto a humanidade consome de recursos naturais em comparação com o que o
planeta é capaz de regenerar por ano.Estudos indicam que estamos cada vez mais próximos do
esgotamento de recursos naturais, por isso, a necessidade de apresentar e relacionar diferentes
pos de projetos sustentáveis dando ênfase para a compreensão de que eles são um conjunto de
prá cas que tem o obje vo de causar o mínimo de impacto no meio ambiente. Discuta sobre
ações individuais como a subs tuição de sacolas plás cas de supermercado por ecobags, ou por
plás co biodegradável ou o uso de cosmé cos em barra entre outros pequenos hábitos podem
se encaixar ou não no conceito de projetos sustentáveis. A par r desta discussão, proponha aos
estudantes um projeto de mudanças de hábitos simples que envolvam o:
● Despertar para a consciência ambiental;
● Experimentar a liberdade e a autonomia de mudar hábitos;
● Desenvolver habilidades em trabalhos manuais alterna vos;
● Fazer a sua parte cuidando do nosso planeta.
Tais mudanças deverão ser descritas em um diário de bordo com a prá ca realizada, dia, hora. Essa
prá ca deve ser relacionada com mudanças sustentáveis que podem variar dentro da imensidade
de ações sustentáveis. Dê aos estudantes alguns exemplos dessas prá cas como; cul var uma mini
horta em garrafas pets, usar sacolas e garrafas reu lizáveis, separar latas para o descarte do lixo,
banhos rápidos, atenção ao uso de energia elétrica, escolhas por materiais biodegradáveis no
mercado entre outras. Obs.: alguns exemplos de diário de bordo podem ser vistas aqui:
h ps://www.exempl.com.br/exemplo-diario-de-bordo/)

Propostas de Avaliação

Avaliar a par cipação dos estudantes nas apresentações, par cipação geral, postura em sala de
aula e a par r dos registros do diário de bordo .
Autoavaliação
➢ Você considera que conseguiu compreender os temas trabalhados ao longo do bimestre?
➢ Acredita que a feitura de um diário de bordo auxilia a prá ca de reflexão sobre o tema
estudado? Explique como essa experiência o auxiliou?
➢ Como você avalia a sua par cipação e interessante nessa proposta?

37 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

4º Bimestre - Projeto Utopia


O 4º Bimestre desta Unidade Curricular, traz a proposta de um trabalho integrado
entre os quatro componentes curriculares: “Projeto Utopia”. Essa proposta tem como
obje vo principal a construção imaginada de uma Cidade Utópica Sustentável, os temas
trabalhados nos bimestres anteriores servirão de subsídio para a elaboração da proposta.
Algumas perguntas norteadoras do projeto que ponderam os componentes referentes às
Ciências da Natureza e suas Tecnologias podem ser: “O que uma cidade precisa ter para ser
sustentável?”; Onde esta possível cidade está localizada? Quais as condições climá cas e
ambientais?”; “Como seria o processo de obtenção de energia dessa cidade, de modo a
impactar menos possível o ambiente?”; “O descarte de resíduos sólidos se dá de qual
modo?”; “Como o uso da tecnologia contribui para a sustentabilidade dessa cidade?”; “Há
tratamento de esgoto? Como é feito?”; “Quais prá cas sustentáveis são u lizadas pela
população dessa cidade?”; “Há reaproveitamento de água? Como é feito?”; “O que é feito
para diminuir as desigualdades dessa comunidade?”Qual a base econômica dessa cidade? É
uma economia sustentável?”
Já as questões que guiarão as problema zações que se referem aos componentes das
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas abarcarão desde os pilares da sustentabilidade como
“Precisamos de tudo que queremos?”, “O que nos faz querer algo?”, “Precisamos de tudo
que temos?” “Quanto empregamos de recursos naturais para a produção de objetos que
nem sempre valorizamos?” ou em temas complexos como a produção; como os processos
de produção impactam (ou podem impactar) a vida dos indivíduos? Refle r sobre a
produção e a geração de empregos, perpassando temas comuns a CNT como produção de
alimentos sustentáveis e como economia e sustentabilidade se comunicam, bem como
dialogar sobre violências e formas de moradias precárias que compõem o cenário de
desigualdade e perpassam os obstáculos para se alcançar uma cidade sustentável.
É muito importante que os professores de todos os quatro componentes planejem o
bimestre cole vamente, para que as a vidades não fiquem repe vas, sobrepostas ou com
prevalência em um ou outro componente curricular, entendendo que não é preciso
necessariamente trabalhar todas as habilidades elencadas no quadro. As habilidades terão
relação com a situação-problema definida para cada grupo de trabalho. Dessa forma, a cada
aula dos quatro componentes curriculares deste Aprofundamento, no 4º bimestre, os
professores irão organizar os estudantes nos grupos (que se mantêm ao longo das aulas) e

38 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

dar suporte às etapas do projeto em que cada um se encontra. É essencial que a cada aula o
professor consulte os grupos para saber se estão conseguindo avançar nas etapas e
direcione a produção do Projeto para o tempo da aula, evitando demandas para a casa.

4º Bimestre - Construção cole va nos diversos espaços - CHS


Projeto Utopia
Etapas do Projeto
- Etapa Iden ficar: A par r da necessidade e entendimento, definir a situação-problema.
- Etapa Aproximar: Observar o macro e o micro da situação-problema, conhecer, sen r, inves gar,
definir escopo, elaborar pauta e compreender.
- Etapa Propor: Definir critérios para a solução da situação-problema: Imaginar, Idear, desenvolver
hipóteses e soluções.
- Etapa Criar: Desenvolver um projeto integrado para proto par e/ou construir um modelo para
apresentar a solução;
- Etapa Validar e Aprimorar: Testar, experenciar, avaliar, prever e validar.
- Etapa Comunicar, implementar e aprender: Compar lhar, executar, implementar, agir, lançar,
produzir versão final4.

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Inves gação Cien fica


(EMIFCG03) U lizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de inves gações cien ficas para criar
ou propor soluções para problemas diversos.
Processo Cria vo
(EMIFCG05) Ques onar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções cria vas,
originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incertezas e colocá-las em prá ca.
(EMIFCG06) Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias e
plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os interlocutores
pretendidos.
Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, iden ficando e
incorporando valores importantes para si e para o cole vo que assegurem a tomada de decisões
conscientes, consequentes, colabora vas e responsáveis.
(EMIFCG09) Par cipar a vamente da proposição, implementação e avaliação de solução para problemas
socioculturais e/ou ambientais em nível local, regional, nacional e/ou global, corresponsabilizando-se pela
realização de ações e projetos voltados ao bem comum.
Empreendedorismo
(EMIFCG11) U lizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para estabelecer e
adaptar metas, iden ficar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para realizar projetos pessoais e
produ vos com foco, persistência e efe vidade.

4
Adaptado - BRUNO, G. S. e CAROLEI P. Contribuições do Design para o Ensino de Ciências por Inves gação.Revista
Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências 2018, Disponível em:
h ps://periodicos.ufmg.br/index.php/rbpec/ar cle/view/4832 . Acesso em 06 de Ago. de 2022

39 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

(EMIFCG12) Refle r con nuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus obje vos presentes e
futuros, iden ficando aspirações e oportunidades, inclusive relacionadas ao mundo do trabalho, que
orientem escolhas, esforços e ações em relação à sua vida pessoal, profissional e cidadã.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes das Áreas de
Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

Inves gação Cien fica


(EMIFCNT02) Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na dinâmica de fenômenos da
natureza e/ou de processos tecnológicos com ou sem o uso de disposi vos e aplica vos digitais, u lizando
procedimentos e linguagens adequados à inves gação cien fica.
Processos Cria vos
(EMIFCNT04) Reconhecer produtos e/ou processos cria vos por meio de fruição, vivências e reflexão crí ca
sobre a dinâmica dos fenômenos naturais e/ou de processos tecnológicos, com ou sem o uso de disposi vos
e aplica vos digitais (como so wares de simulação e de realidade virtual, entre outros)
(EMIFCNT05) Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos cria vos relacionados às Ciências da
Natureza para resolver problemas reais do ambiente e da sociedade, explorando e contrapondo diversas
fontes de informação.
(EMIFCNT06) Propor e testar soluções é cas, esté cas, cria vas e inovadoras para problemas reais,
considerando a aplicação de design de soluções e o uso de tecnologias digitais, programação e/ou
pensamento computacional que apoiem a construção de protó pos, disposi vos e/ou equipamentos, com o
intuito de melhorar a qualidade de vida e/ou os processos produ vos.

Empreendedorismo
(EMIFCNT10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados às Ciências da Natureza
podem ser u lizados na concre zação de projetos pessoais ou produ vos, considerando as diversas
tecnologias disponíveis e os impactos socioambientais.
(EMIFCNT11) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências da Natureza
para desenvolver um projeto pessoal ou um empreendimento produ vo.
(EMIFCNT12) Desenvolver projetos pessoais ou produ vos, u lizando as Ciências da Natureza e suas
Tecnologias para formular propostas concretas, ar culadas com o projeto de vida.
Processos Cria vos
EMIFCHS05 - Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos cria vos para resolver problemas reais
relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, polí ca e/ou cultural,
em âmbito local, regional, nacional e/ou global.

EMIFCHS06 - Propor e testar soluções é cas, esté cas, cria vas e inovadoras para problemas reais
relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, polí ca e/ou cultural,
em âmbito local, regional, nacional e/ou global.

Mediação e Intervenção Sociocultural


EMIFCHS08 - Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou cole vas de mediação e intervenção sobre problemas
de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
baseadas no respeito às diferenças, na escuta, na empa a e na responsabilidade socioambiental.

Empreendedorismo
EMIFCHS11 - Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas para desenvolver um projeto pessoal ou um empreendimento produ vo, em âmbito local,
regional, nacional e/ou global.

40 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Estratégias de Ensino e Aprendizagem para o Projeto Integrado, que serão desenvolvidas em todas as
aulas dos quatro componentes.

1. Apresentar aos estudantes as possibilidades de temas estruturantes que abrangem uma cidade
sustentável associado às necessidades iden ficadas durante pesquisa, visita guiada e observação ao
longo do bimestre, como por exemplo: Local e Infraestrutura, Economia Solidária, Energia e
Mudanças Climá cas, Resíduos, Água, Transporte, Educação, Governança, Cultura e Lazer;
2. Agrupar os estudantes e propiciar um momento de reflexão para que possam, a par r de algumas
questões norteadoras, definir e inves gar a tema/ situação-problema, tais como: Qual o problema
iden ficado? (o que de fato aconteceu ou está acontecendo?) Quais as possíveis causas? (quais os
fatores que influenciaram para que a situação ocorresse?) Quem foi impactado? (quais as pessoas
ou grupos foram impactadas direta ou indiretamente pela situação? Quais as consequências?(quais
foram os efeitos observáveis e mensuráveis nas pessoas impactadas), para que possam definir e
inves gar a tema/ situação-problema;

3. Analisar o tema/situação-problema, assegurando por meio de momentos de reflexão e discussão a


melhor compreensão e construção do tema/situação-problema. Neste momento, o professor
iden fica qual o nível de compreensão dos estudantes em relação ao tema/situação-problema
definido;

4. Subsidiar os estudantes com materiais de apoio como livro, ar gos, jornais, revistas, pesquisas em
ferramentas de busca, vídeos, podcast, para que possam realizar uma pesquisa e, ao mesmo
tempo, orientá-los como realizar a curadoria destes recursos, para que possam buscar por fontes
confiáveis;

5. Propor a vidades de inves gação, exploração, problema zação, argumentação e assimilação de


conceitos, como clube de debates, oficinas, quizz ou outros jogos, de acordo com os temas
escolhidos pelos estudantes; e bom repertório teórico para fazerem as proposições;

6. Promover um momento em que os estudantes possam sugerir possibilidades de projetos


integrados a par r do que foi vivenciado ao longo dos bimestres;

7. Estabelecer um cronograma com datas, definindo cada etapa do modelo/projeto a par r do


tema/situação-problema decidido pelos estudantes para apresentar a solução;

8. Dividir as tarefas, conforme a escolha do projeto, propiciar um diálogo cole vo entre os estudantes
e guiar os estudos e propostas para que os jovens possam desenvolver e elaborar as primeiras
possibilidades da proposta do modelo/projeto;

9. Fomentar o pensamento crí co e cria vo dos estudantes, por meio de rodas de conversa, debates
para verificar as melhores possibilidades de desenvolvimento do projeto dentro das propostas
feitas pelos estudantes;Mediar os estudantes nas possíveis explicações ou soluções apresentadas
para o projeto integrado e discu r quanto à viabilidade de resolução do problema;

10. Agrupar os estudantes e agir como facilitador do processo para que os estudantes possam fazer
uma imersão nas pesquisas com o foco na resolução do problema;

11. Levantar possíveis estratégias para solução ou amenização para o problema escolhido e debatê-las
por meio de a vidades incubadoras, simulados, laboratórios, a vidades prá cas em ambientes
livres da escola ou da comunidade escolar;

12. Elaborar um mapa mental com os estudantes para decomposição da situação-problema alinhada a
proposta da solução definidora do modelo/projeto;

41 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

13. Planejar o projeto com ações, cronograma, divisão de responsabilidades, atores envolvidos,
recursos e materiais que serão necessários para que os estudantes possam apresentar as possíveis
proposições para o modelo/ projeto selecionado pelos estudantes;

14. Propor um momento de reflexão e elaboração dos elementos essenciais do modelo do projeto/ou
modelo de protó po: nome e versão, nível do projeto/modelo (conceito e se funciona como real),
ideias que sustentam a proposta, por que (qual o desafio que mo vou a criação do
projeto/modelo), para quem se des na o projeto/modelo, o que é (como o protó po se
materializa, quais os impactos e resultados se espera após a apresentação/implementação)5;

15. Selecionar materiais e ferramentas para tornar o projeto/modelo em uma realidade;

16. Vivenciar as etapas do projeto/modelo, tais como: testar, experienciar, avaliar, prever) para futuros
aprimoramentos da proposta de solução;

17. Planejar as etapas da exposição do trabalho final: formato da apresentação, local, nome, público e
montagem;

18. Divulgar o projeto elaborado pelos estudantes.

Propostas de Avaliação

Avaliação
Professor(a), avalie o desenvolvimento das habilidades socioemocionais, como responsabilidade,
autoconhecimento, respeito aos direitos humanos, tolerância, engajamento, cri cidade, respeito a regras,
dentre outras durante a pesquisa e associadas ao tema escolhido tais como:
➢ Observar a realidade local e elencar temas relevantes ao contexto a par r de temas e ou situação-
problema;
➢ Analisar a situação problema, iden ficar causas e consequências definida pelos estudantes;
➢ As possíveis hipóteses elencadas, compar lhadas com seus pares e aplicadas;
➢ A habilidades dos estudantes em construir argumento coerente e que possibilite-o a fazer a defesa
da proposição de resolução de problema;
➢ A capacidade dos estudantes em observar e respeitar a diversidade de culturas, posicionamento e
opiniões6;

Autoavaliação
➢ Você considera que conseguiu por meio da proposta apresentada evidenciar o papel do cidadão
para a construção de uma cidade sustentável? Qual foi sua maior dificuldade na apresentação?
➢ Compreendeu a importância das etapas vivenciadas ao longo dos bimestres para propor o projeto
integrado?
➢ Ao experienciar o projeto integrado, você considera que as a vidades possibilitaram desenvolver
e/ou aprimorar competências e habilidades de a vidades em grupo?
➢ Como você avalia a exposição final do projeto? Descreva o que foi mais interessante.
➢ Você considera que o projeto proposto pelo grupo alcance e sensibilize a comunidade escolar?

5
Adaptado: Narcizo, R. Curso Design Thinking - Módulo - Transição
6
Adaptado. Metodologia de resolução de problema, aplicada a aula de produção de texto. Disponível em:
https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/13611/9171 Acesso em: 17 de Ago. 2022

42 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

CNT - Cidade e meio ambiente


Aprofundamento em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
e Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Cidades Sustentáveis

Cidade e Meio Ambiente


1º Bimestre 2º Bimestre 3º Bimestre 4º Bimestre

Modificação da Paisagem Efeitos do Antropoceno Usos da água Projeto Utopia

1º Bimestre - Modificação da Paisagem


O 1º bimestre do componente Cidade e Meio Ambiente traz como proposta
“Modificação da paisagem”, com o obje vo de um estudo crí co e analí co sobre o processo
de transformação do espaço geográfico, tanto no meio urbano quanto no meio rural, tendo
como ponto focal os possíveis impactos posi vos e nega vos ao Meio Ambiente, bem como
à sociedade. Juntamente com as propostas dos bimestres seguintes Efeito do Antropoceno,
Usos da Água e Projeto Utopia visa aprofundar a compreensão do conceito de
sustentabilidade e de planejamento urbano.

1º Bimestre - Cidade e meio ambiente


Modificação da Paisagem
Sugestão de subtemas:
➢ Urbanização;
➢ Descobertas cien ficas que foram fundamentais para as inovações tecnológicas na construção civil,
transporte,energia, saneamento básico;
➢ Biomas brasileiros;
➢ Natureza e processos de transformação;
➢ Desequilíbrio ecológico (alteração das propriedades sicas, químicas e biológicas do meio ambiente);
➢ Condições esté cas e sanitárias do meio ambiente;
➢ Alterações ambientais e doenças.

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Inves gação Cien fica


EMIFCG01 - Iden ficar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
cri cidade e é ca, inclusive u lizando o apoio de tecnologias digitais.
EMIFCG02 - Posicionar-se com base em critérios cien ficos, é cos e esté cos, u lizando dados, fatos e
evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas,
coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia, jus ça
social, pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.

43 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

EMIFCG03 - U lizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de inves gações cien ficas para criar
ou propor soluções para problemas diversos.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes

Inves gação Cien fica


EMIFCNT01 - Inves gar e analisar situações-problema e variáveis que interferem na dinâmica de fenômenos
da natureza e/ou de processos tecnológicos, considerando dados e informações disponíveis em diferentes
mídias, com ou sem o uso de disposi vos e aplica vos digitais.
EMIFCNT02 - Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na dinâmica de fenômenos da
natureza e/ou de processos tecnológicos, com ou sem o uso de disposi vos e aplica vos digitais, u lizando
procedimentos e linguagens adequados à inves gação cien fica.
EMIFCNT03 - Selecionar e sistema zar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a dinâmica dos fenômenos da natureza
e/ou de processos tecnológicos, iden ficando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante
argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos recursos u lizados na pesquisa e buscando apresentar
conclusões com o uso de diferentes mídias.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Propor um diálogo sobre: o papel da ciência na urbanização, com ênfase no desenvolvimento da


tecnologia, o progresso da ciência e as transformações na sociedade;

2. Conduzir um momento de reflexão sobre os impactos da urbanização sobre o planeta para coletar
informações e avaliar as concepções prévias dos estudantes. Essa ação poderá ser problema zada da
seguinte forma: Quais os caminhos para resolver e equacionar as áreas verdes com o avanço da
urbanização?

3. Propiciar um momento no qual pessoas de diferentes gerações compar lhem suas histórias e
lembranças acerca da comunidade na qual estão inseridos, relembrando as principais mudanças, o que
sentem falta, etc, de modo a integrar a comunidade e fortalecer a iden dade cultural e regional da
comunidade. Pode ser interessante gravar, mediante autorização, trechos dos depoimentos ou elaborar
alguma forma de registro dos relatos, como mapa mental ou painel informa vo;

4. Esquema zar e relacionar por meio de uma tabela compara va os pos de impactos ambientais
(posi vo, nega vo, direto, indireto, local, regional, imediato, a médio e longo prazo, temporário,
permanente);

5. Elaborar um roteiro da a vidade para que os estudantes sejam orientados e ao longo da pesquisa
possam iden ficar e registrar no caderno os pos de alteração observados no meio ambiente de médio
e longo prazo, permanente e temporária;

6. Direcionar uma pesquisa acerca de possíveis doenças emergidas na sociedade causadas em virtude das
alterações do meio ambiente;

7. Elaborar e propor um roteiro de pesquisa para que os estudantes possam inves gar e registrar os pos
de alterações observadas no meio ambiente em médio e longo prazos, de forma permanente e
temporária. Essa pesquisa poderá incluir uma curadoria de fotos, vídeos, reportagens, gravações com a
comunidade entre outros registros. Subsidiar os estudantes com materiais de apoio como livros, ar gos,
jornais, revistas, sites de busca, vídeos, podcasts para pesquisa. No entanto, incen var que os

44 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

estudantes também possam apresentar possíveis fontes de pesquisa, propiciando a eles reflexões sobre
escolhas responsáveis sobre essas fontes.

8. Para que os estudantes con nuem seu aprendizado sobre modificação na paisagem e o impacto
causado a par r dela, poderão pesquisar/debater (ou outra ação) sobre as diferentes etapas de
construção de prédios, casas, indústrias que resultam em alto gasto energé co, impactos ambientais
como destruição da fauna e flora locais. Esse conhecimento é importante para caracterizar e realizar
conexões com o que aprendeu nas pesquisas anteriores;

9. Organizar a turma em grupos, de modo que cada equipe fique responsável por um bioma brasileiro.
Orientar que os estudantes busquem informações acerca das transformações que esses biomas estão
passando;

10. Fazer uma visita guiada em algum parque ou reserva ecológica próxima à comunidade escolar. Mostrar
a importância das unidades de conservação para a preservação de biomas e ecossistemas brasileiros;

11. Para promover uma culminância de tudo que foi visto ao longo do bimestre, realizar um debate sobre
urbanização acelerada e os impactos que isso causa para a população e para o Meio Ambiente, como
habitações precárias, falta de saneamento básico, di cil acesso aos serviços de saúde, surgimento de
doenças, poluição de cursos d'água etc.

Propostas de Avaliação

A avaliação no I nerário Forma vo tem como premissa oportunizar ao estudante o


desenvolvimento da metacognição, acentuando sua natureza processual e forma va. O fato de não haver
reprovação nos componentes curriculares do I nerário Forma vo não significa que estes não devam ser
avaliados. Deve-se garan r preferencialmente a autoavaliação, bem como o “feedback” do professor quanto
à apropriação de habilidades e competências, visando o avanço con nuo do estudante.
Para fins técnico-didá cos, o professor deverá atribuir notas de 60 a 100 pontos anuais para cada
estudante. Assim, é primordial definir critérios para essa distribuição, demonstrando aos estudantes a
importância do processo de aprimoramento e adequação, ajustando a mediação da aprendizagem,
qualificando-a ainda mais ao perfil dos estudantes e à realidade local.
Avaliar o caderno de registro, que comprova a par cipação nas a vidades e realização das tarefas
propostas. O docente pode avaliar o envolvimento e aprendizagem durante as produções da tabela
compara va, visita guiada e debates.
Cabe ressaltar que todas produções e a vidades desenvolvidas ao longo do bimestre são potenciais
ferramentas avalia vas para o docente.

Avaliação do Grupo
➢ Quais os maiores desafios ao longo da pesquisa?
Avaliação do percurso
➢ Você considera que os temas abordados ao longo do bimestre tem relevância para a comunidade?
Por quê?
➢ Quais novidades ou informações que antes eram desconhecidas foram acrescentadas à sua
observação a par r dos depoimentos das pessoas da comunidade acerca das mudanças locais?
Autoavaliação
➢ Explique como você vivenciou as tarefas. Análise de dados e tabelas, visita guiada possibilitou
evidenciar o problema e pensar em proposições?
➢ Como você julga a sua par cipação neste bimestre?

45 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

2º Bimestre - Efeitos do Antropoceno


Para o 2º bimestre de Cidade e Meio Ambiente a proposta é “Efeitos do
Antropoceno”, na qual pretende-se a sensibilização dos estudantes acerca das
consequências trazidas pela interferência do homem na natureza, além de mo vá-los a
serem cidadãos mais comprome dos com a preservação da natureza e conscientes da
importância da conservação dos recursos naturais não renováveis. Importante ressaltar que
o professor deve fazer uma seleção dos subtemas a serem trabalhados alinhados às
estratégias de ensino e aprendizagem que consolidarão as habilidades propostas.

2º Bimestre - Cidade e meio ambiente


Efeitos do Antropoceno
Sugestão de subtemas:
➢ História da Terra;
➢ Consumismo;
➢ Mineração, Agricultura e pecuária;
➢ Redução da biodiversidade;
➢ Exploração florestal;
➢ A vidade industrial;
➢ Descarte incorreto do resíduo sólido;
➢ Uso incorreto da água e do solo;
➢ Diferentes pos de poluição;
➢ Modificação Gené ca;
➢ Problemas acerca do deslocamento de animais silvestres para áreas urbanas;
➢ Destruição de habitats e suas consequências;
➢ Mudanças climá cas e a ex nção de animais silvestres;
➢ Indústria farmacêu ca e a exploração/caça de animais;
➢ Derre mento das calotas polares e suas consequências.

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Inves gação Cien fica


EMIFCG01 - Iden ficar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
cri cidade e é ca, inclusive u lizando o apoio de tecnologias digitais.
EMIFCG02 - Posicionar-se com base em critérios cien ficos, é cos e esté cos, u lizando dados, fatos e
evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas,
coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia, jus ça
social, pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.
EMIFCG03 - U lizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de inves gações cien ficas para criar
ou propor soluções para problemas diversos.
Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, iden ficando e
incorporando valores importantes para si e para o cole vo que assegurem a tomada de decisões
conscientes, consequentes, colabora vas e responsáveis.

46 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes

Inves gação Cien fica


EMIFCNT01 - Inves gar e analisar situações-problema e variáveis que interferem na dinâmica de fenômenos
da natureza e/ou de processos tecnológicos, considerando dados e informações disponíveis em diferentes
mídias, com ou sem o uso de disposi vos e aplica vos digitais.
EMIFCNT02 - Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na dinâmica de fenômenos da
natureza e/ou de processos tecnológicos, com ou sem o uso de disposi vos e aplica vos digitais, u lizando
procedimentos e linguagens adequados à inves gação cien fica.
EMIFCNT03 - Selecionar e sistema zar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a dinâmica dos fenômenos da natureza
e/ou de processos tecnológicos, iden ficando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante
argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos recursos u lizados na pesquisa e buscando apresentar
conclusões com o uso de diferentes mídias.
Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCNT08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências da Natureza
para propor ações individuais e/ou cole vas de mediação e intervenção sobre problemas socioculturais e
problemas ambientais.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Trabalhar de forma dialogada a história da Terra, o surgimento do homem e as consequências das


ações antrópicas para o planeta. Vídeos podem ser u lizados para repertoriar este momento;
Sugestões de vídeos:
- O tempo geológico e o Antropoceno. Disponível em:
h ps://www.youtube.com/watch?v=4pmJAsjPS_4. Acesso em: 28 de out. de 2022.
- Quanto tempo durarão os impactos humanos? - David Biello. Disponível em:
h ps://ed.ted.com/lessons/how-long-will-human-impacts-last-david-biello?utm_source=C
OUNTDOWN&utm_campaign=95c4654571-EMAIL_CAMPAIGN_2021_11_04_04_56_COPY
_01&utm_medium=email&utm_term=0_4d72461a71-95c4654571-306945129. Acesso
em: 28 de out. de 2022.
- Milênio: Geólogo britânico Colin Waters fala sobre a era do antropoceno. Disponível em:
h ps://g1.globo.com/globonews/milenio/video/milenio-geologo-britanico-colin-waters-fal
a-sobre-a-era-do-antropoceno-5013198.ghtml. Acesso em: 28 de out. de 2022.
- Mudanças climá cas. Disponível em: h ps://www.youtube.com/embed/sCxIqgZA7ag.
Acesso em: 03 de nov. de 2022.
2. Convidar os estudantes a observar a produção de lixo no ambiente escolar e simular a quan dade
produzida durante uma semana, um mês e um ano. Apresentar o documentário “Lixo
Extraordinário” (Disponível em: h ps://www.youtube.com/watch?v=V-lG67j1Lkg) e solicitar que os
estudantes proponham ações sustentáveis para a des nação do lixo;

3. Trazer dados do AKATU sobre o quanto de lixo produzimos por dia e produzir oficinas com as
questões-problema: “De onde sairá tanta matéria-prima para abastecer as nossas necessidades
cada dia maiores?”, “Onde depositaremos tanto lixo de materiais e embalagens que compramos e
não precisamos”? O que podemos fazer para reverter essa situação caó ca?”, “Por que os produtos
eletrônicos duram menos se a tecnologia só evolui?”;

4. Propor aos estudantes Júris Simulado, com temas relacionados à interferência humana no Meio
Ambiente, como modificações gené cas, mineração, pesca industrial etc;

47 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

5. Fazer um levantamento de espécies ameaçadas de ex nção no Brasil, por meio de sites de busca,
jornais, livros e revistas e pedir para que os alunos desenvolvam projetos de conservação de
animais ameaçados e levantar hipóteses de possíveis causas de ex nção da fauna brasileira;

6. Fazer estudos de caso sobre os impactos trazidos pela agricultura e pecuária no Brasil, como
desmatamento, emissão de gases estufa, sistemas de irrigação (Pivôs) etc;

7. Trabalhar a relação entre fuligem e derre mento das calotas polares por meio da metodologia
ensino por inves gação, apresentar imagens e levantar as seguintes questões: “O que vocês acham
que está acontecendo?”, “De onde vem essa fuligem?”, “Vocês acham que essa fuligem está
causando algum po de impacto ambiental, como acontece?”. Pode ser feita, também, uma
a vidade prá ca sobre absorção de luz em super cies claras e escuras;

8. Desenvolver com os estudantes o Projeto Sabão Ecológico. Para a realização desta a vidade o
professor deve mobilizar seus estudantes para arrecadarem óleo de cozinha usado para a produção
do sabão orgânico. Após a arrecadação do óleo, é interessante que o professor faça um momento
de conscien zação acerca da quan dade de óleo que é descartado e, muitas vezes, de forma
inadequada, além de colocar em pauta a forma com que este material impacta nega vamente o
ambiente e a importância de alterna vas sustentáveis de reaproveitamento desse po de material,
de modo a contribuir para a preservação ambiental. Para produzir o sabão ecológico, existem várias
receitas disponíveis na internet, mas como sugestão disponibiliza-se o site eCycle
(h ps://www.ecycle.com.br/sabao-caseiro/). Cabe ressaltar que para produzir o sabão ecológico
deve se atentar ao uso dos equipamentos de segurança como máscaras, luvas e óculos, assim como
extrema atenção ao manuseio dos produtos químicos, visto que podem causar problemas quando
u lizados inadequadamente.

Propostas de Avaliação

Avaliar o caderno de registro, que comprova a par cipação nas a vidades e realização das tarefas propostas.
O docente pode avaliar (fazendo devolu va ao estudante) o envolvimento e aprendizagem durante a
execução do Projeto Sabão Ecológico, Júri Simulado e demais a vidades desenvolvidas. Cabe ressaltar que
todas produções e a vidades desenvolvidas ao longo do bimestre são potenciais ferramentas avalia vas
para o docente.

Avaliação do Grupo
➢ Como foi a par cipação e o engajamento durante a realização das a vidades?
➢ O aprendizado gerou alguma mudança de comportamento? Qual?
Avaliação do percurso
➢ Você gostou de vivenciar as experiências do bimestre?
➢ Você considera que os temas abordados ao longo do bimestre são relevantes para sensibilizar
acerca dos problemas causados pela a vidade humana no planeta? Por quê?
Autoavaliação
➢ Como você julga a sua par cipação neste bimestre?
➢ Com relação ao seu es lo de vida, você acha que está ajudando a preservar ou impactar o meio
ambiente? O que você pode fazer para melhorar?

48 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

3º Bimestre - Usos da água


A proposta que permeia o 3º bimestre do componente curricular Cidade e Meio
Ambiente aborda os “Usos da água”. Com isso pretende-se desenvolver nos estudantes a
conscien zação a respeito da importância da água para o equilíbrio do planeta, assim como
fomentar o interesse de preservação desse recurso finito e essencial à vida.

3º Bimestre - Cidade e meio ambiente


Usos da água
Sugestão de subtemas:
➢ Distribuição de água na Terra;
➢ Cursos de água locais;
➢ Pegada Hídrica e Água virtual;
➢ Planejamento urbano e abastecimento de água;
➢ Drenagem urbana;
➢ Reuso da água;
➢ Processos de captação de água;
➢ Tratamento da água;
➢ Dessalinização da água;
➢ Água nas indústrias;
➢ Crise hídrica;
➢ Deser ficação;
➢ Transposição de rios e seus impactos;
➢ Poluição das águas;
➢ Eutrofização;
➢ Vetores de doenças em ambientes aquá cos;
➢ Consumo consciente da água.

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Inves gação Cien fica


EMIFCG01 - Iden ficar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
cri cidade e é ca, inclusive u lizando o apoio de tecnologias digitais.
EMIFCG02 - Posicionar-se com base em critérios cien ficos, é cos e esté cos, u lizando dados, fatos e
evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas,
coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia, jus ça social,
pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.
EMIFCG03 - U lizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de inves gações cien ficas para criar ou
propor soluções para problemas diversos.
Processos Cria vos
EMIFCG04 - Reconhecer e analisar diferentes manifestações cria vas, ar s cas e culturais, por meio de vivências
presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade, cri cidade e cria vidade.
EMIFCGOS - Ques onar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções cria vas,
originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incertezas e colocá-las em prá ca.
EMIFCG06 - Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias e
plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os interlocutores
pretendidos.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCNT07 - Iden ficar e explicar questões socioculturais e ambientais relacionadas a fenômenos sicos,
químicos e/ou biológicos.

49 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

EMIFCNT08 - Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências da Natureza para
propor ações individuais e/ou cole vas de mediação e intervenção sobre problemas socioculturais e problemas
ambientais.
EMIFCNT09 - Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver problemas de natureza
sociocultural e de natureza ambiental relacionados às Ciências da Natureza.
Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes

Inves gação Cien fica


EMIFCNT01 - Inves gar e analisar situações-problema e variáveis que interferem na dinâmica de fenômenos da
natureza e/ou de processos tecnológicos, considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias,
com ou sem o uso de disposi vos e aplica vos digitais.
EMIFCNT02 - Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na dinâmica de fenômenos da natureza
e/ou de processos tecnológicos, com ou sem o uso de disposi vos e aplica vos digitais, u lizando procedimentos
e linguagens adequados à inves gação cien fica.
EMIFCNT03 - Selecionar e sistema zar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a dinâmica dos fenômenos da natureza e/ou
de processos tecnológicos, iden ficando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação,
com o cuidado de citar as fontes dos recursos u lizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso
de diferentes mídias.
Processos Cria vos
EMIFCNT04 - Reconhecer produtos e/ou processos cria vos por meio de fruição, vivências e reflexão crí ca
sobre a dinâmica dos fenômenos naturais e/ou de processos tecnológicos, com ou sem o uso de disposi vos e
aplica vos digitais (como so wares de simulação e de realidade virtual, entre
outros).
EMIFCNT05- Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos cria vos relacionados às Ciências da Natureza
para resolver problemas reais do ambiente e da sociedade, explorando e contrapondo diversas fontes de
informação.
EMIFCNT06 - Propor e testar soluções é cas, esté cas, cria vas e inovadoras para problemas reais,
considerando a aplicação de design de soluções e o uso de tecnologias digitais, programação e/ou pensamento
computacional que apoiem a construção de protó pos, disposi vos e/ou equipamentos, com o intuito de
melhorar a qualidade de vida e/ou os processos produ vos.

Mediação e Intervenção Sociocultural


EMIFCNT07 - Iden ficar e explicar questões socioculturais e ambientais relacionadas a fenômenos sicos,
químicos e/ou biológicos.
EMIFCNT08 - Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências da Natureza para
propor ações individuais e/ou cole vas de mediação e intervenção sobre problemas socioculturais e problemas
ambientais.
EMIFCNT09 - Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver problemas de natureza
sociocultural e de natureza ambiental relacionados às Ciências da Natureza.
Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Fazer visita técnica com os estudantes em Centros de Tratamento de Água, para que eles entendam
quais são os processos de tratamento que a água sofre até chegar às casas de forma potável e própria
para o consumo. É interessante, também, que o professor aplique um Relatório de Visita Técnica, onde
os alunos irão dissertar sobre o que foi tratado na visitação;

2. Fazer estudos e pesquisas acerca dos cursos de água presentes na comunidade e construir possíveis
estratégias de preservação desses locais. Além disso, é viável que essa proposta de projeto de
conservação e uso consciente da água seja divulgada para toda a comunidade escolar, seja por meio de
oficinas, feiras, rodas de conversa etc;

3. Desenvolver no campo escolar medidas de captação e armazenamento de água da chuva para u lização
nas demandas da própria escola. Cabe ressaltar que após a água ser armazenada ela deve ser tratada
para que permaneça em condições adequadas para o consumo durante um período de tempo maior. É

50 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

viável que os resultados desse projeto sejam disponibilizados em repositórios para que outras pessoas
tenham acesso;

4. Propor aos estudantes um estudo inves ga vo das principais causas de poluição das águas, analisando
a realidade local, solicitar que eles desenvolvam medidas para tratamento dessas águas, ou formas de
mi gação dessa poluição. A Lagoa da Pampulha é um clássico exemplo referente à poluição aquá ca, na
qual, com o passar dos anos, tornou-se uma lagoa totalmente eutrofizada, desse modo é interessante
que essa temá ca seja um objeto de estudo, dado que é um Patrimônio Cultural da Humanidade e está
presente no Estado;

5. Fazer um levantamento epidemiológico acerca das principais doenças causadas por vetores que se
relacionam com a água presentes na região onde está localizada a escola. Escolher a doença de maior
prevalência e desenvolver campanhas de prevenção para a comunidade escolar;

6. Trabalhar de forma analí ca e crí ca o tema “Transposição de rios”, fazendo apontamentos dos pontos
posi vos e nega vos dessa técnica. Buscar informações acerca da Transposição do Rio São Francisco,
por meio de sites de busca, revistas, jornais etc. Após isso, solicitar aos alunos que produzam um
podcast falando sobre o andamento da Transposição do Rio São Francisco, ressaltando sua finalidade e
como será desenvolvida.

Propostas de Avaliação

Além do caderno de registros, que comprova a par cipação nas a vidades e realização das tarefas propostas, o
professor pode avaliar, também, as propostas de resolução de problemas dos estudantes, o Relatório de Visita
Técnica, assim como o engajamento para execução dos trabalhos propostos. Cabe ressaltar que todas produções
e a vidades desenvolvidas ao longo do bimestre são potenciais ferramentas avalia vas para o docente.

Avaliação do grupo
➢ Como foi a par cipação dos colegas na realização das a vidades?
➢ O aprendizado ocorrido gerou mudanças na cole vidade?
Avaliação do Percurso
➢ Você julga o tema do bimestre, Usos da água, importante para a sociedade? Por que?
Autoavaliação
➢ Explique como foi seu desempenho ao longo do bimestre. Foi proa vo? Poderia ter se empenhado
mais? De qual forma?
➢ As discussões ocorridas ao longo do bimestre contribuíram para mudar alguns dos seus pensamentos
e/ou a tudes? Se sim, quais?
➢ Teve dificuldade em desenvolver alguma a vidade? Se sim, o que fez para superar?

4º Bimestre - Projeto Utopia


O 4º Bimestre desta Unidade Curricular, traz a proposta de um trabalho integrado
entre os quatro componentes curriculares: “Projeto Utopia”. Essa proposta tem como
obje vo principal a construção imaginada de uma Cidade Utópica Sustentável, os temas
trabalhados nos bimestres anteriores servirão de subsídio para a elaboração da proposta.
Algumas perguntas norteadoras do projeto que ponderam os componentes referentes às
Ciências da Natureza e suas Tecnologias podem ser: “O que uma cidade precisa ter para ser
sustentável?”; Onde esta possível cidade está localizada? Quais as condições climá cas e

51 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

ambientais?”; “Como seria o processo de obtenção de energia dessa cidade, de modo a


impactar menos possível o ambiente?”; “O descarte de resíduos sólidos se dá de qual
modo?”; “Como o uso da tecnologia contribui para a sustentabilidade dessa cidade?”; “Há
tratamento de esgoto? Como é feito?”; “Quais prá cas sustentáveis são u lizadas pela
população dessa cidade?”; “Há reaproveitamento de água? Como é feito?”; “O que é feito
para diminuir as desigualdades dessa comunidade?”Qual a base econômica dessa cidade? É
uma economia sustentável?”
Já as questões que guiarão as problema zações que se referem aos componentes das
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas abarcarão desde os pilares da sustentabilidade como
“Precisamos de tudo que queremos?”, “O que nos faz querer algo?”, “Precisamos de tudo
que temos?” “Quanto empregamos de recursos naturais para a produção de objetos que
nem sempre valorizamos?” ou em temas complexos como a produção; como os processos
de produção impactam (ou podem impactar) a vida dos indivíduos? Refle r sobre a
produção e a geração de empregos, perpassando temas comuns a CNT como produção de
alimentos sustentáveis e como economia e sustentabilidade se comunicam, bem como
dialogar sobre violências e formas de moradias precárias que compõem o cenário de
desigualdade e perpassam os obstáculos para se alcançar uma cidade sustentável.
É muito importante que os professores de todos os quatro componentes planejem o
bimestre cole vamente, para que as a vidades não fiquem repe vas, sobrepostas ou com
prevalência em um ou outro componente curricular, entendendo que não é preciso
necessariamente trabalhar todas as habilidades elencadas no quadro. As habilidades terão
relação com a situação-problema definida para cada grupo de trabalho. Dessa forma, a cada
aula dos quatro componentes curriculares deste Aprofundamento, no 4º bimestre, os
professores irão organizar os estudantes nos grupos (que se mantêm ao longo das aulas) e
dar suporte às etapas do projeto em que cada um se encontra. É essencial que a cada aula o
professor consulte os grupos para saber se estão conseguindo avançar nas etapas e
direcione a produção do Projeto para o tempo da aula, evitando demandas para a casa.

52 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

4º Bimestre - Construção cole va nos diversos espaços - CHS


Projeto Utopia

Etapas do Projeto
- Etapa Iden ficar: A par r da necessidade e entendimento, definir a situação-problema.
- Etapa Aproximar: Observar o macro e o micro da situação-problema, conhecer, sen r, inves gar,
definir escopo, elaborar pauta e compreender.
- Etapa Propor: Definir critérios para a solução da situação-problema: Imaginar, Idear, desenvolver
hipóteses e soluções.
- Etapa Criar: Desenvolver um projeto integrado para proto par e/ou construir um modelo para
apresentar a solução;
- Etapa Validar e Aprimorar: Testar, experenciar, avaliar, prever e validar.
- Etapa Comunicar, implementar e aprender: Compar lhar, executar, implementar, agir, lançar,
produzir versão final7.

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Inves gação Cien fica


(EMIFCG03) U lizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de inves gações cien ficas para criar ou
propor soluções para problemas diversos.
Processo Cria vo
(EMIFCG05) Ques onar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções cria vas,
originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incertezas e colocá-las em prá ca.
(EMIFCG06) Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias e
plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os interlocutores
pretendidos.
Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, iden ficando e
incorporando valores importantes para si e para o cole vo que assegurem a tomada de decisões conscientes,
consequentes, colabora vas e responsáveis.
(EMIFCG09) Par cipar a vamente da proposição, implementação e avaliação de solução para problemas
socioculturais e/ou ambientais em nível local, regional, nacional e/ou global, corresponsabilizando-se pela
realização de ações e projetos voltados ao bem comum.
Empreendedorismo
(EMIFCG11) U lizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para estabelecer e
adaptar metas, iden ficar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para realizar projetos pessoais e produ vos
com foco, persistência e efe vidade.
(EMIFCG12) Refle r con nuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus obje vos presentes e
futuros, iden ficando aspirações e oportunidades, inclusive relacionadas ao mundo do trabalho, que
orientem escolhas, esforços e ações em relação à sua vida pessoal, profissional e cidadã.

7
Adaptado - BRUNO, G. S. e CAROLEI P. Contribuições do Design para o Ensino de Ciências por Inves gação.Revista
Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências 2018, Disponível em:
h ps://periodicos.ufmg.br/index.php/rbpec/ar cle/view/4832 . Acesso em 06 de Ago. de 2022

53 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes das Áreas de
Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

Inves gação Cien fica


(EMIFCNT02) Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na dinâmica de fenômenos da
natureza e/ou de processos tecnológicos com ou sem o uso de disposi vos e aplica vos digitais, u lizando
procedimentos e linguagens adequados à inves gação cien fica.
Processos Cria vos
(EMIFCNT04) Reconhecer produtos e/ou processos cria vos por meio de fruição, vivências e reflexão crí ca
sobre a dinâmica dos fenômenos naturais e/ou de processos tecnológicos, com ou sem o uso de disposi vos
e aplica vos digitais (como so wares de simulação e de realidade virtual, entre outros)
(EMIFCNT05) Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos cria vos relacionados às Ciências da Natureza
para resolver problemas reais do ambiente e da sociedade, explorando e contrapondo diversas fontes de
informação.
(EMIFCNT06) Propor e testar soluções é cas, esté cas, cria vas e inovadoras para problemas reais,
considerando a aplicação de design de soluções e o uso de tecnologias digitais, programação e/ou
pensamento computacional que apoiem a construção de protó pos, disposi vos e/ou equipamentos, com o
intuito de melhorar a qualidade de vida e/ou os processos produ vos.

Empreendedorismo
(EMIFCNT10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados às Ciências da Natureza
podem ser u lizados na concre zação de projetos pessoais ou produ vos, considerando as diversas
tecnologias disponíveis e os impactos socioambientais.
(EMIFCNT11) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências da Natureza
para desenvolver um projeto pessoal ou um empreendimento produ vo.
(EMIFCNT12) Desenvolver projetos pessoais ou produ vos, u lizando as Ciências da Natureza e suas
Tecnologias para formular propostas concretas, ar culadas com o projeto de vida.
Processos Cria vos
EMIFCHS05 - Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos cria vos para resolver problemas reais
relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, polí ca e/ou cultural,
em âmbito local, regional, nacional e/ou global.

EMIFCHS06 - Propor e testar soluções é cas, esté cas, cria vas e inovadoras para problemas reais
relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, polí ca e/ou cultural,
em âmbito local, regional, nacional e/ou global.

Mediação e Intervenção Sociocultural


EMIFCHS08 - Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou cole vas de mediação e intervenção sobre problemas
de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, baseadas
no respeito às diferenças, na escuta, na empa a e na responsabilidade socioambiental.

Empreendedorismo
EMIFCHS11 - Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas para desenvolver um projeto pessoal ou um empreendimento produ vo, em âmbito local,
regional, nacional e/ou global.

54 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Estratégias de Ensino e Aprendizagem para o Projeto Integrado, que serão desenvolvidas em todas as aulas
dos quatro componentes.

1. Apresentar aos estudantes as possibilidades de temas estruturantes que abrangem uma cidade
sustentável associado às necessidades iden ficadas durante pesquisa, visita guiada e observação ao
longo do bimestre, como por exemplo: Local e Infraestrutura, Economia Solidária, Energia e
Mudanças Climá cas, Resíduos, Água, Transporte, Educação, Governança, Cultura e Lazer;

2. Agrupar os estudantes e propiciar um momento de reflexão para que possam, a par r de algumas
questões norteadoras, definir e inves gar a tema/ situação-problema, tais como: Qual o problema
iden ficado? (o que de fato aconteceu ou está acontecendo?) Quais as possíveis causas? (quais os
fatores que influenciaram para que a situação ocorresse?) Quem foi impactado? (quais as pessoas
ou grupos foram impactadas direta ou indiretamente pela situação? Quais as consequências?(quais
foram os efeitos observáveis e mensuráveis nas pessoas impactadas), para que possam definir e
inves gar a tema/ situação-problema;

3. Analisar o tema/situação-problema, assegurando por meio de momentos de reflexão e discussão a


melhor compreensão e construção do tema/situação-problema. Neste momento, o professor
iden fica qual o nível de compreensão dos estudantes em relação ao tema/situação-problema
definido;

4. Subsidiar os estudantes com materiais de apoio como livro, ar gos, jornais, revistas, pesquisas em
ferramentas de busca, vídeos, podcast, para que possam realizar uma pesquisa e, ao mesmo tempo,
orientá-los como realizar a curadoria destes recursos, para que possam buscar por fontes confiáveis;

5. Propor a vidades de inves gação, exploração, problema zação, argumentação e assimilação de


conceitos, como clube de debates, oficinas, quizz ou outros jogos, de acordo com os temas
escolhidos pelos estudantes; e bom repertório teórico para fazerem as proposições;

6. Promover um momento em que os estudantes possam sugerir possibilidades de projetos integrados


a par r do que foi vivenciado ao longo dos bimestres;

7. Estabelecer um cronograma com datas, definindo cada etapa do modelo/projeto a par r do


tema/situação-problema decidido pelos estudantes para apresentar a solução;

8. Dividir as tarefas, conforme a escolha do projeto, propiciar um diálogo cole vo entre os estudantes e
guiar os estudos e propostas para que os jovens possam desenvolver e elaborar as primeiras
possibilidades da proposta do modelo/projeto;

9. Fomentar o pensamento crí co e cria vo dos estudantes, por meio de rodas de conversa, debates
para verificar as melhores possibilidades de desenvolvimento do projeto dentro das propostas feitas
pelos estudantes;Mediar os estudantes nas possíveis explicações ou soluções apresentadas para o
projeto integrado e discu r quanto à viabilidade de resolução do problema;

10. Agrupar os estudantes e agir como facilitador do processo para que os estudantes possam fazer uma
imersão nas pesquisas com o foco na resolução do problema;

11. Levantar possíveis estratégias para solução ou amenização para o problema escolhido e debatê-las
por meio de a vidades incubadoras, simulados, laboratórios, a vidades prá cas em ambientes livres
da escola ou da comunidade escolar;

12. Elaborar um mapa mental com os estudantes para decomposição da situação-problema alinhada a
proposta da solução definidora do modelo/projeto;

55 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

13. Planejar o projeto com ações, cronograma, divisão de responsabilidades, atores envolvidos,
recursos e materiais que serão necessários para que os estudantes possam apresentar as possíveis
proposições para o modelo/ projeto selecionado pelos estudantes;

14. Propor um momento de reflexão e elaboração dos elementos essenciais do modelo do projeto/ou
modelo de protó po: nome e versão, nível do projeto/modelo (conceito e se funciona como real),
ideias que sustentam a proposta, por que (qual o desafio que mo vou a criação do projeto/modelo),
para quem se des na o projeto/modelo, o que é (como o protó po se materializa, quais os
impactos e resultados se espera após a apresentação/implementação)8;

15. Selecionar materiais e ferramentas para tornar o projeto/modelo em uma realidade;

16. Vivenciar as etapas do projeto/modelo, tais como: testar, experienciar, avaliar, prever) para futuros
aprimoramentos da proposta de solução;

17. Planejar as etapas da exposição do trabalho final: formato da apresentação, local, nome, público e
montagem;

18. Divulgar o projeto elaborado pelos estudantes.

Propostas de Avaliação

Avaliação
Professor(a), avalie o desenvolvimento das habilidades socioemocionais, como responsabilidade,
autoconhecimento, respeito aos direitos humanos, tolerância, engajamento, cri cidade, respeito a regras,
dentre outras durante a pesquisa e associadas ao tema escolhido tais como:
➢ Observar a realidade local e elencar temas relevantes ao contexto a par r de temas e ou situação-
problema;
➢ Analisar a situação problema, iden ficar causas e consequências definida pelos estudantes;
➢ As possíveis hipóteses elencadas, compar lhadas com seus pares e aplicadas;
➢ A habilidades dos estudantes em construir argumento coerente e que possibilite-o a fazer a defesa
da proposição de resolução de problema;
➢ A capacidade dos estudantes em observar e respeitar a diversidade de culturas, posicionamento e
opiniões9;

Autoavaliação
➢ Você considera que conseguiu por meio da proposta apresentada evidenciar o papel do cidadão
para a construção de uma cidade sustentável? Qual foi sua maior dificuldade na apresentação?
➢ Compreendeu a importância das etapas vivenciadas ao longo dos bimestres para propor o projeto
integrado?
➢ Ao experienciar o projeto integrado, você considera que as a vidades possibilitaram desenvolver
e/ou aprimorar competências e habilidades de a vidades em grupo?
➢ Como você avalia a exposição final do projeto? Descreva o que foi mais interessante.
➢ Você considera que o projeto proposto pelo grupo alcance e sensibilize a comunidade escolar?

8
Adaptado: Narcizo, R. Curso Design Thinking - Módulo - Transição
9
Adaptado. Metodologia de resolução de problema, aplicada a aula de produção de texto. Disponível em:
https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/13611/9171 Acesso em: 17 de Ago. 2022

56 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

CNT - Urbanização sustentável

Aprofundamento em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas


e Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Cidades Sustentáveis

Urbanização Sustentável

1º Bimestre 2º Bimestre 3º Bimestre 4º Bimestre

O que é energia e para Tecnologia e


Prá cas Sustentáveis Projeto Utopia
que usamos? Sustentabilidade

1º Bimestre - O que é energia e para que usamos?


Neste bimestre, a proposta trabalhada é “O que é energia e para que usamos?”, onde
o ponto focal são as formas de u lização e obtenção de energia, bem como a importância do
uso eficiente de energia para a preservação do meio ambiente e para a promoção da
sustentabilidade. Este bimestre juntamente com os demais Prá cas Sustentáveis, Tecnologia
e sustentabilidade e Projeto Utopia visa orientar acerca dos pilares do desenvolvimento e da
urbanização sustentáveis, assim como trazer propostas de ações para melhoria dos centros
urbanos, como forma de atenuar os impactos da alteração do ambiente pelo homem.

1º Bimestre - Urbanização sustentável


O que é Energia e para que usamos?
Sugestão de subtemas:
➢ Fontes de energia:
○ Solar
○ Eólica
○ Biomassa
○ Nuclear
○ Geotérmica
○ Maremotriz
○ Hidrelétrica
○ Combus vel Fóssil
➢ Geração de energia no Brasil;
➢ Energia nos seres vivos;
➢ Uso racional da energia;
➢ A energia nos equipamentos eletrônicos.

57 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Inves gação Cien fica


EMIFCG01 - Iden ficar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
cri cidade e é ca, inclusive u lizando o apoio de tecnologias digitais.
EMIFCG02 - Posicionar-se com base em critérios cien ficos, é cos e esté cos, u lizando dados, fatos e
evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas,
coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia, jus ça social,
pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.
EMIFCG03 - U lizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de inves gações cien ficas para criar ou
propor soluções para problemas diversos.
Processos Cria vos
EMIFCGOS - Ques onar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções cria vas,
originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incertezas e colocá-las em prá ca.
EMIFCG06 - Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias e
plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os interlocutores
pretendidos.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes

Inves gação Cien fica


EMIFCNT01 - Inves gar e analisar situações-problema e variáveis que interferem na dinâmica de fenômenos da
natureza e/ou de processos tecnológicos, considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias,
com ou sem o uso de disposi vos e aplica vos digitais.
EMIFCNT02 - Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na dinâmica de fenômenos da natureza
e/ou de processos tecnológicos, com ou sem o uso de disposi vos e aplica vos digitais, u lizando
procedimentos e linguagens adequados à inves gação cien fica.
EMIFCNT03 - Selecionar e sistema zar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a dinâmica dos fenômenos da natureza e/ou
de processos tecnológicos, iden ficando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação,
com o cuidado de citar as fontes dos recursos u lizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o
uso de diferentes mídias.
Processos Cria vos
EMIFCNTOS - Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos cria vos relacionados às Ciências da Natureza
para resolver problemas reais do ambiente e da sociedade, explorando e contrapondo diversas fontes de
informação.
Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Trabalhar, inicialmente, com os estudantes os conceitos relacionados ao tema, por exemplo o que é
energia, de onde ela vem, para que serve etc, por meio de uma aula exposi va dialogada. O professor
deve fazer perguntas norteadoras relacionadas ao assunto estudado com o obje vo de fomentar a
par cipação dos alunos e alunas. Após discussão, o docente poderá produzir um painel com essas
considerações e depois realizar uma análise compara va par cipa va e verificar aqueles
conhecimentos que nham base cien fica e aqueles que precisam ser ajustados ou ampliados;

2. Dividir a turma em oito equipes, distribuir os temas os temas de fontes de energia (Solar, Eólica,
Biomassa, Nuclear, Geotérmica, Maremotriz, Hidrelétrica e Combus vel Fóssil) para cada grupo. Propor
aos estudantes discutam seus respec vos temas numa perspec va de aula inver da. Espera-se que os
estudantes abordem os pontos posi vos e nega vos de cada fonte de energia, ressaltando os possíveis
impactos ao meio ambiente e, caso houver, formas de minimizar tais prejuízos ambientais;

3. Solicitar que os alunos façam pesquisas a respeito da usina hidrelétrica de Belo Monte, localizada no
Pará. Propor os seguintes ques onamentos: “O que mo vou a construção da usina de Belo Monte?”
“Explique por que essa hidrelétrica produz menos energia, considerando a capacidade projetada para

58 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

ela.” “Quais impactos ambientais e sociais a construção dessa usina causou?” “Na sua opinião, há
alterna vas para amenizar esse problema? Quais?”. O produto final desta pesquisa poderá ser um
registro escrito ou uma breve apresentação individual ou em grupo ;

4. Propor que os estudantes realizem um levantamento sobre as caracterís cas climá cas, assim como
dos recursos para produção de energia presentes na cidade onde estão inseridos. Fazer um projeto de
criação de uma fonte para obtenção de energia na cidade, espera-se que essa fonte apresente pouco
impacto ao ambiente, assim como seja eficiente para abastecer toda a população;

5. Os conhecimentos ob dos na etapa anterior poderão subsidiar esta ação, em que os estudantes
desenvolverão propostas de estratégias para diminuir o gasto de energia na escola e em residências.
Fazer car lhas dos resultados e divulgar para a comunidade escolar;

6. Para ampliar ainda mais a compreensão sobre o gasto de energia em ambiente domés co, propor aos
estudantes que realizem pesquisas em sites de busca para entender como os equipamentos
eletrônicos funcionam. Algumas questões norteadoras dessa pesquisa poderão ser propostas: Por que
colocamos os celulares para carregar? Para onde vai a energia nesses equipamentos? Como a energia
elétrica faz com que os equipamentos funcionem? Após responder essas e outras perguntas que
surgirem, divulgar os resultados da pesquisa para a comunidade escolar, por meio de apresentações,
rodas de conversa, oficinas, feiras, car lhas, podcasts etc;

7. É importante que os estudantes compreendam que a energia é fundamental para os seres, assim como
é para o funcionamento de máquinas e equipamentos. Portanto, perguntas como: Os seres vivos
também precisam de energia? Como a energia chega aos animais? Para que usamos energia? Se a
energia não chegar aos organismos vivos, o que acontece? podem ser u lizadas para mediar uma aula
dialogada, além disso usar a estratégia metodológica “Tempestade de ideias”, onde o professor vai
anotar na lousa as respostas dos estudantes. Esse recurso poderá auxiliar o fechamento de todos os
conhecimentos mobilizados durante o bimestre.

Propostas de Avaliação

A avaliação no I nerário Forma vo tem como premissa oportunizar ao estudante o desenvolvimento


da metacognição, acentuando sua natureza processual e forma va. O fato de não haver reprovação nos
componentes curriculares do I nerário Forma vo não significa que estes não devam ser avaliados. Deve-se
garan r preferencialmente a autoavaliação, bem como o “feedback” do professor quanto à apropriação de
habilidades e competências, visando o avanço con nuo do estudante.
Para fins técnico-didá cos, o professor deverá atribuir notas de 60 a 100 pontos anuais para cada
estudante. Assim, é primordial definir critérios para essa distribuição, demonstrando aos estudantes a
importância do processo de aprimoramento e adequação, ajustando a mediação da aprendizagem,
qualificando-a ainda mais ao perfil dos estudantes e à realidade local.

Proposta de Avaliação
Avaliar o caderno de registro, que comprova a par cipação nas a vidades e realização das tarefas propostas, o
professor pode avaliar, também, o envolvimento e aprendizagem durante a execução das a vidades
desenvolvidas. Cabe ressaltar que todas produções e a vidades desenvolvidas ao longo do bimestre são
potenciais ferramentas avalia vas para o docente.

Avaliação do grupo
➢ Como foi a par cipação dos colegas na realização das a vidades?
➢ Qual o tema mais interessante trabalhado no bimestre?

59 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Avaliação do Percurso
➢ Você julga o tema do bimestre, Energia, importante para a sociedade? Por quê?
Autoavaliação
➢ Para você, existe algum meio de obtenção de energia que seja melhor? Por quê? Você considera esse
tema importante? Por quê?
➢ Como você avalia seu engajamento ao longo do bimestre?
➢ Teve dificuldade em desenvolver alguma a vidade? Se sim, o que fez para superar isso?

2º Bimestre - Prá cas sustentáveis


O 2º Bimestre do componente Urbanização Sustentável tem como tema norteador
“Prá cas Sustentáveis”, no qual propicia-se discussões acerca de medidas possíveis para
fomentar o desenvolvimento sustentável em escala local e regional. Além disso, a
manipulação de tais repertórios será fundamental para a elaboração do Projeto Utopia, um
trabalho integrado entre os quatro componentes desta Unidade Curricular, sendo realizado
no 4º Bimestre.

2º Bimestre - Urbanização Sustentável


Prá cas Sustentáveis
Sugestão de subtemas:
➢ Os 7 R’s da sustentabilidade;
➢ Importância de fontes renováveis e limpas de energia;
➢ Reciclagem e coleta sele va;
➢ Importância das áreas verdes;
➢ Produtos biodegradáveis;
➢ Prá cas sustentáveis na agricultura:
○ Manejo de pasto;
○ Controle biológico;
○ Reflorestamento;
○ Rotação de culturas;
○ Irrigação por gotejamento;
○ Compostagem;
○ Integração lavoura-pecuária-floresta;
○ Controle de queimadas;
○ Adubação verde;
○ Plan o direto;
➢ Prá cas sustentáveis na indústria:
○ Selos de sustentabilidade;
○ Matéria prima reciclável e/ou renovável;
○ Descarte de resíduos químicos;
○ Prá cas de produção conscientes e sustentáveis;
○ Recirculação interna de água.

60 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Inves gação Cien fica


EMIFCG02 - Posicionar-se com base em critérios cien ficos, é cos e esté cos, u lizando dados, fatos e
evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas,
coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia, jus ça social,
pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.
EMIFCG03 - U lizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de inves gações cien ficas para criar ou
propor soluções para problemas diversos.
Processos Cria vos
EMIFCGOS - Ques onar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções cria vas,
originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incertezas e colocá-las em prá ca.
EMIFCG06 - Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias e
plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os interlocutores
pretendidos.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes

Inves gação Cien fica


EMIFCNT01 - Inves gar e analisar situações-problema e variáveis que interferem na dinâmica de fenômenos da
natureza e/ou de processos tecnológicos, considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias,
com ou sem o uso de disposi vos e aplica vos digitais.
EMIFCNT02 - Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na dinâmica de fenômenos da natureza
e/ou de processos tecnológicos, com ou sem o uso de disposi vos e aplica vos digitais, u lizando procedimentos
e linguagens adequados à inves gação cien fica.
EMIFCNT03 - Selecionar e sistema zar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a dinâmica dos fenômenos da natureza e/ou
de processos tecnológicos, iden ficando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação,
com o cuidado de citar as fontes dos recursos u lizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o
uso de diferentes mídias.
Processos Cria vos
EMIFCNT04 - Reconhecer produtos e/ou processos cria vos por meio de fruição, vivências e reflexão crí ca
sobre a dinâmica dos fenômenos naturais e/ou de processos tecnológicos, com ou sem o uso de disposi vos e
aplica vos digitais (como so wares de simulação e de realidade virtual, entre
outros).
EMIFCNTOS - Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos cria vos relacionados às Ciências da Natureza
para resolver problemas reais do ambiente e da sociedade, explorando e contrapondo diversas fontes de
informação.
EMIFCNT06 - Propor e testar soluções é cas, esté cas, cria vas e inovadoras para problemas reais,
considerando a aplicação de design de soluções e o uso de tecnologias digitais, programação e/ou pensamento
computacional que apoiem a construção de protó pos, disposi vos e/ou equipamentos, com o intuito de
melhorar a qualidade de vida e/ou os processos produ vos.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Propor uma aula dialogada para mapear o que os estudantes entendem acerca de sustentabilidade.
Apresentar o conceito dos 7 R’s da sustentabilidade e levantar exemplos sobre Repensar, Recusar,
Reduzir, Reaproveitar, Reu lizar, Reciclar e Recuperar. Além disso, vale iden ficar entre os estudantes, as
prá cas que eles e suas famílias já exercem;

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2º ano - Novo Ensino Médio

2. Após a compreensão sobre o conceito dos 7Rs, os estudantes poderão ampliar seus conhecimentos
sobre reciclagem. Portanto, deverão pesquisar sobre a importância da coleta sele va e da reciclagem
para diminuição dos impactos ambientais causados pelo descarte incorreto dos resíduos sólidos. Buscar
possíveis alterna vas para reciclagem do papel, plás co, vidro, metal e outros materiais. Disseminar as
informações coletadas para a comunidade escolar por meio de podcasts, feiras, rodas de conversas,
oficinas etc. Para esta a vidade, pode ser u lizado o aplica vo Rota de Reciclagem com o intuito de
iden ficar os pontos de coleta de lixo reciclável na região escolar, (disponível em:
h ps://www.rotadareciclagem.com.br/);

3. Propor a elaboração de um protocolo com prá cas sustentáveis de produção para indústrias ou
agropecuária. Neste protocolo devem ser evidenciadas as medidas aplicadas pela empresa com relação
ao uso do solo e da água; o modo que acontece o descarte dos resíduos/rejeitos; se essa empresa
possui ações para mi gação dos impactos ambientais causados por suas a vidades e outros aspectos
que professores e estudantes julgarem per nentes. Para subsidiar essa produção de protocolo, é viável
que os estudantes se apropriem da Norma Internacional ISO 14001, na qual trata critérios de Gestão
Ambiental;

4. Fazer um levantamento sobre possíveis organismos que têm grande potencial para fomentar a
sustentabilidade no planeta, alguns exemplos são: Ideonella sakaiensis, uma bactéria capaz de degradar
Polie leno tere alato, PET; Bactérias biorremediadoras dos gêneros Bacillus, Pseudomonas,
Rhodobacter e Achromobacter capazes de degradar petróleo e seus derivados; Tenébrio, larvas que
consomem plás co. É viável que os estudantes, durante a execução da a vidade, levantem hipóteses
de como os organismos u lizam esses materiais em seus metabolismos e maneiras de u lização desses
organismos como meio de atenuação de problemas ambientais;

5. Desenvolver com os estudantes o projeto Compostagem na Escola. Para essa a vidade o professor deve
trabalhar com os estudantes, primeiramente, o funcionamento, finalidade e u lização de composteiras
orgânicas, uma prá ca totalmente sustentável, higiênica e que contribui para a redução de lixo
descartado pela escola. Além disso, pode ser feito, em concomitância, uma horta comunitária, com o
obje vo de u lizar os produtos da compostagem na adubação das plantas cul vadas. Na internet
existem vários exemplos de como pode ser feita uma composteira orgânica de forma simples e prá ca,
mas como sugestão disponibiliza-se o site eCycle (h ps://www.ecycle.com.br/composteira/). Caso a
escola já tenha desenvolvido Composteiras em oportunidades anteriores, é viável que o professor
proponha aos estudantes que planejem formas de ampliar, melhorar as condições, rea var,
complementar de alguma forma essa proposta já feita;

6. Criar uma proposta de aplica vo sobre sustentabilidade. Nesta estratégia, os estudantes devem propor
ideias de apps que contribuem para o desenvolvimento sustentável, perguntas norteadoras devem ser
levantadas para iniciar o processo cria vo: “Qual a finalidade desse aplica vo?”; “O que este app vai
oferecer?”; “Quem é o público alvo que irá u lizá-lo?"; “Como é a aparência do app?” outras perguntas
podem ser propostas. Como culminância da a vidade, os estudantes devem elaborar o layout deste
aplica vo, isso poderá ser feito em cartolinas, EVA, aplica vos de design como Canva entre outros
recursos disponíveis. Os resultados dessa proposta podem ser divulgados para a comunidade escolar
por meio de feiras, oficinas, Instagram etc.
Propostas de Avaliação
Proposta de Avaliação
Avaliar o caderno de registro, que comprova a par cipação nas a vidades e realização das tarefas propostas, o
professor pode avaliar, também, o engajamento dos estudantes no desenvolvimento do Projeto de
Compostagem, proposições de ideias, levantamento de hipóteses, assim como envolvimento e aprendizagem

62 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

durante a execução das a vidades desenvolvidas. Cabe ressaltar que todas produções e a vidades desenvolvidas
ao longo do bimestre são potenciais ferramentas avalia vas para o docente.

Avaliação do grupo
➢ Como foi a par cipação dos colegas na realização das a vidades?
➢ Retome prá cas sustentáveis discu das no bimestre e apresente para seus colegas o que foi significa vo
para você ao estudá-las.
Avaliação do Percurso
➢ Que experiências vivenciadas foram mais significa vas para seu aprendizado? Por quê?
Autoavaliação
➢ As experiências adquiridas ao longo do bimestre foram relevantes para a sua formação?
➢ Você acha possível aplicar alguma prá ca sustentável no seu co diano?
➢ Como você avalia seu engajamento ao longo do bimestre?
➢ Teve dificuldade em desenvolver alguma a vidade? Se sim, o que fez para superar isso?

3º Bimestre - Tecnologia e sustentabilidade


Este bimestre, “Tecnologia e sustentabilidade”, traz a proposta do estudo da
tecnologia como forma de atenuação dos impactos ambientais, causados pela a vidade
humana no planeta, e promoção da sustentabilidade. Com isso, pretende-se abordar
diferentes recursos existentes, que favorecem a ecoeficiência e o debate de possíveis outras
tecnologias, que contribuirão para o desenvolvimento sustentável nas cidades.

3º Bimestre - Urbanização sustentável


Tecnologia e Sustentabilidade
Sugestão de subtemas:
➢ “Internet das Coisas” para a promoção da sustentabilidade;
➢ Geração domés ca de energia
➢ Tipos de tecnologia sustentável
➢ Automóveis elétricos;
➢ Captura e armazenamento de Carbono;
➢ Fazendas ver cais;
➢ Wetlands para tratamento de esgoto;
➢ Lâmpadas inteligentes;
➢ Uso de drones e satélites para monitoramento ambiental;
➢ Tecnologias para ajudar na reciclagem de plás co;
➢ Tecnologias para ajudar na escassez de água;
➢ Biocombus veis;
➢ Polinização Ar ficial (Flores Robó cas);
➢ Chaminés não poluentes;
➢ Sustentabilidade na construção civil

63 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Inves gação Cien fica


EMIFCG01 - Iden ficar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
cri cidade e é ca, inclusive u lizando o apoio de tecnologias digitais.
EMIFCG02 - Posicionar-se com base em critérios cien ficos, é cos e esté cos, u lizando dados, fatos e
evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas,
coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia, jus ça social,
pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.
EMIFCG03 - U lizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de inves gações cien ficas para criar ou
propor soluções para problemas diversos.
Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes

Inves gação Cien fica


(EMIFCNT01) - Inves gar e analisar situações problema e variáveis que interferem na dinâmica de fenômenos da
natureza e/ ou de processos tecnológicos, considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias,
com ou sem o uso de disposi vos e aplica vos digitais.
(EMIFCNT02) - Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na dinâmica de fenômenos da natureza
e/ou de processos tecnológicos, com ou sem o uso de disposi vos e aplica vos digitais, u lizando procedimentos
e linguagens adequados à inves gação cien fica.
(EMIFCNT03) - Selecionar e sistema zar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a dinâmica dos fenômenos da natureza e/ou
de processos tecnológicos, iden ficando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação,
com o cuidado de citar as fontes dos recursos u lizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o
uso de diferentes mídias.
Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Propor um diálogo sobre: o papel da tecnologia na preservação do meio ambiente;

2. Solicitar que os estudantes façam uma pesquisa sobre quais polí cas sustentáveis foram adotadas pelo
governo e indústrias locais, e quais tecnologias de baixo impacto se mostram mais presentes nos meios
de divulgação e incen vo governamentais. Para essa etapa, subsidiar os estudantes com materiais de
apoio como livro, ar gos, jornais, revistas, sites de busca, vídeos, podcasts para pesquisa e ao mesmo
tempo orientar para que realizem buscas de forma autônoma e responsável para escolhas de fontes;

3. Realizar um debate sobre avanços tecnológicos e os impactos que isso causa para a população e para o
Meio Ambiente, como aumento no consumo de energia, poluição ambiental etc.

4. Propor um debate sobre como avanços tecnológicos modernizam e melhoram a qualidade de vida da
sociedade, e também contribui de maneira significa va com os problemas ambientais. “De onde sairá
tanta matéria-prima para abastecer as nossas necessidades cada dia maiores?”, “Onde depositaremos
tanto lixo de materiais e embalagens que compramos e não precisamos”? O que podemos fazer para
reverter essa situação caó ca?”, “Por que os produtos eletrônicos duram menos se a tecnologia só
evolui?”;

5. Fazer estudos de caso sobre os processos de produção de equipamentos, alto consumo de energia,
descarte inapropriado de disposi vos obsoletos e outros impactos nega vos;

6. Trabalhar de forma analí ca e crí ca o tema “Impactos do desenvolvimento tecnológico no meio


ambiente”, fazendo apontamentos dos pontos posi vos e nega vos. Após isso, solicitar aos alunos que
produzam um podcast falando sobre os pontos posi vos e nega vos das tecnologias e os impactos no
meio ambiente.

64 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

7. Organizar a turma em grupos de modo que cada um fique responsável por um po de tecnologia
sustentável. Pedir para que os estudantes façam pesquisas sobre tal recurso e desenvolvam a sua
proto pagem por meio de maquetes. Temas como automóveis elétricos, Wetlands para tratamento de
esgoto, lâmpadas inteligentes, uso de drones e satélites para monitoramento ambiental, polinização
ar ficial (Flores Robó cas) e chaminés não poluentes podem ser trabalhados nessa proposta. Propor
uma feira de tecnologia, com o obje vo de divulgar os produtos desenvolvidos para a comunidade
escolar.
Propostas de Avaliação

Proposta de Avaliação
Avaliar o caderno de registro, que comprova a par cipação nas a vidades e realização das tarefas propostas, o
professor pode avaliar, também, o engajamento dos estudantes durante os debates, proposições de ideias,
levantamento de hipóteses, assim como envolvimento e aprendizagem durante a execução das a vidades
desenvolvidas. Cabe ressaltar que todas produções e a vidades desenvolvidas ao longo do bimestre são
potenciais ferramentas avalia vas para o docente.

Avaliação do grupo
➢ Como foi a par cipação dos colegas na realização das a vidades?
➢ Retome tecnologias sustentáveis discu das no bimestre e apresente para seus colegas o que foi
significa vo para você ao estudá-las.
Avaliação do Percurso
➢ Que experiências vivenciadas foram mais significa vas para seu aprendizado? Por quê?
Autoavaliação
➢ As experiências adquiridas ao longo do bimestre foram relevantes para a sua formação?
➢ Se vesse os recursos necessários, qual tecnologia sustentável você desenvolveria? Por que?
➢ Como você avalia seu engajamento ao longo do bimestre?

4º Bimestre - Projeto Utopia


O 4º Bimestre desta Unidade Curricular, traz a proposta de um trabalho integrado
entre os quatro componentes curriculares: “Projeto Utopia”. Essa proposta tem como
obje vo principal a construção imaginada de uma Cidade Utópica Sustentável, os temas
trabalhados nos bimestres anteriores servirão de subsídio para a elaboração da proposta.
Algumas perguntas norteadoras do projeto que ponderam os componentes referentes às
Ciências da Natureza e suas Tecnologias podem ser: “O que uma cidade precisa ter para ser
sustentável?”; Onde esta possível cidade está localizada? Quais as condições climá cas e
ambientais?”; “Como seria o processo de obtenção de energia dessa cidade, de modo a
impactar menos possível o ambiente?”; “O descarte de resíduos sólidos se dá de qual
modo?”; “Como o uso da tecnologia contribui para a sustentabilidade dessa cidade?”; “Há
tratamento de esgoto? Como é feito?”; “Quais prá cas sustentáveis são u lizadas pela

65 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

população dessa cidade?”; “Há reaproveitamento de água? Como é feito?”; “O que é feito
para diminuir as desigualdades dessa comunidade?”Qual a base econômica dessa cidade? É
uma economia sustentável?”
Já as questões que guiarão as problema zações que se referem aos componentes das
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas abarcarão desde os pilares da sustentabilidade como
“Precisamos de tudo que queremos?”, “O que nos faz querer algo?”, “Precisamos de tudo
que temos?” “Quanto empregamos de recursos naturais para a produção de objetos que
nem sempre valorizamos?” ou em temas complexos como a produção; como os processos
de produção impactam (ou podem impactar) a vida dos indivíduos? Refle r sobre a
produção e a geração de empregos, perpassando temas comuns a CNT como produção de
alimentos sustentáveis e como economia e sustentabilidade se comunicam, bem como
dialogar sobre violências e formas de moradias precárias que compõem o cenário de
desigualdade e perpassam os obstáculos para se alcançar uma cidade sustentável.
É muito importante que os professores de todos os quatro componentes planejem o
bimestre cole vamente, para que as a vidades não fiquem repe vas, sobrepostas ou com
prevalência em um ou outro componente curricular, entendendo que não é preciso
necessariamente trabalhar todas as habilidades elencadas no quadro. As habilidades terão
relação com a situação-problema definida para cada grupo de trabalho. Dessa forma, a cada
aula dos quatro componentes curriculares deste Aprofundamento, no 4º bimestre, os
professores irão organizar os estudantes nos grupos (que se mantêm ao longo das aulas) e
dar suporte às etapas do projeto em que cada um se encontra. É essencial que a cada aula o
professor consulte os grupos para saber se estão conseguindo avançar nas etapas e
direcione a produção do Projeto para o tempo da aula, evitando demandas para a casa.

4º Bimestre - Construção cole va nos diversos espaços - CHS


Projeto Utopia
Etapas do Projeto
- Etapa Iden ficar: A par r da necessidade e entendimento, definir a situação-problema.
- Etapa Aproximar: Observar o macro e o micro da situação-problema, conhecer, sen r, inves gar,
definir escopo, elaborar pauta e compreender.
- Etapa Propor: Definir critérios para a solução da situação-problema: Imaginar, Idear, desenvolver
hipóteses e soluções.
- Etapa Criar: Desenvolver um projeto integrado para proto par e/ou construir um modelo para
apresentar a solução;
- Etapa Validar e Aprimorar: Testar, experenciar, avaliar, prever e validar

66 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

- Etapa Comunicar, implementar e aprender: Compar lhar, executar, implementar, agir, lançar,
produzir versão final10.

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Inves gação Cien fica


(EMIFCG03) U lizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de inves gações cien ficas para criar ou
propor soluções para problemas diversos.
Processo Cria vo
(EMIFCG05) Ques onar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções cria vas,
originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incertezas e colocá-las em prá ca.
(EMIFCG06) Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias e
plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os interlocutores
pretendidos.
Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, iden ficando e
incorporando valores importantes para si e para o cole vo que assegurem a tomada de decisões conscientes,
consequentes, colabora vas e responsáveis.
(EMIFCG09) Par cipar a vamente da proposição, implementação e avaliação de solução para problemas
socioculturais e/ou ambientais em nível local, regional, nacional e/ou global, corresponsabilizando-se pela
realização de ações e projetos voltados ao bem comum.
Empreendedorismo
(EMIFCG11) U lizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para estabelecer e
adaptar metas, iden ficar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para realizar projetos pessoais e produ vos
com foco, persistência e efe vidade.
(EMIFCG12) Refle r con nuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus obje vos presentes e
futuros, iden ficando aspirações e oportunidades, inclusive relacionadas ao mundo do trabalho, que
orientem escolhas, esforços e ações em relação à sua vida pessoal, profissional e cidadã.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes das Áreas de
Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

Inves gação Cien fica


(EMIFCNT02) Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na dinâmica de fenômenos da
natureza e/ou de processos tecnológicos com ou sem o uso de disposi vos e aplica vos digitais, u lizando
procedimentos e linguagens adequados à inves gação cien fica.
Processos Cria vos
(EMIFCNT04) Reconhecer produtos e/ou processos cria vos por meio de fruição, vivências e reflexão crí ca
sobre a dinâmica dos fenômenos naturais e/ou de processos tecnológicos, com ou sem o uso de disposi vos
e aplica vos digitais (como so wares de simulação e de realidade virtual, entre outros)
(EMIFCNT05) Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos cria vos relacionados às Ciências da Natureza
para resolver problemas reais do ambiente e da sociedade, explorando e contrapondo diversas fontes de
informação.
(EMIFCNT06) Propor e testar soluções é cas, esté cas, cria vas e inovadoras para problemas reais,
considerando a aplicação de design de soluções e o uso de tecnologias digitais, programação e/ou

10
Adaptado - BRUNO, G. S. e CAROLEI P. Contribuições do Design para o Ensino de Ciências por Inves gação.Revista
Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências 2018, Disponível em:
h ps://periodicos.ufmg.br/index.php/rbpec/ar cle/view/4832 . Acesso em 06 de Ago. de 2022

67 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

pensamento computacional que apoiem a construção de protó pos, disposi vos e/ou equipamentos, com o
intuito de melhorar a qualidade de vida e/ou os processos produ vos.
Empreendedorismo
(EMIFCNT10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados às Ciências da Natureza
podem ser u lizados na concre zação de projetos pessoais ou produ vos, considerando as diversas
tecnologias disponíveis e os impactos socioambientais.
(EMIFCNT11) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências da Natureza
para desenvolver um projeto pessoal ou um empreendimento produ vo.
(EMIFCNT12) Desenvolver projetos pessoais ou produ vos, u lizando as Ciências da Natureza e suas
Tecnologias para formular propostas concretas, ar culadas com o projeto de vida.
Processos Cria vos
EMIFCHS05 - Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos cria vos para resolver problemas reais
relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, polí ca e/ou cultural,
em âmbito local, regional, nacional e/ou global.
EMIFCHS06 - Propor e testar soluções é cas, esté cas, cria vas e inovadoras para problemas reais
relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, polí ca e/ou cultural,
em âmbito local, regional, nacional e/ou global.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCHS08 - Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou cole vas de mediação e intervenção sobre problemas
de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, baseadas
no respeito às diferenças, na escuta, na empa a e na responsabilidade socioambiental.
Empreendedorismo
EMIFCHS11 - Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas para desenvolver um projeto pessoal ou um empreendimento produ vo, em âmbito local,
regional, nacional e/ou global.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem para o Projeto Integrado, que serão desenvolvidas em todas as aulas
dos quatro componentes.

1. Apresentar aos estudantes as possibilidades de temas estruturantes que abrangem uma cidade
sustentável associado às necessidades iden ficadas durante pesquisa, visita guiada e observação ao
longo do bimestre, como por exemplo: Local e Infraestrutura, Economia Solidária, Energia e
Mudanças Climá cas, Resíduos, Água, Transporte, Educação, Governança, Cultura e Lazer;

2. Agrupar os estudantes e propiciar um momento de reflexão para que possam, a par r de algumas
questões norteadoras, definir e inves gar a tema/ situação-problema, tais como: Qual o problema
iden ficado? (o que de fato aconteceu ou está acontecendo?) Quais as possíveis causas? (quais os
fatores que influenciaram para que a situação ocorresse?) Quem foi impactado? (quais as pessoas
ou grupos foram impactadas direta ou indiretamente pela situação? Quais as consequências?(quais
foram os efeitos observáveis e mensuráveis nas pessoas impactadas), para que possam definir e
inves gar a tema/ situação-problema;

3. Analisar o tema/situação-problema, assegurando por meio de momentos de reflexão e discussão a


melhor compreensão e construção do tema/situação-problema. Neste momento, o professor
iden fica qual o nível de compreensão dos estudantes em relação ao tema/situação-problema
definido;

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2º ano - Novo Ensino Médio

4. Subsidiar os estudantes com materiais de apoio como livro, ar gos, jornais, revistas, pesquisas em
ferramentas de busca, vídeos, podcast, para que possam realizar uma pesquisa e, ao mesmo tempo,
orientá-los como realizar a curadoria destes recursos, para que possam buscar por fontes confiáveis;

5. Propor a vidades de inves gação, exploração, problema zação, argumentação e assimilação de


conceitos, como clube de debates, oficinas, quizz ou outros jogos, de acordo com os temas
escolhidos pelos estudantes; e bom repertório teórico para fazerem as proposições;

6. Promover um momento em que os estudantes possam sugerir possibilidades de projetos integrados


a par r do que foi vivenciado ao longo dos bimestres;

7. Estabelecer um cronograma com datas, definindo cada etapa do modelo/projeto a par r do


tema/situação-problema decidido pelos estudantes para apresentar a solução;

8. Dividir as tarefas, conforme a escolha do projeto, propiciar um diálogo cole vo entre os estudantes e
guiar os estudos e propostas para que os jovens possam desenvolver e elaborar as primeiras
possibilidades da proposta do modelo/projeto;

9. Fomentar o pensamento crí co e cria vo dos estudantes, por meio de rodas de conversa, debates
para verificar as melhores possibilidades de desenvolvimento do projeto dentro das propostas feitas
pelos estudantes;Mediar os estudantes nas possíveis explicações ou soluções apresentadas para o
projeto integrado e discu r quanto à viabilidade de resolução do problema;

10. Agrupar os estudantes e agir como facilitador do processo para que os estudantes possam fazer uma
imersão nas pesquisas com o foco na resolução do problema;

11. Levantar possíveis estratégias para solução ou amenização para o problema escolhido e debatê-las
por meio de a vidades incubadoras, simulados, laboratórios, a vidades prá cas em ambientes livres
da escola ou da comunidade escolar;

12. Elaborar um mapa mental com os estudantes para decomposição da situação-problema alinhada a
proposta da solução definidora do modelo/projeto;

13. Planejar o projeto com ações, cronograma, divisão de responsabilidades, atores envolvidos,
recursos e materiais que serão necessários para que os estudantes possam apresentar as possíveis
proposições para o modelo/ projeto selecionado pelos estudantes;

14. Propor um momento de reflexão e elaboração dos elementos essenciais do modelo do projeto/ou
modelo de protó po: nome e versão, nível do projeto/modelo (conceito e se funciona como real),
ideias que sustentam a proposta, por que (qual o desafio que mo vou a criação do projeto/modelo),
para quem se des na o projeto/modelo, o que é (como o protó po se materializa, quais os
impactos e resultados se espera após a apresentação/implementação)11;

15. Selecionar materiais e ferramentas para tornar o projeto/modelo em uma realidade;

16. Vivenciar as etapas do projeto/modelo, tais como: testar, experienciar, avaliar, prever) para futuros
aprimoramentos da proposta de solução;

17. Planejar as etapas da exposição do trabalho final: formato da apresentação, local, nome, público e
montagem;

➢ Divulgar o projeto elaborado pelos estudantes.

11
Adaptado: Narcizo, R. Curso Design Thinking - Módulo - Transição

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2º ano - Novo Ensino Médio

Propostas de Avaliação

Avaliação
Professor(a), avalie o desenvolvimento das habilidades socioemocionais, como responsabilidade,
autoconhecimento, respeito aos direitos humanos, tolerância, engajamento, cri cidade, respeito a regras,
dentre outras durante a pesquisa e associadas ao tema escolhido tais como:
➢ Observar a realidade local e elencar temas relevantes ao contexto a par r de temas e ou situação-
problema;
➢ Analisar a situação problema, iden ficar causas e consequências definida pelos estudantes;
➢ As possíveis hipóteses elencadas, compar lhadas com seus pares e aplicadas;
➢ A habilidades dos estudantes em construir argumento coerente e que possibilite-o a fazer a defesa
da proposição de resolução de problema;
➢ A capacidade dos estudantes em observar e respeitar a diversidade de culturas, posicionamento e
opiniões12;

Autoavaliação
➢ Você considera que conseguiu por meio da proposta apresentada evidenciar o papel do cidadão
para a construção de uma cidade sustentável? Qual foi sua maior dificuldade na apresentação?
➢ Compreendeu a importância das etapas vivenciadas ao longo dos bimestres para propor o projeto
integrado?
➢ Ao experienciar o projeto integrado, você considera que as a vidades possibilitaram desenvolver
e/ou aprimorar competências e habilidades de a vidades em grupo?
➢ Como você avalia a exposição final do projeto? Descreva o que foi mais interessante.
➢ Você considera que o projeto proposto pelo grupo alcance e sensibilize a comunidade escolar?

12
Adaptado. Metodologia de resolução de problema, aplicada a aula de produção de texto. Disponível em:
https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/13611/9171 Acesso em: 17 de Ago. 2022

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2º ano - Novo Ensino Médio

REFERÊNCIAS
Ciências da Natureza e suas tecnologias

BRASIL. Carta Brasileira para Cidades Inteligentes. Disponível em:


h ps://www.gov.br/mdr/pt-br/assuntos/desenvolvimento-urbano/carta-brasileira-para-cidades-inteligentes#:~
:text=No%20Brasil%2C%20%E2%80%9Ccidades%20inteligentes%E2%80%9D,e%20a%20gest%C3%A3o%20colab
ora vas%20e. Brasília, DF: Ministério do Desenvolvimento Regional. Acesso em: 09 de Jan de 2023.

BRASIL; PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO. Agenda 21 brasileira: bases para
discussão. Brasília: PNDU, 2000. 192p

GLIESSMAN, Stephen R. Agroecologia: processos ecológicos em agricultura sustentável. 2.ed. Porto Alegre: Ed.
da UFRGS, 2001. 653p

RICKLERFS, R. E. A economia da natureza. um livro-texto em ecologia básica 3.ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, c1996. 470p.

Tecnologia e Meio Ambiente: conheça 5 soluções tecnológicas para ajudar o planeta. Code Buddy. Disponível
em:
h ps://www.codebuddy.com.br/blog/tecnologia-e-meio-ambiente-conheca-5-solucoes-tecnologicas-para-ajud
ar-o-planeta/. Acesso em: 09 de Jan de 2023.

BACICH.Lilian, MORAN.José.Metodologias A vas para uma Educação Inovadora:uma abordagem


téorico-prá ca - Porto Alegre.Editora Penso, 2018

MACHADO, V. F. SASSERON, L. H. As perguntas em aulas inves ga vas de Ciências: a construção teórica de


categorias. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, vol. 12, Nº 2, p. 29-44, 2012. Disponível
em: h ps://periodicos.ufmg.br/index.php/rbpec/ar cle/view/4229 Acesso em 10 de Out. 2022

Tutor Mundi. Plano de Aula para Aprendizagem Baseada em Problema. Disponível em:
h ps://tutormundi.com/blog/aprendizagem-baseada-em-problemas/ Acesso em 16 de Nov de 2022

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