Você está na página 1de 64

2º ano - Novo Ensino Médio

1
2º ano - Novo Ensino Médio

1
2º ano - Novo Ensino Médio

Governador do Estado de Minas Gerais


Romeu Zema Neto
Vice-governador do Estado de Minas Gerais
Mateus Simões de Almeida
Secretário de Estado de Educação
Igor de Alvarenga Oliveira Icassa Rojas
Secretária Adjunta
Geniana Guimarães Faria
Subsecretária de Desenvolvimento da Educação Básica
Izabella Cavalcante Mar ns
Superintendência de Polí cas Pedagógicas
Danielle Fernandes Viana
Diretoria de Ensino Médio
Rosely Lúcia de Lima
Coordenação de Ações de Aprendizagem
Vanessa Nicole Gomes de Oliveira

Construção
Ademar Pinto do Carmo
Alexandre Marini
Anízio Viana da Silva
Camila Gomes Cunha
Cláudia do Rosário Silva Mendes
Giselle de Oliveira Neves
Ká a de Laura Borges
Samira Maria Araújo
Laís Francini F. Américo (estagiária)

Parceria técnica
INSTITUTO IUNGO
LEITURA CRÍTICA
Carlos Gomes de Castro
Léa Camargo

2
2º ano - Novo Ensino Médio

Sumário

APRESENTAÇÃO 4
Introdução 5
Ementa 5
Abordagem pedagógica 5
Obje vos de aprendizagem 6

PLANEJAMENTO 8

IDENTIDADES E JUVENTUDES 10
1º Bimestre - A diversidade das juventudes 10
2º Bimestre - Jovens e a polí ca 13
3º Bimestre - Um mundo de influências 16
4º Bimestre - Um mundo de desafios 19

JOVENS E O MUNDO DIGITAL 23


1º Bimestre - As novas relações sociais 23
2º Bimestre - O mercado de informações 27
3º Bimestre - O mercado de trabalho 30
4º Bimestre - Relações é cas 34

DIREITOS E DEVERES DO CIDADÃO 38


1º Bimestre - Direitos: construção e conceitos 38
2º Bimestre - A construção dos Direitos Humanos 42
3º Bimestre - DUDH: análises e problema zações 45
4º Bimestre - O estatuto da juventude 48

DESENVOLVIMENTO PESSOAL E COLETIVO 51


1º Bimestre - O Jovem Profissional 51
2º Bimestre - Introdução a Pesquisa 55
3º Bimestre - Laboratório de pesquisa 57
4º Bimestre - Metodologia da Pesquisa 60
REFERÊNCIAS 62

3
2º ano - Novo Ensino Médio

APRESENTAÇÃO
O I nerário Forma vo é composto por Unidades Curriculares, que se organizam em
Componentes Curriculares. As Unidades Curriculares se estruturam de duas formas: aquelas
que são man das na matriz ao longo do ensino médio, como o Projeto de Vida e a
Preparação para o Mundo do Trabalho, e aquelas que permitem a escolha anual pelos
estudantes, como as Ele vas e o Aprofundamento nas Áreas do Conhecimento.
O I nerário Forma vo, parte diversificada do Currículo Referência de Minas Gerais,
tem uma função importante na trajetória escolar dos estudantes, pois estabelece o diálogo
com os contextos de vida dos jovens e com a realidade atual. Assim, um dos principais
propósitos do Aprofundamento nas Áreas do Conhecimento é a promoção de abordagens
prá cas e contextualizadas , valorizando os saberes trazidos pelas Áreas do Conhecimento.
Ao conectar os saberes da Formação Geral Básica (Geografia, História, Sociologia,
Filosofia, Química, Artes, Educação Física, Matemá ca etc.) e o Projeto de Vida dos
estudantes, o Aprofundamento nas Áreas do Conhecimento tem como obje vos: produzir
conhecimentos, criar possibilidades de aprofundar e ampliar aprendizagens, intervir na
realidade sociocultural, incen var a ação de empreender, como uma a vidade profissional
ou ter a si mesmo como objeto desse empreender, isto é, empreender-se.
Cada Unidade Curricular do Aprofundamento nas Áreas do Conhecimento é
composta por 4 Componentes Curriculares. A unidade curricular Aprofundamento nas
Áreas do Conhecimento para o 1º ano diurno oferta componentes curriculares de cada uma
das 4 áreas para todas as turmas da rede. Para o 2º ano, em 2023, mantém-se a estrutura de
oferta de 4 componentes curriculares, porém organizados de formas diversas que
possibilitaram 9 arranjos dis ntos, assegurando que os estudantes possam, com as equipes
escolares, escolher qual dos Aprofundamentos é mais compa vel com seu projeto de vida.
Neste documento, o professor encontrará as orientações para a implementação do
Aprofundamento em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, contendo cada um a seguinte
estrutura:
● Introdução à unidade curricular;
● Ementa do macrotema;
● Abordagem pedagógica;
● Obje vos de aprendizagem;
● Planos de curso contendo sugestões de organização de trabalho com subtemas,
habilidades gerais, específicas e estratégias de ensino aprendizagem.

4
2º ano - Novo Ensino Médio

Introdução

O aprofundamento em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas é uma unidade


curricular formada por quatro componentes curriculares orientados para o reconhecimento
de questões que afetam a vida social dos estudantes e o envolvimento deles na vida pública.
Obje va a criação e ampliação de possibilidades de convivência, mediação de conflitos e
propostas de soluções de problemas locais por meio de projetos de mobilização e
intervenção sociocultural.
Ementa

Macrotema: “JUVENTUDES”

Visando à apropriação dos conhecimentos das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas


como ferramenta crí ca para o desenvolvimento pessoal e cole vo, o macrotema
“Juventudes” propõe o aprofundamento do diálogo entre as caracterís cas e potencialidades
individuais e locais, perpassando por iden dade e pluralidade juvenil, as juventudes e sua
relação com o mundo digital e com a comunidade à sua volta. Esta unidade curricular
focalizará competências e habilidades voltadas à compreensão da realidade dos estudantes,
na busca da integração entre os saberes cien ficos e as vivências pessoais.

Abordagem pedagógica

“Juventudes” é o macrotema norteador do trabalho a ser desenvolvido nesta unidade


curricular, sendo desdobrado em temas afins para cada um dos quatro componentes
curriculares, os quais mantém diálogo constante entre si. Os professores responsáveis por
esses componentes curriculares podem propor criação de cineclubes, observatórios,
incubadoras e núcleos de criação ar s ca relacionados com a temá ca “Juventudes”,
u lizando instrumentos e métodos pedagógicos pelos quais os estudantes se reconheçam
como sujeitos sociais, compreendam e valorizem as diversidades culturais, econômicas e
sociais que compõem a sua comunidade.
O aprendizado de que os aspectos históricos, sociais, econômicos, filosóficos e
geográficos nos constroem como pessoas diferentes entre si, diversas e em condições
dis ntas orienta o componente curricular Iden dade e Juventudes. Par ndo do pressuposto
de que se há vivências dis ntas, há juventudes diferentes, obje va-se a compreensão da
construção dos sujeitos em sua pluralidade. O professor responsável por esse componente
procurará facilitar a percepção dos estudantes em sua diversidade e como a realidade

5
2º ano - Novo Ensino Médio

histórica e social em que vivemos está diretamente conectada com a ideia de “quem somos e
de quem queremos ser”, compreendendo a escola como espaço sócio-cultural, lugar de
trocas de experiências, saberes e culturas juvenis.
As influências, as relações e as expressões de ideias não se cons tuem apenas na vida
que acontece nos espaços sicos reais: o mundo virtual está presente no co diano dos
estudantes, criando possibilidades, desejos, frustrações e aprendizados. Em Jovens e o
Mundo Digital, a discussão se concentrará na compreensão da influência do mundo digital
nas juventudes e, em extensão, nas individualidades: como a iden dade de cada um se
manifesta no ciberespaço? Como acontece a representação dos indivíduos e grupos no
mundo virtual e nos novos espaços de atuação que extrapolam o mundo sico? O professor
abordará as dificuldades, oportunidades e complexidades das Tecnologias Digitais de
Informação e Comunicação (TDICs), em como elas se apresentam na formação das
juventudes, nas novas par cularidades/exigências para o mercado de trabalho e no exercício
da cidadania.
Concomitantemente aos temas tratados em “Iden dade e Juventudes” e “Jovens e o
Mundo Digital”, o componente curricular Direitos e Deveres dos Cidadãos pretende
oportunizar a apropriação de temas relacionados ao Estatuto da Juventude (Lei no
12.852/2013) e aos Direitos Humanos, qualificando e aprofundando a discussão desses
temas entre os estudantes. Conceitos como direito à cidade, direito à privacidade, direito ao
trabalho digno, à educação, profissionalização e acesso à cultura são algumas das propostas
de abordagem na busca de que os estudantes desenvolvam novas/outras reflexões sobre
suas possibilidades de ações e escolhas futuras.
Em Desenvolvimento Pessoal e Cole vo, é proposto o envolvimento de prá cas
associadas à conclusão do ensino médio, como as escolhas para o ano seguinte e algumas
possibilidades e definições sobre o mundo do trabalho (carreira, campo profissional),
considerando a realidade que caracteriza a comunidade da qual os estudantes fazem parte.
Este módulo está orientado para prá cas inves ga vas, como a produção de projetos
prá cos, inves gação cien fica, pesquisa e análises esta s cas, observatórios, incubadoras,
produção ar s ca, entre outras.

Obje vos de aprendizagem

Ao final do ano le vo, espera-se que os estudantes sejam capazes de:

6
2º ano - Novo Ensino Médio

➢ Reconhecer e respeitar as diferenças dentro da escola e na comunidade local;

➢ Debater sobre processos polí cos, econômicos, sociais, ambientais e culturais de


forma respeitosa, democrá ca, com cri cidade e empa a;

➢ Valorizar a pluralidade e combater as diversas formas de discriminação e exclusão


social;

➢ Compreender que os espaços virtuais não são campos isentos de perigos e


responsabilidades, aprendendo a lidar com eles de forma é ca;

➢ Combater a divulgação de “fake news”, de bullying digital e de ações de cunho


an democrá co;

➢ Aplicar os conhecimentos rela vos aos Direitos Humanos e Estatuto das Juventudes,
tornando-se sujeitos atuantes em seus lares, comunidades e escola de maneira
equilibrada, democrá ca e pacífica;

➢ Avaliar cri camente a realidade em que estão inseridos, ideando possíveis soluções e
caminhos a serem construídos.

Quadro-síntese 1 da unidade curricular do Aprofundamento em CHS

Unidade curricular Macrotema norteador Componente curricular n° de aulas

Iden dade e Juventudes 2 aulas semanais


Aprofundamento em “Juventudes” Jovens e o Mundo Digital 2 aulas semanais
Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas Direitos e Deveres dos Cidadãos 2 aulas semanais
Desenvolvimento Pessoal e Cole vo 2 aulas semanais

7
2º ano - Novo Ensino Médio

PLANEJAMENTO
Este plano de curso traz sugestões para nortear o trabalho docente para os
componentes curriculares que fazem parte do Aprofundamento em Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas. Destacamos que é essencial considerar o contexto local no qual você,
professor ou professora, está inserido, assim como o perfil e o interesse dos estudantes, para
que, com eventuais ajustes que se fizerem necessários, este planejamento seja exequível e
significa vo para todos os envolvidos: professores/as, alunos/as e comunidade. É de
fundamental importância que os professores responsáveis pelos quatro componentes
curriculares ar culem espaços de diálogo entre si e que contem com a par cipação efe va
do coordenador de área/geral em cada uma das escolas.
A unidade curricular de Aprofundamento nas Áreas de Conhecimento não se
configura como um espaço de revisão ou extensão da Formação Geral Básica, mas de
complementação, desenvolvimento e aprofundamento de aprendizados, organizados em
eixos estruturantes próprios do I nerário Forma vo: Inves gação Cien fica, Processos
Cria vos, Mediação e Intervenção Sociocultural e Empreendedorismo. Diante de tal
perspec va, as aulas devem, preferencialmente, serem desenvolvidas de maneira que os
estudantes tenham uma par cipação a va em seu aprendizado dentro dos espaços e tempos
escolares. Orientamos que os professores u lizem metodologias que privilegiam a tudes
par cipa vas, inves ga vas e constru vas por parte do alunado, o que não implica que aulas
tradicionais ou exposição de conceitos não devam ser u lizadas como estratégia de
ensino-aprendizagem. As metodologias a vas se caracterizam pela profunda relação
existente entre educação, cultura, sociedade, polí ca e escola e se desenvolvem a par r de
a vidades cria vas e a vas que buscam a aprendizagem e o protagonismo do estudante.
O macrotema "Juventudes" (norteador desta unidade curricular) se ramifica em
quatro temas principais, descritos pelos nomes dos componentes curriculares. Cada um
desses componentes tem seu plano de curso distribuído em quatro bimestres. Considerando
a diversidade da formação do professor e professora que assumirá cada componente em
turmas e escolas diferentes, são sugeridos subtemas amplos que podem ser escolhidos e
desenvolvidos a par r de sua perspec va e arcabouço cien fico. Desta forma, será
percep vel a você, professor e professora, que determinados subtemas ora possuem apelo
maior para geografia, ora para história, sociologia ou filosofia. Não se trata, portanto, de

8
2º ano - Novo Ensino Médio

um plano de curso com objetos de conhecimento a serem seguidos de maneira literal, mas
de subtemas amplos capazes de serem trabalhados e desenvolvidos de maneiras
diferentes a depender de cada professor e professora.
Na organização descrita no quadro síntese abaixo, os componentes curriculares das
três primeiras colunas ver cais (Iden dades e juventudes / Jovens e o mundo digital /
Direitos e deveres do cidadão) procuram construir um arcabouço de conhecimento cien fico
para que os estudantes possam se aprofundar em temas atuais e per nentes à sua própria
construção enquanto indivíduos e cidadãos crí cos e atuantes. Já o componente
“Desenvolvimento Pessoal e Cole vo” possui uma perspec va diferenciada: trata-se de aulas
que deverão es mular a pesquisa e a organização de conhecimentos para a produção de um
projeto cuja culminância se conecta tanto com as possibilidades de caminhos futuros dos
estudantes, como com os conhecimentos inerentes à sua construção pessoal e cole va.

Quadro síntese 2 - Componentes Curriculares do Aprofundamento em CHS

JUVENTUDES

Iden dades e Jovens e o Direitos e Desenvolvimento


Juventudes Mundo Digital Deveres do Pessoal e Cole vo
Cidadão

A diversidade das Novas relações Direitos: O jovem profissional


1º bim juventudes sociais construções e
conceitos

Jovens e polí ca O mercado de Direitos Humanos I Introdução à pesquisa


2º bim informação

Um mundo de O mercado de Direitos Humanos II Laboratório de


influências trabalho pesquisa
3º bim

Um mundo de desafios Relações é cas O Estatuto da Metodologia de


4º bim Juventude pesquisa

9
2º ano - Novo Ensino Médio

IDENTIDADES E JUVENTUDES

CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS

JUVENTUDES

Iden dade e juventudes

1º Bimestre 2º Bimestre 3º Bimestre 4º Bimestre

A diversidade das Jovens e polí ca Um mundo de Um mundo de


juventudes influências desafios

1º Bimestre - A diversidade das juventudes

A proposta de trabalho para o 1º bimestre procura trazer à pauta os conceitos de


iden dades e juventudes sob a luz das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e
contextualizá-los pela ó ca da História, Geografia, Filosofia e Sociologia. Marcadores sociais,
cultura e consumo formam um alicerce plural para subsidiar as discussões e análises
produzidas em sala de aula.
Importante: apesar de os subtemas e as prá cas de ensino aprendizagem sugeridos
se inter-relacionarem, podem se cons tuir muito amplos e/ou em quan dade maior do que
é possível ser trabalhado durante o período de um único bimestre. Isto se jus fica pelo fato
deste componente curricular poder ser ministrado por professores com formações dis ntas
(história, geografia, filosofia e sociologia), fazendo com que certos subtemas estejam sob
maior ou menor domínio de cada docente dado a sua formação cien fica. Assim, deverá o
professor responsável fazer as escolhas temá cas, conceituais e pedagógicas mais
apropriadas para este aprofundamento e que poderão ser desenvolvidas considerando a sua
própria formação, conhecimento cien fico, perfil dos estudantes e o contexto escolar no
qual está inserido.

10
2º ano - Novo Ensino Médio

1º Bimestre - Iden dades e Juventudes


A diversidade das juventudes
Sugestão de subtemas:

● Conceitos de Iden dades e juventudes: por que no plural?


● O contexto histórico e sua influência na expressão e formação dos jovens (Hippies, Yuppies,
millennials etc)
● Quem somos nós? Negros, pardos, brancos, na vos e estrangeiros no Brasil
● As desigualdades como fator preponderante na construção das iden dades: gênero, classe e raça
● Tribos: o mul culturalismo entre os jovens urbanos
● Cultura e meios de expressão e suas influências sobre a formação das iden dades

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC


Processos Cria vos
EMIFCG04 - Reconhecer e analisar diferentes manifestações cria vas, ar s cas e culturais, por meio de
vivências presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade, cri cidade e cria vidade.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCG07 - Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, iden ficando e
incorporando valores importantes para si e para o cole vo que assegurem a tomada de decisões conscientes,
consequentes, colabora vas e responsáveis.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes
Processos Cria vos
EMIFCHS04 - Reconhecer produtos e/ou processos cria vos por meio de fruição, vivências e reflexão crí ca
sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, polí ca e/ou cultural, em âmbito
local, regional, nacional e/ou global.

Mediação e Intervenção Sociocultural


EMIFCHS07 - Iden ficar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e ameaças a grupos
sociais, à diversidade de modos de vida, às diferentes iden dades culturais e ao meio ambiente, em âmbito
local, regional, nacional e/ou global, com base em fenômenos relacionados às Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Discu r conceitos de “iden dades” e “juventudes” a par r de propagandas publicitárias, imagens,


textos e fotos, procurando abordar a pluralidade (ou não) presente nas construções frente à realidade
presente na sala de aula e seus estudantes, preparando a turma para discussões que envolvam as
perspec vas que eles próprios têm de si: perguntas como “com o que me iden fico?” , “quais as
causas que me mo vam?”, “a quais grupos eu pertenço?”, “como eu me vejo?” são mo vadoras de
discussões que podem revelar conexões importantes entre os estudantes, suas realidades, seus
problemas e dificuldades que enfrentam;

2. Realizar com os estudantes um censo escolar na própria escola, com o obje vo de (re)conhecer as
iden dades dos jovens. Você, professor(a) vai orientá-los a escrever um ques onário, que deve
abordar perguntas de cunho cultural, étnico, geográfico, educacional, trabalho, lazer e férias, esporte,
meio ambiente, dentre outras preferências juvenis, fazer a coleta de dados, a formulação, análise e
discussão dos resultados, que devem ser apresentados em sala de aula. Este censo faz parte de um
trabalho em conjunto com o componente Desenvolvimento Pessoal e Cole vo, auxiliando no
desenvolvimento do projeto daquela unidade. Portanto, será imprescindível que o professor de

11
2º ano - Novo Ensino Médio

Iden dades e Juventudes verifique a viabilidade (ou não) junto com o professor do outro
componente.

3. Apresentar e discu r juventudes em seu contexto histórico (hippies, yuppies, geração Y, etc),
evidenciando que classificações ajudam a explicar mas não representam nem definem a totalidade
dos jovens de determinada época, não podendo ser usadas para simples reduções e generalizações
(“os jovens dessa época ou desse lugar eram assim”, por exemplo), dado que marcadores de classe,
gênero, raça, local geográfico, entre outros, impactam a forma com que jovens se constroem e se
expressam. Propõe-se demonstrar que contextos históricos e culturais são importantes para
influenciar as iden dades juvenis. Caso o professor ache apropriado, é possível que, a par r de vídeos
e/ou documentários que demonstram a atuação de jovens em diferentes contextos e épocas, discu r
algumas perguntas mo vadoras: O que os Hippies têm a ver com os conflitos geopolí cos da época?
Como os Yuppies se relacionam com os valores neoliberais em polí cas da era Reagan e Thatcher?
Algumas sugestões de vídeos curtos são:
a. ERNESTO VARELA: NOVA YORK: Yuppies & Punks (1985):
h ps://www.youtube.com/watch?v=z__qq5Km-HA
b. O QUE SÃO AS GERAÇÕES X, Y, Z, W, ALFA, BABY
BOOMER???h ps://www.youtube.com/watch?v=32BkEpex g

4. Abordar o mul culturalismo enquanto conceito. Perguntas mo vadoras como “existe uma só
cultura?”, “a pluralidade cultural enriquece as relações sociais ou é um problema?" podem ser
mobilizadas para discu r a própria expressão cultural da região, suas crenças, costumes, assim como a
complexidade do mundo atual e as inúmeras influências externas que recebemos. Uma possibilidade
de estender essa discussão é a apresentação de trabalhos sobre “sincre smo”. Podem ser
apresentados elementos diversos de doutrinas dis ntas como exemplo da interação a par r das
relações sociais;

5. Analisar diferentes manifestações ar s cas como literatura, revistas em quadrinhos, dança, cinema,
entre outros, para verificar como o mul culturalismo é expresso de formas variadas por diferentes
grupos sociais e discu r como o respeito a essas diferenças podem solucionar situações de conflitos,
desequilíbrios e ameaças a grupos sociais. Propõem-se que estudantes apresentem produtos
ar s cos e culturais sobre temas e processos de natureza histórica, sociocultural, econômica,
filosófica ou polí ca que representam tradições familiares ou da comunidade local (como exemplo
interessante, presente em muitas regiões de Minas Gerais, são as expressões culturais como festas
julinas, apresentações de Congado e Folia de Reis).

6. Apresentar músicas, propagandas ou filmes que retratam o incen vo ao consumismo e realizar rodas
de discussão a par r da pergunta mo vadora: “O que consumimos é mo vado pelos nossos
interesses ou nossos interesses são mo vados pelo que consumimos? Abordar pontos como a
influência do que consumimos na nossa construção iden tária (roupas, música, filmes, séries, etc) e
das novas formas de expressão oferecidas pelas plataformas de redes sociais nas nossas
iden ficações, interesses e maneira com que nos relacionamos com o mundo e as pessoas. Sugestão
de material de apoio:
a. The Wall, de Pink floyd: h ps://www.youtube.com/watch?v=R8MGVY0LQPk
b. A história da garrafa de água, por Louis Fox
h ps://www.youtube.com/watch?v=KdVIsEUXIUM

Propostas de Avaliação

A avaliação no I nerário Forma vo tem como premissa oportunizar ao estudante o desenvolvimento da


metacognição, acentuando sua natureza processual e forma va. O fato de não haver reprovação nos
componentes curriculares do I nerário Forma vo não significa que estes não devam ser avaliados. Deve-se
garan r preferencialmente a autoavaliação, bem como o “feedback” do professor quanto à apropriação de
habilidades e competências, visando o avanço con nuo do estudante.

12
2º ano - Novo Ensino Médio

Para fins técnico-didá cos, o professor deverá atribuir notas de 60 a 100 pontos anuais para cada
estudante. Assim, é primordial definir critérios para essa distribuição, demonstrando aos estudantes a
importância do processo de aprimoramento e adequação, ajustando a mediação da aprendizagem,
qualificando-a ainda mais ao perfil dos estudantes e à realidade local.

Proposta: Autoavaliação

➢ Como você descreve a experiência de realização de um censo?


➢ Você acredita que a realização de um censo ajuda a compreender melhor a população analisada? Por
quê?
➢ Houve alguma dificuldade ao elaborar o ques onário? Se sim qual e por quê?
➢ Você considera que essa proposta tem relevância para a comunidade escolar? Por quê?
➢ Como você julga a sua par cipação neste bimestre?

2º Bimestre - Jovens e a polí ca

Na proposta de trabalho para o 2º bimestre, busca-se aprofundar a compreensão de


que a polí ca possui papel preponderante na construção da nossa iden dade, na maneira
como lidamos com o mundo e nas perspec vas de mudanças. Como pressuposto principal, a
noção de que o mundo não está dado, é construído. Desenvolver uma visão crí ca de tal
construção, propicia ao estudante entender a si mesmo e desenvolver possibilidades sobre
como agir para transformar os espaços que vivemos.
Importante: apesar de os subtemas e as prá cas de ensino aprendizagem sugeridos
se inter-relacionarem, podem se cons tuir muito amplos e/ou em quan dade maior do que
é possível ser trabalhado durante o período de um único bimestre. Isto se jus fica pelo fato
deste componente curricular poder ser ministrado por professores com formações dis ntas
(história, geografia, filosofia e sociologia), fazendo com que certos subtemas estejam sob
maior ou menor domínio de cada docente dado a sua formação cien fica. Assim, deverá o
professor responsável fazer as escolhas temá cas, conceituais e pedagógicas mais
apropriadas para este aprofundamento e que poderão ser desenvolvidas considerando a sua
própria formação, conhecimento cien fico, perfil dos estudantes e o contexto escolar no
qual está inserido.

13
2º ano - Novo Ensino Médio

2º Bimestre - Iden dades e juventudes


Jovens e a polí ca

Sugestão de subtemas:

● Os jovens e os movimentos sociais e polí cos:


○ O contexto de surgimento do movimento estudan l
○ O movimento estudan l e a resistência à Ditadura militar 1969-1979
○ A par cipação no Impeachment e nas jornadas de julho de 2013.

● Par cipação polí ca:


○ Os jovens e a polí ca ins tucionalizada
○ Diferentes formas de par cipação polí ca

● Quais são as demandas que mobilizam as juventudes?


○ Emergência ambiental
○ Trabalho e emprego
○ Educação
○ Desigualdades sociais
○ Outras desigualdades? Quais?
○ A vismos e suas contradições

● A geopolí ca atual e seus impactos


○ Populismo, neofacismo e autoritarismo: a democracia em risco
○ So power: a relevância da cultura na polí ca e na economia mundial

● Novos conceitos para pensar a polí ca


○ Sociedade do cansaço
○ Necropolí ca
○ Democracia de alta, média e baixa intensidade

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC


Inves gação Cien fica
EMIFCG02 - Posicionar-se com base em critérios cien ficos, é cos e esté cos, u lizando dados, fatos e
evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas,
coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia, jus ça social,
pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.
Empreendedorismo

EMIFCG10 - Reconhecer e u lizar qualidades e fragilidades pessoais com confiança para superar desafios e
alcançar obje vos pessoais e profissionais, agindo de forma proa va e empreendedora e perseverando em
situações de estresse, frustração, fracasso e adversidade.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes
Inves gação Cien fica
EMIFCHS02 - Levantar e testar hipóteses sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica,
filosófica, polí ca e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, contextualizando os
conhecimentos em sua realidade local e u lizando procedimentos e linguagens adequados à inves gação
cien fica.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCHS07 - Iden ficar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e ameaças a grupos
sociais, à diversidade de modos de vida, às diferentes iden dades culturais e ao meio ambiente, em âmbito
local, regional, nacional e/ou global, com base em fenômenos relacionados às Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas.

14
2º ano - Novo Ensino Médio

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Fazer um levantamento se os estudantes par cipam de algum movimento social, com quais eles mais
se iden ficam e o porquê. Algumas premissas podem conduzir a conversa: “Por que essa demanda é
importante?” “Essa pauta é democrá ca?” “Como a par cipação nesses movimentos ou luta por
esses ideais o ajudaria a alcançar seus obje vos pessoais e profissionais”?;

2. Mobilizar conceitos já conhecidos pelos estudantes (como populismo, facismo e autoritarismo), por
meio de quiz ou outro jogo que o professor ache apropriado. Para aprofundar e desenvolver de formas
crí cas frente às novas configurações da polí ca contemporânea, pode-se usar perguntas mo vadoras
como: “O populismo e o fascismo se apresentam da mesma forma hoje que no passado?”, “É
possível iden ficar traços autoritários em países democrá cos? Se sim, de que maneira?”, “Quais os
riscos envolvidos quando a democracia é colocada em perigo?”;

3. Discu r com os estudantes o que eles entendem como movimentos sociais e quais conhecem ou já
ouviram falar. U lizar ar gos, no cias que circulam nas redes sociais ou no mundo jornalís co e
debater “por que existem movimentos sociais?”, “qual a sua importância para a construção de
direitos”, “todo movimento social é válido e justo?” (essas e outras questões norteadoras poderão
ser u lizadas para mobilizá-los a pensar cri camente sobre uma das mais importantes manifestações
polí cas da sociedade);

4. Apresentar mobilizações sociais que fizeram parte da construção histórica da sociedade brasileira e
propor que os estudantes façam mapas mentais ou infográficos capazes de evidenciar semelhanças e
diferenças entre movimentos permanentes (an rracistas, direitos das mulheres, educação, etc) e
aqueles que surgem de demandas pontuais. Sugestão de material de apoio:

○ História dos movimentos sociais no Brasil. Fundação Cecierj:


h ps://canal.cecierj.edu.br/022019/cfaf44dc23a4eb2d5833f04838ddf105.pdf

○ Conheça as revoltas que marcaram a história do Brasil, de Uol educação:


h ps://educacao.uol.com.br/infograficos/2013/06/18/conheca-os-movimentos-sociais-que-
marcaram-a-historia-do-brasil.htm#19

5. Pesquisar a par cipação dos jovens na polí ca ins tucionalizada e analisá-la, a par r de dados
disponíveis em sites públicos, como o do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em sala de aula, perguntas
mobilizadoras como “Votar é importante?”, “Vocês consideram que os par dos são espaço de
representação? Por quê?”, “É possível conquistar novos direitos ou manter os existentes sem
par cipar da polí ca ins tucional?”, “De que maneira os jovens podem par cipar mais da polí ca?”
devem abrir espaços para problema zações pelos próprios estudantes, sempre mediadas pelo(a)
professor(a). Material de apoio e consulta:
○ Tribunal Superior Eleitoral -
h ps://sig.tse.jus.br/ords/dwapr/seai/r/sig-eleicao/home?session=203088494739123

6. Fazer um levantamento simples em sala de aula sobre quais são as demandas que mais importam
aos jovens, se são pautas amplas ou específicas, o porquê da escolha dos estudantes, e realizar uma
conexão entre tais pautas e o contexto vivido por eles na comunidade ou região. Incen var os
estudantes a discu rem e argumentarem sobre a relevância dessas demandas e pautas sociais. Uma
forma interessante é propor tal discussão dentro de uma roda de conversa mediada pelo professor.
Sugestão de material de apoio:
○ Agenda JUVENTUDE BRASIL 2013:
h ps://www.ipea.gov.br/par cipacao/images/pdfs/par cipacao/pesquisa%20perfil%20da%2
0juventude%20snj.pdf (material produzido a 10 anos atrás, possui gráficos e dados que
podem orientar discussões e suscitar contraposições uma década depois)

7. Apresentar o conceito de “so power”. U lizar exemplos do uso desse conceito a par r da experiência
dos próprios alunos: os filmes que assistem, são feitos onde? E as músicas? Será que isso gera receita

15
2º ano - Novo Ensino Médio

e empregos em seus países de origem? O consumo dos produtos culturais desses países nos
influencia? Se sim, influencia nossos valores e formas de pensar o mundo? Este é um bom momento
para abrir espaço para que os estudantes apresentem suas principais influências culturais (música,
séries, filmes, livros, HQs, etc) e pensar como meios culturais podem oportunizar processos
empreendedores e desenvolvimento de polí cas públicas para melhoria de vida da população.
Sugestão de texto mo vador:
○ So Power - O poder de influência de um país no mundo, de Pedro Almeida:
h ps://www.publishnews.com.br/materias/2018/01/23/so -power-o-poder-de-influencia-de
-um-pais-no-mundo

8. Propor clube de leitura a par r de agrupamentos organizados pelos estudantes. Cada grupo trabalhará
teorias e conceitos presentes no contexto polí co atual, como a intensidade democrá ca (Boaventura
de Souza Santos), sociedade do cansaço (Byung-Chul Han), necropolí ca (Achile Mbembe). Perguntas
mo vadoras: “Como aplicar tais conceitos na atualidade?”, "Quais perspec vas futuras da vida em
sociedade e como pensam mudar/melhorar isso?” nortearão o trabalho de cada grupo, que
apresentará suas descobertas para os outros grupos, apresentando conexões entre os conceitos
estudados, a própria realidade vivida e as situações presentes na polí ca brasileira e internacional
atual.

Propostas de Avaliação

O docente pode avaliar a produção de mapas mentais, par cipação de quizzes ou jogos, pesquisas e outras
a vidades, como o desempenho em apresentações e discussões em sala.

Autoavaliação
➢ Compreendi a necessidade dos movimentos sociais?
➢ Você se engajou em alguma causa ou movimento devido aos debates ocorridos ao longo do bimestre?
➢ Você considera que os temas abordados nesse bimestre têm relevância para a juventude com um
todo? Por quê?
➢ Como você julga a sua par cipação neste bimestre?

3º Bimestre - Um mundo de influências

A abordagem do 3º bimestre focaliza algumas das influências que atuam de maneira


significa va na construção das iden dades e, com isso, obje va a compreensão das
diferenças sobre as histórias de vida dos indivíduos, condição importante para o
desenvolvimento da empa a e tolerância entre as pessoas. Propõe-se problema zar aquilo
que já está posto (o consumo, a indústria cultural, etc) e apontar problemas e complexidades
sociais que, de uma forma ou de outra, moldam nossas ações e nos acompanham
cole vamente.
Importante: apesar de os subtemas e as prá cas de ensino aprendizagem sugeridos
se inter-relacionarem, podem se cons tuir muito amplos e/ou em quan dade maior do que
é possível ser trabalhado durante o período de um único bimestre. Isto se jus fica pelo fato

16
2º ano - Novo Ensino Médio

deste componente curricular poder ser ministrado por professores com formações dis ntas
(história, geografia, filosofia e sociologia), fazendo com que certos subtemas estejam sob
maior ou menor domínio de cada docente dado a sua formação cien fica. Assim, deverá o
professor responsável fazer as escolhas temá cas, conceituais e pedagógicas mais
apropriadas para este aprofundamento e que poderão ser desenvolvidas considerando a sua
própria formação, conhecimento cien fico, perfil dos estudantes e o contexto escolar no
qual está inserido.

3º Bimestre - Iden dades e juventudes


Um mundo de influências
Sugestão de subtemas:
● Somos o que consumimos?
○ A indústria cultural (games, filmes, séries, etc)
○ Consumismo: por que ocorre e quais suas consequências individuais e cole vas?
● Drogas e seus impactos sociais
○ Dados sobre o tema
○ Consequências sociais para a comunidade, família, indivíduo
○ Formas de prevenção e como lidar com o problema
○ Novas pesquisas sobre o vício (DR Carl Hart)
● Violências e seus impactos na nossa relação com as pessoas e o mundo
○ Tipos de violência: sica, psicológica, simbólica e outras
○ Comunicação não violenta
○ A construção da escola como espaço seguro: qual o nosso papel?
● Religião: A influência e importância da religiosidade na construção do indivíduo
○ Religião e história
○ Religião e cultura
○ Religião e filosofia
○ Religião e ciência
○ Religião e tolerância

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC


Inves gação Cien fica
EMIFCG02 - Posicionar-se com base em critérios cien ficos, é cos e esté cos, u lizando dados, fatos e
evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas,
coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia, jus ça
social, pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCG08 - Compreender e considerar a situação, a opinião e o sen mento do outro, agindo com empa a,
flexibilidade e resiliência para promover o diálogo, a colaboração, a mediação e resolução de conflitos, o
combate ao preconceito e a valorização da diversidade.
EMIFCG09 - Par cipar a vamente da proposição, implementação e avaliação de solução para problemas
socioculturais e/ou ambientais em nível local, regional, nacional e/ou global, corresponsabilizando-se pela
realização de ações e projetos voltados ao bem comum.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes
Inves gação Cien fica
EMIFCHS03 - Selecionar e sistema zar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre temas e processos de natureza histórica,

17
2º ano - Novo Ensino Médio

social, econômica, filosófica, polí ca e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
iden ficando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar
as fontes dos recursos u lizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes
mídias.
Processos Cria vos
EMIFCHS06 - Propor e testar soluções é cas, esté cas, cria vas e inovadoras para problemas reais
relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, polí ca e/ou cultural, em
âmbito local, regional, nacional e/ou global.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCHS07 - Iden ficar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e ameaças a grupos
sociais, à diversidade de modos de vida, às diferentes iden dades culturais e ao meio ambiente, em âmbito
local, regional, nacional e/ou global, com base em fenômenos relacionados às Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Após apresentar o conceito de indústria cultural dentre outros relacionados que o/a professor(a)
julgar importante para desenvolver o tema, propor que os estudantes descrevam os principais e mais
comuns produtos culturais consumidos por eles. A par r daí, propor problema zações, como tempo
de consumo, formas de consumo, o que cada um considera relevante e problemá co no que
consomem e quais consequências posi vas e nega vas do consumismo para si e para a sociedade
em geral. Alguns filmes que podem suscitar discussões sobre o tema:

a. O show de Truman, de Peter Weir;


b. Clube da luta. de David Fincher

2. U lizar filmes, reportagens, dados, matérias jornalís cas que achar relevante e apropriado para
abordar a droga como problema social, econômico e polí co, ou seja, causadora de problemas
cole vos, complexos e que não afeta ou envolve apenas o indivíduo que dela faz uso;
a. Nuggets, de Andreas Hykade: h ps://www.youtube.com/watch?v=HUngLgGRJpo
b. Cracolândia se espalha por ruas do Centro de SP, de Band Jornalismo:
h ps://www.youtube.com/watch?v=MCr6LLQNzUY

3. Pesquisar/estudar sobre alguns dos principais pos de droga, incluindo as lícitas e ilícitas, e as
consequências relacionadas ao consumo, proibição descriminalização e/ou liberação, iden ficando
diversos pontos de vista, incen vando o posicionando mediante o uso de argumentos com lastros
cien ficos, como o cuidado de citar as fontes u lizadas durante pesquisa e buscando apresentar
conclusões. Sugestão de material de apoio:
a. Classificação e efeitos das drogas, de Centro de Estudos Avançados de Psicologia
h ps://blog.cicloceap.com.br/classificacao-e-efeitos-das-drogas/

4. Convidar representantes da comunidade que sejam especialistas no assunto para falarem sobre a
prevenção contra as drogas e como elas interferem na vida de milhares de pessoas no Brasil e no
mundo. Escolher o que for mais apropriado diante do tema: um encontro com outras turmas
(podendo aumentar o tempo de palestra) ou que o convidado realize rodas de conversa por turma
em cada sala ( o tema pode ser abordado de forma mais obje va /in mista, porém com tempo mais
curto).

5. Aprofundar o conceito de violência para além da violência sica: tratar sobre violência psicológica,
sexual, assédios (moral e sexual) e discu r como esses pos de violência afetam a construção da
iden dade de cada um e a maneira como lidamos com os outros. Como fonte sugerida, o Atlas da
Violência produzido pelo In tuto de Pesquisa Econômica Aplioada:
h ps://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/

18
2º ano - Novo Ensino Médio

6. Propor discussões sobre o tema das violências tendo como pressuposto a escola como local seguro, o
qual deve ser assim ofertado e, ao mesmo tempo, defendido e aprimorado por todos: “Quais as
ações possíveis que cada um pode realizar?”, “Quais propostas podem ser apontadas para eliminar
ou reduzir problemas de violência na escola e na comunidade?”, “Como construí-las
democra camente e colocá-las em prá ca?”

7. Para a abordagem sobre a religião, tratá-la como fator fundamental na construção iden tária de
todos, inclusive de quem não se iden fica como religioso. É possível usar filmes, séries ou
documentários como referência para demonstrar sua influência na cultura dos povos, no
desenvolvimento da filosofia, sua relação com a ciência. É salutar evidenciar como a tolerância é
ponto fundamental para a liberdade de crença e o exercício pleno da cidadania, dado que as religiões
possuem caráter complexo, ín mo e cole vo. (É possível que alguns dos subtemas sugeridos
-consumo, indústria cultural, violência- sejam também u lizados para complexificar discussões que
envolvam as religiões).

8. Estudar ar gos da Cons tuição Federal de 1988 que tratam sobre a laicidade do Estado e a relação
desse tema com outros que envolvem tolerância, ciência, diversidade religiosa, direito de fé, etc.

Propostas de Avaliação

O docente pode avaliar a produção em sua par cipação e, sala de aulas e nos projetos e produções que
foram desenvolvidas neste bimestre.

Autoavaliação

➢ Você considera que conseguiu por meio das propostas realizadas rastrear as influências diversas às
quais somos expostos todos os dias?
➢ Como você julga a sua par cipação neste bimestre?
➢ O aprofundamento nos temas abordados foram relevantes para o desenvolvimento de um olhar mais
crí co da nossa sociedade? Explique.

4º Bimestre - Um mundo de desafios

O 4º bimestre tem como proposta ampliar as perspec vas frente aos desafios futuros
e seus os problemas amplos, complexos e cole vos e, por isso mesmo, não podem ser
resolvidos no campo individual. Todos os quatro principais tópicos deste bimestre
(economia, meio ambiente, conflitos e desigualdades) relacionam-se entre si, possibilitando
que o trabalho seja explorado correlacionado a todos eles. Ao mesmo tempo, são temas que
permitem que cada professor(a) possa u lizar esta etapa final para aprofundar em um ou
mais desses tópicos, conforme sua escolha, dado seu contexto escolar e sua formação
cien fica.
Importante: apesar de os subtemas e as prá cas de ensino aprendizagem sugeridos
se inter-relacionarem, podem se cons tuir muito amplos e/ou em quan dade maior do que

19
2º ano - Novo Ensino Médio

é possível ser trabalhado durante o período de um único bimestre. Isto se jus fica pelo fato
deste componente curricular poder ser ministrado por professores com formações dis ntas
(história, geografia, filosofia e sociologia), fazendo com que certos subtemas estejam sob
maior ou menor domínio de cada docente dado a sua formação cien fica. Assim, deverá o
professor responsável fazer as escolhas temá cas, conceituais e pedagógicas mais
apropriadas para este aprofundamento e que poderão ser desenvolvidas considerando a sua
própria formação, conhecimento cien fico, perfil dos estudantes e o contexto escolar no
qual está inserido.

4º Bimestre - Iden dades e juventudes


Um mundo de desafios
Sugestão de subtemas:
● Economia
○ Conceitos básicos de economia: dinheiro, lastro, câmbio, inflação, oferta e demanda,
indicadores econômicos
○ A relação da economia com trabalho, emprego, meio ambiente, conflitos e desigualdades
sociais

● Desigualdades
○ Diferenças entre trabalho e emprego, trabalho remunerado e não remunerado,
terceirização e precarização do trabalho
○ Desigualdade social e econômica como fonte de conflitos
○ Desigualdades estruturais (raça, gênero, educação, classe) e seus impactos nas
possibilidades individuais/cole vas e ciclo de perpetuação
○ A reforma trabalhista e o impacto na nova geração de trabalhadores

● Meio ambiente
○ Sustentabilidade e preservação ambiental
○ Economia verde e a relação entre produção, consumo e meio ambiente
○ Riquezas naturais e os conflitos polí cos regionais e mundiais: o interesse em torno
da água, terra, petróleo e outros bens

● Conflitos
○ Os diversos pos de conflitos mundiais atuais que envolvem países e territórios
○ As cidades e seus conflitos sociais urbanos
○ Xenofobia, racismo, perseguição religiosa, polarização polí ca: a intolerância e o
preconceito como base de conflitos

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC


Inves gação Cien fica
EMIFCG02 - Posicionar-se com base em critérios cien ficos, é cos e esté cos, u lizando dados, fatos e
evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas,
coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia, jus ça
social, pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCG07 - Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, iden ficando e
incorporando valores importantes para si e para o cole vo que assegurem a tomada de decisões conscientes,

20
2º ano - Novo Ensino Médio

consequentes, colabora vas e responsáveis.

EMIFCG08 - Compreender e considerar a situação, a opinião e o sen mento do outro, agindo com empa a,
flexibilidade e resiliência para promover o diálogo, a colaboração, a mediação e resolução de conflitos, o
combate ao preconceito e a valorização da diversidade.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes
Inves gação Cien fica
EMIFCHS03 - Selecionar e sistema zar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, polí ca e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
iden ficando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar
as fontes dos recursos u lizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes
mídias.

Mediação e Intervenção Sociocultural


EMIFCHS07 - Iden ficar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e ameaças a grupos
sociais, à diversidade de modos de vida, às diferentes iden dades culturais e ao meio ambiente, em âmbito
local, regional, nacional e/ou global, com base em fenômenos relacionados às Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem


1. Definir os conceitos relacionados aos temas escolhidos a serem trabalhados no bimestre. Pesquisa,
estudo e aulas exposi vas podem ser necessários para introduzi-los e iniciar as problema zações e
propostas de trabalho. Todos os quatro subtemas (economia, meio ambiente, conflitos e
desigualdades) trazem conceitos importantes para a compreensão dos estudantes;

2. Os subtemas sugeridos para este quarto bimestre contemplam diversos filmes que podem ser
usados (por inteiro ou trechos específicos) para subsidiar discussões em sala de aula. Alguns filmes
interrelacionam mais de uma das sugestões de subtemas deste bimestre, como “Diamante de
sangue” (2006) e “O senhor das armas” (2005), os quais envolvem conflitos, desigualdades e
economia. “Wall-E” (2008) e “Oceanos de plás cos” (2016) também são sugestões que podem
completar os temas a serem abordados neste bimestre. Há, no entanto, diversos outros filmes,
documentários e demais materiais imagé cos que podem ser mobilizados pelos professores (obs.: é
preciso estar atento à classificação etária e ao propósito pedagógico sempre que for exibir qualquer
produção lmica).

3. Sempre após a exibição, é importante um encontro para que pontos específicos possam ser melhor
apontados e discu dos. A produção de crí ca cinematográfica é um ó mo recurso de análise,
aprendizagem e expressividade. Após a exibição, promover uma sessão comentada a respeito do
filme e os estudantes podem escrever resenhas crí cas sobre o filme ou uma uma redação
disserta va-argumenta va, posicionando-se com base nos critérios cien ficos, é cos e esté cos
apresentados, sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia, jus ça social,
pluralidade, solidariedade e sustentabilidade, e teria como culminância uma amostra
cinematográfica crí ca onde os (as) estudantes organizam a entrada da comunidade na escola para
sessões de audiovisual seguida de rodas de conversa com o propósito de dialogar os temas com a
comunidade escolar.

4. Relacionar os diversos subtemas do bimestre usando mapas intera vos. Como sugestão, tem-se o
EJAtlas (disponível aqui: h ps://www.ejatlas.org/), o qual oportuniza que os alunos procurem
qualquer lugar do mundo e encontrem no cias sobre os diversos conflitos existentes (importante: o
site não está em português, mas a tradução automá ca do navegador oferece boa navegabilidade
nas informações) e o mapa de conflitos da Fiocruz (disponível em:
h ps://mapadeconflitos.ensp.fiocruz.br/), orientado mais especificamente para desigualdades e

21
2º ano - Novo Ensino Médio

saúde no território brasileiro. Esses mapas podem ser usados em sala de aula, no laboratório de
informá ca da escola (se houver) ou como fonte de pesquisa de estudantes e professores;

5. Caso a escola tenha uma rádio/podcast ou outro meio de comunicação, criar um programa/meio de
difusão ao longo do bimestre para tratar de questões locais relacionados aos quatro temas do
bimestre. Os estudantes podem escolher desde o nome do programa, formato como escrever o
roteiro semanal; gravar podcasts, entrevistas; criar jingles, propagandas, campanhas de mobilização;
programas de informação e entretenimento. Convém apresentar essa proposta no início do bimestre
para que haja tempo de mobilização.

6. Propor pesquisa em campo, que podem e devem acontecer também durante as aulas e sob a
orientação dos professores para visitar pontos icônicos da cidade: o centro comercial, para se
verificar como acontece o consumismo em suas diversas facetas, as relações de trabalho, as
condições de trabalho, as relações interpessoais, conflitos de ordem pessoal, organizacional,
interpessoal; um local onde exista pessoas invisíveis para a sociedade e um bairro de classe
socioeconômica mais favorecida, para se observar as diferentes formas de desigualdade e um local
onde possam ser observadas riquezas naturais, preservação ambiental ou ações de sustentabilidade
e outro onde são evidenciados problemas socioambientais que precisam de soluções urgentes. A
par r de registros por anotações, desenhos, fotos e/ou vídeos, os estudantes proporão estratégias
de intervenção para os problemas locais encontrados;

7. Como produto final e para retratar os resultados da pesquisa em campo, construir cole vamente
uma revista ou um jornal como forma de veicular questões relacionadas aos quatro temas principais
do bimestre;

8. Usar o blog ou facebook da escola e publicar textos (legislações locais, entrevistas, reportagens,
anúncios, ar gos cien ficos), vídeos e imagens (fotografias, desenhos, tabelas, gráficos, quadrinhos,
charges) que retratam situações-problema locais para se pensar em ações conjuntas envolvendo
toda comunidade.

Obs.: Diante da amplitude dos temas deste bimestre e considerando a pluralidade de formação dos
professores responsáveis por esse componente em cada uma das turmas e escolas mineiras, o arcabouço
bibliográfico e a experiência de cada um dos docentes se configura como um potente recurso a ser mobilizado
tanto para interrelacionar os quatro subtemas sugeridos, como para aprofundar em um mais específico, a
critério do professor.

Propostas de Avaliação

O docente pode avaliar a par cipação nos debates, a escrita crí ca, a gravação dos podcasts, as entrevistas,
criação de jingles e propagandas, as campanhas de mobilização, os programas de informação e
entretenimento e o envolvimento e aprendizagem durante as variadas estratégias de aprendizagem ao longo
do bimestre.

Autoavaliação

➢ Você achou relevante levar as discussões e pesquisas realizadas? Você avaliou como posi vo ou
nega vo essa experiência?
➢ Quais os maiores desafios você enfrentou na realização deste bimestre?
➢ Você considera que os temas abordados no material têm relevância para sua aprendizagem fora dos
muros da escola? Por quê?
➢ Como você julga a sua par cipação neste bimestre?

22
2º ano - Novo Ensino Médio

JOVENS E O MUNDO DIGITAL

CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS

JUVENTUDES

Jovens e o Mundo Digital

1º Bimestre 2º Bimestre 3º Bimestre 4º Bimestre

As novas relações O mercado de O mercado de Relações é cas


sociais informações trabalho

1º Bimestre - As novas relações sociais

A proposta de abordagem do 1º bimestre para o componente curricular Jovens e o


Mundo Digital envolve alguns temas e conceitos básicos que fazem parte das TDICs, na busca
de uma maior compreensão da importância da sua construção em nossa sociedade.
Considerando os subtemas propostos, obje va-se uma postura par cipa va e analí ca dos
estudantes, usuários das TDICs que são, sobre as novas formas de comunicação e
socialização mediadas pelas novas tecnologias digitais e comunicacionais.
Importante: apesar de os subtemas e as prá cas de ensino aprendizagem sugeridos
se inter-relacionarem, podem se cons tuir muito amplos e/ou em quan dade maior do que
é possível ser trabalhado durante o período de um único bimestre. Isto se jus fica pelo fato
deste componente curricular poder ser ministrado por professores com formações dis ntas
(história, geografia, filosofia e sociologia), fazendo com que certos subtemas estejam sob
maior ou menor domínio de cada docente dado a sua formação cien fica. Assim, deverá o
professor responsável fazer as escolhas temá cas, conceituais e pedagógicas mais
apropriadas para este aprofundamento e que poderão ser desenvolvidas considerando a sua
própria formação, conhecimento cien fico, perfil dos estudantes e o contexto escolar no
qual está inserido.

23
2º ano - Novo Ensino Médio

1º Bimestre - Jovens e o mundo digital


As novas relações sociais
Sugestão de subtemas:

● A evolução da internet
○ História de sua evolução
○ As expecta vas criadas quanto ao seu futuro
○ Impactos socioambientais da produção e descarte das novas tecnologias

● Na vos e migrantes virtuais


○ Conceituação
○ As dis ntas formas de apropriação e interação virtual (marcadores de idade e classe)

● Novas formas de comunicação


○ Memes
○ Emojis
○ Blogs, fotos
○ Jogos virtuais
○ Comunidades virtuais

● Redes sociais
○ Estudo/discussão sobre caracterís cas par culares do Facebook, Twi er, Instagram, Tik Tok
e outros
○ O uso dessas redes e seus possíveis impactos individuais e cole vos

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC


Inves gação Cien fica
EMIFCG03 - U lizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de inves gações cien ficas para criar ou
propor soluções para problemas diversos.
Processos Cria vos
EMIFCG04 - Reconhecer e analisar diferentes manifestações cria vas, ar s cas e culturais, por meio de
vivências presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade, cri cidade e cria vidade.

EMIFCG05 - Ques onar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções cria vas,
originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incertezas e colocá-las em prá ca.
Empreendedorismo
EMIFCG11 - U lizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para estabelecer e
adaptar metas, iden ficar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para realizar projetos pessoais e produ vos
com foco, persistência e efe vidade.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes
Inves gação Cien fica
EMIFCHS01 - Inves gar e analisar situações problema envolvendo temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, polí ca e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.
Processos Cria vos
EMIFCHSO5 - Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos cria vos para resolver problemas reais
relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, polí ca e/ou cultural,
em âmbito local, regional, nacional e/ou global.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFFTP07 - Iden ficar e explicar normas e valores sociais relevantes à convivência cidadã no trabalho,

24
2º ano - Novo Ensino Médio

considerando os seus próprios valores e crenças, suas aspirações profissionais, avaliando o próprio
comportamento frente ao meio em que está inserido, a importância do respeito às diferenças individuais e a
preservação do meio ambiente.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem


1. Demonstrar a rápida evolução das tecnologias digitais, do processamento e armazenamento de
dados (discos flexíveis, rígidos, pen-drive, etc) e da comunicação (celulares, redes sociais como salas
de bate-papo, rádios online), u lizando elementos como equipamentos an gos, recortes de jornais,
imagens.

a. Tecnologias Do Passado e Do Presente: O Antes e o Depois:


h ps://www.youtube.com/watch?v=6WSn2Pbglo8

b. Evolução das tecnologias na educação, de Rafael luna:


h ps://www.youtube.com/watch?v=tcLLTsP3wlo
c. EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA - Reportagem do Fantás co de 1994 :
h ps://www.youtube.com/watch?v=BnI1SJ_nh1Q

2. Fazer uma mostra com diferentes equipamentos tecnológicos usados para comunicação. Os
estudantes podem ser es mulados a trazer materiais TDICs an gos u lizados por seus pais e que não
mais fazem uso. Os estudantes farão uma linha do tempo, contextualizando-os em relação a quando
foram inventados, por quem, por quanto tempo foram usados, como eram usados, a importância que
veram para a sociedade e seus pais, as dificuldades de acesso, etc. É importante que seja feita a
conexão entre o passado e o presente, as caracterís cas que se alteraram e que se man veram, se
deu como o acesso a novas tecnologias e os processos de estranhamentos, adaptação, criação de
necessidades.

3. Abordar questões como: “Quais os impactos socioambientais da produção tecnológica?”, “Como


acontece essa produção?”, “Quais materiais são necessários?”, “Como é composta a mão de obra
dessa produção e quais são suas condições de trabalho?”, “Como é feito (e como deveria ser) o
descarte das baterias e demais materiais que compõem os equipamentos tecnológicos?”. propor
que os estudantes se organizem em grupos de trabalho e pesquisem sobre questões relacionadas a
esses temas. E que façam apresentação dos resultados das pesquisas em sala de aula. Após as
apresentações, ins ga-os para que consigam perceber seu próprio envolvimento (e responsabilidade)
dentro de uma estrutura produ va e de consumo.

4. Propor aula inver da, na qual os estudantes produzam uma seleção de diversos textos de
comunicação que explorem diferentes formas de linguagem (memes, imagens, emojis, gifs e propor
que os estudantes analisem como as tecnologias a que eles têm acesso possuem usabilidade e
formas de se relacionar que exprimem caracterís cas geracionais e quais seriam essas caracterís cas
(como tempos e esté ca). Discu r como mensagens de “bom dia/boa noite” em forma de imagens
bem caracterís cas (comuns em grupos de mensagens compostos de pessoas mais velhas) carregam
certa esté ca que evidenciam e marcam diferenças geracionais; e como são as mensagens com
conteúdos alarmistas (muitas vezes men rosas), que também carregam certa esté ca e construção
textual recorrentes. Explorar tais caracterís cas através de exemplos possibilita estabelecer
interessantes relações entre a forma de lidar com o espaço virtual e as diferentes gerações.

5. U lizar o material das estratégias citadas acima para estabelecer conexão entre os três itens iniciais
do plano de curso deste bimestre (a evolução da internet, na vos e migrantes digitais e novas formas
de comunicação. Os chats online (salas de bate-papo), as redes sociais pioneiras que não estão mais
em uso (ICQ, Orkut, Fotolog) e os primeiros memes formam um arcabouço que podem subsidiar
abordagens em sala de aula que conectam os três itens acima citados. Questões como: “Como os
estudantes analisam essas an gas interações?”, “Elas são muito diferentes das de hoje?” “É
possível desenhar uma linha de progressão entre o passado e o presente?” podem ser norteadoras
para tal abordagem.

25
2º ano - Novo Ensino Médio

6. Propor um estudo e discussão sobre as caracterís cas par culares do Facebook, Twi er, Instagram,
Tik Tok e outras redes sociais e o uso dessas redes e seus possíveis impactos individuais e cole vos.
Perguntas norteadoras: “É possível iden ficar diferenças de gênero e classe incluindo as novas e
diferentes redes sociais, como no Instagram, Tik tok e Kwai?”, “Por que muitos jovens não se
interessam mais pelo Facebook?” “Textos ou vídeos: o que comunica melhor e para quem eles são
des nados?”. Se possível, faça uma análise dessas redes na sala de aula usando celulares ou no
laboratório de informá ca;

7. Abordar a experiência dos estudantes em relação ao tempo de tela total (não apenas de celular, mas
também de TV, videogames e de outros aparelhos) que cada um faz uso por dia. Os estudantes
devem argumentar e exemplificar aquilo que consideram como pontos fortes e fracos do uso da tela
e a forma com que se relacionam com ela. Dentro desta análise, também é possível refle r sobre
como estão aproveitando o tempo: em quais aplica vos, com quais conteúdos (filmes, séries,
novelas, sites ou programas informacionais, etc). Perguntas como: “Celular, televisão e outros
aparelhos: quais os impactos do uso da tela?”, “O tempo que ficamos conectados possui
qualidade?”, “A maneira com que nos relacionamos em rede pode ser transposta para o mundo
real?” Em conjunto, discu r e repensar a organização desse tempo, u lizando estratégias de
planejamento, organização e empreendedorismo para estabelecer e adaptar metas, iden ficar
caminhos, mobilizar apoios e recursos, para realizar projetos pessoais com foco, persistência e
efe vidade. Para es mular a cri cidade sobre o uso do tempo em tela e suas consequências, o vídeo
de Steve Cu s, “Are You Lost In The World Like Me?”, disponível em:
h ps://www.youtube.com/watch?v=VASywEuqFd8

Propostas de Avaliação

A avaliação no I nerário Forma vo tem como premissa oportunizar ao estudante o desenvolvimento


da metacognição, acentuando sua natureza processual e forma va. O fato de não haver reprovação nos
componentes curriculares do I nerário Forma vo não significa que estes não devam ser avaliados. Deve-se
garan r preferencialmente a autoavaliação, bem como o “feedback” do professor quanto à apropriação de
habilidades e competências, visando o avanço con nuo do estudante.
Para fins técnico-didá cos, o professor deverá atribuir notas de 60 a 100 pontos anuais para cada
estudante. Assim, é primordial definir critérios para essa distribuição, demonstrando aos estudantes a
importância do processo de aprimoramento e adequação, ajustando a mediação da aprendizagem,
qualificando-a ainda mais ao perfil dos estudantes e à realidade local.

O docente pode avaliar a curadoria dos textos escolhidos pelos estudantes e as reflexões que eles
ocasionaram, as análises produzidas e a gestão das pesquisas propostas.

Autoavaliação

➢ Você considera que os temas abordados nas reflexões têm relevância para a construção de hábitos
mais saudáveis em relação ao uso das tecnologias?
➢ Como você julga a sua par cipação neste bimestre?

26
2º ano - Novo Ensino Médio

2º Bimestre - O mercado de informações

A proposta para o 2° bimestre busca perpassar por discussões acerca do mercado de


informações. Propõe-se trabalhar pontos sensíveis que ajudem os estudantes a conseguirem
iden ficar discursos de ódio, o uso responsável das informações, separar e iden ficar o que é
verdadeiro ou falso, sua postura com relação a seus próprios dados e informações pessoais,
além de discu r as TDICs dentro do contexto escolar. Parte-se do pressuposto de que a
habilidade em lidar com as informações é tão importante quanto ao acesso a elas, cabendo à
escola, como espaço estruturado de conhecimento, desenvolvê-la e aprimorá-la junto aos
seus estudantes.
Importante: apesar de os subtemas e as prá cas de ensino aprendizagem sugeridos
se inter-relacionarem, podem se cons tuir muito amplos e/ou em quan dade maior do que
é possível ser trabalhado durante o período de um único bimestre. Isto se jus fica pelo fato
deste componente curricular poder ser ministrado por professores com formações dis ntas
(história, geografia, filosofia e sociologia), fazendo com que certos subtemas estejam sob
maior ou menor domínio de cada docente dado a sua formação cien fica. Assim, deverá o
professor responsável fazer as escolhas temá cas, conceituais e pedagógicas mais
apropriadas para este aprofundamento e que poderão ser desenvolvidas considerando a sua
própria formação, conhecimento cien fico, perfil dos estudantes e o contexto escolar no
qual está inserido.

2º Bimestre - Jovens e o mundo digital


O mercado de informações
Sugestão de subtemas:
● Direito de expressão
○ A história da imprensa e suas transformações
○ Liberdade e responsabilidade
○ Discurso de ódio

● Verdade e verossimilhança
○ Concepções
○ Exemplos e problema zações

● Fake news
○ Diferença entre fake news e no cias com erros (intencionalidades / obje vos)
○ Como iden ficar uma fake news e como lidar com sua propagação
○ Exemplos e consequências (perseguição, violência, saúde pública, etc)
○ Fact-checking : o que é e como fazer

● Privacidade
○ O valor comercial e polí co das nossas informações

27
2º ano - Novo Ensino Médio

○ O uso indevido dos dados pessoais


○ Os golpes, a internet e possíveis formas de se proteger

● Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação no contexto escolar


○ A escola como espaço de desenvolvimento social, não apenas de informação
○ Problema zações: vantagens e desvantagens das TDICs nas escolas
○ O tempo de tela e seus impactos na aprendizagem.
○ A importância de filtrar, separar e organizar as informações.

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC


Inves gação Cien fica
EMIFCG01 - Iden ficar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
cri cidade e é ca, inclusive u lizando o apoio de tecnologias digitais.
Processos Cria vos
EMIFCG05 - Ques onar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções cria vas,
originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incertezas e colocá-las em prá ca.

EMIFCG06 - Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias e
plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os interlocutores
pretendidos.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes
Inves gação Cien fica
EMIFCHS03 - Selecionar e sistema zar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, polí ca e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
iden ficando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as
fontes dos recursos u lizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias.
Processos Cria vos
EMIFLGG06 - Propor e testar soluções é cas, esté cas, cria vas e inovadoras para problemas reais, u lizando
as diversas línguas e linguagens (imagens está cas e em movimento; línguas; linguagens corporais e do
movimento, entre outras), em um ou mais campos de atuação social, combatendo a estereo pia, o Iugar
comum e o clichê.
Empreendedorismo
EMIFLGG11 - Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das prá cas de linguagem
para desenvolver um projeto pessoal ou um empreendimento produ vo.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Apresentar a história e contextualização da invenção da imprensa, marco importante na nossa história


e fonte de popularização do conhecimento, e quais foram os problemas enfrentados, muitos dos
quais ainda enfrentamos hoje: como censuras, imprecisões, plágios, desigualdade de acesso, e a
forma da organização das informações, etc. Abaixo, alguns materiais de apoio, entre vídeos,
reportagens e dados:
a. Neurologia: Imprimindo a história: h ps://www.youtube.com/watch?v=2xSRTAxcYTY
b. Invenção da prensa de Gutenberg, History Channel:
h ps://www.youtube.com/watch?v=5Ow6s TzkQ
c. OCDE: Brasil sofre com abismo em nível de leitura entre jovens de alta e baixa renda :
h ps://www.bbc.com/portuguese/brasil-58578511#:~:text=A%20renda%20e%20a%20posi%
C3%A7%C3%A3o,Educa on%20at%20Glance%2C%20divulgado%20nesta
d. Retratos da leitura no Brasil:
h ps://www.cenpec.org.br/tema cas/retratos-da-leitura-no-brasil-por-que-estamos-perden
do-leitores

28
2º ano - Novo Ensino Médio

2. Solicitar que os estudantes se agrupem para para que cada grupo pesquise sobre:
a. censura e queima de livros em atos públicos;
b. proibições de acesso a livros e educação (por questões morais, polí cas, culturais, classe,
etc);
c. o surgimento das enciclopédias (organização e popularização do conhecimento);
d. a popularização dos jornais e sua importância para o acesso às informações e exercício da
cidadania;
e. o uso de propaganda com fins polí co ideológicos (nazismo e outros).

3. Após estudos, os estudantes farão apresentações sobre as informações ob das e uma relação de
fatos passados, procurando pontos de semelhança com contextos atuais.
4. Demandar que os estudantes selecionem discursos de ódio, exemplos de intolerância, xenofobia e
diversos outros pos de preconceitos encontrados nas redes sociais, jornais e materiais
propagandís cos históricos e atuais para serem analisados em pares com mediação do/a
professor(a). Discu r sobre como os discursos não são só palavras, mas parte cons tu va das ações
humanas, buscando ques onar a respeito da responsabilização sobre quem prolifera discursos de
preconceitos e ódio (como a eliminação do outro e de seus direitos fundamentais). Obs.: é importante
evidenciar que erros fazem parte de todo e qualquer processo humano (não sendo diferente com os
diversos processos que envolvem a comunicação), porém a responsabilização por nossos atos é algo
inerente à vida em sociedade e o respeito à dignidade humana.

5. Promover uma discussão filosófica sobre “verdade”, para que os estudantes desenvolvam uma
percepção mais apurada sobre a complexidade dos discursos com que lidam todos os dias. Para além
do aprofundamento conceitual e filosófico, é importante que o professor responsável por este
componente pontue diferenças entre o que é verdade e o que é verossímil, habilidade fundamental
frente à complexidade do contexto encontrado no uso co diano das TDICs, como de toda e qualquer
relação humana, virtual ou não. Tal discussão é par cularmente salutar para o desenvolvimento do
subtema seguinte: fake news. Texto de apoio e vídeo que aborda ilusões de ó ca para trabalhar
diferenças sobre como cada um interpreta o que vê:
a. Por que a verossimilhança é melhor do que a verdade?, de Gustavo Bernardo.
h ps://www.revista.ves bular.uerj.br/coluna/coluna.php?seq_coluna=47
b. Onze ilusões de ó cas que enganam seus olhos:
h ps://www.youtube.com/watch?v=bBK7Re4N_aQ

6. A par r de textos que tratam sobre fake news, procurar diferenciar o que é mero erro de
apuração/construção de uma informação e daquela que foi elaborada com a intencionalidade de
enganar. Questões como: “Quais são as caracterís cas mais comuns das fakes news?”, “É possível
iden ficar determinados padrões na escrita, na sua esté ca, na organização das informações ou na
ausência de informações fundamentais?”, “Qual a nossa responsabilidade ao proliferar fake
news?”, “Quais os cuidados que devemos ter antes de repassar uma nova informação?” podem
nortear a conversa com os estudantes, expor como lidam com as informações falsas, refle rem e
proporem novas formas de agir frente a elas. Como material de apoio :
a. As FAKE NEWS surgiram bem antes da internet, de Leandro Karnal:
h ps://www.youtube.com/watch?v=ekmmvqWHTYA
b. Há diferença entre no cia falsa, no cia desagradável e no cia mal escrita, de Taís Seibt:
h ps://medium.com/neworder/fake-news-01-ha-diferenca-entre-no cia-falsa-no cia-desagr
adavel-e-no cia-mal-escrita-1b23316b4a17

7. Produzir um jornal/fanzine baseado em pesquisa de reportagens atuais ou mesmo com informações


per nentes ao co diano da escola para pôr em prá ca o aprendizado envolvendo a compreensão da
necessidade de apuração e organização de informações, o cuidado com que se divulga, a
responsabilização sobre a informação e o respeito à autoria. (Obs: pequeno tutorial como fazer um
fanzine: h ps://pt.slideshare.net/sophiaours/como-fazer-um-fanzine )

8. Discu r o valor comercial e polí co das nossas informações e o uso indevido dos dados pessoais
(incluindo golpes virtuais). Perguntas como: “Por que pedem o CPF quando vamos à farmácia
comprar um simples medicamento?”, “O que é feito com nossas informações nos estabelecimentos

29
2º ano - Novo Ensino Médio

comerciais?”, “O que nossos dados têm a ver com o mercado de informações?”, “As redes sociais
são gratuitas, por quê?” podem nortear o trabalho do professor. Incluir a discussão sobre questões
relacionadas ao desenvolvimento da biometria (como a iden ficação facial presente nas redes sociais,
celulares e outros) e sua conexão frente ao debate acerca das liberdades polí cas e democrá cas
(como liberdade de reunir-se publicamente, liberdade de protestar poli camente e os perigos de
perseguição polí ca). Algumas sugestões de material de apoio:
a. “Como o Facebook mudou a internet, o comércio e até a polí ca”, BBC News Brasil:
h ps://www.bbc.com/portuguese/internacional-55966587
b. “China: Reconhecimento facial rastreia manifestantes”, Folha de São Paulo.
h ps://www1.folha.uol.com.br/mundo/2022/12/china-usa-reconhecimento-facial-para-rastr
ear-manifestantes-contra-covid-zero.shtml

9. Propor assembléias (se possível, aproveitar outros ambientes que não apenas a sala de aula) para que
os estudantes possam expor pontos de vistas e sugestões de polí cas para o co diano escolar que
englobam temas como: dificuldade em controlar o uso de celulares; casos recorrentes de plágio nas
tarefas e provas escolares; casos de cyberbullying; como fazer que os aparelhos tecnológicos sejam
u lizados de maneira responsável e proposi va no desenvolvimento para os estudantes na sala de
aula. Proposições para esses ou outros temas cons tuem importante recurso de construção
democrá ca ao exigir, dida camente, o envolvimento e par cipação a va dos estudantes sobre algo
que os afetam e influenciam diretamente. Tais propostas devem ser encaminhadas para equipe
docente e gestora da escola em forma de documento.

Propostas de Avaliação

O docente pode avaliar as pesquisas e exposições orais bem como produções como a fanzine/revista, a
par cipação nas audiências.
Autoavaliação

➢ O percurso percorrido nesse bimestre trouxe conhecimentos importantes para o dia-a-dia?


➢ Ter uma visão mais apurada sobre o processo de seleção/ intencionalidade das informações me
despertou questões para além da sala de aula? Alguma mudança ocorreu? Por quê?
➢ Como você julga a sua par cipação neste bimestre?

3º Bimestre - O mercado de trabalho

Para este 3º bimestre, pretende-se o desenvolvimento de uma visão menos


“roman zada” do desenvolvimento tecnológico, chamando a atenção para alguns dos
problemas inerentes ao desenvolvimento tecnológico que precisam fazer parte da discussão
e serem colocados em evidências. Ao mesmo tempo que o desenvolvimento tecnológico
transforma o mundo, outras necessidades e problemas, frutos dessas transformações,
demandam nossa atenção, o que engloba o meio ambiente, as novas relações de trabalho, a
saúde mental e a demanda por novas habilidades em um planeta interconectado.

30
2º ano - Novo Ensino Médio

Importante: apesar de os subtemas e as prá cas de ensino aprendizagem sugeridos


se inter-relacionarem, podem se cons tuir muito amplos e/ou em quan dade maior do que
é possível ser trabalhado durante o período de um único bimestre. Isto se jus fica pelo fato
deste componente curricular poder ser ministrado por professores com formações dis ntas
(história, geografia, filosofia e sociologia), fazendo com que certos subtemas estejam sob
maior ou menor domínio de cada docente dado a sua formação cien fica. Assim, deverá o
professor responsável fazer as escolhas temá cas, conceituais e pedagógicas mais
apropriadas para este aprofundamento e que poderão ser desenvolvidas considerando a sua
própria formação, conhecimento cien fico, perfil dos estudantes e o contexto escolar no
qual está inserido.

3º Bimestre - Jovens e o mundo digital


O mercado de trabalho

Sugestão de subtemas:

● Tecnologia e capitalismo
○ Suas relações, suas contradições

● Transformações no mercado de trabalho


○ Profissões em ex nção
○ O surgimento de novas profissões
○ Habilidades e competências exigidas hoje para o futuro
○ Novas relações de trabalho, produção e consumo mediadas por tecnologia
○ Precarização, pejo zação, uberização, globalização da produção de bens e serviços

● Desigualdade digital
○ Letramento e cidadania digital
○ Inclusão digital

● Tempos e espaços: novas fronteiras e desafios


○ Trabalho online, híbrido e presencial
○ Organização do tempo
○ Saúde mental
○ Ócio cria vo

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC


Inves gação Cien fica
EMIFCG03 - U lizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de inves gações cien ficas para criar ou
propor soluções para problemas diversos.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCG07 - Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, iden ficando e
incorporando valores importantes para si e para o cole vo que assegurem a tomada de decisões conscientes,
consequentes, colabora vas e responsáveis.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes

31
2º ano - Novo Ensino Médio

Inves gação Cien fica


EMIFCHS01 -Inves gar e analisar situações problema envolvendo temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, polí ca e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.
Processos Cria vos
EMIFCHS04 - Reconhecer produtos e/ou processos cria vos por meio de fruição, vivências e reflexão crí ca
sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, polí ca e/ou cultural, em âmbito
local, regional, nacional e/ou global.
Empreendedorismo
EMIFCHS10 - Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados às Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas podem ser u lizadas na concre zação de projetos pessoais ou produ vos, em âmbito local,
regional, nacional e/ou global, considerando as diversas tecnologias disponíveis, os impactos socioambientais,
os direitos humanos e a promoção da cidadania.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Perguntas que envolvam produção sustentável, consumo consciente, trabalho digno, preservação
ambiental e cultural dos povos fazem deste terceiro bimestre ponto fundamental para o
aprofundamento sobre o mundo para os jovens, as condições encontradas por eles e as possibilidades
futuras. Propõe-se debater sobre os bene cios inerentes ao desenvolvimento tecnológico, mas sem
esquecer os problemas e contradições que o acompanham, seja o uso indiscriminado e pouco
responsável das reservas naturais, a exploração da mão de obra infan l e/ou análoga à escravidão na
produção de matéria prima, a contaminação de pessoas, rios e terras com materiais poluentes
provenientes do processo produ vo e o impacto das novas tecnologias sobre a mão de obra. Como
sugestão de pergunta mo vadora: “Se a revolução industrial teve papel preponderante no
desenvolvimento tecnológico e no fortalecimento do sistema de capitais, quais os impactos
(posi vos e nega vos) que podemos ver hoje que devemos melhorar ou corrigir?”. Abaixo, algumas
sugestões de textos de apoio:
a. Relatório: Exploração mundial de matérias-primas triplicou em 40 anos.
h ps://pagina22.com.br/2016/07/22/relatorio-exploracao-mundial-de-materias-primas-tripli
cou-em-40-anos/
b. “Aumento do lixo eletrônico afeta saúde de milhões de crianças, alerta OMS”, da Organização
Pan-Americana de Saúde
:h ps://www.paho.org/pt/no cias/15-6-2021-aumento-do-lixo-eletronico-afeta-saude-milho
es-criancas-alerta-oms
c. “Gigantes da tecnologia são acusadas de lucrar com trabalho infan l”, Revista Exame
h ps://exame.com/tecnologia/gigantes-da-tecnologia-sao-acusadas-de-lucrarem-com-trabal
ho-infan l/
d. “As marcas da destruição do planeta”, de El País.
h ps://brasil.elpais.com/brasil/2019/03/13/album/1552476582_773089.html#foto_gal_9

2. Desenvolver reflexão escrita (individual), respondendo ques onamentos como: Diante de um futuro
em mudança, quais habilidades querem desenvolver?”, “Para onde pretendem ir?”, “Que pos de
oportunidades, conhecimentos e recursos podem ser u lizados na concre zação de seus projetos
pessoais ou produ vos?”. Sugestão de textos mo vadores:

a. “Cinco mudanças no mundo do trabalho até 2050”.


h ps://posdigital.pucpr.br/blog/mudancas-no-mundo-do-trabalho
b. “Futuro do trabalho no Brasil: mudanças de uma revolução acelerada”,
h ps://portal.fgv.br/ar gos/futuro-trabalho-brasil-mudancas-revolucao-acelerada
c. “Oito mudanças que prometem revolucionar o futuro do trabalho”, de Estado de Minas:
h ps://www.em.com.br/app/no cia/emprego/2019/09/06/interna_emprego,1082750/oito-
mudancas-que-prometem-revolucionar-o-futuro-do-trabalho.shtml

3. Propor questões como: “Por que as leis trabalhistas surgiram?”, “Qual era o contexto anterior a
elas?”, “Qual o papel dos sindicatos?”, “Como a globalização interferiu na produção e na oferta de
trabalho?”, “É possível fazer uma relação entre a pós-modernidade e as novas relações de

32
2º ano - Novo Ensino Médio

trabalho?”, “As relações de trabalho estão mais fluídas?”. História, Geografia, Sociologia e Filosofia
sempre abordaram as relações de trabalho a par r de uma ó ca mais específica, o qual pode ser
discu do mais aprofundadamente neste momento. Como apoio, sugerimos um texto mo vador e um
material com links para pesquisa/acesso a dados:
a. “Brasil é um dos dez países que mais violam direitos trabalhistas, diz pesquisa”, da Folha de
São Paulo:
h ps://www1.folha.uol.com.br/mercado/2022/06/brasil-e-um-dos-dez-paises-que-mais-viol
am-direitos-trabalhistas-diz-pesquisa.shtml
b. Base de dados sobre o mundo do trabalho.:
h p://abet-trabalho.org.br/base-de-dados-sobre-o-mercado-de-trabalho/

4. Fazer um mapa mental que apresente as relações das novas profissões e formas de executá-las, o uso
das tecnologias, a importância do letramento e inclusão digital. Educação, alfabe zação, expansão de
infraestrutura, acesso aos locais mais distantes e ao mais empobrecidos são algumas das ligações
necessárias a serem feitas para conseguir abarcar um pouco da complexidade demandadas pelas
TDICs. Após, discu r “Qual o papel do governo, das empresas e das sociedades em geral frente à
desigualdade de acesso às tecnologias digitais?”, “A internet pode ser vista como um bem essencial,
como água, saúde, educação?” Propostas para pensar os problemas relacionados à inclusão digital
podem ser desenvolvidas e apresentadas pelos estudantes e/ou demonstração de exemplos
pesquisados encontrados em outras cidades e países. Como material de apoio, sugerimos:
a. TIC KIDS ONLINE. Dados sobre Crianças e Adolescentes na Internet
chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/h ps://ce c.br/media/analises/ c_k
ids_online_brasil_2021_principais_resultados.pdf
b. A exclusão digital no mundo e por que provoca desigualdade:
h ps://www.iberdrola.com/compromisso-social/o-que-e-exclusao-digital

5. Propor estudo e discussão (se possível, convidar um profissional psicólogo ou de RH da comunidade)


para tratar sobre:
a. as vantagens e desvantagens do trabalho remoto e híbrido;
b. quem pode fazê-los e em que condições;
c. se as fronteiras de tempo e espaço, comum ao trabalho tradicional (indústria, escritório, etc)
acabaram;
d. como as demandas do trabalho podem invadir as casas e os horários de descanso dos
trabalhadores;
e. quão disponíveis os funcionários devem estar para o trabalho;
f. como conciliar as demandas por produção, cria vidade, cuidadores da família e da nossa
saúde mental.
Obs.: Essas e outras questões talvez ainda não façam parte do dia a dia de muitos estudantes que não são
trabalhadores mas, no entanto, devem refle r sobre elas, pois estarão potencialmente presentes em seu
futuro próximo. Após a palestra/estudo (de acordo com a linha adotada pelo professor), o(a) professor(a) deve
contribuir com sua visão crí ca de mundo, o que inclui sua experiência como profissional e outras informações
cien ficas/esta s cas que achar apropriado para subsidiar este tema.

6. Orientar a escrita de uma revista em quadrinhos, material lmico ou outra produção ar s ca que
aborde as novas relações de trabalho, como a precarização, a uberização, os novos contratos rápidos e
por demanda, dentre outros temas. Como material de apoio, sugerimos:
a. No futuro haverá trabalho, mas não necessariamente emprego, de O Estado de São Paulo:
h ps://infograficos.estadao.com.br/focas/planeje-sua-vida/no-futuro-havera-trabalho-mas-n
ao-necessariamente-emprego
b. “Trabalhos por aplica vos”, de Ministério Público do Trabalho do Estado do Espírito Santo.
h p://mptemquadrinhos.com.br/download/HQ60.pdf

Propostas de Avaliação
O docente pode avaliar a pesquisa, o envolvimento durante os debates e rodas de conversas bem como a
produção da revista em quadrinhos.

33
2º ano - Novo Ensino Médio

Autoavaliação
➢ Você considera que conseguiu compreender o processo de desenvolvimento tecnológico frente aos
problemas, demandas, limitações e transformações do mundo contemporâneo?
➢ Como você avalia a produção realizada sobre as relações de trabalho? Descreva o que foi mais
interessante.
➢ Como você julga a sua par cipação neste bimestre?

4º Bimestre - Relações é cas

O 4º bimestre traz à tona a questão da é ca presente nas relações pessoais mediadas


pelas novas tecnologias. O acesso a uma nova gama de informações e formas de
compar lhamento nos coloca diante de novos desafios é cos e morais que necessitam de
nossa atenção na maneira de lidar com eles. Sabendo que não há regras fixas e considerando
a plas cidade e velocidade das relações mediadas por tecnologias digitais, este bimestre
procura abrir espaço para uma construção mais crí ca e apurada entre estudantes e
professores.
Importante: apesar de os subtemas e as prá cas de ensino aprendizagem sugeridos
se inter-relacionarem, podem se cons tuir muito amplos e/ou em quan dade maior do que
é possível ser trabalhado durante o período de um único bimestre. Isto se jus fica pelo fato
deste componente curricular poder ser ministrado por professores com formações dis ntas
(história, geografia, filosofia e sociologia), fazendo com que certos subtemas estejam sob
maior ou menor domínio de cada docente dado a sua formação cien fica. Assim, deverá o
professor responsável fazer as escolhas temá cas, conceituais e pedagógicas mais
apropriadas para este aprofundamento e que poderão ser desenvolvidas considerando a sua
própria formação, conhecimento cien fico, perfil dos estudantes e o contexto escolar no
qual está inserido.
4º Bimestre - Jovens e o mundo digital
Relações é cas
Sugestão de subtemas:
● A falsa sensação de poder e invisibilidade na internet
● Crimes ciberné cos
● Plágio
● Pirataria
● Cyberbullying
● Exposição e ridicularização de terceiros
● Publicização da in midade
● Sex ng
● Stalker
● Lei Carolina Dieckmann

34
2º ano - Novo Ensino Médio

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC


Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCG07 - Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, iden ficando e
incorporando valores importantes para si e para o cole vo que assegurem a tomada de decisões conscientes,
consequentes, colabora vas e responsáveis.

EMIFCG09 - Par cipar a vamente da proposição, implementação e avaliação de solução para problemas
socioculturais e/ou ambientais em nível local, regional, nacional e/ou global, corresponsabilizando-se pela
realização de ações e projetos voltados ao bem comum.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes
Inves gação Cien fica
EMIFCHS01 - Inves gar e analisar situações problema envolvendo temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, polí ca e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.
Processos Cria vos
EMIFCHS06 - Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou cole vas de mediação e intervenção sobre problemas de
natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, baseadas no
respeito às diferenças, na escuta, na empa a e na responsabilidade socioambiental

Estratégias de Ensino e Aprendizagem


1. Apresentar o relatório de geolocalização fornecido pela Google, o qual pode demonstrar por onde a
pessoa andou, em que dias e por quanto tempo. A proposta dessa a vidade é mostrar que tudo o
que fazemos deixa um rastro digital. Realizar um brainstorming sobre o que é um endereço de IP, para
quê ele serve, se o IP existe em computadores ou em celulares, o que são cookies, como somos
monitorados, como meus gostos e minha localização são registrados. Essas e outras perguntas podem
servir para orientar a discussão e/ou pesquisa em sala de aula. É possível, também, fazer um debate
que relacione a realidade do mundo virtual e o sico a par r de algumas perguntas disparadoras: “Se
a iluminação pública e o uso de câmeras nas ruas inibe a criminalidade, a mesma lógica serve para o
ciberespaço, com polí cas que evidenciem e fortaleçam o rastro digital?”, “Como equilibrar
cuidados com segurança provenientes do acompanhamento dos rastros digitais e a privacidade de
cada um e o que pode estar em jogo?”. O debate em torno de temas sensíveis, por mais que não
possua respostas certas e conclusivas, cons tui-se como excelente forma de aprendizagem e trocas
de ideias. Como material de apoio, sugerimos:
a. Visualizar seus dados em um mapa personalizado usando o Google My Maps:
h ps://www.google.com/intl/pt-BR_br/earth/outreach/learn/visualize-your-data-on-a-custo
m-map-using-google-my-maps/
b. “Como o google usa as informações de localização”:
h ps://policies.google.com/technologies/loca on-data?hl=pt-BR

2. Propor pesquisa sobre crimes ciberné cos, roubo de dados financeiros e pessoais, roubo de dados
corpora vos, extorsão, fraude de iden dade, espionagem, jogos de azar, venda de itens ilegais ou
proibidos, entre outros. Pedir que os estudantes as analisem e façam uma breve pesquisa sobre esses
temas, organizados em grupos, e apresentem algumas formas de crimes ciberné cos, definindo seus
métodos mais comuns, as consequências para quem é ví ma e formas de evitá-los. Durante a
apresentação, os estudantes podem contribuir com sua própria experiência, contando o po de crime
que já foram ví ma (ou se conhecem alguém da família que foi) e, posteriormente, demande aos
alunos encontrarem soluções para evitá-los. Como material de apoio, sugerimos:
a. Indicadores da Central Nacional de Denúncias de Crimes Ciberné cos:
h ps://indicadores.safernet.org.br/

3. Abordar a questão do plágio, ação que muitas vezes parece ter se tornado comum nas escolas. Com o
advento da internet, o “copia e cola” nos trabalhos e pesquisas escolares se tornou muito mais fácil.
Algumas perguntas norteadoras: “Por que plágio é um problema?”, “Antes da internet, as pessoas

35
2º ano - Novo Ensino Médio

copiavam da enciclopédia e livros nas pesquisas escolares. O que mudou?”, “O que é direito
autoral?”, “O que isso tem a ver com plágio e com pirataria?”. É importante salientar que no
componente “Direitos e Deveres do Cidadão” (parte integrante deste aprofundamento em CHS), o
direito de autor pode ser abordado nas aulas de direitos humanos. No entanto, esta é também uma
boa oportunidade para o(a) professor(a) tratar sobre o tema devido à proximidade e oportunidade.
Como material de apoio, sugerimos:
a. Pesquisa: 87% dos alunos chegam à universidade sem saber o que é plágio, de Revista Veja: :
h ps://veja.abril.com.br/educacao/pesquisa-87-dos-alunos-chegam-a-universidade-sem-sab
er-o-que-e-plagio/h ps://veja.abril.com.br/educacao/pesquisa-87-dos-alunos-chegam-a-uni
versidade-sem-saber-o-que-e-plagio/
b. Conheça algumas ferramentas para detectar plágio em textos e documentos:
h p://www.ccen.ufpb.br/bsccen/contents/no cias/conheca-algumas-ferramentas-para-dete
ctar-plagio-em-textos-e-documentos

4. Estudar a lei n°10.695/03, de 1º de julho de 2003, sobre direitos autorais e usar as perguntas
norteadoras acima citadas (sobre plágio e direito autoral), para abordar “autoplágio” (importante
para quem for seguir a vida acadêmica, por exemplo) e pirataria. Sobre esse tema, discu r a origem
do termo pirataria e o que o direito autoral pretende proteger. A tulo de exemplo, pode-se associar
pirataria à internet, ao mercado e produção de livros e de filmes, pois o desenvolvimento dos livros
digitais e da disponibilização dos filmes em streaming possui relação histórica com a pirataria.
a. PIRATARIA MUSICAL: O DILEMA ENTRE A ILEGALIDADE E O ACESSO À CULTURA:
h ps://alataj.com.br/editorial/pirataria-musical-o-dilema-entre-a-ilegalidade-e-o-acesso-a-c
ultura
b. Pirataria: prejuízo do Brasil com comércio ilegal ultrapassa R$ 280 bilhões, de CNN Brasil:
h ps://www.youtube.com/watch?v=tS2ut2bPRfo
c. A moralidade da pirataria, de A la Iamarino:
h ps://www.youtube.com/watch?v=jjAz_WYBkT8

5. Introduzir o conceito de cyberbullying e indicar que os estudantes produzam peças gráficas (no Canva
e em outras plataformas gratuitas) que despertem engajamento em redes sociais para o uso saudável
dessas plataformas nas relações virtuais. Cyberbullying e exposição, ridicularização de terceiros são
temas que se interrelacionam, podendo ser trabalhados em sala de aula conjuntamente. Propor a
possibilidade da criação de uma rede de apoio cons tuída por professores e estudantes, para atuar
em momentos em que o cyberbullying e a ridicularização de estudantes ocorrerem na escola naquele
ano le vo (esta proposta poder ser estendida ao grêmio estudan l, caso a escola o tenha).
a. IBGE: um em cada dez estudantes já foi ofendido nas redes sociais:
h ps://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/no cia/2021-09/ibge-um-em-cada-dez-estudantes-ja-
foi-ofendido-nas-redes-sociais
b. Pais brasileiros temem que filhos pra quem cyberbullying, diz estudo:
h ps://cangurunews.com.br/pais-brasileiros-temem-que-filhos-pra quem-cyberbullying-diz-
estudo/
c. Muito além do cyberbullying:a violência real do mundo virtual:
(infográfico)h ps://ins tutoavon.org.br/wp-content/themes/avon-wp/images/estudo-21/IN
FOGRAFICO%20-%20Avon_Info_Ciberbullyng_2021.pdf . Ebook:
h ps://ins tutoavon.org.br/wp-content/themes/avon-wp/images/estudo-21/INFOGRAFICO
%20-%20Avon_Info_Ciberbullyng_2021.pdf

6. Organizar uma sessão cinema e assis r a filmes ou séries que abordam os temas estudados.
Sugestões: Audrey & Daisy (2016), que conta a história de duas garotas que sofreram violência e
veram suas fotos divulgadas nas redes sociais; a série Control Z (2020), que conta a história de
estudantes de uma escola que veram dados vazados por um hacker, o que gerou muitos
constrangimentos. Após assis r, realizar uma sessão comentada a respeito do filme/série;

7. Tratar sobre o tema sex ng, abordando desde a introdução conceitual do termo até o apontamento
de possíveis canais de ajuda (entre outros, o helpline da Safernet, disponível em
h ps://www.helpline.org.br/helpline). Neste canal, (helpline) também é possível encontrar dados e
gráficos que ajudam a demonstrar a dimensão do problema. Demarcar que enviar ou receber fotos

36
2º ano - Novo Ensino Médio

ín mas de menores é considerado crime de pornografia infan l. No entanto, o sex ng (cada vez mais
comum) entre adolescentes raramente é tratado como um delito. Como a cidadania digital é parte
essencial no mundo de hoje, a escola também possui seu papel no fortalecimento desse direito.
Alguns pontos são fundamentais para tratar desse tema, como a questão do consen mento (ninguém
pode ser forçado a nada, nem a receber, nem a enviar conteúdos desse po), e o cuidado com a
própria imagem e as possíveis consequências pontuais e permanentes que um simples descuido pode
causar. Por se tratar de um tema sensível, ouvir os estudantes é fundamental, assim como buscar
formas de envolver a comunidade escolar (incluindo pais, demais professores e equipe escolar).
Uma ação mobilizadora é a organização, produzida pelos estudantes, de palestras com par cipação
de especialistas em segurança na internet, com psicólogos ou outros profissionais que sejam
especialistas no assunto ou realizar uma campanha de conscien zação dos estudantes de toda escola.
Em sala de aula, o tema deve ser tratado de forma é ca e contextualizada, como por exemplo: o
roubo de informações da atriz Carolina Dieckman (e a consequente criação da lei que leva seu nome),
assim como a divulgação de imagens ín mas na internet sem autorização pode ser punida por
difamação com base na Lei Maria da Penha.

Propostas de Avaliação
O docente pode avaliar de acordo com as estratégias desenvolvidas no bimestre o envolvimento e
aprendizagem durante a construção das etapas de produção, finalização e distribuição do material,
assegurando a devolu va das produções aos estudantes.

Autoavaliação

➢ Você acredita que o conhecimento mais aprofundado sobre as questões em torno dos crimes
ciberné cos podem ajudar a precavê-los?
➢ Você compreendeu que os crimes digitais têm ação danosa sobre as vidas reais e que por isso, as leis
que amparam ví mas desses crimes são de fundamental importância para a sociedade?
➢ Você considera que os temas abordados ao longo do bimestre têm relevância para a comunidade
escolar? Por quê?
➢ Como você julga a sua par cipação neste bimestre?

37
2º ano - Novo Ensino Médio

DIREITOS E DEVERES DO CIDADÃO

CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS

JUVENTUDES

DIREITOS E DEVERES DO CIDADÃO


1º Bimestre 2º Bimestre 3º Bimestre 4º Bimestre

Direitos, cidadania A construção dos DUDH: análises e O Estatuto da


e Estado Direitos Humanos problema zações juventude

1º Bimestre - Direitos: construção e conceitos

O obje vo do 1º bimestre do componente curricular Direitos e Deveres do Cidadão é


o aprofundamento em temas relacionados à construção dos direitos e da cidadania dos
povos. Pressupõe-se que, mesmo que alguns conceitos e informações possam ter sido
trabalhados em outros momentos da vida escolar do estudante, devem ser resgatados e
melhor delineados e contextualizados para que forneçam base conceitual para o
aprofundamento que ocorrerá durante o ano le vo neste componente curricular.
Importante: apesar de os subtemas e as prá cas de ensino aprendizagem sugeridos
se inter-relacionarem, podem se cons tuir muito amplos e/ou em quan dade maior do que
é possível ser trabalhado durante o período de um único bimestre. Isto se jus fica pelo fato
deste componente curricular poder ser ministrado por professores com formações dis ntas
(história, geografia, filosofia e sociologia), fazendo com que certos subtemas estejam sob
maior ou menor domínio de cada docente dado a sua formação cien fica. Assim, deverá o
professor responsável fazer as escolhas temá cas, conceituais e pedagógicas mais
apropriadas para este aprofundamento e que poderão ser desenvolvidas considerando a sua
própria formação, conhecimento cien fico, perfil dos estudantes e o contexto escolar no
qual está inserido.

38
2º ano - Novo Ensino Médio

1º Bimestre - Direitos e deveres do cidadão


Direitos: construção e conceitos

Sugestão de subtemas:
● Contrato Social
○ Jusnaturalismo: direito posi vo e direito natural
○ Autores referência: diferenças e pontos fundamentais

● Estado de Direito e Estado Democrá co de Direito


○ Existe diferença? Qual?
○ A manutenção da democracia: ela está em risco?

● A interdependência entre Direitos e Deveres


○ O exercício da cidadania

● A relação entre direito e liberdade


○ Liberdade posi va e liberdade nega va
○ Paradigma da tolerância

● Direito Ambiental e acesso à terra


○ A condição ambiental e o bem-estar da população
○ A Cons tuição Federal e a função social da terra

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC


Inves gação Cien fica
EMIFCG02 - Posicionar-se com base em critérios cien ficos, é cos e esté cos, u lizando dados, fatos e
evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas,
coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia, jus ça
social, pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.
Processos Cria vos
EMIFCG05 - Ques onar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções cria vas,
originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incertezas e colocá-las em prá ca.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes
Inves gação Cien fica
EMIFCHS03 - Selecionar e sistema zar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, polí ca e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
iden ficando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as
fontes dos recursos u lizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCHS07 - Iden ficar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e ameaças a grupos
sociais, à diversidade de modos de vida, às diferentes iden dades culturais e ao meio ambiente, em âmbito
local, regional, nacional e/ou global, com base em fenômenos relacionados às Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Considerando que muitos estudantes possuem compreensão básica sobre os autores clássicos que
versam sobre o contrato social, proceder a uma breve recapitulação dos principais pontos. Como
desdobramento, os estudantes farão um levantamento das frases mais conhecidas de Jean-Jacques
Rousseau, Thomas Hobbes e John Locke (por exemplo). Caso o professor(a) julgue apropriado, pode
ser feito dentro de sala de aula, usando-se o celular. Os estudantes farão seminários na sala e, a par r
das frases pesquisadas, darão sua interpretação sobre elas e abrirão à interpretação dos colegas.

39
2º ano - Novo Ensino Médio

Perguntas mo vadoras para exposição das frases em sala de aula: “O que significa essa frase?”,
“Como podemos analisá-la considerando a realidade atual”, “O autor está certo ou errado na sua
proposição e por quê?”, “Avançamos em relação ao que é abordado por ele há tanto tempo atrás?”
Obs.:Este é um momento de importante mediação docente, o qual deverá u lizar de seu
conhecimento teórico sobre o tema atrelado à sua capacidade de contextualização com o mundo
atual, fazendo com que preceitos básicos dos direitos naturais presentes em frases conhecidas, assim
como suas incongruências, se conectem com a realidade vivida hoje. É também momento de acolher
as interpretações e interesses dos estudantes, deixando livre a possibilidade de escolhas de outras
problema zações que alcancem melhor a realidade juvenil.

2. Para conectar preceitos básicos de frente à onda populista e às polí cas neoliberais que causam
enfraquecimento das ins tuições democrá cas, solicitar que os estudantes busquem exemplos de
países onde a democracia é exercida e de países regidos por regimes autoritários e suas caracterís cas
sociais, culturais, polí cas e econômicas. Esse exercício deve servir de caminho base para abordar se
Estado de Direito e Estado Democrá co de Direito são diferentes? O que a palavra “Democrá co”
tenta salientar? Se a democracia é algo já estabelecido ou corre-se o risco de perdê-la? Se os direitos
nos foram dados e são permanentes ou precisam ser reconquistados? Ao mesmo tempo em que o(a)
professor(a) desenvolve e expõe seu arcabouço teórico, os estudantes devem ser es mulados a
pensar em quais caracterís cas o Brasil se encaixa e como os cidadãos de outros países exercem (e se
exercem) seus direitos mais básicos.

3. Através de dinâmica em sala de aula, buscar enumerar uma série de direitos básicos (como educação,
voto, saúde, etc) e pedir que os estudantes associem deveres a direitos: quais os deveres que devem
cumprir para que tais direitos possam concretamente ser efe vados (pagar impostos, estar em dia
com as obrigações eleitorais, etc)?. Outros ques onamentos, como “Qual a relação entre direitos e
deveres?”, “Os cidadãos têm muitos direitos e poucos deveres?”, “Quais são os deveres para que eu
possa votar?”, “Quais são os deveres para que eu possa dirigir um veículo?”, “Quais são meus
deveres para que eu possa exercer uma profissão específica?”, podem ajudar a solidificar a
compreensão de que o exercício da cidadania não é apenas o usufruto de direitos, mas a exigência de
sua contribuição e par cipação a va na sociedade;

4. Através de aula inver da, os estudantes deverão selecionar vídeos ou publicações encontradas nas
redes sociais para subsidiar um debate (a ser conduzido por eles) sobre liberdade individual frente à
vida social e cole va. Questões como: “O direito de ser livre significa ter o direito de fazer o que eu
quiser?”, “A liberdade tem limites?, Se sim, quais?”, “As regras e as leis são uma limitação da
liberdade?”, “Existe liberdade se ela for vigiada?”, “Uma pessoa que cumpre pena num sistema
prisional se configura como alguém com completa ausência de liberdade?” podem ajudar a
direcionar o debate. Algumas dessas questões se conectam diretamente à abordagem sobre o pacto
social e seus autores, sugestão de subtema de abertura deste bimestre, portanto, é um momento de
associá-las à noção prá ca das nossas condutas e comportamentos sociais. Abre-se a oportunidade de
tratar alguns paradigmas importantes: perguntas como “deve-se tolerar os intolerantes?”, “as
minorias devem se curvar à maioria” fornecem caminhos interessantes para a compreensão dos
fundamentos democrá cos;

5. A par r de ar gos da Cons tuição Federal ou de outras legislações que tratem de questões que se
associam (direta ou indiretamente) ao direito à terra e ao direito ambiental, o professor discu rá
sobre monoculturas, produção agrícola, alimentos, commodi es, extração mineral e o uso da água
frente à função social da terra, a relação da terra com o capital e a necessidade de preservar o
meio-ambiente. As aulas devem conter o tratamento dos conceitos acima sugeridos para que tais
temas con dos nas perguntas norteadoras como: “O direito à terra é apenas uma questão de posse e
de propriedade legal ou a terra também possui uma função social que deve ser respeitada?”, “Qual
é a função social da terra?”, “Como a função social da terra consta em nossa cons tuição?”,
“Proprietários de terra podem fazer o que quiserem com ela ou há limites?”, “O que são la fúndios e
super la fúndios?” possam ser deba dos em sala de aula, por meio de rodas de conversa ou como
seminários, viabilizando a associação de um dos direitos fundamentais da organização

40
2º ano - Novo Ensino Médio

social/econômica/polí ca - o direito à propriedade - frente à dimensão cole va e desigual em que


estamos inseridos. Sugestão de material de apoio:

a. LEI Nº 4.504, DE 30 DE NOVEMBRO DE 1964. Dispõe sobre o Estatuto da Terra:


h ps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4504compilada.htm (ver, principalmente,
capítulo I)

b. Cons tuição Federal de 1988


(h p://www.planalto.gov.br/ccivil_03/cons tuicao/cons tuicao.htm) :
i. "Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem dis nção de qualquer natureza,
garan ndo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes: (...)
1. XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; (...)

ii. Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre
inicia va, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da
jus ça social, observados os seguintes princípios (...)
1. III - função social da propriedade;

iii. Art. 182. A polí ca de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público
municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por obje vo ordenar o
pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garan r o bem- estar de seus
habitantes. (...)

iv. 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências
fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.

v. Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma
agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia
e justa indenização em tulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do
valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a par r do segundo ano de sua
emissão, e cuja u lização será definida em lei. (...)

vi. Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende,
simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos
seguintes requisitos:

1. I - aproveitamento racional e adequado;


2. II - u lização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do
meio ambiente;
3. III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
4. IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos
trabalhadores."

c. FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE: UMA CONDIÇÃO AO DIREITO DE PROPRIEDADE NO BRASIL, de


Poli ze: h ps://www.poli ze.com.br/ar go-5/funcao-social-da-propriedade/

Propostas de Avaliação

A avaliação no I nerário Forma vo tem como premissa oportunizar ao estudante o desenvolvimento da


metacognição, acentuando sua natureza processual e forma va. O fato de não haver reprovação nos
componentes curriculares do I nerário Forma vo não significa que estes não devam ser avaliados. Deve-se
garan r preferencialmente a autoavaliação, bem como o “feedback” do professor quanto à apropriação de
habilidades e competências, visando o avanço con nuo do estudante.

41
2º ano - Novo Ensino Médio

Para fins técnico-didá cos, o professor deverá atribuir notas de 60 a 100 pontos anuais para cada
estudante. Assim, é primordial definir critérios para essa distribuição, demonstrando aos estudantes a
importância do processo de aprimoramento e adequação, ajustando a mediação da aprendizagem,
qualificando-a ainda mais ao perfil dos estudantes e à realidade local.

O docente pode avaliar o envolvimento e aprendizagem durante seminários, na condução da aula inver da nas
dinâmicas e pesquisa desenvolvidas pelos estudantes.

Autoavaliação

➢ Você acha que a compreensão de direitos possui relevância para sua vida?
➢ Acredita que seria capaz de explicar, difundir e defender preceitos básicos da democracia?
➢ Você considera que os temas abordados no material têm relevância para a comunidade escolar? Por
quê?
➢ Como você julga a sua par cipação neste bimestre?

2º Bimestre - A construção dos Direitos Humanos

Para este 2° bimestre, o foco perpassa pela construção histórica dos direitos naturais
até a Declaração Universal dos Direitos Humanos, evidenciando serem estes fruto de um
longo processo de luta e de conquistas. Para além da contextualização conceitual e histórica,
este plano de curso busca o envolvimento dos estudantes com a nossa cons tuição federal,
ao evidenciar suas leis associam-se DUDH e a outras declarações históricas de outros países.
Importante: apesar de os subtemas e as prá cas de ensino aprendizagem sugeridos
se inter-relacionarem, podem se cons tuir muito amplos e/ou em quan dade maior do que
é possível ser trabalhado durante o período de um único bimestre. Isto se jus fica pelo fato
deste componente curricular poder ser ministrado por professores com formações dis ntas
(história, geografia, filosofia e sociologia), fazendo com que certos subtemas estejam sob
maior ou menor domínio de cada docente dado a sua formação cien fica. Assim, deverá o
professor responsável fazer as escolhas temá cas, conceituais e pedagógicas mais
apropriadas para este aprofundamento e que poderão ser desenvolvidas considerando a sua
própria formação, conhecimento cien fico, perfil dos estudantes e o contexto escolar no
qual está inserido.

42
2º ano - Novo Ensino Médio

2º Bimestre - Direitos e deveres do cidadão


A construção dos Direitos Humanos
Sugestão de subtemas:

● Direitos humanos em sua construção histórica: o direito a ter direitos


○ Cilindro de Ciro
○ Lei das 12 tábuas
○ Carta Magna (Inglaterra)
○ Declaração de independência (EUA)
○ Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (França)
○ Declaração dos direitos do povo trabalhador e explorado (Rússia)

● O contexto da promulgação da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH)


○ I e a II Grande Guerras Mundiais
○ Organização das Nações Unidas
○ Convenção de Genebra
○ Os obje vos com a promulgação da DUDH

● Direitos humanos
○ Apresentação dos direitos humanos
○ A relação entre os direitos humanos e a Cons tuição Federal
○ O caráter consuetudinário da DUDH

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC


Inves gação Cien fica
EMIFCG02 - Posicionar-se com base em critérios cien ficos, é cos e esté cos, u lizando dados, fatos e
evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas,
coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia, jus ça
social, pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCG07 - Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, iden ficando e
incorporando valores importantes para si e para o cole vo que assegurem a tomada de decisões conscientes,
consequentes, colabora vas e responsáveis.
Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes
Inves gação Cien fica
EMIFCHS03 - Selecionar e sistema zar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, polí ca e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
iden ficando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar
as fontes dos recursos u lizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídia
Processos Cria vos
EMIFCHS06 - Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou cole vas de mediação e intervenção sobre problemas de
natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, baseadas no
respeito às diferenças, na escuta, na empa a e na responsabilidade socioambiental.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem


1. Fazer um breve levantamento acerca dos direitos humanos que os estudantes conhecem.
Posteriormente, ques onar: “Todos os direitos citados fazem parte da DUDH?”, “Por que sabemos
tão pouco sobre nossos direitos básicos?”. A par r das respostas, seguir com a apresentação mais
geral sobre os trinta direitos humanos, por meio do vídeo “A história dos direitos humanos''
(disponível em h ps://www.youtube.com/watch?v=uCnIKEOtbfc&t=272s ). O vídeo sugerido parte da
mesma premissa: “quais os direitos humanos que você conhece?” e faz um resgate histórico da
construção dos direitos humanos até os dias atuais; (Obs.: se o professor achar viável, poderá propor

43
2º ano - Novo Ensino Médio

que os alunos façam um levantamento com estudantes das outras turmas, perguntando-os quais os
direitos humanos que conhecem e, posteriormente, apresentar os resultados em sala de aula.

2. Ao apresentar os trinta direitos humanos de forma geral, é salutar destacar seu caráter
consuetudinário, ou seja: o direito humano ao trabalho não define como deve ser o direito trabalhista
de um país; o direito à jus ça não define como o sistema judiciário e as leis devem operar; o direito à
educação não define como o sistema educacional deve ser estruturado e oferecido. Trata-se,
portanto, de evidenciar que o direito humano é algo a ser construído localmente, que necessita de
nossa par cipação cidadã, para que seja estruturado e disponibilizado da forma que acharmos
melhor, possível e em respeito aos nossos costumes;

3. Organizar os estudantes em grupos e definir seminários para apresentação da construção histórica


dos direitos: o que foi o Cilindro de Ciro e as leis das 12 tábuas e as caracterís cas principais da Carta
Magna (ING), declaração de independência dos EUA, declaração dos direitos dos homens e do
cidadão (França) e a declaração dos direitos do povo trabalhador e explorado (Rússia). A proposta é
que sejam seminários breve, em que cada grupo aborde apenas os pontos fundamentais na sua
apresentação. Após os seminários, os estudantes deverão formular uma nova declaração (que
represente a própria sala, reunindo aquilo que mais os chamou a atenção),
atualizando/acrescentando/ melhorando os direitos humanos da DUDH;

4. Aprofundar no contexto envolvido na I e II Grandes Guerras Mundiais, na formação da Organização


das Nações Unidas, nos preceitos definidos na Convenção de Genebra e nos obje vos com a
promulgação da DUDH, bem como abordar os contextos históricos, geopolí cos e filosóficos
envolvidos na promulgação da Declaração dos Direitos Universal dos Humanos. A par r dos
conhecimentos comuns à sua área (seja geografia, história filosofia ou sociologia), abordar os
horrores do nazismo e do totalitarismo e aprofundar em suas caracterís cas históricas, polí cas e
filosóficas, para que os estudantes percebam a urgência e importância da defesa da dignidade
humana como um projeto de todos; (Obs.: pode ser interessante usar a gamificação para compor um
cenário no qual os estudantes pudessem visualizar as campanhas de guerra e pensar o território a
par r da teoria da guerra. Um bom jogo para essa finalidade seria o War. Segue um bom plano de
aulas para aprofundamento nessa metodologia. Disponível em : << Prá cas Pedagógicas: O jogo WAR
no estudo das grandes guerras do século XX - Relatos Escolares>>. Sugestão de material de apoio:

a. Surgimento dos Direitos Humanos:, USP e-disciplinas:


h ps://edisciplinas.usp.br/mod/page/view.php?id=3007751&lang=en

b. A Primeira Guerra Mundial e a Criação da Liga das Nações, de DHnet:


h p://www.dhnet.org.br/dados/cursos/dh/br/pb/dhparaiba/1/1guerra.html

c. A Segunda Guerra Mundial e o surgimento das Nações Unidas, de DHnet:


h p://www.dhnet.org.br/dados/cursos/dh/br/pb/dhparaiba/1/2guerra.html

5. Indicar pesquisa (internet ou na biblioteca) para os estudantes associarem cinco direitos humanos
(qualquer um deles) com cinco leis que constam na nossa Cons tuição Federal. Essa proposta visa a
solidificar a compreensão de que a DUDH se conecta com os preceitos básicos de um Estado
Democrá co de Direito, com nossa cons tuição, com as nossas leis, as quais são construídas
cole vamente e devem ser aprimoradas a par r da nossa par cipação social e polí ca. Para uma
consolidação dos conhecimentos, os estudantes podem apresentar algum projeto ar s co visual ou
musical (poemas, rap, batalha de MCs) evidenciando as contradições das leis/direitos frente às
vivências e experiências na comunidade.

Propostas de Avaliação

O docente pode avaliar a par cipação em seminários, pesquisas e na prá ca metodológica de gamificação ou
no projeto ar s co visual-música, bem como o envolvimento dos estudantes durante todo o bimestre.

44
2º ano - Novo Ensino Médio

Autoavaliação

➢ Você conseguiu conectar seus conhecimentos sobre direitos humanos a um estudo da história e
construção desses mesmos direitos?
➢ Você considera importante que a sociedade entenda e valorize os direitos humanos?
➢ Como você julga a sua par cipação neste bimestre?

3º Bimestre - DUDH: análises e problema zações

A proposta para este 3° bimestre perpassa por analisar e problema zar os 30 direitos
humanos presentes na DUDH. Cada um dos direitos humanos (se possível, todos eles, mas o
professor fará a melhor escolha diante do contexto da sua turma) será levado à discussão em
sala de aula sob a luz do co diano social, polí co e econômico brasileiro e,
preferencialmente, conectado à realidade da comunidade/região em que a escola está
inserida. Dados esta s cos, tabelas, censos, mapas e outros elementos cien ficos devem
servir de base para o escru nio acerca de cada um desses direitos.
Importante: apesar de os subtemas e as prá cas de ensino aprendizagem sugeridos
se inter-relacionarem, podem se cons tuir muito amplos e/ou em quan dade maior do que
é possível ser trabalhado durante o período de um único bimestre. Isto se jus fica pelo fato
deste componente curricular poder ser ministrado por professores com formações dis ntas
(história, geografia, filosofia e sociologia), fazendo com que certos subtemas estejam sob
maior ou menor domínio de cada docente dado a sua formação cien fica. Assim, deverá o
professor responsável fazer as escolhas temá cas, conceituais e pedagógicas mais
apropriadas para este aprofundamento e que poderão ser desenvolvidas considerando a sua
própria formação, conhecimento cien fico, perfil dos estudantes e o contexto escolar no
qual está inserido.

3º Bimestre - Direitos e deveres do cidadão


DUDH: análises e problema zações

Sugestão de subtemas:

Análise e problema zações acerca dos 30 direitos humanos:


● Qual a importância dos direitos humanos frente aos preconceitos e desigualdades?
● Os direitos humanos são respeitados?
● Todos têm acesso aos direitos humanos?
● Existem direitos humanos mais importantes que outros?
● Os trinta direitos humanos se relacionam entre si?
● Por que os direitos humanos são atacados?

45
2º ano - Novo Ensino Médio

● Direitos humanos e a realidade de fato são coincidentes?


● Os trinta direitos humanos são suficientes?
● Há alguma relação entre os direitos humanos e os ideais liberais, inclusive na economia?
● Quais os perigos de suprimir ou desconsiderar os direitos humanos?
● A jus ça é infalível? Qual a relação e os limites entre direitos humanos e injus ças?
● Qual o limite entre a jus ça e a barbárie?
● Quais conexões é possível fazer entre a DUDH e a realidade escolar?
● Quais conexões é possível fazer entre a DUDH e a comunidade em que vivo?
● É possível pensar em um mundo melhor sem direitos humanos?

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC


Processos Cria vos
EMIFCG05 - Ques onar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções cria vas,
originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incertezas e colocá-las em prá ca
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCG09 - Par cipar a vamente da proposição, implementação e avaliação de solução para problemas
socioculturais e/ou ambientais em nível local, regional, nacional e/ou global, corresponsabilizando-se pela
realização de ações e projetos voltados ao bem comum.
Empreendedorismo
EMIFCG12 - Refle r con nuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus obje vos presentes e
futuros, iden ficando aspirações e oportunidades, inclusive relacionadas ao mundo do trabalho, que orientem
escolhas, esforços e ações em relação à sua vida pessoal, profissional e cidadã.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes
Inves gação Cien fica
EMIFCHS03 - Selecionar e sistema zar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, polí ca e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
iden ficando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar
as fontes dos recursos u lizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes
mídias.
Processos Cria vos
EMIFCHS06 - Propor e testar soluções é cas, esté cas, cria vas e inovadoras para problemas reais
relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, polí ca e/ou cultural, em
âmbito local, regional, nacional e/ou global.
EMIFCHS08 - Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou cole vas de mediação e intervenção sobre problemas de
natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, baseadas no
respeito às diferenças, na escuta, na empa a e na responsabilidade socioambiental.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem


1. Apresentar dados esta s cos que envolvam os 30 direitos humanos e retratam a realidade brasileira
e refle r sobre eles. Questões como:
a. Direito à educação: quais são os dados a respeito do acesso e permanência no ensino médio
brasileiro? Quais os índices de acesso ao ensino superior?
b. Direito ao trabalho: qual a taxa de desemprego no Brasil? Quais as diferenças de acesso a
emprego considerando os marcadores sociais? Quais os dados a respeito do trabalho
análogo à escravidão no Brasil? E, em Minas Gerais, quais os dados dessa situação?
2. Perguntas similares devem ser feitas para os direitos que envolvem a habitação, liberdade religiosa,
fim da tortura, não discriminação de qualquer po, saúde, alimentação propriedade, autoria, asilo
polí co, casamento, família, etc. Em cada uma das aulas podem ser discu dos de dois a três direitos
humanos junto à apresentação de informações como dados esta s cos (tabelas, gráficos) e/ou
entrevistas com especialistas e reportagens de jornais que sinte zam o tema. As perguntas
transversais para todas as discussões são “Por que é tão di cil assegurar os direitos humanos?” e “O

46
2º ano - Novo Ensino Médio

que devemos fazer para assegurá-los e melhorá-los?”. Para estas aulas, os professores podem levar
os dados ou pedirem para os estudantes pesquisarem e os levarem consolidados. Como material de
apoio:
a. “Situação dos direitos humanos no Brasil”, de CIDH
h p://www.oas.org/pt/cidh/relatorios/pdfs/Brasil2021-pt.pdf (ver resumo execu vo)
b. OBSERVATÓRIO DA REVISÃO PERIÓDICA DA ONU DE DIREITOS HUMANOS, da Câmara dos
deputados, Comissão de direitos humanos e minorias:
h ps://www2.camara.leg.br/a vidade-legisla va/comissoes/comissoes-permanentes/cdhm
/observatorio-parlamentar-da-revisao-periodica-universal-da-onu/avaliacao-por-temas
(possui dados recentes em forma de infográfico, separado por temas)

3. Caso o docente não queira dispor da proposta de estratégia de ensino aprendizagem acima,
orientamos u lizar as perguntas norteadoras presentes na sugestão de subtemas para o bimestre:
“Qual a importância dos direitos humanos frente aos preconceitos e desigualdades?”, “Os direitos
humanos são respeitados?”, “Todos têm acesso aos direitos humanos?”, “Existem direitos humanos
mais importantes que outros?”, “Os trinta direitos humanos se relacionam entre si?”, “Por que os
direitos humanos são atacados?”, “Direitos humanos e a realidade de fato são coincidentes?”, “Os
trinta direitos humanos são suficientes?”, “Há alguma relação entre os direitos humanos e os ideais
liberais, inclusive na economia?”, “Quais os perigos de suprimir ou desconsiderar os direitos
humanos?”, “A jus ça é infalível?”, “Qual a relação e os limites entre direitos humanos e
injus ças?”, “Qual o limite entre a jus ça e a barbárie?”, “Quais conexões é possível fazer entre a
DUDH e a realidade escolar?”, “Quais conexões é possível fazer entre a DUDH e a comunidade em
que vivo?”, “É possível pensar em um mundo melhor sem direitos humanos?” Essas perguntas
podem nortear tanto a construção de aulas exposi vas do professor, como orientar discussões em
rodas de conversas aberta à par cipação de todos ao mesmo tempo ou em pequenos grupos (se em
pequenos grupos, é importante que após discu rem, exporem a conclusão que chegaram aos demais
estudantes da sala e a(o) professor/a).

4. Os estudantes deverão produzir, individualmente ou em grupos, podcasts com a u lização de


celulares e aplica vos gratuitos, para ser compar lhado e ouvido para além da sala de aula (como
pais, outros estudantes e professores, etc). Para que os áudios sejam realmente ouvidos por mais
pessoas, é necessário serem atraentes: com pouca duração (menos de 10 minutos), obje vo,
produzido a par r de um roteiro simples, ser bem audível e, se possível, acrescido de chamadas de
abertura e trilha de fundo (quando necessário). Para disponibilizar na plataforma, os estudantes
também poderão desenhar o cartaz (www.canva.com e outros) que abre o podcast na plataforma de
hospedagem gratuita. É importante que o professor incen ve a escuta dos podcast e/ou u lizá-los
nas próprias aulas para debater o tema. Obs.: caso o podcast não seja uma proposta adequada
(avaliação do professor), é salutar desenvolver outro po de produção de divulgação de ideias, o
qual pode ser uma peça de teatro, sarau com músicas (contextualizadas quanto aos direitos
humanos), apresentação de arte visual, desenhos, grupos abertos de discussão, etc.

Propostas de Avaliação
O docente pode avaliar o envolvimento e aprendizagem durante a construção das etapas de produção,
finalização e distribuição do podcast e cartaz.
Autoavaliação

➢ Você considera que conseguiu por meio das a vidades vivenciadas compreender o papel da
declaração dos direitos humanos para a construção de uma sociedade mais justa e humanitária?
➢ Qual a parte que mais chamou atenção em sua produção neste bimestre?

47
2º ano - Novo Ensino Médio

4º Bimestre - O estatuto da juventude

O 4° bimestre traz o Estatuto da Juventude como base de estudo e análise.


Considerando que os estudantes já se apropriaram de uma visão conceitual dos direitos e
problema zaram conceitos e contextos nos bimestres anteriores, caberá aqui, um olhar mais
pormenorizado e específico para as demandas inerentes à juventude e o início de sua vida
adulta.
Importante: apesar de os subtemas e as prá cas de ensino aprendizagem sugeridos
se inter-relacionarem, podem se cons tuir muito amplos e/ou em quan dade maior do que
é possível ser trabalhado durante o período de um único bimestre. Isto se jus fica pelo fato
deste componente curricular poder ser ministrado por professores com formações dis ntas
(história, geografia, filosofia e sociologia), fazendo com que certos subtemas estejam sob
maior ou menor domínio de cada docente dado a sua formação cien fica. Assim, deverá o
professor responsável fazer as escolhas temá cas, conceituais e pedagógicas mais
apropriadas para este aprofundamento e que poderão ser desenvolvidas considerando a sua
própria formação, conhecimento cien fico, perfil dos estudantes e o contexto escolar no
qual está inserido.

4º Bimestre - Direitos e deveres do cidadão


O estatuto da juventude
Sugestão de subtemas:

● A lei n° 12.852, de 05 de agosto de 2013


○ Princípios e diretrizes
● Direitos presentes no Estatuto da Juventude:
○ Direito à Cidadania, à Par cipação Social e Polí ca e à Representação Juvenil
○ Direito à Educação
○ Direito à Profissionalização, ao Trabalho e à Renda
○ Direito à Diversidade e à Igualdade
○ Direito à Saúde
○ Direito à Cultura
○ Direito à Comunicação e à Liberdade de Expressão
○ Direito ao Desporto e ao Lazer
○ Direito ao Território e à Mobilidade
○ Direito à Sustentabilidade e ao Meio Ambiente
○ Direito à Segurança Pública e ao Acesso à Jus ça

Análise e problema zação acerca dos direitos da lei nº 12852, através de dados esta s cos e discussões com
base filosófica e culturais sobre tais direitos:
● Por que a existência de um estatuto com leis específicas para a juventude?
● Esses direitos estão dados ou é necessário lutar por eles?
● Quais conexões é possível fazer entre o Estatuto da Juventude e a realidade escolar?
● Quais conexões é possível fazer entre o Estatuto da Juventude e a comunidade em que vivo?

48
2º ano - Novo Ensino Médio

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC


Processos Cria vos
EMIFCG06 - Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias e
plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os interlocutores
pretendidos.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCG09 - Par cipar a vamente da proposição, implementação e avaliação de solução para problemas
socioculturais e/ou ambientais em nível local, regional, nacional e/ou global, corresponsabilizando-se pela
realização de ações e projetos voltados ao bem comum.
Empreendedorismo
EMIFCG11 - U lizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para estabelecer e adaptar
metas, iden ficar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para realizar projetos pessoais e produ vos com foco,
persistência e efe vidade.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes
Processos Cria vos
EMIFCHS05 - Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos cria vos para resolver problemas reais
relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, polí ca e/ou cultural, em
âmbito local, regional, nacional e/ou global.
EMIFCHS09 - Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver problemas de natureza
sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, relacionados às Ciências
Humanas e Sociais Aplicada

Empreendedorismo
EMIFCHS10 - Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados às Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas podem ser u lizadas na concre zação de projetos pessoais ou produ vos, em âmbito local,
regional, nacional e/ou global, considerando as diversas tecnologias disponíveis, os impactos socioambientais,
os direitos humanos e a promoção da cidadania.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem


1. Analisar, com os estudantes, a Lei nº lei n° 12.852, de 05 de agosto de 2013, que ins tui o Estatuto da
Juventude e dispõe sobre os direitos dos jovens, os princípios e diretrizes das polí cas públicas de
juventude e o Sistema Nacional de Juventude - SINAJUVE

a. Estatuto da Juventude, Senado Federal:


h ps://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/509232/001032616.pdf

b. Especial Juventudes, expressão e par cipação. CENPEC:


h ps://www.cenpec.org.br/acervo/especial-juventude-expressao-e-par cipacao

E conhecer como funciona o Conselho Estadual da Juventude de Minas Gerais


(h ps://social.mg.gov.br/direitos-humanos/conselhos-e-comites/conselhos/conselho-estadual-da-juve
ntude-cejuv).

2. Solicite que os alunos se separem em equipes e escolham um dos 11 direitos especificados no


Estatuto da Juventude. A par r da análise em sala, peça que elaborem um post ou reels orientado
para redes sociais (caso o estudante não ver acesso `s internet, é possível a realização de cartaz
expondo como os jovens são tratados em sua cidade/comunidade ao buscarem acessar seus direitos).
Os estudantes devem explorar a cria vidade de forma a deixarem os reels/posts ou cartazes atra vos.

3. Analisar e problema zar o acesso aos direitos por parte da juventude a par r de algumas perguntas
norteadoras, como: “Por que a existência de um estatuto com leis específicas para a juventude?”,
“Esses direitos estão dados ou é necessário lutar por eles?”, “Quais conexões é possível fazer entre o
Estatuto da Juventude e a realidade escolar?”, “Quais conexões é possível fazer entre o Estatuto da
Juventude e a comunidade em que vivo?”. Assim como foi feito com os direitos que constam da
Declaração Universal dos Direitos Humanos, u lizar dados, infográficos, tabelas e gráficos para que a

49
2º ano - Novo Ensino Médio

análise seja subsidiada com argumentos sólidos, abandonando o senso-comum. Os dados, a análise e
a problema zação devem ser escolhidos por estudantes e professores (Obs.: Em alguns momentos, a
parte exposi va e orientadora ficará a cargo do professor e, em outros momentos, deve-se
considerar tempos e espaços para os estudantes também exporem os dados e formas de
interpretá-los).

4. Organizar uma produção teatral, sarau, cartazes, produção musical, vídeos de um minuto, fanzine,
infográficos, exposição de desenhos ou outra expressão que for de interesse dos estudantes, como
forma de apropriação e divulgação do Estatuto da Juventude à comunidade escolar;

5. U lizar músicas como meio de associação, iden ficação e ques onamento. Sugerimos algumas
músicas mais an gas para que os estudantes procurem semelhanças, permanências e diferenças
sobre a mensagem e contexto destas em relação às músicas mais atuais ouvidas pelos jovens hoje.
Solicite aos estudantes que eles contribuam com outras músicas da atualidade que também possam
subsidiar a reflexão sobre esses temas. Algumas sugestões para a proposta :
a. Tempo perdido, de Legião Urbana (1986)
b. Até quando, de Gabriel o pensador (2001)
c. Jovens, de Planta e Raiz (2006)

6. A par r do estudo das músicas acima, responder: “Quais músicas podem colocar em discussão as
dificuldades, desejos e pretensões dos jovens de hoje?”, “Elas ainda exprimem dúvidas e
necessidades dos jovens de hoje?”, “É possível se iden ficar com elas?”, Que músicas atuais
dialogam com as mensagens que essas passavam tempos atrás?”, "O que as músicas que os
estudantes ouvem hoje revelam sobre eles?”.

7. Formular a criação de propostas de intervenção (obje va-se aqui, a solidificação de conhecimentos e


desenvolvimento de expressão e argumentação). Diante cada um dos direitos do Estatuto da
Juventude, que propostas os estudantes podem fazer para alcançá-los? Quais os papéis dos jovens
na consolidação desses direitos? Que decisões polí cas, econômicas e sociais devem ser tomadas
por diferentes setores para viabilizar um futuro com esses direitos garan dos aos jovens? Par ndo
de tais perguntas, propõe-se a formação de uma assembleia em sala de aula (ou outro espaço
apropriado da escola) para discu r e propor formas de acesso aos direitos previstos no Estatuto da
Juventude. É importante que a assembleia (ou outra forma de organização u lizada pelo professor e
estudantes) gere uma página/documento de propostas como fruto final cole vo;

Propostas de Avaliação

O docente pode avaliar as organizações dos estudantes, par cipação nas assembleias através da estrutura do
pensamento e discussões, e a feitura dos posts/reels ou cartazes.

Autoavaliação

➢ Para você, ter maior conhecimento dos seus direitos enquanto jovem o mo va a par cipar mais
a vamente do debate acerca de direitos, polí ca e como eles influenciam a vida pessoal?
➢ Você percebeu alguma mudança de comportamento/ a tude da sua parte em relação a forma como o
jovem é tratado após as discussões desenvolvidas no bimestre? Descreva o que aconteceu.
➢ Você considera importante o conhecimento de direitos dos jovens para a comunidade escolar? Por
quê?
➢ Como você julga a sua par cipação neste bimestre?

50
2º ano - Novo Ensino Médio

DESENVOLVIMENTO PESSOAL E COLETIVO

CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS

JUVENTUDES

Desenvolvimento Pessoal e Cole vo

1º Bimestre 2º Bimestre 3º Bimestre 4º Bimestre


O Jovem Introdução a Laboratório de Metodologia da
Profissional Pesquisa Pesquisa Pesquisa

O componente curricular Desenvolvimento Pessoal e Cole vo tem como premissa a


realização de um projeto no qual os estudantes serão os principais autores, mas é
fundamental que o professor ou professora esteja presente e atuante como mediador de
todas as etapas do projeto. Os estudantes devem ser protagonistas dessa construção, mas a
orientação docente é fundamental para estabelecer prazos, organizar os cronogramas e
mediar as discussões. A construção desse projeto procura dialogar, de forma prá ca, com os
demais conteúdos desenvolvidos no aprofundamento em CHSA, com ênfase no
protagonismo estudan l e nas metodologias a vas de aprendizagem como Aprendizagem
baseada em projetos (PrBL), a sala de aula inver da (Flipped classroom). O obje vo deste
plano de curso é viabilizar um projeto único que seja executado por etapas ao longo dos
quatro bimestres, que mo ve a liderança e a colaboração entre os pares e fortaleça o
vínculo com as etapas de uma pesquisa.
Não será necessário seguir detalhadamente o modelo aqui sugerido, sendo essencial
a observação das demandas da escola e dos estudantes. Adaptações e melhorias podem e
devem ser feitas pelos professores e estudantes. Segue a proposta: A produção de um
por ólio colabora vo sobre profissões.

1º Bimestre - O Jovem Profissional

O 1° bimestre pretende aproximar os estudantes dos desafios presentes no mercado


de trabalho, procurando evidenciar as formas de capacitação, escolhas profissionais e as
habilidades necessárias para se posicionar no mundo do trabalho. Enquanto proposta

51
2º ano - Novo Ensino Médio

metodológica para o desenvolvimento do projeto neste primeiro momento, sugere-se que os


estudantes tomem conhecimento das demandas, problemas e dúvidas que seus colegas
propuserem com intuito de estabelecer a melhor escolha para contemplar o
desenvolvimento do mesmo.
Ao desenvolver essa pesquisa, os estudantes trabalharão em consonância com o
censo escolar realizado na unidade forma va Diversidade e Juventude, acrescentando ao
ques onário às demandas específicas sobre trabalho e formação. Na etapa Problema zar,
Pesquisar e Programar, estudantes e professores(a) devem escolher um problema para
desenvolver, sugere-se que dentro do grande tema O Jovem Profissional, os estudantes
elaborem um problema para buscar soluções. Para exemplificar, um grupo de alunos pode
escolher trabalhar com a formação profissional e técnica enquanto outro grupo poderá
trabalhar com formação acadêmica ou empreendedorismo. De acordo com o problema
elaborado , os grupos devem criar soluções para o mesmo.

Desenvolvimento pessoal e cole vo


1º Bimestre - O Jovem Profissional
Sugestão de subtemas:

A juventude atual:
● Desafios enfrentados pelos jovens quanto à capacitação e escolha profissional
○ Falta de experiência
○ Ampla concorrência para as vagas
○ Conflito de gerações no ambiente de trabalho
● As novas profissões advindas da revolução digital
○ O impacto da Revolução Industrial nas relações trabalhistas
○ Revolução 4.0
● Inteligência emocional
○ A ferramenta IKIGAI

❖ Projeto A produção de um por ólio colabora vo sobre profissões.

Etapa Problema zar, Pesquisar e Programar: essa etapa do projeto compreende a apresentação de questões
mobilizadoras associadas às necessidade e/ou problema local1;

○ Definir a necessidade e o contexto/cenário


○ Criar um cronograma para o projeto.

Nesse primeiro momento, os estudantes irão trabalhar em duas unidades forma vas:
A. com a produção de um censo escolar, na unidade Diversidade e Juventude, a proposta gira em torno
de uma pesquisa social e cultural;

1
Adaptado: Como levar o STEAM para sala de aula. Nova Escola. Disponível em:
h ps://novaescola.org.br/conteudo/18021/como-levar-o-steam-para-a-sala-de-aula Acesso em 14 de DEZ. 2022

52
2º ano - Novo Ensino Médio

B. na unidade Desenvolvimento Pessoal e Cole vo eles trabalharão a par r da ó ca do trabalho e da


formação acadêmica ou profissionalizante.
No entanto, farão apenas a aplicação de um ques onário elaborado em duas partes.
A par r da análise dos dados coletados , os estudantes em conjunto com os professores e professoras
devem escolher um problema para desenvolver, sugere-se que dentro do grande tema, O Jovem
Profissional, os estudantes elaborem um problema para buscar soluções.
Para exemplificar: um grupo de alunos pode escolher trabalhar com a formação profissional e técnica
enquanto outro grupo poderá trabalhar com formação acadêmica ou empreendedorismo. De acordo com
o problema elaborado , os grupos devem criar soluções para o mesmo. “Se a formação que desejo cursar
fica fora do meu alcance econômico, qual outro curso pode me possibilitar uma trajetória na qual me
iden fico e me permita alcançar minha primeira escolha em um futuro próximo?” Quais caminhos e
opções esse estudante pode projetar de acordo com as opções de cursos e ins tuições gratuitas ou
públicas listadas é questão que ele e seu grupo deverá se organizar para pesquisar nesta etapa.

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC


Inves gação Cien fica
EMIFCG01 Iden ficar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
cri cidade e é ca, inclusive u lizando o apoio de tecnologias digitais.
EMIFCG03 U lizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de inves gações cien ficas para criar ou
propor soluções para problemas diversos.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes
Inves gação Cien fica
EMIFCHS01 -Inves gar e analisar situações problema envolvendo temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, polí ca e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.
EMIFCH02 Levantar e testar hipóteses sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica,
filosófica, polí ca e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, contextualizando os
conhecimentos em sua realidade local e u lizando procedimentos e linguagens adequados à inves gação
cien fica
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCHS07 - Iden ficar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e ameaças a grupos
sociais, à diversidade de modos de vida, às diferentes iden dades culturais e ao meio ambiente, em âmbito
local, regional, nacional e/ou global, com base em fenômenos relacionados às Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Orientar os estudantes para criarem um instrumento com registros (diário de bordo) do que está
sendo aprendido, discu do, estudado e produzido por eles, individual e cole vamente.

2. Abrir um diálogo com os estudantes baseado na seguinte questão: Quais fatores movem as escolhas
de profissões? para subsidiar o professor de informações como, por exemplo, as concepções prévias
dos alunos.

3. Elaborar ques onário de pesquisa sobre interesses profissionais dos estudantes cursistas do ensino
médio da escola com o obje vo de:

○ produzir um mapeamento analí co sobre ins tuições, cursos, formações presenciais ou EAD
(público ou par cular, com ou sem possibilidade de acesso a bolsas) que se associem com
esses interesses.

53
2º ano - Novo Ensino Médio

4. Aplicar ques onário para o corpo discente, realizando o censo interdisciplinar.

5. Pesquisar informações sobre cursos ofertados nas ins tuições próximas à comunidade ou
disponibilizados por meio EAD que poderiam ser de interesse dos estudantes após a aplicação e
consolidação dos dados do ques onário.

6. A par r dos pontos de interesse registrados no ques onário, organizar discussão sobre o processo de
obsolescência com profissionais de diferentes gerações da comunidade para se conhecer mudanças
que ocorrem no mercado de trabalho. Algumas perguntas mo vadoras: Como an gas profissões
estão desaparecendo e novas estão surgindo? Como a automação, programas e máquinas estão
subs tuindo o trabalho humano? Quais as novas habilidades se tornam necessárias num mundo de
trabalho em que a compe ção não acontece apenas entre humanos, mas humanos e máquinas?

7. Após a pesquisa, apresentar e discu r os resultados, debruçando sobre quais são as perspec vas
futuras de cada um. (Obs: atenção aos marcadores sociais, como nível educacional, idade, gênero e
outros, fundamentais que são para uma análise mais robusta dos estudantes.

8. Ao final, os estudantes deverão se organizar em grupos de interesse intraclasse e desenvolver um


problema chave de acordo com o tema: O jovem Profissional, para buscar as resoluções ao longo das
próximas etapas.
Propostas de Avaliação

A avaliação no I nerário Forma vo tem como premissa oportunizar ao estudante o desenvolvimento da


metacognição, acentuando sua natureza processual e forma va. O fato de não haver reprovação nos
componentes curriculares do I nerário Forma vo não significa que estes não devam ser avaliados. Deve-se
garan r preferencialmente a autoavaliação, bem como o “feedback” do professor quanto à apropriação de
habilidades e competências, visando o avanço con nuo do estudante.
Para fins técnico-didá cos, o professor deverá atribuir notas de 60 a 100 pontos anuais para cada
estudante. Assim, é primordial definir critérios para essa distribuição, demonstrando aos estudantes a
importância do processo de aprimoramento e adequação, ajustando a mediação da aprendizagem,
qualificando-a ainda mais ao perfil dos estudantes e à realidade local.

O docente pode avaliar o envolvimento e aprendizagem durante a construção do ques onário interdisciplinar,
as etapas de aplicação do censo,a produção do diário de bordo e as reflexões que geraram o problema a ser
inves gado em cada grupo.

Autoavaliação

➢ Você considera que é importante estar atento à gama de possibilidades ofertadas pelas ins tuições de
formação da sua cidade? Por quê?
➢ Quais os desafios na produção da organização de um censo?
➢ Você considera que os dados coletados nessa pesquisa poderão orientar outros alunos? De que
maneira?
➢ Como foi a experiência de desenvolver um problema para estudo de suas resoluções em grupo?
➢ Como você julga a sua par cipação neste bimestre?

54
2º ano - Novo Ensino Médio

2º Bimestre - Introdução a Pesquisa

No 2° bimestre, o foco será a introdução às formas de pesquisa, dando ênfase às


metodologias de pesquisa usadas para a resolução do problema escolhido. É importante que
as reflexões sobre trabalho, profissões, organização pessoal, desafios das profissões e é ca
integrem as discussões ao longo do bimestre. As estratégias de ensino devem promover o
uso de linguagens e/ou tecnologias capazes de proporcionar o entendimento, a
interpretação crí ca da realidade e formas de par cipação social, aproximando, assim, as
competências e habilidades da Formação Geral Básica e do I nerário Forma vo.
Na etapa Coletar e Estruturar, os professores irão trabalhar orientações que ajudem
os estudantes a construírem habilidades necessárias para o desenvolvimento do projeto, já
os estudantes irão entrar na fase de coletar informações por meio de entrevistas, pesquisas e
ou ques onários.

Desenvolvimento pessoal e cole vo


2º Bimestre - Introdução a Pesquisa

❖ Projeto: A produção de um por ólio colabora vo sobre profissões

Etapa coletar e estruturar : definir critérios para o projeto : imaginar, idear desenvolver

● Como trabalhar com pesquisa oral.


○ Metodologia da pesquisa oral: o estudante pesquisador deve considerar que os profissionais
envolvidos no processo de pesquisa são "[...] sujeitos de estudo, pessoas em determinadas
condições sociais, pertencentes a determinado grupo social ou classe com suas crenças,
valores e significados" (MINAYO, 1993, p. 22).

● Elaboração de roteiro para entrevistas


○ Planejamento
○ Perfil de quem vai ser entrevistado e o por quê
○ Qual a experiência que o profissional entrevistado possui
○ Elaboração de perguntas diretas e alinhadas à visibilidade da profissão, dos seus percalços e
êxitos

● Elaboração de um catálogo
○ O que é um catálogo e como produzir um online
○ Apps para produção de catálogos
○ Outras formas de elaboração de um catálogo

A par r da escolha do método de pesquisa, os estudantes irão escolher profissionais já estabilizados


no mercado para realizar entrevistas . Isso contribuirá para esclarecer dúvidas gerais que foram levantadas
junto aos colegas na primeira etapa do projeto.

55
2º ano - Novo Ensino Médio

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC


Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCGS09 - Par cipar a vamente da proposição, implementação e avaliação de solução para problemas
socioculturais e/ou ambientais em nível local, regional, nacional e/ou global, corresponsabilizando-se pela
realização de ações e projetos voltados ao bem comum.
Empreendedorismo
EMIFCGS11 - U lizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para estabelecer e
adaptar metas, iden ficar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para realizar projetos pessoais e produ vos
com foco, persistência e efe vidade.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes
Inves gação Cien fica
EMIFCH03 - Selecionar e sistema zar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, polí ca e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
iden ficando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar
as fontes dos recursos u lizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes
mídias.
Empreendedorismo
EMIFCH10 - Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados às Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas podem ser u lizadas na concre zação de projetos pessoais ou produ vos, em âmbito local,
regional, nacional e/ou global, considerando as diversas tecnologias disponíveis, os impactos socioambientais,
os direitos humanos e a promoção da cidadania.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

A produção de um por ólio colabora vo sobre profissões.


1. Elaborar um roteiro para as entrevistas que irão compor o catálogo de profissões: o roteiro das
entrevistas é uma etapa muito importante do projeto, pois ele dará resposta às demandas, dúvidas e
anseios do grupo de estudantes que se beneficiará do projeto final;

2. Selecionar profissionais que se destacam pela atuação em sua profissão e contactá-los propondo uma
entrevista. Nesse momento, os estudantes devem se organizar para buscar pessoas nos mais diversos
ramos de atuação profissional;

3. Realizar as entrevistas de forma online por plataforma de videochamadas ou de forma presencial;

4. Aplicar ques onários por meio de emails, google formulários, sico.

5. Convidar representantes da comunidade que sejam especialistas para falarem sobre as relações entre
trabalho e escolhas, é ca profissional, sensação de felicidade e bem-estar, a tudes e
responsabilidades individuais e cole vas, relação entre sa sfação e remuneração;

6. Os estudantes irão escolher a forma de pesquisa; se por meio de análise de ques onários, se por
meio de entrevista, se a par r dos catálogos de profissões oferecidos por universidades. No entanto,
é necessário organizar a pesquisa no sen do de que os dados coletados pelos estudantes devem
compor um por ólio repleto de opções que representem profissões técnicas, empreendedorismo e
formação acadêmica . Lembrando que profissão é uma categoria de a vidade realizada por um
especialista, sendo pré-requisito um conhecimento e/ou preparo específico para realizar aquela
função. A pessoa que realiza essa função é o profissional, que recebe um salário referente ao trabalho
que realiza. É fundamental para a composição do por ólio /projeto que os estudantes saibam que
que algumas profissões exigem a formação em faculdades ou cursos técnicos, mas outras não. As
profissões que não necessitam de cursos técnicos para exercer a a vidade que lhe é exigida, são

56
2º ano - Novo Ensino Médio

apreendidas na prá ca, no dia a dia, com alguém mais experiente. E é essa variedade que propiciará
um por ólio rico em detalhes que ajudará a embasar escolhas de outros estudantes.

Propostas de Avaliação
O docente pode ter vários pontos de avaliação nesse bimestre, realização de pesquisa e entrevistas,
formulação de roteiros e ques onários, aplicação de ques onários, envolvimento na proposta, organização de
palestras entre outros.

Autoavaliação
➢ Para você, os relatos de profissionais podem esclarecer dúvidas e trazer mais confiança no momento
de sua escolha profissional?
➢ Você teve contato com alguma profissão que desconhecia?
➢ Você considera que as sugestões de pesquisa têm relevância para as suas escolhas profissionais?
Acredita que poderá auxiliar nas escolhas profissionais de outros estudantes?
➢ Como você julga a sua par cipação neste bimestre?

3º Bimestre - Laboratório de pesquisa

O 3° bimestre versará em tarefas que mobilizarão as aprendizagens interdisciplinares


como o conhecimento em língua portuguesa, mas principalmente, aqueles que focalizam o
desenvolvimento de competências como comunicação, argumentação, empa a, cooperação
e cultura digital.
O desenvolvimento desta etapa do projeto busca dialogar com a competência 5 da
BNCC contribuindo para o fortalecimento da Cultura Digital. Nesse momento, os estudantes
irão se dedicar a produção de um mapa colabora vo, alimentado a par r das pesquisas
sobre as profissões, nessa etapa de desenvolvimento, é necessário uma pesquisa sobre
ferramentas de mapeamento online como o openstreetmap (disponível em:
h ps://www.openstreetmap.org/#map=19/-19.92398/-43.96833). Entre outras, e também
o domínio da mesma. A ideia é criar digitalmente um mapa marcando os pontos onde as
ins tuições pesquisadas na primeira etapa do projeto se localizam. Essa organização também
pode ser feita por meio do Google maps, o interessante aqui é oferecer um produto que dê
aos estudantes informações de geolocalização. É possível em algumas ferramentas,
adicionar informações relevantes como se o curso disponível em determinada ins tuição é
disponibilizado em EAD.

57
2º ano - Novo Ensino Médio

3º Bimestre - Desenvolvimento pessoal e cole vo


Laboratório de pesquisa

Sugestão de subtemas:

O desenvolvimento de projetos que demandam ações anuais são passíveis de se tornarem desorganizados,
se não contarem com um bom cronograma. Por isso, você, professor(a) precisa incen var e acompanhar o
planejamento das equipes, procurando estabelecer um processo coeso ao longo do ano. Como a base dessa
proposta é o es mulo à pesquisa, é importante reservar algumas das aulas para explorar temas que subsidiem
o ato de pesquisar, assim como sua prá ca. Nessa etapa, pretende-se propiciar elementos que fazem parte do
co diano de um pesquisador. Importante selecionar dentro dessa diversidade de métodos e técnicas àquelas
que são mais adaptáveis às pesquisas desenvolvidas pelo grupos em sala, não sendo obrigatório explanações
sobre cada subtema abaixo:

● Método cien fico


○ Método indu vo
○ Método dedu vo
○ Método Hipoté co-dedu vo
○ Método dialé co
○ Método Fenomenológico

● Técnicas de um pesquisador
○ Observações preliminares
○ Problema
○ Fundamentação teórica
○ Amostragem
○ Instrumentos
○ Coleta de dados
○ Organização dos dados
○ Análise
○ Inferências
○ Conclusões
● Mapeamento colabora vo
○ Qual o conceito de colabora vidade e porque essa palavra é a ordem das novas profissões
conectadas em rede.

❖ Projeto: A produção de um por ólio colabora vo sobre profissões

Etapa Criar e realizar : desenvolver e formular o mapa colabora vo e também o modelo de por ólio a ser
apresentado na etapa Comunicar e Implementar.
○ O professor ou professora deve orientar a escolha de ferramenta digital para criação de
mapa colabora vo ou caso seja necessário a produção de um mapa sico. Bem como
elaborar algumas aulas dialogadas para explorar o método cien fico e também as técnicas
de pesquisa que os estudantes se baseiam para a produção desse projeto. É importante
dialogar o projeto que se configura com a intenção de fortalecer o vínculo do alunado com a
pesquisa. Nessa etapa, as aprendizagens se darão tanto pelas a vidades envolvendo
apuração dos dados selecionados , usos de so ware ou produção de mapa sico, como na
interação e colaboração conjunta da classe.

58
2º ano - Novo Ensino Médio

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC


Processos Cria vos
EMIFCG06 - Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias e
plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os interlocutores
pretendidos.
Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes
Inves gação Cien fica
EMIFCH03 - Selecionar e sistema zar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, polí ca e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
iden ficando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar
as fontes dos recursos u lizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes
mídias.
Processos Cria vos
EMIFCH06 - Propor e testar soluções é cas, esté cas, cria vas e inovadoras para problemas reais relacionados
a temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, polí ca e/ou cultural, em âmbito local,
regional, nacional e/ou global.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCH08 - Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou cole vas de mediação e intervenção sobre problemas de
natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, baseadas no
respeito às diferenças, na escuta, na empa a e na responsabilidade socioambiental.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

❖ Projeto: A produção de um por ólio colabora vo sobre profissões.

1. Pesquisar e escolher uma plataforma de mapeamento colabora vo.Nessa etapa do projeto, os


estudantes estarão envolvidos com produção sica ou digital de um mapa digital, feito por todos
estudantes da classe, independente de qual grupo ou tema estejam trabalhando. Por isso, a
construção conjunta desse mapa, trabalha colaboração entre grupos, habilidades digitais e dialoga o
projeto com a realidade que os estudantes irão viver em um futuro próximo, desde sua escolha de
profissional até a projeção de sua futura ro na

Obs: Entende-se por Mapa Colabora vo o desenvolvimento de um mapa de geolocalização, que conste as
ins tuições que ofertam cursos profissionalizantes ou acadêmicos, gratuitos ou pagos, em formato
presencial ou a distância. Ao finalizar o projeto, os estudantes deverão entregar um mapa de
geolocalização das ins tuições pesquisadas e um por ólio contendo uma versão impressa de entrevistas
feitas com profissionais de diversas áreas de atuação. Devem estar elencadas neste por ólio:
apresentação das profissões, nome dos cursos, ins tuição, pos de cursos disponíveis, avaliação dos
cursos no MEC, durabilidade do curso, se é gratuito ou pago, se é presencial ou online.

2. Alimentar o mapa colabora vo com informações das ins tuições, cursos e formações pesquisadas na
primeira etapa do projeto.

3. Caso não seja possível u lizar o meio digital, criar mapa sico, deixando endereço completo, ônibus
para acesso e outras informações relevantes às ins tuições, cursos ou formações escolhidas pelos
estudantes.

4. Transcrever e organizar as entrevistas e palestras ocorridas durante a etapa Coletar e Estruturar. É


importante ter em vista que devem ser feitos destaques de trechos da entrevista que iluminem

59
2º ano - Novo Ensino Médio

dúvidas colocadas na etapa pesquisar e programar. A transcrição é uma etapa importante desse
projeto, pois, ela oferece oportunidades de promover acessibilidade ao trabalho oportunizando uma
divulgação democrá ca do conteúdo coletado. Envolve também o trabalho e manejo com as mídias
de áudio, importante instrumento para o desenvolvimento da cultura digital, ainda oferece um
momento de metodologias a vas de aprendizagem oportunizando uma a tude mão na massa, na
qual as equipes irão criar uma seleção dos conteúdos, informações, trabalhar com so wares
específicos e produzir uma etapa importante para a composição do produto final.

Propostas de Avaliação

O docente pode avaliar tanto a forma como os estudantes integraram sua pesquisa a uma plataforma, a
produção sica do mapa, a integração entre estudantes dos diversos grupos da classe.

Autoavaliação

➢ Ao projetar um mapa, a par r das pesquisas feitas anteriormente, pude visualizar como seria minha
ro na em um futuro próximo?
➢ Aprendi a relacionar dados pesquisados com a feitura de um produto palpável?
➢ Quais os desafios na produção do mapa?
➢ Você e seu grupo conseguiram dialogar a par r das necessidades do projeto?
➢ Você acredita que o uso de ferramentas digitais ajudam com a produção geral desse projeto? Por
quê?
➢ Como você julga a sua par cipação neste bimestre?

4º Bimestre - Metodologia da Pesquisa

Nesse 4° Bimestre, pretende-se desenvolver a culminância do projeto com a Etapa


Implementar, comunicar e compar lhar: executar, implementar, agir, lançar, produzir versão
final. Divulgação do por ólio colabora vo que pode ultrapassar os muros da escola,
alcançando toda a comunidade por meio das mídias sociais. Esse é também um momento de
síntese e autoavaliação da experiência de planejamento, organização e execução de um
projeto que visa a integrar ideias, habilidades e solidificar competências.

4º Bimestre - Desenvolvimento pessoal e cole vo


Metodologia da Pesquisa

Etapa implementar, comunicar e compar lhar

● Executar, implementar, agir, lançar, produzir a versão final.


● Visualizar, rever o mapa colabora vo e aprender com o processo.
● Visualizar, rever o por ólio colabora vo e aprender com o processo

60
2º ano - Novo Ensino Médio

❖ Projeto: A produção de um por ólio colabora vo sobre profissões

● Execução de um mapa colabora vo por meio de ferramentas digitais. Depois de alimentado pela
pesquisa feita pelos discentes, torná-lo possível de consulta aberta pela internet.

● Lançar versão final do por ólio que agrega toda a experiência do projeto e apresenta um documento
detalhado de possibilidades profissionais/educacionais feito, produzido e pensado pelos estudantes
com a intenção de colaborar com os demais estudantes da escola.
● Produzir evento de lançamento, contando com a par cipação de todos os estudantes.

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC


Inves gação Cien fica
EMIFCG03 U lizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de inves gações cien ficas para criar ou
propor soluções para problemas diversos.
Processos Cria vos
EMIFCG06 Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias e
plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os interlocutores
pretendidos.
Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes
Inves gação Cien fica
EMIFCHS03 Selecionar e sistema zar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, polí ca e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
iden ficando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar
as fontes dos recursos u lizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes
mídias.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCHS08 Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou cole vas de mediação e intervenção sobre problemas de
natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, baseadas no
respeito às diferenças, na escuta, na empa a e na responsabilidade socioambiental.
Estratégias de Ensino e Aprendizagem
A produção de um por ólio colabora vo sobre profissões.
1. Os estudantes irão finalizar o projeto com a entrega do produto "Catálogo de profissões", que
conterá informações que contribuirão com a trajetória de outros estudantes: ins tuições próximas à
comunidade, endereços, quais cursos são ofertados gratuitamente in loco ou por meio de EaD,
seleção das entrevistas feitas para melhor direcionar a análise e escolha das profissões dos
estudantes.

2. Caso não seja possível executar o trabalho por meio da ferramenta virtual, ele deve ser desenvolvido
através de um por ólio, contendo mapas de localização, a definição das profissões e as entrevistas
transcritas.

3. Organizar evento de lançamento do produto final, os alunos envolvidos apresentarão à escola a


metodologia de pesquisa das ins tuições, prós e contra de algumas profissões por eles escolhidas.

Propostas de Avaliação

A avaliação no I nerário Forma vo tem como premissa oportunizar ao estudante o desenvolvimento


da metacognição, acentuando sua natureza processual e forma va. O fato de não haver reprovação nos
componentes curriculares do I nerário Forma vo não significa que estes não devam ser avaliados. Deve-se

61
2º ano - Novo Ensino Médio

garan r preferencialmente a autoavaliação, bem como o “feedback” do professor quanto à apropriação de


habilidades e competências, visando o avanço con nuo do estudante.
Para fins técnico-didá cos, o professor deverá atribuir notas de 60 a 100 pontos anuais para cada
estudante. Assim, é primordial definir critérios para essa distribuição, demonstrando aos estudantes a
importância do processo de aprimoramento e adequação, ajustando a mediação da aprendizagem,
qualificando-a ainda mais ao perfil dos estudantes e à realidade local.

O docente pode avaliar o envolvimento e aprendizagem durante a construção das etapas de produção,
finalização e distribuição do material, assegurando a devolu va das produções aos estudantes.

Autoavaliação

➢ Para você, quais foram as informações mais importantes para dar início a sua nova etapa pós-ensino
médio?
➢ Quais os maiores desafios que você acredita ter percorrido durante a produção do mapa
colabora vo?
➢ Você considera que os temas abordados nas aulas ajudaram na compreensão dos processos e etapas
de uma pesquisa cien fica?
➢ Como você julga a sua par cipação neste projeto?

REFERÊNCIAS
(componente curricular Desenvolvimento Pessoal e Cole vo)

21 (possíveis) profissões do futuro para conhecer hoje. Disponível em :


<h ps://www.napra ca.org.br/possiveis-profissoes-do-futuro/> Acesso em: 12 set.2022.

Teste vocacional gratuito. Disponível em: <


h ps://www.napra ca.org.br/teste-ambiente-de-trabalho-combina-com-voce/ > Acesso em 16 set.2022 .

70 sites que oferecem cursos online gratuitos com cer ficado. Disponível em:
<h ps://www.napra ca.org.br/plataformas-de-cursos-online-e-gratuitos-com-cer ficado/> Acesso em: 16
set.2022.

Ikigai – a ferramenta para iden ficar sua missão de vida e propósito. Disponível em:
<h ps://www.protagonizecursos.com.br/blog/autoconhecimento/ikigai-missao-proposito/> Acesso em: 10
set.2022.

Roteiro de entrevista semiestruturado na pesquisa qualita va. Disponível em:


<h ps://br.video.search.yahoo.com/search/video?fr=mcafee&ei=UTF-8&p=como+organizar+um+roteiro+para+
entrevista&type=E210BR105G0#id=1&vid=010ad0f95cf3aedd9c9ec1e8c0263ee0&ac on=click> Acesso em 19
set.2022.

Como Fazer um Excelente Roteiro de Entrevista Passo a Passo! Disponível em:


<h ps://blog.so warerh.com.br/roteiro-de-entrevista/> Acesso em: 19 set. 2022.

Crie e gerencie mapas colabora vos. Disponível em:


<h ps://mundogeo.com/2010/01/29/crie-e-gerencie-mapas-colabora vos-com-o-wikimapps/ > Acesso em: 09
set.2022.

LARANJEIRA, Antônio Heleno Caldas. A comunicação dos mapas : estudo comparado das plataformas Google
Maps e OpenStreetMap. Disponível em: <h ps://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/11386 >Acesso em: 18 set.2022.

62
2º ano - Novo Ensino Médio

A plataforma virtual “Mapas de Vista” colabora na criação de projetos de mapeamento. Disponível em :


<h ps://educacaointegral.org.br/experiencias/plataforma-virtual-colabora-na-criacao-de-projetos-de-mapeam
ento/ > Acesso em: 10 set.2022.

LILIAN Baacich, MORAN, José . Metodologias a vas para uma educação inovadora: uma abordagem
téorico-prá ca [recurso eletrônico] / Organizadores, Lilian Bacich, José Moran. – Porto Alegre: Penso, 2018

MINAYO, M. C. de S. O desafio do conhecimento. Pesquisa Qualita va em Saúde. São Paulo, Rio de Janeiro:
HUCITEC, ABRASCO, 1993.

REIS, Guilherme, XAVIER,Gabriel Brandão. Tutorial para o mapeamento colabora vo com o OpenStreetMap
(OSM). 2020. disponível em: <
h ps://ceapg.fgv.br/sites/ceapg.fgv.br/files/u60/tutorial_para_o_mapeamento_colabora vo_com_o_openstre
etmap.pdf > Acesso em: 10 set.2022.

63

Você também pode gostar