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2º ano - Novo Ensino Médio

Governador do Estado de Minas Gerais


Romeu Zema Neto
Vice-governador do Estado de Minas Gerais
Mateus Simões de Almeida
Secretário de Estado de Educação
Igor de Alvarenga Oliveira Icassa Rojas
Secretária Adjunta
Geniana Guimarães Faria
Subsecretária de Desenvolvimento da Educação Básica
Izabella Cavalcante Mar ns
Superintendência de Polí cas Pedagógicas
Danielle Fernandes Viana
Diretoria de Ensino Médio
Rosely Lúcia de Lima
Coordenação de Ações de Aprendizagem
Vanessa Nicole Gomes de Oliveira
Construção
Alexandre Marini
Camila Gomes Cunha
Cláudia do Rosário Silva Mendes
Ká a de Laura Borges
Samira Maria Araújo

Parceria técnica
INSTITUTO IUNGO
AUTORIA LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
Isabel Filgueiras (coordenadora)
André Mazio - Escola de Formação SEE/MG
Dalberto Filho - Escola de Formação SEE/MG
Isabella Siqueira - Escola de Formação SEE/MG
Samuel Soares - Escola de Formação SEE/MG
AUTORIA MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
Luciana Tenuta (coordenadora) - Mathema
Maria Ignez Diniz (coordenadora) - Mathema
Fernanda Saeme - Mathema
Marcio Lucio Cezar - Escola de Formação SEE/MG
Rodrigo Moroze
Thiago Viana - Mathema
LEITURA CRÍTICA
Eliane Aguiar (LGG)
Michele Borges (MAT)

2 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Sumário

APRESENTAÇÃO 3
Introdução 4
Ementa 4
Abordagem Pedagógica 4
Obje vos de Aprendizagem 6

Planejamento 7

Cultura e Cidadania- LGG 11


1º Bimestre - Curadoria e análise de mídias: jornais diários e temas da cidadania global 11
2º Bimestre - Planejamento de observatórios das mídias 16
3º Bimestre - Coleta de dados de observação das mídias 19
4º Bimestre - Divulgação de dados de observação das mídias 23

Cidadania e Inclusão- LGG 27


1º Bimestre - Apreciação e análise de movimentos ar s cos e culturais engajados em temas da
cidadania global: o exemplo do Hip Hop 27
2º Bimestre - Apreciação e análise da poesia e da música na denúncia de questões sociais 32
3º Bimestre - Cultural corporal urbana: cidadania e culturas juvenis 35
4º Bimestre - Análise de recursos de charges, memes e grafites na denúncia e mobilização para temas
da cidadania global 38

Linguagem matemá ca na construção da cidadania- MAT 43


1º Bimestre - Inves gação sobre diferentes redes sociais e o uso da linguagem matemá ca nessas
redes para a defesa de causas voltada à cidadania global 44
2º Bimestre - Análise de índices rela vos à cidadania global com a inves gação de modelos
matemá cos capazes de explicar fenômenos. 48
3º Bimestre - Análise crí ca de diversas informações e falácias 51
4º Bimestre - Curadoria de informações, análises de gráficos equivocados e criação de infográficos 54

Matemá ca como instrumento de pesquisa - MAT 58


1º Bimestre - Caracterização de uma pesquisa esta s ca 59
2º Bimestre - Processos de uma pesquisa esta s ca 62
3º Bimestre - Planejamento e apresentação de uma pesquisa esta s ca 66
4º Bimestre - Divulgação dos resultados da pesquisa para a comunidade escolar 69

REFERÊNCIAS 73

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APRESENTAÇÃO
O I nerário Forma vo é composto por Unidades Curriculares, que se organizam em
Componentes Curriculares. As Unidades Curriculares se estruturam de duas formas: aquelas
que são man das na matriz ao longo do ensino médio, como o Projeto de Vida e a Preparação
para o Mundo do Trabalho, e aquelas que permitem a escolha anual pelos estudantes, como as
Ele vas e o Aprofundamento nas Áreas do Conhecimento.
O I nerário Forma vo, parte diversificada do Currículo Referência de Minas Gerais, tem
uma função importante na trajetória escolar dos estudantes, pois estabelece o diálogo com os
contextos de vida dos jovens e com a realidade atual. Assim, um dos principais propósitos do
Aprofundamento nas Áreas do Conhecimento é a promoção de abordagens prá cas e
contextualizadas , valorizando os saberes trazidos pelas Áreas do Conhecimento.
Ao conectar os saberes da Formação Geral Básica (Geografia, História, Sociologia,
Filosofia, Química, Artes, Educação Física, Matemá ca etc.) e o Projeto de Vida dos estudantes,
o Aprofundamento nas Áreas do Conhecimento tem como obje vos: produzir conhecimentos,
criar possibilidades de aprofundar e ampliar aprendizagens, intervir na realidade sociocultural,
incen var a ação de empreender, como uma a vidade profissional ou ter a si mesmo como
objeto desse empreender, isto é, empreender-se.
Cada Unidade Curricular do Aprofundamento nas Áreas do Conhecimento é composta
por 4 Componentes Curriculares. A unidade curricular Aprofundamento nas Áreas do
Conhecimento para o 1º ano diurno oferta componentes curriculares de cada uma das 4 áreas
para todas as turmas da rede. Para o 2º ano, em 2023, mantém-se a estrutura de oferta de 4
componentes curriculares, porém organizados de formas diversas que possibilitaram 9 arranjos
dis ntos, assegurando que os estudantes possam, com as equipes escolares, escolher qual dos
Aprofundamentos é mais compa vel com seu projeto de vida. Neste documento, o professor
encontrará as orientações para a implementação do Aprofundamento em LGG e MAT, contendo
cada um a seguinte estrutura:
● Introdução à unidade curricular;
● Ementa do macrotema;
● Abordagem pedagógica;
● Obje vos de aprendizagem;
● Planos de curso contendo sugestões de organização de trabalho com subtemas,
habilidades gerais, específicas e estratégias de ensino aprendizagem.

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Introdução
O Aprofundamento em Linguagens e suas Tecnologias e Matemá ca e suas Tecnologias é
uma unidade curricular formada por quatro componentes curriculares orientados para a
reflexão sobre a cidadania global, o nosso pertencimento a uma comunidade mais ampla, ao
conceito de humanidade comum e às prá cas voltadas para as questões locais e globais. A
unidade busca fomentar competências e habilidades de pesquisa, inves gação e criação sobre
mul culturalismo, inclusão social, sustentabilidade e a vidades econômicas.

Ementa

Macrotema: “CIDADANIA GLOBAL”


O Aprofundamento em Linguagens e suas Tecnologias e Matemá ca e suas Tecnologias
busca integrar duas áreas do conhecimento que, à primeira vista, podem parecer distantes, mas
que possuem interseções profundas. Nesta unidade curricular, obje vamos ampliar a reflexão
crí ca e as prá cas relacionadas ao exercício da cidadania por meio de a vidades de
inves gação e pesquisa, criação ar s co-cultural e proposição de intervenções locais. Assim, a
Matemá ca ganha novos significados como instrumento prá co para as ações co dianas
essenciais para a apropriação e ocupação sistema zada dos mais diversos espaços.

Abordagem Pedagógica
A unidade curricular Aprofundamento em Linguagens e suas Tecnologias e Matemá ca e
suas Tecnologias se desdobrará em quatro componentes curriculares: Cultura e Cidadania,
Cidadania e Inclusão, Linguagem Matemá ca na Construção da Cidadania e Matemá ca como
Instrumento de Pesquisa. Esses componentes são de caráter anual e se ar culam por meio do
tratamento integrado de temas da cidadania global, promovendo olhares crí cos sobre as
intersecções entre as linguagens e a matemá ca, na produção e circulação de discursos sobre
questões que afetam os direitos humanos, a jus ça social e a cultura de paz, em âmbito
internacional, nacional e local.
No componente Cultura e Cidadania a proposta é que os estudantes vivenciem a criação
e divulgação de um observatório das mídias, assumindo protagonismo na difusão e leitura
crí ca da produção midiá ca sobre temas da cidadania global. Os estudantes serão convidados
a observar vieses econômicos, polí cos e ideológicos dos discursos midiá cos, além de

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refle rem sobre o papel dos atores sociais das mídias tradicionais e alterna vas, na circulação
de discursos sobre temá cas como direitos humanos, manifestação e combate a discriminações,
preconceitos e desigualdades sociais. O intuito é criar um contexto pedagógico que favoreça o
reconhecimento do papel fundamental da leitura crí ca das mídias, incluindo o uso de dados
oriundos de pesquisas que usam recursos da matemá ca, ampliando a autonomia do jovem
para tomar decisões informadas e comprome das com a diversidade cultural e a cultura de paz.
O componente também tem papel importante na ar culação das aprendizagens e produções
presentes nos demais componentes da unidade curricular.
No componente Cidadania e Inclusão a reflexão compreenderá o papel das diferentes
linguagens (ar s cas, corporal e verbal), na denúncia e mobilização da sociedade sobre
situações que ferem direitos garan dos na noção de cidadania global. O componente enfoca o
valor das prá cas ar s cas e culturais na resistência de grupos culturais tradicionalmente
marginalizados, tendo como exemplo a criação, difusão e transformação do movimento Hip Hop
em âmbito internacional, nacional e local. Ao longo do ano le vo, de forma integrada aos
demais componentes da unidade curricular, o componente aborda o modo como os sujeitos
que produzem poesia, música, dança e artes visuais também são os sujeitos cujas realidades e
iden dades são objetos da pesquisa, com recursos matemá cos e da circulação de dados e
indicadores numéricos nas mídias.
No componente Linguagem Matemá ca na Construção da Cidadania pretende-se
trabalhar com a linguagem matemá ca presente na vida dos estudantes e como ela pode
fomentar o pensamento crí co e é co, de forma a promover a dignidade social. Desta forma, os
estudantes podem se sen r mais inseridos e par cipa vos no desenvolvimento das suas ações
como cidadãos plenos de direitos. Além disso, os professores devem explorar temas como a
sustentabilidade, o a vismo social, a urbanização, a emissão de gases tóxicos e outras propostas
que envolvam a educação global e que criem hábitos e responsabilidades nos estudantes para
ações atuais e futuras.
No componente Matemá ca como Instrumento de Pesquisa a discussão se concentrará
no uso de métodos e técnicas de inves gação e criação, a par r da realidade do mundo atual.
U lizará dados esta s cos, tais como tabelas e diferentes pos de gráficos, em que cada
informação representa situações ou problemas vivenciados pela humanidade, gerando análises

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reflexivas e crí cas sobre a realidade global e local, com ações de intervenção sociocultural.
Propõe-se a construção de textos, análises e conclusões e a discussão sobre contextos
socioeconômicos da população.

Obje vos de Aprendizagem


Ao final do ano le vo, espera-se que os estudantes sejam capazes de:
➢ Compreender o processo de construção e exercício da cidadania, da inclusão na
realidade global e local, por meio das linguagens, inclusive a da matemá ca;
➢ Intervir em prá cas sociais, culturais, de pesquisa, inves gação e criação, aplicando o
aprendizado sobre cidadania global;
➢ Argumentar com fundamentação dados e informações provenientes de mídias diversas e
de publicações cien ficas sobre temas e questões rela vos à cidadania;
➢ Ampliar avaliação crí ca sobre os vieses de tratamento de temas da cidadania global nas
mídias;
➢ Compreender o papel da leitura crí ca das mídias na construção da autonomia para
tomar decisões informadas e comprome das com os direitos humanos e a cultura de
paz;
➢ Ques onar o papel de atores sociais das mídias;
➢ Compreender a apropriação par cipa va dos meios de comunicação e informação como
a tude que favorece o alcance da cidadania;
➢ Criar recursos comunica vos como página web, podcasts, canais de vídeo, entre outros,
para mobilizar a comunidade sobre temas da cidadania global;
➢ Apreciar e experimentar produções ar s cas e culturais, especialmente das culturas
juvenis, que propõem a afirmação de iden dades, valores e direitos em respeito à
cidadania e à democracia;
➢ Difundir resultados de pesquisas esta s cas formais e produções midiá cas sobre temas
da cidadania global.

Quadro- síntese 1 da unidade curricular do Aprofundamento em LGG + MAT


Macrotema
Unidade curricular Componente curricular n° de aulas
norteador
Aprofundamento Cidadania Global Cultura e cidadania (LGG) 2 aulas semanais
em Linguagens e
suas Tecnologias e Cidadania e Inclusão (LGG) 2 aulas semanais
Matemá ca e suas
Tecnologias Linguagem matemá ca na construção 2 aulas semanais
da cidadania (MAT)

Matemá ca como instrumento de 2 aulas semanais


pesquisa (MAT)

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Planejamento
Este plano de curso se des na ao desenvolvimento do trabalho integrado entre os
componentes Cultura e Cidadania (LGG), Cidadania e Inclusão (LGG), Linguagem matemá ca na
Construção da Cidadania (MAT) e Matemá ca como instrumento de pesquisa (MAT), que
compõem o aprofundamento integrado de Linguagens e suas Tecnologias e Matemá ca e suas
Tecnologias. O documento apresenta sugestões de desenvolvimento do aprofundamento das
aprendizagens, sempre considerando os ajustes e autoria docentes, em relação aos diferentes
contextos educacionais e escolas da rede mineira.
Durante o ano le vo, cada componente dispõe de 80 horas/aula distribuídas igualmente
em quatro bimestres, sendo dois tempos de aula semanais para cada um.
O trabalho integrado se dá pela mobilização de competências e habilidades comuns, pela
adoção conjunta de uma concepção de educação que valoriza o protagonismo dos estudantes,
bem como a capacidade de uso crí co dos conhecimentos e habilidades das diferentes áreas,
para o posicionamento fundamentado frente a questões atuais e para a conscien zação do
jovem estudante sobre sua forma de pensar e enfrentar as mais diversas situações em sua vida
ou de sua comunidade, considerando em seu projeto de vida, as prá cas de linguagens e o
conhecimento matemá co.
As aprendizagens são aprofundadas, na medida em que os estudantes são convidados a
mobilizar habilidades dos eixos estruturantes de inves gação cien fica, processos cria vos,
empreendedorismo e mediação e intervenção sociocultural, além de trabalharem com objetos e
procedimentos específicos de cada área, aplicados a questões da cidadania global. Tudo para
que os jovens se percebam responsáveis e assumam papéis a vos na construção de sociedades
mais pacíficas, tolerantes, inclusivas e seguras.
A centralidade do jovem e a flexibilidade, que caracterizam os aprofundamentos, se
concre zam em espaços de escolha e protagonismo dos jovens presentes nas sugestões de
estratégias de ensino. Os estudantes, orientados pelos professores dos diferentes componentes,
são convidados e incen vados a se posicionar, criar, decidir, nos mais diversos momentos de
cada percurso. Para isso, as metodologias propostas priorizam a par cipação a va do estudante
nos processos de busca de informações, organização, planejamento e tomada de decisões, para

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a escolha de focos de estudo, obtenção de dados sobre as questões da cidadania global, para a
proposição de ações socioculturais, baseadas em dados e pesquisas, e para a divulgação de suas
propostas na forma de mídias diversas, em um processo imbricado de inves gação e de criação.
Os quatro componentes deste aprofundamento foram planejados de modo integrado, ou seja,
apesar de cada um ter um foco mais definido, a cada bimestre as sugestões deste plano u lizam
os mesmos processos fundamentais para o desenvolvimento de habilidades, privilegiando
prá cas contemporâneas de linguagens e considerando as culturas juvenis, os novos
letramentos e os mul letramentos, a pesquisa mais estruturada para a obtenção de dados e os
processos colabora vos de aprendizagem.
Além disso, a complementaridade entre os componentes se dá também na forma de
uma produção comum, denominada Observatório das Mídias. Ela será orientada e
processualmente produzida no componente Cultura e Cidadania, bem como terá caráter de
divulgação dos conhecimentos, conclusões e propostas de intervenção sociocultural dos
estudantes, saberes esses promovidos pelos outros três componentes da unidade curricular.
Outro fator de integração entre os quatro componentes é o trabalho com habilidades
dos eixos estruturantes dos i nerários forma vos: inves gação cien fica, processos cria vos,
mediação e intervenção sociocultural e empreendedorismo. As habilidades desses eixos serão
desenvolvidas em a vidades que trabalham as relações entre a linguagens e a linguagem
matemá ca, tomadas como ferramentas que possibilitam a leitura e intervenção do mundo e a
par cipação cidadã.
A lógica de cada componente está descrita na Introdução deste plano, já a lógica da
jornada que será vivenciada pelos estudantes, ao longo do ano le vo, está presente no quadro a
seguir, no qual é possível entender o percurso do estudante, bimestre a bimestre. A descrição de
cada bimestre está na introdução e nos parágrafos que introduzem os bimestres, nos quadros
rela vos a cada componente.
No entanto, vale destacar que o componente Cultura e Cidadania possui um papel
diferenciado neste aprofundamento, pois tem o papel de agregar conhecimentos e produções
dos estudantes dos outros três componentes. Este componente além de tratar o conceito de
cidadania global e estruturar o observatório das mídias, é responsável pela orientação da

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produção dos jovens em uma mídia escolhida por eles para a divulgação dos dados do
observatório das mídias e mobilização da comunidade frente aos desafios da cidadania global.
Para que esse plano possa ser, de fato, um instrumento de apoio a prá cas
comprome das com a formação integral dos estudantes é aconselhável que ele seja estudado
por todos os docentes responsáveis por ele, facilitando caminhos para o planejamento
integrado e para a autoria dos educadores. É imprescindível que a Coordenação Novo Ensino
Médio estabeleça ações para favorecer a interlocução entre os docentes.
Por úl mo, mas não menos importante, a avaliação precisa ganhar todos os contornos
para ser processual e forma va, uma vez que ela é também um fator de integração entre os
componentes. Sabendo que se trata de um jovem sendo avaliado por quatro componentes de
um mesmo aprofundamento e que o papel de protagonismo dele é essencial para sua formação
integral, o estudante precisa ser o centro do processo de avaliação. Nas sugestões de estratégias
de ensino, há indicações de produções, apresentações, trabalhos de grupo para pesquisa,
inves gação, modelagem e criação dos estudantes, que observadas e analisadas pelos
professores podem gerar evidências dos avanços e necessidades de aprendizagem, em direção
às competências e habilidades propostas. Por isso, é importante o registro sistemá co, pautado
por rubricas construídas pelo professor, de modo que ele possa acompanhar cada estudante, ao
longo do percurso dos componentes. Um caderno ou um arquivo virtual podem organizar os
registros, de modo que, a cada momento de devolu va avalia va, o docente possa trazer
contribuições aos jovens, pautadas pelos obje vos de aprendizagem. De modo homólogo,
deve-se es mular a construção de registros pelos próprios estudantes, materializados em
cadernos de bordo, produções individuais e cole vas e registros de autoavaliação.

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Quadro- síntese 2 da unidade curricular do Aprofundamento em LGG + MAT

Cidadania Global

Linguagem
Bimestres Cidadania e Matemá ca como
Cultura e matemá ca na
Inclusão (LGG) instrumento de
cidadania (LGG) construção da
pesquisa (MAT)
cidadania (MAT)

Apreciação e
Inves gação sobre
análise de
diferentes redes
movimentos
Curadoria e análise sociais e o uso da Caracterização de
ar s cos e
de mídias: jornais linguagem uma pesquisa
1º bim culturais engajados
diários e temas da matemá ca para esta s ca
em temas da
cidadania global defesa de causas
cidadania global: o
voltadas à
exemplo do Hip
cidadania global.
Hop.

Planejamento e Análise de índices


criação de rela vos à
Apreciação e
observatório das cidadania global
análise da poesia e Processos de uma
mídias na prá ca. com a inves gação
2º bim da música na pesquisa
de modelos
denúncia de esta s ca
matemá cos
questões sociais.
capazes de explicar
fenômenos.

Apreciação e Análise crí ca de Planejamento e


Coleta de dados de
análise da cultura diversas apresentação de
3º bim observação das
corporal urbana na informações e uma pesquisa
mídias.
defesa de direitos. falácias. esta s ca

Análise de recursos
Curadoria de
de charges, memes Divulgação dos
Divulgação de informações,
e grafites na resultados da
dados de análises de gráficos
4º bim denúncia e pesquisa para a
observação das equivocados e
mobilização para comunidade
mídias. criação de
temas da cidadania escolar.
infográficos.
global.

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Cultura e Cidadania- LGG

LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS E


MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

CIDADANIA GLOBAL

Cultura e cidadania - LGG

1º Bimestre 2º Bimestre 3º Bimestre 4º Bimestre

Curadoria e análise de Planejamento e criação Coleta de dados de Divulgação de dados de


temas da cidadania global de observatório das observação das mídias observação das mídias
em jornais diários e redes mídias na prá ca
sociais

1º Bimestre - Curadoria e análise de mídias: jornais diários e temas da cidadania global

O componente tem como fio condutor o planejamento, criação e mediação cultural de


um observatório das mídias. Para garan r que a jornada do estudante seja encadeada até a
produção final, é importante estabelecer combinados e apresentar o plano de curso de todo o
ano le vo para os estudantes. Desta forma, eles podem se envolver no planejamento das
produções e ter clareza de como cada bimestre representa uma etapa da produção autoral de
um observatório das mídias, incluindo sua divulgação na comunidade, com o obje vo de
mobilizar para temá cas da cidadania global. O componente lidera essa produção, que é
alimentada, de forma integrada pelos demais componentes da unidade curricular.
Para garan r o arquivamento dos registros e etapas dessa produção, recomenda-se
orientar os estudantes, individualmente e em grupos de trabalho, a criar um repositório sico ou
digital das produções. Um caderno de bordo, em que cada estudante poderá realizar registros
de aprendizagens individuais e cole vas, também é indicado e pode funcionar como espaço de
registro das aprendizagens de todos os componentes da unidade curricular.
No primeiro bimestre, por meio de vivência prá ca de observação de jornais diários e de
redes sociais, os estudantes serão mobilizados sobre a importância da crí ca das mídias,

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especialmente quando seus conteúdos tratam superficialmente ou simplesmente invisibilizam


temas da cidadania global como os direitos humanos e o combate a preconceitos, estereó pos e
discriminações. No segundo bimestre, os estudantes irão mergulhar no estudo de observatórios
das mídias, com intuito de compreender suas intencionalidades, formatos e metodologias de
inves gação, além de conhecerem inicia vas nacionais e globais que possam inspirar o
planejamento do próprio observatório. No terceiro bimestre, o foco será a observação de jornais
televisivos e podcasts no ciosos. Os estudantes também se dedicarão ao estudo de estratégias
de divulgação e interação da comunidade com os dados produzidos no observatório. No quarto
bimestre, propõe-se a finalização do relatório dos dados dos observatórios de mídias criados
pelos estudantes e sua publicação, em formatos escolhidos pelos jovens como sites, blogs,
vídeos ou podcasts. Além disso, eles se dedicarão ao planejamento e execução da divulgação do
observatório, em evento de interação com a comunidade. Espera-se que você, professor, apoie
os estudantes nessa jornada, selecionando e aprimorando as sugestões a seguir, de acordo com
sua turma e seus conhecimentos profissionais.
No 1º Bimestre, o componente Cultura e Cidadania promove prá cas de curadoria,
leitura e análise de no cias e reportagens que circulam em redes sociais e as publicadas em
jornais diários nacionais e internacionais. O obje vo é mobilizar os estudantes para a
importância da leitura crí ca das mídias, por meio de vivências introdutórias à criação de
observatórios das mídias, produção integrada que será alimentada, ao longo do ano, pelos
componentes da unidade curricular. Os estudantes irão vivenciar, de modo ainda introdutório,
prá cas de monitoramento e leitura crí ca das mídias e, a par r destas vivências, refle rão
sobre a necessidade de olhares atentos e crí cos para o modo como a informação é produzida e
circula nas mídias.

1º Bimestre - Cultura e Cidadania


Curadoria e análise de mídias: jornais diários e temas da cidadania global

Sugestão de subtemas:
➢ Projetos editoriais e circulação da informação em jornais diários;
➢ Circulação da informação em redes sociais;
➢ Observação e análise crí ca de no cias;
➢ Novas tecnologias e o campo jornalís co midiá co;
➢ Curadoria da informação;
➢ Temas da cidadania global no campo jornalís co midiá co.

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Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Eixo Inves gação Cien fica


(EMIFCG01) Iden ficar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
cri cidade e é ca, inclusive u lizando o apoio de tecnologias digitais.
(EMIFCG02) Posicionar-se com base em critérios cien ficos, é cos e esté cos, u lizando dados, fatos e
evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas,
coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia, jus ça social,
pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes

Eixo Inves gação Cien fica


(EMIFLGG01) Inves gar e analisar a organização, o funcionamento e/ou os efeitos de sen do de enunciados e
discursos materializados nas diversas línguas e linguagens (imagens está cas e em movimento; música;
linguagens corporais e do movimento, entre outras), situando- os no contexto de um ou mais campos de atuação
social e considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Orientar os estudantes a listar, em seus cadernos de bordo ou na lousa, veículos de mídias que usam se
para se informar, tais como: redes sociais, jornais diários impressos ou online, jornais televisivos etc..).
Questões orientadoras podem envolver: os meios de comunicação em ordem de preferência; o número
de horas dedicadas pelos jovens à TV e às outras mídias, para se informar; os mo vos que, para eles,
aproximam ou distanciam as pessoas do acompanhamento de no cias. Pode-se criar na lousa colunas,
para que os estudantes escrevam as no cias que chegaram até eles na úl ma semana; como veram
acesso a essas no cias, que temá cas foram tratadas? Que veículos de mídias costumam ler e
acompanhar? Quais são as principais mídias pelas quais chegam aos estudantes no cias e informações
sobre o que está acontecendo no bairro, cidade, estado, país e no mundo? É importante que, após a
a vidade, os registros da lousa sejam transcritos para os cadernos de bordo, pois esse levantamento
será retomado posteriormente.

2. Problema zar com os estudantes se têm ou não o hábito de variar as fontes de informação, se checam
as fontes das no cias que chegam a eles e se consideram haver vieses econômicos, sociais e culturais,
no tratamento da informação veiculada nas mídias. Esse momento pode funcionar como instrumento
de avaliação diagnós ca. Algumas perguntas mobilizadoras podem apoiar como: Como costuma checar
a veracidade ou o viés dado pela fonte da no cia, antes de considerá-la válida para compar lhar ou

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comentar com outras pessoas? Você considera as fontes de informação que costuma consultar
confiáveis? Por quê?

3. Solicitar que os estudantes levantem e problema zem quais temas estão mais presentes nas no cias
rela vas à sua comunidade. Esses temas também estão presentes nas no cias do estado, do país e do
mundo? Em que medida essas temá cas abordam questões sociais que os estudantes consideram
relevantes? Essa etapa é importante para que possam definir as temá cas que serão abordadas por eles
na construção de um observatório das mídias, produção integrada da unidade curricular.

4. Orientar os estudantes a pesquisar fontes com definições de cidadania global, em língua portuguesa,
língua inglesa e língua espanhola, e orientar a leitura e o compar lhamento de interpretações sobre
esse conceito e sua relação com os temas de no cias que chegaram a eles recentemente. Pode-se
consultar: What is global ci zenship? Disponível em:
h ps://www.oxfam.org.uk/educa on/who-we-are/what-is-global-ci zenship/. Acesso em 21 nov. 2022.

Cidadania global é… Disponível em: h ps://www.youtube.com/watch?v=jL5jgkvIANU. Podcast


Cidadania Global Disponível em: h ps://open.spo fy.com/episode/4dm5p2qhRzQq0jTU9faC0Q. Acesso
em 21 nov. 2022.

5. Promover painel de discussões sobre o conceito cidadania global e sobre as temá cas sociais que
merecem ações de fortalecimento de direitos para todas as pessoas de suas comunidades, relacionando
essas reflexões com as discussões de no cias que os estudantes costumam acessar. O obje vo é que
percebam quanto estão ou não engajados em acompanhar, por meio do consumo de informação
midiá ca, os desafios e as ações em prol de temá cas da cidadania global. Nesse momento é
importante apoiar os estudantes a reconhecerem temas de relevância comunitária como direitos sociais
que observam estarem frágeis em suas comunidades (direito à saúde, ao esporte, ao lazer, à moradia ou
a trabalho), combate a preconceitos que se fazem presentes etc.

6. Orientar os estudantes a se dividirem em grupos de trabalho, para observarem e compararem, durante


duas semanas: no cias que chegam em suas melines de redes socias e no cias de jornais de circulação
local (estadual e municipal), nacional e internacional, buscando iden ficar a presença de temas da
cidadania global: discriminação e preconceito (racial, de gênero, religioso), desigualdades (econômicas,
sociais, culturais), direitos humanos, direitos de populações (indígenas, crianças e adolescentes, idosos,
mulheres), direitos sociais (direito à saúde, à educação, ao trabalho, à moradia etc) ou outras temá cas
relevantes para o contexto escolar.

7. Promover momentos para que os grupos realizem a curadoria, leiam e discutam, de forma compara va,
as no cias presentes em suas redes sociais e em jornais diários.

8. Algumas questões orientadoras podem ser: Que no cias chamaram mais atenção? Por quê? Quais
no cias receberam mais destaque nos veículos analisados?

9. De forma integrada com o componente Matemá ca como instrumento de pesquisa, apoiar os


estudantes a iden ficar usos de dados de pesquisa representados matema camente nas no cias que
circulam em suas redes sociais e nos jornais diários que estão acompanhando e problema zar os usos
deste recurso nas no cias, suas possíveis intencionalidades e mediar as hipóteses trazidas pelos

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2º ano - Novo Ensino Médio

estudantes, incen vando-os a analisarem essas ocorrências com o contexto de produção da no cia, o
que sabem sobre o veículo, a que público se des na, entre outros aspectos

10. Mediar a análise dos projetos editoriais dos veículos selecionados pelos grupos, bem como semelhanças
e diferenças na abordagem das temá cas escolhidas por cada grupo de trabalho. Algumas questões
norteadoras para apoiar os estudantes podem ser: Quais temas são abordados em cada mídia
analisada? O conteúdo é mais no cioso ou opina vo? Há marcas de tendências polí cas na informação
veiculada? Quem são os mantenedores do veículo de mídia analisado? A iden dade dos mantenedores
afeta o projeto editorial? Há publicidade veiculada? Ela afeta ou pode afetar o tratamento da
informação?

11. Favorecer a organização dos grupos de trabalho, bem como o compar lhamento da leitura e análise de
cada tema. Uma possibilidade é orientar os estudantes a estruturar um seminário de trocas, no qual,
além de apresentarem as observações realizadas, possam compar lhar com os colegas o que
aprenderam sobre prá cas para se informar e gostaria de levar para seu co diano.

Propostas de Avaliação

A avaliação no I nerário Forma vo tem como premissa oportunizar ao estudante o desenvolvimento da


metacognição, acentuando sua natureza processual e forma va. O fato de não haver reprovação nos
componentes curriculares do I nerário Forma vo não significa que estes não devam ser avaliados. Deve-se
garan r preferencialmente a autoavaliação, bem como o feedback do professor quanto à apropriação de
habilidades e competências, visando o avanço con nuo do estudante.
Para fins técnico-didá cos, o professor deverá atribuir notas de 60 a 100 pontos anuais para cada
estudante. Assim, é primordial definir critérios para essa distribuição, demonstrando aos estudantes a
importância do processo de aprimoramento e adequação, ajustando a mediação da aprendizagem,
qualificando-a ainda mais ao perfil dos estudantes e à realidade local.

Para avaliar o desenvolvimento das habilidades (EMIFCG01) e (EMIFCG02) sugere-se orientar os


estudantes a avaliação entre pares, durante e após o seminário de trocas, no qual os grupos de trabalho irão
apresentar seus pontos de vista sobre os vieses das mídias no tratamento de tema cidadania global. Para essa
avaliação é importante dar ênfase à observação sobre como os grupos analisam o funcionamento e/ou os efeitos
de sen do que revelam vieses de cada veículo de mídia observado pela turma.
Nesta primeira etapa, para avaliação das Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos pode-se
dividir a turma em grupo A e grupo B, peça que um grupo pesquise uma no cia de interesse comum, em
seguida, os alunos deverão fazer uma explanação a respeito da no cia veiculada e logo após, o outro grupo
deverá analisar a no cia de forma crí ca. Faça uma coleta de no cias de um mesmo texto, porém com diferentes
fontes de circulação, peça para os alunos produzirem uma crí ca a respeito das diferentes linguagens u lizadas,
ou ainda, escolha um tema, dividindo a turma em dois grupos, pedindo-os para produzirem um comentário
crí co oral, que traga diferentes interpretações sobre o contexto de produção e os recursos u lizados na no cia.
Para avaliação das habilidades (EMIFLGG01) e( EMIFLGG02), sugere-se promover momento de autoavaliação
individual, no qual cada estudante possa discorrer sobre como a proposta de ler e comparar no cias e
reportagens em diferentes veículos de mídia foi significada no próprio projeto de vida. Sugere-se oferecer aos
estudantes questões orientadoras, por exemplo: As experimentações e análises vivenciadas no bimestre
possibilitaram a você o interesse e ou a ampliação de hábitos de leitura compara va de no cias e reportagens,
em diferentes veículos de mídia? Você considera que as a vidades do bimestre ampliaram seu interesse e

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2º ano - Novo Ensino Médio

posicionamento crí co sobre a circulação de no cias rela vas a temá cas da cidadania global? O que você
pretende se propor como desafio pessoal, para con nuar se informando, de modo crí co e conectado com essas
temá cas?

2º Bimestre - Planejamento de observatórios das mídias

No 2º Bimestre, o componente Cultura e Cidadania apoia os estudantes a conceituar o


papel dos observatórios das mídias como espaços de resposta social ao modo como temas da
cidadania global são abordados pelas mídias. Os estudantes terão oportunidade de conhecer
metodologias u lizadas para estruturar observatórios das mídias, incluindo a escolha de focos
temá cos, tempo de observação, po de mídia observada e definição de critérios de análise,
para ampliarem a compreensão de como se faz crí ca às mídias O esperado é que usem esses
conhecimentos para planejar e realizar um observatório das mídias. Nesse processo, sugere-se a
abordagem do tratamento dado pelas mídias à fome e à insegurança alimentar, dada a
relevância e os desafios dessas temá cas nacional e globalmente; mas você pode levantar com
os jovens outras temá cas da cidadania global que afetem mais a suas realidades.

2º Bimestre - Cultura e Cidadania


Planejamento de observatórios das mídias

Sugestão de subtemas:
➢ Crí ca de mídia;
➢ Tipos de observatórios das mídias;
➢ Observatórios das mídias e resposta social a temas da cidadania global;
➢ Focos temá cos para observação das mídias;
➢ Definição de critérios para observação das mídias;
➢ Etapas de planejamento de observatórios das mídias.

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC

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2º ano - Novo Ensino Médio

Eixo Processos cria vos


(EMIFCG04) Reconhecer e analisar diferentes manifestações cria vas, ar s cas e culturais, por meio de vivências
presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade, cri cidade e cria vidade.
(EMIFCG05) Ques onar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções cria vas,
originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incertezas e colocá-las em prá ca.
Eixo Empreendedorismo
(EMIFCG11) U lizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para estabelecer e adaptar
metas, iden ficar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para realizar projetos pessoais e produ vos com foco,
persistência e efe vidade.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes

Eixo Processos cria vos


(EMIFLGGO5) Selecionar e mobilizar intencionalmente, em um ou mais campos de atuação social, recursos
cria vos de diferentes línguas e linguagens (imagens está cas e em movimento; música; linguagens corporais e
do movimento, entre outras), para par cipar de projetos e/ou processos cria vos.
Eixo Empreendedorismo
(EMIFLGG11) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das prá cas de linguagem para
desenvolver um projeto pessoal ou um empreendimento produ vo.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Convide os estudantes a ler uma publicação de um observatório das mídias sobre um tema da cidadania
global como, por exemplo: a fome e insegurança alimentar. Sugere-se a publicação do Observatório da
Imprensa. Disponível em:
h ps://www.observatoriodaimprensa.com.br/desafios-do-jornalismo/fome-de-informacao-a-cobertura-
insuficiente-da-inseguranca-alimentar-no-brasil/. Acesso em 21 nov. 2022. Antes da leitura convide os
estudantes a compar lhar conhecimentos prévios sobre o tema, no cias que já acompanharam, bem
como seus posicionamentos sobre a extensão do problema em suas comunidades, no país e no mundo.
Depois, contextualize a proposta de leitura, apresentando a fonte e questões que irão apoiar a
interpretação cole va do texto, por exemplo. Para integrar com o componente Matemá ca como
instrumento de pesquisa pode-se solicitar que os estudantes: iden fiquem o uso de dados de pesquisa e
de esta s cas; reconheçam o recorte de tempo e de veículos midiá cos que foram analisados, bem
como o focos das análises (quan dade e qualidade da matérias analisadas); discutam a conclusão do
texto e como ela mobiliza-os sobre o papel da crí ca das mídias para a cidadania.

2. Orientar os estudantes a realizar curadoria e conhecer observatórios de mídias já consolidados no Brasil


e no mundo. Pode-se buscar referências na Rede Nacional de Observatórios de Imprensa (Renoi)
disponível em: h p://renoi.blogspot.com/ . Acesso em 21 nov. 2022.

Alguns exemplos são:


○ Observatório da Imprensa. Disponível em: h p://www.observatoriodaimprensa.com.br.
Acesso em 21 nov. 2022. Criado em 2001, divulga crí ca das mídias por meio de site no qual
apresentam análises de observação das mídias, ar gos de opinião e denúncias de vieses no
tratamento das no cias.

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2º ano - Novo Ensino Médio

○ Canal da Imprensa. Disponível em: h p://www.canaldaimprensa.com.br . Acesso em 21 nov.


2022. Criado em 2002, é ligado ao Centro Universitário Adven sta (Unasp). Envolve
professores e estudantes de graduação.
○ S.O.S. Imprensa. Disponível em: h p://www.unb.br/fac/sos. Acesso em 21 nov. 2022. Criado
em 1996, na Universidade de Brasília, assessora usuários das mídias em relação a erros e
abusos. Oferece serviço de Disque-Imprensa onde é possível relatar casos de abusos e ou erros.
○ Observatório Brasileiro de Mídia. Disponível em: h p://www.observatoriodemidia.org.br.
Acesso em 21 nov. 2022. Criado em 2004 na Escola de Comunicações e Artes da Universidade
de São Paulo em em parceria com a ONG Observatório Social e o Media Watch Global.
○ Observatório Global de Medios – Venezuela. Disponível em:
h p://www.observatoriodemedios.org.ve. Acesso em 21 nov. 2022. criado em 2002.
○ Accuracy In Media. Disponível em: h p://www.aim.org. Acesso em 21 nov. 2022. Tradicional
nos Estados Unidos com viés conservador.
○ Media Watch. Disponível em: h p://www.mediawatch.com. Acesso em 21 nov. 2022. Criado
em 1984, aborda a análise crí ca de temas sensíveis da cidadania global.
○ FAIR. Disponível em: h p://www.fair.org . Acesso em 21 nov. 2022. A Fairness and Accuracy in
Repor ng , criado em 1986, defendendo a liberdade de imprensa e a fiscalização das mídias.

3. Mediar a escolha de 4 ou 5 observatórios das mídias e apoiar a compreensão dos estudantes sobre o
modo como funcionam, em relação à escolha de focos de observação, metodologias de
acompanhamento e divulgação de dados de observação das mídias. A proposta pode ser realizada por
meio da metodologia a va rotação por estações, para que os estudantes façam a curadoria de material
de leitura e questões problema zadoras relacionadas a: necessidade de recortes de tempo, a presença
do conhecimento cien fico nas mídias e suas relações com a observação das mídias, a cobertura da
observação das mídias tradicionais e alterna vas; o po de conteúdo e mídia que o observatório
analisa, se há ou não foco em temá cas da cidadania global e dos Direitos Humanos.

4. Promover leituras e discussões de textos acadêmicos e ou de divulgação cien fica que apresentem a
origem dos observatórios das mídias; relações entres observatórios das mídias e democracia; pos de
observatórios das mídias e seus fundamentos como: a compreensão da comunicação como direito que
garante outros direitos; a importância da qualidade da comunicação na promoção de mudanças sociais;
a finalidade pública dos meios de comunicação; a importância de prá cas no campo jornalismo
midiá co é cas e confiáveis; o combate a preconceitos e discriminações; a crí ca à concentração das
mídias por grupos sociais hegemônicos; a análise crí ca do viés econômico das mídias, por exemplo, a
influência dos anunciantes e patrocinadores, a os interesses das empresas mantenedoras dos veículos e
o enfoque em no cias e temas que “vendem mais”.

5. Retomar com os estudantes a observação de redes sociais e jornais, realizada no primeiro bimestre, e
desenhar com eles uma nova coleta de observações, para que percebam se reconhecem avanços em
suas observações crí cas após o aprofundamento de estudos sobre observatórios de mídias. Cada
grupo pode selecionar um conjunto de fontes midiá cas de livre escolha e acompanhar as publicações
por duas semanas. Sugere-se a inclusão de veículos de mídia hegemônica e alterna va como, por
exemplo, produções de jovens periféricos como às citadas no Portal da Imprensa. Disponível em:
h ps://portalimprensa.com.br/os10mais/pagina36_10_projetos_de_Jornalismo_nas_Periferias.asp.

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2º ano - Novo Ensino Médio

Acesso em 21 nov. 2022. É fundamental realizar mediações, para que os estudantes iden fiquem como
as diferentes vozes sociais estão ou não presentes nas mídias, quais temas são negligenciados, de que
forma a escolha lexical direciona o leitor para determinadas interpretações da informação.

6. Mediar a integração com os componentes Matemá ca como instrumento de pesquisa e Linguagem


matemá ca, mobilizando os estudantes a iden ficar e analisar usos de dados de pesquisa e de
indicadores nas produções midiá cas analisadas.

7. Orientar os estudantes a compar lhar seus achados e avaliar o que puderam aperfeiçoar em suas
habilidades de leitura crí ca das mídias a par r do aprofundamento de estudos sobre os observatórios
das mídias.

8. Mediar, com par cipação a va dos estudantes, a con nuidade da observação das mídias, orientando-os
a construir um projeto mais detalhado para o observatório da turma (que pode abordar os temas da
cidadania global escolhidos por cada grupo) ou observatórios por grupo, com foco nesses temas. É
fundamental envolver os estudantes na elaboração do roteiro do projeto, considerando o estudo que
realizaram sobre observatórios das mídias, por exemplo: obje vos do observatório, veículos que serão
observados, temá cas, suporte que será u lizado para publicar os dados do observatório.

Propostas de Avaliação

Para avaliação do bimestre sugere-se a realização de uma discussão com uso da metodologia a va
FishBowl (metodologia do aquário). Organize as carteiras de sala em dois círculos concêntricos, no central 5 a 6
cadeiras com uma delas livre (nessa cadeira livre os estudantes do círculo externo podem entrar e sair. Definir 5
estudantes que irão iniciar a discussão no centro do círculo, a par r de comandas avalia vas relacionadas às
habilidades enfocadas no bimestre, por exemplo: 1. A observação de nossas redes sociais e dos jornais diários
ampliou nossa visão crí ca das mídias? 2. Pudemos ques onar e modificar nossas prá cas de busca, acesso e uso
da informação que circula nos jornais e redes sociais? Que novas possibilidades vislumbramos para nossos
projetos de vida como leitores crí cos de no cias? Como estamos ou não cumprindo metas pessoais diante da
produção em grupo? O que está dando certo e o que é desafio?
Enquanto os estudantes do centro debatem uma questão, os demais observam, quem quiser ocupar a
cadeira vaga entra na roda central e é escutado pelo grupo. Os estudantes do círculo externo registram a
discussão e compar lham suas opiniões na plenária final. Faça a gestão do tempo e da mudança do foco da
discussão com par cipação dos estudantes. Eles podem, inclusive, assumir a posição de mediadores. Ao final da
dinâmica peça que registrem em seus cadernos de bordo e ou repositórios comuns os principais pontos da
avaliação. Para conhecer mais sobre a metodologia acesse o link
h ps://silabe.com.br/blog/fishbowl-metodo-aquario-o-que-e-exemplos-e-como-usar-em-aula/.

3º Bimestre - Coleta de dados de observação das mídias

No 3º Bimestre, o componente Cultura e Cidadania aborda possibilidades de crí ca de


mídia, focando o jornal televisivo, canais de compar lhamento de vídeos e podcasts. Cria
oportunidade para que os estudantes deem con nuidade ao observatório das mídias. Ao

20 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

explorarem outras mídias,eles poderão construir ou aprofundar conhecimentos sobre outras


formas possíveis de divulgação para o observatório, para que possam, durante o 4º bimestre,
sistema zar os dados da observação, divulgar e interagir com a audiência do observatório criado
por eles.

3º Bimestre - Cultura e Cidadania


Coleta de dados de observação das mídias

Sugestão de subtemas:
➢ Coleta de dados de observação das mídias;
➢ Parâmetros de análise de dados de observação das mídias;
➢ Análise de discursos no campo jornalís co midiá co;
➢ Sistema zação e divulgação de dados de observação das mídias;
➢ Ferramentas para publicação e interação com leitores de observatórios das mídias.

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Eixo Inves gação Cien fica


(EMIFCG01) Iden ficar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
cri cidade e é ca, inclusive u lizando o apoio de tecnologias digitais.
Eixo Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, iden ficando e incorporando
valores importantes para si e para o cole vo que assegurem a tomada de decisões conscientes, consequentes,
colabora vas e responsáveis.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes

Inves gação Cien fica


(EMIFLGG01) Inves gar e analisar a organização, o funcionamento e/ou os efeitos de sen do de enunciados e
discursos materializados nas diversas línguas e linguagens (imagens está cas e em movimento; música;
linguagens corporais e do movimento, entre outras), situando-os no contexto de um ou mais campos de atuação
social e considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.
Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFLGG07) Iden ficar e explicar questões socioculturais e ambientais passíveis de mediação e intervenção por
meio de prá cas de linguagem.
(EMIFLGG08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das prá cas de linguagem para
propor ações individuais e/ou cole vas de mediação e intervenção sobre formas de interação e de atuação
social, ar s co-cultural ou ambiental, visando colaborar para o convívio democrá co e republicano com a
diversidade humana e para o cuidado com o meio ambiente.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

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2º ano - Novo Ensino Médio

1. Propor que os estudantes retomem os registros que realizaram no primeiro bimestre sobre as formas
pelas quais se informam sobre acontecimentos e questões sociais e oriente-os a compar lhar em
grupos: Quais jornais televisivos, canais de vídeo e podcasts conhecem e acompanham; por que
mo vos escolhem esses veículos; quais pos de conteúdos são veiculados nessas mídias; se percebem
vieses econômicos e polí cos na veiculação da informação presente nestes veículos; que evidências
possuem disso; quem são os mediadores das no cias? (apresentadores, repórteres, comentaristas,
pessoas entrevistadas etc…)

2. Mediar apreciação de podcasts que tecem análises crí cas de jornais televisivos, como, por exemplo,
essa referência: Podcast de análise do Jornal Nacional. Disponível em:
h ps://www.brasildefatomg.com.br/2021/11/29/ep-32-edicoes-de-19-a-25-11-21. Acesso em 21 nov.
2022. Questões orientadoras para essa apreciação podem ser: Qual o foco da análise crí ca? Que
recursos são u lizados para construir os argumentos que evidenciam vieses no tratamento da
informação? Há u lização de dados de pesquisa para apoiar a argumentação sobre os vieses no
tratamento da informação?

3. Orientar os estudantes a realizar a curadoria de jornais televisivos e de jornais veiculados em canais de


vídeo, para observação. Peça que considerem produções hegemônicas e alterna vas com diferentes
projetos editoriais. É possível propor que cada grupo acompanhe um jornal e depois construa uma
tabela compara va cole vamente ou que cada grupo acompanhe 3 ou 4 jornais, iden ficando temas
abordados e recursos das diferentes linguagens para direcionar a atenção do espectador. Em integração
com a área de matemá ca, sugere-se orientar os estudantes a produzir dados esta s cos sobre os
temas abordados em cada veículo, o tempo dedicado a cada tema, pois essas informações podem
apoiar o levantamento de hipóteses explica vas sobre os vieses da no cia.

BBC News Brasil. Disponível em: h ps://www.youtube.com/@BBCNewsBrasil. Acesso em 21 nov.


2022.
RadioBandNewsFM. Disponível em: h ps://www.youtube.com/@RadioBandNewsFM . Acesso
em 21 nov. 2022.
Record News. Disponível em: h ps://www.youtube.com/@recordnews . Acesso em 21 nov.
2022.
G1. Disponível em: h ps://www.youtube.com/@user-sz9 8xw6e. Acesso em 21 nov. 2022.
Brasil247. Disponível em: h ps://www.youtube.com/@brasil247. Acesso em 21 nov. 2022.
UOL. Disponível em: h ps://www.youtube.com/@uol . Acesso em 21 nov. 2022.
ICL No cias. Disponível em: h ps://www.youtube.com/@Ins tutoConhecimentoLiberta . Acesso
em 21 nov. 2022.
4. Orientar os estudantes a analisar elementos das diferentes linguagens: escolhas lexicais, expressões
u lizadas pelos apresentadores, formatação gráfica, cores, imagens escolhidas, enquadramentos,
recursos de edição. Oriente-os também a considerarem o contexto de produção (quem é o veículo, a
que público se des na, com que recursos produz e circula conteúdos), para formularem hipóteses sobre
por que determinados conteúdos foram escolhidos e para compararem o tratamento dado às no cias
em cada veículo, quanto às escolhas de recursos de linguagens, possíveis intencionalidades e efeitos de
sen dos.

5. Mediar a comparação do modo pelo qual os jornais impressos ou online observados anteriormente
tratam a no cia e como os jornais televisivos tratam. Questões problema zadoras podem envolver: Se

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2º ano - Novo Ensino Médio

consideram que a seleção das no cias poderia ser outra? Que mo vos editoriais levam cada veículo a
selecionar determinadas no cias em detrimentos de outras? Que fatos relevantes para eles são pouco
no ciados? Se consideram os jornais neutros ou tendenciosos? Como tratam questões sociais? A
opinião de grupos tradicionalmente marginalizados e ou excluídos está presente na produção das
no cias?

6. Orientar os estudantes a realizar curadoria e observação de podcasts ligados a projetos editoriais de


agências de no cias e canais de televisão. Por exemplo:

Podcast no cioso G1 Disponível em:


h ps://g1.globo.com/podcast/resumao-diario/no cia/2022/11/18/resumao-diario-423-sexta
-feira-18-de-novembro.ghtml. Acesso em 21 nov. 2022.
Podcasts ligados a jornais. Disponível em:
h ps://tmjuntos.com.br/comunicacao/12-podcasts-jornalis cos-que-voce-precisa-ouvir/.
Acesso em 21 nov. 2022.
Repaso no cioso (em espanhol) Disponível em:
h ps://podcasts.google.com/feed/aHR0cDovL3d3dy5qeWVzdHVkaW8uY29tL3JlcGFzb25vdGlj
aW9zby9mZWVkLw?sa=X&ved=0CAMQ4aUDahcKEwio-f73mb_7AhUAAAAAHQAAAAAQAQ&h
l=pt-BR. Acesso em 21 nov. 2022.
Podcasts para jornalistas (em inglês). Disponível em:
h ps://abraji.org.br/no cias/nove-podcasts-para-jornalistas. Acesso em 21 nov. 2022.

7. Orientar os estudantes a criar fichas de registro da observação que contenham: a iden ficação do
podcast - descrição da origem, po, periodicidade, duração, número de episódios, audiência, temas
abordados, recursos de áudio u lizados.

8. Mediar a integração com os componentes Matemá ca como instrumento de pesquisa e Linguagem


matemá ca, mobilizando os estudantes a iden ficar usos de dados de pesquisa e de indicadores nos
conteúdos (no cias, reportagens, infográficos) veiculados pelas mídias observadas.

9. Mediar a comparação entre a seleção de temas e os recursos u lizados nos jornais impressos ou online,
apreciados anteriormente, os jornais televisivos ou em canais de vídeos, e os podcasts no ciosos. Como
se diferenciam? Que recursos mobilizam o leitor/audiência? Como os leitores/espectadores podem
interagir com a produção?

10. Propor aos estudantes a criação de momento de compar lhamento dos achados das observações, com
experimentação de formatos que os grupos pretendem apresentar seus trabalhos finais como: sites,
blogs, podcasts, vídeos etc.

Propostas de Avaliação

Você pode finalizar o processo avalia vo, solicitando que os estudantes escolham, em grupos, uma
no cia com dados esta s cos que tenha sido analisada no bimestre, em seguida, peça que discutam e
transformem os números e informações em tomadas de decisões sobre a temá ca abordada levando em
consideração a análise crí ca experimentada no bimestre. Em seguida, oriente-os a escolher um tema que esteja
circulando nos grupos de whatsapp ou em redes sociais Facebook, Youtube, Instagram, Telegram, fazendo uma
reflexão sobre comportamentos que nham antes e depois das propostas do bimestre.

23 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

4º Bimestre - Divulgação de dados de observação das mídias

No 4º Bimestre, o componente Cultura e Cidadania enfoca a finalização, divulgação e


interação com os espectadores dos observatórios das mídias, criado pelos estudantes ao longo
do ano le vo. Além disso, os estudantes são convidados a levantar argumentos favoráveis e
contrários à proposta de um novo marco regulatório das mídias no Brasil, por meio da leitura de
referências sobre o tema e da par cipação em um debate regrado.

4º Bimestre - Cultura e Cidadania


Divulgação de dados de observação das mídias

Sugestão de subtemas:
➢ Produção de relatórios de observação das mídias com recursos mul midiá cos;
➢ Suportes para interação com audiência de observatórios das mídias;
➢ Estratégias de divulgação e engajamento de observatórios das mídias;
➢ Interação com audiência de observatório das mídias;
➢ Debate regrado;
➢ Democracia e marco regulatório das mídias.

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Eixo Processos Cria vos


(EMIFCG05) Ques onar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções cria vas,
originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incertezas e colocá-las em prá ca.
(EMIFCG06) Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias e
plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os interlocutores
pretendidos.
Eixo Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCG09) Par cipar a vamente da proposição, implementação e avaliação de solução para problemas
socioculturais e/ou ambientais em nível local, regional, nacional e/ou global, corresponsabilizando-se pela
realização de ações e projetos voltados ao bem comum.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes

Eixo Processos cria vos


(EMIFLGG05) Selecionar e mobilizar intencionalmente, em um ou mais campos de atuação social, recursos
cria vos de diferentes línguas e linguagens (imagens está cas e em movimento; música; linguagens corporais e
do movimento, entre outras), para par cipar de projetos e/ou processos cria vos.
(EMIFLGG06) Propor e testar soluções é cas, esté cas, cria vas e inovadoras para problemas reais, u lizando as
diversas línguas e linguagens (imagens está cas e em movimento; línguas; linguagens corporais e do movimento,
entre outras), em um ou mais campos de atuação social, combatendo a estereo pia, o Iugar comum e o clichê.
Eixo Mediação e intervenção sociocultural

24 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

(EMIFLGG08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das prá cas de linguagem para
propor ações individuais e/ou cole vas de mediação e intervenção sobre formas de interação e de atuação
social, ar s co-cultural ou ambiental, visando colaborar para o convívio democrá co e republicano com a
diversidade humana e para o cuidado com o meio ambiente.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Solicitar que os estudantes reúnam os registros de observações das mídias realizados anteriormente e
que realizem a curadoria de quais gostariam de u lizar na finalização do observatório das mídias. Nesse
momento, sugere-se propor que construam rubricas de avaliação do processo de observação das
mídias, para que possam avaliar o que conquistaram e como gostariam de avançar nesse úl mo
bimestre. Veja algumas sugestões no item sobre a avaliação.

2. Orientar os estudantes a decidirem os gêneros e recursos mul midiá cos que irão u lizar para publicar
os dados de observação das mídias, realizadas ao longo do ano. É importante que possa haver
diversidade nas escolhas: podcast, vídeo, website. Se for necessário, apoie cada grupo a retomar às
caracterís cas desses meios e de seus gêneros, bem como de recursos das diferentes linguagens que
poderão usar.

3. Mobilizar os estudantes a construir cronogramas de trabalho para finalizarem os relatórios de


observação, considerando os tempos de aula disponíveis no bimestre, bem como a possibilidade
divulgar a produção para a comunidade e interagir com ela. Reforce com os grupos que a produção deve
incluir obje vos de conscien zação e ou ações de defesa dos direitos humanos e da cidadania global,
relacionados às necessidades da comunidade escolar. Essa escolha deve ter sido bem pactuada com a
turma no início do ano le vo, desde os primeiros exercícios de observação das mídias. Lembre os grupos
sobre a incorporação de conhecimentos construídos nos demais componentes da unidade curricular,
especialmente os dados de pesquisa e indicadores discu dos nos componentes da área Matemá ca.

4. Problema zar com os estudantes o que sabem sobre a legislação brasileira rela va às mídias e sobre a
proposta de estabelecer um novo marco regulatório das mídias, bem como a opinião que têm sobre o
tema. Lançando mão da metodologia a va resolução de problemas, oriente os grupos de trabalho a
discu r questões como: É preciso que o Estado crie mecanismos de regulação das mídias? Por quê? Até
onde pode ir a liberdade de expressão? Regular as mídias é promover a censura? Após a discussão em
pequenos grupos, orientar a realização de uma plenária para discussão do tema, incluindo a listagem de
argumentos pró e contra a regulação das mídias.

5. Mobilizar os estudantes a avaliar se os argumentos levantados pela turma são consistentes e convidar
os estudantes a realizar a curadoria de textos, vídeos, podcasts que podem oferecer a eles a ampliação
de argumentos e o debate mais informado sobre o tema.

6. Propor que os estudantes vivenciem um Word Café no qual possam discu r os materiais levantados na
curadoria. Para saber mais sobre essa metodologia a va faça um levantamento na internet, buscando
referências sobre como orientar os estudantes a vivenciar a estratégia. Lembre-se de apoiar os
estudantes a eleger os anfitriões de cada mesa do Word Café a produzirem registros cole vos.

Caso queira, acesse publicações sobre como facilitar um Word Café: Como facilitar um World Café? |
Paula Manzo Scramin | Medium, disponível em:
h ps://medium.com/@paulamanzo scramin/como-facilitar-um-world-caf%C3%A9-b44a1a2ff336 e A

25 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

dinâmica do World Café | edisciplinas USP. Disponível em:


h ps://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3116723/mod_resource/content/1/world-cafc3a9.pdf

Algumas possibilidades de fontes para as mesas de trabalho do Word Café são:


Marco Regulatório da Mídia. Disponível em:
h ps://primeirano cia-faalc.ufms.br/podcast/marco-regulatorio-da-midia/4/. Acesso em 21 nov. 2022.
Regulação da mídia: a favor ou contra? Disponível em:
h ps://abraji.org.br/no cias/regulacao-da-midia-a-favor-ou-contra. Acesso em 21 nov. 2022.
O que significa regular a mídia? Disponível em:
h ps://www.bbc.com/portuguese/no cias/2014/11/141128_regulacao_midia_lab. Acesso em 21 nov.
2022.
Regulação da mídia: conheça os pontos em debate no Brasil. Disponível em:
h ps://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/no cia/2015-09/regulacao-da-midia-conheca-os-pontos-em-deb
ate-no-brasil. Acesso em 21 nov. 2022.
Regular ou não regular a mídia. Disponível em:
h ps://diariodocomercio.com.br/opiniao/regular-ou-nao-regular-a-midia/
Por que a regulamentação de mídia no Brasil é inviável? Disponível em:
h ps://www.abap.com.br/por-que-a-regulamentacao-de-midia-no-brasil-e-inviavel/. Acesso em 21 nov.
2022.
SEVERO, Leonardo Wexell. Pressão por novo marco regulatório. Brasil de Fato, 2011. Disponível em:
h ps://www.cut.org.br/system/uploads/ck/files/migracao/brasil-20de-20fato-20-20fndc.pdf. Acesso em
21 nov. 2022.

Até quando a regulação da mídia será um tabu no Brasil? Disponível em:


h ps://www.poder360.com.br/opiniao/ate-quando-a-regulacao-da-midia-sera-um-tabu-no-brasil/.
Acesso em 21 nov. 2022.
7. Mediar a avaliação do processo de curadoria e levantamento de argumentos pró e contra a regulação
das mídias, por meio de roda de conversa.

8. Orientar os estudantes a se dividirem em dois grupos para realizar um debate regrado sobre o tema. O
grupo será a favor do marco regulatório das mídias e outro contrário, para isso deverão levantar
argumentos consistentes. É importante definir com a turma as regras do debate e orientá-los a u lizar
como base as discussões e registros da a vidade anterior.

9. Promover novos momentos para a publicação dos dados dos observatórios das mídias considerando os
registros e discussões realizadas ao longo do ano le vo.

10. Finalizar com momento de apresentação pelos grupos de trabalho dos observatórios finalizados, bem
como dos resultados da interação com a comunidade por meio de comentários, eventos, presenciais ou
online,de lançamento das produções.

Propostas de Avaliação

Envolva os estudantes na construção de rubricas avalia vas, considerando as habilidades enfocadas no


bimestre e a escala: plenamente alcançado, alcançado, em desenvolvimento, não alcançado, em relação a:
1. Ampliação de habilidades de leitura crí ca das mídias;

26 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

2. Compreensão dos recursos das línguas e linguagens nas produções do campo jornalís co
midiá co;
3. Habilidade de mobilizar recursos das linguagens para par cipar da construção, divulgação e
interação com a audiência do observatório das mídias;
4. Alcance dos obje vos do observatório das mídias, considerando a interação da comunidade
com a produção final.

27 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Cidadania e Inclusão- LGG

LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS E


MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

CIDADANIA GLOBAL

Cultura e Inclusão - LGG

1º Bimestre 2º Bimestre 3º Bimestre 4º Bimestre

Apreciação e análise de Apreciação e análise da Apreciação e análise da Análise de recursos de


movimentos ar s cos e poesia e da música na cultura corporal urbana charges, memes e grafites
culturais engajados em denúncia de questões na defesa de direitos na denúncia e
temas da cidadania sociais mobilização para temas
global: o exemplo do Hip da cidadania global
Hop

1º Bimestre - Apreciação e análise de movimentos ar s cos e culturais engajados em temas


da cidadania global: o exemplo do Hip Hop

Ao par cipar das a vidades do componente, os estudantes terão a oportunidade de


apreciar, experimentar e analisar cri camente manifestações ar s cas e culturais, analisando-as
como formas de resistência de grupos tradicionalmente excluídos de direitos cidadãos e como
podem ter caráter de denúncia, ao mobilizarem a sociedade sobre situações que ferem direitos
garan dos na noção de cidadania global. As propostas irão envolver a construção e propagação
de valores democrá cos e cultura de paz, por meio da arte e da cultura. Tendo o Movimento
Hip Hop como exemplo condutor das prá cas de linguagens que serão vivenciadas, o
componente dialoga com outras prá cas ar s cas e culturais significa vas para os estudantes,
favorecendo a afirmação de iden dades e posicionamentos favoráveis à noção de cidadania
global. A integração com a área Matemá ca possibilitará aos estudantes a compreensão sobre
relações entre dados de pesquisa, indicadores matemá cos e os anseios de jovens em relação à
conquista de direitos e à transformação social por meio da arte e da cultura.
Produções do componente serão integradas à produção comum da área, pela
observação do tratamento da arte e da cultura nas mídias e pelo uso de recursos ar s cos para

28 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

a mobilização da comunidade sobre o tema tratado pelos estudantes no observatório das


mídias, por isso, recomenda-se orientar os estudantes, individualmente e em grupos de
trabalho a criar um repositório sico ou digital das produções que vão realizando, incluindo o
caderno de bordo onde cada estudante pode realizar registros de aprendizagens individuais e
cole vas, assim como será concre zado nos demais componentes da unidade curricular.
No primeiro bimestre, os estudantes irão vivenciar o compar lhamento e curadoria de
prá cas ar s cas e culturais com vistas à sensibilização para o papel da arte e da cultura na
crí ca social e na defesa de direitos relacionados à cidadania global. No segundo bimestre, os
estudantes serão convidados a aprofundar conhecimentos sobre recursos da poesia e da música
para amplificar crí ca social e defesa de direitos sociais e a relacionar dados de pesquisa sobre
situação de vulnerabilidade social e reivindicações/denúncias presentes na poesia e na música.
No terceiro bimestre, o foco serão as prá cas da cultura corporal, incluindo a dança, as prá cas
corporais urbanas e o esporte e suas relações com a afirmação da cidadania global, das
iden dades e anseios dos jovens. Os estudantes assumirão papel protagonista na proposição de
apreciações e experimentações corporais por meio da criação de oficinas para os colegas.
Experimentar danças urbanas e esportes criados por jovens.
Espera-se que você, professor, apoie os estudantes nessa jornada, selecionando e
aprimorando as sugestões a seguir de acordo com sua turma e seus conhecimentos
profissionais.

1º Bimestre - Cidadania e Inclusão


Apreciação e análise de movimentos ar s cos e culturais engajados em temas da cidadania
global: o exemplo do Hip Hop

Sugestão de subtemas:
➢ Compar lhamento de conhecimentos e experiências dos jovens com arte e cultura engajadas com
problemas e questões sociais;
➢ Tema zação histórica e cultural do movimento Hip Hop no mundo e no Brasil;
➢ Levantamento de grupos de Hip Hop em Minas Gerais e na comunidade;
➢ Apreciação da danças, letras, grafite, moda Hip Hop;
➢ Observação da presença do Hip Hop na imprensa nacional e internacional (pesquisa em sites de
periódicos).

29 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Eixo Processos Cria vos


(EMIFCG04) Reconhecer e analisar diferentes manifestações cria vas, ar s cas e culturais, por meio de vivências
presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade, cri cidade e cria vidade.
Eixo Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, iden ficando e incorporando
valores importantes para si e para o cole vo que assegurem a tomada de decisões conscientes, consequentes,
colabora vas e responsáveis.
(EMIFCG08) Compreender e considerar a situação, a opinião e o sen mento do outro, agindo com empa a,
flexibilidade e resiliência para promover o diálogo, a colaboração, a mediação e resolução de conflitos, o
combate ao preconceito e a valorização da diversidade.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes

Eixo Processos Cria vos


(EMIFLGG04) Reconhecer produtos e/ou processos cria vos por meio de fruição, vivências e reflexão crí ca
sobre obras ou eventos de diferentes prá cas ar s cas, culturais e/ou corporais, ampliando o
repertório/domínio pessoal sobre o funcionamento e os recursos da(s) língua(s) ou da(s) linguagem(ns).
Eixo Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFLGG08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das prá cas de linguagem para
propor ações individuais e/ou cole vas de mediação e intervenção sobre formas de interação e de atuação
social, ar s co-cultural ou ambiental, visando colaborar para o convívio democrá co e republicano com a
diversidade humana e para o cuidado com o meio ambiente.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Em roda de conversa, propor que os estudantes retomem o que já discu ram e compar lharam no
componente Cultura e Cidadania sobre seus hábitos de acesso à informação e problema zar seus
hábitos de se informar sobre a vidades ar s cas e culturais, se costumam ler cadernos ou seções de
cultura de jornais diários, o que circula em suas redes sociais em termos de arte e cultura. Avaliar com a
turma se conhecem páginas ou blogs, ou outros veículos midiá cos que oferecem recomendações de
arte e cultura.

2. Propor aos estudantes que observem seções e ou cadernos de arte e cultura em jornais diários,
impressos ou digitais, e a divulgação de arte e cultura em redes sociais de que par cipam. Com base
nessas observações, oriente-os a organizar um quadro compara vo que evidencie diferentes enfoques
midiá cos sobre a arte e a cultura. Oriente-os a registrar os dados no instrumento de registro, pois eles
poderão ser incorporados à produção dos observatórios das mídias.

3. Convidar os estudantes a, em grupos, organizarem recomendações culturais: playlists comentadas de


músicas, indicação de quadrinhos, vídeos de prá cas de danças, lances dos esportes, filmes, perfis de
redes sociais, referências de artes visuais e literatura que gostam e cul vam.

4. Mediar o compar lhamento das indicações entre os grupos, de modo que os estudantes possam
ampliar as referências ar s cas e culturais uns dos outros. Orientar os estudantes a observar nas
indicações a presença ou não de produções ar s cas e culturais engajadas em temá cas sociais que os

30 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

estudantes consideram relevantes, pode-se enfocar: Que valores essas produções propagam? Há
produções que reforçam preconceitos e discriminações como machismo, xenofobia, apologia à violência
etc? Há produções engajadas na defesa de direitos humanos, combate a preconceitos, defesa da cultura
de paz? Qual a origem social, o gênero e a etnia dos autores das produções ar s cas e culturais listadas
pelos grupos?

5. Levantar com os estudantes o que já discu ram sobre o conceito de cidadania global, caso a temá ca já
tenha sido abordada no componentes Cultura e Cidadania, caso o trabalho não tenha sido realizado,
apoiá-los a levantar ideias que remetem ao conceito e tecer comentários sobre como produções
ar s cas e culturais que os jovens gostam podem ser consideradas produções engajadas com temas da
cidadania global.

6. Orientar os estudantes a compar lhar processos de aprendizagens que estão vivenciando no


componente Linguagem matemá ca e Matemá ca como instrumento de pesquisa, para apoiá-los a
relacionar indicadores e dados de pesquisa que revelam desigualdades e ou questões que necessitam
de avanços em relação à conquista da cidadania global e temas abordados nas produções ar s cas e
culturais listadas anteriormente como o combate a desigualdades sociais e preconceitos raciais ou de
gênero. Caso os estudantes não tenham ainda abordado os indicadores, comentar brevemente ou
convidá-los a levantar dados numéricos sobre essas questões e a par r deles propor uma discussão
sobre a relevância da arte e da cultura na denúncia sobre desafios de alcance da cidadania global que
também aparecem nos levantamentos numéricos. Para organizar as discussões, é possível lançar mão
da metodologia a va facilitação gráfica, nessa estratégia um representante do grupo é escolhido para
representar graficamente a discussão enquanto ela acontece. Pode-se revezar os estudantes
responsáveis por essa função. Para conhecer melhor essa metodologia, é possível convidar os
estudantes para assis r a um vídeo sobre o tema, como: O que é Facilitação Gráfica - Ideia Clara
Disponível em: h ps://www.youtube.com/watch?v=ATCbwRtrIhE. Acesso em 26 nov. 2022. Para
orientar a discussão e os registros é fundamental trazer questões norteadoras, por exemplo: vocês
iden ficam músicas, danças, esportes, canções, poemas, obras de literatura e arte que exprimem
ques onamentos e ou denúncias sobre racismo, machismo, violência, preconceitos? Os dados
numéricos levantados mostram que esses temas são relevantes e ajudam a jus ficar e compreender a
produção ar s ca e cultural? Que exemplos podem ser dados sobre essas relações?

7. Selecionar com os estudantes músicas, canções, danças, esportes, obras da literatura e de arte, dentre
as listadas pelos estudantes ou outras, que tratem de questões da cidadania global. Promover a
apreciação cole va ou em grupos de trabalho, por meio da metodologia a va aprendizagem entre
pares, seguida de observação e análise individuais, em duplas ou pequenos grupos sobre recursos
expressivos e conteúdos que respondem a indicadores e dados discu dos nos componentes da área
Matemá ca e/ou que se relacionam com as no cias observadas no componente Cultura e Cidadania.

8. Promover o resgate de conhecimentos e experiências prévias dos estudantes com o Movimento Hip
Hop, apresentando o movimento como uma manifestação de arte e cultura que exprime anseios,
denúncias e reivindicações de jovens, cujos direitos de cidadania, muitas vezes, não são plenamente
atendidos.

9. Mediar a apreciação e a experimentação de produções do Movimento Hip Hop (poesia, música, dança,
moda, grafite), como arte e cultura que surge e se desenvolve para exprimir as vozes, iden dades e
direitos dos jovens negros, periféricos, pobres. Nesse momento, pode-se resgatar as origens do

31 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Movimento Hip Hop nos EUA, no Brasil, seu desenvolvimento no Estado de Minas Gerais e na localidade
da Escola para que as apreciações e experimentações sejam contextualizadas. É importante criar
propostas nas quais os estudantes sejam protagonistas de seleção de objetos de apreciação e
experimentação. O mesmo se aplica, caso você com os estudantes decidam apreciar outro movimento
ar s co e cultural. Durante todo o processo de apreciação e experimentação garanta momentos de
avaliação do processo, fazendo a escuta dos estudantes e oferecendo devolu vas cole vas e individuais.

10. Orientar os estudantes a levantarem e conhecerem a trajetória e as produções de pioneiros do Hip Hop
em Minas Gerais, como o cole vo Família de Rua, Rappers como Radical Tee, Flávio Renegado, Paulo
Soares, o DJ a Coisa, Roger Ferreira, ou DJ Roger Dee. Jovens pioneiros do break dance, como Cromado,
Eduardo Sô, Charlinho, Claudinho que compunham a Break Crazy, Eduardo Sô, MC Pelé ou de outro
movimento ar s co e cultural reconhecido por eles como significa vo para as vozes juvenis. Algumas
fontes de informação sobre o movimento Hip Hop em Minas Gerais que podem ser u lizadas são:
O fôlego do Hip-Hop mineiro | Daniel Barbosa | O Tempo. Disponível em:
h ps://www.otempo.com.br/diversao/magazine/o-folego-do-hip-hop-mineiro-1.237268
Patrimônio do rap das Gerais | Lucas Buza | O Tempo. Disponível em:
h ps://www.otempo.com.br/diversao/magazine/patrimonio-do-rap-das-gerais-1.1351099
Três décadas de Hip-Hop em BH – Parte 1 | Roger Deff | O Beltrano. Disponível em:
h ps://www.obeltrano.com.br/por olio/tres-decadas-de-Hip-Hop-em-bh/)

11. Mediar a discussão do resultado das informações que os estudantes levantaram sobre o Hip Hop ou
movimento cultural escolhido por eles como manifestação cultural de expressão das culturas juvenis e ,
de denúncia das injus ças sociais, e de afirmação de iden dades. Uma opção para concre zação deste
trabalho é a metodologia a va rotação por estações. Orientar os estudantes, em grupos de trabalho, a
reunir em estações de trabalho as informações coletadas, por exemplo: uma estação com referências
sobre a história do movimento estudado, outra com informações sobre os pioneiros na criação do
movimento cultural, outras com apreciações de produções ar s cas e culturais do movimento. Após a
rotação por estações, promover plenária de discussões e troca de percepções dos estudantes.

12. Propor aos estudantes oficinas de experimentação das linguagens verbais, ar s cas e corporais
presentes no movimento cultural escolhido por eles ou do movimento Hip Hop, caso essa seja a
escolha. Oriente cada grupo de trabalho a escolher uma produção cultural do movimento, por exemplo,
as danças das culturas juvenis. Garanta um momento, sob sua orientação, para que planejem a oficina,
considerando competências e habilidades de mediação cultural já desenvolvidas por eles. Oriente-os a
pensar em estratégias inclusivas, que permitam aos diferentes perfis de estudantes da turma se
expressar por meio da dança, independentemente da experiência anterior. Caso avalie que os
estudantes precisam de referências para apoiar o trabalho, apresente a eles algumas das dinâmicas
sugeridas em: Oficina de docência em dança | Erineusa Maria da Silva
(h ps://acervo.sead.ufes.br/arquivos/oficina-danca.pdf). Garanta momentos de avaliação entre pares,
criando momentos em que os jovens possam dar devolu vas constru vas sobre as oficinas
apresentadas pelos colegas.

Propostas de Avaliação

A avaliação no I nerário Forma vo tem como premissa oportunizar ao estudante o desenvolvimento da


metacognição, acentuando sua natureza processual e forma va. O fato de não haver reprovação nos
componentes curriculares do I nerário Forma vo não significa que estes não devam ser avaliados. Deve-se

32 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

garan r preferencialmente a autoavaliação, bem como o feedback do professor quanto à apropriação de


habilidades e competências, visando o avanço con nuo do estudante.
Para fins técnico-didá cos, o professor deverá atribuir notas de 60 a 100 pontos anuais para cada
estudante. Assim, é primordial definir critérios para essa distribuição, demonstrando aos estudantes a
importância do processo de aprimoramento e adequação, ajustando a mediação da aprendizagem,
qualificando-a ainda mais ao perfil dos estudantes e à realidade local.

Oriente os estudantes a se organizarem em duplas e reverem as indicações de arte e cultura que


produziram no início do bimestre. Depois, ler o caderno de bordo, um do outro, e oferecer ao colega uma
devolu va rela va aos avanços e necessidades de retomada de habilidades enfocadas no bimestre. Para isso,
ofereça para cada dupla o texto das habilidades e ou dos obje vos de aprendizagem apresentados para os
estudantes no início do trabalho. Essa avaliação entre pares possibilita o desenvolvimento da autonomia, do
diálogo e da aprendizagem entre pares.

2º Bimestre - Apreciação e análise da poesia e da música na denúncia de questões sociais


O foco do segundo bimestre é a apreciação e análise do papel da poesia e da música nas
culturas juvenis, tendo como exemplo o Movimento Hip Hop. Os estudantes terão oportunidade
de reconhecer o papel da palavra falada em rimas e da palavra cantada, bem como da música
nas culturas juvenis periféricas, muitas vezes, excluídas de direitos que garantem a cidadania
plena. Os jovens irão ampliar habilidades para criar suas próprias palavras faladas e cantadas
para falar de seus anseios e ques onamentos sobre temá cas da cidadania global.

2º Bimestre - Cidadania e Inclusão


Apreciação e análise da poesia e da música na denúncia de questões sociais

Sugestão de subtemas:
➢ Apreciação de poesias, letras e músicas presentes em movimentos ar s cos e culturais juvenis como o
Hip Hop;
➢ Análise de recursos expressivos da poesia e da música;
➢ Produção musical do rap e sua influência nas relações sociais, polí cas e culturais;
➢ Contextualização cultural do rap e do slam;
➢ Criação de rimas a par r de temas da cidadania global;
➢ Experimentação de batalha de rimas.

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Eixo Processos Cria vos


(EMIFCG04) Reconhecer e analisar diferentes manifestações cria vas, ar s cas e culturais, por meio de
vivências presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade, cri cidade e cria vidade.

33 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

(EMIFCG05) Ques onar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções cria vas,
originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incertezas e colocá-las em prá ca.
(EMIFCG06) Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias e
plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os interlocutores
pretendidos.
Eixo Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCG09) Par cipar a vamente da proposição, implementação e avaliação de solução para problemas
socioculturais e/ou ambientais em nível local, regional, nacional e/ou global, corresponsabilizando-se pela
realização de ações e projetos voltados ao bem comum.
Eixo Empreendedorismo
(EMIFCG10) Reconhecer e u lizar qualidades e fragilidades pessoais com confiança para superar desafios e
alcançar obje vos pessoais e profissionais, agindo de forma proa va e empreendedora e perseverando em
situações de estresse, frustração, fracasso e adversidade.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes

Eixo Processos Cria vos


(EMIFLGG05) Selecionar e mobilizar intencionalmente, em um ou mais campos de atuação social, recursos
cria vos de diferentes línguas e linguagens (imagens está cas e em movimento; linguagens corporais e do
movimento, entre outras), para par cipar de projetos e/ou processos cria vos.
Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFLGG07) Iden ficar e explicar questões socioculturais e ambientais passíveis de mediação e intervenção
por meio de prá cas de linguagem.
Eixo Empreendedorismo
(EMIFLGG10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados às várias linguagens podem
ser u lizados na concre zação de projetos pessoais ou produ vos, considerando as diversas tecnologias
disponíveis e os impactos socioambientais.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Retomar com os estudantes as produções ar s cas e culturais compar lhadas no bimestre anterior e
solicitar que destaquem a presença de grupos de rap e ou de referências à poesia criada no
movimento Hip Hop, em Língua Portuguesa ou em línguas estrangeiras (inglês e espanhol).

2. Orientar os estudantes a realizar a curadoria de redes sociais, cole vos, sites e eventos relacionados à
cultura da Hip Hop mineira e ou de outros estados brasileiros com obje vo de iden ficar
representantes pioneiros e contemporâneos do movimento, incluindo a par cipação feminina nessas
produções. Caso você e a turma avaliem ser relevante, é possível incluir referências internacionais,
mapeando ar stas do rap e da poesia urbana na América La na, dos Estados Unidos, da Europa, da
Oceania e da África, trazendo uma abordagem mul cultural ao movimento do Hip Hop. Em ambas as
escolhas, vale a pena inves r na contextualização das diferentes formas de recriação do movimento
Hip Hop.

3. Orientar os estudantes a compar lharem manifestações ar s cas e culturais presentes na


comunidade que também se valem da ocupação dos espaços da rua, como repen stas, ar stas de rua,
grupos de danças, eventos de rua e mediar reflexões crí cas sobre a representação e a
representa vidade de pessoas tradicionalmente excluídas ou marginalizadas de direitos sociais. A

34 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

ideia é que a análise compara va com o Movimento Hip Hop permita reconhecer nas produções
culturais caracterís cas de sua comunidade, bem como aspectos de resistência e empoderamento
diante de temas da cidadania global.

4. Propor aos estudantes que, em grupos, selecionem personalidades da música e da poesia encontrados
na curadoria anterior e tragam para compar lhar com os colegas o perfil do ar sta, exemplos de suas
produções e análises sobre os conteúdos da cidadania global abordados nessas produções ar s cas.
No trabalho a seguir, é possível selecionar com a turma nomes e depoimentos de rappers mineiros,
por exemplo: SILVA, Glaycon de Souza Andrade. Sons da Rua: os territórios e territorialidades dos
rappers da cena Hip-Hop belo-horizon na na úl ma década (2010-2019s 2021. Tese de Doutorado.
Pon cia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte. p. 130-150. Disponível em:
h p://www.biblioteca.pucminas.br/teses/Geografia_GlayconDeSouzaAndradeESilva_19006.pdf.
Acesso em 23 nov. 2022

5. Chamar a atenção dos jovens para que iden fiquem se em alguma ou algumas destas produções os
ar stas citam indicadores e ou dados de pesquisa rela vos a questões sociais que são abordadas nas
músicas e poemas, como por exemplo o poema de Tawane Theodoro slamer par cipante do evento
Slam Resistência

Eu Não Queria Ser Feminista | Tawane Theodoro. Disponível em:


h ps://www.youtube.com/watch?v=TUtWCloEKd8. Acesso em: 22 nov. 2022.

6. Mobilizar os estudantes a iden ficar a par cipação crescente das mulheres na produção da poesia e
da música no Movimento Hip Hop, a exemplo da Slam das Minas. Essa proposta pode acontecer por
nova curadoria de vídeos, eventos e publicações que envolvem a par cipação feminina, como:
Entrevistas de mulheres que par cipam do Slam das Minas.

Slam das Minas: mulheres na batalha poé ca. Disponível em:


h ps://www.escrevendoofuturo.org.br/blog/literatura-em-movimento/slam-das-minas/. Acesso em:
22 nov. 2022. Bem como eventos organizados pelo cole vo como a Final Slam das Minas - 2007.
Disponível em: h ps://www.youtube.com/watch?v=DbQXy_jcCXE. Acesso em: 22 nov. 2022

7. Orientar os estudantes a iden ficar temá cas da cidadania global nas poesias e no rap e a produzirem
um mural cole vo sico ou digital que apresente as produções e os temas da cidadania global
abordados. Esse mural pode ser compar lhado com outros jovens da comunidade e ser incorporado
ao observatório das mídias, caso os estudantes escolham abordar em suas produções a observação da
poesia e da música nas mídias.

8. Propor a curadoria, leitura e discussão de reportagens e no cias sobre o movimento Hip Hop em
Minas Gerais suas caracterís cas, por exemplo:

Reportagem do Jornal Estado de MInas Gerais que apresenta um mapeamento de cole vos e
eventos de Slam presentes na cena contemporânea de Belo Horizonte.
h ps://www.em.com.br/app/no cia/diversidade/2021/07/19/no cia-diversidade,1287892/g
uia-de-slams-livro-reune-historia-das-batalhas-de-poesia-na-grande-bh.shtml. Acesso em: 22
nov. 2022

35 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

SESC Rio. Slam Poetry – Batalhas de Poesia. Disponível em:


h ps://www.sescrio.org.br/no cias/cultura/slam-poetry-batalhas-de-poesia/. Acesso em: 22
nov. 2022
Podcast produzido pela rádio Brasil de Fato. Conheça o Slam, a batalha de poesias que
tomou as ruas das cidades: Homofobia, racismo, machismo e violência estão entre os temas
abordados pelos poetas urbanos. Disponível em:
h ps://www.brasildefato.com.br/2017/09/05/conheca-o-slam-a-batalha-de-poesias-que-to
mou-as-ruas-das-cidades/. Acesso em: 22 nov. 2022.
Episódio de documentário sobre os 30 anos do álbum ‘Hip-Hop Cultura de Rua’, Parte 1.
Disponível em: h ps://www.youtube.com/watch?v=p4Vpe7c7L2Q. Acesso em: 22 nov. 2022

9. Resgatar com os estudantes as aprendizagens anteriores sobre o planejamento, desenvolvimento e


avaliação de oficinas para os colegas e propor que agora desenvolvam oficinas de criação musical, de
poesias e rimas entre si. Nesse momento é importante retomar a avaliação entre pares, realizada no
primeiro bimestre, e incorporar as sugestões de avanço trazidas pelos colegas. Cada grupo pode
escolher um gênero musical ou de poesia com o qual se iden fique e contemple temas da cidadania
global e, a par r desta escolha, promover a criação de paródias musicais, de poemas sobre temas que
tocam os estudantes. Pode-se incluir uma batalha de rimas ou uma apresentação compar lhada das
criações de cada oficina, garan ndo que os estudantes par cipem a vamente da escolha dos
caminhos de apreciação e experimentação das linguagens verbal e musical.

Propostas de Avaliação

Proponha aos estudantes que realizem curadoria de questões e temas de redação presentes em
edições da prova nacional do Ensino Médio (ENEM) que abordem as prá cas ar s cas e culturais estudadas no
bimestre.
A par r dessa curadoria, organize uma prova de dois tempos com questões fechadas (de edições
anteriores do ENEM) e questões abertas, construídas pelos próprios estudantes. Realize a aplicação da prova,
forneça o gabarito e oriente cada estudante a corrigir sua prova, buscando compreender como avançou ou não
e que ações podem ser empreendidas para aperfeiçoar as aprendizagens.

3º Bimestre - Cultural corporal urbana: cidadania e culturas juvenis

O terceiro bimestre enfoca a corporeidade e a cultura corporal e seu papel na afirmação


de iden dades juvenis e na defesa de direitos cidadãos. Os estudantes terão oportunidade de
refle r sobre conexões entre danças, prá cas corporais urbanas e esportes em torno do
movimento HIP Hop, compreendendo-as com prá cas culturais que possibilitam aos jovens
ocupar os territórios das comunidades e cidades onde vivem. No bojo dessas experimentações,
os jovens também vão discu r relações entre polí cas públicas e fomento à cultura corporal
juvenil.

36 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

3º Bimestre Cidadania e Inclusão


Cultural corporal urbana: cidadania e culturas juvenis

Sugestão de subtemas:
➢ Cultura corporal como espaço de resistência e engajamento em temas da cidadania global;
➢ Cultura corporal e ocupação dos espaços públicos;
➢ Esportes e prá cas corporais de aventura: ligações com o movimento Hip Hop;
➢ Danças urbanas, inclusão social e movimento Hip Hop;
➢ Reflexão crí ca sobre culturas juvenis e polí cas públicas de ocupação das cidades e de incen vo à
cultura.

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Eixo Processos Cria vos


(EMIFCG04) Reconhecer e analisar diferentes manifestações cria vas, ar s cas e culturais, por meio de vivências
presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade, cri cidade e cria vidade.
Eixo Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, iden ficando e incorporando
valores importantes para si e para o cole vo que assegurem a tomada de decisões conscientes, consequentes,
colabora vas e responsáveis.
Eixo Empreendedorismo
(EMIFCG10) Reconhecer e u lizar qualidades e fragilidades pessoais com confiança para superar desafios e
alcançar obje vos pessoais e profissionais, agindo de forma proa va e empreendedora e perseverando em
situações de estresse, frustração, fracasso e adversidade.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes

Eixo Processos Cria vos


(EMIFLGG04) Reconhecer produtos e/ou processos cria vos por meio de fruição, vivências e reflexão crí ca
sobre obras ou eventos de diferentes prá cas ar s cas, culturais e/ou corporais, ampliando o
repertório/domínio pessoal sobre o funcionamento e os recursos da(s) língua(s) ou da(s) linguagem(ns).
(EMIFLGG05) Selecionar e mobilizar intencionalmente, em um ou mais campos de atuação social, recursos
cria vos de diferentes línguas e linguagens (imagens está cas e em movimento; música; linguagens corporais e
do movimento, entre outras), para par cipar de projetos e/ou processos cria vos.
Eixo Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFLGG08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das prá cas de linguagem para
propor ações individuais e/ou cole vas de mediação e intervenção sobre formas de interação e de atuação
social, ar s co-cultural ou ambiental, visando colaborar para o convívio democrá co e republicano com a
diversidade humana e para o cuidado com o meio ambiente.
Eixo Empreendedorismo
(EMIFLGG12) Desenvolver projetos pessoais ou produ vos, u lizando as prá cas de linguagens socialmente
relevantes, em diferentes campos de atuação, para formular propostas concretas, ar culadas com o projeto de
vida.

37 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Organizar com os estudantes a curadoria de imagens que tragam representações de jovens em prá cas
corporais realizadas nas ruas e ou espaços públicos da cidade, como parques e praças. Algumas
possibilidades: grupos de dança que se apresentam na rua, grupos de ska stas, jovens pra cando
esportes na rua, em praças e parques, jovens pra cando escalada, slackline, pedalando, correndo etc.
Cada grupo de trabalho pode selecionar de 4 a 5 imagens.

2. Mobilizar os jovens a organizar um mural sico ou online com as imagens selecionadas e produzir
legendas, iden ficando a prá ca corporal representada, os mo vos da seleção e o que consideram
possíveis mo vações para que os jovens retratados realizem as prá cas. A par r da produção do mural,
problema zar com os estudantes: Que semelhanças e diferenças essas prá cas apresentam em relação
ao movimento Hip Hop? Há nessas prá cas a intenção de reivindicar direitos sociais? De reafirmar
iden dades? Essas prá cas são permeadas por questões da cidadania global, como desigualdades
econômicas, étnicas, sociais e de gênero? Essas prá cas apresentam problemas de reprodução de
desigualdades, preconceitos e discriminações como machismo, racismo, capaci smo…?

3. Solicitar que os estudantes escolham prá cas que para eles tenham intencionalidades rela vas a
temá cas da cidadania global e intencionalidades que tratem dos direitos dos jovens, por exemplo,
direito ao usufruto da cidade, dos espaços públicos. Após a escolha, orientar oficinas das prá cas
corporais selecionadas. Os próprios estudantes podem ser responsáveis por planejar e desenvolver com
os colegas as oficinas, ao longo de 2 a 4 semanas, assumindo a posição de mediadores culturais dos
colegas. Concomitantemente, é fundamental que possam contextualizar e aprofundar conhecimentos
sobre o papel da corporeidade e da cultura corporal de movimento na propagação de valores da
cidadania global. É interessante que os grupos possam apresentar oficinas de variadas prá cas
corporais, por exemplo: danças urbanas como Waving, Robo ng, House Dance, Krump, Locking,
Popping, Freestyle; Skate, Basquetebol de rua, Futebol de rua.

4. De forma concomitante às experimentações prá cas, organizar com os estudantes momentos de


apreciação de recursos midiá cos que abordem prá cas corporais das culturas juvenis estudadas e suas
relações com temas da cidadania global como os exemplos a seguir:

Teaser do espetáculo Pai Contra Mãe da Cia Fusion de Danças Urbanas de Belo Horizonte, 2016,
disponível em h ps://www.youtube.com/watch?v=tzsq0x8IQPs&t=81s. A obra discute as
dificuldades de ser negro e mulher numa sociedade racista, machista, opressora e marcada pela
desigualdade social. Estes temas podem ser deba dos com os estudantes, relacionando com
situações que vivenciam em seus contextos sociais e culturais e com os indicadores sociais que
estão estudando no componente de linguagem matemá ca.
Apresentações de grupos de danças urbanas mineiros, como: Cultura do Gue o
(h ps://www.grupoculturadogue o.com.br/)
Grupo de dança urbana Union Crew de Poços de Caldas
(h ps://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/no cia/2018/08/30/grupo-de-danca-urbana-ocupa-espa
cos-da-periferia-e-trata-de-questoes-sociais-em-pocos-de-caldas-mg.ghtml)
Cia. Fusion de Danças Urbanas( h ps://www.ciafusion.com/historia)

5. Informar-se sobre as relações entre o movimento Hip Hop e prá cas corporais como o Skate e o
Basquetebol, por meio de leitura e discussão de textos, vídeos e podcasts como, por exemplo:

38 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Skate x Hip Hop: Culturas marginalizadas em diálogo.


h p://www.no ciario-periferico.com/2020/07/ar go-skate-e-hip-hop-culturas.html .
O Rap e o Skate. h ps://portalrnd.com.br/o-rap-e-o-skate/ .
Cultura e jus ça social: entenda a relação entre basquete e Hip Hop.
h ps://ge.globo.com/sc/especial-publicitario/federacao-catarinense-de-basketball/basquete-tra
nsforma-sc/no cia/cultura-e-luta-por-jus ca-social-entenda-a-relacao-entre-o-basquete-e-o-hip-
hop.ghtml .
RAP TV Cast | O elo entre basquete e o rap (Dois Por Cento, Zona do Garrafão e Marcilio Gabriel)
h ps://www.youtube.com/watch?v=S_uQhKC02C8 .

6. Problema zar com os estudantes a importância de polí cas de ocupação dos espaços urbanos e de
fomento cultural para valorização da cultura Hip Hop como eventos e projetos fomentados pelo poder
público nos úl mos anos, como:
O projeto Palco Hip-Hop – Danças Urbanas, que conta com edições anuais e apoio e patrocínio
dos governos federal, estadual, municipal e de en dades privadas, além de recursos captados
pela Lei Municipal de Incen vo à Cultura;
A Semana Hip-Hop BH inicia va da Secretaria Municipal de Cultura de Belo Horizonte
O Circuito Municipal de Hip-Hop e o Fes val Hip House;
O Fórum de Hip-Hop BH.

Propostas de Avaliação

Nesse bimestre, o tratamento da cultura corporal como prá ca de linguagem engajada em temas da
cidadania global convida à realização de avaliação forma va que também mobilize a corporeidade e a expressão
corporal dos estudantes. Oriente-os a, organizados em grupos de trabalho, criar uma célula coreográfica que
traga a gestualidade das prá cas corporais vivenciadas integrada a uma música ou a textos orais que traduzam o
que aprenderam sobre o engajamento destas prá cas em temá cas da cidadania global. Cada grupo apresenta
sua criação de forma oral e corporal e, em seguida, todos discutem que recursos das linguagens foram mais
significa vos para esse processo cria vo e como acreditam que às aprendizagens vivenciadas possibilitaram
avanços e desafios para projetos pessoais de engajamento com as prá cas corporais e seus significados para o
combate a desigualdades, preconceitos e discriminações.

4º Bimestre - Análise de recursos de charges, memes e grafites na denúncia e mobilização para


temas da cidadania global

O quarto bimestre enfoca o campo das narra vas visuais e do grafite, como recursos de
expressão da crí ca social, da denúncia e reivindicação de direitos cidadãos. Os estudantes terão
a oportunidade de exercitar, mais uma vez, a curadoria e o protagonismo, para fazer escolhas
intencionais e se posicionar cri camente sobre as temá cas focadas durante o ano le vo. Será
também o momento de finalizar a criação do observatório das mídias e escolher como integrar
as produções dos componentes a essa produção.

39 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

4º Bimestre - Cidadania e Inclusão


Análise de recursos de charges, memes e grafites na denúncia e mobilização para temas da
cidadania global

Sugestão de subtemas:
➢ Charges, Memes e Grafite: narra vas visuais para a crí ca social;
➢ Apreciação de Charges;
➢ Apreciação de Memes;
➢ Apreciação de grafites;
➢ Entrevistas como jovens da comunidade que produzem charges, memes e grafites;
➢ Reconhecimento de ar stas mineiros da Charge e do Grafite;
➢ Influências do grafite nas artes visuais;
➢ Produção de narra vas visuais.

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Eixo Processos Cria vos


(EMIFCG04) Reconhecer e analisar diferentes manifestações cria vas, ar s cas e culturais, por meio de vivências
presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade, cri cidade e cria vidade.
(EMIFCG05) Ques onar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções cria vas,
originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incertezas e colocá-las em prá ca.
(EMIFCG06) Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias e
plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os interlocutores
pretendidos.
Eixo Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, iden ficando e incorporando
valores importantes para si e para o cole vo que assegurem a tomada de decisões conscientes, consequentes,
colabora vas e responsáveis.
(EMIFCG08) Compreender e considerar a situação, a opinião e o sen mento do outro, agindo com empa a,
flexibilidade e resiliência para promover o diálogo, a colaboração, a mediação e resolução de conflitos, o
combate ao preconceito e a valorização da diversidade.
(EMIFCG09) Par cipar a vamente da proposição, implementação e avaliação de solução para problemas
socioculturais e/ou ambientais em nível local, regional, nacional e/ou global, corresponsabilizando-se pela
realização de ações e projetos voltados ao bem comum.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes

Eixo Processos Cria vos


(EMIFLGG05) Selecionar e mobilizar intencionalmente, em um ou mais campos de atuação social, recursos
cria vos de diferentes línguas e linguagens (imagens está cas e em movimento; música; linguagens corporais e
do movimento, entre outras), para par cipar de projetos e/ou processos cria vos.
Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFLGG07) Iden ficar e explicar questões socioculturais e ambientais passíveis de mediação e intervenção por
meio de prá cas da linguagem.
(EMIFLGG08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das prá cas de linguagem para
propor ações individuais e/ou cole vas de mediação e intervenção sobre formas de interação e de atuação

40 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

social, ar s co-cultural ou ambiental, visando colaborar para o convívio democrá co e republicano com a
diversidade humana e para o cuidado com o meio ambiente.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Para iniciar o bimestre, oriente os estudantes a compar lhar reproduções de charges, cartuns, memes e
grafites, em um repositório comum como uma pasta em nuvem digital ou uma pasta sica que permita
a todos apreciar o material compar lhado. Caso existam grafites na cidade, uma sugestão é propor que
os estudantes realizem fotografias em seus trajetos.

2. Em seguida, organizar com os estudantes curadoria de charges e cartuns publicadas em jornais diários e
na internet, memes de redes sociais e fotografias de grafites disponíveis nos muros da cidade ou que os
estudantes tenham observado em outros contextos e que abordem temas da cidadania global.

3. Promover análise das referências compar lhadas e encontradas na curadoria, a par r de chaves de
problema zação como: O que há de comum e de diferente entre as narra vas visuais das charges, dos
cartuns, dos memes e do grafite? Onde essas produções circulam e quais seus obje vos? A crí ca social
está presente nesses trabalhos? Que recursos das linguagens são mobilizados nessas produções? É
possível lançar mão de recursos visuais estudados para mobilizar a comunidade sobre os temas que
foram objeto dos observatórios de mídias? Oriente a turma a lançar mão da facilitação gráfica,
metodologia a va na qual a discussão vai sendo registrada na lousa ou em um flip-chart. Por fim,
organize uma plenária de discussão com toda a turma. Para saber mais sobre facilitação gráfica você
pode consultar publicações como:
Facilitação gráfica: ferramenta poderosa | Dênis Elias | Via6b
(h p://www.via6b.com.br/facilitacao-grafica-uma-ferramenta-poderosa/)
O que é design thinking | Design de conversas.
(h ps://designdeconversas.com.br/o-que-e-design-thinking/)
4. Discu r com os estudantes como gostariam de se organizar para aprofundar conhecimentos sobre o
papel das narra vas visuais (charges, cartuns e memes) e da arte visual do grafite na defesa de temas
da cidadania global, propondo questões como: Cada grupo enfoca uma destas manifestações conforme
as preferências dos estudantes? Os grupos buscam referências e aprofundam conhecimentos, incluindo
todas as manifestações, mas com foco no tema que cada um escolheu para a produção final?

5. Após tomar a decisão com os estudantes, organizar com eles a curadoria de referências para
aprofundamento de estudos, por meio de levantamentos bibliográficos, de vídeos, podcasts, no cias,
reportagens, documentários que abordem as relações entre charges, cartuns, memes grafites e a crí ca
social. Essa curadoria deve ser orientada por roteiro que pode incluir: biografias dos ar stas/autores,
entrevistas nas quais compar lham seus processos cria vos, descrição do es lo e dos temas que
trouxeram notoriedade para o ar sta/autor, temas da crí ca social abordados.

Sugestões de referências:
Sobre o Grafite.

Crí ca social e grafite: combinação para a liberdade de expressão


h ps://www.youtube.com/watch?v=HBNtwTI_zn8

41 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

No cia sobre exposição de arte urbana em Belo Horizonte “CAUS”.


h ps://www.em.com.br/app/no cia/cultura/2021/10/18/interna_cultura,1314555/exposicao-caus-quer-ro
mper-o-preconceito-em-relacao-a-arte-urbana.shtml

No cia sobre a realização do fes val Cura fes val em Belo Horizonte.
h ps://meulugar.quintoandar.com.br/grafite-em-bh/

No cia sobre que ampliam alcance o grafite em Belo Horizonte.


h ps://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/no cia/2022-09/projetos-nascidos-em-bh-ampliam-alcance-do-grafi
te-e-promovem-inovacao

No cia sobre projeto de grafiteiros em área industrial de Minas Gerais.


h ps://soubh.uai.com.br/no cias/cultura/ar stas-de-bh-finalizam-a-maior-empena-grafitada-do-interior-d
e-minas

Matéria sobre mulheres grafiteiras mineiras. h ps://artesemfronteiras.com/minas-de-minas-e-suas-artes/

Lista de cinco ar stas da cena do Grafite em Minas Gerais.


h ps://culturadoria.com.br/ar stas-cena-grafite-bh/

Trabalhos do grafiteiro mineiro Dinho Bento. h ps://br.pinterest.com/pin/357473289167968673/

Sobre charges e cartuns

Exposição reúne trabalhos de cartunistas e chargistas mineiros em homenagem à Charlie Hebdo

h ps://www.uai.com.br/app/no cia/e-mais/2015/02/11/no cia-e-mais,164429/exposicao-reune-trabalhos


-de-cartunistas-e-chargistas-mineiros-em-home.shtml

Chargista Duke conta como funciona o sua ro na de criação


h ps://youtu.be/0cTvjT7Apyo

Entrevista: para Duke, chargista deve ir a fundo na informação


h ps://ojornaldohumor.wordpress.com/2011/09/12/entrevista-para-duke-chargista-deve-ir-a-fundo-na-inf
ormacao/

Programa Retratos entrevista Son Salvador


h ps://youtu.be/whDzdj-NPC0

Curadoria de charges de Son Salvador


h ps://blogs.uai.com.br/ohumordosonsalvador/dureza-4/amp/

Como memes se tornaram a linguagem cria va da internet

h ps://www.domes ka.org/pt/blog/5380-como-memes-se-tornaram-a-linguagem-cria va-da-internet

42 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Charge crí ca das mídias

h ps://cdn.brasildefato.com.br/media/54778f80ef8a17f1b78f888b144fcb64.jpg

Sobre Memes

10 anos de Memes: relembre virais que fazem aniversário em 2022


h ps://www.opovo.com.br/vidaearte/2022/04/02/10-anos-de-memes-relembre-virais-que-fazem-aniversa
rio-em-2022.html

Meme bom tem de gerar iden ficação', diz criador da página Melted Videos
h ps://www.terra.com.br/byte/meme-bom-tem-de-gerar-iden ficacao-diz-criador-da-pagina-melted-video
s,7fe546dd25ed45f8c9a2c73381a9aaef1uffd3ws.html

6. Orientar os grupos de trabalho a oferecer aos colegas momentos de apreciação e experimentação de


charges, cartuns, memes e grafites conforme a escolha dos grupos. Cada grupo pode organizar para os
colegas uma exposição dos trabalhos pesquisados e uma oficina de criação, ambos mediados por você.
Caso considere viável, é possível convidar pessoas da comunidade que atuam com linguagens
estudadas.

Propostas de Avaliação

Além de olhares sobre o percurso do quarto bimestre, a avaliação das aprendizagens no final do ano
le vo envolve a retomada de todo o caminho percorrido pelo estudante e o planejamento de novos obje vos e
condutas para o ano seguinte. Vale pensar em um processo conjunto com os demais componentes da unidade
curricular. É importante oferecer aos estudantes devolu vas de processo e de resultado que possam apoiar a
gestão dos projetos futuros. Estratégias variadas podem ser adotadas para facilitar esse momento como: orientar
a turma retomar as demais avaliações do ano e produções realizadas e, com os estudantes organizados em
grupo, elaborar um linha do tempo com recursos sicos como uso de colagem e registros com canetão ou de
forma digital, com aplica vos que oferecem recursos de diagramação variada para linha do tempo. Sugestões de
aplica vos que facilitam essa criação podem ser encontradas no texto 5 aplica vos para criar linhas do tempo em
seus trabalhos e apresentações. Disponível em:
h ps://www.universia.net/br/actualidad/orientacion-academica/5-aplica vos-criar-linhas-do-tempo-em-seus-tr
abalhos-e-apresentaces-1162612.html. Acesso em 26 de nov. 2022.

43 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Linguagem matemá ca na construção da cidadania- MAT

LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS E


MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

CIDADANIA GLOBAL

Linguagem matemá ca na construção da cidadania - MAT

1º Bimestre 2º Bimestre 3º Bimestre 4º Bimestre

Inves gação sobre Análise de índices Análise crí ca de Curadoria de


diferentes redes sociais e rela vos à cidadania diversas informações e informações, análises de
o uso da linguagem global com a falácias gráficos equivocados e
matemá ca nessas redes inves gação de modelos criação de infográficos
para a defesa de causas matemá cos capazes de
voltada à cidadania global explicar fenômenos

Ao par cipar deste componente os estudantes refletem sobre a presença e o uso da


linguagem matemá ca no registro, na representação e nos argumentos em prol da divulgação e
conscien zação das pessoas para as causas rela vas à cidadania global.
Para a condução das ações ao longo dos bimestres, indica-se como processo de ensino a
resolução de problemas, orientados por boas perguntas e mobilizados a inves gar suas próprias
perguntas, os estudantes são convidados a refle r sobre temas da cidadania global pelo olhar da
quan ficação, dos índices e indicadores, dos argumentos bem ou mal estruturados, do ponto de
vista da lógica, sempre com apoio do letramento matemá co e da interpretação de dados em
fontes diversas e confiáveis.
Nesse componente, recomenda-se a produção de um caderno de bordo de cada
estudantes como forma de registro sistemá co, das aprendizagens e das conclusões feitas
individual ou cole vamente. Esses registros podem alternar formas diversas como fotos, textos,
desenhos, mapas mentais, colagens e o que mais cada estudante considerar representa vo do
que está aprendendo e produzindo em termos de novos conhecimentos.

44 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

No primeiro bimestre, o foco são as redes sociais e entre elas aquelas que trazem temas
de cidadania global. A quan ficação presente nessas publicações será o foco da linguagem
matemá ca. No bimestre seguinte, os índices e indicadores sociais, ambientais e sua u lização
com propriedade e compreensão serão objetos de estudo para assegurar a confiabilidade de
informações ligadas à cidadania. No terceiro bimestre, o foco são as informações de natureza
matemá ca usadas nas mídias que trazem questões da cidadania, em especial aquelas que
induzem a interpretações equivocadas pelo destaque descontextualizado de dados ou por meio
de falácias. Finalmente, no quarto bimestre, após a análise de como a linguagem dos gráficos
pode ser usada de modo equivocado, a proposta é a vivência cria va dos estudantes na
produção de infográficos que trazem dados sobre questões da cidadania global.
Em integração com os demais componentes deste aprofundamento, as produções dos
estudantes serão orientadas de modo a contribuir com a construção do Observatório de Mídias,
encabeçado pelo componente Cultura e Cidadania e aperfeiçoados, u lizando os recursos das
artes tratados no componente Cidadania e Inclusão.
Espera-se que você professor apoie os estudantes nessa jornada, selecionando e
aprimorando as sugestões a seguir de acordo com sua turma e seus conhecimentos
profissionais.

1º Bimestre - Inves gação sobre diferentes redes sociais e o uso da linguagem matemá ca
nessas redes para a defesa de causas voltada à cidadania global

No primeiro bimestre, o componente Linguagem matemá ca na construção da cidadania


sugere que o professor estabeleça a relação entre estudante e redes sociais para iden ficá-lo
como um ser atuante neste mundo, passível de pensar e verificar suas ações frente a estes
meios de interação. Propõe ainda pesquisa de preferências de redes sociais e inves gação sobre
o que elas oferecem a seus usuários, sejam eles pessoas sicas consideradas apenas usuários
comuns e aqueles que as u lizam como meio de negócio profissional. Nesta perspec va, os
estudantes terão como oportunidade a inves gação de um perfil seguido por eles com análises
de quan dade de usuários, quan dades de dados de engajamento, insights, retrospec vas de
semanas anteriores entre outros. O estudante ainda terá um momento para discu r questões
sobre o seu protagonismo na u lização dessas redes e o que os mo vam a seguir alguém.

45 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Propõe ainda a u lização das redes sociais como fonte de informações sobre discriminação e
preconceito (racial, de gênero, religioso), desigualdades (econômicas, sociais, culturais), direitos
humanos, direitos de populações (indígenas, crianças e adolescentes, idosos, mulheres), direitos
sociais (direito à saúde, à educação, ao trabalho, à moradia etc…). Ques onando se, dentre os
perfis que eles seguem, algum deles apresenta a defesa de alguma causa de cidadania global.
Em outro momento, a proposta se estende para que os estudantes pesquisem na rede social de
sua preferência um usuário que defenda questões voltadas à cidadania global e, como um ser
crí co, verifique dados e informações capazes de convencê-lo a seguir esta pessoa ou perfil,
incluindo o processo de curadoria sobre as informações apresentadas nesta página ou perfil
contém informações verdadeiras e provenientes de fontes confiáveis.

1º Bimestre - Linguagem matemá ca na construção da cidadania


Inves gação sobre diferentes redes sociais e o uso da linguagem matemá ca para defesa de
causas voltadas à cidadania global

Sugestão de subtemas:
➢ Estudo da organização de publicação nas redes sociais;
➢ Análise de valores relacionados a perfis em redes sociais;
➢ O uso da Matemá ca para explicar fenômenos sociais;
➢ Pesquisa sobre perfil que trata de tema de cidadania global.

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Eixo Inves gação Cien fica


(EMIFCG01) Iden ficar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
cri cidade e é ca, inclusive u lizando o apoio de tecnologias digitais.
Eixo Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, iden ficando e incorporando
valores importantes para si e para o cole vo que assegurem a tomada de decisões conscientes, consequentes,
colabora vas e responsáveis.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes

Eixo Inves gação Cien fica


(EMIFMAT03) Selecionar e sistema zar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a contribuição da Matemá ca na explicação
de fenômenos de natureza cien fica, social, profissional, cultural, de processos tecnológicos, iden ficando os
diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos
recursos u lizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias.

46 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Eixo Mediação e Intervenção Sociocultural


(EMIFMAT07) Iden ficar e explicar questões socioculturais e ambientais aplicando conhecimentos e habilidades
matemá cas para avaliar e tomar decisões em relação ao que foi observado.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Realizar uma roda de conversa inicial a par r da seguinte provocação: Você está nas redes? O que você
publica ou u liza nas redes sociais?

2. Essa conversa pode gerar uma breve pesquisa com os estudantes sobre qual é a rede social de
preferência da turma, solicitando que argumentem a favor de suas escolhas. Espera-se que apareçam
nesta pesquisa aplica vos de conversa, de postagem de imagens ou fotos, assim como blogs e páginas
sobre assuntos como música, filmes, moda, maquiagem, esportes diversos.

3. Orientar os estudantes a acessarem a rede social de sua preferência para iden ficar quan ta vos do seu
perfil pessoal ou do perfil da escola, como: indicadores de número de acesso, visualizações, quan dade
e pos de postagens, engajamento, cur das ao longo de um determinado período de tempo, entre
outros.

4. Depois desse aquecimento, propor as questões: Por que esses números interessam? Para que servem
para você?

5. Os resultados desta primeira conversa podem ser registrados no caderno de bordo de cada estudante,
para comparação que farão mais adiante com outros pos de perfis sociais.

6. Com os estudantes organizados em grupos, propor que inves guem o perfil de alguém que eles seguem
para iden ficar os recursos disponíveis nas plataformas com dados sobre adesão de leitores (quan dade
de cliques, de cur das posi vas ou nega vas, e de comentários de leitores)que permitem ao
proprietário decidir ou não pela mone zação de suas publicações ou, quando for o caso, poder
acompanhar seus ganhos com essas postagens . Eles podem escolher um youtuber para verificar que
nesse caso as plataformas trazem outras informações consideradas relevantes como: insights,
retrospec vas de semanas anteriores, a vidades, metas, e outras. Incluir nessa inves gação como essas
pessoas conseguem mone zar suas páginas e medir o engajamento do público em suas publicações. Os
sites de busca trazem muitas possibilidades para que os jovens encontrem essas informações.

7. Como reflexão final dessa primeira incursão nas redes sociais, propor uma roda de conversa, ins gando
o protagonismo dos estudantes com questões como: O que levam as pessoas a seguir um perfil ou uma
página em uma rede social? E você? Que mo vo o leva a seguir alguém? Qual informação divulgada por
estes perfis que você segue você já inves gou para saber se é verdadeira? Como uma cur da, um
comentário ou um compar lhamento feito por você pode gerar ganho ao dono desse perfil ou página?

8. Ao final dessa etapa, cole vamente, os jovens podem produzir novos registros em seus cadernos de
bordo sobre o que analisaram sobre perfis, quan ta vos, mone zação e razões para seguir alguém ou
algum tema na internet.

9. Para orientar as aulas para o tema da cidadania global, conduzir nova conversa agora sobre a u lização
das redes sociais como fonte de informações sobre discriminação e preconceito (racial, de gênero,
religioso), desigualdades (econômicas, sociais, culturais), direitos humanos, direitos de populações

47 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

(indígenas, crianças e adolescentes, idosos, mulheres), direitos sociais (direito à saúde, à educação, ao
trabalho, à moradia etc…). Ques onando se, dentre os perfis que eles seguem, algum deles apresenta a
defesa de alguma causa de cidadania global.

10. Em pequenos grupos, solicitar que inves guem, ao menos, um perfil, preferencialmente que os
estudantes ainda não sigam, mas que defenda as causas de cidadania global nas redes sociais. Por ser
um perfil que eles não seguem ou temas que não conhecem, vale sugerir a busca focada, com uso de
palavras-chaves, como: reflorestamento, saúde para todos, educação, não preconceito ou não violência,
entre outros. Estabeleça a forma como os estudantes apresentarão suas pesquisas e construa com eles
um roteiro de dados sobre o perfil que não podem faltar, de modo que possam aplicar o que analisaram
nos perfis seguidos por eles mesmos em suas redes, como: iden ficar a pessoa ou página; qual é a
causa de cidadania global defendida; que po de publicações estão presentes; o tempo de existência
deste canal/podcast/blog/página; a quan dade de seguidores; a quan dade de comentários, cur das,
compar lhamentos dados, em média, nas suas úl mas cinco publicações; são u lizados dados
esta s cos, índices socioeconômicos ou informações matemá cas que ajudam a defender a
ideia/causa/tema; se sim, quais são elas; este perfil gera renda a seu(s) proprietário(s); se sim, como
cada um de vocês reagiria a este perfil: com uma cur da, faria um comentário, compar lharia um ideia,
busquem uma boa jus fica va para essa reação.

11. Terminadas as apresentações dos grupos, a proposta é comparar os dados analisados no perfil no item
anterior, em relação aos que eles seguem em termos de cur das, seguidores, engajamento e
conjecturar causas de possíveis diferenças.

12. Orientar um momento de reflexão a respeito das publicações deste perfil. Para isto, os estudantes
devem escolher uma das publicações e analisar sob o ques onamento A publicação escolhida neste
perfil contém fatos trazidos por fontes confiáveis? Você averiguou essa informação? Como? Neste
momento, o ideal é ampliar as discussões sobre veracidade, compar lhamento de informações e
consequências de ações como esta para a sociedade.

13. Abordar a definição de curadoria de informações, que está sendo tratada no componente Cultura e
Cidadania, cujo processo obje va a busca, seleção e classificação de conteúdos relevantes como fonte
de informação em busca da veracidade dos fatos.

14. Retomar com os grupos a pesquisa rela va ao perfil que defende um tema de cidadania e solicitar uma
curadoria, em fontes confiáveis, para verificar a veracidade de pelo menos uma das informações
publicadas, selecionando, no mínimo, duas fontes confiáveis para confirmar (ou não) o teor da
publicação do perfil inves gado.

15. Para terminar o bimestre, propor que os jovens, nos mesmos grupos, preparem uma breve divulgação
do que realizaram e aprenderam na inves gação sobre o perfil que defende uma causa de cidadania.
Isso pode ser feito na forma de um vídeo de dois minutos, roteirizado e gravado por eles, ou a escrita
de uma no cia para o site/página da escola, ou como um relatório do percurso e das observações feitas
por eles. Essas produções podem ser avaliadas entre os grupos, que trocam entre si o que fizeram e
recebem sugestões constru vas para melhoria ou complementação do material produzido. O percurso
de produção desse material pode ser fotografado, escrito ou representado por desenhos e imagens em
seus cadernos de bordo.

48 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Propostas de Avaliação

A avaliação no I nerário Forma vo tem como premissa oportunizar ao estudante o desenvolvimento da


metacognição, acentuando sua natureza processual e forma va. O fato de não haver reprovação nos
componentes curriculares do I nerário Forma vo não significa que estes não devam ser avaliados. Deve-se
garan r preferencialmente a autoavaliação, bem como o “feedback” do professor quanto à apropriação de
habilidades e competências, visando o avanço con nuo do estudante.
Para fins técnico-didá cos, o professor deverá atribuir notas de 60 a 100 pontos anuais para cada
estudante. Assim, é primordial definir critérios para essa distribuição, demonstrando aos estudantes a
importância do processo de aprimoramento e adequação, ajustando a mediação da aprendizagem,
qualificando-a ainda mais ao perfil dos estudantes e à realidade local.

Para esse bimestre a avaliação pode ser feita a par r das informações coletadas e das propostas
sugeridas, nas análises dos perfis em redes sociais com publicações construção de um caderno de bordo, em que
cada estudante registre suas aprendizagens, em cada aula ou conjunto de aulas.
A autoavaliação, a par r de rubricas que permitam aos jovens iden ficar se a ngiram completamente,
parcialmente ou não a ngiram o que era esperado para aquela aula ou conjunto de aulas, pode ser um
componente enriquecedor do caderno de bordo de cada estudante.
A análise deste caderno e a observação do desempenho do estudante nas pesquisas e apresentações
aos colegas permi rão ao professor avaliar se as habilidades EMIFMAT03 e EMIFMAT07 estão ou não em
desenvolvimento.

2º Bimestre - Análise de índices rela vos à cidadania global com a inves gação de modelos
matemá cos capazes de explicar fenômenos.

Neste bimestre, os estudantes terão a oportunidade de aprofundar a leitura de índices e


indicadores presentes na quan ficação de causas diversas relacionadas à cidadania global. Eles
devem ter se deparado com essas medidas nas inves gações feitas no bimestre anterior, no
entanto, agora o foco está em desvelar esses valores e no estudo de um modelo matemá co de
previsão futura para um indicador pesquisado pelos estudantes, com verificação da efe vidade
do modelo matemá co acompanhar a questão cidadã escolhida por eles.

2º Bimestre - Linguagem matemá ca na construção da cidadania


Análise de índices rela vos à cidadania global com a inves gação de modelos matemá cos
capazes de explicar fenômenos

Subtemas:
➢ Análise de índice rela vo a tema de cidadania global;
➢ Regressão linear simples;
➢ Aplicação do modelo de regressão na previsão futura;
➢ Criação de questões envolvendo regressão linear.

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2º ano - Novo Ensino Médio

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Eixo Inves gação Cien fica


(EMIFCG01) Iden ficar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
cri cidade e é ca, inclusive u lizando o apoio de tecnologias digitais.
(EMIFCG02) Posicionar-se com base em critérios cien ficos, é cos e esté cos, u lizando dados, fatos e
evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas,
coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia, jus ça social,
pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.
Eixo Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, iden ficando e incorporando
valores importantes para si e para o cole vo que assegurem a tomada de decisões conscientes, consequentes,
colabora vas e responsáveis.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes

Eixo Inves gação Cien fica


(EMIFMAT01) Inves gar e analisar situações problema iden ficando e selecionando conhecimentos matemá cos
relevantes para uma dada situação, elaborando modelos para sua representação.
(EMIFMAT02) Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na explicação ou resolução de uma
situação-problema elaborando modelos com a linguagem matemá ca
para analisá-la e avaliar sua adequação em termos de possíveis limitações, eficiência e possibilidades de
generalização.
(EMIFMAT03) Selecionar e sistema zar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a contribuição da Matemá ca na explicação
de fenômenos de natureza cien fica, social, profissional, cultural, de processos tecnológicos, iden ficando os
diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos
recursos u lizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias.
Eixo Mediação e intervenção Sociocultural
(EMIFMAT07) Iden ficar e explicar questões socioculturais e ambientais aplicando conhecimentos e habilidades
matemá cas para avaliar e tomar decisões em relação ao que foi observado.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. U lizar a curadoria de fontes e de temas de cidadania global feita pelos estudantes no componente
Cultura e Cidadania, ampliando as fontes de busca de informações em diversos meios como podcast,
sites, no ciários, jornais ou revistas.

2. Orientar os jovens para que analisem se nessas fontes são fornecidos ou comentados índices como
recursos para consolidar as informações disponíveis, como, por exemplo, índice de reflorestamento ou
desmatamento no Brasil, quando es ver abordando aspectos referentes a Amazônia, taxa de
analfabe smo, quando trouxer assunto referente à educação, índices e indicadores de saúde, na
abordagem da saúde no Brasil, entre outros. Conferir se estes dados estão sendo apresentados com
indicação de fontes confiáveis.

50 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

3. Solicitar que, ao aparecer algum po de índice ou taxa, registrem em seus cadernos de bordo sobre o
significado da informação e, se possível, inves gar como esse índice é ob do.

4. Separar a turma em grupos e solicitar aos estudantes que escolham um indicador/índice ligado a uma
questão considerada de cidadania global e que possa estar de acordo com a realidade do município.
Propor uma análise que seja possível determinar quais mo vos são levados em consideração para haver
diferenças entre dados e índices locais e outros considerados globais.

5. Com obje vo de ampliar os conhecimentos dos jovens sobre ferramentas esta s cas, u lizar a
metodologia sala de aula inver da, em que os estudantes se preparam para a aula com antecedência,
realizando cada qual, no seu tempo, estudos e pesquisas a respeito de Regressão Linear Simples. Para
nortear a pesquisa, sugere-se começar indicando que eles têm como meta principal responder às
questões: O que é uma Regressão Linear Simples? Para que serve? Como funciona? Quais os conceitos e
cálculos matemá cos envolvidos?

6. Para ajudar a organizar e compar lhar as descobertas dos estudantes sobre o tema, peça que registrem
e produzam uma breve síntese sobre esse estudo. Depois em sala de aula, em grupos, os resultados
desse estudo são compar lhados, com mediação docente.

7. Solicitar que, em duplas, aprofundem seus conhecimentos ao u lizar o recurso “Ajuste de curva”,
disponível em h ps://phet.colorado.edu/sims/html/curve-fi ng/latest/curve-fi ng_pt.html.

8. Retomar o índice escolhido pelos grupos de jovens e propor que busquem dados deste índice nos
úl mos anos, para que possam construir o modelo de regressão que permita prever valores futuros
deste índice.

9. Promover a apresentação dos grupos em relação ao estudo e a regressão futura de cada índice e
incen var que se posicionem se, de fato, a previsão futura é confiável. Espera-se que percebam que o
modelo matemá co pode ser confiável em curto período de tempo, mas que a longo prazo muitas são
as variáveis que podem alterar totalmente essa previsão, seja ela posi va ou nega va, para a evolução
desse índice.

10. Uma boa opção para considerar a autonomia e autorregulação dos estudantes é oferecer ou construir,
de forma colabora va, rubricas para que avaliem as apresentações dos grupos e ofereçam devolu vas,
indicando pontos de destaque e pontos de melhoria. Esse processo deve levá-los a refle r e aprimorar
também suas próprias produções.

11. Outra sugestão é propor que elaborem questões para analisar o processo de regressão linear e os
resultados encontrados com as análises futuras, para verificar se existe algo que precisa ser retomado
individual ou cole vamente. Essas questões podem ser reunidas em um arquivo compar lhado com
todos, incen vando assim o interesse dos estudantes pelas produções de seus colegas.

12. Organizar cole vamente um roteiro do que os estudantes devem registrar, em seus cadernos de bordo,
os estudos feitos sobre o índice inves gado e sobre o modelo matemá co de regressão.

Propostas de Avaliação

Neste bimestre, como no anterior, o caderno de bordo dos estudantes é um valioso instrumento de
avaliação, assim como os registros de observação do professor nos momentos de grupo e apresentações sobre

51 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

os índices e sobre regressão linear. Em conjunto com a análise crí ca do modelo matemá co, o professor pode
verificar o desenvolvimento dos jovens em relação às habilidades (EMIFCG02), (EMIFMAT02) e (EMIFMAT03).
A produção de questões e a análise dos problemas propostos pelos colegas é outra fonte de avaliação,
em especial sobre as habilidades (EMIFMAT01) e (EMIFMAT07).

3º Bimestre - Análise crí ca de diversas informações e falácias

Neste bimestre os estudantes serão convidados a estudar o uso da linguagem como


forma de representar informações verdadeiras ou falaciosas par ndo da análise de um
problema com duas afirmações verdadeiras. A proposta se estende para a inves gação de
informações divulgadas em diversas mídias e suas intencionalidades com a divulgação de dados
matemá cos. Os estudantes serão convidados a pesquisar no cias ou manchetes que
apresentam possíveis falácias que são inseridas por meio do discurso lógico ou do uso de
informações, para concluir que a linguagem também pode ser u lizada como uma ferramenta
de manipulação ou de imprecisão lógica em argumentos que u lizam dados, percentuais ou
gráficos.

3º Bimestre - Linguagem matemá ca na construção da cidadania


Análise crí ca de diversas informações e falácias

Subtemas:
➢ Raciocínio lógico dedu vo;
➢ Informações numéricas, percentuais na geração de falácias em mídias diversas;
➢ Análise crí ca de falácias.

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Eixo Inves gação Cien fica


(EMIFCG01) Iden ficar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
cri cidade e é ca, inclusive u lizando o apoio de tecnologias digitais.
(EMIFCG02) Posicionar-se com base em critérios cien ficos, é cos e esté cos, u lizando dados, fatos e
evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas,
coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia, jus ça social,
pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.
Eixo Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, iden ficando e incorporando
valores importantes para si e para o cole vo que assegurem a tomada de decisões conscientes, consequentes,
colabora vas e responsáveis.
Eixo Empreendedorismo

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2º ano - Novo Ensino Médio

(EMIFCG10) Reconhecer e u lizar qualidades e fragilidades pessoais com confiança para superar desafios e
alcançar obje vos pessoais e profissionais, agindo de forma proa va e empreendedora e perseverando em
situações de estresse, frustração, fracasso e adversidade.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes

Eixo Inves gação Cien fica


(EMIFMAT01) Inves gar e analisar situações-problema iden ficando e selecionando conhecimentos matemá cos
relevantes para uma dada situação, elaborando modelos para sua representação.
(EMIFMAT02) Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na explicação ou resolução de uma
situação-problema elaborando modelos com a linguagem matemá ca para analisá-la e avaliar sua adequação em
termos de possíveis limitações, eficiência e possibilidades de generalização.
Eixo Mediação e intervenção sociocultural
(EMIFMAT07) Iden ficar e explicar questões socioculturais e ambientais aplicando conhecimentos e habilidades
matemá cas para avaliar e tomar decisões em relação ao que foi observado.
Eixo Empreendedorismo
(EMIFMAT10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados à Matemá ca podem ser
u lizados na concre zação de projetos pessoais ou produ vos, considerando as diversas tecnologias disponíveis
e os impactos socioambientais.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Para sensibilizar os estudantes em relação ao uso da linguagem como forma de representar informações
com veracidade, sugerir que reflitam sobre o seguinte problema da (OBMEP 2022)
Admita que sejam válidas ambas as seguintes sentenças:
- Pinóquio sempre mente;
- Pinóquio diz: “Todos meus chapéus são verdes”.
Podemos concluir dessas duas sentenças que:
(A) Pinóquio tem pelo menos um chapéu.
(B) Pinóquio tem apenas um chapéu verde.
(C) Pinóquio não tem chapéus.
(D) Pinóquio tem pelo menos um chapéu verde.
(E) Pinóquio não tem chapéus verdes.
Depois de um tempo, propor um painel com as resoluções dos estudantes, sem foco na resposta correta, mas
sim porque as outras quatro afirmações são falsas. Destacar a importância do raciocínio lógico dedu vo para
a compreensão de conclusões a par r de algumas informações que podem confundir ou induzir a
interpretações equivocadas. Resposta para acompanhar as resoluções dos estudantes: (A) Como Pinóquio
mente, a frase “Todos os meus chapéus são verdes” deve ser falsa. Logo, existe pelo menos um chapéu de
Pinóquio que não é verde. Podemos concluir, então, que Pinóquio tem pelo menos um chapéu (que não é
verde).

2. Após apresentar o componente e seus obje vos e habilidades que pretendem ser trabalhados com a
turma, orientar o olhar dos estudantes sobre como quan ficações, gráficos, índices e tantas outras
informações dadas em linguagem matemá ca são apresentadas na mídia e suas finalidades. Para isso, é
possível apresentar aos estudantes uma no cia, com informações referentes à cidadania global de
fontes jornalís cas, para que notem se a apresentação contempla u lização de dados matemá cos e
qual a importância desses dados para a compreensão dos fatos no contexto da no cia. Com a matéria:

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2º ano - Novo Ensino Médio

“O número de ví mas de feminicídio — assassinato de mulheres come do em razão do gênero — caiu


1,7% no país em 2021, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública";

3. Ins gar os estudantes a refle r sobre as seguintes questões: Qual a intenção desse tulo? Os valores
apresentados nesta no cia são considerados alto ou baixo, significa vos ou irrelevantes? Qual o real
quan ta vo por trás do valor 1,7%? Em seguida, propor aos estudantes que reescrevam essa
informação com os dados em números reais da situação apresentada e promover uma conversa sobre a
questão do feminicídio em si e possíveis ações humanas ou polí cas públicas para que o dado
apresentado na no cia aumente ou diminua.

4. Em pequenos grupos, solicitar aos estudantes a busca de uma informação, em fonte diferente da
anterior, que apresente índices como tulo, para que analisem cri camente o uso da linguagem
matemá ca da no cia e de que forma ela é dada.

5. Os resultados dessa análise podem gerar pequenos textos reflexivos para seus cadernos de bordo, e
ainda, textos do grupo ilustrados pelos estudantes, para compor o observatório das mídias em
construção em todos os componentes deste aprofundamento, e ancorado no componente Cultura e
cidadania.

6. Propor a leitura compar lhada, com paradas reflexivas, do texto que se encontra no site Observatório
da imprensa, “Falácias matemá cas'', no qual os estudantes podem encontrar no cias u lizadas para
promover ou derrubar candidatos em eleições. Segundo esse texto “elas desequilibram a balança da
Jus ça e ajudam a condenar inocentes. Imprecisões são difundidas em ar gos da mídia e sacramentam
opiniões sem qualquer base na realidade”.

7. Em pequenos grupos, propor a busca de no cias ou manchetes em locais que os estudantes usam para
buscar informações e verificar se há alguma forma de “falácia”, ou seja, u liza um raciocínio que parece
lógico e verdadeiro, porém existe alguma falha que o torna falso.

8. Orientar a apresentação de cada grupo sobre a falácia encontrada, mas para evitar uma avaliação
subje va dos colegas, sugerir a construção com os jovens de rubricas para análise e possíveis
contribuições para aperfeiçoamento da apresentação do grupo. Algumas das rubricas possíveis são: A
no cia ou manchete apresentada corresponde a uma falácia? A apresentação dos colegas foi
convincente sobre o equívoco na lógica do texto apresentado? O grupo cuidou de confrontar a no cia
com fontes confiáveis? O que o grupo poderia explorar mais em sua apresentação?

9. Os resultados dessas apresentações podem gerar nova contribuição dos estudantes para o Observatório
das Mídias, no componente Cultura e cidadania, trazendo o conhecimento matemá co como
ferramenta para verificação da inconsistência lógica de argumentos ou o uso de dados numéricos,
percentuais ou gráficos que induzem a conclusões equivocadas.

10. Para finalizar propor uma autoavaliação do estudante sobre o percurso realizado neste bimestre,
relacionando com os perfis que ele segue na internet em suas buscas diárias por informações.

Propostas de Avaliação

Para avaliar o desempenho dos estudantes no bimestre é essencial considerar as buscas realizadas,
dando devolu vas sempre que necessário. De modo geral é possível avaliar (1) a busca e análise de no cias com

54 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

dados numéricos , (2) a inves gação de falácias em mídias, (3) as apresentações sobre falácias, (4) os registros
nos cadernos de bordo, e (5) os registros para compor o “Observatório das Mídias”. Nesse percurso as
observações do professor podem ter como foco o desempenho dos estudantes em direção às habilidades
(EMIFMAT01), (EMIFMAT02) e (EMIFMAT07).
Considerando que foram vários os momentos de discussão em grupo ou cole vos é possível
acompanhar o desenvolvimentos dos estudantes em relação a si mesmos e em sua relação com os colegas,
considerando a competência (EMIFCG10) e a habilidade (EMIFMAT10).
Em relação à autoavaliação proposta para a finalização do bimestre algumas rubricas que podem ser
consideradas são:

Não entendi Entendi, mas Entendi, mas não Entendi e consigo


tenho dúvidas consigo explicar explicar

O uso de dados
matemá cos em
no cias/manchetes

A presença de falácias para


induzir opiniões

Podia ser Fiz o que Fiz o meu melhor Superei as


melhor pediram expecta vas

Minha contribuição no
grupo

Minhas produções em meu


caderno de bordo

Minhas produções para o


Observatório de mídias

Lembrando que o professor, u lizando seus registros, pode trazer uma devolu va para a turma ou para
alguns estudantes em par cular, para valorizar avanços e, eventualmente, para trazer orientações com foco na
melhoria das aprendizagens.

4º Bimestre - Curadoria de informações, análises de gráficos equivocados e criação de


infográficos

Neste bimestre os estudantes con nuam a análise do uso da linguagem matemá ca na


representação e divulgação de causas da cidadania. Inicialmente, a proposta é aprofundar a
reflexão sobre o uso de gráficos como recurso visual para comunicar muitos dados, mas de
forma imprecisa, ou intencionalmente errada, para induzir percepções ou conclusões que não

55 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

correspondem aos fatos reais. Em seguida, os jovens fazem uma incursão em infográficos e são
convidados a vivenciar, de modo cria vo, a produção de um que corresponda aos estudos feitos
por eles nos demais componentes deste aprofundamento.

4º Bimestre - Linguagem matemá ca na construção da cidadania


Curadoria de informações, análises de gráficos equivocados e criação de infográficos

Subtemas:

➢ A linguagem dos gráficos;


➢ Gráficos que induzem interpretações equivocadas;
➢ Infográficos: da curadoria à elaboração.

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Eixo Inves gação Cien fica


(EMIFCG03) U lizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de inves gações cien ficas para criar ou
propor soluções para problemas diversos.
Eixo Processos Cria vos
(EMIFCG06) Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias e
plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os interlocutores
pretendidos.
Eixo Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCG09) Par cipar a vamente da proposição, implementação e avaliação de solução para problemas
socioculturais e/ou ambientais em nível local, regional, nacional e/ou global, corresponsabilizando-se pela
realização de ações e projetos voltados ao bem comum.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes

Eixo Inves gação Cien fica


(EMIFMAT03) Selecionar e sistema zar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a contribuição da Matemá ca na explicação
de fenômenos de natureza cien fica, social, profissional, cultural, de processos tecnológicos, iden ficando os
diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos
recursos u lizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias.
Eixo Processos Cria vos
(EMIFMAT06) Propor e testar soluções é cas, esté cas, cria vas e inovadoras para problemas reais,
considerando a aplicação dos conhecimentos matemá cos associados ao domínio de operações e relações
matemá cas simbólicas e formais, de modo a desenvolver novas abordagens e estratégias para enfrentar novas
situações.
Eixo Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFMAT08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos matemá cos para propor ações
individuais e/ou cole vas de mediação e intervenção sobre problemas socioculturais e problemas ambientais.

56 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Abordar e discu r sobre alguns exemplos de erros con dos em gráficos esta s cos publicados nos
meios de comunicação com o obje vo de auxiliar o estudante a interpretar e analisar com cri cidade
esse recurso visual de comunicação de informações. Ques onar, por exemplo, a disposição dos eixos, a
omissão de variáveis, a simplificação de informações, o formato, a apresentação dos dados, entre
outros.

2. Propor aos estudantes um estudo de caso sobre o infográfico intera vo presente no meio do ar go “
Uganda luta contra o es gma e a pobreza para combater o câncer de mama” (disponível em:
h p://archive.ny mes.com/www.ny mes.com/2013/10/16/health/uganda-fights-s gma-and-poverty-t
o-take-on-breast-cancer.html). Nesse exemplo, é interessante destacar, o tulo, as legendas e o fato da
interação que permite ao leitor obter dados clicando sobre cada círculo que representa um país.

3. Explicar que o infográfico é um gênero textual que explora a mistura de texto, imagens e esquemas com
recursos gráficos e que se propõe transmi r dados e conteúdos de forma simples e lúdica. Incen var
que os estudantes façam uma busca de infográficos bem cria vos. Sugerir a procura em jornais
impressos, sites de no cias, Organizações Não Governamentais ou outros.

4. Propor a construção de um painel com os infográficos escolhidos, em que eles possam destacar os
pontos importantes considerados por eles neste po de apresentação, inclusive com os elementos que
compõem um infográfico, como por exemplo: a disposição da imagem, a forma de apresentação da
no cia, a organização dos dados, a fonte das informações, imagens ou perguntas que ins gam o leitor a
refle r sobre os dados apresentados etc.

5. Escolher um infográfico para estudo crí co com os estudantes, para aprofundar a percepção sobre o
processo de criação, destacando a u lização de elementos matemá cos e a disposição da informação
para estabelecer relações entre a no cia texto, gráficos e imagens u lizadas. Propor aos estudantes que,
em duplas, produzam em seus cadernos de bordo um modelo de infográfico diferente do apresentado,
com o desafio de apresentar as mesmas informações sob um novo olhar. Essa produção pode ser feita à
mão, desde que considere a proporcionalidade e o traçado correto em gráficos ou desenhos que
representem dados e pode incluir a arte do grafite ou das narra vas visuais estudadas no componente
Cidadania e Inclusão para destacar uma ideia ou uma informação, estabelecendo-se assim uma
integração com a proposta de facilitação gráfica.

6. Em um processo de produção editorial, propor aos estudantes que, em pequenos grupos, escolham um
tema entre o a vismo social, a urbanização, a emissão de gases tóxicos e outras propostas que
envolvam a educação global, com base de informação em fontes confiáveis a serem auditadas pelo
professor, para criar um infográfico com o obje vo de orientar leitores para hábitos e responsabilidades
em relação ao tema escolhido, seja em suas ações atuais ou futuras. Como sugestão para essa
produção, solicitar que os estudantes u lizem em sites de busca a frase “como fazer infográfico de
forma rápida”.

7. Planejar e executar uma mostra dos infográficos produzidos, associada a um conjunto de mesas, com
inscrição prévia de interessados da comunidade escolar, como parte do evento de apresentação do
observatório de mídias à comunidade. Tópicos que poderiam orientar a apresentação:

a. Infográfico: O que é e como se lê: o que aprendemos sobre o gênero?

57 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

b. Recursos de linguagens, uso de so wares e cria vidade: a curadoria que alimentou a produção.
c. Relato da produção: a nossa escolha temá ca e como ela se conecta com a cidadania global; os
critérios que usamos para o levantamento de dados e de informações; as escolhas das
linguagens e da matemá ca que fizemos e que leituras e reflexões buscamos provocar com
elas; em que e como o olhar editorial do professor contribui com esse processo.

8. Preparar a apresentação dos resultados à comunidade escolar e levar os relatos de experiências da


produção dos estudantes, com o resultado final, para o Observatório de Mídias.

9. Orientar a turma para uma autoavaliação final do componente, adaptando ou u lizando as rubricas
propostas na avaliação do bimestre anterior.

Propostas de Avaliação

Considerando esse bimestre como o fechamento do componente, é preciso avaliar a produção final dos
estudantes a par r de uma rubrica que permita verificar o quanto evoluíram a par r das entregas realizadas.
Recomenda-se especial cuidado para que os estudantes não sejam prejudicados na avaliação do bimestre por
faltas ou erros come dos nas entregas dos bimestres anteriores, o que feriria o processo de avaliação forma va.
Uma autoavaliação acerca das habilidades norteadoras do i nerário na qual os estudantes podem
verificar quanto de cada habilidade foi desenvolvida pode ser um ó mo instrumento para enriquecer tanto o
processo de aprendizagem deles quanto o resultado final da avaliação.
Esse é o momento de uma devolu va final aos jovens sobre suas aprendizagens, conquistas, mudanças
de compreensão sobre a linguagem matemá ca na expressão e comunicação de informações, e especialmente,
os avanços em termos do protagonismo e das habilidades de responsabilidade, colaboração, respeito a
diferentes pontos de vista e à capacidade de lidar com prazos, tarefas e situações de convívio com os outros. Ou
seja, considere nessa devolu va os aspectos cidadãos esperados para a vida em uma sociedade justa, igualitária
e democrá ca.

58 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Matemá ca como instrumento de pesquisa - MAT

LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS E


MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

CIDADANIA GLOBAL

Matemá ca como instrumento de pesquisa - MAT

1º Bimestre 2º Bimestre 3º Bimestre 4º Bimestre


Caracterização de uma Processos de uma Planejamento e Divulgação dos resultados
pesquisa esta s ca pesquisa esta s ca apresentação de uma da pesquisa para a
pesquisa esta s ca comunidade escolar

Ao par cipar deste componente os estudantes vivenciarão uma pesquisa esta s ca


formal, para coletar dados e propor soluções ou possíveis mudanças referentes a problemas da
comunidade, voltados a um tema da cidadania global. A linguagem matemá ca específica e os
recursos da linguagem para representar e comunicar informações estarão presentes, de modo
que os jovens possam u lizá-la cri camente em relação a temas e questões da cidadania.
No primeiro bimestre, o foco é a retomada e diagnós co do que os estudantes trazem de
conhecimentos sobre a pesquisa esta s ca, com aprofundamento em po de questões para
enquetes com o uso da escala Likert. No bimestre seguinte, os estudantes terão um contato
sobre pesquisa esta s ca formal, estudando pos de amostragem e tamanho de amostra, os
instrumentos e os procedimentos de coleta de dados, além de organizar os registros para
validação de uma banca avaliadora. No terceiro bimestre, será o momento da coleta e
organização de dados esta s cos, a análise dos dados u lizando medidas esta s cas, preparo
do material para apresentação e validação da pesquisa por uma banca avaliadora. No úl mo
bimestre, os estudantes aperfeiçoam o material com as propostas trazidas pela banca
examinadora, elaboram uma proposta de intervenção em função dos dados da pesquisa e
preparam o material, para divulgação dos resultados à comunidade par cipante.
Em integração com os demais componentes deste aprofundamento, as produções dos
estudantes serão orientadas de modo a contribuir com a construção do Observatório de Mídias,

59 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

encabeçado pelo componente Cultura e Cidadania e aperfeiçoados u lizando os recursos das


artes tratados no componente Cidadania e Inclusão.
Propomos ainda que cada estudante tenha um caderno, que chamaremos de caderno de
bordo, cuja função é registro sistemá co de suas produções, aprendizagens, autoavaliações e
outros registros que o jovem considerar importantes. Ele é o apoio do estudante para as
produções que fará para o Observatório de Mídias e instrumento que o professor pode u lizar
para avaliação de cada estudante.
Espera-se que você, professor, amplie ou complemente as propostas/sugestões a seguir,
considerando seu conhecimento, sua experiência e as caracterís cas da turma de estudantes
sob sua orientação.

1º Bimestre - Caracterização de uma pesquisa esta s ca

No primeiro bimestre propõem-se a realização de uma pesquisa censitária simples com


um tema de cidadania apenas com respostas sim ou não, para em seguida conhecerem outros
pos de alterna vas de respostas dis ntas e a análise de ambos os processos. Na sequência, os
estudantes terão a oportunidade de pesquisar e conhecer a escala Likert como modo de
aprofundamento dos métodos de pesquisas já conhecidos na Formação Geral Básica. Ampliando
o cenário, os estudantes deverão planejar uma pesquisa esta s ca, par ndo da exploração
sobre o que já sabem sobre o processo de uma pesquisa esta s ca completa. Por fim, deverão
comparar o planejamento ideado pelo grupo e a pesquisa realizada na abertura do bimestre
com o obje vo de iden ficar a precariedade do levantamento de dados realizado e a
inconsistência das conclusões ob das.

1º Bimestre - Matemá ca como instrumento de pesquisa


Caracterização de uma pesquisa esta s ca

Sugestão de subtemas:
➢ Realização de pesquisa censitária simples;
➢ Escala Likert;
➢ Etapas do método de pesquisa esta s ca.

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC

60 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Eixo Inves gação Cien fica


(EMIFCG01) Iden ficar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
cri cidade e é ca, inclusive u lizando o apoio de tecnologias digitais.
Eixo Empreendedorismo
(EMIFCG10) Reconhecer e u lizar qualidades e fragilidades pessoais com confiança para superar desafios e
alcançar obje vos pessoais e profissionais, agindo de forma proa va e empreendedora e perseverando em
situações de estresse, frustração, fracasso e adversidade.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes

Eixo Inves gação Cien fica


(EMIFMAT01) Inves gar e analisar situações-problema iden ficando e selecionando conhecimentos matemá cos
relevantes para uma dada situação, elaborando modelos para sua representação.
(EMIFMAT02) Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na explicação ou resolução de uma
situação-problema elaborando modelos com a linguagem matemá ca para analisá-la e avaliar sua adequação em
termos de possíveis limitações, eficiência e possibilidades de generalização.
Eixo Empreendedorismo
(EMIFMAT10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados à Matemá ca podem ser
u lizados na concre zação de projetos pessoais ou produ vos, considerando as diversas tecnologias disponíveis
e os impactos socioambientais.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Apresentar o componente e seu papel dentro deste aprofundamento, assim como os obje vos de
aprendizagem esperados. Estabelecer o caderno de bordo como forma de registro pessoal e explicar
que farão uma pesquisa esta s ca por completo, u lizando a linguagem matemá ca que vem
aprendendo desde o Ensino Fundamental.

2. Como sensibilização inicial, propor uma pesquisa na classe sobre tema de cidadania, com
ques onamento e apenas duas respostas possíveis, como, por exemplo, “Há preconceito de cor na
classe? ( )Sim ( ) Não. Outras perguntas possíveis são: “ Há discriminação de gênero na classe? ou “Há
violência entre jovens da classe?” e outras relacionadas a temas de cidadania e que permitam resposta
sim ou não. Feito o levantamento e contagem das respostas, independentemente da tendência para as
respostas sim ou não, repe r a mesma questão, agora com cinco alterna vas de resposta diferentes:
Sempre ( ), Quase sempre ( ), Não percebo isso na classe ( ) Raramente ( ), Nunca ( ).

3. Propor o posicionamento da turma sobre as diferenças entre os resultados para a mesma questão com
dois ques onários diferentes, problema zando qual deles traz dados mais representa vos sobre o
preconceito de cor na classe, ou sobre o tema escolhido para essa enquete de percepções.

4. Solicitar que os estudantes, em pequenos grupos, busquem informações sobre Escala Likert, aquela
usada no segundo momento da breve pesquisa feita na classe, de modo que preparem uma breve
apresentação para todos sobre o que é escala Likert, quando é u lizada, quem a criou, por quê e que
tragam um exemplo de pesquisa, usando esse po de escala para a obtenção de dados.

5. Para evitar avaliações subje vas, propor a construção de rubricas para que os estudantes as u lizem
para avaliar as apresentações dos grupos. Incen var comentários que contribuam para a melhoria da
apresentação dos colegas e enfa zar o que cada grupo traz como caracterís cas e usos deste po de

61 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

escala em pesquisas de a tudes, percepções, escolhas, preferências etc. Algumas rubricas podem ser: O
grupo explicou o que é uma escala Likert? Trouxe a origem dessa escala? Apresentou os usos dessa
escala e um exemplo em pesquisa esta s ca? O que pode ser melhorado na apresentação dos colegas?

6. Novamente em pequenos grupos, solicitar que escrevam o que sabem sobre as etapas de uma pesquisa
esta s ca, uma vez que, ao longo dos anos, os estudantes têm realizado várias delas, com diferentes
focos, em diversos componentes da Formação Geral Básica.

7. Ao final, em um registro cole vo, no quadro ou em arquivo digital, os grupos apresentam e ordenam as
etapas, de modo que se tenha o passo a passo para a realização de uma pesquisa formal. Espera-se que,
com a colaboração de todos os grupos, seja possível que os estudantes obtenham a seguinte lista:
1. iden ficação de uma questão a ser inves gada;
2. definição de uma ou mais perguntas que se busca responder;
3. definição da população a ser pesquisada;
4. se a pesquisa não for censitária, escolha de amostra dessa população;
5. escolha e elaboração de instrumento(s) para coleta de dados;
6. definição do procedimento para a coleta de informações;
7. organização dos dados brutos;
8. classificação dos dados para possibilitar análise;
9. cálculos de medidas esta s cas para análise;
10. análise esta s ca dos dados;
11. conclusões da pesquisa;
12. divulgação do(s) resultado(s) da pesquisa.

8. Retomar a pesquisa feita no início das aulas, para que os estudantes iden fiquem quais etapas foram
realizadas ou não, para concluir que o levantamento de percepções dos jovens na classe não pode ser
considerado uma pesquisa esta s ca formal, daí a precariedade da análise feita e das conclusões
ob das.

9. Propor que os estudantes registrem em seus cadernos de bordo o percurso deste bimestre. Eles podem
usar imagens, esquemas, desenhos e incluir a lista feita no cole vo, para consulta na con nuidade das
aulas deste componente. Além disso, incen ve que escrevam também sua opinião pessoal para
completar a frase “Eu percebi que a pesquisa esta s ca formal é importante, porque ….”. Esse úl mo
registro será retomado no final dos bimestres.

Propostas de Avaliação

Neste bimestre, as estratégias de ensino permitem um diagnós co dos conhecimentos de esta s ca


trazidos pelos estudantes de séries anteriores. Sugerimos o registro de eventuais lacunas ou incompreensões
sobre uma pesquisa esta s ca formal, para acompanhamento do desempenho dos jovens ao longo dos próximos
bimestres.
Elabore uma roda de conversa de tal modo que os estudantes possam revisitar e analisar todo o
processo desenvolvido ao longo do bimestre. Nesta análise, proponha que registrem nos caderno de bordo os
aprendizados associado à observação dos estudantes na organização da pesquisa inicial, nas argumentações
sobre o levantamento simplificado com dois pos de perguntas, as apresentações sobre escala Likert, o uso de
rubricas pelos jovens para avaliar as apresentações dos colegas e suas contribuições, e o diagnós co sobre as
etapas de uma pesquisa esta s ca são instrumentos que permitem a coleta de evidências do desenvolvimento

62 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

dos jovens em relação a EMIFCG01 e EMIFMAT01 e EMIFMAT02. Já os dois momentos de trabalho de grupo
permitem avaliar a tudes e posturas que indicam o desempenho dos estudantes na competência EMIFCG10 e na
habilidade EMIFMAT10.

2º Bimestre - Processos de uma pesquisa esta s ca


Neste bimestre, os estudantes iniciam uma pesquisa esta s ca formal sobre tema de
cidadania global, com todas as etapas e os aprofundamentos necessários para ampliar seus
conhecimentos esta s cos e evidenciar a linguagem e os conceitos da matemá ca envolvidos
nesse processo. Com obje vo de encaminhar a pesquisa para avaliação de uma banca no
próximo bimestre, neste, traremos a construção de registro para a validação por uma banca
examinadora das etapas da pesquisa proposta pelos estudantes.

2º Bimestre - Matemá ca como instrumento de pesquisa


Processos de uma pesquisa esta s ca

Subtemas:
➢ Pesquisa esta s ca formal (etapa inicial);
➢ Amostragem;
➢ Instrumentos de coleta;
➢ Procedimentos de coleta de dados.
➢ Organização de registros para validação por banca avaliadora.

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Eixo Inves gação Cien fica


(EMIFCG01) Iden ficar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
cri cidade e é ca, inclusive u lizando o apoio de tecnologias digitais.
(EMIFCG02) Posicionar-se com base em critérios cien ficos, é cos e esté cos, u lizando dados, fatos e
evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas,
coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia, jus ça social,
pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.
Eixo Processos Cria vos
(EMIFCG05) Ques onar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções cria vas,
originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incertezas e colocá-las em prá ca.
Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, iden ficando e incorporando
valores importantes para si e para o cole vo que assegurem a tomada de decisões conscientes, consequentes,
colabora vas e responsáveis.

63 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes

Eixo Inves gação Cien fica


(EMIFMAT01) Inves gar e analisar situações problema iden ficando e selecionando conhecimentos matemá cos
relevantes para uma dada situação, elaborando modelos para sua representação.
(EMIFMAT02) Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na explicação ou resolução de uma
situação-problema elaborando modelos com a linguagem matemá ca
para analisá-la e avaliar sua adequação em termos de possíveis limitações, eficiência e possibilidades de
generalização.
(EMIFMAT03) Selecionar e sistema zar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a contribuição da Matemá ca na explicação
de fenômenos de natureza cien fica, social, profissional, cultural, de processos tecnológicos, iden ficando os
diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos
recursos u lizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias.
Eixo Processos Cria vos
(EMIFMAT05) Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos cria vos relacionados à Matemá ca para
resolver problemas de natureza diversa, incluindo aqueles que permitam a produção de novos conhecimentos
matemá cos, comunicando com precisão suas ações e reflexões relacionadas a constatações, interpretações e
argumentos, bem como adequando-os às situações originais.
Eixo Mediação e intervenção Sociocultural
(EMIFMAT07) Iden ficar e explicar questões socioculturais e ambientais aplicando conhecimentos e habilidades
matemá cas para avaliar e tomar decisões em relação ao que foi observado.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Retomar com os estudantes os temas abordados no componente Cultura e Cidadania, para que
escolham apenas um deles, que seja do interesse dos jovens e relevante para realizar uma pesquisa de
opinião com a comunidade escolar ou com suas famílias dependendo do tema escolhido.

2. Propor uma chuva de ideias, ou seja, o que eles sabem e o que eles querem saber a respeito do tema
selecionado, para, em seguida, definir possíveis questões ou problemas relacionados a esse tema e que
podem ser inves gados esta s camente pela turma.

3. Organizar a turma em grupos, de acordo com os problemas evidenciados na chuva de ideias.

4. Orientar os grupos no planejamento da pesquisa, de modo a estabelecer as etapas de 1 a 6 da lista


estabelecida no primeiro bimestre, sempre enfa zando o registro no caderno de bordo individual.

5. Explicitar os pos de pesquisas esta s cas que obje vam a coleta de dados e podem ser realizadas de
duas maneiras, sendo elas: Censitária e Amostral. Os pos de amostragem são: Amostragem casual ou
simples; Amostragem sistemá ca; Amostragem estra ficada.

6. Em seguida, propor o estudo com a turma para determinar como calcular o tamanho ideal da amostra,
apresentando as variáveis que influenciam esse cálculo e a fórmula padrão. Explique o significado de
cada variável envolvida, para não haver dúvidas no momento de u lizar o algoritmo para calcular o
tamanho ideal da amostra para as pesquisas dos grupos.

64 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

- Tamanho da população (variável N): é o número total de pessoas de um local. A precisão na definição
do tamanho da população possui uma grande influência no cálculo do tamanho ideal da amostra,
quando se tratar de uma população pequena. Entretanto, se a população for muito grande, u liza-se um
tamanho aproximado.
- Margem de erro (variável e): porcentagem de indica vo de precisão, ou seja, indica a proximidade em
que estão os resultados ob dos da amostra, em relação ao possível valor real referente a população
total.
- Nível de confiança escolhido: determina o nível de certeza de que a pesquisa realmente representa as
caracterís cas da população, considerando a margem de erro escolhida.
- Desvio padrão (variável p): é o valor que indica a variação esperada entre as respostas, ou seja, é uma
medida que expressa o grau de dispersão de um conjunto de dados. Quando a população é
desconhecida, também não é conhecido o desvio padrão para a pesquisa que se deseja realizar. Nesse
caso, esta s camente, escolhe-se o valor 50% para o desvio padrão, que é um valor alto e seguro para a
grande maioria das pesquisas.
- Valor padronizado z: A par r do nível de confiança e o valor do desvio padrão dos dados da população é
definida uma constante chamada de valor padronizado, indicada nas equações pela letra z. Os valores
padronizados para os níveis de confiança mais u lizado pelos pesquisadores são:

Nível de confiança Valor padronizado z

85% 1,44

90% 1,65

95% 1,96

99% 2,58

99,5% 2,80

99,9% 3,29

- Tamanho ideal da amostra (variável n): quan dade da amostra para garan r que os dados da pesquisa
representam as caracterís cas da população.
- Apresentar aos estudantes a fórmula padrão para calcular o tamanho ideal de uma amostra em uma
população pequena ou média:
𝑧² · 𝑝 · (1 − 𝑝)
n= 𝑒²
Onde:
n : tamanho da amostra;
p : é o desvio padrão
z : valor padronizado
e : margem de erro

7. Inves gar com os estudantes o valor de amostras para diferentes escolhas das outras variáveis, de modo
que percebam que quanto menor a margem de erro da pesquisa, ou seja, quanto mais próximo o

65 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

resultado da pesquisa es ver próximo dos dados reais, maior é o tamanho n da amostra. Durante esses
cálculos é possível iden ficar dúvidas na interpretação das variáveis e dificuldades de cálculo.

8. Estabelecido o tamanho da amostra da pesquisa de cada grupo, orientar os estudantes para que
busquem conhecer modelos de diferentes pos de instrumentos para coleta de dados, como:
ques onários; entrevistas; observação direta; registros ins tucionais e grupos focais. Para, em seguida,
analisar e selecionar o instrumento mais adequado para obtenção dos dados para a questão de suas
pesquisas.

9. Es mar com os estudantes o cronograma para coletar os dados. A elaboração de um cronograma com
datas de início e término da coleta de dados organiza e facilita a divisão de tarefas e o registro dos
dados. Observar que o tempo necessário para realizar a pesquisa dependerá da amostra escolhida e da
complexidade para obtenção dos dados.

10. Conversar com os estudantes sobre algumas condutas é cas a serem respeitadas para garan r os
direitos e liberdade dos sujeitos par cipantes da pesquisa.

11. Feitas as devidas escolhas, organizar com os estudantes a ida a campo em busca do público
respondentes da pesquisa.

12. Explicitar aos estudantes que este trabalho passará pela avaliação de uma banca examinadora.
Comentar que uma banca examinadora avalia todo trabalho realizado, que confere a qualidade e
relevância da pesquisa desenvolvida, seguindo alguns critérios de análise, como, por exemplo:
jus fica va, problema dado para desenvolver a pesquisa, desenvolvimento, conclusão, normas da ABNT
e Referências Bibliográficas.

13. Programar entregas parciais de produção com os estudantes que considerem o tempo disponível para a
leitura crí ca/validadora e apreciação dos integrantes da banca examinadora, que podem ser:
Professores da escola; Diretores; Vice-diretores, convidados, entre outros. Os convites aos componentes
da banca podem ser feitos pelos próprios estudantes, explicitando o que se espera dessas pessoas.

14. Novamente, enfa zar os registros nos respec vos cadernos de bordo, para que todos do grupo tenham
material para dialogar com a banca que vai validar as escolhas e o percurso da pesquisa de cada grupo.

15. Solicitar que os estudantes analisem o percurso desta a vidade, de modo que se conscien zem das
etapas da pesquisa formal realizadas por eles, para depois verificarem se possuem ou não dados da
pesquisa para incluir no Observatório das Mídias.

Propostas de Avaliação

Neste bimestre, como no anterior, o caderno de bordo dos estudantes é um valioso instrumento de
avaliação, assim como os registros de observação do professor nos grupos organizados por questão na pesquisa
esta s ca.
Evidências de aprendizagem e desenvolvimento em relação às habilidades EMIFMAT 01, 02 e 03 podem
ser coletadas na retomada dos saberes dos jovens sobre esta s ca e nas etapas do processo de pesquisa
propostas para os grupos. Em especial, a habilidade EMIFMAT07 pode ser acompanhada durante a escolha de

66 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

temas e questões sobre cidadania global. A habilidade EMIFMAT05 e a correspondente competência EMIFCG05
podem ser avaliadas na medida em que os estudantes analisam e criam instrumentos de coleta de dados e
propõem formas para essa coleta.
Mais uma vez, nos trabalhos de grupo, a par cipação, as contribuições, a análise de diferentes opiniões
e a colaboração permitem registrar o desenvolvimento dos estudantes em relação às competências EMIFCG 01,
02 e 07.

3º Bimestre - Planejamento e apresentação de uma pesquisa esta s ca

Neste bimestre o foco estará para a coleta e organização dos dados, com análise desses
dados u lizando as medidas esta s cas e o encaminhamento da pesquisa para avaliação de
uma banca examinadora. O estudo das normas da ABNT, além da demonstração da importância
das Referências Bibliográficas, serão vividas ao longo das a vidades. Traremos, ainda, a
construção de registro como forma de demonstrar, em palavras, o trabalho de campo e a
pesquisa realizada. Para a validação por uma banca examinadora, o material abordará as ações a
serem avaliadas, tomando por base o registro final do grupo.

3º Bimestre - Matemá ca como instrumento de pesquisa


Planejamento e apresentação de uma pesquisa esta s ca

Subtemas:
➢ Coleta e organização de dados esta s ca formal (etapa final);
➢ Análise dos dados: Medidas esta s cas;
➢ Validação da pesquisa por banca examinadora;
➢ Registros e apresentação de dados e conclusões.

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Eixo Inves gação Cien fica


(EMIFCG01) Iden ficar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
cri cidade e é ca, inclusive u lizando o apoio de tecnologias digitais.
(EMIFCG02) Posicionar-se com base em critérios cien ficos, é cos e esté cos, u lizando dados, fatos e
evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas,
coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia, jus ça social,
pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.
Eixo Mediação e intervenção sociocultural
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, iden ficando e incorporando
valores importantes para si e para o cole vo que assegurem a tomada de decisões conscientes, consequentes,
colabora vas e responsáveis.

67 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Eixo Empreendedorismo
(EMIFCG11) U lizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para estabelecer e adaptar
metas, iden ficar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para realizar projetos pessoais e produ vos com foco,
persistência e efe vidade.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes

Eixo Inves gação Cien fica


(EMIFMAT01) Inves gar e analisar situações problema iden ficando e selecionando conhecimentos matemá cos
relevantes para uma dada situação, elaborando modelos para sua representação.
(EMIFMAT02) Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na explicação ou resolução de uma
situação-problema elaborando modelos com a linguagem matemá ca
para analisá-la e avaliar sua adequação em termos de possíveis limitações, eficiência e possibilidades de
generalização.
(EMIFMAT03) Selecionar e sistema zar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a contribuição da Matemá ca na explicação
de fenômenos de natureza cien fica, social, profissional, cultural, de processos tecnológicos, iden ficando os
diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos
recursos u lizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias.
Eixo Mediação e intervenção sociocultural
(EMIFMAT07) Iden ficar e explicar questões socioculturais e ambientais aplicando conhecimentos e habilidades
matemá cas para avaliar e tomar decisões em relação ao que foi observado.
Eixo Empreendedorismo
(EMIFMAT10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados à Matemá ca podem ser
u lizados na concre zação de projetos pessoais ou produ vos, considerando as diversas tecnologias disponíveis
e os impactos socioambientais.
(EMIFMAT11) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos da Matemá ca para
desenvolver um projeto pessoal ou um empreendimento produ vo.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Orientar os grupos para que completem as etapas da pesquisa iniciada no bimestre anterior, cuidando
da distribuição de tarefas no grupo, para a coleta de dados em campo e para que todos tenham o
registro dos resultados ob dos.

2. Em seguida, acompanhar os grupos na realização das etapas de 7 a 10 da listagem feita no primeiro


bimestre.

3. Organizar e discu r a tabulação dos dados da pesquisa esta s ca, abordando a percepção de como
ocorrem variações nas respostas. Explicar que esta situação é notória, por exis rem diversos fatores que
podem influenciar na coleta de dados, desde o instrumento u lizado, até o po de amostra selecionada
para a realização da pesquisa.

4. Para as etapas 9 e 10 que complementam a pesquisa esta s ca, mediar a realização de cálculos de
medidas esta s cas, com dados das pesquisas desenvolvidas pelos grupos, para estudar qual o grau de
variação desses dados, u lizando as medidas de dispersão: amplitude, desvio absoluto, variância e
desvio-padrão.

68 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

5. Solicitar aos estudantes que busquem o significado de separatrizes esta s cas. Propor que, após a
descoberta, separem os dados de forma igualitária, tendo em vista que separatriz são valores que
dividem uma distribuição de dados em partes iguais e tendo a mediana como ponto central dessa
separação. Explicar a necessidade de os dados estarem ordenados em sequência crescente, para
determinar a mesma quan dade de elementos. O obje vo das separatrizes é verificar a dispersão dos
dados, a ocorrência de simetria ou assimetria da distribuição em relação à mediana dos dados. Abordar
a questão separatrizes em quar s, solicitando que os estudantes dividam os dados analisados em
quartos, tendo a mediana dos valores como ponto central.

6. Para ampliar o estudo, propor aos estudantes a busca de informações a respeito de pos de gráficos
u lizados para representar separatrizes: quar s, quin s e outros.

7. Propor que cada grupo construa o melhor gráfico (gráfico de caixas) para representar os dados ob dos
em quar s e auxiliar na interpretação dos dados ob dos, quando se concentram ou não em um
determinado segmento, tendo a mediana como ponto de referência.

8. Solicitar os trabalhos com a u lização das normas da ABNT que os estudantes devem ter estudado na
Formação Geral Básica, para a formatação dos textos finais, incluindo as referências bibliográficas
u lizadas ao longo do planejamento e a execução da pesquisa, de modo que a apresentação à banca
examinadora seja a mais completa e próxima das exigências para trabalhos cien ficos.

9. Em paralelo à coleta e análise dos dados, os grupos devem elaborar registros e se preparar para a
apresentação de suas pesquisas para uma banca de validação do processo e dos resultados. Para isso,
organizar com os estudantes a forma e alguns aspectos que não podem faltar em suas apresentações,
entre eles: a jus fica va da escolha do tema, do problema e a relevância do trabalho para o grupo, para
a população pesquisada e possível divulgação dos resultados para públicos mais amplos; resumir as
etapas da pesquisa realizada, de modo que os examinadores possam entender o percurso e as razões
das escolhas feitas, para: a amostra, o(s) instrumento(s) de coleta de dados, do formato dessa coleta; os
cálculos que permitem conclusões para a questão que o grupo se propôs inves gar. No caso da pesquisa
não chegar a conclusões efe vas, ou obter conclusões ques onáveis, é interessante que o grupo analise
as razões para isso ter acontecido e apresente os mo vos para isso ter acontecido.

10. Para incen var o protagonismo dos jovens, propor que par cipem também do processo de avaliação de
suas pesquisas. Para isso, os estudantes podem elaborar rubricas de um ques onário, como chaves para
a banca examinadora avaliar os trabalhos apresentados, sempre tendo em vista as etapas de uma
pesquisa esta s ca formal.

11. Planejar os tempos, a forma das aulas e os espaços para a avaliação pela banca(s), para validação das
pesquisas dos grupos.

12. Solicitar aos examinadores que anotem possibilidades de aperfeiçoamento das pesquisas. Esperam-se
contribuições no sen do de acréscimos ou ampliações, re rada de ideias, indicação de equívocos,
qualidade dos argumentos e jus fica vas e da própria apresentação à banca.

13. Durante o processo de avaliação pela banca, incen var os par cipantes de cada grupo a registrarem as
considerações dos avaliadores, para uma etapa posterior de aperfeiçoamento, de divulgação de
resultados e de proposição de soluções para a questão inves gada.

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2º ano - Novo Ensino Médio

14. Propor uma rodada cole va de posicionamento dos jovens sobre como foi vivenciar uma pesquisa
esta s ca por inteiro, destacando as aprendizagens para pesquisas futuras e, principalmente, as
habilidades desenvolvidas por eles que levam para a vida pessoal e para vivências no mundo do
trabalho, tais como, colaboração, persistência, organização e liderança.

Propostas de Avaliação

Uma vez que este bimestre é a con nuidade e finalização dos processos e aprendizagens que se
iniciaram no bimestre anterior, as possibilidades de avaliação são muito parecidas, apesar da ampliação de
habilidades no eixo do empreendedorismo.
As habilidades mais específicas de Matemá ca, EMIFMAT01, EMIFMAT02 e EMIFMAT03, estão
presentes no desempenho dos jovens, quando eles aplicam conhecimentos matemá cos para a análise dos
dados coletados.
Observar e acompanhar o planejamento dos estudantes para a pesquisa, entendido como o
planejamento de projeto produ vo em pequena escala. Neste processo, colher informações, especialmente, em
relação a a tudes individuais e a relações no grupo que evidenciem: responsabilidade, organização, respeito,
empa a. Esses focos, na execução de cada etapa, permitem obter indícios do desenvolvimento dos jovens em
relação às habilidades voltadas ao empreendedorismo, EMIFMAT10 e EMIFMAT11, além de EMIFCG11.
Lembrando que o professor, u lizando seus registros, pode trazer uma devolu va para a turma ou para
alguns estudantes em par cular, para valorizar avanços e, eventualmente, para trazer orientações com foco na
melhoria das aprendizagens.

4º Bimestre - Divulgação dos resultados da pesquisa para a comunidade escolar

Neste bimestre os estudantes serão convidados a readequar a apresentação e o material


avaliado pela banca examinadora e a reavaliar, se necessário, as ações para intervir na pergunta
inves gada. Ao final desta análise, em uma experiência cria va com recursos audiovisuais,
realizam a divulgação dos resultados e de suas opiniões nas redes sociais da comunidade
escolar.

4º Bimestre - Matemá ca como instrumento de pesquisa


Divulgação dos resultados da pesquisa para a comunidade escolar

Subtemas:
➢ Readequação da pesquisa após a banca examinadora;
➢ Posicionamento frente aos resultados da pesquisa;
➢ Divulgação dos resultados da pesquisa para a comunidade escolar.

Habilidades dos I nerários Forma vos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Eixo Inves gação Cien fica


(EMIFCG03) U lizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de inves gações cien ficas para criar ou
propor soluções para problemas diversos.

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2º ano - Novo Ensino Médio

Eixo Processos Cria vos


(EMIFCG06) Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias e
plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os interlocutores
pretendidos.
Eixo Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCG09) Par cipar a vamente da proposição, implementação e avaliação de solução para problemas
socioculturais e/ou ambientais em nível local, regional, nacional e/ou global, corresponsabilizando-se pela
realização de ações e projetos voltados ao bem comum.

Habilidades Específicas dos I nerários Forma vos Associadas aos Eixos Estruturantes

Eixo Inves gação Cien fica


(EMIFMAT03) Selecionar e sistema zar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a contribuição da Matemá ca na explicação
de fenômenos de natureza cien fica, social, profissional, cultural, de processos tecnológicos, iden ficando os
diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos
recursos u lizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias.
Eixo Processos Cria vos
(EMIFMAT06) Propor e testar soluções é cas, esté cas, cria vas e inovadoras para problemas reais,
considerando a aplicação dos conhecimentos matemá cos associados ao domínio de operações e relações
matemá cas simbólicas e formais, de modo a desenvolver novas abordagens e estratégias para enfrentar novas
situações.
Eixo Mediação e Intervenção sociocultural
(EMIFMAT08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos matemá cos para propor ações
individuais e/ou cole vas de mediação e intervenção sobre problemas socioculturais e problemas ambientais.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Rever as orientações de aperfeiçoamento da pesquisa solicitadas pela banca examinadora e


complementar, alterar ou refazer os aspectos do trabalho para aperfeiçoá-lo.

2. Definir eventuais novas contribuições geradas pela pesquisa para serem encaminhadas ao Observatório
das Mídias.

3. Novamente nos grupos de pesquisa, propor que se posicionem em relação ao resultados ob dos,
propondo ações individuais ou cole vas para intervir de modo constru vo na melhoria do aspecto da
cidadania estudado por eles. Cada grupo comunica a todos suas propostas e recebem a colaboração dos
colegas para ampliar ou melhorar o que idealizaram. A produção de cada grupo, pode compor o
material de divulgação da pesquisa conforme a sugestão a seguir.

4. Solicitar um planejamento dos estudantes, nos grupos da pesquisa, para a divulgação nas redes da
unidade escolar e em suas redes pessoais do processo da pesquisa, dos resultados e das ações para
solução ou a proposta de melhoria da questão da inves gada.

5. Para essa divulgação, sugerir que os estudantes u lizem de modo cria vo de mídia social,
apresentações, infográficos, pôsteres, vídeos ou outros conteúdos visuais. Incen var que usem recursos
da arte, inclusive o grafite, estudados no Cidadania a inclusão.

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2º ano - Novo Ensino Médio

6. Após a produção, u lizar as redes sociais da escola para divulgar os resultados das pesquisas dos grupos
para a comunidade.

7. Propor uma avaliação cole va final, na qual os estudantes revisitam todo o percurso dos quatro
bimestres de modo a se conscien zarem da importância da linguagem e dos procedimentos
matemá cos, no caso da esta s ca, para comunicar e interpretar fenômenos sociais. Além disso, é
importante destacar que os saberes e habilidades desenvolvidas podem ser transferidos para outras
inves gações nas quais a precisão da coleta e análise de dados se fizerem necessárias.

Propostas de Avaliação

Uma vez que este bimestre fecha o componente, é preciso pensar em um processo de avaliação mais
robusto e inclusivo dos jovens.
Na etapa final de melhoria da pesquisa após a banca examinadora é possível verificar as aprendizagens
rela vas a objetos de conhecimento específicos da esta s ca, ao desempenho, nas etapas e produções parciais
da pesquisa, e observar os argumentos e jus fica vas para aceitar ou não as propostas da banca. Assim, é o
momento de retomar avaliações anteriores para complementá-las, considerando as habilidades que vêm sendo
trabalhadas desde o início deste percurso e aquelas que foram foco deste úl mo bimestre. Assim considere
avaliar o desenvolvimento dos estudantes em relação às habilidades EMIFCG01, EMIFCG02 e EMIFCG03, do eixo
de Inves gação cien fica, e EMIFMAT07 EMIFMAT09, do eixo de Mediação e Intervenção Sociocultural,
associadas às competências gerais da BNCC. Além das habilidades EMIFMAT01, EMIFMAT02, EMIFMAT03, do
eixo Inves gação Cien fica, e EMIFMAT07 e EMIFMAT08 do eixo Mediação e Intervenção Sociocultural
associadas aos eixos estruturantes.
No sen do de incluir os jovens no processo de avaliação existe a possibilidade de uma autoavaliação e a
proposição de que eles avaliem o componente como um todo, as aulas, as a vidades propostas, o que
aprenderam com os colegas, no sen do de contribuir para o aperfeiçoamento deste percurso para outros jovens
que, como eles, farão esse aprofundamento no futuro.
Em relação à autoavaliação, uma proposta é u lizar rubricas e escala Likert como no exemplo seguinte:

Não entendi Entendi, mas Entendi, mas Entendi e consigo


tenho dúvidas não consigo explicar
explicar

O significado e o uso da escala


Likert

As etapas uma pesquisa em


grupo

A avaliação da banca
examinadora

Os cálculos, fórmulas e gráficos


esta s cos estudados neste
componente

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2º ano - Novo Ensino Médio

Podia ser Fiz o que Fiz o meu Superei minhas


melhor pediram melhor expecta vas

Minha contribuição no grupo


de pesquisa

Minhas produções em meu


caderno de bordo

Minhas produções para o


Observatório de mídias

Finalmente, cabe ao professor u lizar seus registros, as produções dos estudantes e as autoavaliações,
para elaborar uma devolu va aos jovens sobre suas aprendizagens, conquistas, mudanças de compreensão sobre
a linguagem matemá ca na expressão e comunicação de informações, e especialmente, os avanços em termos
do protagonismo e das habilidades de responsabilidade, colaboração, respeito a diferentes pontos de vista e à
capacidade de lidar com prazos, tarefas e situações de convívio com os outros. Ou seja, considere nessa
devolu va todas as habilidades que se pretendeu tratar neste componente.

73 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

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