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Ademar Pinto do Carmo
Alexandre Marini
Anízio Viana da Silva
Camila Gomes Cunha
Cláudia do Rosário Silva Mendes
Giselle de Oliveira Neves
Kátia de Laura Borges
Samira Maria Araújo
Laís Francini F. Américo (estagiária)
Colaboração
Selmara Ribeiro Silva
Sumário
APRESENTAÇÃO 3
Introdução 4
Ementa do macrotema 4
Abordagem Pedagógica 4
Objetivos de Aprendizagem 7
Planejamento 8
Anexo 60
Tabela do Projeto Empreendedor de Impacto Local 60
APRESENTAÇÃO
O Itinerário Formativo é composto por Unidades Curriculares, que se organizam em
Componentes Curriculares. As Unidades Curriculares se estruturam de duas formas: aquelas que
são mantidas na matriz ao longo do ensino médio, como o Projeto de Vida e a Preparação para o
Mundo do Trabalho, e aquelas que permitem a escolha anual pelos estudantes, como as Eletivas e
o Aprofundamento nas Áreas do Conhecimento.
O Itinerário Formativo, parte diversificada do Currículo Referência de Minas Gerais, tem uma
função importante na trajetória escolar dos estudantes, pois estabelece o diálogo com os contextos
de vida dos jovens e com a realidade atual. Assim, um dos principais propósitos do Aprofundamento
nas Áreas do Conhecimento é a promoção de abordagens práticas e contextualizadas , valorizando
os saberes trazidos pelas Áreas do Conhecimento.
Ao conectar os saberes da Formação Geral Básica (Geografia, História, Sociologia, Filosofia,
Química, Artes, Educação Física, Matemática etc.) e o Projeto de Vida dos estudantes, o
Aprofundamento nas Áreas do Conhecimento tem como objetivos: produzir conhecimentos, criar
possibilidades de aprofundar e ampliar aprendizagens, intervir na realidade sociocultural, incentivar
a ação de empreender, como uma atividade profissional ou ter a si mesmo como objeto desse
empreender, isto é, empreender-se.
Cada Unidade Curricular do Aprofundamento nas Áreas do Conhecimento é composta por 4
Componentes Curriculares. A unidade curricular Aprofundamento nas Áreas do Conhecimento
para o 1º ano diurno oferta componentes curriculares de cada uma das 4 áreas para todas as turmas
da rede. Para o 2º ano, em 2023, mantém-se a estrutura de oferta de 4 componentes curriculares,
porém organizados de formas diversas que possibilitaram 9 arranjos distintos, assegurando que os
estudantes possam, com as equipes escolares, escolher qual dos Aprofundamentos é mais
compatível com seu projeto de vida. Neste documento, o professor encontrará as orientações para a
implementação do Aprofundamento Integrado nas quatro áreas do conhecimento, contendo a
seguinte estrutura:
● Introdução à unidade curricular;
● Ementa do macrotema;
● Abordagem pedagógica;
● Objetivos de aprendizagem;
● Planos de curso contendo sugestões de organização de trabalho com subtemas,
habilidades gerais, específicas e estratégias de ensino aprendizagem.
3 Estado de Minas Gerais - 2023
2º ano - Novo Ensino Médio
Introdução
O Aprofundamento em Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e suas Tecnologias e
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas é uma Unidade Curricular que possui quatro componentes
correspondentes às quatro áreas que são articulados por macrotema único: “Educação para os
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (EDS)”. A proposta para esta Unidade Curricular inclui a
discussão de temáticas relacionadas com os Temas Transversais Contemporâneos (BNCC) e com os
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que estão presentes na Agenda 2030 da Organização das
Nações Unidas (ONU).
Ementa do macrotema
“EDUCAÇÃO PARA OS OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL”
Em diversos momentos de nossa vida, todos nós já vivenciamos ou deparamos com
problemas econômicos, sociais, ambientais, territoriais, identitários que nos desafiam individual e
coletivamente. Buscar soluções possíveis que contribuam para um mundo socialmente justo,
economicamente inclusivo e ambientalmente responsável é nosso papel enquanto cidadãos
conscientes de que nossas ações afetam o presente e o futuro. Por isso, este Aprofundamento
mobiliza os conhecimentos das quatro áreas para a realização de um Projeto Empreendedor de
Impacto Local, relacionado às discussões sobre alguns dos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS), que foram propostos pelos países membros da ONU para erradicar a pobreza,
promover vida digna para todos e colocar o mundo em um caminho mais sustentável e resiliente até
2030.
Abordagem Pedagógica
De acordo com o Documento da UNESCO “Educação para os Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável: Objetivos de aprendizagem”, em 2015, representantes dos Estados-membros da
Organização das Nações Unidas (ONU) se reuniram e reconheceram que a erradicação da pobreza
em todas as suas formas e dimensões é o maior desafio global e um requisito indispensável para o
desenvolvimento sustentável. Então, foi adotado o documento “Transformando o Nosso Mundo: A
Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, pelo qual esses países comprometeram-se a
tomar medidas para promover o desenvolvimento sustentável nos próximos 15 anos. Esse
documento apresenta 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas, para
erradicar a pobreza, promover vida digna para todos e colocar o mundo em um caminho mais
sustentável e resiliente até 2030.
Esses 17 objetivos são integrados e abrangem as dimensões ambiental, econômica e social
do desenvolvimento sustentável. Para a concretização dos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável, cada um deles possui metas próprias que devem ser analisadas pelos professores, pois
elas são importantes direcionadores dos objetos de conhecimento que poderão ser trabalhados em
sala ao longo dos bimestres. É imprescindível que os professores que irão ministrar os componentes
curriculares desse Aprofundamento conheçam e dialoguem sobre os documentos que referenciam
essa proposta.
Foram selecionados dois objetivos (ODS) para serem desenvolvidos em profundidade em
cada componente curricular ao longo do ano:
Humanidades e ➢ Erradicação da pobreza – Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares.
Ciências Sociais ➢ Redução das desigualdades – Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles.
poluição e aumento substancial do reciclo e reuso seguro. Além disso, busca sensibilizar os
estudantes quanto aos impactos, problemas ambientais de produção, fornecimento e uso de
energia por meio de pesquisa investigativa sobre as diversas formas de energia e seus processos de
transformação para apresentação e difusão de soluções criativas para problemas locais.
O componente curricular Humanidades e Ciências Sociais dedica-se aos objetivos
Erradicação da pobreza e Redução das desigualdades e pretende aprofundar conceitos sobre a
pobreza e a falta de direitos básicos como alimentação, moradia, saneamento, trabalho, dentre
outros. Analisar e refletir criticamente sobre a relevância dos sistemas e das medidas de proteção
social e a importância da igualdade de direitos e acesso aos recursos econômicos. Engajar os
estudantes a identificar, refletir e propor estratégias e ações para o enfrentamento dos problemas
relacionados à pobreza e desigualdade.
Objetivos de Aprendizagem
Ao final do ano, espera-se que os estudantes sejam capazes de:
➢ Conhecer as estruturas e permanências que perpetuam problemas econômicos sociais e
ambientais recorrentes nas sociedades contemporâneas;
➢ Reconhecer e avaliar vários futuros possíveis, prováveis e desejáveis;
➢ Refletir sobre valores, princípios, objetivos e metas de sustentabilidade e erradicação da
pobreza, em um contexto de conflitos de interesses e concessões, conhecimento incerto e
contradições;
➢ Compreender e respeitar as necessidades, as perspectivas e as ações de outras pessoas
(empatia), ser sensível aos outros (liderança empática) e lidar com conflitos em um grupo,
facilitando a colaboração e a participação na resolução de problemas;
➢ Interpretar dados, índices e indicadores da pobreza, das violências, das desigualdades e dos
principais elementos como distribuição de emprego e renda;
➢ Avaliar a necessidade de políticas públicas que garantam os direitos fundamentais dos
indivíduos;
➢ Participar de ações da vida pública visando ao desenvolvimento e integração de políticas
que promovam a justiça social e econômica, as estratégias de redução de riscos, de
violências e medidas de erradicação da pobreza;
Planejamento
A AGENDA 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
De acordo com o Documento da UNESCO “Educação para os Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável: Objetivos de aprendizagem”2, em 2015, representantes dos Estados-membros da
Organização das Nações Unidas (ONU) se reuniram e reconheceram que a erradicação da pobreza
em todas as suas formas e dimensões é o maior desafio global e um requisito indispensável para o
desenvolvimento sustentável. Então, foi adotado o documento “Transformando o Nosso Mundo: A
Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, pelo qual esses países comprometeram-se a
tomar medidas para promover o desenvolvimento sustentável nos próximos 15 anos. Esse
documento apresenta 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas para
erradicar a pobreza, promover vida digna para todos e colocar o mundo em um caminho mais
sustentável e resiliente até 2030.
2
Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - Objetivos de aprendizagem. UNESCO, 2017. Disponível
em: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000252197. Acesso em: 09 de dez. 2021.
15. Vida terrestre – Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas
terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter
a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade
16. Paz, justiça e instituições eficazes – Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o
desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todas e todos e construir
instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis
17. Parcerias e meios de implementação – Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a
parceria global para o desenvolvimento sustentável (UNESCO, 2017, p. 6).
Mathematics), ao incluir artes. As artes vêm com suas funções sensibilizadora, educadora, criativa,
crítica e estética e incluem sociologia, psicologia, história, artes visuais, filosofia e educação
(Pugliesi, 2017)3.
Sendo assim, a escolha dessa abordagem para direcionar este Itinerário Formativo se
justifica por ter uma proposta que vai ao encontro do Currículo Referência de Minas Gerais para o
Ensino Médio no que diz respeito à inovação do ensino, a um trabalho inter e transdisciplinar e a um
ensino baseado em problemas reais e no estudante como protagonista. Desse modo, essa proposta
contribui para que o ensino seja mais atraente e possa formar os estudantes de forma integral,
promovendo uma visão de mundo mais ampla e uma percepção mais complexa da realidade, ao
mesmo tempo que os colocam na centralidade do ensino e da produção do conhecimento” (Minas
Gerais, 2021).
Para culminar o trabalho dos três primeiros bimestres, que é alicerçado pela abordagem
STEAM, no 4º bimestre, será realizado o Projeto Empreendedor de Impacto Local, que será
detalhado no anexo deste Plano de Curso, e utilizará a metodologia ativa Aprendizagem Baseada em
Projetos, a fim de mobilizar os conhecimentos das quatro áreas de conhecimento.
Por sua vez, os componentes deste Itinerário Formativo foram organizados com duas aulas
semanais e trabalharão subtemas relacionados aos ODS, considerando as habilidades relacionadas
às Competências Gerais da BNCC e as habilidades específicas de cada área de conhecimento. Para o
desenvolvimento dessas competências, para cada bimestre, há sugestões de Estratégias de Ensino e
Aprendizagem, que podem ser modificadas pelos professores ao considerarem a realidade e as
expectativas dos estudantes e o contexto em que a escola está inserida.
Realçamos que todo o planejamento pedagógico deve ter caráter inter e multidisciplinar, de
modo a articular os ODS, as quatro áreas de conhecimento, os professores e os objetos de
conhecimento. Para ajudar nessa integração, algumas atividades foram planejadas para serem
desenvolvidas de forma coletiva e integrada por professores de diferentes componentes.
3
Para conhecer mais sobre STEAM: Para começar com o STEM/STEAM education, dicas da Profa. Elmara
Souza, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=tv1VyNjlkXc
tecnologia como ferramenta de ensaio e parâmetros como: eficiência energética, água, carbono,
resíduos e impactos sociais.
Para o 4º bimestre, haverá o desenvolvimento do Projeto Empreendedor de Impacto Local,
que será realizado pelos professores dos quatro componentes deste Itinerário, o qual culminará as
discussões sobre um ou alguns dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) escolhidos
pelos estudantes. Para subsidiar a realização deste Projeto, usem os registros das atividades, das
percepções dos estudantes, das necessidades locais, dos resultados de pesquisas, debates, análise
de dados qualitativos e quantitativos de cada bimestre, pois eles que irão nortear a escolha do tema
do Projeto e o desenvolvimento do trabalho interdisciplinar.
Outro aspecto muito importante a ser observado ao longo da execução deste Itinerário
Formativo é o processo avaliativo da aprendizagem, que se estrutura numa lógica formativa para o
avanço da aprendizagem a partir da metacognição, favorecendo ao estudante refletir e ressignificar
sua vivência e aprendizados, por meio de autoavaliações, desenvolvimento de habilidades
socioemocionais e competências significativas para seu projeto de vida.
Em todas as etapas e atividades, a participação do(a) Coordenador(a) do Novo Ensino Médio
é decisiva para garantir a unicidade do trabalho no desdobramento do macrotema pelas diferentes
áreas, para acontecer a articulação, o diálogo e o planejamento conjunto entre os professores dos
quatro componentes curriculares e, sobretudo, em relação à estruturação e execução do projeto
integrado, de modo que seja significante para os estudantes.
Processos Criativos
(EMIFCG04) Reconhecer e analisar diferentes manifestações criativas, artísticas e culturais, por meio de vivências
presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade, criticidade e criatividade.
Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e incorporando
valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de decisões conscientes, consequentes,
colaborativas e responsáveis.
(EMIFCG08) Compreender e considerar a situação, a opinião e o sentimento do outro, agindo com empatia,
flexibilidade e resiliência para promover o diálogo, a colaboração, a mediação e resolução de conflitos, o combate ao
preconceito e a valorização da diversidade.
Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos associadas aos Eixos Estruturantes
Investigação Científica
(EMIFLGG01) Investigar e analisar a organização, o funcionamento e/ou os efeitos de sentido de enunciados e
discursos materializados nas diversas línguas e linguagens (imagens estáticas e em movimento; música; linguagens
corporais e do movimento, entre outras), situando-os no contexto de um ou mais campos de atuação social e
considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.
Processos Criativos
(EMIFLGG06) Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais, utilizando as
diversas línguas e linguagens (imagens estáticas e em movimento; línguas; linguagens corporais e do movimento,
entre outras), em um ou mais campos de atuação social, combatendo a estereotipia, o lugar comum e o clichê.
Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFLGG07) Identificar e explicar questões socioculturais e ambientais passíveis de mediação e intervenção por meio
de práticas de linguagem.
Estratégias de Ensino e Aprendizagem
1. Organizar o seminário coletivamente com Coordenador(a) e professores dos outros componentes;
2. Identificar conhecimentos prévios da turma em relação aos temas propostos para o bimestre por meio de
brainstorm;
3. Orientar que os estudantes utilizem a metodologia sala invertida e apresentem diferentes definições para
educação (formal, não formal e informal), bem como deem exemplos de educadores, no sentido mais amplo
da palavra, e de espaços educativos locais;
4. Usar metalinguagem, pesquisas e discussões para compreensão de termos como política pública, equidade,
igualdade, qualidade, acesso universal, direitos sociais, pode-se utilizar textos, gráficos, poemas, legislações e
músicas em língua portuguesa, inglesa ou espanhola;
5. Fazer uma linha histórica da Educação no Brasil e constatar se o país está progredindo para alcançar as metas
propostas no Objetivo 04 da Agenda 2030 (sugestão de materiais nas referências);
6. Analisar informações, relatórios e dados oficiais e discutir se há promoção de acesso universal à educação no
Brasil e se ela pode ser considerada inclusiva, equitativa e de qualidade (sugestão de materiais nas
referências);
e debater a opinião e sentimento dos estudantes em relação aos resultados apurados (há materiais em
língua portuguesa e inglesa no site sugerido);
8. Pesquisar os resultados alcançados em leitura e matemática da própria turma ou de outra série da própria
escola e comparar com os resultados do Brasil no PISA;
9. Promover encontros e rodas de conversa com educadores e profissionais envolvidos com políticas públicas
educacionais para se fazer uma reflexão sobre educação inclusiva e de qualidade no contexto brasileiro.
Para fins técnico-didáticos, o professor deverá atribuir notas de 60 a 100 pontos anuais para cada estudante. Assim, é
primordial definir critérios para essa distribuição, demonstrando aos estudantes a importância do processo de
aprimoramento e adequação, ajustando a mediação da aprendizagem, qualificando-a ainda mais ao perfil dos
estudantes e à realidade local.
Sugestões de Avaliação:
● Escrever um relatório baseado em dados, informações, gráficos sobre a Educação brasileira e a aprendizagem
de língua portuguesa. Incluir infográficos, figuras, mapas, colagens;
● Criar um podcast sobre a Educação brasileira, baseado nos dados e temas estudados ao longo do bimestre.
2º Bimestre - Interseção entre educação, emprego, renda e sociedade sustentável (Vários ODS)
No 2º bimestre, a área de Linguagens e suas Tecnologia ainda discute sobre o ODS 4 -
Educação de Qualidade - e procura integrá-lo aos temas trabalhados pelas três outras áreas de
conhecimento: emprego, renda, sustentabilidade. A proposta é mostrar aos estudantes que é
improvável conquistar um trabalho digno e produtivo, adequadamente remunerado e capaz de
garantir uma vida digna e uma sociedade justa, sustentável e equilibrada sem a mediação da
educação.
Sugestão de subtemas:
➢ Indicadores socioeducacionais do município
➢ Relação entre Educação x Emprego x Renda
➢ Educação x Cidade limpa e sustentável
➢ Empoderamento por meio da Educação
➢ Políticas públicas educacionais locais
➢ Redes de apoio à educação
Investigação Científica
(EMIFCG01) Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção, criticidade
e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.
(EMIFCG02) Posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando dados, fatos e evidências
para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas, coerentes e
compreensíveis, sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia, justiça social, pluralidade,
solidariedade e sustentabilidade.
Processos Criativos
(EMIFCG05) Questionar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções criativas, originais
ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incertezas e colocá-las em prática.
Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e incorporando
valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de decisões conscientes, consequentes,
colaborativas e responsáveis.
(EMIFCG08) Compreender e considerar a situação, a opinião e o sentimento do outro, agindo com empatia,
flexibilidade e resiliência para promover o diálogo, a colaboração, a mediação e resolução de conflitos, o combate ao
preconceito e a valorização da diversidade.
(EMIFCG09) Participar ativamente da proposição, implementação e avaliação de solução para problemas socioculturais
e/ou ambientais em nível local, regional, nacional e/ou global, corresponsabilizando-se pela realização de ações e
projetos voltados ao bem comum.
2. Instruir os estudantes para criarem atividades de integração curricular organizadas em torno de temas, com
uma rede de conceitos, questões e atividades que podem ser realizadas para se discutir a importância da
educação como direito básico para alcance de vários outros direitos como trabalho, segurança, saúde, lazer,
moradia, alimentação, meio ambiente equilibrado e sustentável (exemplos dessas atividades no Currículo
Referência de Minas Gerais para o Ensino Médio, p. 51-55);
3. Fazer visita de campo na Secretaria Municipal de Educação, Câmara Municipal e outras instituições ligadas à
área educacional, para que os estudantes conheçam como as políticas/ações educacionais locais são
discutidas e implementadas. Importante construir coletivamente com os estudantes o que se espera deles, o
que deverão observar, como participarão, quais os objetivos da visita, quais as ações realizarão durante e
depois da visita;
4. Conhecer e envolver-se com histórias de vida de pessoas que tiveram suas trajetórias modificadas pela
educação, por meio de palestras, livros e/ou poemas autobiográficos, videodocumentários, músicas, em
língua portuguesa, inglesa ou espanhola;
5. Convidar pessoas que se destacam na comunidade para compartilharem suas experiências e o papel da
educação na vida pessoal, profissional e cultural delas;
6. Pesquisar experiências de redes de apoio à educação no Brasil e no mundo (utilizar materiais em língua
portuguesa, inglesa ou espanhola) e discutir se já existe alguma ação análoga acontecendo na comunidade
local;
8. Refletir sobre o Novo Ensino Médio e se as ações que acontecem na escola estão proporcionando qualidade e
inovação conforme proposto por essa política pública educacional.
Sugestão de subtemas:
➢ Relação entre leis, justiça, inclusão e paz
➢ Instituições eficazes que buscam instituir direitos, justiça, inclusão e paz
➢ Violação dos direitos humanos: Sociabilidade Violenta
➢ Políticas de promoção da paz, justiça, inclusão e instituições fortes
➢ Comunicação não-violenta: papel da empatia e solidariedade
Investigação Científica
(EMIFCG01) Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.
(EMIFCG03) Utilizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de investigações científicas para criar ou propor
soluções para problemas diversos.
Processos Criativos
(EMIFCG05) Questionar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções criativas, originais
ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incertezas e colocá-las em prática.
(EMIFCG06) Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias e
plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os interlocutores
pretendidos.
Empreendedorismo
(EMIFCG11) Utilizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para estabelecer e adaptar
metas, identificar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para realizar projetos pessoais e produtivos com foco,
persistência e efetividade.
Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes
Investigação Científica
(EMIFLGG03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de campo,
experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre português brasileiro, língua(s) e/ ou linguagem(ns)
específicas, visando fundamentar reflexões e hipóteses sobre a organização, o funcionamento e/ou os efeitos de
sentido de enunciados e discursos materializados nas diversas línguas e linguagens (imagens estáticas e em
movimento; música; linguagens corporais e do movimento, entre outras), identificando os diversos pontos de vista e
posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e
buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias.
Processos Criativos
(EMIFLGG06) Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais, utilizando as
diversas línguas e linguagens (imagens estáticas e em movimento; línguas; linguagens corporais e do movimento,
entre outras), em um ou mais campos de atuação social, combatendo a esterotipia, o lugar-comum e o clichê.
Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFLGG07) Identificar e explicar questões socioculturais e ambientais passíveis de mediação e intervenção por meio
de práticas de linguagem.
(EMIFLGG08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das práticas de linguagem para
propor ações individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre formas de interação e de atuação social,
artístico-cultural ou ambiental, visando colaborar para o convívio democrático e republicano com a diversidade
humana e para o cuidado com o meio ambiente.
Empreendedorismo
(EMIFLGG11) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das práticas de linguagem para
desenvolver um projeto pessoal ou um empreendimento produtivo.
Estratégias de Ensino e Aprendizagem
1. Identificar e discutir o trabalho de instituições eficazes na construção da paz, igualdade, justiça: Escolas,
Igrejas, Órgãos Judiciários, Ministério Público, Organização das Nações Unidas (ONU), Fundo das Nações
Unidas para a Infância (UNICEF), dentre outras com abrangência internacional, nacional ou local. Pode-se
pesquisar site em língua portuguesa, inglesa ou espanhola;
2. (Realizar com o/a professor/a de Ciências Humanas) Conceituar Sociabilidade Violenta. Esse conceito é
fundamental para que possa ser compreendida a importância da educação frente às violências encontradas
em nossa sociedade. Entre elas, as mortes por motivos fúteis, os crimes passionais, violência doméstica e a
mortalidade de adolescentes e adultos jovens brasileiros. Relacionar os conteúdos de algumas leis com esses
dados e elaborar textos éticos e reflexivos sobre os resultados obtidos;
3. Promover momentos de reflexão sobre comunicação não violenta e seus elementos, por meio da escuta da
história pessoal dos estudantes, considerando as vezes que agrediram, foram agredidos ou foram
beneficiados por meios de comunicar que podem estabelecer relações éticas, respeitosas e justas ou
violentas e preconceituosas. Utilizar materiais em língua portuguesa, inglesa ou espanhola;
4. Realizar visitas a instituições oficiais e entidades de proteção aos direitos humanos, bem como a
agrupamentos, acampamentos, ocupações, coletivos organizados, instituições não-governamentais,
diretórios estudantis e movimentos sociais de defesa dos direitos individuais e coletivos, para conhecer suas
ações de inclusão, justiça e luta por direitos diversos. Importante construir coletivamente com os estudantes
o que se espera deles, o que deverão observar, como participarão, quais os objetivos da visita, quais as ações
realizarão durante e depois da visita. Após a visita, os estudantes irão realizar dramatizações sobre os
momentos mais marcantes para eles;
5. (Realizar com o/a professor/a de Ciências Humanas) Abordar a educação como algo a ser problematizado,
discutido e passível de mudanças a partir de propostas que considerem a realidade dos estudantes, suas
perspectivas e expectativas. Neste momento, propõe-se a exibição de uma série de filmes que têm o ensino
escolar sua principal pauta e os estudantes poderão fazer sessões comentadas e/ou trazer momentos mais
significativos vividos pelos estudantes e reproduzi-los em sala de aula, caso seja ofertado a opção de
assistirem fora da escola:
o Quando sinto que já sei, de Anderson Lima/Antonio Lovato/Raul Perez:
https://www.youtube.com/watch?v=HX6P6P3x1Qg
o Nunca me sonharam, de Cacau Rhoden : https://www.youtube.com/watch?v=KB-GVV68U5s
o Pro dia Nascer Feliz, de João Jardim : https://www.youtube.com/watch?v=qjkpDCoa-e4
6. (Realizar com o/a professor/a de Ciências Humanas) Analisar com os estudantes a Lei nº lei n° 12.852, de 05
de agosto de 2013, que institui o Estatuto da Juventude e dispõe sobre os direitos dos jovens, os princípios e
diretrizes das políticas públicas de juventude e o Sistema Nacional de Juventude - SINAJUVE. Problematizar o
acesso aos direitos por parte da juventude a partir de algumas perguntas norteadoras, como: “Por que a
existência de um estatuto com leis específicas para a juventude?”, “Esses direitos estão garantidos ou é
necessário lutar por eles?”, “Quais conexões é possível fazer entre o Estatuto da Juventude e a realidade
escolar?”, “Quais conexões é possível fazer entre o Estatuto da Juventude e a comunidade em que vivo?”.
Propõe-se utilizar dados, infográficos, tabelas e gráficos para que a análise seja subsidiada com argumentos
sólidos, abandonando-se o senso-comum. Os dados, a análise e a problematização devem ser produzidos
entre estudantes e professores. Em alguns momentos, a parte expositiva e orientadora ficará a cargo dos
professores e, em outros momentos, deve-se considerar tempos e espaços para os estudantes também
exporem os dados e resultados alcançados.
7. Conhecer a história de Malala Yousafzai e de tantos milhões de outras pessoas que sofrem restrições ou
anulações de seus direitos por motivos de injustiça, guerras, preconceitos e desigualdade de gênero (o site
indicado na referência pode ser acessado em língua inglesa ou portuguesa).
Processos Criativos
(EMIFLGG06) Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais, utilizando as
diversas línguas e linguagens (imagens estáticas e em movimento; línguas; linguagens corporais e do movimento, entre
outras), em um ou mais campos de atuação social, combatendo a estereotipia, o lugar-comum e o clichê.
Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFLGG08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das práticas de linguagem para propor
ações individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre formas de interação e de atuação social,
artístico-cultural ou ambiental, visando colaborar para o convívio democrático e republicano com a diversidade humana
e para o cuidado com o meio ambiente.
(EMIFLGG09) Propor e testar estratégias de mediação e intervenção sociocultural e ambiental, selecionando
adequadamente elementos das diferentes linguagens.
Empreendedorismo
(EMIFLLG11) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das práticas de linguagem para
desenvolver um projeto pessoal ou um empreendimento produtivo.
(EMIFLGG12) Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando as práticas de linguagens socialmente relevantes,
em diferentes campos de atuação, para formular propostas concretas, articuladas com o projeto de vida.
1º Bimestre - Trabalho, Crescimento econômico inclusivo e sustentável sob vários ângulos (ODS 8
e ODS 9)
Este bimestre contempla um trabalho pedagógico organizado em torno dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável 8 e 9, que propõem, respectivamente, um entendimento sobre o
emprego decente e crescimento econômico; indústria, inovação e infraestrutura. Busca-se
enriquecer as concepções trazidas pelos estudantes sobre a Matemática e enfatizar seu papel em
nosso mundo e sua função social, econômica e política.
Processos Criativos
(EMIFCG06) Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias e
plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os interlocutores
pretendidos.
Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e incorporando
valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de decisões conscientes, consequentes,
colaborativas e responsáveis.
Empreendedorismo
(EMIFCG11) Utilizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para estabelecer e adaptar
metas, identificar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para realizar projetos pessoais e produtivos com foco,
persistência e efetividade.
(EMIFCG12) Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus objetivos presentes e futuros,
identificando aspirações e oportunidades, inclusive relacionadas ao mundo do trabalho, que orientem escolhas,
esforços e ações em relação à sua vida pessoal, profissional e cidadã.
Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes
Investigação Científica
EMIFMAT01 - Investigar e analisar situações-problema identificando e selecionando conhecimentos matemáticos
relevantes para uma dada situação, elaborando modelos para sua representação.
EMIFMAT02 - Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na explicação ou resolução de uma situação
problema elaborando modelos com a linguagem matemática para analisá-la e avaliar sua adequação em termos de
possíveis limitações, eficiência e possibilidades de generalização.
EMIFMAT03 - Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de campo,
experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a contribuição da Matemática na explicação de
fenômenos de natureza científica, social, profissional, cultural, de processos tecnológicos, identificando os diversos
pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos recursos utilizados
na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias.
Processos Criativos
(EMIFMAT04) Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão crítica na
produção do conhecimento matemático e sua aplicação no desenvolvimento de processos tecnológicos diversos.
(EMIFMAT05) Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos relacionados à Matemática para resolver
problemas de natureza diversa, incluindo aqueles que permitam a produção de novos conhecimentos matemáticos,
comunicando com precisão suas ações e reflexões relacionadas a constatações, interpretações e argumentos, bem
como adequando-os às situações originais.
Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFMAT07) Identificar e explicar questões socioculturais e ambientais aplicando conhecimentos e habilidades
matemáticas para avaliar e tomar decisões em relação ao que foi observado.
(EMIFMAT08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos matemáticos para propor ações
individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre problemas socioculturais e problemas ambientais.
Empreendedorismo
(EMIFMAT10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados à Matemática podem ser
utilizados na concretização de projetos pessoais ou produtivos, considerando as diversas tecnologias disponíveis e os
impactos socioambientais.
(EMIFMAT11) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos da Matemática para desenvolver
um projeto pessoal ou um empreendimento produtivo.
(EMIFMAT12) Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando processos e conhecimentos matemáticos para
formular propostas concretas, articuladas com o projeto de vida.
26 Estado de Minas Gerais - 2023
2º ano - Novo Ensino Médio
3. Apresentar o que são indicadores sociais do IBGE e o que eles representam como instrumentos de análise do
desenvolvimento do país, disponível no site
https://www.ibge.gov.br/geociencias/informacoes-ambientais/estatisticas-e-indicadores-ambientais/15838-i
ndicadores-de-desenvolvimento-sustentavel.html?=&t=publicacoes;
4. Trabalhar com os estudantes índices ou dados de empresas que buscam construções que otimizam recursos
naturais a partir de dispositivos tecnológicos, espaços lúdicos, estratégias biofílicas, startups e outros
recursos capazes de contribuir para um Brasil mais eficiente, resiliente, competitivo e menos desigual.
Analisar experiências que focam em preservação, vida em sociedade e saúde, práticas de consumo
consciente, experiências inovadoras e industrialização inclusiva e sustentável e outras que supram
necessidades humanas do presente sem comprometer o futuro, realizar cálculos de desperdício, reciclagem
do lixo, compostagem em restaurantes, coletas seletivas etc;
5. Organizar a turma em grupos para que realizem pesquisas sobre fontes de geração de energia elétrica no
Brasil e qual o percentual de utilização de energias renováveis, disponível no site
https://www.gov.br/mme/pt-br/assuntos/noticias/capacidade-instalada-de-geracao-distribuida-solar-aprese
nta-forte-alta-em-relacao-a-2021. Após pesquisa, fazer análise dos resultados e apresentá-los para a turma,
considerando quais fontes são utilizadas localmente e se outras seriam mais prudentes e o porquê;
6. Propor que os estudantes pesquisem e analisem alternativas de redução da exploração dos recursos
naturais, ressaltando o cuidado com o meio ambiente, com uso da iluminação natural, cobertura natural,
horta comunitária, instalação de células fotovoltaicas, reutilização da água, uso de sensores de presença,
reuso dos resíduos de uma construção, dentre outras alternativas de maneira multidisciplinar;
7. Organizar a turma em pequenos grupos para que os estudantes examinem experiências de estilos de vida
minimalista, reflitam sobre custos e o efeito de escolhas e apresentem soluções de redução de consumo.
Sugere-se o uso e aproveitamento de sucatas como ferramenta para a elaboração e apresentação de
resultados;
8. Propor ações de observação de fenômenos sociais e ambientais e escrita de registros, como por exemplo,
em um diário de bordo, de funções, incluindo as sazonais, assim como as crescentes e decrescentes e
pesquisas relacionadas com as estações do ano: frutas ou acontecimentos e comemorações, associando o
período de plantio, épocas do ano, períodos que requerem maior número de funcionários para suprir as
determinações dos clientes. Neste trabalho, pode-se avaliar direitos e deveres do trabalhador sazonal e do
contratante, assim como benefício, visando a conscientizar o estudante e entender uma política alternativa
social e econômica, tema que pode ser considerado na orientação sobre o Projeto de Vida dos estudantes;
9. Apresentar gráficos com análise das funções que mostram crescimento ou decrescimento da
população/produção de alimentos, relação do homem no mundo e fontes de alimentos, provocando nos
estudantes reflexão crítica e análise social e econômica em âmbito global;
10. Buscar enriquecer o seminário organizado pelos professores dos quatro componentes desta Unidade
Curricular, apresentando as observações matemáticas discutidas neste bimestre.
(EMIFCG12) Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus objetivos presentes e futuros,
identificando aspirações e oportunidades, inclusive relacionadas ao mundo do trabalho, que orientem escolhas,
esforços e ações em relação à sua vida pessoal, profissional e cidadã.
Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes
Investigação Científica
EMIFMAT01 - Investigar e analisar situações-problema identificando e selecionando conhecimentos matemáticos
relevantes para uma dada situação, elaborando modelos para sua representação.
EMIFMAT02 - Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na explicação ou resolução de uma situação
problema elaborando modelos com a linguagem matemática para analisá-la e avaliar sua adequação em termos de
possíveis limitações, eficiência e possibilidades de generalização.
EMIFMAT03 - Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de campo,
experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a contribuição da Matemática na explicação de
fenômenos de natureza científica, social, profissional, cultural, de processos tecnológicos, identificando os diversos
pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos recursos utilizados
na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias.
Processos Criativos
(EMIFMAT04) Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão crítica na
produção do conhecimento matemático e sua aplicação no desenvolvimento de processos tecnológicos diversos.
(EMIFMAT05) Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos relacionados à Matemática para resolver
problemas de natureza diversa, incluindo aqueles que permitam a produção de novos conhecimentos matemáticos,
comunicando com precisão suas ações e reflexões relacionadas a constatações, interpretações e argumentos, bem
como adequando-os às situações originais.
Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFMAT07) Identificar e explicar questões socioculturais e ambientais aplicando conhecimentos e habilidades
matemáticas para avaliar e tomar decisões em relação ao que foi observado.
(EMIFMAT08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos matemáticos para propor ações
individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre problemas socioculturais e problemas ambientais.
Empreendedorismo
(EMIFMAT10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados à Matemática podem ser
utilizados na concretização de projetos pessoais ou produtivos, considerando as diversas tecnologias disponíveis e os
impactos socioambientais.
(EMIFMAT11) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos da Matemática para desenvolver
um projeto pessoal ou um empreendimento produtivo.
(EMIFMAT12) Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando processos e conhecimentos matemáticos para
formular propostas concretas, articuladas com o projeto de vida.
Estratégias de Ensino e Aprendizagem
Nesse sentido, sugere-se, como estratégias de ensino e aprendizagem:
1. Utilizar matérias, textos, dados ou partes de legislações para subsidiar o fortalecimento do saber sobre
empregos produtivos e de qualidade, custos e valores de impostos e de rendas, atividades insalubres,
perigosas, inseguras e degradantes;
2. Estabelecer conexões das TICs com os subtemas trabalho decente, políticas públicas de emprego e renda,
emprego pleno e produtivo com os levantamentos feitos no 1º bimestre por meio de análise de gráficos,
tabelas, organogramas e outros;
3. Construir com os estudantes modelos matemáticos para representar o crescimento e/ou decrescimento
econômico e social da comunidade local, relacionando os resultados ao Projeto de Vida deles;
4. Pesquisar como a economia colaborativa pode ser uma alternativa diante de problemas sociais, ambientais e
políticos e associá-la à tentativa de resolução de problemas locais e coletivos que foram evidenciados nos
modelos matemáticos;
5. Construir coletivamente assembleias escolares ou audiência pública para integrar conhecimentos, saberes e
experiências presentes em toda a escola e/ou na comunidade e pensar soluções que dialoguem com o
objeto proposto pelo macrotema, a partir da apresentação de informações pesquisadas e organizadas para
essas discussões. Durante o evento, discutir modelagens e protótipos que buscam a resolução dos
problemas de relevante interesse social, organizar mesas temáticas, utilizar inferências matemáticas como
tabelas, gráficos, estimativas e algoritmos que representam um pensamento crítico;
6. Fazer sínteses e registros das discussões e das proposições apresentadas durante a assembleia ou audiência
e criar um produto final como apresentação em cartazes, gravação de um podcast, criação de um folheto.
Propostas de Avaliação
São sugestões de avaliações:
● A avaliação do bimestre será feita de acordo com a atividade que será realizada coletivamente por todos os
professores dos quatro componentes, conforme explicado no item “Planejamento”.
Investigação Científica
EMIFMAT01 - Investigar e analisar situações-problema identificando e selecionando conhecimentos matemáticos
relevantes para uma dada situação, elaborando modelos para sua representação.
EMIFMAT02 - Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na explicação ou resolução de uma situação
problema elaborando modelos com a linguagem matemática para analisá-la e avaliar sua adequação em termos de
possíveis limitações, eficiência e possibilidades de generalização.
EMIFMAT03 - Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de campo,
experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a contribuição da Matemática na explicação de
fenômenos de natureza científica, social, profissional, cultural, de processos tecnológicos, identificando os diversos
pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos recursos utilizados
na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias.
Processos Criativos
(EMIFMAT04) Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão crítica na
produção do conhecimento matemático e sua aplicação no desenvolvimento de processos tecnológicos diversos.
(EMIFMAT05) Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos relacionados à Matemática para resolver
problemas de natureza diversa, incluindo aqueles que permitam a produção de novos conhecimentos matemáticos,
comunicando com precisão suas ações e reflexões relacionadas a constatações, interpretações e argumentos, bem
como adequando-os às situações originais.
Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFMAT07) Identificar e explicar questões socioculturais e ambientais aplicando conhecimentos e habilidades
matemáticas para avaliar e tomar decisões em relação ao que foi observado.
(EMIFMAT08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos matemáticos para propor ações
individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre problemas socioculturais e problemas ambientais.
Empreendedorismo
(EMIFMAT10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados à Matemática podem ser
utilizados na concretização de projetos pessoais ou produtivos, considerando as diversas tecnologias disponíveis e os
impactos socioambientais.
(EMIFMAT11) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos da Matemática para desenvolver
um projeto pessoal ou um empreendimento produtivo.
(EMIFMAT12) Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando processos e conhecimentos matemáticos para
formular propostas concretas, articuladas com o projeto de vida.
Estratégias de Ensino e Aprendizagem
Nesse sentido, sugere-se, como estratégias de ensino e aprendizagem:
1. (Realizar com o/a professor/a de Ciências da Natureza) Dividir a turma em grupos para que cada um
pesquise o que são construções de infraestruturas resilientes, industrialização inclusiva e sustentável, ações
inovadoras, utilização de tecnologia como ferramenta de ensaio, parâmetros como: eficiência energética,
água, carbono, resíduos e impactos sociais. Após pesquisa, cada grupo apresentará sua parte para a turma.
Em sequência, a turma fará uma análise do Plano Diretor da Cidade para verificar o que é proposto
relacionado a essas questões;
2. Analisar dados disponíveis nos sites do IBGE ou de órgãos públicos locais sobre acesso à água potável na
comunidade local e, partir dos estudos realizados, levantar possíveis soluções relacionadas a infraestruturas
inovadoras, sustentáveis e eficientes com baixo custo;
3. Elaborar projetos/programas que minimizem custos de produtores informais, promovendo o uso de
inseticidas naturais, hortas orgânicas, compostagem, coleta de água da chuva, etc, baseada na
sustentabilidade e inclusão social e apresentá-los para autoridades públicas, instituições privadas ou ONGs;
4. Pesquisar dados e elaborar planilhas, com os estudantes, sobre emissões de CO2 por segmentos da indústria
(mineração, siderurgia, automobilística, agronegócio, etc), fazer uma linha do tempo, relacionando esses
dados com a história e políticas adotadas nos últimos 30 anos no Brasil;
5. Aplicar alternativas de cálculo da geração do crédito de carbono (GWP) em função da área de plantio de
árvores, estabelecendo uma relação entre a quantidade de plantio, proporção, índices adotados e o ganho
de capital;
6. Conhecer o trabalho de ONGs que focam no plantio de árvores com o propósito de gerar o crédito de
carbono ou oferecer soluções para facilitar o acesso a créditos e serviços financeiros e verificar se há
33 Estado de Minas Gerais - 2023
2º ano - Novo Ensino Médio
instituições locais ou regionais que atuam nesse segmento. Exemplo: Plante Árvore - uma ação, voltada à
restauração florestal de mata nativa em áreas degradadas, nos limites do bioma Mata Atlântica e Cerrado,
disponível em: https://plantearvore.com.br/;
7. (Realizar com o/a professor/a de Ciências da Natureza) Pesquisar propostas de empresas de carbono zero
e promover debates entre a comunidade escolar e local, com vistas a fomentar iniciativas na realidade local
e propor pautas na Câmara Municipal e Conselhos da comunidade;
8. Elaborar relatórios sobre compensação de emissão de carbono, a partir de situações locais e regionais,
usando estimativas científicas, gráficos de comparação das análises de custo-benefício e custo-efetividade
associados à redução da poluição ou das emissões, gráficos do consumo de energia e emissões de CO2 pelo
seu uso no Brasil nos últimos 30 anos, com o objetivo de reduzir os impactos no meio ambiente e ajudar a
combater o aquecimento global.
Propostas de Avaliação
São sugestões de avaliações:
Criação de simulações matemáticas envolvendo tecnologia (planilha executável, applet, animação etc.). Tais
simulações serão criadas em grupos e cada grupo avaliará todos os outros grupos. A motivação dessa sugestão é a
Competência 5 da BNCC, “Cultura digital”. Referência:
https://sae.digital/base-nacional-comum-curricular-competencias/
Empreendedorismo
(EMIFCG11) Utilizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para estabelecer e adaptar
metas, identificar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para realizar projetos pessoais e produtivos com foco,
persistência e efetividade.
(EMIFCG12) Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus objetivos presentes e futuros,
identificando aspirações e oportunidades, inclusive relacionadas ao mundo do trabalho, que orientem escolhas,
esforços e ações em relação à sua vida pessoal, profissional e cidadã.
Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes
Investigação Científica
EMIFMAT01 - Investigar e analisar situações-problema identificando e selecionando conhecimentos matemáticos
relevantes para uma dada situação, elaborando modelos para sua representação.
EMIFMAT02 - Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na explicação ou resolução de uma situação
problema elaborando modelos com a linguagem matemática para analisá-la e avaliar sua adequação em termos de
possíveis limitações, eficiência e possibilidades de generalização.
EMIFMAT03 - Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de campo,
experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a contribuição da Matemática na explicação de
fenômenos de natureza científica, social, profissional, cultural, de processos tecnológicos, identificando os diversos
pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos recursos utilizados
na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias.
Processos Criativos
(EMIFMAT04) Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão crítica na
produção do conhecimento matemático e sua aplicação no desenvolvimento de processos tecnológicos diversos.
(EMIFMAT05) Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos relacionados à Matemática para resolver
problemas de natureza diversa, incluindo aqueles que permitam a produção de novos conhecimentos matemáticos,
comunicando com precisão suas ações e reflexões relacionadas a constatações, interpretações e argumentos, bem
como adequando-os às situações originais.
Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFMAT07) Identificar e explicar questões socioculturais e ambientais aplicando conhecimentos e habilidades
matemáticas para avaliar e tomar decisões em relação ao que foi observado.
(EMIFMAT08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos matemáticos para propor ações
individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre problemas socioculturais e problemas ambientais.
Empreendedorismo
(EMIFMAT10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados à Matemática podem ser
utilizados na concretização de projetos pessoais ou produtivos, considerando as diversas tecnologias disponíveis e os
impactos socioambientais.
(EMIFMAT11) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos da Matemática para desenvolver
um projeto pessoal ou um empreendimento produtivo.
(EMIFMAT12) Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando processos e conhecimentos matemáticos para
formular propostas concretas, articuladas com o projeto de vida.
Sugestão de subtemas:
➢ Agenda 2030 e os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)
➢ O ciclo da água e sua distribuição em nível global e local
➢ Acesso equitativo à água potável segura a um preço acessível
➢ Matriz energética global, regional e local
➢ Impactos e problemas ambientais relacionados à produção, fornecimento e uso de energia
Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC
Investigação Científica
(EMIFCG01) Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção, criticidade
e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.
(EMIFCG02) Posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando dados, fatos e evidências para
respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas, coerentes e compreensíveis,
sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia, justiça social, pluralidade, solidariedade e
sustentabilidade.
(EMIFCG03) Utilizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de investigações científicas para criar ou propor
soluções para problemas diversos.
2. Propor um momento de reflexão sobre possíveis estratégias para se garantir água potável e energia para
todos, centralizadas nas seguintes questões: “Nossos comportamentos são sustentáveis?”, “Como evitar o
desperdício da água e energia?”; “ O que podemos mudar para garantir um consumo de água e energia mais
responsáveis?”; “O consumo irresponsável é um fator que contribui para a escassez de água e energia?”;
“Como as mídias sociais podem contribuir para conscientização e mudanças de comportamentos mais
sustentáveis?”. As respostas podem ser registradas no Jamboard, no Canva ou no quadro;
3. Relacionar as respostas dos estudantes com os indicadores brasileiros dos Objetivos do Desenvolvimento
Sustentáveis (ODS) 6 e 7, disponíveis em: ODS 6, ODS 7, de forma que investiguem e analisem
situações-problema e variáveis que interferem no recebimento de água potável e energia de forma segura;
4. Agrupar os estudantes e propor uma pesquisa sobre: O ciclo da água e sua distribuição em nível global, matriz
energética e elétrica brasileira e mundial, os impactos da construção de fontes energéticas no ambiente, os
impactos da falta de saneamento para o meio ambiente e a sociedade. Subsidiar os estudantes com materiais
de apoio para pesquisa, tais como: livros, artigos, jornais, revistas, pesquisas em ferramentas de busca, vídeos,
podcast (sugestões de materiais nas referências). Orientá-los como realizar a curadoria desses materiais;
5. Registrar o que está sendo pesquisado por meio de anotações, observações, desenhos, relatórios, mapas
mentais, gráficos, além de percepções individuais e coletivas e dúvidas;
6. Analisar tabelas e gráficos que apresentam síntese por região brasileira sobre a acessibilidade ao uso de
energia e da água a nível nacional, de modo a identificar e explicar questões socioculturais e ambientais
relacionados à água, energia, meio ambiente e sustentabilidade baseados em dados qualitativos e
quantitativos;
7. Utilizar a metodologia World Café, para propiciar um momento de reflexão com os estudantes sobre as
seguintes questões: “Comunidades mais pobres são mais afetadas pela falta de acesso à energia, água e
saneamento?”; “Qual é a responsabilidade de cada indivíduo em relação à preservação do planeta?”; “Você
considera que a degradação ambiental mundial afeta diretamente sua vida? Se sim, como?”; “O que pode
acontecer com o planeta se o modelo de desenvolvimento de nossa espécie não considerar os prejuízos
causados a médio e longo prazo?”; “Quais as consequências da insuficiência de investimentos em saneamento
básico para as populações mais pobres e afastadas dos grandes centros urbanos?” (sugestão de materiais nas
referências);
8. Ao final do bimestre propiciar momentos nos quais os estudantes possam mobilizar os conhecimentos e
recursos das Ciências da Natureza para elencar possíveis estratégias para solucionar e/ou mitigar os impactos
da falta de acesso à energia, água e saneamento regional e/ou global, justificando as proposições com base
em critérios lógicos e éticos e em dados, fatos e evidências que respaldam suas conclusões, opiniões e
argumentos.
Sugestão de subtemas:
➢ ODS 6 - Água Potável e Saneamento
➢ Política e planos nacionais, regionais e locais sobre água e saneamento
➢ Qualidade da água, poluição e despejo e lançamentos de produtos químicos e materiais perigosos
➢ Agentes poluidores da água e descarte inadequado de resíduos sólidos
➢ Parâmetros de qualidade da água, poluição da água, solo e ar
➢ Toxicidade e reatividade de substâncias químicas e poluição na água
➢ Tratamento de água e esgoto, impacto ambiental, político e social
➢ Saneamento adequado e equitativo
➢ A água como um bem global comum e o direito humano a ela
➢ Escassez de água e eficiência no uso da água
Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC
Investigação Científica
(EMIFCG01) Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção, criticidade
e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.
(EMIFCG02) Posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando dados, fatos e evidências para
respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas, coerentes e compreensíveis,
sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia, justiça social, pluralidade, solidariedade e
sustentabilidade.
(EMIFCG03) Utilizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de investigações científicas para criar ou propor
soluções para problemas diversos.
Processos Criativos
(EMIFCG05) Questionar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções criativas, originais
ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incertezas e colocá-las em prática.
(EMIFCG06) Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias e
plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os interlocutores pretendidos.
Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e incorporando
valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de decisões conscientes, consequentes,
colaborativas e responsáveis.
(EMIFCG09) Participar ativamente da proposição, implementação e avaliação de solução para problemas socioculturais
e/ou ambientais em nível local, regional, nacional e/ou global, corresponsabilizando-se pela realização de ações e
projetos voltados ao bem comum.
2. Propor um clube de leitura para que os estudantes conheçam políticas públicas e planos nacionais, regionais e
locais sobre água e saneamento. Após leituras, organizar um clube de debate sobre as seguintes questões
norteadoras: “As políticas de tratamento de água e esgoto oferecidas para a sociedade em âmbito nacional,
regional e local são eficazes?”; “O preço pago para o tratamento de água e esgoto é acessível?”; “A qualidade
do serviço oferecido está de acordo com o preço cobrado?”; “Há interrupções frequentes no abastecimento
de água na minha cidade ou em alguns bairros locais?”; “A população faz descarte de resíduos em córregos e
rios locais?”; “Todos os bairros da cidade têm acesso ao tratamento de água e esgoto?” (sugestões de
materiais nas referências);
3. Realizar visitas técnicas em instituições como a Copasa ou outras de tratamento de água e esgoto locais e
conhecer como é realizado o tratamento de água e esgoto. São sugestões de questões a serem respondidas
durante a visita: “A instituição possui ações de conscientização da sociedade para preservação do meio
ambiente?” “Quais as ações promovidas pela instituição para promover a oferta de um serviço de qualidade e
acessível a todos?”; “Como o valor a ser cobrado da população pelo serviço prestado é calculado?”; “Quais as
ações que a instituição promove para se garantir um meio ambiente mais sustentável?”, “São encontrados
muitos produtos químicos e materiais perigosos na água antes de seu tratamento?”;
4. Promover uma palestra com representantes do poder público sobre políticas públicas relacionadas ao
tratamento de água e saneamento na comunidade local;
5. Pesquisar em jornais, blogs, redes sociais formas sustentáveis de uso da água e propor maneiras simples para
economizar água e energia no dia a dia (sugestões de materiais nas referências);
6. Assistir a documentários e vídeos que exploram a temática e debater os principais pontos abordados,
considerando a realidade regional e local (sugestão de materiais nas referências);
7. Registrar sínteses das pesquisas e das discussões por meio de registro fotográfico, criação de cartazes,
campanha publicitária, gravação de um podcast e fazer proposições para melhoria da realidade local em
relação ao acesso universal e equitativo à água potável e saneamento de forma segura para todos.
Propostas de Avaliação
A avaliação do bimestre será feita de acordo com a atividade que será realizada coletivamente por todos os
professores dos quatro componentes, conforme explicado no item “Planejamento”.
tecnológicos, identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de
citar as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias.
Processos Criativos
(EMIFCNT04) Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão crítica sobre a
dinâmica dos fenômenos naturais e/ou de processos tecnológicos, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos
digitais (como softwares de simulação e de realidade virtual, entre outros).
(EMIFCNT05) Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos relacionados às Ciências da Natureza para
resolver problemas reais do ambiente e da sociedade, explorando e contrapondo diversas fontes de informação.
(EMIFCNT06) Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais, considerando a
aplicação de design de soluções e o uso de tecnologias digitais, programação e/ou pensamento computacional que
apoiem a construção de protótipos, dispositivos e/ou equipamentos, com o intuito de melhorar a qualidade de vida
e/ou os processos produtivos.
Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCNT08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências da Natureza para propor
ações individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre problemas
socioculturais e problemas ambientais.
Empreendedorismo
(EMIFCNT10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados às Ciências da Natureza podem ser
utilizados na concretização de projetos pessoais ou produtivos, considerando as diversas tecnologias disponíveis e os
impactos socioambientais.
(EMIFCNT11) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências da Natureza para
desenvolver um projeto pessoal ou um empreendimento produtivo.
5. Produzir, com base nas atividades anteriores, um informativo de alcance da comunidade local ou uma
campanha usando um blog, site, jornal, panfleto, entre outros meios, divulgando informações sobre:
Impactos e problemas ambientais relacionados à produção, fornecimento e uso de energia (por exemplo,
mudanças climáticas, energia cinza); dependência (excessiva) de energias não renováveis como o petróleo;
conscientização para consumo responsável de energia; formas de poupar energia no dia a dia;
6. Propor soluções práticas (projeto/protótipo) usando tecnologias para um uso “mais limpo” e sustentável de
energia na comunidade local.
Neste bimestre, não haverá subtemas. O trabalho pedagógico será direcionado pelas etapas do Projeto, conforme é
explicado no anexo deste documento, e pelas habilidades a seguir.
Processos Criativos
(EMIFCG05) Questionar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções criativas, originais
ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incertezas e colocá-las em prática.
(EMIFCG06) Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias e
plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os interlocutores pretendidos.
Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e incorporando
valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de decisões conscientes, consequentes,
colaborativas e responsáveis.
(EMIFCG08) Compreender e considerar a situação, a opinião e o sentimento do outro, agindo com empatia,
flexibilidade e resiliência para promover o diálogo, a colaboração, a mediação e resolução de conflitos, o combate ao
preconceito e a valorização da diversidade.
(EMIFCG09) Participar ativamente da proposição, implementação e avaliação de solução para problemas socioculturais
e/ou ambientais em nível local, regional, nacional e/ou global, corresponsabilizando-se pela realização de ações e
projetos voltados ao bem comum.
Empreendedorismo
(EMIFCG11) Utilizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para estabelecer e adaptar metas,
identificar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para realizar projetos pessoais e produtivos com foco, persistência e
efetividade.
(EMIFCG12) Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus objetivos presentes e futuros,
identificando aspirações e oportunidades, inclusive relacionadas ao mundo do trabalho, que orientem escolhas,
esforços e ações em relação à sua vida pessoal, profissional e cidadã.
Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes
Investigação Científica
(EMIFCNT02) Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na dinâmica de fenômenos da natureza e/ou
de processos tecnológicos, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais, utilizando procedimentos e
linguagens adequados à investigação científica.
(EMIFCNT03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de campo,
experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a dinâmica dos fenômenos da natureza e/ou de processos
tecnológicos, identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de
citar as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias.
Processos Criativos
(EMIFCNT04) Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão crítica sobre a
dinâmica dos fenômenos naturais e/ou de processos tecnológicos, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos
digitais (como softwares de simulação e de realidade virtual, entre outros). (EMIFCNT05) Selecionar e mobilizar
intencionalmente recursos criativos relacionados às Ciências da Natureza para resolver problemas reais do ambiente e
da sociedade, explorando e contrapondo diversas fontes de informação.
(EMIFCNT06) Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais, considerando a
aplicação de design de soluções e o uso de tecnologias digitais, programação e/ou pensamento computacional que
apoiem a construção de protótipos, dispositivos e/ou equipamentos, com o intuito de melhorar a qualidade de vida
e/ou os processos produtivos.
Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCNT07) Identificar e explicar questões socioculturais e ambientais relacionadas a fenômenos físicos, químicos
e/ou biológicos.
(EMIFCNT08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências da Natureza para propor
ações individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre problemas socioculturais e problemas ambientais.
(EMIFCNT09) Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver problemas de natureza sociocultural
e de natureza ambiental relacionados às Ciências da Natureza.
Empreendedorismo
(EMIFCNT10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados às Ciências da Natureza podem ser
utilizados na concretização de projetos pessoais ou produtivos, considerando as diversas tecnologias disponíveis e os
impactos socioambientais.
(EMIFCNT11) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências da Natureza para
desenvolver um projeto pessoal ou um empreendimento produtivo.
3. Após a consulta dos dados sobre pobreza e desigualdade, propõe-se um trabalho de interpretação. Usar as
questões-chave: “O que esses dados podem nos dizer?”, “Quais as possíveis causas e consequências
relacionados a esses dados?”, “Com que outros dados posso relacioná-los”, etc. Se as informações
abordarem taxas e índices, como natalidade, mortalidade, fecundidade, expectativa de vida, é importante
que os estudantes compreendam o que significa cada um. Usar as questões-chave: “Como funciona certa
taxa e/ou índice?”, “Como devemos interpretá-los?”, “O que eles representam?”, “Qual a relação desses
dados com a pobreza e a desigualdade?”. Os estudantes podem investigar, selecionar, demonstrar e explicar
tais informações em sala de aula, processo que pode ser feito a partir de uma distribuição em grupos de
pesquisa e posterior apresentação em classe ou o professor pode apresentar dados, gráficos, tabelas e
construir a interpretação em sala de aula junto com os estudantes;
6. Solicitar que os estudantes discutam sobre alguns direitos humanos que julgam conhecer. Posteriormente,
debater algumas questões: “Todos os direitos citados por vocês fazem parte da DUDH?”, “Por que sabemos
tão pouco sobre nossos direitos básicos?”. Propor que os estudantes façam uma rápida pesquisa com os
discentes de outras turmas ou com familiares, perguntando-os quais direitos humanos conhecem e
apresentarem os resultados em sala de aula. Com as respostas consolidadas, seguir com a apresentação mais
sucinta dos trinta direitos humanos, por meio do vídeo “A história dos direitos humanos'' (disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=uCnIKEOtbfc&t=272s), o qual parte da mesma premissa: “Quais os
direitos humanos que você conhece?”, vídeo-animação que faz um resgate histórico da construção dos
direitos humanos até os dias atuais. Importante: a proposta de trabalhar direitos humanos, neste momento,
está no estabelecimento de um norte sobre os objetivos mínimos de dignidade que todos devem alcançar e,
ao mesmo tempo, balizar as possíveis propostas de soluções de problemas relacionados ao projeto final, os
quais devem respeitar os direitos humanos;
Ao apresentar os trinta direitos humanos, é salutar destacar seu caráter consuetudinário, ou seja, o direito humano
ao trabalho não define como deve ser o direito trabalhista de um país; o direito à justiça não define como o sistema
judiciário e as leis devem operar; o direito à educação não define como o sistema educacional deve ser estruturado e
oferecido. Trata-se, portanto, de evidenciar que o direito humano é algo a ser construído localmente, que necessita
de nossa participação cidadã para que seja estruturado e disponibilizado em respeito aos nossos costumes.
● Se o estudante expressa por escrito e oralmente, de forma autônoma, com argumentos embasados em
referências científicas sobre os temas tratados.
● Se o estudante desenvolveu uma reflexão crítica sobre o tema e posicionou-se frente às temáticas com
dados e evidências oficiais.
Propostas de Avaliação
A avaliação no Itinerário Formativo tem como premissa oportunizar ao estudante o desenvolvimento da
metacognição, acentuando sua natureza processual e formativa. Deve-se garantir preferencialmente a autoavaliação,
bem como o “feedback” do professor quanto à apropriação de habilidades e competências, visando o avanço
contínuo do estudante.
Para fins técnico-didáticos, o professor deverá atribuir notas de 60 a 100 pontos anuais para cada estudante. Assim, é
primordial definir critérios para essa distribuição, demonstrando aos estudantes a importância do processo de
aprimoramento e adequação, ajustando a mediação da aprendizagem, qualificando-a ainda mais ao perfil dos
estudantes e à realidade local.
Sugestão de subtemas:
➢ As dimensões da pobreza extrema no Brasil e no mundo
○ Mobilidade social, persistência de renda e persistência da pobreza
○ Sistemas de proteção social e programas e políticas de erradicação da pobreza extrema e proteção
à vulnerabilidade
○ Políticas e propostas de transferência de renda e enfrentamento das desigualdades
○ Direito à terra, à propriedade e aos recursos naturais
2. Após a leitura e discussão sobre as duas reportagens, tratar conceitualmente algumas das teorias científicas
das humanidades que abordam esses temas, como Capital Social e a importância das redes de conexões
sociais para a mobilidade social; o conceitos de castas ainda existentes em alguns países; a problematização
da meritocracia como algo real e disponível a todos no mundo de hoje; a relação entre mobilidade
social/persistência de renda e a geografia (local de moradia, acesso à educação e acesso a oportunidades de
renda);
4. Discutir políticas e propostas de transferência de renda, como o Renda Mínima, taxação de grandes
fortunas. A experiência da Finlândia e da Espanha podem ser apresentadas e gerar debates que propiciem
pensar sobre outras possibilidades que sequer fazem parte da imaginação dos estudantes
(https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2022/10/teste-com-renda-basica-na-finlandia-teve-pouco-efeito-n
o-emprego-mas-ganho-de-bem-estar.shtml). É importante pensar em algumas questões como o impacto
dessas políticas na procura e geração de emprego, na melhoria educacional, nas contrapartidas para ter
acesso a elas, nas relações sociais, etc. Também é interessante pensar em outras possibilidades que
envolvem, de forma direta ou indireta, a renda: a importância do imposto de renda para política distributiva,
transporte gratuito (passe-livre), distribuição de remédios (Farmácia Popular), entre outros. Como sugestão,
um material organizado sobre políticas de transferência de renda pode ser encontrado aqui:
https://www.dmtemdebate.com.br/em-um-mapa-todos-os-experimentos-com-renda-basica/;
5. Organizar roda de conversa ou seminários e debater sobre a função social da terra, a relação da terra com o
capital e a necessidade de preservar o meio ambiente. As discussões podem ser direcionadas por perguntas
norteadoras como: “O direito à terra é apenas uma questão de posse e de propriedade legal ou a terra
também possui uma função social que deve ser respeitada?”, “Qual é a função social da terra?”, “Como a
função social da terra consta em nossa Constituição?”, “Proprietários de terra podem fazer o que
quiserem com ela ou há limites?”, “O que são latifúndios e super latifúndios?”. Deve-se discutir a
associação de um dos direitos fundamentais da organização social/econômica/política - o direito à
propriedade - frente à dimensão coletiva e desigual em que estamos inseridos. Sugerimos os seguintes
material de apoio:
■ "Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...)
● XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; (...)
■ Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal,
conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno
desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.
(...)
■ Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária,
o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa
indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real,
resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja
utilização será definida em lei. (...)
6. Propor uma discussão sobre o que os estudantes consideram como trabalho decente. Questões-chave
podem ser usadas, como “Qual a importância da educação no processo de construção e conquista de
empregos dignos?”, “Por que as diferenças salariais com marcadores de raça e gênero acontecem e qual a
importância de se buscar soluções para esses problemas?”; “O que é trabalho análogo à escravidão?
Quais os exemplos atuais?”. Obs.: A produção da indústria têxtil e a produção agrária podem fornecer
exemplos reais e são facilmente encontrados em jornais e revistas, podendo ser explorados pelo professor e
estudantes. Também abrem oportunidade para se conectar as relações entre o trabalho análogo à
escravidão com produção, lucro excessivo e ética. Sugestões de material de apoio:
○ Desabamento em Bangladesh revela lado obscuro da indústria de roupas, da BBC Brasil:
https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2013/04/130428_bangladesh_tragedia_lado_obscuro
○ Este estudo produzido pelo IPEA, apesar de possuir mais de uma década, fornece imagens e
gráficos que podem subsidiar boas discussões sobre diferenças salariais, a partir de marcadores, e
proposta de investigação de dados mais atuais:
https://www.ipea.gov.br/retrato/indicadores_pobreza_distribuicao_desigualdade_renda.html;
7. Trazer questões como: “Por que as leis trabalhistas surgiram?”, “Qual era o contexto anterior a elas?”,
“Qual o papel dos sindicatos?”, “Como a globalização interferiu na produção e na oferta de trabalho?”, “É
possível fazer uma relação entre a pós-modernidade e as novas relações de trabalho?”, “As relações de
trabalho estão mais fluídas?” História, Geografia, Sociologia e Filosofia sempre abordaram as relações de
trabalho a partir de uma ótica mais específica, o que pode ser discutido mais aprofundadamente neste
momento. Sugestão de material de apoio:
○ Uma breve história dos direitos trabalhistas:
https://guiadoestudante.abril.com.br/coluna/atualidades-vestibular/uma-breve-historia-dos-direit
os-trabalhistas/
○ No futuro haverá trabalho, mas não necessariamente emprego, de O Estado de São Paulo:
https://infograficos.estadao.com.br/focas/planeje-sua-vida/no-futuro-havera-trabalho-mas-nao-ne
cessariamente-emprego
8. Terceirização, uberização e precarização do trabalho são temas que podem ser trabalhados em sala de aula
de forma específica ou permeados pelo debate da dimensão das relações de trabalho mediadas por
tecnologias. Algumas perguntas motivadoras podem ser feitas para que os estudantes tentem encontrar
respostas e fazer conexões entre essas relações de trabalho e o contexto social, econômico e político no
qual estamos inseridos no mundo atual: “Se a vaga de emprego existe, por que terceirizá-la?”; “Por que a
terceirização gera economia de custos às empresas?”; “Quem ganha e quem perde com a terceirização?”;
“Terceirizar abre vagas de empregos?”; “Terceirizar aumenta a produtividade?”; “Por que empregados
terceirizados estão mais associados a acidentes de trabalho?”. Como subsídio, o Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (IPEA) oferece diversos estudos sobre o tema e alguns deles com gráficos capazes de
fornecer uma boa perspectiva de análise em sala de aula: destacamos o material “Terceirização do Trabalho
no Brasil - novas e distintas perspectivas para o debate”, de 2018, disponível em:
https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/8258/1/Terceiriza%C3%A7%C3%A3o%20do%20trabalho%2
0no%20Brasil_novas%20e%20distintas%20perspectivas%20para%20o%20debate.pdf;
9. Trabalhar dados e gráficos do estudo do IPEA (estratégia acima) como, por exemplo, a relação entre
terceirização e rotatividade e as profissões mais diretamente suscetíveis a serem terceirizadas. Pergunta
norteadora: “Quais os possíveis motivos para que isso aconteça?” pode orientar a escrita de uma revista
em quadrinhos ou outra produção imagética que aborde as novas relações de trabalho, como a
precarização, a uberização, os novos contratos rápidos e por demanda, dentre outros temas;
10. Realizar visitas a instituições oficiais e entidades de combate à pobreza, bem como a agrupamentos
produtivos, acampamentos, ocupações, coletivos organizados, instituições não-governamentais, diretórios
estudantis e movimentos sociais cujo trabalho perpassa a temática abordada. Além das visitas,
representantes dessas organizações/instituições podem ser convidados para falar sobre o tema dentro da
escola.
Propostas de Avaliação
A avaliação do bimestre será feita de acordo com a atividade que será realizada coletivamente por todos os
professores dos quatro componentes, conforme explicado no item “Planejamento”.
Sugestão de subtemas:
➢ Estudo das desigualdades a partir de marcadores sociais: raça, gênero, idade, nível educacional e outros
○ Análise de dados e indicadores de inclusão social, econômica e política por idade, sexo, raça,
origem, religião
○ Relação entre desigualdade e o exercício da cidadania
○ Relação entre desigualdade e violência
○ Migração: movimentos que impactam a desigualdade, suas causas e consequências
➢ Educação
○ Relação entre educação e o exercício da cidadania
○ Abandono e evasão escolar como problemas de políticas para juventude
○ Ações afirmativas, inclusão social, acesso e permanência no ensino superior
➢ Representação cidadã
○ Participação dos jovens na política institucional
○ Direitos à saúde, educação, trabalho, meio ambiente e outros
Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC
Investigação Científica
EMIFCG03 - Utilizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de investigações científicas para criar ou propor
soluções para problemas diversos.
Processos Criativos
EMIFCG04 - Reconhecer e analisar diferentes manifestações criativas, artísticas e culturais, por meio de vivências
presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade, criticidade e criatividade.
Mediação e Intervenção Sociocultural
EMIFCG08 - Compreender e considerar a situação, a opinião e o sentimento do outro, agindo com empatia,
flexibilidade e resiliência para promover o diálogo, a colaboração, a mediação e resolução de conflitos, o combate ao
preconceito e a valorização da diversidade.
2. Trabalhar marcadores sociais e espacialidade por meio de informações visuais como a dos três links abaixo
que trazem mapas e tabelas sobre a frequência dos estudantes na USP (Universidade de São Paulo) e o
número de leitos (UTI) em Minas Gerais. A partir dos dados, discutir possíveis respostas do porquê dessa
situação, quais soluções podem ser sugeridas e como reagir a fatos como esses. Os links são:
○ Gênero:
https://desigualdadesespaciais.wordpress.com/2016/02/18/distribuicao-por-genero-nos-cursos-da-
usp/
○ Raça: https://desigualdadesespaciais.wordpress.com/2015/12/09/onde-estao-os-negros-na-usp/
○ Saúde (além de MG, há mapas separados por microrregiões mineiras):
https://www2.ifmg.edu.br/santaluzia/noticias/estudo-desenvolvido-pelo-ifmg-revela-que-90-das-ci
dades-mineiras-nao-tem-leitos-de-uti
3. (Realizar com o/a professor/a de Linguagens e suas Tecnologias) Conceituar Sociabilidade Violenta. Esse
conceito é fundamental para que possa ser compreendida a importância da educação frente às violências
encontradas em nossa sociedade. Entre elas, as mortes por motivos fúteis, os crimes passionais, violência
doméstica e a mortalidade de adolescentes e adultos jovens brasileiros. Como material de apoio, sugere-se
a utilização de duas matérias jornalísticas de outros estados (SP e MT) que podem, ao mesmo tempo, abrir
espaço de discussão e suscitar o interesse por pesquisa sobre Minas Gerais. Também é disponibilizado um
estudo acerca da letalidade infanto-juvenil que possui dados e gráficos sobre a situação brasileira e que
podem balizar o desenvolvimento do tema em sala de aula.
○ Em SP, 83% dos homicídios são por motivos fúteis ou por impulso:
http://g1.globo.com/brasil/noticia/2012/11/em-sp-83-dos-homicidios-sao-por-motivos-futeis-ou-p
or-impulso-diz-mp.html.
○ Brigas por motivo fútil e disputa entre criminosos são maiores causas de morte em MT:
http://www.sesp.mt.gov.br/-/brigas-por-motivo-futil-e-disputa-entre-criminosos-sao-maiores-causa
s-de-morte-em-mt.
4. Compreender as dinâmicas do fluxo migratório e seus impactos na organização social, econômica e política
de uma cidade e/ou região. Esse subtema se conecta com outros subtemas deste componente curricular,
como violência, trabalho análogo à escravidão e acesso a serviços e direitos básicos. Perguntas como “Quais
são os motivos principais associados à migração de pessoas?”; “Há políticas que controlam a migração de
pessoas?”, “O que produção e economia tem a ver com isso?”; “Quais os direitos dos imigrantes?” são
algumas das questões norteadoras para serem discutidas em sala de aula. A exibição do filme “Era o Hotel
Cambridge” (2016), de Eliane Caffé, e a série “Ser Brasil - migrantes e refugiados”, que está dividida em
pequenos episódios curtos (cerca de 3 min cada), podem compor um material importante para
compreender não apenas as temáticas envolvidas com migrações, mas aproximar o olhar dos estudantes a
alguns personagens reais e suas histórias, tornando o estudo mais empático e humano (o 1º vídeo de “Ser
Brasil” está disponível em:
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/assuntos/proteja/videos/serie-ser-brasil-migrantes-e-refu
giados-1o-video );
5. (Realizar com o/a professor/a de Linguagens e suas Tecnologias) Abordar a educação como algo a ser
problematizado, discutido e passível de mudanças a partir de propostas que considerem a realidade,
perspectivas e expectativas dos estudantes. Neste momento, propõe-se a exibição de uma série de filmes
que têm o ensino escolar como sua principal pauta. É possível fazer sessões comentadas e/ou trazer
momentos mais significativos vividos pelos estudantes para sala de aula, caso seja ofertado a opção de
assistirem fora da escola:
○ Quando sinto que já sei, de Anderson Lima/Antonio Lovato/Raul Perez :
https://www.youtube.com/watch?v=HX6P6P3x1Qg
○ Nunca me sonharam, de Cacau Rhoden : https://www.youtube.com/watch?v=KB-GVV68U5s
○ Pro dia Nascer Feliz, de João Jardim : https://www.youtube.com/watch?v=qjkpDCoa-e4
6. Discutir a participação dos jovens na política institucionalizada e analisá-la, a partir de dados disponíveis em
sites públicos, como o do Tribunal Superior Eleitoral (TSE -
https://sig.tse.jus.br/ords/dwapr/seai/r/sig-eleicao/home?session=203088494739123. Perguntas
mobilizadoras como “Votar é importante?”, “Vocês consideram que os partidos são espaços de
representação? Por quê?”, “É possível conquistar novos direitos ou manter os existentes sem participar da
política institucional?”, “De que maneira os jovens podem participar mais da política?” devem abrir
espaços para problematizações pelos próprios estudantes, sempre mediadas pelo(a) professor(a);
7. Iniciar tempestade de ideias em sala de aula a partir de perguntas como “Quais são as demandas que mais
importam aos jovens?” e desmembrar para: “Essas pautas são pautas amplas ou específicas?”, “Por que
elas são importantes para os estudantes?”. Procure formas de incentivar os estudantes a discutirem e
argumentarem sobre a relevância dessas demandas e pautas sociais (seja como propor tal discussão dentro
de uma roda de conversa mediada pelo professor ou outra organização) Algumas questões podem conduzir
a conversa: “Por que essa demanda é importante?” “Essa pauta é democrática?” “Como a participação
nesses movimentos ou luta por esses ideais o ajudaria a alcançar seus objetivos pessoais e profissionais”?
É importante realizar conexões entre tais pautas e o contexto existente na comunidade ou região;
8. (Realizar com o/a professor/a de Linguagens e suas Tecnologias) Analisar com os estudantes a Lei nº lei n°
12.852, de 05 de agosto de 2013, que institui o Estatuto da Juventude e dispõe sobre os direitos dos jovens,
os princípios e diretrizes das políticas públicas de juventude e o Sistema Nacional de Juventude - SINAJUVE.
Problematizar o acesso aos direitos por parte da juventude a partir de algumas perguntas norteadoras,
como: “Por que a existência de um estatuto com leis específicas para a juventude?”, “Esses direitos estão
garantidos ou é necessário lutar por eles?”, “Quais conexões é possível fazer entre o Estatuto da Juventude
e a realidade escolar?”, “Quais conexões é possível fazer entre o Estatuto da Juventude e a comunidade
em que vivo?”. Propõe-se utilizar dados, infográficos, tabelas e gráficos para que a análise seja subsidiada
com argumentos sólidos, abandonando-se o senso-comum. Os dados, a análise e a problematização devem
ser produzidos entre estudantes e professores. Em alguns momentos, a parte expositiva e orientadora ficará
a cargo dos professores e, em outros momentos, deve-se considerar tempos e espaços para os estudantes
também exporem os dados e resultados alcançados.
Propostas de Avaliação
São sugestões de avaliações:
Autoavaliações, a partir de uma rubrica construída com os estudantes, para que estes façam suas próprias avaliações,
considerando se: Já chegou lá, Está chegando, Iniciou o Aprendizado, Ainda não começou a desenvolver as
habilidades e competências propostas. Deve-se considerar o avanço na aprendizagem e as competências previstas
para este bimestre.
Avaliação de uma atividade realizada com o(a) Professor(a) da área Linguagens e suas Tecnologias, a partir de uma
escolha conjunta.
(EMIFCHS09) Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver problemas de natureza
sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, relacionados às Ciências
Humanas e Sociais Aplicadas.
Empreendedorismo
(EMIFCHS12) Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando as Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para
formular propostas concretas, articuladas com o projeto de vida, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.
Anexo
Tabela do Projeto Empreendedor de Impacto Local
Etapas do Projeto:
➢ Investigar: A primeira etapa do projeto compreende a apresentação de questões mobilizadoras associadas às
necessidades, temas e/ou problemas locais4.
As áreas de conhecimento apresentarão a proposta do Projeto Integrado de Impacto Local e da sua metodologia aos
estudantes, por meio de exposição de questões mobilizadoras atreladas às problemáticas das dimensões econômica,
ambiental, social, política, cultural e tecnológica dos ODS, que nortearão a primeira etapa do projeto. Lembrando que
essas temáticas devem estar associadas às necessidades, temas e/ou problemas reais.
➢ Descobrir: A segunda etapa consiste em definir e investigar os subtemas e/ou problema em grupos para a
proposição de possíveis hipóteses e causas.
Momento de os estudantes realizarem uma imersão por meio de pesquisas, estudos, exploração, problematização e
assimilação de conceitos associados aos subtemas e/ou problemas locais para proposições de possíveis hipóteses e
causas. Salienta-se que é importante que o professor observe e auxilie os estudantes na problematização proposta
para o Projeto Empreendedor de Impacto Local, que ele busque estabelecer um elo entre a proposição de possíveis
hipóteses e causas com o contexto em que os estudantes estão inseridos, promovendo um maior engajamento dos
estudantes e tornando a aprendizagem mais autêntica, relevante e significativa. No decorrer das pesquisas, os
estudantes são convidados a participarem de atividades como: clube de debate, oficinas, jogos e é essencial que eles
façam anotações, coleta de dados e registro por meio de imagens, textos e vídeos, para depois realizarem a análise
dos dados para a exposição do trabalho final.
➢ Conectar: A terceira etapa compreende a integração entre os subtemas e/ou problemas locais com as
possíveis proposições de soluções para o modelo/protótipo.
Neste momento, inicia-se a etapa de conexão com foco na integração entre as áreas de conhecimento, os estudantes
serão orientados a identificar os pontos de intersecção entre os conceitos dos subtemas/problemas e analisá-los sob
diferentes perspectivas, a fim de fazê-los convergir e integrar.
➢ Criar: A quarta etapa abrange a construção de um modelo/protótipo interáreas para apresentar a solução do
Projeto Empreendedor de Impacto Local.
Os estudantes terão a oportunidade de idear produtos através de modelos e/ou protótipo, para uma versão prévia do
Projeto Empreendedor de Impacto Local. A partir das ideias já confirmadas, é o momento de tirar a ideia do papel e
seguir para um plano de ação para vivenciar a parte prática: criar, testar e experienciar possibilidades desses modelos
e protótipos. Nesta fase, é importante que os jovens possam justificar as escolhas com base em critérios lógicos, por
meio de dados e evidências científicas que respaldam as conclusões.
➢ Refletir: A última etapa é o momento no qual os estudantes têm a possibilidade de refletir sobre o próprio
processo de aprendizagem e, a partir do feedback da turma e da comunidade, avaliar e validar a versão final.
Após a versão preliminar definida, os estudantes serão convidados a refletirem sobre as experiências vividas e como as
soluções dadas para os subtemas e/ou problemas propostos podem ser aprimoradas, considerando aspectos práticos,
necessidade, cumprimento de requisitos. Nesta etapa, os estudantes deverão validar e aprimorar a versão para que
cada grupo de trabalho exponha o produto final do Projeto Empreendedor de Impacto Local. Sugere-se buscar, dentro
do ambiente escolar, espaços disponíveis para a realização da exposição final, que deve contemplar o trabalho
colaborativo, o planejamento e a criação para as soluções dos problemas propostos.
4
Adaptado Como levar o STEAM para sala de aula. Nova Escola. Disponível em:
https://novaescola.org.br/conteudo/18021/como-levar-o-steam-para-a-sala-de-aula Acesso em 07 de DEZ. 2022
61 Estado de Minas Gerais - 2023
2º ano - Novo Ensino Médio
2. Relembrar com os estudantes os subtemas que foram trabalhados ao longo dos três bimestres anteriores, em
todos os quatro componentes, bem como listar os principais dados, informações e conclusões resultantes das
pesquisas, rodas de conversa, análises de dados, proposições de intervenção que permitam que os
estudantes façam uma leitura crítica da realidade local relacionadas às problemáticas atreladas às dimensões
econômicas, ambientais e sociais, política, cultural e tecnológica. Esses dados irão ancorar discursos e práticas
dos estudantes ao longo do desenvolvimento do Projeto5;
3. Propor um momento para que os estudantes possam fazer recorte do tema e/ou problema a partir de uma
necessidade local ou do interesse dos estudantes, dentre as problemáticas locais relativas aos subtemas dos
componentes do Itinerário. O foco precisa ser claro em como esse tema ou problema se relaciona com as
áreas do conhecimento que serão trabalhadas;
4. Agrupar os estudantes da turma e propiciar um momento de reflexão para que possam, a partir de questões
mobilizadoras, fazer uma análise de propostas de recortes de subtemas e/ou problema local, tais como: Qual
o problema identificado? (o que de fato aconteceu ou está acontecendo?) Quais as possíveis causas? (quais
os fatores que influenciaram para que a situação ocorresse?) Quem foi impactado? (quais as pessoas ou
grupos foram impactadas direta ou indiretamente pela situação?) Quais as consequências? (quais foram os
efeitos observáveis e mensuráveis nas pessoas impactadas).
Etapa Descobrir
1. Listar as possíveis hipóteses para os respectivos subtemas e/ou problemas sugeridos pelos estudantes, a
partir da reflexão das questões mobilizadoras;
2. Elaborar um mapa mental, com os estudantes, que os instigue a refletirem sobre as possíveis questões
atreladas aos subtemas e/ou problemas escolhidos e elencar características, informações, subsídios que
qualificam as propostas e proposições práticas;
3. Fomentar o pensamento crítico e criativo dos estudantes, por meio de rodas de conversa, debates para
verificar as melhores possibilidades de hipóteses elencadas pelos estudantes para o desenvolvimento do
trabalho em equipe;
5
Adaptado Gestão da Sustentabilidade e Gestão de Projetos: caminhos para integração dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
(ODS) na política das organizações. RIGS.Revista Interdisciplinar de Gestão Social. Disponível em:
https://periodicos.ufba.br/index.php/rigs/article/download/35191/24139/166671 Acesso em 07 de Dez. 2022
62 Estado de Minas Gerais - 2023
2º ano - Novo Ensino Médio
5. Relacionar os subtemas e/ou problemas definidos pelos estudantes com as origens, causas, impactos
identificados nos estudos das possíveis hipóteses, listar e definir as proposições de soluções para a proposta
do Projeto Empreendedor de Impacto Local;
6. Estabelecer um cronograma com datas, definindo cada etapa do projeto a partir do subtemas e/ou problemas
definidos pelos estudantes.
Etapa Conectar
1. Identificar os pontos de intersecção entre os conceitos dos subtemas/problemas abordados nas diferentes
áreas de conhecimentos e analisá-los sob diferentes perspectiva a fim de fazê-los integrarem e convergirem;
2. Elaborar, com os estudantes, uma tabela comparativa para decomposição dos subtemas e/ou problemas
alinhados às possibilidades de soluções definidoras do modelo/protótipo;
3. Orientar os estudantes durante escolha das explicações e soluções propostas por eles para os problemas;
5. Apresentar os esboços e desenhos já definidos para a solução dos subtemas e/ou problemas e auxiliar os
estudantes a criarem uma versão preliminar do modelo/protótipo.
Etapa Criar
1. Solicitar aos estudantes que façam uma prototipagem no papel, a qual os permita o teste e a validação do
modelo/protótipo. Se a escola possuir laboratório ou os estudantes tiverem acesso a recursos tecnológicos,
pode-se usar aplicativos ou plataformas gratuitas como tinkercad;
2. Propor um momento de reflexão sobre os elementos essenciais do modelo/protótipo: nome e versão, nível
do modelo/protótipo (conceito e se funciona como real), ideias que sustentam a proposta, o porquê (qual o
desafio que motivou a criação do modelo/protótipo), para quem se destina o modelo/protótipo, o que é
(caso seja factível a materialização do modelo/protótipo, como ele se materializa, quais os impactos e
resultados se espera após a implementação);
4. Vivenciar a etapa Criar (testar, experienciar, avaliar, prever) para aprimoramento das propostas de solução;
5. Criar uma tabela de critérios e raciocínio lógico, para se ter uma estrutura de pensamentos capazes de
justificar e alcançar a resolução do subtema/problema, para se analisar e avaliar as propostas, verificando se
elas são factíveis ou não;
7. Compartilhar com os estudantes de outras turmas a versão preliminar do modelo e/ou protótipo para
descobrir benefícios e problemas da proposta.
Etapa Refletir
1. Comunicar membros da comunidade escolar a proposta do Projeto Empreendedor de Impacto Local para
obter feedbacks e após a avaliação, remodelar o que for necessário;
2. Elaborar a versão final do modelo/protótipo. Nesta etapa, é importante que os estudantes saibam descrever,
de forma breve, como a solução proposta funciona, elencar as principais características da solução e propor
estratégias das quais a comunidade escolar pode participar;
4. Implementar a proposta e planejar as etapas da exposição do trabalho final: formato da apresentação, local,
nome, público e montagem e demais;
5. Selecionar o que será compartilhado (conteúdo), os registros realizados durante todo o projeto e outros que
considerar relevante para a exposição;
Autoavaliação
Por sua vez, o estudante também fará sua autoavaliação, considerando:
● As atividades interáreas propiciaram momentos para questionar, modificar e adaptar ideias existentes, assim
como para criar propostas ou soluções criativas originais e inovadoras?
● A minha participação e vivência em cada etapa e tarefa proposta foi realizada de forma proativa, responsável
e engajada?
● Quais foram as minhas maiores dificuldades para trabalhar em equipe? Como posso superá-las?
● Qual o maior aprendizado durante a Etapa Criar?
● O Projeto foi bem apresentado para a comunidade escolar? Qual foi minha maior dificuldade na
apresentação?
● Quais os principais benefícios das etapas da primeira apresentação e de feedback para modelar a versão
final?
● Ao experienciar as etapas do projeto, as atividades possibilitaram desenvolver e/ou aprimorar competências
e habilidades de atividades em grupo?
● Qual a importância de compartilhar o produto final? Qual parte foi a mais interessante?
● O projeto proposto pelo grupo alcançou seus objetivos e sensibilizou a comunidade escolar?
REFERÊNCIAS
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2° Bimestre:
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3° Bimestre:
Energias renováveis um futuro sustentável - https://www.revistas.usp.br/revusp/article/download/13564/15382
Crise ambiental e energias renováveis -
http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252008000300010
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