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2º ano - Novo Ensino Médio

1 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Governador do Estado de Minas Gerais


Romeu Zema Neto
Vice-governador do Estado de Minas Gerais
Mateus Simões de Almeida
Secretário de Estado de Educação
Igor de Alvarenga Oliveira Icassatti Rojas
Secretária Adjunta
Geniana Guimarães Faria
Subsecretária de Desenvolvimento da Educação Básica
Izabella Cavalcante Martins
Superintendência de Políticas Pedagógicas
Danielle Fernandes Viana
Diretoria de Ensino Médio
Rosely Lúcia de Lima
Coordenação de Ações de Aprendizagem
Vanessa Nicoletti Gomes de Oliveira

Construção
Ademar Pinto do Carmo
Alexandre Marini
Anízio Viana da Silva
Camila Gomes Cunha
Cláudia do Rosário Silva Mendes
Giselle de Oliveira Neves
Kátia de Laura Borges
Samira Maria Araújo
Laís Francini F. Américo (estagiária)

Parceria técnica
INSTITUTO IUNGO
Léa Camargo (coordenadora)
Dalvo Prado - Escola de Formação SEE/MG
Eduardo Dias - Escola de Formação SEE/MG
Fernando Lucas Figueiredo - Escola de Formação SEE/MG
Ricardo Falcão - Escola de Formação SEE/MG
Luciana Tenuta (coordenadora) – Mathema
Maria Ignez Diniz (coordenadora) - Mathema
Fernanda Saeme - Mathema
Marcio Lucio Cezar - Escola de Formação SEE/MG
Rodrigo Morozetti
Thiago Viana - Mathema
LEITURA CRÍTICA
Michele Borges
Carlos Gomes de Castro
Léa Camargo

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2º ano - Novo Ensino Médio

Sumário

APRESENTAÇÃO 4
Introdução 5
Ementa 5
Abordagem pedagógica 5
Objetivos de aprendizagem 6

Planejamento 8

Matemática e visão de finanças - MAT 12


1° Bimestre - Caracterização da vida financeira 13
2º Bimestre - Juros e impostos em parcelamentos 15
3º Bimestre - O status financeiro do Brasil 18
4º Bimestre - O planejamento financeiro do jovem e seu projeto de vida 21

Matemática para economia e trabalho - MAT 23


1º Bimestre - A economia e o jovem como consumidor 24
2º Bimestre - Economia: inflação, ofertas e demandas 27
3º Bimestre - A vida financeira após o trabalho 30
4º Bimestre - Eu e o trabalho daqui a 5 e 10 anos! 32

Humanidades para economia e trabalho - CHS 35


1º Bimestre - Economia: uma interpretação da realidade? 35
2º Bimestre - Afinal, e eu com a economia? 40
3º Bimestre - A economia explica o Brasil? 44
4º Bimestre - Economia, Trabalho e Juventudes 47

Desenvolvimento Econômico- CHS 52


1º Bimestre - O que é desenvolvimento? 52
2º Bimestre - O desenvolvimento econômico é uma questão de raça, gênero e classe? 56
3º Bimestre - O consumo consciente atrapalha a economia e as relações de trabalho? 60
4º Bimestre - Economia Solidária e Outras Possibilidades 63
REFERÊNCIAS 69

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APRESENTAÇÃO
O Itinerário Formativo é composto por Unidades Curriculares, que se organizam em
Componentes Curriculares. As Unidades Curriculares se estruturam de duas formas: aquelas
que são mantidas na matriz ao longo do ensino médio, como o Projeto de Vida e a
Preparação para o Mundo do Trabalho, e aquelas que permitem a escolha anual pelos
estudantes, como as Eletivas e o Aprofundamento nas Áreas do Conhecimento.
O Itinerário Formativo, parte diversificada do Currículo Referência de Minas Gerais,
tem uma função importante na trajetória escolar dos estudantes, pois estabelece o diálogo
com os contextos de vida dos jovens e com a realidade atual. Assim, um dos principais
propósitos do Aprofundamento nas Áreas do Conhecimento é a promoção de abordagens
práticas e contextualizadas , valorizando os saberes trazidos pelas Áreas do Conhecimento.
Ao conectar os saberes da Formação Geral Básica (Geografia, História, Sociologia,
Filosofia, Química, Artes, Educação Física, Matemática etc.) e o Projeto de Vida dos
estudantes, o Aprofundamento nas Áreas do Conhecimento tem como objetivos: produzir
conhecimentos, criar possibilidades de aprofundar e ampliar aprendizagens, intervir na
realidade sociocultural, incentivar a ação de empreender, como uma atividade profissional
ou ter a si mesmo como objeto desse empreender, isto é, empreender-se.
Cada Unidade Curricular do Aprofundamento nas Áreas do Conhecimento é
composta por 4 Componentes Curriculares. A unidade curricular Aprofundamento nas
Áreas do Conhecimento para o 1º ano diurno oferta componentes curriculares de cada uma
das 4 áreas para todas as turmas da rede. Para o 2º ano, em 2023, mantém-se a estrutura de
oferta de 4 componentes curriculares, porém organizados de formas diversas que
possibilitaram 9 arranjos distintos, assegurando que os estudantes possam, com as equipes
escolares, escolher qual dos Aprofundamentos é mais compatível com seu projeto de vida.
Neste documento, o professor encontrará as orientações para a implementação do
Aprofundamento em CHS e MAT, contendo a seguinte estrutura:
● Introdução à unidade curricular;
● Ementa do macrotema;
● Abordagem pedagógica;
● Objetivos de aprendizagem;
● Planos de curso contendo sugestões de organização de trabalho com subtemas,
habilidades gerais, específicas e estratégias de ensino aprendizagem.

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Introdução
O que é considerado desenvolvimento econômico? Quais são os marcos históricos
nos modos de produção? Como ler as trajetórias familiares nesse processo e como
compreender-se nele? Quais problemas sociais impedem a plena participação do sujeito no
desenvolvimento social e no mundo do trabalho? Quais conhecimentos matemáticos podem
apoiar a “leitura” do mercado de trabalho e a autogestão financeira? Como as vivências do
indivíduo e os conhecimentos de Matemática e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas podem
contribuir para a construção de perspectivas sobre os desafios que se colocam para a
Economia e suas relações com o mundo do trabalho? Essas são questões que orientam o
percurso formativo do estudante, em situações de aprendizagem que permitem uma postura
crítica, analítica e reflexiva diante do macrotema Economia e Trabalho.

Ementa
Macrotema: “Economia e Trabalho”
O macrotema "Economia e Trabalho" propõe o desenvolvimento do pensar e agir
criticamente frente às questões atuais. As áreas de conhecimento Matemática e suas
Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas estão organizadas em quatro
componentes curriculares que mobilizam conhecimentos variados para contextualizar e
solidificar conceitos e práticas pela ótica das humanidades e a educação
matemático-financeira. Os conhecimentos propostos estão alinhados com a realidade social,
familiar e escolar presentes nas relações cotidianas.

Abordagem pedagógica
A Unidade Curricular de Aprofundamento em Matemática e suas Tecnologias e
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas divide-se em quatro componentes curriculares que se
inter-relacionam através do macrotema “Economia e Trabalho”. Portanto, os(as)
professores(as) deste Aprofundamento devem ter um planejamento construído em diálogo
que vise a complementaridade e o equilíbrio entre as perspectivas individuais e coletivas que
se relacionam com o tema.
O componente Matemática e Visão de Finanças - MAT intenta analisar, categorizar,
estimar e produzir conhecimentos para a abordagem das finanças no cotidiano, em ações
educativas que promovam habilidades financeiras e o desenvolvimento do senso crítico,

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contextualizando a Matemática no arranjo das finanças pessoais e seu projeto de vida. O


aprendizado sobre finanças pode contribuir para o fortalecimento da cidadania, para
mudanças de hábitos e desenvolvimento da autonomia e consciência para tomada de
decisões mais assertivas.
O componente Matemática para Economia e Trabalho - MAT abordará os conceitos
essenciais da economia para compreensão e análise da relação entre economia e trabalho,
seus desdobramentos e consequências para a vida social. A utilização da matemática para o
domínio de índices, taxas, tabelas e gráficos contribui para o desenvolvimento de uma visão
ampliada das questões que influenciam diretamente nas suas escolhas e nas possibilidades
do mundo do trabalho. Propõe-se a utilização de pesquisas que visem a explicar, estimar,
comparar, traçar e investigar cenários econômicos e seus impactos com consequências na
vida do(a) estudante.
O componente Humanidades para Economia e Trabalho - CHS propõe explicar como
a economia também pode oferecer caminhos para compreender a realidade contemporânea
de forma crítica e com base em valores éticos e humanistas. Por meio de contextualizações
históricas e culturais, serão aprofundados conhecimentos em economia, na abordagem de
temas como: modos de produção e a realidade brasileira, orçamento doméstico, direitos
trabalhistas, trabalho e juventudes. Pretende-se que o(a) estudante seja capaz de
compreender criticamente sua realidade local, regional e nacional por meio de análises
econômicas
O componente curricular Desenvolvimento Econômico - CHS representa a
oportunidade de vivenciar práticas relacionadas à compreensão da complexidade do debate
sobre desenvolvimento. Tendo em vista as relações estruturais e conjunturais presentes no
debate sobre desenvolvimento econômico, serão aprofundados temas como: democracia
racial no Brasil, eugenia e higienismo social, raça, gênero e classe. Pretende-se apresentar
pontos de vista distintos para os(as) estudantes se aprofundarem na questão do
desenvolvimento econômico enquanto processo histórico e social.

Objetivos de aprendizagem
Ao final do ano letivo, espera-se que os(as) estudantes sejam capazes de:
● Propor soluções para diferentes problemas econômicos, com respeito aos direitos
humanos e buscando a justiça social, de forma sustentável, plural e democrática.

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● Escolher e traçar decisões racionais, relativas à vida financeira, utilizando-se de


conhecimentos sobre financiamento, capitalização e planejamento, para fazer
escolhas conscientes mediante o poder de compra.

● Estabelecer relações entre conhecimentos sobre classes e poder, para compreender


aspectos da economia e do trabalho.

● Reconhecer e problematizar aspectos do contexto econômico atual do Brasil, para


compreender a complexidade da relação entre economia e trabalho, como base para
a tomada de decisões pessoais.

● Produzir análises referentes às relações entre economia e trabalho e se posicionar


diante de questões estruturantes em problemas, como racismo, desigualdade de
renda, classe e gênero, e precarização do trabalho.

Quadro-síntese da Unidade Curricular do Aprofundamento

Unidade Curricular Macrotema norteador Componente curricular n° de aulas

Matemática e visão de finanças 2 aulas semanais


Aprofundamento em (MAT)
Matemática e suas
Tecnologias e Ciências Economia e Trabalho Matemática para Economia e 2 aulas semanais
Humanas e Sociais Trabalho (MAT)
Aplicadas
Humanidades para Economia e 2 aulas semanais
Trabalho (CHS)

Desenvolvimento econômico (CHS) 2 aulas semanais

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Planejamento
Este plano de curso destina-se ao desenvolvimento da proposta integrada entre os
componentes curriculares Matemática e Visão de Finanças (MAT), Matemática para
Economia e Trabalho (MAT), Humanidades para Economia e Trabalho (CHSA) e
Desenvolvimento Econômico (CHSA) que compõem o aprofundamento integrado entre as
áreas de Matemática e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. Este plano
apresenta sugestões de desenvolvimento do aprofundamento, sempre considerando os
ajustes e autoria docentes, em relação aos diferentes contextos educacionais e escolas da
rede mineira.
Durante o ano letivo, cada componente dispõe de 80 horas/aula distribuídas
igualmente em quatro bimestres, sendo dois tempos de aula semanais para cada um.
O trabalho proposto neste aprofundamento foi baseado, nas duas áreas do
conhecimento, em uma postura dialógica. Uma postura dialógica, promove o diálogo
igualitário entre o(a) professor(a) e o(a) estudante, respeita a inteligência cultural e o
protagonismo de todos os envolvidos no processo da construção da aprendizagem. Nesse
contexto, a aula assume o espaço de construção e transformação dos sujeitos (professor(a) e
jovens). A dinâmica é interacionista e ativa para que se estabeleça a criação de sentidos
diretamente conectados com a vida. O fazer pedagógico é coletivo para que os sujeitos
envolvidos nesse processo assumam a dimensão instrumental da operacionalização de seus
conhecimentos.
A construção e a vivência das aulas devem ter por objetivo a promoção e o
desenvolvimento das habilidades propostas em relação aos eixos de forma coletiva,
autônoma, participativa e proativa.
O ambiente sala de aula, é vivenciado pelo(a) professor(a) e os(as) alunos(as), de
forma criativa e inovadora, oportunizando e priorizando processos educacionais que
estimulem posturas ativas, coparticipativas, interacionais e assertivas. Os meios materiais e
os recursos pedagógicos para a aprendizagem devem possuir um significado simbólico que se
aproxime da realidade social dos estudantes. É produtivo, pertinente e enriquecedor que os
subtemas propostos neste aprofundamento sejam trabalhados de forma inter-relacional em
todas as aulas, a fim de estabelecer diferentes aprendizagens que impliquem novas
perspectivas sobre o tema “Economia e Trabalho”.

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O trabalho integrado se dá pela mobilização de competências e habilidades comuns,


pela adoção conjunta de uma concepção de educação que valoriza o protagonismo dos
estudantes, bem como a capacidade de uso crítico dos conhecimentos das diferentes áreas,
para o posicionamento fundamentado frente a questões atuais e para a conscientização
do(a) jovem estudante sobre sua forma de pensar e enfrentar as mais diversas situações que
fazem parte da sua vida e de sua comunidade.
As aprendizagens são aprofundadas na medida em que os estudantes são convidados
a mobilizar habilidades dos eixos estruturantes de investigação científica, processos criativos,
empreendedorismo e mediação e intervenção sociocultural, além de trabalharem com
objetos e procedimentos das áreas que se aplicam em diversos contextos. Tudo para que
os(a) jovens se percebam responsáveis e assumam papéis ativos na construção de
sociedades mais pacíficas, tolerantes, inclusivas e seguras.
A centralidade do jovem e a flexibilidade, que caracterizam os aprofundamentos, se
concretizam em espaços de escolha e protagonismo das juventudes presentes nas sugestões
de estratégias de ensino. Os(as) estudantes, orientados pelo(a) professor(a), são convidados
e incentivados a se posicionar, criar, decidir, nos mais diversos momentos de cada percurso.
Para isso, as metodologias propostas priorizam a participação ativa do(a) estudante nos
processos de busca de informações, organização, planejamento e tomada de decisões, para
que se posicionem criticamente e busquem soluções em diferentes situações.
Os quatro componentes deste aprofundamento foram planejados de modo integrado,
ou seja, apesar de cada um ter um foco mais definido, a cada bimestre as sugestões deste
plano utilizam os mesmos processos fundamentais para o desenvolvimento de habilidades
que privilegiam abordagens contemporâneas da Matemática e das Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas. A integração entre os componentes acontece também pela abordagem da
temática central, na proposta conjunta de uma atividade de acompanhamento e de
avaliação, pelo protagonismo dos(as) estudantes e pelo compromisso com a educação
integral.
Para além da temática e de subtemas em comum, a integração curricular proposta
neste aprofundamento também acontece por meio de uma integração analítica entre as
duas áreas do conhecimento, ou seja, em alguns bimestres os subtemas são similares e/ou
os mesmos e em outros, onde os subtemas não são os mesmos, a proposta de análise e

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reflexão da temática “Economia e Trabalho” se complementa entre as áreas durante os


bimestres.
Além disso, a complementaridade entre os componentes se dá também na forma de
uma produção comum entre as duas áreas, denominada Glossário Crítico do
“Economiquês”. Esta produção deve ser uma vivência coletiva da turma, ou seja, o objetivo
é que haja apenas um glossário para a turma inteira, ficando como uma atividade integrada
também entre os e as estudantes. Desta forma, é importante promover um diálogo para que
eles(as) pactuem combinados acerca desses registros e das responsabilidades nesta
atividade. Os registros podem ser feitos utilizando diferentes formatos, como: desenho,
mapa mental, mapa conceitual, resumo criativo, cálculo, poesia, música, fotos, esquemas,
listas, gráficos, fluxogramas e etc., o objetivo é promover um espaço para que a turma
vivencie uma experiência criativa e autoral acerca desses registros de forma integrada.
Para que esse plano possa ser de fato um instrumento para a formação integral dos(a)
estudantes é aconselhável que ele seja estudado por todos os docentes responsáveis por
ele e que a coordenação pedagógica ou o professor coordenador do Novo Ensino Médio
estabeleçam ações para favorecer a interlocução entre os docentes.
A avaliação precisa ganhar todos os contornos para ser processual e formativa, uma
vez que ela é também um fator de integração entre os componentes. Sabendo que se trata
de um jovem sendo avaliado por quatro componentes de um mesmo aprofundamento e que
o papel de protagonismo dele é essencial para sua formação integral, o estudante precisa ser
o centro do processo de avaliação. Nas sugestões de estratégias de ensino, há indicações de
produções, apresentações, trabalhos de grupo para pesquisa, investigação, modelagem e
criações do estudante, que, observadas e analisadas pelos professores podem gerar
evidências dos avanços e necessidades de aprendizagem dos estudantes em direção às
competências e habilidades propostas nesse aprofundamento. Por isso é importante o
registro sistemático, pautado por rubricas construídas pelo professor, de modo que ele possa
acompanhar cada estudante ao longo do percurso de cada componente. Um caderno ou um
arquivo virtual pode organizar os registros, de modo que a cada momento de devolutiva
avaliativa, o docente possa trazer contribuições aos jovens, pautadas pelos objetivos de
aprendizagem.

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A lógica de cada componente está descrita na Introdução deste plano, já a lógica da


jornada que será vivenciada pelos estudantes, ao longo do ano letivo, está presente no
quadro a seguir, no qual é possível entender o percurso do estudante, bimestre a bimestre. A
descrição de cada bimestre está na introdução e nos parágrafos que ligam os bimestres nos
quadros de cada componente.

Quadro síntese 2 da unidade curricular do Aprofundamento em CHS - MAT

ECONOMIA E TRABALHO

Matemática e Matemática para Humanidades Desenvolvimento


Visão de Economia e para Economia e Econômico
Finanças Trabalho Trabalho

Caracterização da A economia e o Economia: uma O que é


vida financeira jovem como interpretação da desenvolvimento?
1º bim consumidor realidade?

O desenvolvimento
Juros e impostos Economia: inflação, Afinal, e eu com a econômico é uma
2º bim em parcelamentos ofertas e demandas economia? questão de raça,
gênero e classe?

O capitalismo pode
O status financeiro A vida financeira A economia
ser verde
3º bim do Brasil após o trabalho explica o Brasil?
sustentável?

O planejamento
Eu e o trabalho Economia, Economia Solidária e
financeiro do
daqui a 5 e 10 Trabalho e outras
4º bim jovem e seu
anos! Juventudes. possibilidades.
Projeto de Vida

Produção transversal: Glossário Crítico do “Economiquês”

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Matemática e visão de finanças - MAT

MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS E


CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS

ECONOMIA E TRABALHO

Matemática e Visão de Finanças

1º Bimestre 2º Bimestre 3º Bimestre 4º Bimestre

O planejamento
Caracterização da vida Juros e impostos em O status financeiro do financeiro do jovem e seu
financeira parcelamentos Brasil Projeto de Vida

No percurso dos bimestres deste componente os estudantes serão convidados a investigar


de modo crítico os conhecimentos matemáticos presentes no mundo financeiro. Não se trata
de matemática financeira, uma vez que ela está presente nas aulas de matemática da
Formação Geral Básica, mas sim de um aprofundamento pela investigação dos conceitos e
variáveis que envolvem as questões relativas à aquisição, ao uso e à administração do
dinheiro pessoal e global.
Nos dois primeiros bimestre vários termos conhecidos pelos jovens ganham novos
contornos, na medida em que conhecimentos da matemática se distinguem como
necessários à compreensão do mundo financeiro.
No terceiro bimestre, o foco é analisar alguns aspectos financeiros do Brasil, entre eles a
inflação e alguns dos principais índices econômicos como IPCA e INPC, enquanto outros
componentes deste aprofundamento analisam a economia e o trabalho em nosso País.
No último bimestre o foco está nas implicações da vida financeira no projeto de vida de
cada jovem, sem esperar por uma abordagem exaustiva do tema, a ideia é promover a
reflexão para o caminho financeiro a ser traçado entre suas finanças pessoais e seu projeto
de futuro.
As produções e reflexões dos estudantes sobre os conceitos e procedimentos da área
financeira e da economia que aprendem nesse percurso devem compor o Glossário Crítico
do “Economiquês”, organizado e liderado pelo componente Desenvolvimento Econômico
desta unidade curricular, mas alimentado por todos os outros, processualmente.

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Espera-se que você, professor, amplie ou complemente as propostas/sugestões a seguir,


considerando seu conhecimento, sua experiência e as características da turma de estudantes
sob sua orientação.
1° Bimestre - Caracterização da vida financeira
1º Bimestre - Economia e trabalho
Caracterização da vida financeira
Subtemas:

● Saberes do senso comum sobre o mundo financeiro;


● Finanças pessoais e globais de um sistema econômico;
● Conceitos da área financeira.

Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC


Eixo Investigação Científica
(EMIFCG01) Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.
Eixo Empreendedorismo
(EMIFCG10) Reconhecer e utilizar qualidades e fragilidades pessoais com confiança para superar desafios e
alcançar objetivos pessoais e profissionais, agindo de forma proativa e empreendedora e perseverando em
situações de estresse, frustração, fracasso e adversidade.

Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes


Eixo Investigação Científica
(EMIFMAT02) - Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na explicação ou resolução de
uma situação-problema elaborando modelos com a linguagem matemática para analisá-la e avaliar sua
adequação em termos de possíveis limitações, eficiência e possibilidades de generalização.
Eixo Empreendedorismo
(EMIFMAT10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados à Matemática podem
ser utilizados na concretização de projetos pessoais ou produtivos,
considerando as diversas tecnologias disponíveis e os impactos socioambientais.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Levantar os conhecimentos que os estudantes possuem sobre o mundo financeiro. Em pequenos


grupos, eles podem inicialmente pensar sobre se existe diferença entre os conceitos de finanças e
economia. Com o objetivo de saber o que os jovens pensam a esse respeito é preciso assegurar um
momento de socialização das ideias.

2. Incentivar a busca em dicionários ou sites de buscas de informações sobre as definições e conceitos


que envolvem os termos economia e finanças. Reforçar que economia é uma ciência social que busca
entender e analisar as relações da sociedade com as variáveis e fatores que influenciam na produção,
distribuição e consumo de bens e serviços, enquanto que finanças é um subconjunto da economia que
atua na gestão do dinheiro.

3. Elaborar um painel em papel ou digital de ideias com o tema “O que eu sei do mundo financeiro?”,
para registrar as respostas dos estudantes que poderão ser frases, palavras, conceitos, senso comum,
entre outros. O painel deverá ser guardado ou salvo, pois será retomado em outro momento. Nesta

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atividade, espera-se o registro de ideias sobre salário, rendimentos, renda, investimentos, juros,
inflação, financiamentos, orçamento, dinheiro, etc.

4. Com o objetivo de despertar interesse e curiosidades dos estudantes sobre o mundo financeiro,
promover uma leitura compartilhada de dados estatísticos, artigos ou notícias sobre a situação dos
jovens brasileiros a respeito de endividamentos e importância do planejamento financeiro. Algumas
possibilidades são: artigo “Jovens endividados”, do Portal Clique Diário, disponível em:
https://cliquediario.com.br/artigos/jovens-endividados, acesso em 16 nov. 2022, “Endividamento
entre jovens: como reverter esse crítico cenário”, Publicado em 05/11/2021 por Meu Acerto em
https://exame.com/colunistas/meu-acerto/endividamento-entre-jovens-como-reverter-esse-critico-ce
nario/ , acesso em 17 nov. 2022.

5. Para complementar o item anterior, propor que os estudantes, em duplas ou pequenos grupos,
resolvam algumas questões do Pisa sobre letramento financeiro. Antes disso, organizar uma roda de
conversa sobre o sentido de letramento financeiro que, de acordo com a OCDE (Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico), é possuir o conhecimento e o entendimento de conceitos
de finanças e riscos e a capacidade, motivação e segurança para aplicar esse conhecimento para tomar
decisões em diferentes contextos financeiros, para melhorar a qualidade de vida dos indivíduos e da
sociedade e para permitir a participação na vida econômica. As questões para resolução pelos jovens,
podem ser obtidas no portal do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira), órgão vinculado ao Ministério da Educação, lá é possível fazer o download das questões
letramento financeiro, disponível em:
https://download.inep.gov.br/acoes_internacionais/pisa/itens/2015/letramento_financeiro_portugues
_pisa.pdf , acesso em 16 nov. 2022. Selecionar questões como “Opções de gastos”, que aborda o
reconhecimento de prioridades de gastos, “Dinheiro para viajar”, solicita o cálculo do tempo
necessário para atingir o objetivo, “Nova oferta - Questão 1”, envolve a capacidade de efetuar cálculos
de juros, “No mercado - Questões 1 e 2”, para verificar o entendimento sobre realizar boas escolhas. É
importante disponibilizar apenas as questões, sem os objetivos da questão, e após os estudos
organizar uma socialização das respostas escolhidas e as expectativas de respostas esperadas.

6. Como finalização da atividade, propor uma autoavaliação, para que os estudantes reconheçam pontos
a serem melhorados no letramento financeiro, e verificar a necessidade de retomar conceitos básicos,
como capital, juros simples, taxas de juros e período de aplicação.

7. Incentivar a troca entre estudantes da resolução desses problemas, em um movimento construtivo de


apreciação das resoluções e de colaboração com a melhoria dos registros dos colegas e, se necessário,
reflexão sobre eventuais erros.

8. Complementar o painel de ideias construído anteriormente, propondo e realizando com os estudantes


uma nuvem de palavras sobre “O que eu sei do mundo financeiro?", para verificar as novas percepções
adquiridas durante os estudos propostos até o momento. Nesta atividade, espera-se termos como:
dinheiro, orçamento, salário, rendimentos, renda, gastos, preços, empréstimos, financiamentos, juros,
inflação, fluxos de caixa, investimentos, mercados financeiros, fundos de reserva, riscos de
investimentos etc. Socializar o resultado da nuvem de palavras, para que todos possam verificar os
termos com mais ou menos ocorrências.

9. Organizar pequenos grupos e solicitar que identifiquem, dentre as palavras da nuvem, quais
consideram importantes conhecer, por influenciar e impactar a vida deles, seja na atualidade, seja no
futuro. Tais palavras podem iniciar a composição do Glossário Crítico do “Economiquês”, que será
produzido ao longo da unidade curricular, como instrumento processual de registros e de estudos.

Proposta de Avaliação

A avaliação no Itinerário Formativo tem como premissa oportunizar ao estudante o desenvolvimento da


metacognição, acentuando sua natureza processual e formativa. O fato de não haver reprovação nos
componentes curriculares do Itinerário Formativo não significa que estes não devam ser avaliados. Deve-se

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2º ano - Novo Ensino Médio

garantir preferencialmente a autoavaliação, bem como o “feedback” do professor quanto à apropriação de


habilidades e competências, visando o avanço contínuo do estudante.
Para fins técnico-didáticos, o professor deverá atribuir notas de 60 a 100 pontos anuais para cada
estudante. Assim, é primordial definir critérios para essa distribuição, demonstrando aos estudantes a
importância do processo de aprimoramento e adequação, ajustando a mediação da aprendizagem,
qualificando-a ainda mais ao perfil dos estudantes e à realidade local.

Uma autoavaliação simples pode ser feita nesse final, solicitando aos estudantes que registrem
uma rotina de pensamento: o que eu sabia sobre mundo financeiro e agora o que eu sei sobre mundo
financeiro e finanças pessoais. Essa produção pode ser comparada pelo próprio estudante, em outros
momentos de autoavaliação, na medida em que os demais bimestres deste componente forem
desenvolvidos.
Nos momentos de trabalho em duplas ou pequenos grupos, realização de pesquisas, leituras
compartilhadas, socialização das ideias dos grupos, reflexões e identificação de eventuais lacunas nos
conhecimentos básicos, com a utilização ou não de recursos digitais, você professor pode registrar o que
observa no desempenho dos estudantes em relação às habilidades gerais da BNCC e, em especial, à
competência EMIFCG01. Esta última competência e a habilidade podem ser observadas na medida em que
cada estudante seleciona e analisa dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção, criticidade e ética. Já
a habilidade (EMIFMAT02) se evidencia quando o estudante, com base em estudos e pesquisas, é capaz de
explicar conceitos financeiros, utilizando conhecimentos da matemática, e de resolver ou explicar a
resolução dos problemas do PISA sobre letramento financeiro.
Ainda nos momentos de trabalho colaborativo, é possível observar o jovem estudante em relação à
competência EMIFCG10, quando ele demonstra persistência e confiança na busca de novos conhecimentos
e no enfrentamento positivo de conflitos com os colegas.

Completada a etapa de levantamento dos conhecimentos dos estudantes sobre o mundo


financeiro, no próximo bimestre, o foco será um estudo de caso para identificar as variáveis
que existem e influenciam relações de transações financeiras, como juros embutidos. Nesta
etapa novos conceitos financeiros serão apresentados aos jovens e a presença e a
importância do conhecimento matemático ficarão mais evidentes.

2º Bimestre - Juros e impostos em parcelamentos

2º Bimestre - Economia e trabalho


Juros e impostos em parcelamentos
Subtemas:

● Juros embutidos em vendas parceladas;


● Impostos do sistema financeiro;
● Valor presente em vendas ou financiamentos parcelados (função exponencial).

Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC

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2º ano - Novo Ensino Médio

Eixo Investigação científica


(EMIFCG02) Posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando dados, fatos e
evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas,
coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia, justiça
social, pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.

Eixo Mediação e Intervenção sociocultural


(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e
incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de decisões
conscientes, consequentes, colaborativas e responsáveis.

Eixo Empreendedorismo
(EMIFCG10) Reconhecer e utilizar qualidades e fragilidades pessoais com confiança para superar desafios e
alcançar objetivos pessoais e profissionais, agindo de forma proativa e empreendedora e perseverando em
situações de estresse, frustração, fracasso e adversidade.

Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes


Eixo Investigação científica
(EMIFMAT01) Investigar e analisar situações problema identificando e selecionando conhecimentos
matemáticos relevantes para uma dada situação, elaborando modelos para sua representação.
(EMIFMAT02) Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na explicação ou resolução de uma
situação-problema elaborando modelos com a linguagem matemática para analisá-la e avaliar sua
adequação em termos de possíveis limitações, eficiência e possibilidades de generalização.
(EMIFMAT03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a contribuição da Matemática na
explicação de fenômenos de natureza científica, social, profissional, cultural, de processos tecnológicos,
identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar
as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes
mídias.
Eixo Mediação e Intervenção sociocultural
(EMIFMAT07) Identificar e explicar questões socioculturais e ambientais aplicando conhecimentos e
habilidades matemáticas para avaliar e tomar decisões em relação ao que foi observado.

Eixo Empreendedorismo
(EMIFMAT10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados à Matemática podem ser
utilizados na concretização de projetos pessoais ou produtivos, considerando as diversas tecnologias
disponíveis e os impactos socioambientais.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Organizar os estudantes em pequenos grupos, para realizar um estudo de caso e refletir sobre ações
a serem tomadas diante de problemas que envolvam: a relação com o dinheiro, influência de
publicidade, propaganda e estímulos de marketing, com reconhecimento de variáveis financeiras
envolvidas. Por exemplo, solicitar que os estudantes pesquisem uma propaganda de lançamento de
um smartphone, façam uma cotação de preços do aparelho e identifiquem as oportunidades de
parcelamento, ou seja, analisar que ao realizar uma compra do aparelho a dívida será uma despesa
fixa em qual valor e por quanto tempo. Em seguida, propor a reflexão sobre duas questões: Existem
juros embutidos nessa oportunidade de parcelamento? Algum imposto deverá ser pago nesta
transação financeira?

2. Promover um momento de socialização das conclusões dos grupos, incluindo questões como: Foram
usadas imagens de pessoas famosas? Que recursos essa propaganda ou anúncio utilizou para
convencer a compra do aparelho de modo parcelado? Houve destaque em letras ou números em
maior tamanho, como estratégia para destacar o valor “pequeno” das parcelas? O número de

16 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

parcelas evidencia, de fato, a duração de tempo em que o comprador terá essa despesa fixa em seu
orçamento pessoal?

3. Solicitar uma pesquisa sobre os conceitos de “juros embutidos” e “impostos pagos em transações
financeiras”. A ideia é que a análise concorra para a compreensão de que os juros embutidos são os
encargos cobrados em uma compra parcelada ou financiamento e que, geralmente, já estão incluídos
no valor das parcelas do produto ou serviço. Além disso, espera-se que os estudantes analisem
estratégias do discurso de marketing, tais como: não divulgar as taxas nas ofertas, omitindo-se que o
valor do produto à vista é o mesmo quando parcelado; omitir que existem impostos a serem pagos,
de acordo com a natureza e tipo de transações financeiras.

4. Por grupo ou dupla, propor que investiguem os tributos mais comuns: Imposto sobre Operações
Financeiras (IOF), que é um imposto sobre transações e práticas de crédito como empréstimo,
compras em cartão e financiamentos; Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de
Serviços (ICMS), pago sobre qualquer circulação de mercadoria, sejam nacionais ou importadas ;
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), tanto para produtos industrializados nacionais como
para os importados que estão retidos pela alfândega; Taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e
Custódia), que corresponde à taxa de juros básica da economia brasileira para linhas de crédito entre
instituições financeiras; Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o índice oficial da
inflação no país. Os conceitos de cada imposto, as informações sobre de quem é a responsabilidade
pelo pagamento e qual o valor de cada um podem ser inseridos no Glossário Crítico do
“Economiquês”.

5. Promover leitura colaborativa de artigos e notícias sobre a cobrança de impostos em diversos


produtos. No portal do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) estão disponibilizadas
publicações como “Imposto de brinquedos e eletrônicos ultrapassa70%, disponível em:
https://ibpt.com.br/imposto-de-brinquedos-e-eletronicos-ultrapassa-70/ , acesso em 17 nov. 2022, e
projetos como “Impostômetro” e “De olho no imposto”, disponíveis em:
https://ibpt.com.br/projetos/ , acesso em 17 nov. 2022. Solicitar uma rotina de pensamento dos
estudantes sobre as informações apresentadas nos textos lidos do tipo: O que eu já sabia antes da
leitura sobre a cobrança de impostos? O que eu sei agora? O que mais eu quero saber?

6. Retornar ao estudo de caso dos preços do smartphone, propondo que os estudantes de


consumidores se coloquem agora na posição de proprietários do estabelecimento que venderá o
aparelho. Supondo que o aparelho custou ao vendedor R$ 1000,00, eles devem calcular qual deve
ser o valor de venda na forma de “parcelamento sem juros” em 10, 12 ou 24 parcelas, tendo em vista
o pagamento de 68,76% de impostos, 5% com despesas gerais da empresa e 30% de lucro desejável.
Os grupos podem socializar as estratégias utilizadas nos cálculos para estabelecer o valor de venda do
aparelho. Neste caso, é importante observar se os estudantes recorrem a conhecimentos da
Formação Geral Básica sobre juros compostos e se aplicam fórmulas (Valor final = Valor inicial x (1 + i)t
, ou seja, Valor inicial = Valor final/(1 + i)t ) ou, ainda, se fazem cálculos mês a mês.

7. Para finalizar essa etapa, propor que, em novos agrupamentos, os estudantes investiguem e
sistematizem o conceito de “valor presente”, identificando essa função financeira, que nada mais é do
que a fórmula usada no item anterior. Eles deverão também levantar contextos em que ela deve ser
utilizada e identificar as variáveis que influenciam este cálculo.

8. No bimestre anterior sugerimos um painel inicial sobre “O que eu sei do mundo financeiro”.
Terminado este bimestre é interessante voltar a ele e analisar se é possível complementá-lo ou
aperfeiçoá-lo.

Proposta de Avaliação

Ao analisar os dois momentos do painel “O que eu sei do mundo financeiro”, que se iniciou no
primeiro bimestre e foi complementado ao final deste, e a construção do Glossário Crítico do
“Economiquês”, o professor certamente terá evidências de compreensões e aprendizagens que os
estudantes estão construindo em termos de habilidades, em especial em relação aos conhecimentos

17 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

específicos que devem ser mobilizados para o desenvolvimento das habilidades (EMIFMAT01),
(EMIFMAT02) e (EMIFMAT03).
Nesta etapa, a proposta de estratégias de ensino contém muitos momentos de troca entre
estudantes e deles com toda a turma, nos quais os jovens precisam argumentar, de modo claro e
consistente, para se posicionar em relação aos desafios trazidos, bem como negociar pontos de vista com
outros colegas, dessa forma está em desenvolvimento a habilidade (EMIFCG02), assim como eles se
deparam com suas fragilidades e precisam enfrentar o estresse e perseverar no diálogo com opiniões
diferentes ou até conflitantes, desenvolvendo-se em relação à habilidade (EMIFCG10) . O processo de
análise sobre juros embutidos em vendas parceladas, os cálculos de valores de venda parceladas, a
investigação sobre os impostos favorecem a mobilização dos estudantes nas habilidades (EMIFMAT01) e
(EMIFMAT02).

Completada uma primeira imersão na matemática, com sistematização e compreensão de


conceitos financeiros e com conscientização sobre como esses conhecimentos matemáticos
contribuem para entender um pouco mais sobre as instituições e setores que envolvem o
dinheiro. A próxima etapa traz como proposta analisar mais de perto a situação financeira do
Brasil. Sem a pretensão de esgotar ou aprofundar essa análise, o que requeriria um vasto
conhecimento de finanças e de economia, vamos nos deter em alguns indicadores que
interferem de perto na vida das pessoas, destacando o conceito de inflação e sua relação
com o dinheiro circulante, para derrubar o senso comum de que basta imprimir dinheiro
para recuperação do poder aquisitivo das pessoas.

3º Bimestre - O status financeiro do Brasil

3º Bimestre - Economia e trabalho


O status financeiro do Brasil
Subtemas:

● Inflação: todos devem compreender;


● Índices econômicos oficiais (IPCA e INPC);
● Correção de valores para manter o poder de compra;
● Por que um país com dívidas não pode imprimir dinheiro?

Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Eixo Investigação Científica


(EMIFCG01) Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais. (EMIFCG02) Posicionar-se com base em
critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando dados, fatos e evidências para respaldar conclusões, opiniões
e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas, coerentes e compreensíveis, sempre respeitando
valores universais, como liberdade, democracia, justiça social, pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.
Eixo Empreendedorismo

18 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

(EMIFCG10) Reconhecer e utilizar qualidades e fragilidades pessoais com confiança para superar desafios e
alcançar objetivos pessoais e profissionais, agindo de forma proativa e empreendedora e perseverando em
situações de estresse, frustração, fracasso e adversidade.
(EMIFCG12) - Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus objetivos presentes e
futuros, identificando aspirações e oportunidades, inclusive relacionadas ao mundo do trabalho, que
orientem escolhas, esforços e ações em relação à sua vida pessoal, profissional e cidadã.

Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes

Eixo Investigação Científica


(EMIFMAT01) Investigar e analisar situações problema identificando e selecionando conhecimentos
matemáticos relevantes para uma dada situação, elaborando modelos para sua representação.
(EMIFMAT02) Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na explicação ou resolução de uma
situação-problema elaborando modelos com a linguagem matemática para analisá-la e avaliar sua adequação
em termos de possíveis limitações, eficiência e possibilidades de generalização.
(EMIFMAT03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a contribuição da matemática na
explicação de fenômenos de natureza científica, social, profissional, cultural, de processos tecnológicos,
identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação com o cuidado de citar
fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias.
Eixo Empreendedorismo
(EMIFMAT10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados à Matemática podem ser
utilizados na concretização de projetos pessoais ou produtivos,considerando as diversas tecnologias
disponíveis e os impactos socioambientais.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Solicitar que os estudantes busquem informações sobre Inflação, tendo como objetivos: conhecer o
significado do conceito; as causas e consequências; investigar se inflação é uma questão do Brasil ou de
outros países.

2. Conhecer os índices IPCA e INPC, por meio do vídeo do IBGE Explica “O que é inflação - IBGE Explica
IPCA e INPC”, no YouTube, disponível em https://www.youtube.com/watch?v=JVcDZOlIMBk , acesso em
18 nov. 2022. Espera-se a compreensão de que inflação é um nome atribuído ao aumento dos preços,
produtos e serviços, que IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) é o índice oficial de
inflação no Brasil aponta a variação do custo de vida médio de famílias com renda mensal de 1 e 40
salários mínimos, enquanto que INPC ( Índice Nacional de Preços ao Consumidor) verifica a variação do
custo de vida médio apenas de famílias com renda mensal de 1 a 5 salários mínimos. Ambos, IPCA e
INPC, possuem índices específicos para cada estado brasileiro.

3. Propor que os estudantes levantem informações sobre: os INPC e IPCA do mês anterior ao atual; IPCA
acumulado de 12 meses; maior e menor índices de inflação no Brasil e no mundo no ano corrente. Em
seguida apresentar alguns valores a serem corrigidos pelo IPCA e pelo INPC, por meio de calculadora
on-line, como disponibilizada no Portal do IBGE, https://www.ibge.gov.br/explica/inflacao.php , acesso
em 18 nov. 2022. Nessa ferramenta é possível verificar, por exemplo, que a correção de R$ 1000,00 entre
janeiro de 2022 a junho do mesmo ano, corresponde a R$ 1054,87, um percentual de 5,49%, ou seja,
para ter o mesmo poder de compra de R$ 1000,00 que o cidadão tinha em janeiro serão necessários R$
1054,87 em junho, devido aos aumentos de valores da inflação neste período.

4. Na vivência de cada uma das propostas de ensino aqui sugeridas, é interessante que os estudantes
voltem ao Glossário Crítico do “Economiquês” da turma e acrescentem os termos e os conceitos
correspondentes, com explicações claras e objetivas que possam auxiliar outras pessoas a compreender
os significados, usos e importância do conteúdo no dia a dia.

5. Promover brainstorming com o objetivo de coletar a maior quantidade possível de percepções ou ideias
para o seguinte problema: “Considerando que o país está com uma dívida muito grande, quais as

19 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

possibilidades existentes para efetuar o pagamento desta dívida?". É esperado que os estudantes
apresentem como sugestões aumentar impostos, privatização, impressão de mais dinheiro etc.. Após
este momento inicial, questionar “Por que um país com dívidas não imprime dinheiro para pagá-las?''.
Disponibilizar um momento para que a turma socialize suas ideias e mobilizar para a leitura da notícia
“Por que o Brasil simplesmente não imprime dinheiro para pagar as dívidas? que resume palestra de Ilan
Goldfajn responde e de Lara Rizério do Portal Infomoney, disponível em:
https://www.infomoney.com.br/mercados/por-que-o-brasil-simplesmente-nao-imprime-dinheiro-para-p
agar-as-dividas-ilan-goldfajn-responde/ , acesso em 18 nov. 2022, para fomentar a discussão “Por que
imprimir dinheiro gera inflação?”. Espera-se que os estudantes cheguem à conclusão de que a
disponibilização de muito dinheiro circulando pelo comércio gera desequilíbrio na oferta de produtos e
serviços, tendo como consequência o aumento dos preços, para atender a demanda da oferta e procura.

6. Finalizar com um momento de reflexão dos estudantes sobre seus projetos de vida, iniciando com: “ E
você? Quais decisões você leva para sua vida, apoiado nos conhecimentos analisados até aqui (variáveis
de suas finanças pessoais, compras e vendas parceladas, inflação)?”

Propostas de Avaliação

No percurso deste bimestre as estratégias de ensino trazem várias possibilidades de avaliação,


utilizando-se os registros e as apresentações feitas pelos jovens. O registro sistemático do professor também é
de grande valia.
A realização de investigações, leitura do artigo, conhecer dados que impactam a economia da
sociedade, as discussões em grupo e as coletivas, reflexões relacionadas ao cotidiano são alguns dos
destaques que podem ser considerados no acompanhamento dos estudantes, em relação às habilidades
(EMIFMAT01), (EMIFMAT02), (EMIFMAT03) e (EMIFMAT10). Já nas relações durante o trabalho em grupo e
nas discussões coletivas é possível registrar o desenvolvimentos dos jovens nas habilidades (EMIFCG01),
(EMIFCG02) e (EMIFCG10).

Nos bimestres anteriores o foco foi ampliar os conhecimentos dos estudantes sobre o
mundo financeiro, a proposta agora vai em duas direções. A primeira delas relacionada à
importância do letramento financeiro na gestão pessoal, para conduzir o estudante ao
alcance das metas de seu projeto de vida. A segunda busca conscientizar os jovens de suas
aprendizagens, por meio da resolução de questões sobre gestão financeira. Essas questões
poderão ser do ENEM e, se for o caso, de processos seletivos de ingresso no ensino superior,
em carreiras de interesse dos jovens. O Glossário Crítico do “Economiquês” chega ao fim, e
pode ser avaliado por todos os professores deste aprofundamento como um único e valioso
instrumento de avaliação das aprendizagens. Esse Glossário pode ser utilizado também para
orientar a autoavaliação dos jovens em relação a todo o percurso realizado neste
componente .

4º Bimestre - O planejamento financeiro do jovem e seu projeto de vida

4º Bimestre - Economia e trabalho


O planejamento financeiro do jovem e seu projeto de vida

20 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Subtemas:

● Planejamento financeiro pessoal;


● Perfil financeiro individual;
● Resolução de questões do ENEM;
● Gestão financeira e Projeto de vida.

Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Eixo Investigação científica


(EMIFCG03) Utilizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de investigações científicas para criar ou
propor soluções para problemas diversos.
Eixo Empreendedorismo
(EMIFCG12) Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus objetivos presentes e
futuros, identificando aspirações e oportunidades, inclusive relacionadas ao mundo do trabalho, que
orientem escolhas, esforços e ações em relação à sua vida pessoal, profissional e cidadã.

Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes

Eixo Investigação Científica


(EMIFMAT01) Investigar e analisar situações problema identificando e selecionando conhecimentos
matemáticos relevantes para uma dada situação, elaborando modelos para sua representação.
(EMIFMAT03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a contribuição da Matemática na
explicação de fenômenos de natureza científica, social, profissional, cultural, de processos tecnológicos,
identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar
as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes
mídias.
Eixo Empreendedorismo
(EMIFMAT12) Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando processos e conhecimentos
matemáticos para formular propostas concretas, articuladas com o projeto de vida.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Paralelamente, ao desenvolvimento das estratégias propostas a seguir, a cada aula, podem ser propostas
questões do ENEM ou de exames seletivos ao ensino superior ou de ingresso em carreiras específicas,
envolvendo conceitos e objetos de conhecimento desenvolvidos ao longo dos bimestres anteriores.
Uma possibilidade é propor uma questão ao final de cada aula, para discussão de diferentes resoluções
no início da aula seguinte. Assim, os estudantes têm tempo para pensar na questão individualmente e,
ao mesmo tempo, ampliam suas estratégias de resolução, ao compartilhar com os colegas outras formas
de pensar e registrar as soluções. Os erros podem ser analisados, no sentido de identificar o que levou a
ele e os cuidados para não se enganar em situações semelhantes.

2. Antes de prosseguir é interessante reapresentar aos estudantes o objetivo deste componente na


Unidade Curricular: desenvolver conhecimentos para a abordagem do mundo das finanças no cotidiano,
em ações educativas que promovam habilidades financeiras; fomentar o senso crítico, contribuir para o
fortalecimento de exercício da cidadania, com conscientização e mudanças de hábitos; auxiliar no
desenvolvimento da autonomia e consciência para tomada de decisões mais assertivas. Isso para que se
percebam fortalecidos para analisar e se posicionar em relação a sua própria gestão financeira e as
implicações desses conhecimento na projeção de suas metas futuras.

3. Com objetivo de abordar o planejamento financeiro pessoal, a proposta é apresentar exemplos de tipos
de perfil financeiro, a partir da característica que cada indivíduo tem ao lidar com o próprio dinheiro:
gastador, devedor, poupador e investidor. Em seguida pode-se traçar os perfis dos estudantes, existem
enquetes, quizzes e aplicativos que auxiliam a traçar o perfil financeiro a partir das respostas obtidas,

21 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

como por exemplo, “Perfil financeiro” , disponível em:


https://www.infomoney.com.br/colunistas/financas-em-casa/faca-o-teste-e-descubra-qual-a-sua-situaca
o-financeira/, acesso em 16 nov. 2022, “Como você lida com as suas finanças?”, disponível em:
https://educacaofinanceira.coop.br/teste-de-perfil-financeiro/ , acesso em 14 nov. 2022 e os aplicativos
citados no artigo “Os 10 Melhores Apps de Controle Financeiro Gratuitos para 2023”, de Carlos Terceiro,
publicado em 14 de Novembro de 2022 em:
https://www.mobills.com.br/blog/aplicativos/apps-de-controle-financeiro/ , acesso em 16 nov. 2022.

4. Organizar um momento de reflexão individual e posterior roda de conversa, para que os jovens possam
discutir formas de aplicar o que aprenderam sobre seus perfis financeiros em seus projetos de vida,
tendo como foco as possibilidades de atuações no mercado de trabalho e projeções profissionais. Neste
momento é possível retomar a reflexão que os jovens fizeram ao final do bimestre anterior e ampliá-la,
considerando o mundo das finanças e a relação com planejamento financeiro individual, para realização
do sonho almejado para seu futuro de vida.

5. Incentivar os estudantes a revisitar o Glossário crítico do “Economiquês” para verificar a possibilidade de


inserção de novos termos, além de ler toda sua composição, de modo a refletir sobre o que aprenderam
e o que ainda precisa ser aperfeiçoado nessa produção. Nessa etapa final, sob orientação do professor,
os estudantes podem construir alguns critérios de avaliação desse material, de modo que a análise não
seja subjetiva e que possa contribuir para o aperfeiçoamento dessa produção que é de todos eles.

Propostas de Avaliação

Neste bimestre, as produções e registros dos jovens podem pautar a avaliação: a resolução de
questões de provas do ENEM; os critérios para análise do Glossário de "Economiques"; e, as reflexões pessoais
sobre gestão financeira individual, na qual podem ser identificados os conhecimentos estudados ao longo das
aulas de todos os bimestres.
Os registros do professor sobre o desenvolvimento dos estudantes, durante este percurso, e as
produções dos estudantes podem trazer evidências de desenvolvimento em direção às habilidades propostas
para o bimestre.
Há, ainda, espaço para uma autoavaliação final, na qual os estudantes podem se posicionar sobre o
que aprenderam e trazer sugestões para a melhoria das aulas e do conteúdo deste componente, pensando
em outras turmas de jovens. Após esta autoavaliação e análise do professor sobre o desenvolvimento de cada
um, mas com o cuidado de não expor ninguém, o professor pode preparar um devolutiva à turma e destacar
a importância das aprendizagens feitas para o enfrentamento de situações problema na escola e fora dela,
especialmente, as conquistas em termos de autoconhecimento, autoconfiança e persistência, que certamente
estiveram presentes nos diversos momentos deste percurso.

Matemática para economia e trabalho - MAT


MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS E
CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS

ECONOMIA E TRABALHO

Matemática para economia e trabalho

22 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

1º Bimestre 2º Bimestre 3º Bimestre 4º Bimestre

A economia e o jovem Economia: inflação, A vida financeira após o Eu e o trabalho daqui a 5


como consumidor ofertas e demandas. trabalho e 10 anos!

No percurso dos bimestres deste componente os estudantes serão convidados a investigar


e conhecer alguns aspectos sobre economia, a influência da inflação nos preços e consumo
de produtos, bens e serviços, refletir sobre o mercado de trabalho e vida financeira após o
trabalho, com planejamentos e projeções para o futuro. Diferentemente da matemática
presente nas aulas da Formação Geral Básica, o aprofundamento foi elaborado visando o
protagonismo dos estudantes e sua atuação como agente responsável no processo de
aprendizagem que colabora na promoção do desenvolvimento das habilidades propostas nos
Referenciais Curriculares para a elaboração de itinerários formativos do MEC (2019).
No primeiro bimestre os estudantes são convidados a conhecer alguns modelos
econômicos e as relações com preços de produtos, bens e serviços. Verificar e compreender
a variação dos preços dos produtos sob a perspectiva econômica. Outro ponto de estudo
será a percepção do jovem estudante consumidor como um agente econômico.
No bimestre seguinte, a proposta é estudar a influência da inflação nas relações de oferta
e demanda na economia e trabalho. É esperado o desenvolvimento de um pensamento
crítico dos modelos econômicos de oferta e demanda, com compreensão da utilização e
limitações da Curva de Phillips, e realização de simulações de investimentos em calculadora
online para analisar boas oportunidades de ganhos.
O foco do terceiro bimestre é discutir a relação entre previdência pública brasileira,
previdência em outros países e previdência privada, para que os estudantes possam refletir
sobre planejamento econômico e possibilidades de rendas para a vida após o trabalho.
Já o cenário de estudos do quarto bimestre estabelece relações com as perspectivas de
futuro e os projetos de vida dos estudantes, de modo que eles são incentivados a considerar
a vida financeira de diferentes ramos do trabalho e profissões. Espera-se que, ao final do
percurso, eles identifiquem o valor do conhecimento matemático envolvido na elaboração
de uma vida financeira sustentável.
Ao longo das propostas, os estudantes são orientados a contribuir para a criação do
Glossário Crítico do “Economiquês” da turma com implementação de termos, definições e

23 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

conceitos estudados ao longo do processo, com explicações claras e objetivas que possam
auxiliar outras pessoas a compreender os significados, os usos e a importância do conteúdo
de cada item que o compõe. A liderança na organização deste glossário cabe ao componente
Desenvolvimento Econômico desta unidade curricular, mas vale combinar, se possível,
oportunidades de mediação e contribuições conjuntas entre os demais docentes envolvidos
na condução do aprofundamento.

1º Bimestre - A economia e o jovem como consumidor

1º Bimestre - Matemática para economia e trabalho


A economia e o jovem como consumidor
Subtemas:

● Estudo de alguns modelos econômicos;


● Aplicabilidade dos modelos econômicos nas relações comerciais cotidianas;
● Jovem consumidor como agente econômico.

Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Eixo Investigação Científica


(EMIFCG01) Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.
Eixo Mediação e intervenção sociocultural
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e
incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de decisões conscientes,
consequentes, colaborativas e responsáveis.
(EMIFCG08) Compreender e considerar a situação, a opinião e o sentimento do outro, agindo com empatia,
flexibilidade e resiliência para promover o diálogo, a colaboração, a mediação e resolução de conflitos, o
combate ao preconceito e a valorização da diversidade.
Eixo Empreendedorismo
(EMIFCG10) Reconhecer e utilizar qualidades e fragilidades pessoais com confiança para superar desafios e
alcançar objetivos pessoais e profissionais, agindo de forma proativa e empreendedora e perseverando em
situações de estresse,frustração, fracasso e adversidade.
(EMIFCG12) Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus objetivos presentes e
futuros, identificando aspirações e oportunidades, inclusive relacionadas ao mundo do trabalho, que
orientem escolhas, esforços e ações em relação à sua vida pessoal, profissional e cidadã.

Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes

Eixo Investigação Científica


(EMIFMAT02) Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na explicação ou resolução de uma
situação-problema elaborando modelos com a linguagem matemática para analisá-la e avaliar a sua
adequação em termos de possíveis limitações, eficiências e possibilidades de generalização.
(EMIFMAT03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a contribuição da matemática na
explicação de fenômenos de natureza científica, social, profissional, cultural, de processos tecnológicos,

24 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação com o cuidado de citar
fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias.
Eixo Mediação e intervenção sociocultural
(EMIFMAT07) Identificar e explicar questões socioculturais e ambientais aplicando conhecimentos e
habilidades matemáticas para avaliar e tomar decisões em relação ao que foi observado.
Eixo Empreendedorismo
(EMIFMAT12) Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando processos e conhecimentos
matemáticos para formular propostas concretas, articuladas com o projeto de vida.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Propor uma conversa inicial com os estudantes para levantamento de conhecimentos prévios sobre
modelos econômicos. Para essa atividade utilize o questionamento: Quais são as frutas dessa estação,
ou seja, aquelas que estão em alta temporada de colheita para consumo? Qual é o preço de mercado,
para o consumidor, dessas frutas hoje? Esse preço é constante o ano todo? Qual(is) o(s) motivo(s) da
mudança do preço? Espera-se que os estudantes percebam que quando o produto está em abundância
no mercado, o preço é baixo e, quando o produto está em escassez, o preço é alto. Orientar os
estudantes que esse fato observável caracteriza o modelo econômico da oferta e demanda que é
composto por três elementos principais: a oferta, a demanda e o preço de equilíbrio, representados por
duas curvas que indicam o comportamento do consumidor em relação ao preço: preço baixo tem como
consequência maior consumo, curva negativa, enquanto que com preços altos o consumo diminui
representado por uma curva positiva. O preço de equilíbrio do produto no mercado dá-se no ponto em
que a curva de oferta intercepta a curva de demanda, demonstrando que a quantidade ofertada é
exatamente igual à quantidade demandada.

2. Solicitar que os estudantes pesquisem o que são modelos econômicos e quais os principais tipos de
modelos econômicos adotados por economistas, como da elasticidade-preço, em que se estuda a
viabilidade de alteração dos preços a serem cobrados pelos produtos, esse modelo mede quanto a
quantidade de demanda varia com o preço. Ressaltar que os modelos econômicos possibilitam elencar
ações a partir das conclusões que impactam os negócios na vida real. Em sala, elaborar um seminário,
para que os jovens construam um painel coletivo (com recursos analógicos e/ou digitais), com todas as
respostas pesquisadas. Esse painel poderá servir como fonte de informação para todas as outras
discussões do bimestre.

3. Propor algumas situações para calcular a elasticidade-produto por meio da razão entre a variação da
∆𝑄
quantidade e a variação do preço, ambos em percentuais 𝐸 = ∆𝑃 . Analisando se o produto é
considerado elástico (E < -1) ou inelástico (-1 < E < 0). Como por exemplo: O preço do tomate varia
durante o ano de modo que o produtor consegue vender 5 mil caixas de 20 kg de tomates por R$90,00,
cada uma, na época de baixa demanda. Em alta colheita a produção passa para 10 mil caixas com vendas
por R$ 60,00 cada caixa de 20 kg. Realizando o cálculo da razão tem-se que a elasticidade é de
aproximadamente -1,67, confirmando que é um produto elástico já que -1,66 < -1. Abordar também um
exemplo de produto inelástico, como um cenário em que são vendidas 100 unidades mensais de
fórmulas infantis, como leites em latas, por R$ 95,00 cada unidade, e que após um reajuste de preços
com aumento de R$ 20,00 por lata, o mesmo estabelecimento vendeu 98 latas mensais. Ao calcular a
elasticidade, tem-se aproximadamente -0,10.

4. Incentivar que os estudantes, em pequenos grupos, construam listas de produtos encontrados no


comércio em geral em que é perceptível a elasticidade-preço. Para em seguida, para cada produto
identificado busquem possíveis justificativas para as variações dos preços de cada produto. Neste caso,
espera-se que identifiquem entre outras razões, por exemplo, a falta de matéria prima, fenômenos
naturais como excesso de chuvas, seca, geadas, baixa/alta exportação ou importação.

5. Propor uma breve pesquisa censitária na sala de aula para as seguintes questões: “Você ou seus
familiares substituem a compra de produtos tendo como justificativa o preço alto? Fazem escolhas de
alimentos que são sazonais por ter preços mais acessíveis?, Você se considera um agente econômico? De

25 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

alguma maneira, você impacta a economia nacional?”. Incentivar os estudantes para que se organizem e
registrem os dados obtidos, em especial sobre a percepção deles como sendo ou não agentes da
economia.

6. Apresentar a todos os principais agentes da economia: os indivíduos, também identificados como


família, que exercem o papel de consumidores, por adquirirem os diversos serviços e bens ofertados na
economia e, em alguns casos, serem produtoras e fornecedoras de bens e serviços; as empresas, que
viabilizam a comercialização dos bens e serviços, além de empregar trabalhadores; e, os governos, que
atuam na diminuição das desigualdades econômicas com programas de redistribuição de rendas e
fomento do bem-estar dos indivíduos e manutenção do sistema econômico. E, com esse conhecimento,
propor uma auto-reflexão e análise dos próprios comportamentos dos estudantes como consumidores
nas situações em que ocorrem as variações de preços. Ao final, em uma roda de conversa é importante
destacar que todos os indivíduos exercem influência sobre a economia e que os consumidores são tão
importantes para a economia quanto os empresários de modo que todos se reconheçam como agentes
econômicos.

7. Orientar os estudantes a retomar o Glossário Crítico do “Economiquês”, para acrescentar os termos e os


conceitos correspondentes aos estudos realizados neste bimestre, com explicações claras e objetivas que
possam auxiliar outras pessoas a compreender os significados, usos e importância do conteúdo de cada
item.

Propostas de Avaliação

A avaliação no Itinerário Formativo tem como premissa oportunizar ao estudante o desenvolvimento da


metacognição, acentuando sua natureza processual e formativa. O fato de não haver reprovação nos
componentes curriculares do Itinerário Formativo não significa que estes não devam ser avaliados. Deve-se
garantir preferencialmente a autoavaliação, bem como o “feedback” do professor quanto à apropriação de
habilidades e competências, visando o avanço contínuo do estudante.
Para fins técnico-didáticos, o professor deverá atribuir notas de 60 a 100 pontos anuais para cada
estudante. Assim, é primordial definir critérios para essa distribuição, demonstrando aos estudantes a
importância do processo de aprimoramento e adequação, ajustando a mediação da aprendizagem,
qualificando-a ainda mais ao perfil dos estudantes e à realidade local.

No percurso deste bimestre as estratégias de ensino trazem várias possibilidades de avaliação, como
o seminário das pesquisas sobre modelos econômicos, registros e reflexões sobre aspectos da economia,
além do engajamento dos jovens durante os estudos. O registro sistemático do professor também é de grande
valia.
Nos momentos de trabalho em duplas ou pequenos grupos, realização de pesquisas, leituras
compartilhadas, socialização das ideias dos grupos, reflexões e identificação de eventuais lacunas nos
conhecimentos básicos, com a utilização ou não de recursos digitais, você professor pode registrar o que
observa dos estudantes em relação às habilidades gerais da BNCC e, em especial, à competência (EMIFCG01).
Já as habilidades (EMIFMAT02) e (EMIFMAT03) se evidenciam quando o estudante, com base em estudos e
pesquisas é capaz de explicar conceitos financeiros utilizando conhecimentos da matemática e de resolver ou
explicar a resolução dos problemas do PISA sobre letramento financeiro. Na medida em que os estudantes
analisam seus comportamentos enquanto consumidores tendo como base de decisão os preços dos bens,
produtos e serviços, são sugeridas habilidades correspondentes à (EMIFMAT07) e (EMIFMAT12).
Ainda nos momentos de trabalho colaborativo, é possível observar o jovem estudante em relação às
competências (EMIFCG07), (EMIFCG08) e ao refletir sobre si e o respectivo projeto de vida na proposição de
soluções demonstrando persistência e confiança na busca de novos conhecimentos e no enfrentamento
positivo de conflitos com os colegas as habilidades (EMIFMAT03), (EMIFCG10) e (EMIFCG12) estão auxiliando
no desenvolvimento dos jovens.

26 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

No 2º bimestre, a proposta é explorar indicadores e índices das relações entre economia e


trabalho. Durante as aulas, recomenda-se conectar os processos de ensino e aprendizagem
desse componente com os temas que estão sendo estudados nos demais componentes.
Ao final deste bimestre, espera-se que os estudantes tenham desenvolvido um
pensamento crítico dos modelos econômicos de oferta e demanda, compreendam a
utilização e as limitações da Curva de Phillips, e sejam capazes de simular investimentos em
calculadora online para analisar boas oportunidades de ganhos.

2º Bimestre - Economia: inflação, ofertas e demandas

2º Bimestre - Matemática para economia e trabalho


Economia: inflação, ofertas e demandas
Subtemas:

● Tipos de divisões existentes no mercado de trabalho, segundo IBGE;


● Índices de desocupação (desemprego) nos estados brasileiros e no mundo;
● Curva de Phillips, a relação entre desemprego e inflação.

Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Eixo Investigação Científica


(EMIFCG01) Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.
Eixo Mediação e intervenção sociocultural
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e
incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de decisões
conscientes, consequentes, colaborativas e responsáveis.
(EMIFCG08) Compreender e considerar a situação, a opinião e o sentimento do outro, agindo com empatia,
flexibilidade e resiliência para promover o diálogo, a colaboração, a mediação e resolução de conflitos, o
combate ao preconceito e a valorização da diversidade.
Eixo Empreendedorismo
(EMIFMAT12) Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando processos e conhecimentos
matemáticos para formular propostas concretas, articuladas com o projeto de vida.

Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes

Eixo Investigação Científica


(EMIFMAT01) Investigar e analisar situações problema identificando e selecionando conhecimentos
matemáticos relevantes para uma dada situação, elaborando modelos para sua representação.
(EMIFMAT03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a contribuição da Matemática na
explicação de fenômenos de natureza científica, social, profissional, cultural, de processos tecnológicos,
identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar
as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes
mídias.
Eixo Mediação e intervenção sociocultural

27 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

(EMIFMAT07) Identificar e explicar questões socioculturais e ambientais aplicando conhecimentos e


habilidades matemáticas para avaliar e tomar decisões em relação ao que foi observado.
Eixo Empreendedorismo
(EMIFMAT10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados à Matemática podem ser
utilizados na concretização de projetos pessoais ou produtivos, considerando as diversas tecnologias
disponíveis e os impactos socioambientais.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Discutir a percepção dos estudantes sobre a situação do mercado de trabalho, por meio de uma roda
de conversa sobre o tema “Desemprego”, tendo como questões norteadoras: Qual é a definição de
desemprego? Toda pessoa que não possui emprego é automaticamente considerada um
desempregado? Um trabalhador autônomo está desempregado? E a dona de casa? Anotar
coletivamente as respostas das questões norteadoras, evitando julgamentos ou interferências sobre
essas percepções iniciais.

2. Solicitar aos estudantes a busca de informações sobre os tipos de divisões existentes no mercado de
trabalho para compreender a diferença entre os termos desempregados, ocupados, desocupados e
fora da força de trabalho; taxas de desocupação nos estados brasileiros, com enfoque no estado de
residência dos estudantes, além de dados de desemprego mundial. No site do IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística) é possível conhecer as divisões e acessar os quantitativos dos
referidos dados do PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua),
disponível em: https://www.ibge.gov.br/explica/desemprego.php , acesso em 23 nov. 2022. Para
complementar a busca sobre as taxas dos estados brasileiros, realizar a leitura da notícia
“Desemprego fica estável em 21 unidades da federação no terceiro trimestre”, divulgada em 17 de
novembro de 2022, no portal AgênciaIBGE Notícias, disponível em:
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/35503-dese
mprego-fica-estavel-em-21-unidades-da-federacao-no-terceiro-trimestre , acesso em 23 nov. 2022, e
para comparar dados do mundo, consultar a tabela com as Taxas de Desemprego no Mundo,
disponível em: https://pt.tradingeconomics.com/country-list/unemployment-rate , acesso em 23 de
nov. 2022. Os estudantes poderão produzir anotações em linhas gerais dos dados em seus materiais
individuais.

3. Retomar as anotações coletivas oriundas da roda de conversa para validar ou desconstruir percepções
sobre o desemprego a partir dos conhecimentos adquiridos nas buscas de informações.

4. Realizar uma simulação em que os estudantes atuam como pessoas na força de trabalho,
desocupadas, buscando emprego em sites, redes sociais específicas para essa finalidade e anúncios
de jornais para verificar a existência de oferta de emprego que esteja relacionada ao projeto de vida
de cada um deles, com os perfis e exigências para ocupação do cargo além do salário oferecido e a
concorrência para as vagas. Após conhecer dados sobre salários e vagas, conversar com os estudantes
sobre o modelo econômico da oferta e demanda de empregos para que reconheçam a seguinte
relação, muita oferta de profissionais geram como consequência baixos salários enquanto que pouca
oferta de profissionais capacitados geram salários mais altos.

5. Promover uma leitura compartilhada da notícia “Lógica da oferta e demanda no mercado de trabalho:
quando faz sentido?” , disponível em:
https://administradores.com.br/noticias/logica-da-oferta-e-demanda-no-mercado-de-trabalho-quand
o-faz-sentido , acesso em 23 de nov. 2022. Organizar um momento de discussão e apresentação de
argumentos sobre o teor apresentado na notícia. Verificar se os estudantes concordam ou discordam
refletindo se ocorre a mesma lógica do modelo econômico da oferta e demanda.

6. Apresentar e explicar a utilização da Curva de Phillips para orientar a tomada de decisões, pois mostra
a relação entre a inflação e o desemprego, ou seja, o impacto do desemprego nos preços dos

28 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

produtos, bens e serviços. Pode-se realizar uma busca em sites de informações textos sobre esse
estudo, como por exemplo, “Curva de Phillips pode te ajudar a cuidar do seu dinheiro”.

7. Propor a comparação dos dados referentes à inflação brasileira com os indicadores de desemprego no
Brasil e no estado de residência dos estudantes para construir a Curva de Phillips dos últimos 12
meses. Os jovens devem verificar se a curva obtida é semelhante à curva apresentada nos estudos
feitos por eles e se é possível constatar no gráfico a relação entre inflação e desemprego, ou seja,
quanto maior a taxa de desemprego, menor renda na economia.

Propostas de Avaliação
Neste bimestre, é possível avaliar os estudantes a partir dos registros das anotações coletivas,
propondo a entrega de anotações em linhas gerais, análises de pesquisas de emprego, reflexões e
conclusões sobre os textos, artigos e notícias utilizados nos estudos, além do comparativo das simulações de
investimentos realizadas em calculadoras online.
Nos momentos de trabalho em duplas ou pequenos grupos, realização de pesquisas, leituras
compartilhadas, socialização das ideias dos grupos, reflexões e identificação de eventuais lacunas nos
conhecimentos básicos, com a utilização ou não de recursos digitais, você professor pode registrar o que
observa dos estudantes em relação às habilidades gerais da BNCC e, em especial, à competência
(EMIFCG01). Já as habilidades (EMIFMAT01) e (EMIFMAT03) se evidenciam quando o estudante, com base
em estudos e buscas, é capaz de explicar conceitos financeiros utilizando conhecimentos da matemática e
se posicionar mediante argumentação. Nas simulações de buscas por oportunidades de emprego a partir
dos projetos de vida dos estudantes são sugeridas habilidades correspondentes à (EMIFMAT07) e
(EMIFMAT10).
Ainda nos momentos de trabalho colaborativo, é possível observar nas interações entre os jovem
em relação às competências (EMIFCG07), (EMIFCG08) e ao refletir sobre si e o respectivo projeto de vida na
proposição de soluções demonstrando persistência e confiança na busca de novos conhecimentos e no
enfrentamento positivo de conflitos com os colegas as habilidades (EMIFMAT03), (EMIFCG10) e (EMIFCG12)
estão auxiliando no desenvolvimento dos jovens.

O foco do terceiro bimestre é discutir a relação entre previdência pública brasileira,


previdência em outros países e previdência privada, para que os estudantes possam refletir
sobre planejamento econômico e possibilidades de rendas para a vida após o trabalho.
Durante os estudos os jovens terão a oportunidade de conhecer sobre a legislação da
previdência pública vigente e simular possibilidades de recebimento do benefício de
aposentadoria de pessoas com mais idade do que eles.

3º Bimestre - A vida financeira após o trabalho

3º Bimestre - Matemática para economia


A vida financeira após o trabalho
Subtemas:

● Regras para receber benefício previdenciário público para aposentadoria no Brasil;


● Regras de aposentadoria em outros países;
● Aposentadoria privada;
● Investimentos pessoais.

Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC

29 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Eixo Investigação Científica


(EMIFCG02) Posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando dados, fatos e
evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas,
coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia, justiça
social, pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.
Eixo Mediação e intervenção sociocultural
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e
incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de decisões conscientes,
consequentes, colaborativas e responsáveis.
Eixo Empreendedorismo
(EMIFCG11) Utilizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para estabelecer e
adaptar metas, identificar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para realizar projetos pessoais e produtivos
com foco, persistência e efetividade.

Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes

Eixo Investigação Científica


(EMIFMAT01)- Investigar e analisar situações-problema identificando e selecionando conhecimentos
matemáticos relevantes para uma dada situação, elaborando modelos para sua representação.
(EMIFMAT03)- Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a contribuição da Matemática na
explicação de fenômenos de natureza científica, social, profissional, cultural, de processos tecnológicos,
identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar
as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes
mídias
Eixo Empreendedorismo
(EMIFMAT11)- Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos da Matemática para
desenvolver um projeto pessoal ou um empreendimento produtivo.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Revisitar o Glossário Crítico do “Economiquês” da turma e acrescentar termos e os conceitos


correspondentes aos estudos realizados até o momento, com explicações claras e objetivas que possam
auxiliar outras pessoas a compreender os significados, usos e importância do conteúdo de cada item.

2. Promover uma leitura compartilhada de artigos e notícias sobre participação de aposentados na força de
trabalho. No portal AgênciaBrasil foi publicado em 2019 o artigo “Total de idosos no mercado de trabalho
cresce; precariedade aumenta”, por Jonas Valente, disponível em
https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2019-05/total-de-idosos-no-mercado-de-trabalho-cr
esce-precariedade-aumenta, acesso 23 nov. 2022. Em seguida, solicitar que os estudantes realizem uma
projeção de “Como será minha vida, após o trabalho?”, ou seja, “Quais as expectativas de vida futura na
fase da aposentadoria?”.

3. Propor aos estudantes a busca de informações sobre as regras de aposentadoria que estão em vigor no
Brasil. As leis e emendas podem ser consultadas no Portal da Legislação, disponível em
http://www4.planalto.gov.br/legislacao/ , acesso em 23 nov. 2022. Em seguida, simular tempos e
condições para usufruir do benefício de acordo com os perfis dos familiares mais próximos (pai, mãe,
avós etc.) e as regras válidas para os jovens que ainda não ingressaram no mercado de trabalho por meio
de registro na carteira de trabalho.

4. Orientar a construção coletiva de um mural informativo sobre previdência pública no Brasil a ser
disponibilizado no espaço escolar.

5. Organizar pequenos grupos para investigar as regras de aposentadoria pelo mundo. Orientá-los a
escolher um país, exceto o Brasil, para a profundar os conhecimentos a respeito da aposentadoria no

30 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

mundo por idade, sexo, tempo de serviço e produzir uma apresentação para compor um painel coletivo
"Aposentar depende de onde se vive?" As produções podem ser criativas expressas por desenhos,
gráficos, tabelas, caricaturas, colagens, e o que mais ditar a criatividade dos jovens de cada grupo.

6. Questionar o conhecimento dos estudantes sobre previdência privada e levantar alguns pontos: O que é?
Como funciona? Quando fazer? Vale a pena?. Organizar pequenos grupos para uma curadoria de
informações sobre esse tema. Orientar para que os estudantes organizem as informações em uma tabela
ou planilha contendo, por exemplo, a idade escolhida pelo estudante para se aposentar, quanto gostaria
de receber por mês como renda vitalícia e o valor a ser contribuído mensalmente. Para finalizar o estudo,
cada grupo pode analisar qual das opções constantes nas opções encontradas na curadoria é a mais
vantajosa para o contratante da previdência privada.

7. Promover uma leitura colaborativa de artigos e notícias sobre investimentos para que os estudantes
conheçam a necessidade de saber investir para assegurar o valor do que é possível poupar pensando na
vida financeira no período de aposentadoria. No Jornal da USP foi publicado em 2021, a notícia “Jovens
já representam ¼ dos investidores na bolsa de valores brasileira, disponível em
https://jornal.usp.br/atualidades/jovens-ja-representam-1-4-dos-investidores-na-bolsa-de-valores-brasil
eira/ , acesso em 12 nov. 2022.

8. Indicar que os estudantes avaliam como oportunidades de renda, ou sua ampliação, por meio de
investimentos que tiveram conhecimentos ao longo desses estudos e que podem ser utilizados na
concretização de projetos pessoais e na vida após o trabalho. Organizar pequenos grupos para realizar
simulações em calculadoras online gratuitas de investimentos financeiros para que os estudantes
conheçam possibilidades de investimentos baixos para perfis de cidadãos como Poupanças, Títulos
Privados e Títulos públicos. Oriente-os a utilizar nas simulações períodos de investimento iguais em todos
eles para possibilitar a comparação e análise de riscos, como por exemplo, simular um investimento de
100 reais mensal, durante 10, 20, 30 anos em cada uma das formas de investimento. Em seguida,
comparar com o valor da aposentadoria por tempo de serviço de quem recebe um, 2 ou 10 salários
mínimos ao longo de 30 anos. Para concluir os estudos, os jovens deverão produzir um posicionamento
em função do comparativo entre essas formas de aposentadoria no Brasil.

9. Propor que os estudantes que acrescentem os termos e conceitos correspondentes aos estudos
realizados até o momento, no Glossário Crítico do “Economiquês” da turma, lembrando-os de inserir
explicações claras e objetivas que possam auxiliar outras pessoas a compreender os significados, usos e
importância do conteúdo de cada item.

Propostas de Avaliação

Neste bimestre, as produções e registros dos jovens podem pautar a avaliação: os termos inseridos
no Glossário Crítico do “Economiquês”, as reflexões pessoais sobre previdência, simulações e planejamentos
financeiros para a vida após o trabalho, asseguram os estudos das habilidades (EMIFCG02), (EMIFCG11),
(EMIFMAT01), (EMIFMAT03) e (EMIFMAT11) na qual podem ser identificados os conhecimentos estudados ao
longo das aulas de todos os bimestres.
Nos estudos colaborativos realizados em pequenos grupos, é possível observar nas interações entre
os jovens em relação à competência geral (EMIFCG07).
Os registros do professor durante este percurso e as produções dos estudantes são evidências de
desenvolvimento em direção às habilidades propostas para o bimestre.
Há, ainda, espaço para uma autoavaliação final, na qual os estudantes podem se posicionar sobre o
que aprenderam e trazer sugestões para a melhoria das aulas e abordagem dos conteúdos deste componente.

Tendo como cenário a atenção a seus projetos de vida, nesse bimestre os estudantes são
incentivados a considerar a vida financeira de diferentes ramos do trabalho e profissões.
Espera-se que, ao final do percurso, eles identifiquem o valor do conhecimento matemático
envolvido na elaboração de uma vida financeira sustentável.

31 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

4º Bimestre - Eu e o trabalho daqui a 5 e 10 anos!

4º Bimestre - Matemática para economia e trabalho


Eu e o trabalho daqui a 5 e 10 anos!
Sugestão de subtemas:

● Refletir sobre o futuro dos jovens em relação ao trabalho;


● Planejamento e organização de rotas profissionais;
● Empreendedorismo do projeto de vida;

Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Eixo Investigação Científica


(EMIFCG02) Posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando dados, fatos e
evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas,
coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia, justiça
social, pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.
Eixo Mediação e intervenção sociocultural
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e
incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de decisões conscientes,
consequentes, colaborativas e responsáveis.
Eixo Empreendedorismo
(EMIFCG11) Utilizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para estabelecer e
adaptar metas, identificar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para realizar projetos pessoais e produtivos
com foco, persistência e efetividade.

Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes

Eixo Investigação Científica


(EMIFMAT01) Investigar e analisar situações-problema identificando e selecionando conhecimentos
matemáticos relevantes para uma dada situação, elaborando modelos para sua representação.
(EMIFMAT03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a contribuição da Matemática na
explicação de fenômenos de natureza científica, social, profissional, cultural, de processos tecnológicos,
identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar
as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes
mídias.
Eixo Mediação e intervenção sociocultural
(EMIFMAT07) Identificar e explicar questões socioculturais e ambientais aplicando conhecimentos e
habilidades matemáticas para avaliar e tomar decisões em relação ao que foi observado.
Eixo Empreendedorismo
(EMIFMAT11) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos da Matemática para
desenvolver um projeto pessoal ou um empreendimento produtivo.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Incentivar os estudantes a projetar seu futuro. Organizar uma roda de conversa com o tema “Eu espero
que o meu futuro seja …”. O professor poderá ser o primeiro a expor sua trajetória, contando aos
estudantes quais eram suas aspirações quando jovem, resumir os caminhos percorridos para chegar até
o momento e quais são suas metas para o futuro. Ao final de cada socialização, pode-se adotar como

32 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

dinâmica o orador deve escolher quem será o próximo, até que todos os estudantes tenham a
oportunidade de participar da conversa.

2. Organizar uma rotina de pensamento sobre o tema “Eu e o trabalho”, de modo que os estudantes
escrevam: “Hoje eu estou assim…”, “Daqui 5 anos, eu espero estar assim…” e, “Para daqui 10 anos
minha expectativa é …” . Essa produção poderá ser guardada pelos estudantes para serem revisitadas ao
longo de suas vidas, para isso, se possível, sugerir o uso de uma ferramenta digital que possibilita ao
jovem enviar um e-mail para si mesmo no futuro.

3. Utilizar as ideias da rotina de pensamentos sobre “Eu e o trabalho” para propor aos aos estudantes
realizar um planejamento para viabilizar a concretização dos projetos de vida na forma de uma rota de
percurso profissional definindo metas de curto, médio e longo prazo, considerando que podem haver
revisões periódicas com o decorrer dos anos de sua vida.

4. Organizar pequenos grupos para discutir as realidades financeiras dos estudantes e discutir
possibilidades de obtenção de renda para auxiliar na concretização dos projetos de vida, considerando
bolsas de estudos, estágios remunerados, trabalhos como jovem aprendiz, a realização de
financiamentos como oferecido pelo Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), ou outros meios de
financiamentos, empréstimos ou formas de investimentos a curto prazo.

5. Em seguida realizar a modelagem das possibilidades utilizando funções exponenciais e taxas reais de
juros aplicadas no Brasil, permitindo uma análise e reflexão sobre a saúde financeira, tais como resgate
de investimentos ou pagamentos de empréstimos, antes de realizar esses tipos de compromissos
financeiros. Pode-se solicitar um relatório ou planilha com os estudos realizados.

6. Incentivar a revisita ao Glossário Crítico do “Economiquês”, elaborado pelos estudantes desde o começo
das aulas desta Unidade, para verificar a possibilidade de inserção de novos termos. Poderá ser
orientada a realização da leitura de toda sua composição de modo a refletir sobre o que aprenderam
durante cada uma das vivências realizadas. Nessa etapa final, sob orientação do professor, os estudantes
podem construir alguns critérios de avaliação desse material produzido, de modo que a análise não seja
subjetiva e que possa contribuir para o aperfeiçoamento dessa criação que é de todos.

Propostas de Avaliação

Neste bimestre espera-se que os estudantes demonstrem domínio matemático de cálculos


envolvendo a matemática financeira em estudos de possibilidade de investimentos, financiamentos e
empréstimos para obter rendas que auxiliem na realização dos projetos de vida, promovendo o
desenvolvimento das habilidades (EMIFMAT01), (EMIFMAT03) e (EMIFMAT11).
Ao longo dos estudos foram organizados pequenos grupos, rodas de conversas, momentos de
socialização e trocas de saberes, discussões coletivas em que foi possível observar o desenvolvimento das
competências gerais (EMIFCG07) e (EMIFCG08).
Os registros do professor durante este percurso e as produções dos estudantes podem se somar à
produção coletiva do Glossário Crítico do “Economiquês”, para o acompanhamento de cada jovem e as
intervenções para assegurar aprendizagens.
Poderá ser realizada uma autoavaliação final, na qual os estudantes podem se posicionar sobre o que
aprenderam e trazer sugestões para a melhoria das aulas e do conteúdo deste componente, pensando em
outras turmas de jovens. Após esta autoavaliação e análise do professor, ele pode preparar um devolutiva à
turma e destacar a importância das aprendizagens feitas para o enfrentamento de situações problema na
escola e fora dela, especialmente, as conquistas em termos de autoconhecimento, autoconfiança e
persistência, que certamente estiveram presentes nos diversos momentos deste percurso.

33 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Humanidades para economia e trabalho - CHS

Matemática e suas tecnologias e


Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

Economia e Trabalho

Humanidades para Economia e Trabalho


1º Bimestre 2º Bimestre 3º Bimestre 4º Bimestre
Economia: uma
interpretação da Afinal, e eu com a A economia explica Economia, Trabalho e
realidade? economia? o Brasil? Juventudes.

34 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

A proposta central deste componente curricular é propiciar aos estudantes um


aprofundamento na compreensão crítica acerca das relações entre a economia e a vida
cotidiana das juventudes. Os e as estudantes poderão reconhecer as estruturas sociais,
políticas e culturais que atravessam suas vidas, como se inter-relacionam e são determinadas
pela economia, enquanto história e atualidade, oferecendo-se, assim, um debate econômico
em que as juventudes estão no centro do processo. Espera-se que você, professor(a),
modifique, amplie ou complemente as propostas/indicações a seguir, considerando seu
conhecimento, sua experiência, as características das suas turmas e as condições da sua
escola.

1º Bimestre - Economia: uma interpretação da realidade?

O primeiro bimestre propõe uma discussão sobre a economia e suas possibilidades de


interpretação da realidade e do trabalho, enquanto processo histórico que permite
compreender o desenvolvimento das sociedades, suas culturas e as relações com a atual
realidade social-econômica brasileira. Alguns conceitos estruturantes da economia serão
abordados na perspectiva de compreensão crítica da história do trabalho nas famílias dos e
das estudantes. A proposta central para a produção deste bimestre é uma árvore genealógica
do trabalho das famílias dos e das estudantes, desta forma, é importante envolver a
comunidade escolar no processo, convide os e as estudantes para sensibilizarem o maior
número de familiares possíveis.

1º Bimestre - Humanidades para economia e trabalho


Economia: uma interpretação da realidade?
Sugestão de subtemas:

● Economia e os processos civilizatórios: subsistência, escravagista e capitalista;


● Conceitos estruturantes da economia: lucro, mais valor, mercadoria;
● Economia e a realidade social brasileira.

Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC

35 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Investigação Científica
(EMIFCG01) Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.
Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e
incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de decisões conscientes,
consequentes, colaborativas e responsáveis
Empreendedorismo
(EMIFCG12) Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus objetivos presentes e
futuros, identificando aspirações e oportunidades, inclusive relacionadas ao mundo do trabalho, que orientem
escolhas, esforços e ações em relação à sua vida pessoal, profissional e cidadã.

Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes

Investigação Científica
(EMIFCHS01) Investigar e analisar situações-problema envolvendo temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.
Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCHS08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre problemas de
natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, baseadas no
respeito às diferenças, na escuta, na empatia e na responsabilidade socioambiental.
Empreendedorismo
(EMIFCHS10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados às Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas podem ser utilizadas na concretização de projetos pessoais ou produtivos, em âmbito local,
regional, nacional e/ou global, considerando as diversas tecnologias disponíveis, os impactos socioambientais,
os direitos humanos e a promoção da cidadania.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Apresentar aos estudantes a proposta central do bimestre: árvore genealógica do trabalho, e abrir o
debate para o planejamento coletivo do percurso de aprendizagem, convidando-os(as) para colaborar
na elaboração e definição dos prazos, fluxos, estratégias e instrumentos de avaliação e as respectivas
expectativas de vivências neste aprofundamento. Considerar pactuar com os e as estudantes paradas
periódicas, para um acompanhamento crítico dos processos e produções em andamento. Promover
coletivamente a elaboração de algumas evidências de aprendizagem, para que os(as) estudantes
tenham clareza do que é esperado como aprendizagem para o bimestre. É muito importante garantir
uma escuta sensível em relação aos entendimentos, anseios, receios e objetivos de cada um(a),
evidenciando o caráter participativo e democrático desta unidade curricular.

2. Apresentar aos estudantes a proposta de produzir um Glossário Crítico do “Economiquês” ao longo do


ano de forma integrada entre as duas áreas do conhecimento, ancorada pelo componente
“Desenvolvimento Econômico”.

3. Selecionar, previamente, imagens que ilustrem as formas de trabalho relacionadas aos modos de
produção de subsistência, escravagista e capitalista, em vários momentos históricos e culturais. Uma
possível fonte para a seleção das imagens é o site: https://pixabay.com/pt/*

4. Solicitar que a turma se divida de forma espontânea em 7 grupos. Cada grupo deve escolher três
imagens e debater a partir das seguintes reflexões: O que essas imagens nos contam sobre as formas
de trabalho ao longo dos anos? Existem relações entre as formas de trabalho nas imagens? Quais as
relações entre essas imagens e a nossa realidade?. Acordar com a turma o tempo para a realização do
debate.

36 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

5. Convidar dois representantes de cada grupo para apresentar para toda a turma as reflexões dos seus
grupos. Durante a apresentação o(a) professor(a), de forma dialógica, fará intervenções no sentido de:

6. Provocar e estimular a percepção da realidade social econômica civilizatória, no sentido de garantir que
os e as estudantes identifiquem as características relacionadas ao trabalho modos de produção de
subsistência, escravagista e capitalista em uma perspectiva histórica, antropológica, sociológica;

7. Promover uma reflexão pautada na memória e na identificação crítica e simbólica das relações
econômicas e seus desdobramentos na vida coletiva e individual dos sujeitos sociais;

8. Estabelecer relações entre economia e os processos civilizatórios: subsistência, escravista e capitalista.

9. Propor que após as reflexões e debates realizados, os e as estudantes realizem um registro coletivo em
um mural que possa ficar colado na sala de aula sobre a seguinte reflexão: Quais indícios essas formas
de trabalho nos fornecem para compreender a realidade atual?

10. Promover um momento de sensibilização e autoria para os primeiros registros no Glossário Crítico do
“Economiquês”, como os conceitos sobre: trabalho, modos de produção, desigualdade e etc. É
importante neste momento discutir com os e as estudantes sobre a compreensão de registros
contínuos, ou seja, explicar para a turma a importância de retomar continuamente os registros sobre
conceitos complexos como os que estarão presentes neste aprofundamento.

11. Mediar os registros coletivos destacados no mural, no sentido de promover identificações sobre quais
elementos apontam na direção de que a economia se aprende e se constrói na amplitude das
interações sociais, culturais e políticas. Convide-os a pensar se a economia também faz parte da
construção da nossa subjetividade.

12. Convidar os e as estudantes a debaterem coletivamente quais são os seus entendimentos acerca do
que é uma árvore genealógica. É importante que eles e elas compreendam que a árvore genealógica é
uma representação visual de uma pessoa que deseja conhecer a linha histórica de sua origem e que
pode ser usada para o registro das atividades laborais (trabalho) realizadas pelos seus ancestrais(pais,
avós, bisavó, trisavó e tetravó).

13. Propor e discutir com os e as estudantes a elaboração de uma pesquisa de campo, para o
levantamento de práticas e pessoas pertinentes às atividades laborais dos ancestrais da turma. Explicar
para os e as estudantes que essa modalidade de pesquisa é utilizada especialmente nas Ciências
Sociais, com o objetivo de fazer um levantamento de dados, com uso de roteiros de entrevistas.
Elaborar com a turma os roteiros, contemplando: fatos, acontecimentos históricos, como viviam, o que
faziam como forma de trabalho.

14. Preparar a organização para produção árvore genealógica, considerando as questões técnicas: utilidade
do organograma ou diagrama na mensuração desse conhecimento. Indicar que o(a) estudante fica na
base e sobe através de linhas para as sucessivas camadas geracionais básicas (pais, avós, bisavó, trisavó
e tetravó). Aproveitar esse momento de organização para pactuar quais serão os critérios de avaliação,
abra espaços para que os e as estudantes tragam sugestões e apresente algumas, como: relacionar as
atividades de trabalho com um dos modos de produção; curadoria dos dados levantados na pesquisa
de campo; identificar a historicidade do trabalho e etc.

15. Produzir individualmente, em folhas grandes, a árvore genealógica do trabalho da família, a partir dos
registros coletados sobre as atividades laborais de seus ancestrais, colhidos na pesquisa de campo.

16. Promover um debate considerando as seguintes reflexões: O que mudou na sua história laboral
transgeracional? O que permanece na sua história transgeracional? Até que ponto essa história o
influencia?

17. Propor a livre divisão da turma em 07 grupos e cada grupo, em uma folha de papel kraft, vai construir
coletivamente um quadro, com identificação de semelhanças e diferenças entre as histórias laborais de
cada um e como essas histórias os influenciam.

37 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

18. Promover um momento de apresentação dos quadros elaborados pelos grupos para toda a turma.

19. Considerando a perspectiva de aula invertida, propor à turma que leia as definições de trabalho,
mercadoria e mais-valor apresentadas no Pequeno glossário marxiano | Taylisi de Souza Corrêa Leite
|Cult e elabore três relações entre esses conceitos e as vivências do bimestre. Essas relações devem ser
pautadas nas compreensões dos e das estudantes (considerando que esses conceitos estão presentes
na formação geral básica) e elas servirão de base para a identificação das fragilidades e dos pontos
ainda não alcançados sobre os conceitos.
● Professor(a), para auxiliar sua prática nesse momento, pode ser interessante a leitura do
artigo Considerações em torno da obra O Capital de Karl Marx no que tange à mercadoria,
valor e trabalho |Evandro José Machado | Kínesis.

20. Elaborar uma sistematização das compreensões dos conceitos e das relações percebidas. Neste
momento, pode ser interessante utilizar trechos do episódio Marxismo: o que você precisa saber para
entender | História FM | Spotify.

21. Convidar os e as estudantes a voltarem no mural desenvolvido no início do bimestre e ampliá-lo,


abordando as relações entre a reflexão proposta anteriormente (Quais indícios, considerando as
mudanças em relação às escalas de produção, o uso de ferramentas e/ou tecnologia, essas formas de
trabalho nos fornecem para compreender a realidade atual em relação às condições de trabalho
contemporâneas?) e os conceitos trabalhados para garantir que os e as estudantes compreendam que
a força de trabalho é uma mercadoria no sistema capitalista que gera mais-valor. Nesse momento, é
importante acompanhar esses registros para mediar possíveis fragilidades ou incompreensões acerca
das relações esperadas.

22. Propor à turma, após esses registros, que se organize em dois grupos, para revisitar as árvores
genealógicas do trabalho familiar e desenvolver uma análise por grupo, em formato de resumo,
considerando também o mural elaborado no bimestre, para responder às seguintes chaves de reflexão:

O trabalho ancestral da minha família foi uma mercadoria?


a) O que a árvore genealógica da minha família tem a ver com mais-valor?
b) Considerando a árvore genealógica da minha família, quais mudanças eu gostaria de promover em
diálogo com meus projetos de vida?
c) A economia gerada pelos meus ancestrais ajuda a compreender a realidade econômica atual do
Brasil? Se sim, como e por quê?
d) Considerando o meu papel de cidadão e a realidade econômica atual do Brasil, quais aspectos eu
gostaria que fossem melhorados sobre as condições de trabalho vivenciadas pela minha família?
*Caso utilize o Pixabay ou iStock seguem abaixo algumas sugestões de buscas que podem auxiliar na
curadoria:

Modo de produção de subsistência: Agricultor | Pixabay


Colheita | Pixabay
Subsistência | iStock

Modo de produção de escravista: Trabalho escravo | iStock


Escravidão | iStock

Modo de produção de capitalista: Trabalho industrial | Pixabay


Indústria | Pixabay

Professor(a), caso você deseje realizar sua própria curadoria de imagens, algumas palavraschaves que podem
auxiliar neste momento são: trabalho escravo, agricultura intensiva, construção civil, indústria, trabalho
assalariado, subsistência, agricultura, exploração e escravidão.

*O site Pixabay tem imagens liberadas para uso público.

Propostas de Avaliação

38 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

A avaliação no Itinerário Formativo tem como premissa oportunizar ao estudante o desenvolvimento da


metacognição, acentuando sua natureza processual e formativa. O fato de não haver reprovação nos
componentes curriculares do Itinerário Formativo não significa que estes não devam ser avaliados. Deve-se
garantir preferencialmente a autoavaliação, bem como o “feedback” do professor quanto à apropriação de
habilidades e competências, visando o avanço contínuo do estudante.
Para fins técnico-didáticos, o professor deverá atribuir notas de 60 a 100 pontos anuais para cada
estudante. Assim, é primordial definir critérios para essa distribuição, demonstrando aos estudantes a
importância do processo de aprimoramento e adequação, ajustando a mediação da aprendizagem,
qualificando-a ainda mais ao perfil dos estudantes e à realidade local.

Considerando o caráter deste bimestre a avaliação contínua pode ser desenvolvida através de rubricas ao final
de cada atividade, os critérios avaliativos devem ser decididos em conjunto com os e as estudantes e os
tópicos das dimensões avaliativas devem ser explicados e contextualizados com as habilidades para toda a
turma. Essa avaliação pode ser realizada de forma coletiva e individual.
Utilize essa mesma abordagem para a autoavaliação, convide os e as estudantes a realizarem suas
autoavaliações a partir da rubrica.
Sugestão de rubrica:

2º Bimestre - Afinal, e eu com a economia?

O segundo bimestre foca nas relações entre a economia e a vida cotidiana dos e das
estudantes, através do debate sobre orçamento doméstico, inflação e direitos trabalhistas,
temas que estão presentes também nas mídias. Dessa forma, trabalhá-los na perspectiva das
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas promove uma maior compreensão da conjuntura que
impacta a vida dos e das estudantes e suas famílias.
A estratégia central deste bimestre é abordar esses subtemas, por meio de vivências com
o Teatro do Oprimido. A escolha dessa proposta dialoga com a compreensão de que as

39 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

relações entre economia e as juventudes são plurais e atravessadas por contextos históricos,
econômicos e culturais. Dessa forma, promover uma estratégia em que as vivências, as
histórias genealógicas do trabalho das famílias, as experiências cotidianas desses(as) jovens e
seus conhecimentos prévios estejam no centro do processo é oportunizar e desenvolver um
debate crítico sobre a realidade dessas juventudes.
Essa estratégia deve se materializar como um processo: no bimestre será produzida uma
peça de teatro, os e as estudantes poderão estar em cartaz diversas vezes. Oferece-se, assim,
uma perspectiva de progressão analítica, por meio da dramaturgia, acerca das relações entre
suas vidas e a economia.
Integrado à produção da peça de teatro, propomos o desenvolvimento de um diário de
experiências, um instrumento de registro contínuo dos e das estudantes sobre as vivências
no teatro e as relações construídas com os objetos de conhecimento em questão. O objetivo
é que os(as) estudantes realizem seus registros, de forma criativa e autoral, tendo em vista a
experiência com o teatro. Esse instrumento pode ser um caminho potente para registros
criativos no Glossário Crítico do “Economiquês”, uma vez que os(as) estudantes trabalharão
com abordagens cotidianas da economia.

2º Bimestre - Humanidades para economia e trabalho


Afinal, e eu com a economia?
Sugestão de subtemas:

● Orçamento doméstico;
● Inflação;
● Direitos trabalhistas.

Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Eixo Processos Criativos


(EMIFCG04) Reconhecer e analisar diferentes manifestações criativas, artísticas e culturais, por meio de
vivências presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade, criticidade e criatividade
(EMIFCG05) Questionar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções criativas,
originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incertezas e colocá-las em prática.
Eixo Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e
incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de decisões conscientes,
consequentes, colaborativas e responsáveis.
(EMIFCG08) Compreender e considerar a situação, a opinião e o sentimento do outro, agindo com empatia,
flexibilidade e resiliência para promover o diálogo, a colaboração, a mediação e resolução de conflitos, o
combate ao preconceito e a valorização da diversidade.

Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes

40 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Eixo Processos Criativos


(EMIFCHS04) Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão crítica
sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito
local, regional, nacional e/ou global.
(EMIFCHS05) Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos para resolver problemas reais
relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em
âmbito local, regional, nacional e/ou global.
Eixo Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCHS07) Identificar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e ameaças a grupos
sociais, à diversidade de modos de vida, às diferentes identidades culturais e ao meio ambiente, em âmbito
local, regional, nacional e/ou global, com base em fenômenos relacionados às Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas.
(EMIFCHS08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre problemas de
natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, baseadas no
respeito às diferenças, na escuta, na empatia e na responsabilidade socioambiental.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Apresentar aos estudantes a proposta do bimestre, vivências a partir do Teatro dos Oprimidos (aqui
pode ser interessante o vídeo:o vídeo O teatro do Oprimido | Janaina Russeff | YouTube) e propor a
construção de um Diário de Experiências. Abrir o debate para o planejamento coletivo do percurso de
aprendizagem, convidando-os(as) para colaborar na elaboração e definição dos prazos, fluxos,
estratégias, instrumentos de avaliação e as respectivas expectativas de vivências neste
aprofundamento.

2. Apresentar aos estudantes a proposta de desenvolvimento de um diário das experiências, em que eles
e elas deverão realizar registros (em diferentes formatos) acerca das experiências artísticas e
pedagógicas deste bimestre.

3. Apresentar aos estudantes a problematização central deste bimestre: Afinal, e eu com a economia?.
Promover uma discussão das relações que eles e elas estabelecem entre a economia e a sua vida
cotidiana, caso seja necessário, proponha algumas reflexões, como: As atuais compras mensais da sua
família são as mesmas de alguns anos atrás? O que a sua família consegue fazer com a renda mensal
de todos e todas que trabalham? Os trabalhadores e trabalhadoras da sua família têm carteira
assinada? Se não, quantos têm plano de saúde?

Neste momento é importante mediar as reflexões, orientando os e as estudantes na própria


compreensão do “eu”, no sentido de que não se trata exclusivamente de uma perspectiva
individualista, mas, sim, de diferentes contextos, comunidades e famílias

4. Convidar, inicialmente, os e as estudantes para refletir sobre quais são as relações que eles e elas
constroem sobre orçamento doméstico, inflação e direitos trabalhos, com a sua vida cotidiana. Em
seguida, pedir para que eles e elas se organizem em grupo e cheguem a uma resposta, em seguida,
propor que cada grupo apresente suas respostas para os outros grupos e que a classe construa
coletivamente quais são as relações compreendidas como estruturantes pela turma.

5. Propor que os e as estudantes pesquisem em jornais e/ou revistas, matérias e/ou reportagens que
exemplifiquem os pontos debatidos anteriormente. O objetivo é montar um acervo da turma, com
diferentes situações e abordagens sobre as relações apontadas pela turma.

Professor(a), caso você sinta necessidade de apoiar os e as estudantes nessa curadoria, aqui
estão algumas sugestões que podem ser utilizadas para exemplificar a proposta:

▪ Mais de um terço das famílias relata queda da renda mensal no primeiro trimestre, aponta
pesquisa | G1

41 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

▪ Mães são responsáveis pelo orçamento familiar em 56% dos lares brasileiros | FABASA

▪ Gás consome 22% do orçamento de serviços básicos dos mais pobres | Folha de S. Paulo

▪ Minas Gerais tem quatro milhões de trabalhadores na informalidade | R7

▪ Trabalho informal ou autônomo cresce e chega a 34% em Minas | Simon Nascimento | O


Tempo

▪ Maior queda do desemprego no interior de Minas Gerais é da região | Diário do Aço ▪


Queda na produção de alimentos afetou resultado de 8 dos 12 locais, diz IBGE | Uol

▪ Em BH, compra com R$ 100 que preenchia carrinho agora cabe em cestinha | Gabriel
Ronan | O Tempo

6. Apresentar aos estudantes o que é o Teatro dos Oprimidos e o que são os jogos teatrais, compostos por
dois princípios: as regras e a liberdade (as regras representam a sociedade e suas regras estruturantes;
a liberdade representa a criatividade, o repertório de vivências pessoais). É importante garantir neste
momento que os e as estudantes compreendam a base desta proposta, ou seja, que eles e elas
compreendam o quanto as suas vivências, conhecimentos prévios escolares e não escolares,
experiências, sonhos, desejos e etc. compõem a estrutura desta perspectiva de teatro.

7. Convidar os e as estudantes a se organizarem em grupos e propor que cada grupo interprete uma cena,
de maneira espontânea, sem roteiro, a partir do Teatro Imagem (técnica do Teatro dos Oprimidos- aqui
pode ser interessante o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=b5aMlBahAf0) sobre uma das
relações que eles e elas apontaram no início do bimestre.

8. Organizar uma roda de troca e percepções e convidar os e as estudantes a refletirem sobre as


experiências e relações que surgiram nas interpretações e solicitar que eles e elas registrem esses
pontos no diário. As seguintes perguntas podem nortear o debate:

Como eu percebo a economia na minha vida e no meu bairro?

Quais aspectos vivenciados nas cenas dialogam com a minha realidade? Por quê?

As cenas me apresentaram outros conhecimentos e realidades até então desconhecidos em


relação à economia?

9. A partir das experiências e relações apontadas, desenvolver um mapa conceitual, abordando os


conceitos-chaves do bimestre: orçamento (promover também uma abordagem sobre orçamento
doméstico), inflação e direitos trabalhistas (aqui podem ser interessantes as leituras: Novíssimo
dicionário de economia e Desenhando a nova morfologia do trabalho no Brasil | Ricardo Antunes |
Scielo), apresentando aos estudantes como esses conceitos são compreendidos pela área de Ciências
Humanas e Sociais Aplicadas. Neste momento, é interessante convidar os e as estudantes a
complementarem o mapa conceitual, de acordo com as aprendizagens vivenciadas em Matemática,
permitindo que as abordagens, as compreensões e as aprendizagens se integrem. Para a mediação
desse momento, pode ser interessante propor uma rotina de pensamento (saiba mais sobre o assunto
em: Avaliação: as rotinas de pensamento | Tríade e Aprendizagens Visíveis e as Rotinas de Pensamento
- com Júlia Andrade | Sala de Professor | Spotify), com questões como: Como as ideias que você entrou
em contato se conectam às ideias que você já tinha? Como o seu pensamento foi ampliado em relação
aos conteúdos que você vivenciou? Como você conecta seus conhecimentos entre as áreas?

10. Promover um momento para que a turma registre coletivamente no Glossário Crítico do
“Economiquês” os conceitos trabalhados até o momento. Incentive os estudantes a fazer esse registro
de forma criativa, usando, por exemplo, recursos da HQ e que dialoguem com as vivências do teatro.
Alguns possíveis conceitos: inflação, poder aquisitivo/compra, juros, orçamento etc.

11. Organizar novos grupos, sortear para cada grupo uma matéria ou reportagem do acervo da turma e
propor que os grupos interpretem, a partir do Teatro Jornal (técnica do Teatro dos Oprimidos- aqui

42 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

pode ser interessante o vídeo:https://www.youtube.com/watch?v=HeI7ss7TH60), a realidade retratada


nestas matérias.

12. Organizar novos grupos e propor que os grupos interpretem, a partir do Teatro Arco-Íris dos Desejos
(técnica do Teatro dos Oprimidos- aqui pode ser interessante o vídeo:
https://youtu.be/a8R0RDeSgRc?t=193), os pontos discutidos na roda anteriormente. Garantir que os e
as estudantes coloquem em cena o que foi apontado como desejo, como caminho possível da
realidade e, principalmente, que eles e elas interpretem o final que gostariam que aquelas realidades
(das matérias) tivessem.

13. Convidar os e as estudantes a partilharem as experiências anotadas no diário e, com base nelas, o(a)
professor(a) deve construir falas de sínteses teórico-conceituais e sua relação com a vida cotidiana dos
e das estudantes que, eventualmente, ainda não tenham sido alcançadas, como:

- compreensão dos conceitos de orçamento, inflação e direitos trabalhistas;


- construção das relações entre economia e a vida cotidiana das famílias;
- relação entre economia e direitos trabalhistas.

Propostas de Avaliação

Para garantir um processo avaliativo pautado em evidências de aprendizagens, considere o


acompanhamento dos diários de experiências. Neles, se desenvolverão sínteses teóricas, relações conceituais,
temáticas e processuais, utilizando diferentes formas de registro, ou seja, os e as estudantes estarão em um
processo contínuo de metacognição.
Elabore um roteiro de acompanhamento para os momentos de partilha coletiva, você pode construir
esse instrumento a partir das primeiras referências coletadas no início do bimestre e utilizá-lo como apoio
para acompanhar o desenvolvimento dos e das estudantes durante o bimestre.
Considere propor aos estudantes uma autoavaliação encenada, ou seja, proponha que através de
uma cena de interpretação livre eles e elas realizem suas autoavaliações, uma vez, que a turma já terá
compreendido e vivenciado a potência desta abordagem teatral. A interpretação das cenas é um importante
momento para acompanhar e coletar possíveis evidências de aprendizagem, utilize algumas perguntas
norteadoras, como:
● O que os e as estudantes foram trazendo durante a interpretação que dialoga com o tema deste
bimestre: e eu com a economia?
● Quais objetos de conhecimento foram aparecendo nas interpretações?
● Quais foram as relações apresentadas?
Por último, é possível também, convidar os e as estudantes a registrar em seus diários uma reflexão
acerca do seguinte questionamento: O que mais eu sei sobre as situações relatadas nos textos jornalísticos?
Há outras explicações da história, da política, da economia que não estão nas informações dadas?. Esse
registro pode ser utilizado como uma potente ferramenta para avaliar as aprendizagens do bimestre.

3º Bimestre - A economia explica o Brasil?

No terceiro bimestre, o foco do componente é compreender os caminhos que a economia


nos oferece para explicar o Brasil contemporâneo, através da análise dos setores produtivos
e como eles fazem parte da realidade econômica das juventudes. A proposta central deste
bimestre é o desenvolvimento de um projeto de pesquisa, onde os e as estudantes poderão
aprofundar seus repertórios a partir de temáticas que dialogam com seus interesses. Esse

43 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

instrumento permitirá que os e as estudantes protagonizem momentos de discussões e


posicionamentos críticos, pautados(as) em dados econômicos que estão na agenda
contemporânea e vivenciem a experiência de produção de um projeto de pesquisa em
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

3º Bimestre - Humanidades para economia e trabalho


A economia explica o Brasil?
Sugestão de subtemas:

Os setores produtivos e a economia:


● Primeiro setor: o agronegócio e a mineração;
● Segundo setor: a indústria brasileira;
● Terceiro Setor: o comércio e os serviços.

Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Eixo Investigação Científica


(EMIFCG01) Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.
(EMIFCG03) Utilizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de investigações científicas para criar ou
propor soluções para problemas diversos.
Eixo Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e
incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de decisões conscientes,
consequentes, colaborativas e responsáveis.
(EMIFCG09) Participar ativamente da proposição, implementação e avaliação de solução para problemas
socioculturais e/ou ambientais em nível local, regional, nacional e/ou global, corresponsabilizando-se pela
realização de ações e projetos voltados ao bem comum.

Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes

Eixo Investigação Científica


(EMIFCHS01) Investigar e analisar situações-problema envolvendo temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.
(EMIFCHS03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar
as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes
mídias.
Eixo Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCHS07) Identificar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e ameaças a grupos
sociais, à diversidade de modos de vida, às diferentes identidades culturais e ao meio ambiente, em âmbito
local, regional, nacional e/ou global, com base em fenômenos relacionados às Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas.
(EMIFCHS08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre problemas de

44 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, baseadas no
respeito às diferenças, na escuta, na empatia e na responsabilidade socioambiental.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Apresentar aos estudantes a proposta do bimestre: elaboração de um projeto de pesquisa científica.


Abrir o debate para o planejamento coletivo do percurso de aprendizagem, convidando-os(as) para
colaborar na elaboração e definição dos prazos, fluxos, estratégias e instrumentos de avaliação e as
respectivas expectativas de vivências neste aprofundamento.

2. Apresentar a problemática central deste bimestre: A economia explica o Brasil? e propor que os e as
estudantes produzam uma “tempestade de ideias”, para resgatar e ampliar os conhecimentos sobre os
setores produtivos da economia. Caso a turma tenha dificuldades em iniciar o levantamento de ideias,
apresente algumas chaves de reflexão, como:
a. Quais são as características fundamentais de cada setor?
b. Quais as características dos setores no território brasileiro?
c. Qual o setor predominante na nossa região?
d. Em qual setor a maior parte dos familiares trabalha?
e. Há concentrações de capital e de produção nos setores?
Promover um momento para que a turma registre coletivamente no Glossário Crítico do
“Economiquês” os conceitos vivenciados, incentive que esse registro seja criativo e que dialogue com
os interesses da turma.

3. Para auxiliar a compreensão da proposta, apresente também, a estrutura de um projeto de pesquisa


através de um modelo para que vocês possam discutir todos os pontos ( sugestão de modelo:
https://www.ufmg.br/proex/cpinfo/educacao/docs/06a.pdf) .

4. Considerando a carga horária do bimestre, pondere a estrutura que será desenvolvida no projeto de
pesquisa, como sugestão, indicamos os seguintes pontos:

a. Formulação do problema de pesquisa;


b. Formulação de hipótese;
c. Seleção de informações, materiais e fontes confiáveis;
d. Desenvolvimento: análise dos dados e interpretação dos resultados encontrados;
e. Considerações finais.

5. Resgatar a tempestade de ideias e as chaves de reflexão apresentadas e convidar os e as estudantes a


pensar sobre em quais assuntos/temas relacionados a problemática central eles e elas possuem mais
interesse, considerando os subtemas propostos no bimestre.

6. Convidar os e as estudantes a apresentarem seus interesses para a turma e propor que eles e elas
encontrem interesses que dialoguem entre si e formem trios ou quartetos de trabalho. Neste
momento, é importante cuidar do processo de mediação, considerando que este mapeamento é um
exercício complexo e que talvez os e as estudantes tenham um pouco mais de dificuldade para criar as
conexões.

7. Explicar para os grupos o que se compreende por problema de pesquisa e apresentar alguns exemplos,
como: Qual setor produtivo predomina na região nordeste do estado de Minas Gerais? Quais as
contradições entre as áreas de maior concentração de riqueza produtiva do estado de Minas Gerais em
relação ao desenvolvimento social? Neste momento, é importante apresentar problemas de pesquisa
mais amplos, para não condicionar os interesses, apresentando apenas alguns horizontes possíveis.
Pode ser interessante resgatar o modelo de projeto abordado anteriormente para ajudar na
exemplificação.

45 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

8. Propor que cada grupo tente elaborar uma primeira versão do problema de pesquisa. Promover
momentos de orientação com os grupos, ajudando-os na delimitação dos temas até o desenvolvimento
do problema de pesquisa.

9. Promover com os grupos, após a definição do problema de pesquisa, um roteiro inicial para auxiliar nos
primeiros levantamentos bibliográficos e fontes. O objetivo é que os grupos encontrem informações
iniciais sobre a pesquisa, para iniciar o desenvolvimento de uma hipótese.

10. Propor que os grupos pesquisem o que é uma hipótese e boas técnicas de elaboração. Neste momento,
é importante dialogar com os e as estudantes sobre o caráter investigativo das hipóteses, enquanto
uma tentativa de responder ao problema de pesquisa, que pode ser revisitada ao longo do processo.

11. Apresentar para a turma, após a elaboração das hipóteses, algumas chaves de reflexão para ajudar no
desenvolvimento do trabalho de seleção de informações, materiais e fontes confiáveis. Um possível
caminho, pode ser através da seguinte reflexão: Quem é a bibliografia da minha bibliografia?, ou seja,
proponha que os e as estudantes mapeiem quais são as referências das primeiras fontes que eles e elas
tiveram contato. Esse exercício de estudar referências bibliográficas é um potente caminho para ajudar
nesse momento. Seria interessante, também, convidar estudantes universitários que estejam
envolvidos com pesquisas com temáticas afins à da unidade para o desenvolvimento de pequenas
oficinas sobre as diferentes técnicas de levantamento bibliográfico, de estudo, de seleção criteriosa de
informações e fontes e de curadoria de materiais. Apresentar essa diversidade de processos pode ser
um caminho didático para esta etapa tão importante.

12. Orientar e acompanhar o desenvolvimento da pesquisa. Considerar a elaboração de um roteiro de


tarefas e metas para os grupos, facilitando a organização e divisão do trabalho. Neste momento, pode
ser interessante a criação de grupos de estudo, considerando que todas as pesquisas dialogam com a
mesma problemática, desta forma, é possível que alguns autores, autoras e obras sejam de comum
interesse, assim um grupo de estudo/leitura pode ser uma importante estratégia. Caso haja a criação
desses grupos, propor que os grupos organizem esses momentos, revezando na liderança dos
encontros.

13. Pactuar com os grupos quais serão os critérios de avaliação dessas pesquisas. É importante abrir espaço
para que a turma proponha alguns critérios e você, professor(a), pode propor alguns, como: curadoria
das fontes de pesquisa; seleção de conceitos e referência coerentes com o problema de pesquisa; o
grupo estabelece relações entre as fontes, teorias e conceitos com o problema proposto e etc.

14. Promover, caso seja possível na sua escola, momentos de parada para que outros professores e
professoras possam realizar a leitura crítica das pesquisas em desenvolvimento e apresentar
contribuições para os grupos, ampliando os repertórios e horizontes de análise e compreensão das
propostas.

15. Viabilizar momentos de parada para apresentações prévias das pesquisas, efetuando rodas de diálogo e
troca sobre as descobertas feitas sobre os setores produtivos, os procedimentos metodológicos, as
dificuldades, as bibliografias etc., a fim de que os e as estudantes vivenciam uma experiência de
pré-banca, ou seja, um treinamento para a apresentação para as bancas.

16. Promover, ao final das pesquisas, bancas de avaliação dos projetos. Propor que os grupos escolham
professores e professoras da escola, ou convidados externos, e apresentem as pesquisas e dialoguem
com as contribuições da banca. Neste momento, pode ser interessante convidar a comunidade escolar
para participar, conhecer e prestigiar os grupos e suas pesquisas.

Propostas de Avaliação

O(a) professor(a) poderá, ao longo do bimestre, registrar suas observações sobre o desenvolvimento
dos projetos, pautadas nos critérios de avaliação pactuados com os e as estudantes.

46 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Para as habilidades (EMIFCHS01) e (EMIFCHS07) considere as evidências de aprendizagem que


dialogam com o processo de elaboração e desenvolvimento do problema de pesquisa, como: O problema de
pesquisa dialoga com a problemática central e os subtemas propostos? O problema de pesquisa oferece, de
fato, uma questão, um problema, uma pergunta ou uma dúvida que pode ser pesquisada?
Para as habilidades (EMIFCHS03) e (EMIFCHS08), construa uma ficha de acompanhamento que pode
ser preenchida coletivamente com os grupos durante o desenvolvimento das pesquisas e nos momentos de
mediação, considerando aspectos, como: o grupo tem estabelecido conexões entre as leituras e o objeto de
pesquisa? Como tem sido o processo de levantamento de dados e curadoria? O grupo tem referenciado os
conceitos e teorias durante a pesquisa? É importante, neste momento, considerar os critérios de avaliação
pactuados durante o bimestre com a turma.
Propor aos estudantes uma autoavaliação orientada pautada no exercício da metacognição.
Sugerimos que o professor construa uma tabela com três colunas a serem preenchidas pelos estudantes:
Coluna 1 - O que eu sabia ou pensava (nessa coluna, os estudantes colocariam as informações que já
tinham ou mesmo algum pensamento equivocado sobre o tema);
Coluna 2 - O que descobri (nessa coluna, os estudantes colocariam as informações importantes
resultantes de sua pesquisa);
Coluna 3 - O que gostaria de saber (nessa coluna, os estudantes colocariam elementos que ainda têm
dúvida ou que têm interesse em aprofundar em suas pesquisas futuras).

4º Bimestre - Economia, Trabalho e Juventudes

No quarto bimestre, o componente investe no protagonismo criativo dos e das estudantes


e na comunicação com a comunidade escolar, promovendo ações de divulgação científica de
assuntos centrais na atualidade, como as relações entre as juventudes e o trabalho, as
desigualdades inerentes nessas relações através do território brasileiro. Neste bimestre, a
proposta central é compreender como os temas abordados anteriormente podem ser
analisados e interpretados na escala nacional, a partir de recortes conceituais estruturantes
deste componente: trabalho, economia e as juventudes. O esperado é que os e as
estudantes façam um observatório de pesquisas que relacionem esses temas, tomando por
problematização central para a investigação a questão: O que as pesquisas indicam sobre as
juventudes do Brasil e o trabalho? Esse processo de levantamento e estudo de pesquisas
deve alimentar processualmente um canal de perfil de divulgação de conhecimento em rede
social, culminando em conteúdo de conclusão do observatório, com síntese sobre as
contradições, desigualdades e semelhanças sobre as Juventudes e o Trabalho no território
brasileiro, mapeadas pelas pesquisas.

4º Bimestre - Humanidades para economia e trabalho


Economia, Trabalho e Juventudes

47 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Sugestão de subtemas:

● Trabalho e juventudes: rurais, urbanas e periféricas;


● O trabalho e os territórios brasileiros.

Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Eixo Investigação Científica


(EMIFCG01) Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.
Eixo Processos Criativos
(EMIFCG06) Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias e
plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os interlocutores
pretendidos.
Eixo Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCG09) Participar ativamente da proposição, implementação e avaliação de solução para problemas
socioculturais e/ou ambientais em nível local, regional, nacional e/ou global, corresponsabilizando-se pela
realização de ações e projetos voltados ao bem comum.

Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes

Eixo Investigação Científica


(EMIFCHS01) Investigar e analisar situações-problema envolvendo temas e processos de natureza histórica,
social, econômica,filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.
(EMIFCHS03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local,regional, nacional e/ou global,
identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar
as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes
mídias
Eixo Processos Criativos
(EMIFCHS06) Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais
relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em
âmbito local, regional, nacional e/ou global.
Eixo Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCHS07) Identificar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e ameaças a grupos
sociais, à diversidade de modos de vida, às diferentes identidades culturais e ao meio ambiente, em âmbito
local, regional, nacional e/ou global, com base em fenômenos relacionados às Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Apresentar aos estudantes a proposta do bimestre: realização de um observatório de pesquisa e


divulgação científica em uma rede social. Abrir discussão para o planejamento coletivo do percurso de
aprendizagem, convidando-os(as) para colaborar na elaboração e definição dos prazos, fluxos,
estratégias e instrumentos de avaliação e as respectivas expectativas de vivências neste
aprofundamento.

2. Apresentar aos estudantes uma definição do que é um observatório de pesquisa (aqui pode ser
interessante a leitura de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico | UCS | disponível em

48 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

https://bityli.com/qkclPDdN) e, em seguida, convidá-los(as) para discutir o que eles(as) gostariam de


propor para o observatório que a turma construirá.

3. Considerando a perspectiva de aula invertida, proponha um levantamento de informações e dados,


com base nas seguintes chaves de reflexão:
O que as pesquisas indicam sobre as juventudes do Brasil e o trabalho?
O que identificamos quando analisamos essas relações nas regiões brasileiras?
Há diferenças entre as informações obtidas, como maior número de jovens trabalhando
em determinada região? Por quê?
As juventudes contribuem para a economia?
Algumas fontes com que os estudantes poderão trabalhar nesse momento são as seguintes:
Atlas das Juventudes (Disponível em: https://atlasdasjuventudes.com.br);
OIT - Organização Internacional do Trabalho. (Disponível em
https://www.ilo.org/brasilia/lang--es/index.htm);
Observatório da Juventude (Disponível em: https://observatoriodajuventude.ufmg.br/);
E-book Jovens e trabalho no Brasil: desigualdades e desafios para as políticas públicas, da Ação
Educativa e Instituto ibi de Desenvolvimento Social; (Disponível em:
https://acaoeducativa.org.br/wp-content/uploads/2016/10/Jovens_trabalho_Brasil.pdf)
Série de vídeos #TôNoRumo, desenvolvida pelo canal Viração Educomunicação sobre o trabalho e
as juventudes (Disponível em:
https://www.youtube.com/playlist?list=PLwfdlW-xgl3Q0eEVBmD_FILoRwGG9d-FO);
Episódio de podcast: Juventudes e Mundo do Trabalho (Disponível em:
https://open.spotify.com/episode/4ktn6o74IE2k6RF37nhqiu?si=ZOx1UvpOQIyszoPU6hLHlw&utm
_source=whatsapp&nd=1).
4. Propor que os e as estudantes construam em papel pardo um mapa do Brasil (bem grande) e fixem na
sala de aula para que possa servir como um campo de registro dos pontos que eles e elas
compreenderem como os mais significativos ao longo do bimestre.

5. Promover a organização da turma em grupos, considerando seus desejos e intencionalidades debatidas


no início do bimestre.

6. Considerando a problemática central: As Juventudes e o Trabalho no território brasileiro, organizar


coletivamente subtemas de pesquisa que dialoguem com a problemática e os interesses dos(as)
estudantes, a partir do levantamento de informações, realizado anteriormente.

7. Desenvolver roteiros de pesquisa para cada grupo, porém com a participação de toda a turma, para
que assim os e as estudantes consigam compreender todas as pesquisas que o observatório produzirá.

8. Promover neste momento de elaboração dos roteiros quais serão os critérios de avaliação dessas
pesquisas. É importante abrir espaço para que a turma proponha alguns critérios e você, professor(a),
pode propor alguns, como: curadoria das fontes de pesquisa; sínteses com referências bibliográficas;
conteúdo coerente com o tema e etc.

9. Solicitar que os e as estudantes criem uma conta em uma rede social para a turma e um responsável
de cada grupo para a gestão do perfil.

10. Promover continuamente (conforme as pesquisas forem se desenvolvendo) registros no mapa do


Brasil, com dados e informações que dialoguem com a problemática central. Caso um único mapa não
seja suficiente, é possível construir uma tabela para cada região brasileira e colocar ao lado do mapa.
Durante esse processo, dialogar com a turma, promovendo reflexões como:
● A porcentagem de jovens trabalhando é similar entre as regiões brasileiras? Há estados
que se destacam?
● Quais são os principais tipos de trabalho dos jovens?

49 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

● Considerando as pesquisas do bimestre anterior, em quais setores produtivos a maior


parte dos jovens trabalha em cada região brasileira?
● O que os dados revelam sobre o número de jovens trabalhando em classes sociais? E nas
áreas urbanas e rurais? E no centro e na periferia?
● O que os dados nos revelam sobre as contradições, desigualdades e semelhanças entre
as juventudes e o trabalho no território brasileiro?

11. Garantir um tempo para registros no Glossário Crítico do “Economiquês, focando a discussão de
conceitos como: trabalho, desigualdade, desemprego, valor etc

12. Realizar momentos de socialização e troca entre os grupos acerca do andamento das pesquisas, dos
dados e informações mais relevantes, das maiores dificuldades e após esses momentos de partilha e
mediação do(a) professor, propor que cada grupo elabore vídeos divulgando os resultados e/ou dados
da pesquisa até o momento. Propor aos estudantes que na produção dos vídeos eles e elas
apresentam conexões entre as pesquisas e o dia a dia da comunidade à qual fazem parte.

13. Propor aos estudantes que elaborem os registros dos conceitos que estão em desenvolvimento no
Glossário Crítico do “Economiquês” neste bimestre, no formato de um pequeno roteiro de vídeo, e
solicitar que eles e elas produzam vídeos para a rede social abordando esses conceitos e utilizando os
registros realizados no glossário.

14. Ao final do bimestre, propor que a turma faça uma série de vídeos, apresentando o mapa do Brasil por
regiões, evidenciando assim as contradições, desigualdades e semelhanças sobre as Juventudes e o
Trabalho no território brasileiro.

(1) Definição de Observatório de Pesquisa


OBSERVAÇÃO:
A proposta de divulgação das pesquisas produzidas pelo observatório através de vídeos em uma rede
social não depende de uma grande disponibilidade de conectividade. A necessidade de internet será apenas
nos momentos de upload dos vídeos, que podem ser gravados com as câmeras dos celulares disponíveis, ou
seja, de modo offline. O upload dos vídeos pode ser realizado apenas por um aluno ou aluna (conforme
indicado anteriormente, cada grupo deve ter um(a) responsável pela administração da rede social), ou seja,
não há necessidade de internet para a turma toda. Porém, caso a sua escola não tenha acesso à internet, uma
alternativa de divulgação das pesquisas pode ser a elaboração de uma mesa de conversa entre os e as
estudantes e convidados.
Esse momento de trocas e partilhas pode ser chamado de Papo Reto ou Se Liga na Resenha, uma vez
que essas expressões/gírias possuem diversos significados para as juventudes, como: conversa direta e
objetiva, troca de ideias, um vocativo e etc. Desta forma, convide os e as estudantes a organizar esse
momento, para que eles e elas decidam sobre:
● Quais convidados(as) farão parte deste momento?
● As pesquisas serão apresentadas por sessões temáticas?
● Quando e onde este momento acontecerá?
● Como a comunidade escolar poderá fazer parte?

Propostas de Avaliação

Para as habilidades (EMIFCHS01) e (EMIFCHS07) produza registros das aprendizagens dos e das
estudantes durante os momentos de partilha e de mediação dos registros no mapa do Brasil, ao longo do
bimestre. Esses registros podem ser feitos a partir de chaves de reflexão para mapear as evidências de
aprendizagem, como: Quais conceitos eles e elas já conseguem compreender? As desigualdades no território
brasileiros entre as juventudes e o trabalho estão sendo percebidas? Eles e elas estão conseguindo mapear as
semelhanças entre as juventudes? e etc.
Para as habilidades (EMIFCHS03) e (EMIFCHS06) acompanhe a produção dos roteiros de cada vídeo,
como os e as estudantes conseguiram sistematizar os dados e informações, quais estratégias criativas foram
consideradas para a comunicação e se a mediação dos comentários nos vídeos tem sido feita com
embasamento científico, criatividade e propondo soluções e/ou avanços.

50 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

A produção dos registros em formato de roteiro de vídeo no Glossário Crítico do “Economiquês” e a


elaboração dos vídeos podem ser uma importante estratégia de acompanhamento, uma vez que, os principais
conceitos do bimestre estarão sendo abordados, desta forma, o(a) professor(a) poderá encontrar diversas
evidências de aprendizagem, como:
Os estudantes têm conseguido explicar de forma clara e simples os conceitos?
Os estudantes têm apresentado relações com a vida cotidiana?
Os estudantes têm trazido bons exemplos?

Desenvolvimento Econômico- CHS

Matemática e suas tecnologias e


Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

Economia e Trabalho

Desenvolvimento Econômico

1º Bimestre 2º Bimestre 3º Bimestre 4º Bimestre

O que é O desenvolvimento Economia solidária


desenvolvimento? econômico é uma O capitalismo pode e outras
questão de raça, gênero ser verde e sustentável? Possibilidades.
e classe?

51 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

No percurso deste componente curricular os e as estudantes poderão analisar


criticamente a complexidade acerca do debate sobre desenvolvimento econômico,
considerando as diferentes formas de compreender o que é desenvolvimento e as suas
origens epistemológicas. No desenvolvimento dos bimestres os e as estudantes poderão
aprofundar suas compreensões sobre temas que estão nas agendas contemporâneas e que
são atravessadas por questões de raça, gênero e classe. Espera-se que você, professor(a),
modifique, amplie ou complemente as propostas/indicações a seguir, considerando seu
conhecimento, sua experiência e as características das suas turmas e as condições da sua
escola.

1º Bimestre - O que é desenvolvimento?

No 1º Bimestre, o foco central está no debate acerca do que é desenvolvimento. Os e as


estudantes serão convidados a analisar criticamente as camadas que estão postas no debate
sobre desenvolvimento, considerando três principais lentes de análise: socioambiental, social
e econômica. A produção central deste bimestre é um mini documentário que pode ser
gravado com a câmera de um celular e editado em aplicativos gratuitos disponíveis para
celular, caso sua escola não tenha um laboratório de informática com computadores
disponíveis. Vocês podem abrir uma conta em um serviço gratuito de nuvem para armazenar
os conteúdos produzidos e não sobrecarregar a memória de nenhum aparelho celular. Um
dos objetivos centrais desta proposta é que este mini documentário reflita as
intencionalidades artísticas e sociais da turma, evidenciando-se o protagonismo dos e das
estudantes.
Esta unidade curricular terá como atividade integrada entre as duas áreas do
conhecimento o Glossário Crítico do “Economiquês”, que abordará conceitos estruturantes
da economia de modo crítico, apresentando perspectivas analíticas importantes para as
áreas. Desta forma é importante ter um cuidado especial com a organização e
desenvolvimento desta proposta, envolvendo os e as estudantes nas decisões e sentidos
dessa produção processual e coletiva.

52 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

1º Bimestre - Desenvolvimento econômico


O que é desenvolvimento?

Sugestão de subtemas:

● Desenvolvimento socioambiental;
● Desenvolvimento social;
● Desenvolvimento econômico.

Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Eixo Processos criativos


(EMIFCG05) Questionar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções criativas,
originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incertezas e colocá-las em prática.
(EMIFCG06) Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias e
plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os interlocutores
pretendidos.
Eixo Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCG08) Compreender e considerar a situação, a opinião e o sentimento do outro, agindo com empatia,
flexibilidade e resiliência para promover o diálogo, a colaboração, a mediação e resolução de conflitos, o
combate ao preconceito e a valorização da diversidade.

Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes

Eixo Processos criativos


(EMIFCHS04) Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão crítica
sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito
local, regional, nacional e/ou global.
Eixo Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCHS08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre problemas de
natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local,regional, nacional e/ou global, baseadas no
respeito às diferenças, na escuta, na empatia e na responsabilidade socioambiental.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Apresentar aos estudantes a proposta do bimestre, mini-documentário, e abrir o debate para o


planejamento coletivo do percurso de aprendizagem, convidando-os(as) para colaborar na
elaboração e definição dos prazos, fluxos , estratégias e instrumentos de avaliação e as respectivas
expectativas de vivências neste aprofundamento.

2. Apresentar aos estudantes a proposta de produzir um Glossário Crítico do “Economiquês”, ao longo


do ano, de forma integrada entre as duas áreas do conhecimento. Esta produção deve ser uma
vivência coletiva da turma, ou seja, o objetivo é que haja apenas um glossário para a turma inteira,
ficando como uma atividade integrada também entre os e as estudantes. Desta forma, é importante
promover um diálogo para que eles(as) pactuem combinados acerca desses registros e das
responsabilidades nesta atividade. Propor que os registros sejam feitos utilizando diferentes
formatos, como: desenho, mapa mental, mapa conceitual, resumo criativo, cálculo, poesia, música,
resumo e etc., abrir espaço para que a turma vivencie uma experiência criativa e autoral acerca
desses registros.

53 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

3. Apresentar a proposta de realização de um mini-documentário, no formato de entrevista com a


comunidade escolar, a partir da problemática central: O que é desenvolvimento para você? É
importante abrir espaço para que os e as estudantes tragam suas ideias para a composição da
proposta, personalizando assim os detalhes perante cada realidade escolar. Ressalte que a gravação e
edição do documento pode ser realizada pelo celular, com trocas de saberes entre os estudantes
quanto ao uso de aplicativos de edição.

4. Mediar a organização dos(as) estudantes em dois “times” a partir de suas auto-percepções acerca de
suas habilidades: 1- AUDIOVISUAL (a ideia é formar um time que gosta e tem habilidades
relacionadas ao audiovisual); 2- COMUNICAÇÃO ( a ideia é formar um time que gosta de conversar,
de comunicação e de abordagens pessoais). Neste momento cada estudante deve escolher em qual
time ele(a) se encaixa. Pedir que a classe construa uma tabela ou outra forma de registro e deixe
fixada na parede da sala de aula, para que todos e todas conheçam as potencialidades da turma.

5. Solicitar que os e as estudantes se organizem em quartetos, considerando que cada quarteto deve ter
dois integrantes de cada um dos times de habilidades já definidas (2 do audiovisual e 2 da
comunicação).

6. Promover a construção de um roteiro norteador para as entrevistas do mini documentário, que


dialogue com os interesses dos e das estudantes, considerando a problemática central: O que é
desenvolvimento para você?. Solicitar que cada grupo elabore um cronograma de atividades, prazos
e fluxos, alinhados com os combinados gerais da turma. Caso os grupos tenham dificuldade em
elaborar os roteiros, pode ser interessante apresentar alguns itens, como:
O que você entende por desenvolvimento?
Você acha que desenvolvimento e crescimento são sinônimos?
Na sua compreensão, o crescimento econômico significa desenvolvimento social?
Você acha que desenvolvimento é o mesmo para todos os sujeitos ou há diferenças? Se não,
quais causas você apontaria
7. Orientar e acompanhar a produção do minidocumentário e sugerir aos estudantes que as entrevistas
contemplem, dentro do possível, a maior diversidade de pontos de vista e opiniões entre homens,
mulheres, jovens, adultos, idosos, negros, indígenas, imigrantes, quilombolas etc.

8. Promover paradas para que os grupos partilhem com a turma os processos de produção e troquem
experiências e sugestões acerca dos roteiros, das entrevistas, das edições, das filmagens e das
aprendizagens. Convidar os e as estudantes a refletirem coletivamente nesses momentos acerca de
alguns pontos que podem nortear, você, professor, no acompanhamentos das aprendizagens, como:
Com quais percepções coletadas até o momento ele e elas concordam?
Os e as estudantes têm conseguido notar pontos problemáticos, como o entendimento de
que todo crescimento econômico gera desenvolvimento social?
Quais noções de desenvolvimento a fala do entrevistado carrega? Como eles e elas
percebem isso?
9. Durante esses momentos, propor os registros coletivos no Glossário Crítico do “Economiquês” sobre
os conceitos trabalhados: desenvolvimento, crescimento econômico, retrocesso econômico etc.
Aproveitar para pactuar com os e as estudantes quais evidências de aprendizagem serão
consideradas nesta atividade. Apresentar possibilidades de reflexão para a turma, como:
identificação de equívocos que podem ter surgido nas entrevistas, complexidade do conceito de
desenvolvimento, relação entre o repertório dos entrevistados e as estruturas sociais, políticas e
econômicas. Em alguns desses momentos, é interessante promover uma roda de trocas a partir da
leitura do significado de desenvolvimento econômico apresentado no Dicionário de Economia
(Disponível em:
http://www2.fct.unesp.br/docentes/geo/magaldi/GEO_ECONOMICA_2019/dicionario-de-economia-s
androni.pdf). Para auxiliar nesse debate, algumas chaves de reflexão podem ajudar, como:

54 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Alguns pontos apresentados nesta definição de algum modo têm aparecido nas entrevistas?
Se sim, de quais maneiras?
A complexidade dessa definição tem sido evidente para os e as estudantes durante o
desenvolvimento do minidocumentário?
10. Promover uma sessão de cinema, para que os grupos assistam aos mini documentários produzidos
pelos outros grupos, com o objetivo de mapear sintonias, divergências e particularidades entre as
opiniões apresentadas.

11. Desenvolver com a classe toda um mapa mental (pode ser feito na lousa ou em uma grande folha de
papel pardo, com a mediação do professor), sintetizando as informações dos mini documentários a
partir da seguinte reflexão: Quais são os pontos apresentados nos mini documentários que nos
fornecem conhecimento sobre:

a. Desenvolvimento socioambiental;
b. Desenvolvimento econômico-social;
c. Desenvolvimento econômico.

12. Apresentar uma sistematização dos pontos levantados pela turma, evidenciando as diferentes
compreensões acerca do que é desenvolvimento, dos acertos, erros e/ou equívocos sobre as
informações/objetos do conhecimento, ressaltando a complexidade do debate sobre
desenvolvimento e da importância de compreender a influência das macroestruturas nas percepções
sociais, como: classe, gênero, raça, norte e sul global e etc.

13. Dialogar com os e as estudantes sobre as aprendizagens construídas e o percurso vivenciado durante
o bimestre.

Propostas de Avaliação

A avaliação no Itinerário Formativo tem como premissa oportunizar ao estudante o desenvolvimento da


metacognição, acentuando sua natureza processual e formativa. O fato de não haver reprovação nos
componentes curriculares do Itinerário Formativo não significa que estes não devam ser avaliados. Deve-se
garantir preferencialmente a autoavaliação, bem como o “feedback” do professor quanto à apropriação de
habilidades e competências, visando o avanço contínuo do estudante.
Para fins técnico-didáticos, o professor deverá atribuir notas de 60 a 100 pontos anuais para cada
estudante. Assim, é primordial definir critérios para essa distribuição, demonstrando aos estudantes a
importância do processo de aprimoramento e adequação, ajustando a mediação da aprendizagem,
qualificando-a ainda mais ao perfil dos estudantes e à realidade local.

Planeje momentos de parada, ao longo do processo, para que os e as estudantes possam avaliar,
replanejar e dialogar acerca dos resultados alcançados até aquele momento. Considere um diálogo
provocativo acerca das seguintes reflexões: o que foi significativo até agora, o que foi mais fácil de mobilizar
e/ou produzir, qual a maior dificuldade, quais as melhores estratégias utilizadas.
Para avaliar a habilidade (EMIFCHS04), construa uma pauta de observação que deve ser preenchida
processualmente por você, professor(a), e pelos grupos. Trabalhe com marcos indicativos como: alcançado /
em processo / ainda não alcançado, ou proponha que a turma escolha os marcos indicativos e solicite que os
grupos indiquem justificativas e apresentem etapas, resultados e vivências que evidenciam os resultados
indicados.
Para a habilidade (EMIFCHS08), promova durante o bimestre a produção de registros, no formato
que pode ser acordado com a turma, em que os e as estudantes precisam apresentar as relações entre os
seus conhecimentos da área de ciências humanas e sociais aplicadas e os repertórios coletados nas
entrevistas.

55 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

2º Bimestre - O desenvolvimento econômico é uma questão de raça, gênero e classe?

O 2º Bimestre aprofunda o debate do bimestre anterior, à luz das questões estruturantes


da sociedade e do desenvolvimento brasileiro, raça, gênero e classe, na medida em que
propõe uma análise crítica das vivências das juventudes e dos dados relacionados a elas. O
esperado é que os e as estudantes produzam infográficos que elucidem a problematização
central das pesquisas: O desenvolvimento econômico é uma questão de raça, gênero e
classe?. Neste bimestre os e as estudantes serão convidados a conhecer fontes de pesquisas
importantes para os subtemas propostos no diálogo com as juventudes brasileiras.

2º Bimestre - Desenvolvimento econômico


O desenvolvimento econômico é uma questão de raça, gênero e classe?
Sugestão de subtemas:

● Darwinismo social;
● Eugenia e higienismo social e racial;
● Democracia racial no Brasil;

Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Eixo Investigação Científica


(EMIFCG01) Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.
(EMIFCG02) Posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando dados, fatos e
evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas,
coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia, justiça
social, pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.
(EMIFCG03) Utilizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de investigações científicas para criar ou
propor soluções para problemas diversos.
Eixo Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e
incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de decisões conscientes,
consequentes, colaborativas e responsáveis.
(EMIFCG08) Compreender e considerar a situação, a opinião e o sentimento do outro, agindo com empatia,
flexibilidade e resiliência para promover o diálogo, a colaboração, a mediação e resolução de conflitos, o
combate ao preconceito e a valorização da diversidade.

Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes

Eixo Investigação Científica


(EMIFCHS01) Investigar e analisar situações-problema envolvendo temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.
(EMIFCHS02) Levantar e testar hipóteses sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica,
filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, contextualizando os

56 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

conhecimentos em sua realidade local e utilizando procedimentos e linguagens adequados à investigação


científica.
Eixo Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCHS07) Identificar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e ameaças a grupos
sociais, à diversidade de modos de vida, às diferentes identidades culturais e ao meio ambiente, em âmbito
local, regional, nacional e/ou global, com base em fenômenos relacionados às Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Apresentar aos estudantes a proposta do bimestre, produção de infográficos, e abrir o debate para o
planejamento coletivo do percurso de aprendizagem, convidando-os(as) para colaborar na elaboração
e definição dos prazos, fluxos , estratégias e instrumentos de avaliação e as respectivas expectativas de
vivências neste aprofundamento.

2. Propor que a turma construa, coletivamente, em cartolina ou com o material disponível na sua escola,
uma tabela com as seguintes divisões: Raça, Gênero e Classe e solicitar que eles e elas apresentem
uma definição de acordo com seus conhecimentos. Após os registros coletivos, convidar a turma a
procurar no dicionário essas definições e refletir a partir das seguintes chaves de reflexão:

a. As definições são similares?


b. Há divergências? Se sim, quais são elas?
c. É possível que a realidade social-econômica de cada um(a) tenha influenciado nas definições
apresentadas pela turma? Por que?

Neste momento, é importante garantir uma mediação sobre as compreensões dos conceitos, a fim
de identificar possíveis fragilidades e principalmente de ampliar o repertório dos e das estudantes,
em especial em relação ao conceito de gênero. Lançar uma provocação sobre como nossas
concepções são atravessadas pela história, especialmente nos países que foram colonizados,
pensando na visão ocidentaleurocêntrica de nossas percepções.

Para motivar e repertoriar esse debate, apresentar as discussões da socióloga nigeriana Oyèrónké
Oyewùmí, "Hierarquia baseada no gênero não existia entre os iorubás" (disponíveis
em:https://www.uol.com.br/ecoa/ultimas-noticias/2021/05/28/oyeronk-oywumi-hierarquia-basead
a-no-genero-nao-existia-entre-os-iorubas.htm ). Também, propor a leitura do artigo Conceituando o
Gênero: os fundamentos eurocêntricos dos conceitos feministas e o desafio das epistemologias
africanas de Oyèrónké Oyěwùmí (Disponível em:
https://filosofia-africana.weebly.com/uploads/1/3/2/1/13213792/oy%C3%A8r%C3%B3nk%C3%A9_o
y%C4%9Bw%C3%B9m%C3%AD_-_conceitualizando_o_g%C3%AAnero._os_fundamentos_euroc%C3
%AAntrico_dos_conceitos_feministas_e_o_desafio_das_epistemologias_africanas.pdf)

3. Solicitar que, após os debates, mediados pelo(a) professor(a), a turma registre na tabela, os pontos
centrais discutidos. É importante que neste momento a turma seja provocada no sentido de decidir
quais são esses pontos, ou seja, construir uma síntese coletiva. Solicitar que a tabela seja fixada na
parede da sala de aula.

4. Apresentar aos estudantes o Atlas das Juventudes (aqui pode ser interessante:
https://atlasdasjuventudes.com.br/relatorio/), o Atlas da Violência (aqui pode ser interessante:
https://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/publicacoes), sensibilizando acerca dos conteúdos e dos
materiais disponíveis. Neste momento, é importante explicar para a turma que estes materiais
poderão ser utilizados como fontes de pesquisa durante o desenvolvimento deste bimestre.
Considerando a perspectiva de aula invertida, propor aos estudantes que explorem esses materiais e

57 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

leiam a reportagem do The Intercept Brasil sobre castração não autorizada de mulheres no Brasil (aqui
pode ser interessante também: https://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/85082) e desenvolvam
três percepções críticas a partir do questionamento: o que esses materiais nos revelam sobre o
desenvolvimento brasileiro nas últimas décadas?

5. Propor que a turma se divida em quatro grupos. Promover um debate acerca da problemática central
do bimestre: “ O desenvolvimento econômico é uma questão de raça, gênero e classe?''. Convidar os e
as estudantes a refletirem sobre essa problemática considerando os seguintes materiais:

a. Registros individuais produzidos a partir do estudo dos materiais;


b. Registros apresentados na tabela anteriormente;
c. Atlas da Violência;
d. Atlas das Juventudes;
e. Reportagem do The Intercept_Brasil.

6. Promover um momento de estudo coletivo dos infográficos disponíveis nos Atlas indicados. Propor que
os e as estudantes dialoguem sobre a estética, a forma, e a linguagem. Promover um debate a partir da
seguinte reflexão: o que os infográficos nos contam sobre raça, gênero e classe no Brasil?

7. Propor que cada grupo escolha uma música, poema ou crônica que represente suas reflexões sobre a
problemática e apresente para a turma.

8. Apresentar para os grupos os subtemas do bimestre (Darwinismo Social, Eugenia e Higienismo social e
racial, Democracia racial e Estrutura das famílias brasileiras) e propor que cada grupo escolha um tema
de acordo com os seus interesses. Solicitar que os grupos realizem um levantamento inicial de
informações sobre o subtema escolhido. Este levantamento pode conter os seguintes pontos:

a. O que é?
b. Ideias centrais?
c. Contextos históricos/ culturais/ sociais que devem ser considerados para a compreensão do
subtema?

9. Construir com a participação dos grupos uma sistematização dos subtemas e indicar que os grupos
assistam a entrevista do intelectual brasileiro Jessé Souza sobre o livro “O Brasil dos Humilhados”
(disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=BwBhCkXo1fE) e anotem os pontos que dialogam
com as ideias pesquisadas e sistematizadas sobre os subtemas.

10. Solicitar que cada grupo retorne a tabela inicial e a transforme em um mural “investigativo” dos
subtemas (a ideia aqui é um mural em que os e as estudantes possam visualizar e relacionar os pontos
chaves, exemplo: https://images.app.goo.gl/P9veFFq6bbEMaAZH7) e elabore uma síntese dos
subtemas escolhidos e os pontos apresentados por Jessé Souza, abordando os seguintes aspectos:

a. Quais são as informações compreendidas como centrais?


b. Quais as principais conexões?
c. É possível perceber conexões dos assuntos com a nossa vida cotidiana?

11. Solicitar que após essas sínteses a turma crie uma seção especial no Glossário Crítico do
“Economiquês” para conceitos importantes deste bimestre, como: raça, gênero, classe, segregação,
democracia racial e outros que surgirem. Combinar com a turma como eles e elas gostariam de realizar
os registros nesta seção considerando seus interesses.

12. Propor que a turma se divida em 4 grupos novamente. Neste momento, é importante garantir que
cada grupo tenha pelo menos dois representantes de cada subtemas pesquisado anteriormente.

58 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

13. Apresentar a proposta de produção de infográficos(1) sobre a problemática central do bimestre.


Apresentar exemplos de infográficos (aqui pode ser interessante:
https://www.youtube.com/watch?v=_skCVmGJwVg) que compõem o Atlas da Violência.

14. Propor que a partir das discussões anteriores cada grupo escolha um recorte temático para
desenvolver no infográfico que ofereça subsídios para compreender a problematização central: O
desenvolvimento econômico é uma questão de raça, gênero e classe?

15. Orientar e acompanhar a produção dos infográficos. Convidar os grupos a elaborar um roteiro de
trabalho, considerando a seguinte estrutura:

a. Definir escolha do tema;


b. Dados e informações sobre o tema;
c. Definição das informações mais importantes;
d. Ideação de layout, considerando a combinação de textos, cores e imagens.

16. Pactuar, neste momento, quais serão os critérios de avaliação e convidar os grupos a participar dessa
escolha. É possível propor uma categorização dos critérios, como: conteúdos, estética, comunicação,
organização e etc.

17. Promover paradas para que os grupos partilhem com a turma os processos de produção e troquem
experiências e sugestões acerca dos infográficos. Aproveitar estes momentos para pactuar com os e as
estudantes quais evidências de aprendizagem serão consideradas nesta atividade, apresente
possibilidades de reflexão para os grupos, como: os conceitos estruturantes estão presentes? As
informações dialogam com a problematização central? Há utilização dos elementos estéticos
característicos de um infográfico?

18. Promover, inicialmente, uma partilha dos infográficos da turma, com o objetivo de mapear sintonias,
divergências e particularidades entre as produções.

19. Apresentar uma sistematização das produções desenvolvidas, evidenciando os pontos centrais acerca
da problemática do bimestre.

20. Promover uma mostra dos infográficos para a comunidade escolar. Convidar os e as estudantes para
organização neste momento.

21. Dialogar com os e as estudantes sobre as aprendizagens construídas e o percurso vivenciado durante o
bimestre.

(1) - Este infográfico pode ser digital, caso sua escola tenha conectividade suficiente. Existem
plataformas digitais com layouts pré-definidos para auxiliar. Porém, eles também podem ser
desenvolvidos com os recursos disponíveis na sua escola, como: cartolina, papel pardo, flipchart,
canetinha, lápis de cor, colagem e etc.

Propostas de Avaliação

Proponha uma autoavaliação individual e coletiva através de rubricas. Considere a construção


coletiva das rubricas (se pode construir rubricas atitudinais, processuais e ontológicas) e convide os(as)
estudantes para propor quais pontos ele(as) entendem como importantes sobre o processo.
Professor(a), as rubricas podem ser modificadas, excluídas e incluídas ao longo do processo de
desenvolvimento das atividades e aprendizagens. As rubricas permitem que se discuta com mais clareza os
avanços ou dificuldades das aprendizagens coletivas e individuais. Elas permitem, também, que se perceba o
avanço na consolidação de cada uma das habilidades selecionadas neste bimestre.
Para apoiar a avaliação através das rubricas, considere os registros realizados durante os momentos
de acompanhamento das atividades e dos critérios de avaliação pactuados com a turma.
Para avaliar as habilidades EMIFCHS01 e EMIFCHS07, considere o painel investigativo construído pela
turma, a fim de mapear as conexões entre a problemática central e os subtemas do bimestre. Pode ser

59 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

interessante realizar essa avaliação coletivamente com a turma, evidenciando quais outras conexões
poderiam ter sido feitas e os pontos de força.

3º Bimestre - O consumo consciente atrapalha a economia e as relações de trabalho?

O 3º Bimestre foca no protagonismo social dos e das estudantes, a partir da sua relação
com a comunidade escolar. O debate crítico sobre a possibilidade de um capitalismo verde e
sustentável, do consumo consciente e seus possíveis impactos estarão em pauta a partir da
proposta central do bimestre, criação de um brechó, permitindo que os e as estudantes
vivenciem situações reais de aplicabilidade dos conhecimentos propostos neste bimestre. É
importante convidar a comunidade escolar para participar deste projeto, abrir espaço para
que as famílias participem das decisões pode ser um caminho facilitador, por exemplo, para a
doação de objetos para o brechó.

3º Bimestre - Desenvolvimento econômico


O consumo consciente atrapalha a economia e as relações de trabalho?
Sugestão de subtemas:

➢ Emissão de Carbono e Mercado de Carbono


➢ Consumo consciente
➢ Produções sustentáveis

Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Eixo Processos Criativos


(EMIFCG06) Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias e
plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os interlocutores
pretendidos
Eixo Empreendedorismo
(EMIFCG11) Utilizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para estabelecer e
adaptar metas, identificar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para realizar projetos pessoais e produtivos
com foco, persistência e efetividade.

Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes

Eixo Processos Criativos


(EMIFCHS06) Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais
relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em
âmbito local, regional, nacional e/ou global.
Eixo Empreendedorismo
(EMIFCHS10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados às Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas podem ser utilizadas na concretização de projetos pessoais ou produtivos, em âmbito local,
regional, nacional e/ou global, considerando as diversas tecnologias disponíveis, os impactos socioambientais,
os direitos humanos e a promoção da cidadania.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

60 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

1. Apresentar aos estudantes a proposta do bimestre, criação de um brechó, e abrir o debate para o
planejamento coletivo do percurso de aprendizagem, convidando-os(as) para colaborar na elaboração
e definição dos prazos, fluxos , estratégias e instrumentos de avaliação e as respectivas expectativas de
vivências neste aprofundamento. Considerar pactuar com os e as estudantes paradas periódicas para
um acompanhamento crítico dos processos em andamento. Promover coletivamente a elaboração de
algumas evidências de aprendizagem para que os(as) estudantes tenham clareza do que é esperado
como aprendizagem para o bimestre.

2. Propor um debate sobre as concepções de brechó que a turma possui, buscando refletir sobre como
essas concepções são, muitas vezes, reproduções de estigmas e preconceitos, especialmente
relacionados à classe, e também descortinar outras apropriações e sentidos dessa prática. Para isso,
faça questões como:

a) O que é um brechó?
b) Eu conheço e frequento algum brechó?
c) Minhas percepções estão relacionadas a quais vivências pessoais?
d) Quais palavras são compreendidas como sinônimo de brechó?

Mediar o debate para promover reflexões mais críticas, a fim de ampliar o repertório dos e das
estudantes. Para esse momento, pode ser interessante apresentar para os e as estudantes os
seguintes materiais:

BRECHÓ tá na MODA? O movimento das grandes marcas no mercado de segunda mão | Lu


Valente | YouTube. (Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ohcOIViF-bY)

Mizuneira, o jovem que restaura os tênis mais cobiçados na periferia de SP | Felipe Maia |
TAB Uol (Disponível em:
https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2022/05/22/mizuneira-o-jovem-que-restaura-os-te
nis-mais-cobicados-na-periferia-de-sp.htm)

Professor(a), para auxiliar sua prática nesse momento pode ser interessante a leitura de “Gostos de
Classe e Estilos de Vida”, de Pierre Bourdieu (Disponível em:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1807511/mod_resource/content/1/Bourdieu_.pdf), que
nos apresenta um debate acerca do que compreendemos como gosto, estilos de vida e consumo,
discutindo como eles não são aleatórios ou frutos unicamente de nossa individualidade ou
subjetividade, mas são, em grande medida, imposições e opressões que dialogam com os interesses
das classes dominantes e se constituem como formas de alienação.

3. Mediar um brainstorming sobre quais compreensões os e as estudantes consideram, quando o assunto


é consumo consciente e outras formas de consumir. Provocar reflexões relacionadas às escalas de
consumo e impactos, ou seja, é importante garantir que os e as estudantes compreendam que focar o
debate e vivência deste bimestre em uma escala local não elimina a escala global e estrutural (aspectos
abordados na Formação Geral Básica), mas ampliam caminhos possíveis que podem impactar
positivamente a comunidade escolar. A fim de coletar evidências das aprendizagens sobre produção e
consumo na macroescala, algumas chaves de reflexão podem auxiliar neste momento, como:
a) Os e as estudantes trouxeram para o debate conhecimentos que evidenciam que eles e
elas compreendem que a produção em larga escala de alimentos e produtos industriais
atende ao comércio exterior e não interno?
b) Nas ideias apresentadas os e as estudantes trouxeram aspectos relacionados aos
problemas de consumo de água pelo agronegócio, como volume, desperdício,
contaminação etc.?
c) Os e as estudantes apresentaram relações entre o consumo não consciente e o mercado
publicitário das grandes marcas e empresas?
Caso sua escola esteja localizada em uma região que já possui brechós, é possível convidar o(a) dono(a)
ou responsável para um momento de troca e partilha com os e as estudantes sobre esses impactos na
escala local e na vida cotidiana.

61 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

4. Apresentar detalhadamente a proposta de realização de um brechó, ao longo do bimestre. Construir


coletivamente com a turma um planejamento inicial, de um modo livre, democrático e criativo, para a
execução desta proposta, algumas sugestões para nortear o planejamento:
a. O brechó será contínuo ou em edições ao longo do bimestre?
b. Como faremos a arrecadação das doações? Toda a comunidade pode ser convidada
para fazer doações?
c. Quais produtos serão vendidos no brechó? Haverá seções? Como será organizado?
d. Como faremos a divulgação?

5. Organizar a turma em grupos e elaborar coletivamente um roteiro para as pesquisas que serão
desenvolvidas continuamente ao longo do bimestre sobre os subtemas propostos. Apresentar aos
estudantes algumas questões norteadoras, tais como:
a. Qual é a relação entre as taxas de emissão de carbono e/ou gases do efeito estufa e a
indústria têxtil?
b. A moda pode ser sustentável e consciente?
c. Quais são as relações entre a indústria da moda, o trabalho e os preços acessíveis das
mercadorias?
d. Por que certas marcas, como a Shein, conseguem produzir de forma tão barata?
e. Qual é a média de gasto de água para produção de um tênis, uma camiseta de algodão
e uma calça jeans? Essas produções podem ser sustentáveis?
f. O mercado de carbono pode ser um caminho possível para a sustentabilidade?

6. Propor que os e as estudantes criem um mural digital que sirva como uma biblioteca pública sobre os
assuntos. Esse mural pode ser criado em um jamboard, um padlet, trello, miró e etc,. É importante que
os alunos e alunas escolham a ferramenta que dialoga melhor com o formato planejado e desejado por
eles e elas.

7. Propor aos estudantes que cada peça ou objeto vendido no brechó tenha uma etiqueta/card com uma
pílula de conhecimento, na tentativa de despertar o interesse dos(das) compradores(as) para conhecer
o mural-biblioteca das pesquisas. Essas etiquetas/cards podem ter como concepção a seguinte
provocação: “Você Sabia?”. Apresentar nessas etiquetas/cards uma informação coletada na pesquisa
ou algum conceito importante do Glossário Crítico do “Economiquês” em um formato que desperte a
curiosidade, e um qrcode ou o link para o mural biblioteca, para que a comunidade possa conhecer as
pesquisas e aprofundar-se nos assuntos. Caso o Glossário Crítico do “Economiquês” da turma seja
virtual, considerar também a divulgação desta ferramenta. Se o mural-biblioteca for desenvolvido no
formato de cartazes, é possível enumerar cada cartaz e indicar essa numeração nas etiquetas. Os
cartões podem ser feitos, independentemente se o mural-biblioteca for digital ou não, com qualquer
material disponível na escola. Não há necessidade de impressão ou material específico. Aproveitar este
momento para provocar os e as estudantes a realizar produções criativas deste material e com uso
consciente de recursos.

8. Promover, durante o bimestre, momentos de partilha das pesquisas e vivências com o brechó, a fim de
que os grupos conheçam as pesquisas dos colegas, troquem fontes, estratégias de curadoria, analisem
o desenvolvimento do mural-biblioteca, considerando quais pontos eles e elas gostariam ainda de
abordar, de aprofundar e/ ou rever, bem como dificuldades encontradas no processos etc. Construir
coletivamente critérios de avaliação dessas pesquisas, considerando todo o processo vivenciado.

9. Propor, também, uma partilha da vivência no brechó enquanto aprendizagem dos subtemas e troca
com a comunidade. Convidar os e as estudantes a compartilharem quais conexões eles e elas têm
elaborado entre os subtemas e as vivências no brechó, como tem sido o diálogo com a comunidade,
como a troca com a comunidade tem ensinado sobre os subtemas etc. Mediar a conversa a fim de que
esses momentos permitam aos estudantes refletir sobre os subtemas e avançar nas pesquisas que já
estão em desenvolvimento

62 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

10. Propor no final do bimestre que a turma inteira elabore uma síntese, que possa ser publicada no
mural-biblioteca, no formato escolhido pela turma (como vídeo, texto, memes, charges e etc.), a partir
das seguintes reflexões: O que a vivência com os brechós revela sobre o conceito de trabalho? O
consumo consciente acabará com as formas de trabalho?

11. Promover um debate sobre os futuros caminhos que eles e elas querem e desejam dar ao brechó.
Convidar os(as) estudantes a pensar se o brechó pode se tornar um projeto empreendedor da
comunidade escolar e quais potencialidades de transformação da comunidade escolar este projeto
pode ofertar.

Propostas de Avaliação

Proponha uma autoavaliação individual e coletiva acerca das experiências com o brechó. Considere
construir coletivamente uma tabela reflexiva para apoiar, convidando os e as estudantes para propor quais
pontos eles e elas entendem como importantes sobre o processo, e convide-os(as) a comparar de forma
crítica e respeitosa a sua autoavaliação individual com a da turma.
Para avaliar as habilidades propostas neste bimestre, além do acompanhamento e do resultado do
mural-biblioteca, as etiquetas/cards podem oferecer potentes evidências de aprendizagem, elas vão exigir dos
e das estudantes boas sínteses, ampliação de repertórios, relações complexas entre objetos do conhecimento
e a vida cotidiana, comunicação social e difusão de conhecimento e etc., desta forma, considere acompanhar
o processo de produção das etiquetas/cards.
O Glossário Crítico do “Economiquês” pode ser uma importante fonte para o acompanhamento das
aprendizagens, proponha que a turma crie uma sessão especial sobre o Brechó, em que os conceitos
estruturantes acerca da concepção e administração do brechó estejam em evidência neste bimestre.

4º Bimestre - Economia Solidária e Outras Possibilidades

O 4º Bimestre propõe discussões sobre possíveis caminhos alternativos para o debate e


compreensão sobre desenvolvimento, com foco nos estudos em economia solidária e
economia criativa, a partir de uma saída a campo, onde os horizontes de pesquisa, de
vivência, de aprendizagem e mediação se ampliam, para além do ambiente escolar. O
esperado é que os e as estudantes criem fotografias autorais que representem as
aprendizagens relacionadas à saída a campo, onde as percepções, os sentimentos, os sonhos
e olhares dos e das estudantes estão no centro do processo.

4º Bimestre - Desenvolvimento Econômico


Economia Solidária e Outras Possibilidades
Sugestão de subtemas:

● Economia Solidária;
● Economia Criativa;

63 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC

Eixo Investigação Científica


(EMIFCG01) Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.
Eixo Processos Criativos
(EMIFCG06) Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias e
plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os interlocutores
pretendidos.
Eixo Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e
incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de decisões conscientes,
consequentes, colaborativas e responsáveis.

Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes

Eixo Investigação Científica


(EMIFCHS03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar
as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes
mídias.
Eixo Processos Criativos
(EMIFCHS04) Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão crítica
sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito
local, regional, nacional e/ou global.
Eixo Mediação e Intervenção Sociocultural
(EMIFCHS08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre problemas de
natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, baseadas no
respeito às diferenças, na escuta, na empatia e na responsabilidade socioambiental.

Estratégias de Ensino e Aprendizagem

1. Apresentar aos estudantes a proposta do bimestre: saída a campo e uma mostra de fotografia
autoral, aqui pode ser interessante a leitura:
http://gravuracontemporanea.com.br/fotografia-autoral-arte-contemporanea-investimento-colecao/
e abrir o debate para o planejamento coletivo do percurso de aprendizagem, convidando-os(as) para
colaborar na elaboração e definição dos prazos, fluxos, estratégias e instrumentos de avaliação e as
respectivas expectativas de vivências neste aprofundamento. Considerar pactuar com os e as
estudantes paradas periódicas para um acompanhamento crítico dos processos em andamento.
Promover coletivamente a elaboração de algumas evidências de aprendizagem para que os(as)
estudantes tenham clareza do que é esperado como aprendizagem para o bimestre. É muito
importante garantir uma escuta sensível em relação aos entendimentos, anseios, receios e objetivos
de cada um(a), evidenciando o caráter participativo e democrático desta unidade curricular.

2. Considerar a perspectiva de aula invertida e propor aos estudantes que escutem o podcast O é
economia solidária? | MOMENTO IECOSOL | Spotify (Disponível em:
https://open.spotify.com/episode/1ilRLtrUlDmKUS2ckzc7pn?si=9b4f094ec25e4671&nd=1) e anotem
os pontos mais interessantes. Para nortear as anotações dos e das estudantes, considere apresentar
algumas chaves de reflexão, como:

a. O que é, de fato, economia solidária?


b. Quais são os pilares desta proposta?
c. Qual é o contexto de surgimento das economias solidárias?

64 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

d. Quais são as contribuições da economia solidária para o desenvolvimento do


Brasil?

3. Promover uma roda de partilhas acerca das anotações e compreensões dos e das estudantes sobre o
podcast e propor que a turma assista ao vídeo O que é economia criativa? | Elaborando Projetos -
Sociais e Culturais (https://www.youtube.com/watch?v=WvvOrZTjKMo) e dialogue sobre as
questões:

a. Há semelhanças entre essas propostas?


b. Essas propostas podem ser uma alternativa para o desenvolvimento?
c. Você conhece alguma iniciativa de economia solidária ou criativa?

4. Em seguida, elaborar estações de aprendizagem com a seguinte proposta: Raio X da economia


solidária e economia criativa. Apresentar em cada estação um conjunto de infográficos, reportagens
e vídeos que forneçam um panorama sobre essas propostas. Propor as seguintes perguntas
norteadoras da análise:

a. Qual é o perfil do público da economia solidária e da criativa?


b. Quais são os setores produtivos mais impactados pela economia solidária e
criativa?
c. Qual é a contribuição da economia solidária e criativa na economia brasileira?
d. Considerando que as fontes possuem diferenças de até 4 anos, o que podemos
considerar sobre a economia solidária e criativa quando analisamos os últimos
anos?
e. Quais regiões e estados brasileiros têm os maiores e menores números em relação
ao número de empregos gerados pela economia solidária e criativa?

Professor(a), algumas fontes que podem auxiliar neste momento:

Cooperativismo | CVale.
(Disponível em: https://www.cvale.com.br/site/nossa-empresa/cooperativismo)
Importância das cooperativas no Brasil | Feco Agro Leite Minas. (Disponível em:
https://fecoagroleiteminas.com.br/importancia-das-cooperativas-no-brasil/)
Por que escolher uma cooperativa financeira ao invés de um banco? | Blog Sicoob Credipit.
(Disponível
em:https://www.blogsicoobcredpit.com.br/cooperativismo/por-que-escolher-uma-cooperativa-
financeira-ao-inves-de-um-banco/?doing_wp_cron=1670867559.9659450054168701171875)
Em gráfico, veja a importância da indústria criativa para o crescimento da economia | G1.
(Disponível em:
https://g1.globo.com/especial-publicitario/cultura-gera-futuro/noticia/2018/11/08/em-grafico-
veja-a-importancia-da-industria-criativa-para-o-crescimento-da-economia.ghtml)
Economia Solidária, Eleições 2020 e o Futuro do Brasil: seminário debate estratégias de
desenvolvimento econômico com sustentabilidade | Unicopas. (Disponível em:
https://unicopas.org.br/noticias/economia-solidaria-eleicoes-2020-e-o-futuro-do-brasil-semina
rio-debate-estrategias-de-desenvolvimento-economico-com-sustentabilidade/)
CONGRESSO. Senador apresenta PEC que inclui a Economia Solidária na ‘ordem econômica
nacional’ | Claudemir Pereira. (Disponível em:
https://claudemirpereira.com.br/2022/07/congresso-senador-apresenta-pec-que-inclui-a-econ
omia-solidaria-na-ordem-economica-nacional/)
14ª edição: feira da economia popular solidária realizada em Teófilo Otoni atrai o público| TV
LESTE | YouTube. (Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=-z8OPt2-24Y)
Economia Solidária é alternativa para geração de emprego e renda | TV BrasilGov | YouTube.
(Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ulzZP_4EQRk)

65 Estado de Minas Gerais - 2023


2º ano - Novo Ensino Médio

Neste momento, é importante convidar os grupos a desenvolverem suas análises considerando também
os conhecimentos adquiridos anteriormente, como as complexidades sobre o debate acerca do conceito
de desenvolvimento, as relações entre raça, gênero, classe e desenvolvimento econômico, o status
financeiro do Brasil (MAT), a economia e o jovem consumidor (MAT).

5. Promover um momento de partilha das análises produzidas por cada grupo. Este pode ser um
importante momento para coletar evidências de aprendizagem com base nos pontos apresentados
pelos grupos. Considere pactuar com a turma quais serão essas evidências de aprendizagem.
Algumas sugestões são:

a. Os grupos conseguiram coletar e produzir análises pautadas em dados e informações?


b. Como foi o processo de interpretação de dados e fontes? Assertivo? Frágil?
c. As análises “respondiam” realmente às chaves de reflexão propostas?

Propor, durante esses momentos, que registrem no Glossário Crítico do Economiquês os conceitos
trabalhados no bimestre e nas partilhas dos grupos. Caso os e as estudantes tenham dificuldade em
identificar esses conceitos, apresentar alguns, como: economia solidária, economia criativa e
cooperativismo.

6. Com base nas partilhas, elaborar uma sistematização dos pontos centrais sobre economia solidária e
criativa, retomando em especial as fragilidades percebidas anteriormente.

7. Propor a construção coletiva de um resumo criativo das análises vivenciadas nas estações e pedir
que o fixem nas paredes da sala de aula. Podem ser mostrados como exemplos: http://gg.gg/12tdeh,
http://gg.gg/12tdej, http://gg.gg/12tdek, http://gg.gg/12tdel .

8. Retomar a proposta apresentada no início do bimestre: saída a campo e uma mostra de fotografia
autoral. Explicar que o objetivo desta saída a campo é conhecer na prática os pontos debatidos
anteriormente e partilhar essa vivência com a comunidade escolar por meio da mostra de fotografia
autoral.

9. Considerar a perspectiva de aula invertida e propor aos estudantes que pesquisem, de forma livre,
seguindo sua curiosidade, os seguintes pontos:

a. O que é uma fotografia autoral? Quais são suas características estruturantes? Como
tirar uma fotografia autoral?

b. O que é economia solidária? Quais as diferenças entre economia solidária e criativa?


Quais exemplos eles e elas gostariam de conhecer?

10. Propor em sala de aula, com o auxílio de folhas de papel pardo, ou outro material disponível, que a
turma de forma coletiva, crie dois painéis que possam ser utilizados como roteiros sobre:

a. Os pontos importantes para se considerar acerca de uma fotografia autoral;


b. Os pontos centrais sobre economia solidária e criativa;
c. Possíveis lugares para uma saída a campo.
d. Caso a turma não traga exemplos que oportunizem boas saídas a campo, considere
conhecer a Unicafes Minas Gerais. A União das Cooperativas da Agricultura Familiar e
Economia Solidária do Estado de Minas Gerais (Unicafes-MG) possui parceiros no
estado inteiro. Assim, pode-se entrar em contato e conhecer um parceiro próximo da
sua escola para considerar a saída a campo.

11. Apresentar, com mais detalhes para a turma, a proposta de criar uma mostra de fotografia autoral
que represente, ilustre e expresse as vivências neste bimestre, incluindo a saída a campo.

12. Organizar com a turma saída a campo, considerando as seguintes etapas:

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2º ano - Novo Ensino Médio

a. Planejamento: definir o local, reunir as informações básicas para essa saída, organização
de um roteiro e distribuição de tarefas e/ou combinados pedagógicos. Organizar com
detalhes no roteiro os aspectos relacionados às fotografias autorais.

b. O roteiro pode conter respostas aos seguintes pontos:


1- Quais são as informações prévias do local? (Orientar a obtê-las por meio de
pesquisa.)
2- Quais aspectos deverão ser analisados com atenção? (Este tópico vai depender
do local escolhido por cada escola, porém, o importante é garantir que os e as
estudantes identifiquem os aspectos abordados na realidade do campo.)
3- Qual é a atividade desenvolvida?
4- Quais relações podem ser identificadas entre os pontos estudados e a realidade?
5- Quais foram os pontos mais significativos? Quais pontos serão representados
nas fotografias? (Neste momento é importante garantir que os e as estudantes
compreendam que devem fotografar, de acordo com as características de uma
fotografia autoral, os aspectos do campo que foram mais significativos.)
c. Saída a campo: todos e todas com os materiais combinados e clareza do roteiro.

13. Propor aos estudantes uma sistematização das aprendizagens relacionadas a saída a campo. Elaborar
juntos aos estudantes os temas centrais que eles e elas gostariam de abordar na sistematização.
Após essa definição solicitar que os e as estudantes se dividam em grupos (o número de grupos deve
contemplar a mesma quantidade de temas escolhidos para a sistematização), cada grupo será uma
“estação de aprendizagem” e as folhas e/ou cadernos de sistematização devem circular entre os
grupos, de acordo com o tempo pré definido coletivamente, desta forma cada grupo terá que
trabalhar a partir de onde o outro grupo parou, garantindo que a turma tenha disponível uma
coletânea de sistematizações coletivas.

14. Promover com a turma um momento de diálogo sobre as sistematizações e mediar os erros, acertos,
faltas, sobreposições ou qualquer outro ponto que seja necessário.

15. Pedir à turma que partilhe as fotografias tiradas em campo, de modo que cada estudante apresente
a sua foto e comente quais pontos quis registar e quais relações entre os subtemas do bimestre e a
realidade a fotografia pretende mostrar.

16. Iniciar com os alunos e alunas a organização da mostra de fotografias autorais, apresentar para a
turma a possibilidade de convidar as famílias para participar desta organizando, para que este
momento possa ser vivenciado pela comunidade escolar.

17. Abrir espaço para que a mostra seja estruturada e organizada em diálogo com os anseios dos e das
jovens. Propor que os e as estudantes definam alas para a mostra que devem expressar a jornada e
os conhecimentos adquiridos no bimestre.

18. Considerar a possibilidade de criar um evento cultural de fim de ano na escola, ancorado pela mostra
de fotografias autorais dos e das estudantes e apresentar também para a comunidade o Glossário
Crítico do “Economiquês”.

19. Dialogar com os e as estudantes sobre as aprendizagens construídas durante o ano letivo neste
aprofundamento.

Propostas de Avaliação

Considere uma autoavaliação acerca das vivências neste aprofundamento. Proponha que a turma
faça essa autoavaliação em círculo a partir das seguintes reflexões: Que bom que… / Que tal se… / Que pena
que….

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2º ano - Novo Ensino Médio

Para as habilidades (EMIFCHS03) e (EMIFCHS08) as sistematizações coletivas podem oferecer


potentes evidências de aprendizagem, assim como, é possível propor que os e as estudantes realizem um
mapa mental, um resumo, gravem um pequeno vídeo apresentando individualmente suas aprendizagens.
Todo o processo, desde a elaboração até a execução da mostra de fotografias autorais, é uma fonte
de evidências das aprendizagens relacionadas às habilidades (EMIFCHS04) e (EMIFCHS08). Alguns possíveis
horizontes acerca dessas evidências, podem ser: Os e as estudantes tiveram dificuldades de “enxergar” os
objetos de conhecimento e aprendizagens no seu dia a dia? Quais foram as conexões criadas durante o
processo de roteirização dessas fotos? Quais vivências e objetos de conhecimento foram ilustrados nas fotos?
e etc.

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Indústria de A a Z - Glossário com os principais temas, ações, programas e serviços da indústria brasileira.
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