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APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA
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UNIDADE 1
SESSÃO 1
1. POR DENTRO DA HISTÓRIA DA MATEMÁTICA
"matemathike (grego): aquilo que se pode aprender.
É considerado uma linguagem, um instrumento e uma atividade.
SESSÃO 3
1. ORIENTAÇÃO NACIONAIS PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA
PCN - Parâmetros Curriculares Nacionais
BNCC - Base Nacional Comum Curricular.
UNIDADE 2
2. O LETRAMENTO MATEMÁTICO
Nos primeiros de formação, as crianças passam por muitas mudanças durante o seu desenvolvimento
que impactam diretamente nas relações consigo mesmas, com as pessoas a sua volta e com o seu
entendimento de mundo.
Sendo assim, as aulas de matemática devem promover interações com o espaço, com a sociedade e com
a cultura em que os alunos estão inseridos.
Eles devem explorar as múltiplas maneiras de linguagens, como a escrita, a oral, a visual e a linguagem
matemática.
Deve-se ampliar o desenvolvimento da oralidade, da percepção do mundo a sua volta, da compreensão
e da representação de informações com o objetivo de favorecer a alfabetização e o letramento
matemático.
UNIDADE 3
2. ATIVIDADES LÚDICAS
EDUCAÇÃO INFANTIL: os conceitos de geometria precisam estar implícitos em brincadeiras,
histórias, jogos, músicas, desafios, tudo com a maior diversidade possível, para que estimulem os seus
diferentes sentidos e curiosidades.
ENSINO FUNDAMENTAL: mesmo que haja um amadurecimento dos alunos e na forma de ensinar a
geometria, os algoritmos não devem ser vistos como foco.
3. AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA
A avaliação diagnóstica tem o objetivo de coletar as informações que o aluno já tem sobre uma nova
competência curricular. Sendo assim, essa avaliação deve ser aplicada no início de cada competência,
assim o professor poderá avaliar o que o aluno já sabe e suas dificuldades sobre o assunto, planejando
atividades de acordo com as necessidades educacionais do aluno.
4. GEOMETRIA
Os objetivos e habilidades da UT geometria na BNCC é: desenvolver o pensamento geométrico dos
alunos ao trabalhar com formas e relações entre elementos de figuras planas e espaciais, além de posição
e deslocamento no espaço.
A geometria é a parte da matemática que o aluno identifica a conexão com a realidade em vive, além de
promover valores estéticos e culturais.
As grandes dificuldades apresentadas pelos anos em entender e diferenciar alguns conceitos geométricos
se dá justamente porque eles são apresentados nas aulas de forma abstrata, mecânica e algorítmica, sem
relação com os objetos reais.
Exemplos de dificuldade que as crianças podem apresentar no aprendizado da geometria:
Resumo das Unidades – Mayra Azevedo – 7º semestre – 2021/1
Identificar o que é CÍRCULO e o que é ESFERA. Exemplo para identificação dos objetivos com as
formas geométricas.
Outra dificuldade apresentada pelos alunos é a identificação do que é POLIEDRO e do que é CORPO
REDONDO.
Uma forma de diferenciar o que é um CORPO REDONDO é apresentar objetos como garrafa de água,
copo, balde, bacia e mostrar aos alunos que esses objetos rolam, por isso são chamados de "corpos
redondos".
Já para identificar o que é um POLIEDRO, apresentar objetos como caixas de sapato, celular, caderno,
borracha, apagador e mostrar que esses objetos não podem rolar, por isso são chamados de "poliedros",
pois eles têm várias linhas retas e arestas (pontas).
Ao desenvolver o pensamento geométrico, a criança torna-se capaz de investigar propriedades,
conjecturar e fazer argumentos convincentes, características fundamentais para seu desenvolvimento em
outras áreas da matemática e em outras disciplinas.
5. PLANIFICAÇÕES
Para o último ano do ensino fundamental existem habilidades que se referem ao trabalho com
planificações. Essas competências visam aprofundar e fixar a compreensão das propriedades e das
características das figuras geométricas espaciais. Assim é possível estabelecer as relações entre elas
(planas e espaciais) e observar as figuras geométricas sob diferentes pontos de vista.
Os materiais podem ser de fácil acesso para trabalhar essas relações. Por exemplo: trabalhando com
figuras espaciais como o paralelepípedo que pode ser representado por uma caixa de pasta de dente,
depois abrir a caixa e torna-la uma figura geométrica plana, o retângulo.
Para trabalhar com cilindros é possível juntar o suporte central do papel higiênico, que antes ela um
corpo redondo, por tanto um objeto com a forma geométrica cilíndrica, e que agora se tornou um
retângulo, portanto uma figura geométrica plana.
A utilização de tais objetos, como a caixa da pasta de dente, reforça a ideia de que as figuras geométricas
estão em lugares que eles nem imaginam.
6. AVALIAÇÃO SOMATÓRIA
Para finalizar a avaliação da UT geometria, é indicado a utilização de uma avaliação somatória, cujo
objetivo é diagnosticar o aprendizado em um prazo maior de tempo.
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Seja qual for a forma escolhida para realizar tal avaliação, é importante valorizar maneiras que
considerem a capacidade do aluno de reconhecer e diferenciar as características das figuras geométricas
planas e espaciais, e ainda permitir que os alunos expressem os seus conceitos de forma correta, mas
com suas próprias palavras.
2. MEDIR
O que é medir? É comparar uma grandeza desconhecida com uma grandeza conhecida e sistematizada
(unidade de medida).
É preciso propor atividades que evidenciem essa característica, para que o aluno perceba, a partir de suas
explorações e da resolução de situações presentes em seu dia a dia, que, ao medir algo, ele está fazendo
uma comparação.
Ao ensinar os conteúdos da UT Grandezas e Medidas é possível trabalhar com base em três eixos
principais:
1°. Conhecer o que está sendo medido. Ex: se é o peso, ou a altura, ou a capacidade, dentre outros.
2º. Qual é o instrumento mais adequado para realizar essa mensuração. Ex: régua, balança, copo de
medida, fita métrica, etc.
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3º. Qual a unidade que expressa corretamente o que está sendo estudado. Ex: quilos (kg), gramas (g),
metros (m), centímetros (cm), quilómetros (km), dentre outros.
3. UNIDADES DE MEDIDAS
Distribuídas ao longo dos cinco anos de ensino fundamental, as competências da UT Grandezas e
Medidas envolvem:
- Medidas de massa
- Capacidade e comprimento (padronizadas e não padronizadas, convencionais e não convencionais)
- Perímetro e área
- Medidas de tempo
- Sistema monetário brasileiro
- Temperatura (5° ano)
- Noções de volume (5° ano)
CAPACIDADE: para trabalhar com essa competência, é possível realizar uma atividade que possibilite
avaliar a noção de "caber" ou "não caber" que os alunos têm. Ex: procure objetos conhecidos, mas sem
medidas explícitas, como copos, xícaras, jarras, garrafas PET (objetos com o mesmo volume, mas com
formatos diferentes) e questione os alunos relacionando esses objetos e a quantidade de líquido que eles
comportariam. Assim, é possível ter a dimensão do quanto os alunos compreendem e distinguem
tamanhos e formas, de maneira a dar seguimento ao trabalho com os conteúdos que abordam medidas
de capacidade.
TEMPO: por ser um tanto abstrato, o processo de ensino-aprendizagem a respeito de medidas de tempos,
por vezes, ficou limitado a atividades mecânicas de conversão de horas, minutos e segundos. Porém,
essa grandeza pode ser trabalhada em conjunto com os componentes curriculares de história, ciências e
geografia. Ex: propor atividades em que os alunos percebam o deslocamento de sombras no decorrer do
dia ou a posição de girassóis.
A UT Grandezas e Medidas é a que os alunos apresentam maiores dificuldades na compreensão e no
aprendizado. Ex: medidas de áreas, de estimativas de medidas de comprimento, de tempo ou volume.
Isso se dá pela falta de interesse.
Para tentar sanar a essa dificuldade, o uso de jogos no ensino de matemática pode auxiliar não só na
aprendizagem das competências, mas também incentivar o aluno a se interessar pelos conceitos
ensinados, tendo em vista que seu caráter divertido e lúdico chama a atenção deles.
AVALIAÇÃO SOMATÓRIA: é importante que, da mesma maneira que buscou diversificar a
metodologia de ensino, que também procure não se ater a provas escritas com questões. É possível usar
algum jogo matemático ou aplicar uma aula com resoluções de problemas e até mesmo aplicar uma
dinâmica em grupo simulando algum comércio.
A avaliação somatória é só mais uma maneira de avaliar.
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2. LETRAMENTO
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Com o aumento da tecnologia e a facilidade de acessar diversos dados e informações, tornou-se
fundamental que o aluno seja capaz de organizar, analisar e interpretar dados, já que há muitas
informações que são apresentadas em formas de gráficos, tabelas ou taxas.
A probabilidade é o estudo de eventos e situações em que não há possibilidade de prever seus resultados,
mesmo que eles sejam realizados em condições muito controladas. No lançamento de um dado, por
exemplo, não conhecemos o resultado do seu lançamento, mas conhecemos a probabilidade de cada
resultado.
3. ESTATÍSTICA
É o ramo da ciência cujo objetivo é extrair informações de dados, a fim de compreender as situações que
eles representam e, para isso, ela faz uso de teorias probabilísticas visando fornecer meios e métodos
para a coleta, organização, interpretação e análise desses dados.
Para algumas pesquisas, é inviável a obtenção de todos os dados referentes ao que chamamos de
população, pois essa informação é muito grande. Nesses casos, o processo de estudo e análise é feito a
partir de uma amostra, que é uma parte representativa da população.
A BNCC apresenta 17 habilidades voltadas para a UT Probabilidade e Estatística, que são distribuídas
no decorrer dos cinco anos das séries iniciais do ensino fundamental.
Essas 17 habilidades foram agrupadas em 3 grupos, sendo que cada habilidade de uma mesma categoria
tem a mesma essência e difere apenas na complexidade.
O objetivo desse agrupamento é promover, de forma abrangente, a discussão de atividades, avaliações e
possíveis dificuldades que os alunos possam ter.
GRUPO 1
GRUPO 2
GRUPO 3
Para que o aluno desenvolva o senso crítico e para que ele possa utilizar dos ensinamentos matemáticos
em situações envolvendo sua vida cotidiana, é importante diversificar não apenas a metodologia de
ensino dessas competências, mas também o contexto das situações envolvidas nas atividades, que podem
variar de tema, sendo eles, social econômico, político e fenômenos da natureza.
A avaliação dessas habilidades não deve se prender a cálculos, mas focar na reflexão que o aluno fará a
partir dos dados analisados.
Quanto melhor for a interpretação dos dados, se aproximando ao máximo das informações corretas,
maior será o conhecimento do aluno, e melhor terá sido a sua aprendizagem em relação a essas
habilidades.
As competências devem ser vistas e trabalhadas de maneiras interligadas, pois elas podem perder o
sentido se trabalhadas isoladamente.
Promover uma continuidade durante todo o processo de ensino de probabilidade e estatística faz com
que o aluno compreenda os vínculos do conteúdo estudado e assimile melhor o processo estatístico.
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UNIDADE 4
SESSÃO 1: TENDÊNCIAS DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA
As tendências em educação matemática rompem com o paradigma de professor ser o único detentor de
conhecimento e o aluno ela o sujeito passivo no processo de ensino-aprendizagem.
Com as tendências em educação matemática, o auno como sujeito ativo é valorizado.
Há cinco tendências:
- Modelagem matemática
- Resolução de problemas
- Investigação matemática
- Uso de jogos
- Uso de tecnologias da informação e comunicação
1. MODELAGEM MATEMÁTICA
O que é? É a arte de transformar problemas da realidade em problemas matemáticos e resolvê-los
interpretando suas soluções na linguagem do mundo real.
Ao trabalhar em sala de aula com modelagem, o professor parte de uma situação inicial com os alunos,
realiza um conjunto de ações características de atividades de modelagem para chegar a uma situação
final que busca resolver e/ou analisar e fazer previsões da situação inicial.
As atividades de modelagem perpassam por cinco fases:
- Inteiração
- Matematização
- Resolução
- Interpretação dos resultados
- Validação
2. RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
O que é? Tem como base os trabalhos de George Polya e o seu livro "A arte de resolver problemas". O
objetivo é propor o ensino de matemática a partir de problemas que se relacionem ao cotidiano dos
alunos, buscando minimizar a ideia de que a matemática está pronta, acabada e desconexo do mundo.
Polya sugere quatro etapas para a resolução de problemas:
- Compreender o problema
- Conceber um plano de resolução
- Executar o plano
- Analisar se o plano resolveu o problema
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Na educação infantil e no ensino fundamental 1, trabalho com a resolução de problemas exige algumas
simplificações didáticas de acordo com a idade dos alunos.
As soluções encontradas pelos alunos não se resumem apenas a uma expressão matemática, mas se o
aluno resolver o problema fazendo uso de desenho, gráfico, tabela, esquema, lista ordenada e comando,
ele estará pensando matematicamente diante do problema proposto.
4. IVESTIGAÇÃO MATEMÁTICA
O que é? O aluno tem a possibilidade de desempenhar o papel de matemático, realizando pesquisas e,
com o auxílio do professor e interações com os colegas, construir seu conhecimento.
A investigação matemática é caracterizada por três fases:
- Introdução: é onde ocorre pela primeira vez o contato do aluno com a situação. Por isso, é importante
que eles tirem todas as suas dúvidas e que fique evidente a proposta da atividade.
- Realização: o professor assume mais um papel de orientador, dando suporte para os alunos e instigando-
os, por meio de questionamentos, a pensar a respeito da situação e de que maneira poderiam resolvê-la.
- Apresentação da tarefa: é importante que os alunos, individualmente ou em equipes, exponham suas
resoluções e discussões para toda a turma. Desse modo, evidencia-se que um problema pode ser
resolvido de diferentes maneiras, não de uma única forma.
A fim de explorar a curiosidade nata dos alunos nos anos iniciais de escolarização, o professor deve
propiciar um ambiente de investigação que os incentive a resolverem a situação proposta de modo mais
autônomo do professor.
1. EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Um dos maiores desafios em relação a esse tema é fazer com que o aluno tenha prazer em estudar
educação ambiental e ao mesmo tempo em que compreende complexidade dessas questões.
O aluno deve ser capaz de identificar-se como parte integrante da natureza e da sociedade,
comprometendo-se com a proteção e a conservação ambiental tanto em âmbito local quanto global.
As possibilidades de articular esse tema a objetos de conhecimento matemático envolvem o uso de
números, números ordinais, porcentagem, tabelas, gráficos entre outros.
3. TRABALHO
É definido como a modificação da natureza realizada pelo ser humano para satisfazer as suas
necessidades.
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O trabalho passa a ser um agente transformador não só da natureza, mas também do próprio ser humano
e da sociedade.
É um assunto que deve ser abordado de maneira crítica, evidenciando as relações de dependência, a
distribuição desigual da riqueza na maioria dos países e a relevância de todas as profissões.
Um exemplo seria explorar com os alunos habilidades de comprimento, assim é possível discutir com
eles a respeito de algumas profissões que utilizam como instrumentos de trabalho objetos para medir
comprimento, tempo, temperatura e massa, como o marceneiro, costureiro, arquiteto, pedreiro,
engenheiro.
4. CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Os avanços da ciência e tecnologia contribuíram positivamente para o modo de vida e de pensamento
do ser humano ao longo da história.
Esse tema contemporâneo pode ser relacionado com outros temas contemporâneos, como trabalho,
consumo, ética e meio ambiente.
A abordagem de ciência e tecnologia para alunos do 1° ao 5° ano pode naturalmente ser alinhada com
as habilidades de ciências da natureza, e pode ser explorada nas aulas de matemática com o uso de
tecnologias como aplicativos educacionais e softwares de geometria dinâmica.
7. DIVERSIDADE CULTURAL
A diversidade cultural evidencia a necessidade de compreendermos a multiplicidade etnocultural que
forma a identidade brasileira.
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Desenvolver estratégias pedagógicas que sensibilizem os alunos para a importância da temática étnico-
racial.
Esse tema pode ser associado a objetos de conhecimento da unidade temática de probabilidade e
estatística, possibilitando aos alunos que discutam os dados estatísticos sobre a população de diferentes
culturas ou ainda as informações obtidas no censo nacional.
9. SAÚDE
Alguns fatores determinam a condição de saúde de indivíduos e coletividades, como o biológico, o físico
e o meio socioeconômico e cultural.
Assim, é possível afirmar que as situações de saúde são produzidas nas relações sociais e culturais.
Uma possibilidade de articular esse tema nas aulas de matemática é ao explorar tabelas e gráficos,
discutindo a respeito da quantidade e da proporção de pessoas vacinadas em uma campanha de
vacinação, casos de dengue em determinada região.
Possibilitando uma intervenção estatística dos dados.