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Construção
Ademar Pinto do Carmo
Alexandre Marini
Anízio Viana da Silva
Camila Gomes Cunha
Cláudia do Rosário Silva Mendes
Giselle de Oliveira Neves
Kátia de Laura Borges
Samira Maria Araújo
Laís Francini F. Américo (estagiária)
Colaboração
Glenda A. Martins
Parceria Técnica
INSTITUTO IUNGO
LEITURA CRÍTICA
Ana Lúcia Ramos Auricchio
Sumário
APRESENTAÇÃO 4
Introdução 5
Ementa do Macrotema 5
Abordagem Pedagógica 5
Objetivos de Aprendizagem 7
Planejamento 8
Laboratório Criativo 12
1º Bimestre - Imersão e Investigação 12
2º Bimestre - Ideação 15
3º Bimestre - Experimentação 17
4º Bimestre - Implementação 19
Ciências Aplicadas 21
1º Bimestre - A Importância da Ciência na Vida do Ser Humano 21
2º Bimestre - A Ciência nos Quatro Cantos da Casa 24
3º Bimestre - Cozinha: um Laboratório de Ciências 26
4º Bimestre - A Casa do Futuro 29
Energia no Cotidiano 31
1º Bimestre - Matriz Energética Global, Regional e Local 31
2º Bimestre - Transporte e Energia 34
3º Bimestre - Processo de Transformação de Energia 36
4º Bimestre - Tecnologia para Energia Moderna e Sustentável 38
Ciência das Radiações 40
1º Bimestre - Natureza e Origem das Radiações 40
2º Bimestre - Efeitos da Radiação nos Seres Vivos e Meio Ambiente 43
3º Bimestre - Radiação no Cotidiano 45
4º Bimestre - Aplicações e Vantagens da Radiação 47
Anexos 52
APRESENTAÇÃO
O Itinerário Formativo é composto por Unidades Curriculares, que se organizam em
Componentes Curriculares. As Unidades Curriculares se estruturam de duas formas: aquelas
que são mantidas na matriz ao longo do ensino médio, como o Projeto de Vida e a
Preparação para o Mundo do Trabalho, e aquelas que permitem a escolha anual pelos
estudantes, como as Eletivas e o Aprofundamento nas Áreas do Conhecimento.
O Itinerário Formativo, parte diversificada do Currículo Referência de Minas Gerais,
tem uma função importante na trajetória escolar dos estudantes, pois estabelece o diálogo
com os contextos de vida dos jovens e com a realidade atual. Assim, um dos principais
propósitos do Aprofundamento nas Áreas do Conhecimento é a promoção de abordagens
práticas e contextualizadas , valorizando os saberes trazidos pelas Áreas do Conhecimento.
Ao conectar os saberes da Formação Geral Básica (Geografia, História, Sociologia,
Filosofia, Química, Artes, Educação Física, Matemática etc.) e o Projeto de Vida dos
estudantes, o Aprofundamento nas Áreas do Conhecimento tem como objetivos: produzir
conhecimentos, criar possibilidades de aprofundar e ampliar aprendizagens, intervir na
realidade sociocultural, incentivar a ação de empreender, como uma atividade profissional
ou ter a si mesmo como objeto desse empreender, isto é, empreender-se.
Cada Unidade Curricular do Aprofundamento nas Áreas do Conhecimento é
composta por 4 Componentes Curriculares. A unidade curricular Aprofundamento nas
Áreas do Conhecimento para o 1º ano diurno oferta componentes curriculares de cada uma
das 4 áreas para todas as turmas da rede. Para o 2º ano, em 2023, mantém-se a estrutura de
oferta de 4 componentes curriculares, porém organizados de formas diversas que
possibilitaram 9 arranjos distintos, assegurando que os estudantes possam, com as equipes
escolares, escolher qual dos Aprofundamentos é mais compatível com seu projeto de vida.
Neste documento, o professor encontrará as orientações para a implementação do
Aprofundamento em Ciências da Natureza e suas Tecnologias, contendo cada um a seguinte
estrutura:
● Introdução à unidade curricular;
● Ementa do macrotema;
● Abordagem pedagógica;
● Objetivos de aprendizagem;
● Planos de curso contendo sugestões de organização de trabalho com subtemas,
habilidades gerais, específicas e estratégias de ensino aprendizagem.
Introdução
Ementa do Macrotema
“A CIÊNCIA DO DIA A DIA”
A ciência faz parte da nossa vida. Ao acordar, tomar banho, preparar um bolo, lavar a
louça, usar um skate, bicicleta ou transporte público temos evidências e descobertas que
revolucionaram o modo de vida humano. Isso sem falar da tecnologia, que facilita serviços e
atividades diárias. Além disso, é a ciência que nos explica as consequências e os impactos de
tantas descobertas e quais são as possibilidades presentes e futuras de transformações
sociais que permitirão uma existência harmoniosa com o planeta. O Aprofundamento na
Área de Ciências da Natureza e suas tecnologias busca apresentar a investigação científica e a
proposição de soluções ou cenários de forma criativa e reflexiva a partir de temas e situações
que fazem parte do nosso dia a dia. Vamos juntos fazer uma imersão colaborativa e
desmistificar a Ciência?
Abordagem Pedagógica
A unidade curricular Aprofundamento em Ciências da Natureza e suas Tecnologias se
desdobrará em quatro componentes curriculares: Laboratório Criativo, Ciências Aplicadas,
Energia no Cotidiano, Ciência das Radiações. Esses componentes são de caráter anual e
autocontidos.
A metodologia de trabalho para esta unidade curricular está ancorada no Ensino de
Ciências por Investigação e Educação Através do Design, com foco nos processos construtivos
e investigativos. A proposta convida os estudantes a fazerem uma imersão em pensamentos
Objetivos de Aprendizagem
Planejamento
Esses registros podem ser feitos, por exemplo, num “Caderno de projeto - Laboratório
Criativo” ou outro meio que, em conversa, o professor decidirá com seus estudantes. É
imprescindível que cada estudante crie o seu e que, você professor separe momentos
específicos para orientar a realização e atualização dos registros. Caso seja acordado entre a
equipe docente, o estudante poderá ter um caderno de projeto com anotações dos quatro
componentes curriculares.
Contudo, cabe lembrar que a avaliação dos estudantes deve se dar ao longo do
processo e não apenas pelos resultados ou produtos gerados, que muitas vezes podem não
refletir exatamente aquilo que foi planejado previamente e ainda assim consolidar as
habilidades por meio do processo. Dessa forma, disponibilizamos, anexo a este plano, um
arquivo de rubricas da OCDE para auxiliar os professores a identificarem a consolidação das
competências e habilidades relacionadas à criatividade e pensamento crítico. Este
instrumento não se destina diretamente à avaliação dos estudantes, mas serve de referencial
para que o professor possa observar aspectos específicos que irão contribuir para o processo
avaliativo dos estudantes.
1
As perguntas podem ser: estimuladoras: aquelas que levam às descobertas; reforçadoras: para avaliar até que ponto o
ensino-aprendizagem decorreu com eficiência; esclarecedoras: com a intenção de fornecer ou trazer mais informações;
divergentes: que estimulam o pensamento criativo, permitindo diferentes respostas; (Mansur & Moretto, 2000, citado por
Fontoura, 2002).
Laboratório Criativo
Laboratório Criativo
2
Adaptado - BRUNO, G. S. e CAROLEI P. Contribuições do Design para o Ensino de Ciências por
Investigação.Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências 2018, Disponível em:
https://periodicos.ufmg.br/index.php/rbpec/article/view/4832 . Acesso em 06 de Ago. de 2022
(EMIFCG03) Utilizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de investigações científicas para criar ou
propor soluções para problemas diversos.
Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes
Investigação Científica
(EMIFCNT01) Investigar e analisar situações-problemas e variáveis que interferem na dinâmica de fenômenos
da natureza e/ou de processos tecnológicos, considerando dados e informações disponíveis em diferentes
mídias, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais.
(EMIFCNT02) Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na dinâmica de fenômenos da
natureza e/ou de processos tecnológicos com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais, utilizando
procedimentos e linguagens adequados à investigação científica.
(EMIFCNT03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a dinâmica dos fenômenos da natureza
e/ou de processos tecnológicos, identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante
argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar
conclusões com o uso de diferentes mídias.
Estratégias de Ensino e Aprendizagem
1. Propiciar uma apresentação dialogada sobre a proposta de trabalho do componente Laboratório
Criativo e sua metodologia para o ano letivo. Explicitar como será a integração entre os bimestres e
as formas de avaliação e/ou registros pactuadas entre os docentes dos componentes da Unidade
Curricular, de modo que os estudantes saibam como serão avaliados.
3. Propor um subtema para que os estudantes em grupos possam fazer um recorte a partir de uma
necessidade ou interesses dos estudantes, desde que alinhado às problemáticas locais relativas aos
temas dos componentes do Aprofundamento (Ciências Aplicadas, Energia no Cotidiano e a Ciência
das Radiações);
3
Adaptado MACHADO, V. F. SASSERON, L. H. As perguntas em aulas investigativas de Ciências: a construção teórica de
categorias. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, vol. 12, Nº 2, p. 29-44, 2012. Disponível em:
https://periodicos.ufmg.br/index.php/rbpec/article/view/4229 Acesso em 10 de Out. 2022
4
Adaptado: Narcizo, R. Curso Design Thinking - Módulo - Fase de Entendimento
4. Subsidiar os estudantes com materiais de apoio como livro, artigos, jornais, revistas, pesquisas em
ferramentas de busca, vídeos, podcast, para que possam realizar uma pesquisa investigativa, e/ou
propor que os estudantes tragam materiais coletados por eles;
6. Dividir as tarefas, conforme a escolha do tema, propiciar um diálogo coletivo entre os estudantes e
guiar os estudos e propostas com base nas primeiras etapas do projeto. É importante que durante os
trabalhos em grupo na sala de aula o professor circule entre os grupos e observe o empenho e a
participação de cada um dos estudantes. Jovens omissos podem ser incentivados a participar do
processo e para tanto pode ser solicitado para ele ser o relator do grupo. O rodízio de funções dentro
de cada grupo poderá permitir que habilidades não fiquem concentradas nos estudantes que têm
mais facilidade com elas. Assim evita-se por exemplo, o líder sendo sempre o líder; aquele que em
facilidade com a escrita sempre será o responsável por ser o escriba, e assim por diante;
Autoavaliação
➢ Como o grupo definiu o recorte do tema escolhido para o projeto? Todos puderam contribuir
igualmente?
➢ A situação - problema definida tem relevância para a sociedade? Por quê?
➢ Quais os desafios ao longo da pesquisa?
➢ Ao considerar as etapas vivenciadas ao longo do bimestre, em qual delas você se saiu melhor?
➢ Qual foi o seu aprendizado ao desenvolver a Etapa Imersão e Investigação?
2º Bimestre - Ideação
O 2º bimestre é o momento da criatividade (etapa de Ideação), a partir da definição
do escopo do projeto, espera-se que os estudantes sejam capazes de aplicar os
conhecimentos adquiridos e usar a imaginação para explorar, criar ideias, desenvolver
hipóteses, e brincar com ideias incomuns e radicais para propor possíveis soluções ao
abordar um problema sociocientífico.
Processo Criativo
(EMIFCG04) Reconhecer e analisar diferentes manifestações criativas, artísticas e culturais, por meio de
vivências presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade, criticidade e criatividade.
(EMIFCG05) Questionar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções criativas,
originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incertezas e colocá-las em prática.
2. Fomentar o pensamento crítico e criativo dos estudantes, por meio de rodas de conversa, debates
para verificar as melhores possibilidades de desenvolvimento do projeto dentro das propostas feitas
pelos estudantes;
4. Apoiar os estudantes nas possíveis explicações ou soluções apresentadas para a situação e interferir
quanto à viabilidade de solução do problema;
6. Sistematizar a análise das possíveis soluções a partir da situação problema definida pelos
estudantes, e elencar as hipóteses confirmadas ou refutadas e justificá-las tendo por base as
proposições coletivas e/ou individuais, por meio de um relatório;
3º Bimestre - Experimentação
Para o 3º bimestre, a proposta da etapa (Experimentação) é conduzir os estudantes a
refletirem sobre as seguintes questões: é possível desenvolver um primeiro modelo ou
protótipo para a solução de um problema científico? É perceptível a oportunidade de
experimentação a partir das possibilidades apresentadas no bimestre anterior? Como
posso criar um modelo para uma situação-problema? Se a questão proposta para a solução
da situação-problema for somente teórica, este é o momento de os estudantes
desenvolverem melhor as hipóteses existentes. Nesta etapa, os estudantes terão a
oportunidade de criar cenários para uma versão prévia, a partir das ideias confirmadas no
bimestre anterior. Os jovens terão a oportunidade de testar, experienciar e fazer novas
adaptações, justificando as escolhas com base nos critérios lógicos, por meio de dados e
evidências científicas para respaldar conclusões.
2. Solicitar aos estudantes que façam a prototipagem no papel que permita o teste e a validação do
projeto. Se a escola possuir laboratório ou os estudantes tiverem acesso a recursos tecnológicos,
pode-se usar aplicativos ou plataformas gratuitas;
3. Propor um momento de reflexão sobre os elementos essenciais do protótipo: nome e versão, nível do
protótipo (conceito e se funciona como real), ideias que sustentam a proposta, por quê (qual o
desafio que motivou a criação do protótipo), para quem se destina o protótipo, o que é (como o
protótipo se materializa5, quais os impactos e resultados se espera após a implementação;
4. Selecionar materiais e ferramentas para tornar o protótipo e/ou modelo uma realidade;
6. Criar uma tabela de critérios para análise e avaliação das propostas, verificando se elas são factíveis
ou não;
8.Compartilhar com os estudantes de outras turmas a versão preliminar do protótipo e/ou modelo para
descobrir benefícios e problemas da proposta.
Proposta de Avaliação
Autoavaliação
➢ As atividades possibilitaram e propiciaram momentos para questionar, modificar e adaptar ideias
existentes, assim como criar propostas, ou soluções criativas originais ou inovadoras?
➢ As atividades contribuíram para uma sequência de pensamentos e ações na proposição de solução?
➢ Você considera que os pensamentos convergentes auxiliaram na boa escolha da solução?
➢ Explique como você vivenciou as tarefas. Atuou de forma proativa durante a proposição e elaboração
da proposta? Como você julga a sua participação?
➢ Quais foram as maiores dificuldades que você encontrou para trabalhar em equipe? Como você pode
superar essa dificuldade?
➢ Qual o maior aprendizado durante a etapa Experimentação?
5
Adaptado: Narcizo, R. Curso Design Thinking - Módulo - Transição
4º Bimestre - Implementação
No 4º bimestre, após passarem pela etapa da Experimentação no bimestre anterior,
os estudantes são convidados a refletirem sobre as experiências e como soluções dadas para
as situações-problema podem ser aprimoradas, considerando aspectos práticos,
necessidade, cumprimento de requisitos. Nesta etapa, os estudantes deverão validar e
aprimorar a proposta do 3º bimestre, a etapa (Implementação) é a mais importante desde o
início da construção da proposta.
4º Bimestre - Laboratório Criativo
Implementação
Etapas do processo Implementação:
- Comunicar, implementar e aprender: compartilhar, executar, implementar, agir, lançar, produzir
versão final;
- Visualizar (rever) e aprender com o processo.
2. Comunicar à comunidade escolar a proposta de solução do 3º bimestre, para obter novos feedbacks
e após a avaliação, remodelar o que for necessário;
5. Selecionar o que será compartilhado (conteúdo), os registros realizados durante todo o projeto e
outros que considerar relevante para a exposição;
6. Planejar as fases de exposição do trabalho final: formato da apresentação, local, nome, público e
montagem;
Ciências Aplicadas
Ciências Aplicadas
2. Apresentar aos estudantes um breve histórico sobre a Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente, as
inter-relações entre elas e como elas contribuem para as explicações científicas, planejamento
tecnológico, soluções de problemas e na tomada de decisão científica6;
3. Agrupar e solicitar aos estudantes que pesquisem sobre a importância da Ciência e Tecnologia nos
diversos setores da saúde, economia, agricultura, indústria, pecuária, meio ambiente e outros que
tenham relevância para os estudantes e/ou comunidade;
4. Realizar um debate para que os estudantes possam apresentar suas impressões e argumentar de
forma crítica sobre: como a ciência se insere no cotidiano dele? Nos produtos que consome e nas
tarefas domésticas, consegue identificar a presença da ciência? Como a ciência e a tecnologia afetam
a qualidade de vida das pessoas? O estudante é capaz de exemplificar os fenômenos físicos, químicos
ou biológicos presentes no dia a dia?
5. Agrupar os estudantes e subsidiá-los com materiais de apoio como livros, artigos, jornais, revistas,
pesquisas em ferramentas de busca, vídeos, podcast, para pesquisa sobre: O que é biotecnologia?
Como a biotecnologia auxilia a humanidade a se desenvolver? Quais os benefícios da biotecnologia
para o meio ambiente? Quais as principais aplicações da biotecnologia na medicina, agricultura,
pecuária, alimentação, bioenergia e indústria química?
6. Solicitar aos estudantes que estabeleçam a relação entre as diferentes áreas da biotecnologia com o
sistema de cores que divide a Ciência em ramos (biotecnologia verde, biotecnologia vermelha,
biotecnologia branca, biotecnologia amarela, biotecnologia azul, biotecnologia roxa, biotecnologia
dourada, biotecnologia laranja, biotecnologia preta);
6
Adaptado. Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente: Um Olhar a partir de Algumas Pesquisas. Disponível
em: https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ArqMudi/article/download/40952/pdf/ Acesso em 12 de Set. 2022
longo da história da ciência que melhoram a qualidade de vida do ser humano nos diversos ramos da
saúde, economia, agricultura, indústria, pecuária, meio ambiente e dentre outros;
8. Registrar o que está sendo investigado por meio de anotações, observações, desenhos, fotos,
relatórios, percepções, além de conclusões individuais, coletivas e dúvidas;
9. Elaborar portfólio e/ou painel de discussão para apresentar para a turma e escola as descobertas
e/ou conclusões do grupo de trabalho.
Proposta de Avaliação
A avaliação no Itinerário Formativo tem como premissa oportunizar ao estudante o desenvolvimento
da metacognição, acentuando sua natureza processual e formativa. O fato de não haver reprovação nos
componentes curriculares do Itinerário Formativo não significa que estes não devam ser avaliados. Deve-se
garantir preferencialmente a autoavaliação, bem como o “feedback” do professor quanto à apropriação de
habilidades e competências, visando o avanço contínuo do estudante.
Para fins técnico-didáticos, o professor deverá atribuir notas de 60 a 100 pontos anuais para cada
estudante. Assim, é primordial definir critérios para essa distribuição, demonstrando aos estudantes a
importância do processo de aprimoramento e adequação, ajustando a mediação da aprendizagem,
qualificando-a ainda mais ao perfil dos estudantes e à realidade local.
Autoavaliação
➢ Quais os desafios ao longo do tema proposto e da pesquisa?
➢ Os materiais de apoio permitiram responder os questionamentos durante os debates?
➢ Os estudos e atividades possibilitaram a transmissão do conhecimento científico sobre o tema
abordado?
➢ Ao considerar as etapas vivenciadas ao longo das atividades, qual delas você se saiu melhor?
➢ Qual o aprendizado ao longo deste bimestre?
Sugestão de Subtemas:
- A Ciência e a Tecnologia por trás das roupas;
- Roupas inteligentes e do futuro;
- Roupas Sustentáveis;
- Gestão energética na produção têxtil e a investigação da eletricidade no dia a dia (aparelhos elétricos e
eletrônicos, funcionamento e consumo de energia).
(EMIFCG05) Questionar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções criativas,
originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incertezas e colocá-las em prática.
(EMIFCG06) Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias e
plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os interlocutores
pretendidos.
Processo Criativo
(EMIFCNT04) Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão crítica
sobre a dinâmica dos fenômenos naturais e/ou de processos tecnológicos, com ou sem o uso de dispositivos e
aplicativos digitais (como softwares de simulação e de realidade virtual, entre outros).
(EMIFCNT05) Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos relacionados às Ciências da Natureza
para resolver problemas reais do ambiente e da sociedade, explorando e contrapondo diversas fontes de
informação.
2. Problematizar com os estudantes a relação dos benefícios das roupas tecnológicas com o impacto
delas para o Meio Ambiente;
3. Solicitar aos estudantes que investiguem sobre as desvantagens da indústria na fabricação de roupas
de origem animal, vegetal e sintético, e as vantagens ambientais na produção de roupas inteligentes
e sustentáveis;
4. Propor que os estudantes, após a pesquisa, discutam: O que seriam roupas adequadas para a
humanidade e para o planeta? “Roupa sustentável é a que já temos em casa?7 É possível usar
organismos vivos para fazer roupas? Qual a importância da biotecnologia na fabricação de roupas?
Qual o consumo de água utilizado na indústria da roupa ?Qual o impacto do estilo de vida adotado
em relação ao consumo na sociedade?
5. Demonstrar para os estudantes por meio de aulas práticas as etapas experimentais dos biotecidos
(biodegradável e biofabricado) produzido a partir de microorganismo relacionados a roupas do
futuro;
6. Solicitar que grupo de estudantes possam fazer proposição de ideias inovadoras a partir das aulas e
demonstrações experimentais vivenciadas no bimestre, com foco na valorização do meio ambiente e
uso consciente de recursos;
7
Adaptado - EXAME - No maior cemitério de roupas do mundo a Electrolux manda um recado: 'Nosso maior objetivo com
essa campanha é conscientizar as pessoas de que a roupa mais sustentável é a que já temos em casa”. Disponível
em:https://exame.com/negocios/cemiterio-roupas-mundo-electrolux-recado/ Acesso em 17 e Out. de 2022.
(EMIFCNT02) Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na dinâmica de fenômenos da
natureza e/ou de processos tecnológicos com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais, utilizando
procedimentos e linguagens adequados à investigação científica.
(EMIFCNT03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a dinâmica dos fenômenos da natureza
e/ou de processos tecnológicos, identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante
argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar
conclusões com o uso de diferentes mídias.
Mediação e Intervenção Socio-cultural
(EMIFCNT07) Identificar e explicar questões socioculturais e ambientais relacionadas a fenômenos físicos,
químicos e/ou biológicos.
(EMIFCNT08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências da Natureza para
propor ações individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre problemas socioculturais e problemas
ambientais.
(EMIFCNT09) Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver problemas de natureza
sociocultural e de natureza ambiental relacionados às ciências da natureza.
2. Propiciar um diálogo baseado nas seguintes questões, com o objetivo de coletar informações e avaliar
as concepções prévias dos estudantes: a cozinha é um laboratório de ciências? É possível observar
fenômenos biológicos, físicos e químicos na preparação de uma receita? Qual o melhor material para
cozinhar: aço inox, alumínio, cerâmica ou vidro? Há agrotóxicos nos alimentos consumidos?;
3. Pesquisar sobre a Ciência por trás da gastronomia, como a biotecnologia está presente na cozinha,
qual a relação da gastronomia molecular com os avanços científicos tecnológicos, dentre outros temas
importante;
4. Apresentar aos estudantes exemplos de práticas pedagógicas e/ou propor que eles realizem
experimentos que envolvam as aplicações da biologia, física e química na gastronomia molecular para
a produção dos alimentos;
5. Expor, por aula dialogada, aspectos da culinária - a arte de fazer ciências e abordar combinações de
alimentos, ingredientes, especiarias, temperos, sabores, aromas e os segredos por trás da Ciência;
6. Discutir sobre a os métodos utilizados na ciência e na gastronomia com base na vivência das etapas do
método científico: observação, problematização, levantamento de hipóteses, testes e experimentação,
análise de dados, conclusão e comunicação de resultados;
10. Pesquisar empresas que trabalham com soluções sustentáveis com o foco em diminuir o desperdício
de alimentos, como por exemplo:reutilizar restos de frutas e vegetais para criação de cimento;
11. Planejar e executar uma exposição embasada em receitas que focam na identidade gastronômica da
região, demonstrando a importância social e cultural da culinária local para comunicar à comunidade
sobre os projetos trabalhados no bimestre.
Proposta de Avaliação
Autoavaliação
➢ As atividades possibilitaram e propiciaram momentos para refletir, questionar e compreender a
importância da ciência e da tecnologia na cozinha?
➢ Como você julga a interlocução com outros componentes curriculares para além da área da Ciências
da Natureza?
➢ Explique como você vivenciou as tarefas relacionadas às etapas do método científico e os métodos e
utensílios da cozinha? Os experimentos possibilitaram a análise dos fenômenos biológicos, físicos e
químicos? Como você julga a sua participação?
➢ Ao discutir sobre alimentação saudável, os rótulos de embalagens, alimentos ultraprocessados,
alimentos transgênicos, aditivos alimentares e o uso de agrotóxico, propiciou um momento de
reflexão e possibilitou a comparação e sugestão de outras alternativas?
➢ Você considera que a exposição dos trabalhos (comida típica) favorece a comunicação com a
comunidade local e possibilita apresentar as descobertas e conclusões realizadas?
8
Folha de São Paulo Rótulos de Alimentos passa a ter alerta de excesso de açúcar, sódio e gordura. Disponível
em: Novo alerta para alimentos Acesso em 17 de Out. de 2022
2. Discutir e problematizar com os estudantes o papel e os efeitos das inovações tecnológicas para
gestão da água, energia, saneamento básico, dentre outros definidos pelos estudantes e evidenciar as
vantagens dessas inovações;
4. Promover aulas práticas que permitam que os estudantes possam desenvolver e executar
experimentos que visem ao uso do recurso tecnológico para resolver problemas do entorno de suas
casas;
6. Propor uma pesquisa a partir do tema e/ou situação-problema hipotética para que os estudantes em
grupo possam fazer um recorte a partir de uma necessidade ou interesses dos estudantes;
7. Subsidiar os estudantes com materiais de apoio como livro, artigos, jornais, revistas, pesquisas em
ferramentas de busca, vídeos, podcast, para que possam realizar uma pesquisa;
8. Fomentar os debates e discussões entre os estudantes, guiar os estudos, a partir de um tema definido
pelos estudantes;
9. Mediar a escolha dos temas dentro dos sugeridos, para os estudantes criarem modelos, protótipos
e/ou maquete residencial que contemplem o uso de tecnologia para solucionar um problema real ou
hipotético;
10. Organizar uma exposição conjuntamente com os estudantes do protótipo e/ou maquete residencial
para as outras turmas da escola. É importante que a apresentação contemple alguns elementos, tais
como: nome e versão, nível do protótipo (conceito e se funciona como real), ideias que sustentam o
protótipo, por quê (qual o desafio que motivou a criação do protótipo), para quem se destina o
protótipo, o que é (como o modelo se materializa9, e se possível, elencar quais os impactos e
resultados se espera após a implementação.
Proposta de Avaliação
Autoavaliação
➢ Compreendi a importância de observar o meu entorno, identificar os problemas de ordem local,
refletir e fazer proposições?
➢ As práticas sobre as questões do cotidiano possibilitaram identificar a importância da investigação
científica no processo de ensino-aprendizagem?
9
Adaptado: Narcizo, R. Curso Design Thinking - Módulo - Transição
Energia no Cotidiano
Energia no Cotidiano
Investigação Científica
(EMIFCG01) Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.
(EMIFCG02) Posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando dados, fatos e
evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas,
coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia, justiça
social, pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.
(EMIFCG03) Utilizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de investigações científicas para criar ou
propor soluções para problemas diversos.
2. Agrupar os estudantes e propor uma pesquisa sobre matriz energética e elétrica brasileira e mundial,
e os impacto da construção de fontes energéticas no ambiente e orientá-los como realizar a curadoria
destes materiais;
3. Subsidiar com materiais de apoio para pesquisa tais como: livros, artigos, jornais, revistas, pesquisas
em ferramentas de busca, vídeos, podcast;
5. Apresentar aos estudantes tabelas e gráficos - síntese por região brasileira sobre a acessibilidade ao
uso de energia a nível nacional e fazer uma comparação a acessibilidade ao uso de energia a nível
global, evidenciando o papel da ciência da tecnologia na transformação do uso de energias
renováveis em energia elétrica10;
6. Registrar o que está sendo investigado por meio de anotações, observações, desenhos, fotos,
relatórios, percepções, além de conclusões individuais, coletivas e dúvidas;
7. Propor um júri simulado sobre os impactos e problemas ambientais de produção, fornecimento e uso
de energia.
Proposta de Avaliação
A avaliação no Itinerário Formativo tem como premissa oportunizar ao estudante o desenvolvimento
da metacognição, acentuando sua natureza processual e formativa. O fato de não haver reprovação nos
componentes curriculares do Itinerário Formativo não significa que estes não devam ser avaliados. Deve-se
garantir preferencialmente a autoavaliação, bem como o “feedback” do professor quanto à apropriação de
habilidades e competências, visando o avanço contínuo do estudante.
Para fins técnico-didáticos, o professor deverá atribuir notas de 60 a 100 pontos anuais para cada
estudante. Assim, é primordial definir critérios para essa distribuição, demonstrando aos estudantes a
10
A matriz energética brasileira: uma análise perante a NDC e o ODS7 - Disponível em:
https://congressousp.fipecafi.org/anais/19UspInternational/ArtigosDownload/1751.pdf Acesso em 19 de Set.
de 2022
2. Subsidiar os estudantes com textos, revistas e artigos e criar uma oficina de leitura sobre: o papel da
ciência e tecnologia nos meios de transporte do futuro, alternativos e sustentáveis e orientá-los
como realizar a curadoria destes materiais;
4. Utilizar um painel informativo com os recortes das ideias centrais para apresentar a síntese das
análises e dados do questionário aplicado pelos estudantes;
5. Propor que os estudantes desenhem, de forma coletiva, um modelo e/ou protótipo de veículo que
utiliza energia limpa associado ao transporte sustentável;
6.Compartilhar com a comunidade escolar o protótipo e/ou modelo desenhado pelos estudantes,
detalhando os benefícios e desvantagens deste meio de transporte sustentável.
Proposta de Avaliação
Autoavaliação
➢ O questionário possibilitou evidenciar o problema e pensar em proposições?
➢ As atividades propiciaram momentos para questionar, modificar e adaptar ideias existentes, assim
como criar propostas, ou soluções criativas, originais ou inovadoras?
➢ Você considera que os pensamentos convergentes auxiliaram na boa escolha da solução?
➢ Explique como você vivenciou as tarefas. Atuou de forma proativa durante a proposição e elaboração
da proposta? Como você julga a sua participação?
1. Organizar uma roda de conversa para inteirar-se dos conhecimentos prévios dos estudantes, utilizando
questões mobilizadoras: Como a energia se transforma em movimento? Quais os tipos de
transformação de energias presentes no cotidiano? Podemos começar pela cozinha? O que ocorre
quando cozinhamos? Você acredita que ao bater palmas é possível haver transformação de energia?;
2. Apresentar e/ou propor que os estudantes realizem experimentos que retratam o processo de
transformação de energia e possibilitem-os a analisar fenômenos do cotidiano e, a partir da prática,
fazer previsões qualitativas relacionadas à troca de energia na biologia, física e química (sugestão de
materiais nas referências);
3. Subsidiar os estudantes com textos, revistas e artigos e criar uma oficina da leitura sobre os tipos de
transformação de energia, como por exemplo: a transformação energética oriunda da energia elétrica
e/ ou energia no processo de transformação das plantas e/ou energia dos alimentos;
4. Realizar um mapeamento na comunidade local para identificar problemas de ordem local e/ou
hipotéticos, como por exemplo: Como transformar a energia solar em elétrica? E seguidamente,
propor a substituição dos postes de luz por painéis solares no município;
5. Propiciar um momento em que os estudantes possam delimitar o problema local e/ou hipotético
definidor da investigação;
6. Propor que os estudantes criem um modelo e/ou protótipo para amenizar os impactos
socioambientais relacionados à transformação de energia;
7. Agrupar os estudantes e propor que eles possam buscar inspirações para criar soluções e detalhá-las;
8. Analisar as soluções propostas e validá-las, considerando se são factíveis ou não;
9. Apresentar para a turma e/ou comunidade escolar os modelos propostos e descrever sobre a
importância e o papel da ciência para resolver problemas reais socioambientais.
Proposta de Avaliação
Autoavaliação
➢ Os estudos e atividades propiciaram a transmissão do conhecimento científico sobre o tema
abordado?
➢ As atividades propostas possibilitam momentos para observar o processo de transformação de energia
no cotidiano? E contribuíram para uma sequência de pensamentos e ações na proposição de
solução? Atuou de forma proativa durante a proposição e elaboração da proposta?
➢ O desafio de criar uma solução para a comunidade local possibilitou investigar, refletir, descobrir,
conectar saberes e criar?
11
Eficiência e suficiencia energética.Disponível em:
https://ods.imvf.org/wp-content/uploads/2018/12/Recursos-ods-objetivos-aprendizagem.pdf Acesso
em 19 de Set. 2022
2. Discutir e problematizar com os estudantes sobre o papel e os efeitos das inovações tecnológicas para
gestão energética para que façam uma análise sobre elas a partir do clima, da emissão de gases
poluentes e do custo de produção e construção, seguidamente propor que os estudantes respondam à
questão: Como a energia e o bem-estar humano estão conectados?
3. Agrupar os estudantes e promover um clube de leitura orientada pelas questões: Quais os benefícios
dos recursos energéticos que têm ênfase no uso sustentável: energia nuclear, energia eólica,
geotérmica, mareomotriz e hidráulica;
4. Elaborar um mapa mental das ideias centrais resultantes do clube de leitura. Debater sobre os
benefícios dos recursos energéticos estudados;
5. Propor uma reflexão a partir do tema estudado para que os estudantes em grupo possam observar e
detectar se na comunidade deles há necessidade de implementação de energia mais sustentável;
6. Registrar o que está sendo investigado por meio de anotações, observações, desenhos, fotos,
relatórios, percepções, além de conclusões individuais, coletivas e dúvidas;
8. Apresentar para a comunidade a síntese dos estudos e descobertas ao longo dos bimestres, utilizando
o boletim informativo como um dos recursos de informação.
Proposta de Avaliação
Autoavaliação
➢ Compreendi a importância de observar o meu entorno, identificar os problemas de ordem local, refletir
e fazer proposições?
➢ As práticas sobre as questões do cotidiano possibilitaram identificar a importância da investigação
científica no processo de ensino-aprendizagem?
➢ O produto final (boletim informativo) proposto pelo grupo alcança e sensibiliza a comunidade escolar?
(EMIFCG02) Posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando dados, fatos e
evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas,
coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia, justiça
social, pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.
(EMIFCG03) Utilizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de investigações científicas para criar
ou propor soluções para problemas diversos.
Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes
Investigação Científica
(EMIFCNT01) Investigar e analisar situações-problemas e variáveis que interferem na dinâmica de fenômenos
da natureza e/ou de processos tecnológicos, considerando dados e informações disponíveis em diferentes
mídias, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais.
(EMIFCNT02) Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na dinâmica de fenômenos da
natureza e/ou de processos tecnológicos com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais, utilizando
procedimentos e linguagens adequados à investigação científica.
(EMIFCNT03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a dinâmica dos fenômenos da natureza
e/ou de processos tecnológicos, identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante
argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar
conclusões com o uso de diferentes mídias.
Estratégia de Ensino e Aprendizagem
1. Exibir aos estudantes fotos, reportagens e imagens que retratam a radiação, evidenciando as formas
de radiações existentes, sua natureza e origem;
2. Propor um diálogo associando às imagens com o contexto histórico da radiação e debater questões,
tais como: como podemos encontrar a radiação nas nossas casas, trabalho, escola e nas atividades
cotidianas?;
3. Apresentar o filme “Radioactive - Marie Curie” e propor um debate sobre os riscos e benefícios da
radiação e como as descobertas científicas contribuíram para o futuro da humanidade. Utilizar estas
questões mobilizadoras: Como as atividades experimentais contribuíram para a descoberta da
radiação? O processo acelerado da industrialização na Europa impulsionou o desenvolvimento
científico e tecnológico? Por que?;
4. Elaborar uma uma linha do tempo sobre o contexto político, econômico, cultural e social retratado
no filme e evidenciar quais foram os desafios desta cientista para realizar pesquisa em uma
sociedade cuja imagem feminina tem características éticas e sociais limitadas;
6. Registrar o que está sendo investigado por meio de anotações, observações, desenhos, fotos,
relatórios, percepções, além de conclusões individuais, coletivas e dúvidas;
8. Expor o painel informativo com os recortes das ideias centrais para apresentar a síntese das análises
e dados dos estudos da radiação.
Proposta de Avaliação
3. Discutir e problematizar sobre os benefícios, riscos e seus amplos efeitos na saúde, meio ambiente e
na sociedade de um possível vazamento de uma usina nuclear, utilizando como por exemplo, a Guerra
da Ucrânia, para citar um perigo contemporâneo;
4. Solicitar aos estudantes uma pesquisa sobre os efeitos da radiação no ar, solo e água e realizar uma
síntese sobre os principais tópicos;
5. Agrupar os estudantes e apresentar práticas experimentais que possam abordar os efeitos das
radiações no ar, solo e água com a finalidade de explorar os fenômenos biológicos, físicos e químicos;
7. Listar e relacionar por meio de uma aula dialogada, os registros e síntese com a experimentação.
Proposta de Avaliação
Autoavaliação
➢ Os documentários sobre os desastres ocorridos nas usinas nucleares possibilitaram considerar várias
perspectivas sobre a radiação?
➢ Os experimentos propiciaram a análise dos fenômenos biológicos, físicos e químicos?
➢ Você considera importante a interlocução com os conceitos sobre radiação abordados em sala de aula
e experimentos? Justifique.
Radiação no Cotidiano
Sugestão de Subtemas:
- Radiação Ultravioleta (telas, lâmpadas, sol);
- Radiação (laser,raio beta, gama, Infra-vermelho);
- Radiação nos aparelhos do uso domésticos;
- Aplicação da radiação: energia elétrica, agricultura, alimentação.
2. Utilizar uma tabela com os recortes das ideias centrais para apresentar a síntese das análises e dados
do questionário aplicado na comunidade;
3. Agrupar os estudantes e dividir temas para pesquisa sobre: radiação ultravioleta, radiação nos
aparelhos de uso doméstico, aplicação da radiação na energia elétrica, na medicina, na agricultura e
na alimentação;
4. Subsidiar os estudantes com materiais de apoio como livro, artigos, jornais, revistas, sites de busca,
vídeos, podcasts para pesquisa do tema definido pelos grupos de estudantes, e ao mesmo tempo
orientá-los sobre a busca de informações em fontes confiáveis.
5. Discutir sobre as ideias centrais da síntese do questionário e fazer um cruzamento com os conceitos
científicos abordados na pesquisa;
Proposta de Avaliação
Autoavaliação
➢ Quais foram os desafios ao aplicar o questionário na sua comunidade?
➢ As questões utilizadas no questionário auxiliaram para compreender os mitos relacionados à radiação?
➢ Você acredita que a produção do podcast/revista em quadrinhos utilizando linguagem própria da área
da natureza contribuíram para a disseminação da ciência?
Sugestão de Subtemas:
- Avanço tecnológico da aplicação da radiação;
- Aplicação da radiação: medicina,indústria, química, geologia e arqueologia, engenharia;
- Benefícios da radiação para a sociedade.
Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da BNCC
Empreendedorismo
(EMIFCG10) Reconhecer e utilizar qualidades e fragilidades pessoais com confiança para superar desafios e
alcançar objetivos pessoais e profissionais, agindo de forma proativa e empreendedora e perseverando em
situações de estresse, frustração, fracasso e adversidade.
(EMIFCG11) Utilizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para estabelecer e
adaptar metas, identificar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para realizar projetos pessoais e produtivos
com foco, persistência e efetividade.
(EMIFCG12) Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus objetivos presentes e
futuros, identificando aspirações e oportunidades, inclusive relacionadas ao mundo do trabalho, que orientem
escolhas, esforços e ações em relação à sua vida pessoal, profissional e cidadã.
Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos Associadas aos Eixos Estruturantes
Empreendedorismo
(EMIFCNT10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados às Ciências da Natureza
podem ser utilizados na concretização de projetos pessoais ou produtivos, considerando as diversas
tecnologias disponíveis e os impactos socioambientais.
(EMIFCNT11) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências da Natureza para
desenvolver um projeto pessoal ou um empreendimento produtivo.
(EMIFCNT12) Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando as Ciências da Natureza e suas
Tecnologias para formular propostas concretas, articuladas com o projeto de vida.
Estratégias de Ensino e Aprendizagem
1. Exibir aos estudantes as técnicas e inovações do centro tecnológico de radiação do Instituto de
Pesquisas Energéticas e Nucleares (sugestão de materiais nas referências), que aplicam radioisótopos
na indústria, indústria petroquímica e química para controle de processos e saneamento, na saúde e
em bens culturais do Brasil;
2. Selecionar uma temática relacionada à aplicação da radiação, a partir de uma necessidade definida
pelos estudantes e/ou alinhada às problemáticas locais;
4. Subsidiar os estudantes com materiais de apoio como livros, artigos, jornais, revistas, pesquisas em
ferramentas de busca, vídeos, podcast, para realizarem pesquisas sobre a temática;
5. Associar o tema definido ao contexto local a partir de dados, fatos e situações relevantes;
6. Explicar aos estudantes a estrutura de uma revista em quadrinhos (roteiro, ações, imagens, as
descrições físicas dos personagens, dentre outros que considerarem relevantes). Pode contar com o
apoio do professor de Linguagens;
7. Propor a elaboração de uma revista em quadrinhos que retrata conceitos científicos, uso de
tecnologia na aplicação da radiação e os benefícios dela para a sociedade;
8. Divulgar, por meio de uma exposição pública, a revista elaborada pelos estudantes.
Proposta de Avaliação
Autoavaliação
➢ Quais os desafios a partir do recorte do tema definidor da investigação? A situação problema definida
tem relevância para a sociedade? Por quê?
➢ As práticas sobre as questões do cotidiano relacionadas à aplicação da radiação possibilitaram
identificar a importância da investigação científica no processo de ensino-aprendizagem?
➢ Você considera que a estratégia de elaborar uma revista em quadrinhos contribui para compreender
os conceitos científicos relacionados à radiação?
REFERÊNCIAS
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nossas vidas mais sustentáveis. Disponível em:
https://itdpbrasil.org/os-onibus-eletricos-estao-chegando-e-podem-tornar-as-nossas-cidades-mais-sustentaveis
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Revista Thema. v.17 n.3 2022, p.658-674. Disponível em
https://periodicos.ifsul.edu.br/index.php/thema/article/view/1579 Acesso em: 21 de Set. 2022
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Estado de Minas Gerais. Alto nível de radiação gera risco à saúde em cavernas a 40 km de BH. Dispoível em:
https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2023/01/11/interna_gerais,1443362/alto-nivel-de-radiacao-gera-ri
sco-a-saude-em-cavernas-a-40km-de-bh.shtml Acesso em 11 de Jan. de 2023
Sartori,P. H. S.Interação Radiação Matéria Proposta Didático Experimentais e estimulando o senso Crítico e
Criativo. Porto Alegre, RS, 2008.Disponível em:
https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/13529/000646508.pdf?sequence=1&isAllowed=y Acesso em:
26 de Set. 2022.
Fiuza, G.S. Sequência Didática: Radiação Ionizante e Não Ionizante, uma abordagem multidisciplinar nas Aulas
de Seminários Integrado de Ciências da Natureza. Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande,
2016.Disponível em:
https://ppgmnpef.furg.br/images/documentos/produtos_educacionais/produto_Graciela.pdf Acesso em: 28 de
Set. 2022.
Anexos
Tabela 1.1 Rubrica da OCDE sobre criatividade e pensamento crítico12
12
Rubrica da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para auxiliar os professores a
identificarem as competências e habilidades relacionadas à criatividade e pensamento crítico. Não se destina a avaliação
dos estudantes.Disponível em:
https://institutoayrtonsenna.org.br/para-voce/pesquisador/estante-do-pesquisador/criatividade-e-pensamento-critico/
Acesso em 09 de AGO. de 2022
13
Rubrica da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para auxiliar os professores a
identificarem as competências e habilidades relacionadas à criatividade e pensamento crítico. Não se destina a avaliação
dos estudantes.Disponível em:
https://institutoayrtonsenna.org.br/para-voce/pesquisador/estante-do-pesquisador/criatividade-e-pensamento-critico/
fAcesso em 09 de AGO. de 2022
Tabela 1.3 Adaptado da Rubrica da OCDE sobre criatividade e pensamento crítico - Ciência
da Natureza14
14
A partir da rubrica da OCDE realizamos uma adaptação para relacionar os aspectos elencados à Área de Ciências da
Natureza.