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A AUTORA

ELAINE NICOLODI

Professora na Faculdade Araguaia e na Secretaria de Estado da Educação de Goiás.


Licenciada em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO);
Especialista em Leitura e Produção de Texto pela Universidade Federal de Goiás
(UFG); Mestre em Educação (PUC-GO) e Doutora em Educação (UFG).
E-mail: elainearaguaia12@hotmail.com.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP

N651m Nicolodi, Elaine


Metodologia do ensino superior / Elaine Nicolodi –
Goiânia: NUTEC, 2017.
52 p. : il. - (Educação a distância Araguaia).

Possui bibliografia.

1. Ensino superior. 2. Ensino superior – Ensino a


distância. 3. Metodologia do ensino superior. I. Faculdade
Araguaia. II. Título.

CDU: 378(07)

Ficha catalográfica elaborada pela Bibliotecária Marta Claudino de


Moraes CRB-1928

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FACULDADE ARAGUAIA - FARA
1º Edição - 2016

É proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio e para qualquer
fim. Obra protegida pela Lei de Direitos Autorais

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COORDENAÇÃO GERAL DO NÚCLEO DE TECNOLOGIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
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NÚCLEO DE TECNOLOGIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA


Polo Goiânia: Unidade Centro
Correio eletrônico: nutec@faculdadearaguaia.edu.br

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SUMÁRIO

UNIDADE III – METODOLOGIAS DE ENSINO ........................................................ 39


1 Método e Metodologia ......................................................................................... 39
1.1 O que é Método ................................................................................................ 39
1.2 O que é Metodologia de Ensino ........................................................................ 40
1.3 Intervenções Pedagógicas ................................................................................ 41
2 Estratégias de Ensino...................................................................................... 41
2.1 Aula Expositiva .................................................................................................. 42
2.2 Estudo do Texto ................................................................................................. 42
2.3 Ensino com Pesquisa ......................................................................................... 44
3 Tecnologias de Informação e Comunicação – TICs ....................................... 45
3.1 Uso de Recusos Tecnológicos ............................................................................ 46
3.2 Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) ........................................................... 46
3.3 Tecnologias Digitais e Pesquisa .......................................................................... 47
ATIVIDADES ............................................................................................................ 50
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 51

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UNIDADE III – METODOLOGIAS DE ENSINO

1 Método e Metodologia

A metodologia é o estudo dos métodos. Para aulas mais significativas, o


professor precisa escolher metodologias adequadas para consolidar os conteúdos nos
alunos. É o que será apresentado nesta Unidade.

Fonte: https://images.google.com

1.1 O que é Método

Para Severino (2012), o método é um caminho do conhecimento científico,

a ciência utiliza-se de um método que lhe é próprio, o método


científico, elemento fundamental do processo do conhecimento
realizado pela ciência para diferenciá-la não só do senso comum,
mas também das demais modalidades de expressão da
subjetividade humana […] (SEVERINO, 2012, p. 102).

Sendo assim, o professor precisa estar atendo ao caminho que irá perfazer
com seus alunos, a sala de aula na educação superior precisa percorrer as trilhas
do método científico.
Quanto aos métodos de ensino, “estão orientados para objetivos; implicam
uma sucessão planejada e sistematizada de ações. Tanto do professor quanto
dos alunos; requerem a utilização de meio” (LIBÂNEO, 2011, p. 149).

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1.2 O que é Metodologia de Ensino

Os professores precisam estar atentos às escolhas que irão fazer para que
o processo ensino-aprendizagem seja eficiente, sendo assim, é indispensável
levar em consideração alguns objetivos quanto aos conteúdos ensinados: terem
caráter científico e sistemático; serem compreensíveis e possíveis de ser
assimilados; assegurarem a relação conhecimento-prática; assentarem-se na
unidade ensino-aprendizagem; garantirem a solidez dos conhecimentos; levarem
à vinculação coletivo-particularidades individuais (LIBÂNEO, 2011, p. 155-159).

Quadro 4 – Metodologias utilizadas nas aulas da educação superior


Metodologias Estratégias utilizadas
Portfólio Definir conjuntamente critérios de avaliação do ensino e da
aprendizagem, do desempenho do estudante e do professor:
organização e cientificidade da ação do professor e do estudante,
clareza de idéias na produção escrita; construção e reconstrução
da escrita; objetividade na apresentação dos conceitos básicos;
envolvimento e compromisso com a aprendizagem, entre outros.
Tempestade Observação das habilidades dos estudantes na apresentação das
cerebral idéias quanto a: capacidade criativa, concisão, logicidade,
aplicabilidade e pertinência, bem como seu desempenho na
descoberta de soluções apropriadas ao problema apresentado.
Mapa conceitual Acompanhamento da construção do mapa conceitual a partir da
definição coletiva dos critérios de avaliação: conceitos claros,
relações justificadas, riqueza de idéias, criatividade na
organização e representatividade do conteúdo trabalhado.
Estudo dirigido O acompanhamento se dará pela produção que o estudante vá
construindo, na execução das atividades propostas, nas questões
que formula ao professor, nas revisões que este lhe solicita, a
partir do que vai se inserindo gradativamente nas atividades do
grupo a que pertence. Trata-se de um processo avaliativo
eminentemente diagnóstico.
Lista de Essa é uma estratégia onde ocorre uma avaliação grupal, ao
discussão por longo do processo, cabendo a todos este acompanhamento.
meios No entanto, como o professor é o responsável pelo processo de
informatizados ensinagem, o acompanhamento das participações, da qualidade
das inclusões, das elaborações apresentadas, torna-se elemento
fundamental para as retomadas necessárias, na lista e,
oportunamente, em classe.
Solução de Observação das habilidades dos estudantes na apresentação das
problemas ideias quanto a sua concisão, logicidade, aplicabilidade e
pertinência, bem como seu desempenho na descoberta de
soluções apropriadas ao problema apresentado.
Grupo de O grupo de verbalização será avaliado pelo professor e pelos
verbalização colegas da observação, além da autoavaliação. Os critérios de
e de observação avaliação são decorrentes dos objetivos, tais como; clareza e
coerência na apresentação; domínio da problemática na
apresentação; participação do grupo observador durante a
exposição; relação crítica da realidade.
Estudo de caso O registro da avaliação pode ser realizado por meio de ficha com
critérios a serem considerados tais como: aplicação dos
conhecimentos (a argumentação explicita os conhecimentos
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produzidos a partir dos conteúdos?); coerência na prescrição (os
vários aspectos prescritos apresentam uma adequada relação
entre si?); riqueza na argumentação (profundidade e variedade de
pontos de vista); síntese.

Fonte: adaptado de ANASTASIOU, L.G.C.; ALVES, L. P. (Orgs.). O processo de ensinagem


da universidade: dos pressupostos para as estratégias do trabalho em aula. Joinvilie, SC: Ed.
da Univille, 2003.

1.3 Intervenções Pedagógicas

Muitas são as dificuldades de aprendizagem que os alunos podem


apresentar na educação superior, sobretudo em razão de um ensino precário na
educação básica. Sendo assim, o professor precisa estar atento a essas
situações, buscando adaptar seu planejamento para atender às diversidades
encontradas em sala de aula.
Com base no contexto observado, o docente pode elaborar planos
individuais com metodologias adequadas, que facilitem e motivem a
aprendizagem. As atividades de intervenção pedagógica propostas devem ser,
sistematicamente, acompanhadas para verificar a efetividade de seus resultados.
Por isso é tão importante a formação de professores que saibam refletir
sobre suas práticas, uma vez que as intervenções pedagógicas envolvem o
planejamento para implementar interferências que levem ao processo de melhoria
da aprendizagem dos alunos.
O docente necessita ter a intenção de apontar desafios para que os alunos
que apresentem dificuldades possam avançar em sua aprendizagem, de modo
que são possíveis estratégias e intervenções no ambiente da educação superior
que podem auxiliar no trabalho do professor.

2 Estratégias de Ensino

Para que os conteúdos ministrados possam ser melhor compreendidos pelos


discentes, é importante que o docente utilize mais de uma estratégia de ensino. Sendo
assim, serão apresentados, a seguir, três recursos que podem contribuir para uma
aprendizagem mais significativa.

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2.1 Aula expositiva

A estratégia de ensino por meio da aula expositiva pode ser utilizada pelo
professor quando ele vai apresentar um conteúdo teórico com o qual os alunos ainda
não tenham familiaridade. Ela é adequada para

 transmitir conhecimentos;
 apresentar um assunto de forma organizada;
 introduzir os alunos em determinado assunto;
 despertar a atenção em relação ao assunto;
 transmitir experiências e observações pessoais não disponíveis
sob outras formas de comunicação;
 sintetizar ou concluir uma unidade de ensino ou cursos (GIL,
2005, p. 74).

Uma outra escolha feita pelo docente pode ser a aula expositiva dialogada, em
que a exposição de conteúdos acontece com a participação dos alunos, uma vez que
eles podem associar conhecimentos prévios com as novas informações do professor.
Segundo Anastasiou e Alves (2003), na aula expositiva dialogada, o professor
contextualiza o tema, solicita exemplos dos alunos, considera seus conhecimentos
prévios, assim, podendo avaliar a participação deles, solicitando a produção de
sínteses, esquemas, portfólios e outras atividades.

2.2 Estudo do texto

Ao invés de o professor apenas expor os conteúdos aos alunos, ele pode


utilizar a estratégia de realizar com eles um estudo do texto sobre um determinado
conteúdo.
Para isso, ele pode proceder a um estudo dirigido, em que apresentará aos
alunos um roteiro de estudo a ser seguido, sendo propostas as seguintes estratégias:
apresentar uma situação problema, propor questões, solicitar a resolução.
Os alunos deverão fazer a leitura pormenorizada do texto buscando levantar as
respostas para a(s) questão(ões) proposta(s), podendo traçar um roteiro a ser seguido
para realizar uma efetiva análise do texto estudado. Na obra Metodologia do trabalho
científico (SEVERINO, 2012, p. 53, 64), o autor indica algumas medidas a serem
tomadas para uma leitura “mais rica e proveitosa”, conforme estará disposto a seguir.

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Inicialmente, faz-se uma leitura para o reconhecimento do texto, observando o
léxico, as ideias principais, os autores mencionados, sendo possível fazer um
esquema do que foi apresentado pelo autor. Esse procedimento o autor denomina de
análise textual e temática (SEVERINO, 2012).
Logo em seguida, será possível fazer uma análise mais detalhada do texto,
observando qual é o conteúdo, o que se quer demonstrar, qual é o tema (assunto)
tratado. O que o autor está problematizando e qual a sua posição diante de tal
problema, verificando, ainda, as ideias secundárias apresentadas para compor o
texto.
Após a compreensão preliminar do texto, é possível realizar o que Severino
(2012, p. 65) apresenta como análise interpretativa, ou seja, buscar-se fazer um
diálogo com o autor com base em referências externas ao texto, procedendo a dois
tipos de críticas: a crítica interna – para verificar a coerência, contribuição,
consistência, atualidade, pertinência das ideias do autor, bem como se a conclusão
traz argumentos sólidos – e a crítica externa – se o texto é original, se foi influenciado
por outros autores, quer dizer, “exercer uma atitude crítica diante das posições do
autor”.
Como etapas finais para a compreensão de um texto, é importante levantar
questionamentos a respeito das ideias apresentadas pelo autor, para, finalmente,
fazer uma síntese pessoal, ou seja, uma “reelaboração pessoal da mensagem”
(SEVERINO, 2012, p. 65).
Desse modo, realizando várias leituras detalhadas de um texto teórico, é
possível verificar, efetivamente, qual foi a proposta apresentada pelo autor, para, a
partir de então, ser possível fazer levantamentos de outras ideias que não estavam
presentes no texto, seja tomando como base outros autores ou relacionando a
conhecimentos prévios do leitor a respeito do tema que foi discutido.
Sendo assim, a análise do texto possibilitará ao leitor produzir seus próprios
textos com maior aprofundamento teórico, não sendo apenas um ‘reprodutor’ de
ideias, mas um observador crítico de outras obras, para que possa, enfim, ter ‘autoria’
nos futuros textos que escreverá.

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análise
textual

síntese
problematização análise temática
pessoal

análise
interpretativa

2.3 Ensino com pesquisa

O ensino com pesquisa ainda é um desafio a ser enfrentado, de modo que essa
prática só ocorre nos anos finais da graduação, na produção dos trabalhos de
conclusão de curso. Sendo assim,

[...] o ensino só será indissociado da pesquisa quando for construído


um novo paradigma de ensinar e aprender na universidade. Um ensino
que seja realizado com pesquisa, isto é, incorporando os processos
metodológicos dessa atividade, e tendo a dúvida como referência
pedagógica. Nesse caso, o aluno deverá ser o autor principal da ação
e é nele que deverá acontecer o processo indissociável (CUNHA,
1996, p. 32).

Desse modo, é possível estimular a capacidade de análise. Na estratégia de


ensino com base em pesquisa, o docente pode propor aos alunos a investigação sobre
algum tema pertinente ao conteúdo da disciplina.
Isso se dá com base nas etapas da pesquisa científica, devendo, ao final dos
levantamentos realizados, apresentar o tema investigado, o problema, os objetivos,
em que referencial teórico se basearam e que procedimentos metodológicos
utilizaram.

O grande destaque à pesquisa parece apoiar-se no entendimento de


que a produção do conhecimento é um processo social, que parte de
problemas vividos pela sociedade que, uma vez trabalhados pelo
pesquisador, transformam-se em problemas e questões a serem
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respondidas de maneira partilhada, para então retornar à sociedade
(VEIGA; RESENDE; FONSECA, 2002, p. 185-6).

Assim, o professor precisa ir acompanhando as etapas que os alunos vão


realizando, corrigindo possíveis falhas. Com isso, poderão apresentar os resultados
encontrados e a que conclusões chegaram.

3 Tecnologias de Informação e Comunicação – TICs

Fonte: https://images.google.com

As novas tecnologias possibilitam o uso de diversos gêneros textuais para a


comunicação, entre eles o correio eletrônico, as redes sociais (Facebook, Instagran,
Twitter, Whats App), chats, sites, blogs.
De acordo como o professor de Novas Tecnologias na Universidade de São
Paulo (USP), José Manuel Moran,

As redes, principalmente a Internet, estão começando a provocar


mudanças profundas na educação presencial e a distância. Na
presencial, desenraizam o conceito de ensino aprendizagem
localizado e temporalizado. Podemos aprender desde vários lugares,
ao mesmo tempo, on e off line, juntos e separados. Como nos bancos,
temos nossa agência (escola) que é nosso ponto de referência; só que
agora não precisamos ir até lá o tempo todo para poder aprender.
As redes também estão provocando mudanças profundas na
educação a distância. Antes a EAD era uma atividade muito solitária e
exigia muito autodisciplina. Agora com as redes a EAD continua como
uma atividade individual, combinada com a possibilidade de
comunicação instantânea, de criar grupos de aprendizagem,
integrando a aprendizagem pessoal com a grupal (MORAN, 2013, p.
2).

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Desse modo, o docente da educação superior precisa conhecer novos
recursos para utilizar em suas aulas, proporcionando aos alunos uma aprendizagem
mais interativa. Sobre esses recursos trataremos nos itens que seguem.

3.1 Uso de Recursos Tecnológicos

O uso de recursos tecnológicos aumenta as formas de comunicação e


interação, uma vez que

As potencialidades do ciberespaço criam alternativas de interlocução,


entrelaçando conteúdo e forma […]. Por isso, a tela do computador
transforma-se num espaço coletivo, onde as pessoas ensinam,
aprendem, pesquisam e constroem conhecimento (OLIVEIRA, 2013,
p. 201).

Desse modo, não é apenas com quadro e giz que se constrói uma aula, o
professor precisa estar atento a novos recursos que podem utilizar como estratégia
para facilitar a aprendizagem.
O incentivo à pesquisa em bibliotecas eletrônicas, em revistas on-line é uma
fonte alternativa a ser utilizada por professores e alunos, de modo que o uso de
recursos tecnológicos amplie o domínio de novas linguagens da informação e da
comunicação.
Há, ainda, a possibilidade de uso de materiais didáticos digitais, tanto
produzidos pelo próprio professor da disciplina como aqueles disponibilizados em
rede, fortalecendo o letramento digital.
Sendo assim, o professor precisa ter claro em sua proposta metodológica
como, por que e para que estará utilizando determinadas TICs, de modo que elas
contribuam para o processo de ensino-aprendizagem.

3.2 Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA)

Para as aulas na modalidade EaD, o recurso utilizado são os ambientes virtuais


de aprendizagem (AVAs).

[…] o AVA cria para o aprendiz a oportunidade de acessar, a qualquer


momento do dia ou da noite, o conteúdo a ser estudado, de realizar as
atividades propostas pelo orientador, de acessar bibliotecas virtuais,
arquivo de texto, vídeos, áudios e imagem fixa, de interagir com os
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colegas de turma, conversando, trocando ideias, participando de bate-
papos e fóruns de discussão e interagindo com o orientador
acadêmico. Em síntese, via internet, pode-se experimentar um tipo de
aprendizagem baseado em interações com muitos outros,
independentemente do tempo e do lugar de cada um (OLIVEIRA,
2013, p. 200).

É importante que o estudante compreenda que este é um recurso que exige


dedicação e empenho para a realização das atividades. Mesmo o professor não
estando presente fisicamente, ele é o orientador das atividades.

No ambiente virtual de aprendizagem, o professor deixa de ser o


centro das atenções e um mero detento do saber para se tornar o
mediador da ação educativa, que ocorre no contexto estudante-
conhecimento-tecnologia, redimensionando e ampliando, cada vez
mais, sua função de facilitador, supervisor, animador, incentivador,
conselheiro dos aprendizes, na instigante aventura do conhecimento.
Ele se converte em formulador de problemas, provocador de
interrogações, coordenador de equipes de trabalho e sistematizador
de experiências. Em síntese, desempenha a função de orientador
acadêmico (OLIVEIRA, 2013, p. 197).

O importante na modalidade EaD é a interação professor-aluno no processo


educativo, com a participação em fóruns de discussão, chats. Além desses espaços
interativos, pode-se incluir o programa da disciplina, o material para aulas, a agenda
do curso, a biblioteca, com a disponibilização de hipertextos, vídeos, imagens etc.
A intenção é proporcionar ao aluno o uso de diferentes linguagens em sua
formação acadêmica, dando ao espaço da aula um novo significado, tendo em vista
sua autonomia na construção do conhecimento.

Fonte: https://images.google.com
3.3 Tecnologias Digitais e Pesquisa

O uso de tecnologias digitais na educação potencializa a pesquisa o tempo todo


em razão da multiplicidade de espaços virtuais para a busca de informações sobre os
mais variados temas.

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O ideal é que o aluno crie um banco de dados com as páginas da internet onde
poderá buscar informações confiáveis, entre elas o Portal da Capes e o Scielo Brasil,
Anais de Eventos Científicos, Revistas Científicas.
A pesquisa científica na internet é um importante recurso a ser utilizado por
professores e alunos.

Como se trata de uma enorme rede, com um excessivo volume de


informações, sobre todos os domínios e assuntos, é preciso saber
garimpar, sobretudo dirigindo-se a endereços certos. Mas quando
ainda não se dispõe desse endereço, pode-se iniciar o trabalho
tentando exatamente localizar os endereços dos sites relacionados ao
assunto de interesse. Isso pode ser feito através dos Web Sites de
Busca, assim designados programas que ficam vinculados à própria
rede e que se encarregam de localizar os sites a partir da indicação de
palavras-chave, assuntos, nome de pessoas, de entidades etc.
(SEVERINO, 2012, p. 140).

Todo o material encontrado na internet precisa ser devidamente referenciado,


sendo assim,

No Projeto NBR 6023:2002, a ABNT estabeleceu as normas que


regulam as referenciações de documentos de acesso exclusivo em
meio eletrônico. […] As referências devem conter os elementos
essenciais: autor, denominação do serviço ou produto, indicações de
responsabilidade, endereço eletrônico e data de acesso (SEVERINO,
2012, p. 194).

Em se tratando da pesquisa, é um elemento indispensável para a formação do


acadêmico e do futuro profissional, utilizar novas fontes de pesquisa é tarefa que
precisa ser constantemente realizada durante as aulas no ensino superior.

Fonte: https://images.google.com

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FINALIZANDO…
Nesta Unidade III, você aprendeu sobre as metodologias de ensino; a
necessidade de as atividades de intervenção pedagógica propostas serem
acompanhadas para verificar a efetividade de seus resultados; o uso de
Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs).

ESQUEMA DA UNIDADE III

LEMBRE SEMPRE!

método - intervenção estratégias de


caminho pedagógca ensino

novas linguagens
incentivo à
de comunicação e
pesquisa
comunicação

arquivos de bate-
AVA texto, vídeos, papos/fóruns de
imagem, áudios discussão

potencializar a
espaços virtuais
pesquisa

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INDICAÇÃO DE LEITURA

LEIA MAIS!

DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa. Campinas, SP: Autores Associados,


2015.

ATIVIDADES

FÓRUM 3 – Segundo Lea das Graças Camargos Anastasiou, doutora em Didática


pela Universidade de São Paulo, “propõe-se que o confronto existente entre
professores e alunos mude de direção e transforme-se numa ação de professores em
parceria com os alunos, ambos confrontando-se, com o processo de construção do
conhecimento”.
Discuta com o grupo no Fórum sobre a avaliação ter um papel de diagnosticar o
processo de ensino-aprendizagem e possibilitar tomadas de posição para refazer e
efetivar o vir-a-ser do ensino.

ATIVIDADE 3

De acordo com a professora Rosane A. Nevado, em seu texto Espaços virtuais de


docência: metamorfoses no currículo e na prática pedagógica, “o uso de Tecnologias
da Informação e da Comunicação vem crescendo em diversificados
contextos educativos, como formas de ampliação dos espaços pedagógicos,
facilitando o acesso à informação e a comunicação em tempos diferenciados e sem a
necessidade de professores e alunos partilharem dos mesmos espaços
geográficos”.
Por que, então, é preciso que os professores universitários estejam preparados para
ensinar com o uso de novas tecnologias?

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REFERÊNCIAS

ANASTASIOU, Léa das Graças Camargo; ALVES, Leonir Pessate (Orgs.). O


processo de ensinagem da universidade: dos pressupostos para as estratégias do
trabalho em aula. Joinvilie, SC: Ed. da Univille, 2003.

CUNHA, Maria Isabel da. Ensino com pesquisa: a prática do professor universitário.
In: Cad. Pesq., n. 97, p. 31-46, maio 1996.

GIL, Antônio Carlos. Metodologia do ensino superior. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2005.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 2011.

MORAN, José Manuel. A integração das tecnologias na educação. MORAN, José


Manuel. In: A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá.
Campinas: Papirus, 2013. Disponível em:
<http://www.eca.usp.br/prof/moran/site/textos/tecnologias_eduacacao/integracao.pdf
>. Acesso em: fev. 2017.

OLIVEIRA, Elsa Guimarães. Aula virtual e presencial: são rivais? In: VEIGA, Ilma
Passos Alencastro. Aula: gênese, dimensões, princípios e práticas. Campinas, SP:
Papirus, 2013.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. São


Paulo: Cortez, 2012.

VEIGA, Ilma Passos Alencastro; RESENDE, Lúcia Maria Gonçalves de; FONSECA,
Marília. Aula universitária e inovação. In: VEIGA, Ilma Passos Alencastro;
CASTANHO, Maria Eugênia l. M. (Orgs.). Pedagogoa universitária: a aula em foco.
Campinas, SP: Papirus, 2002.

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