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Grupo 1
Nomes - TIA:
pelo procedimento especial, com base no art. 674 e seguintes do Código de Processo Civil,
nas razões de fato e de direito a seguir aduzidas.
I. DOS FATOS
Ocorre que, por dificuldades financeiras, Eduardo não efetivou o registro no Cartório
de Registro de Imóveis, não lavrando ou registrando a necessária escritura. Apesar disso,
Eduardo tomou posse do imóvel e está utilizando-o para sua residência.
II. DO DIREITO
Em sede inicial, faz-se necessário relembrar que o ora embargante adquiriu imóvel
mediante compromisso de compra e venda acordado com Joaquim, o qual outrora era, de fato,
o dono legítimo da propriedade. Por conseguinte, há que se destacar ainda que o embargante
não lavrou a escritura necessária para efetivar o registro no Cartório de Registro de Imóveis,
visto que os recursos eram limitados, todavia jamais agiu com má-fé no sentido de ludibriar a
parte com a qual firmou o compromisso de compra e venda e tampouco com o ideal de
transgredir a lei. Não obstante, o embargante tomou posse do imóvel adquirido a fim de
utilizá-lo como sua residência, contudo, em 6 de agosto de 2018 Joaquim foi executado e,
como o imóvel ainda constava em seu nome, este foi penhorado para satisfazer a dívida de
Joaquim em face do Banco das Américas S.A.
Tendo em vista o excerto supracitado, é importante frisar que os arts. 674 e seguintes
do CPC destacam que os embargos de terceiro são oponíveis a quem sofre constrição ou
ameaça de constrição em face dos bens que possua ou tenha direito incompatível com o ato
constritivo, mesmo que não seja parte no processo. Desse modo, como o ora embargante já
havia tomado posse do imóvel e valia-se do mesmo como residência, verifica-se, portanto, a
legitimidade dos presentes embargos, de modo que o embargante demonstre sua boa-fé e
consequentemente seu intento de permanecer de forma justa e idônea no imóvel que adquiriu.
Nesse sentido, aduz o art. 674 e a lição do jurista Marcus Vinicius Rios Gonçalves
sobre a temática dos embargos de terceiros, respectivamente:
Art. 674, caput, CPC. Quem, não sendo parte no processo, sofrer
constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou sobre os
quais tenha direito incompatível com o ato constritivo, poderá requerer seu
desfazimento ou sua inibição por meio de embargos de terceiro.
Posto isso, vale destacar que a penhora deverá refletir efeitos somente nos bens do
executado, isto é, o devedor propriamente dito da celeuma estabelecida, não havendo que se
falar na execução descabida de imóveis de terceiros, como a penhora que atinge o imóvel do
embargante de maneira totalmente descabida. Ante o exposto, mostra-se, mais uma vez, que
as alegações expostas pelo embargante encontram amparo e fundamentos jurídicos, mesmo
que não tenha havido o registro do imóvel, como se depreende da Súmula 84 do STJ, a qual
ressalta que:
1
Súmula 84, STJ.
“Na petição inicial, o embargante fará a prova sumária de sua posse ou de
seu domínio e da qualidade de terceiro, oferecendo documentos e rol de
testemunhas”.
Além de que, tendo em vista que a penhora do bem foi decretada em processo de
execução, é patente a tempestividade da oposição dos presentes embargos de terceiros em
dependência ao referido processo, conforme autoriza os arts. 675 e 676 do Código de
Processo Civil.
Por fim, é evidente que figura no polo passivo apenas o Banco das Américas S/A, vez
que o art. 677, § 4º, do CPC estabelece que o credor do processo principal que ensejou a
constrição do bem é a parte legítima contra a qual deve-se opor embargos de terceiro.
Outrossim, foi o referido Banco que localizou o imóvel, sem qualquer indicação de Joaquim.
O supracitado artigo:
1. Testemunha ____
2. Testemunha ____
3. Testemunha ____
Termos em que,
pede deferimento.
Advogado/Advogada
OAB __