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Processo Civil II

Teoria geral do processo:

Conteúdo Programático:

1. Intervenções de Terceiros;

2. Atos Processuais;

3. Prazos; e

4. Formação, suspenção e extinção do processo.

Ps: não faltar na quinta depois do carnaval.

Provas processo civil (todas escritas):

Intermediária: intervenções de terceiros, com consulta.


Trabalho: prazos, com consulta.
Semestral: formação, suspenção e extinção do processo, SEM consulta.

AULA 2
Intervenções de Terceiros

1. ASSISTÊNCIA:

É voluntária: depende da vontade do terceiro, pois é ele quem pede para


entrar/participar do processo. As partes não precisam aceitar a assitência dele,
contanto que o interesse seja jurídico, é direito dele participar do processo.

É facultativa: o terceiro NÃO tem a OBRIGAÇÃO de participar de processo, tem o


direito. Por isso, é decisão dele entrar ou não.

Pode ocorrer em qualquer fase do processo: mesmo após a SENTENÇA ainda


pode haver o ingresso de terceiros, pois ela não põe fim ao processo. O momento

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final de um processo é o TRÂNSITO EM JULGADO. Depois disso, não há mais
discussões sobre o assusnto, só nos resta acatar a decisão final.

Observação: PROCESSO = RÉU + AUTOR

O terceiro é qualquer um que não seja uma dessas partes.

ASSISTÊNCIA

SIMPLES LITISCONSORCIAL

⇒ Não é titular do direito. Ex: ação de despejo ⇒teraÉque


titular do direito. Ex: ação contra os sem
invadiram a minha fazenda e da minha
para construir uma caixa de água no local que
irmã enquanto eu viajava. Ela inicia o processo
eu alugo. Eu não sou o dono, mas tenho um
antes de eu chegar e quando eu volto peço
contrado de locação e vou ser despejado se o
para ingressar no processo. Como o direito é
dono perder. Sou afetado indiretamente e por
tanto meu quanto da minha irmã, eu me torno
isso posso pedir para participar do processo.
uma parte. Sou afetado diretamente.
O terceiro possui interesse jurídico no
O terceiro, além de possuir interesse jurídico, é
resultado do processo em favor de uma das
também titular do direito que é objeto da causa.
partes.

NÃO é parte É parte

Não forma litisconsórcios Forma litisconsórcios

Atos convergentes e/ou divergentes ⇒ como o

Atos convergentes ⇒ o ingressante não pode


ingressante é titular do direito do mesmo modo
que aqueles que estavam inclusos na petição
ir contra a vontade da parte, pois ele NÃO é
inicial, ele pode agir do modo que quiser.
titular do direito. Ele SEMPRE tem que ser
Entretanto, seguindo as regras do
favorável a parte pela qual entrou no processo
litisconsórcio, apenas os atos favoráveis a
para ajudar.
todos prevalecem e os prejudiciais não afetam
ninguém.

Não é atingido diretamente pela sentença →


É atingido diretamente pela sentença
apenas INDIRETAMENTE.

Assistência litisconsorcial forma litisconsórcios.

Assistência simples NÃO forma litisconsórcios.

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AULA 3

Lembrando: intervenção de terceiro voluntário → o terceiro QUER entrar, NÃO


depende das partes.

Intervenções de Terceiros:

2. CHAMAMENTO AO PROCESSO:

Palavra chave: CHAMAR.

Quem chama é o chamante e quem entra é o chamado (o terceiro).


⇒ É provocada;
⇒ Só pode ser feita pelo RÉU (apenas o réu pode chamar terceiros para entar no
processo);
⇒ Só pode ser feita NA contestação → o pedido de chamamento deve ser incluso
no pedido de contestação e NÃO NO PRAZO DE CONTESTAÇÃO, deve ser o
pedido de contestação + o chamamento, se não está errado!;

⇒ Há formação de litisconsórcio (passivo, ulterior), se aceito pelo juiz.


Hipóteses de Cabimento:

a. Um (ou alguns) devedor (es) solidário (s) pode chamar os demais devedores
solidários.
O réu ou réus que estão no processo podem chamar os outros devedores
solidários, mas apenas, por exemplo, dois de cinco. Os dois que foram chamados
NÃO podem chamar os outros três devedores solidários → os convidados não
convidam, apenas os donos da festa ⇒
VEDAÇÃO AO CHAMAMENTO
SUCESSIVO.

b. O fiador pode chamar aos processos os demais fiadores e/ou o devedor principal.

Benefício de ordem: em uma fiança, o credor deve cobrar o devedor primeiro,


esgota os meios de cobrança, antes de entrar em contato com o fiador.

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AULA 4

3. DENUNCIAÇÃO DA LIDE:

Palavra chave: DENUNCIAR.


⇒ É provocada (o denunciante tem que fazer o juiz denunciar, ou seja, levar o
conhecimento do processo para um terceiro).
⇒ Pode ser feita pelo autor (na petição inicial) ou pelo réu (NA contestação).
⇒ É facultativa.
⇒ É possível uma denunciação pelo denunciante (réu, na maioria dos casos) pode
denunciar uma vez, mas este (o denunciado pelo denunciado) NÃO pode denunciar.
Exemplo: é meu aniversário (autor) e eu convido uma amiga (réu). Ela pede para trazer
o namorado (denunciado) e eu permito. Mas esse namorado tem uma filha adolescente
e ela não pode ficar sozinha em casa então ela pode ir também (denunciado pelo
denunciado). Mas então ela quer levar o namorado dela também e ISSO NÃO É
PERMITIDO.

Cabimento:

⇒ Em todas as hipóteses de direito de regresso, não amparados por chamamento ao


processo.

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Solidariedade NUNCA pode ser presumida.

→ Objeto é indivisível = obrigação é solidária.

→ Somente se o contrato disser expressamente que é divisível → deve estar


EXPRESSO.

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AULA 5

Intervenções de terceiros

4. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA:

⇒ Pode ser feita pelo credor ou pelo Ministério Público (MP).


⇒ Pode ser por meio de incidente processual (é um anexo, o processo principal PARA
até que resolvam se houve ou não um desvio de finalidade ou confusão patrimonial e
só então ele é retomado - se há provas de uma das hipóteses, há desconsideração da
personalidade jurídica e a as pessoas físicas são adicionadas ao processo para
responderem junto com a PJ → formação de litisconsórcio ulterior) ou na Petição Inicial
(se as hipóteses podem ser comprovadas desde o inicio, as pessoas físicas devem
sem inclusas no processo desde a petição inicial → litisconsórcio inicial).

Hipóteses de Cabimento:

Abuso da personalidade:
⇒ Desvio de finalidade (por exemplo, uma farmácia que vende comida).
⇒ Confusão patrimonial (patrimônio da pessoa jurídica se mistura/confunde com o
da pessoa física).

→ A desconsideração inversa da personalidade jurídica:


Na desconsideração inversa, a responsabilidade ocorre no sentido oposto, isto é, os
bens da sociedade respondem por atos praticados pelos sócios.

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Intervenções de terceiros

5. AMICUS CURIAE (amigos da corte):


*Pessoa que entra no processo para trazer conhecimento técnico.
⇒ Pode ser voluntária ou provocada.
⇒ Pode ser requerida pelo 3º, pelo juiz, pelas partes ou pelo MP.
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⇒ Pode ser pessoa física ou jurídica.
⇒ Pode ocorrer em qualquer grau de jurisdição.
⇒ O amicus fornece parecer técnico e não laudo, pois não é um perito.

Normalmente, o 3° que pede para entrar é uma pessoa jurídica. Ex: OAB,
sindicatos em questões trabalhistas.

O Amicus Curiae NÃO se torna parte, mas outros processos podem ser abertos
em consequência.

Os convidados NÃO convidam.

NÃO SÃO INTERVENÇÕES:

1. Oposição: é uma AÇÃO. O terceiro que está fora propõe um processo contra
TODOS que estão no processo. Move a ação contra quem move uma ação.

A contra B → processo 1
______________________________

C contra A e B → processo 2

2. Embargos de Terceiro: é uma AÇÃO. Eu não faço parte do processo, mas ele
atingiu minha coisa (meu patrimônio) e eu quero isso de volta. Ex: o banco
penhora tudo o que tá na casa da minha amiga, inclusive minha bicicleta. Para
recuperar a bicicleta, eu preciso propor uma ação de embargos de terceiro e
provar a posse desse objeto para que ele seja retirado da ação e não seja
penhorado.

AULA 07
Atos Processuais
Tempo, lugar e forma dos atos processuais.

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1. Forma dos atos processuais:

⇒ A forma é livre (ou seja, pode ser de qualquer modo), exceto quando a lei
determinar forma específica.

Mesmo se citar a pessoa de modo diferente do previsto em lei, se ela ficar sabendo
do processo (que é a finalidade) o ato NÃO é nulo.

Para saber se o ato é valido ou não tem que ver se atingiu ou não o objetivo.

⇒ A finalidade sobrepõe-se à forma.


⇒ A prática eletrônica dos atos processuais ⇒ COMO REGRA.
⇒ O uso de taquigrafia e estenotipia.
Taquígrafo: é o profissional capaz de escrever, por meio de sinais convencionais, a
uma velocidade bem mais elevada que a escrita comum, reproduzindo, em texto
escrito e com fidelidade, as palavras de um orador, por meio de estenotipia.

⇒ A obrigatoriedade do uso do vernáculo.


Art. 192. Em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso da língua
portuguesa.
Parágrafo único. O documento redigido em língua estrangeira somente poderá ser
juntado aos autos quando acompanhado de versão para a língua portuguesa
tramitada por via diplomática ou pela autoridade central, ou firmada por tradutor
juramentado.

⇒ Vedação de cotas marginais e interlineares (as rasuras são riscados nos processos
físicos e desconsiderados).

⇒ O dever de urbanidade (educação) e linguagem escorreita (sem incorreções ou


falhas; apurado, correto, polido).
Obs: calunia e desacato acontecem em um processo. Difamação e injuria não podem
acontecem, se acontecem podem ser “riscados”.

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