Você está na página 1de 124

FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ

UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
ENSINANDO E APRENDENDO

MANUAL DO ALUNO
2018.2

Escritório de Prática Jurídica -EPJ


Centro de Ciências Jurídicas – CCJ
Coordenação do Curso de Direito
Fundação Edson Queiroz
Universidade de Fortaleza – UNIFOR
Centro de Ciências Jurídicas
Av. Washington Soares, n. º 1321 – Edson Queiroz.
CEP 60811-905 – Fortaleza (CE) – Brasil

Chanceler
Edson Queiroz Neto

Reitora
Profa. Fátima Maria Fernandes Veras

Diretora do Centro de Ciências Jurídicas


Profa. Katherinne M.M. Mihaliuc

Coordenadores do Curso de Direito


Profa. Fabíola Bezerra de Castro Alves
Profa. Juliana Maria Borges Mamede
Profa. Lara Fernandes Vieira

Supervisão do Escritório de Prática Jurídica


Profa. Ana Paula Lima de Melo
Prof. Antônio Ricardo S. de Abreu

Supervisão de Estágio Supervisionado


Profa. Ana Paula Lima de Melo

Analistas Jurídicos
Ana Gabriela Falcão Pompeu
Ana Paula Santos Goes
Fabíola Salgado de Almeida
George César de Oliveira Rocha
Isabel Melo de Andrade
Isabella Pereira Cordeiro Gondim
Jeovah Neto Cavalcante Maciel
Maria Albaniza de Oliveira Carvalho
Natália Lopes Cunha Apolinário
Rodolfo Pacheco Paula Bittencourt

Psicóloga
Mônica Mendes Barbosa

Assistente Social
Jerusa de Castro Almeida
SUMÁRIO

1. INFORMAÇÕES SOBRE AS DISCIPLINAS DE ESTÁGIO


1.1 - O Estágio
1.2 - O Estágio Real
1.2.1 - O Estágio Real Supervisionado
1.2.2 – O Estágio Real Interno – O EPJ
1.2.3 - O Serviço de Psicologia no EPJ
1.2.4 - O Serviço Social no EPJ
1.2.5 - Os Analistas Jurídicos
1.3 – As Atividades Complementares

2.PROCEDIMENTOS DE COMPETÊNCIA DOS JUIZADOS


ESPECIAIS
2.1 – Juizados Estaduais Cíveis e Criminais
2.2 – Juizados Especiais Federais
3. MEIOS DE SOLUÇÃO EXTRAJUDICIAL DE CONFLITOS
3.1 - Procedimentos de Utilização da EXTENSÃO CEJUSC-UNIFOR
4. PROCEDIMENTOS PARA ANÁLISE DAS PASTAS DO PROJETO
RECONSTRUINDO A LIBERDADE
5. PROJETO MUTIRÃO DE INDULTO E COMUTAÇÃO
6. PETIÇÃO INICIAL
6.1 - Normas Metodológicas para Elaboração de Petições no EPJ
6.2 - Procedimentos Após a Elaboração da Petição Inicial
7. PROCEDIMENTOS PARA CARTAS E OFÍCIOS
7.1 Ofício para Exame de DNA
8. BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE AS AÇÕES JUDICIAIS
MAIS COMUNS NO EPJ
8.1 - Ações judiciais da competência da Justiça Estadual
8.2 - Ações judiciais da competência da Justiça Federal (matéria
previdenciária)
9. INSTRUÇÕES PARA O FIM DE SEMESTRE
10. DEVERES E IMPEDIMENTOS DO ALUNO
11. A CARTEIRA DE ESTAGIÁRIO DA OAB/CE
12. REFERÊNCIAS
ANEXOS
1. INFORMAÇÕES SOBRE AS DISCIPLINAS DE ESTÁGIO

O Centro de Ciências Jurídicas, ciente da necessidade de aperfeiçoar a metodologia


do ensino jurídico e seguindo as orientações do Ministério da Educação, efetivou uma
reformulação na matriz curricular do Curso de Direito, adaptando-o à realidade jurídica atual.
Dentre as mudanças realizadas destaca-se a revolução operada no paradigma do ensino
jurídico pragmático, com a instituição do Estágio Curricular em Direito.

O Estágio Curricular do Curso de Direito da UNIFOR, integrante do currículo pleno, é


obrigatório, compreendendo a preparação profissional (laboratório simulado e atendimento
real) na forma especificada a seguir:

1.1. Estágio Simulado

As atividades simuladas incluem prática de atos processuais e atuação consultiva,


consubstanciando-se na simulação de procedimentos jurídicos (processos, pareceres,
despachos de expediente etc.) originados de questões práticas apresentadas aos alunos pelo
corpo docente. Desta feita, sob a forma de laboratório, são simuladas as mais diversas funções
jurídicas da vida laboral, tendo o aluno a oportunidade de exercer as atividades inerentes à
magistratura, à advocacia, ao Ministério Público e aos servidores públicos judiciais, dentre
outras. São as disciplinas:

Estágio I - Disciplina J545 -Estágio Simulado em Direito Penal: Compreende 04 (quatro)


créditos de laboratório para atividades simuladas das práticas profissionais nos diversos ramos
do Direito, abrangendo a área penal, em suas variadas formas de atuação;

Estágio II - Disciplina J546 – Estágio Simulado em Direito Civil: Compreende 04 (quatro)


créditos de laboratório para atividades simuladas das práticas profissionais nos diversos ramos
do Direito, abrangendo a área civil, em suas variadas formas de atuação;

Estágio III - Disciplina J547 – Estágio Simulado em Direito do Trabalho: Compreende 02


(dois) créditos de laboratório para atividades simuladas das práticas profissionais nos diversos
ramos do Direito, abrangendo a área trabalhista em suas variadas formas de atuação.

1.2 O Estágio Obrigatório


Como procedimento didático-pedagógico, o estágio curricular é atividade de
competência da instituição de ensino e configura-se pelo conjunto de atividades de
aprendizagem social, profissional e cultural, proporcionada ao estudante pela participação em
situações reais de vida e de trabalho, mediante atendimento à comunidade em geral ou junto a
pessoas jurídicas de Direito Público, sob a responsabilidade e coordenação da instituição de
ensino.
O estágio curricular obrigatório procura de forma prática solidificar os
conhecimentos jurídicos adquiridos pelo aluno no transcorrer da graduação, enfatizando a
operacionalização do Direito, por meio de situações em que o aluno deve adequar os institutos
jurídicos a questões reais. São as disciplinas:

 Estágio IV - Disciplina J548 - Compreende 04 (quatro) créditos de laboratório nas


atividades práticas reais das diversas áreas de aplicação do Direito, tais como:
consultoria e assistência jurídica, através do atendimento comunitário gratuito, levadas
a efeito no Escritório de Prática Jurídica e em Ações Sociais realizadas por instituições
parceiras.
 Estágio V – Disciplina J550 - Compreende 06 (seis) créditos de laboratório para
atividades práticas nas diversas áreas de aplicação do Direito, visando sempre a mais
moderna utilização dos meios jurídicos e formas de atuação, tais como: consultoria e
assistência jurídica, através do atendimento comunitário gratuito, técnicas de
negociação coletiva, mediação e arbitragem, levadas a efeito no Escritório de Prática
Jurídica.

1.2.1 O Estágio Obrigatório Supervisionado (extramuros)

O aluno matriculado na disciplina de Estágio V poderá, desde que esteja


efetivamente realizando estágio e desde que preenchidos os requisitos exigidos pela
Universidade (procurar a Supervisão de Estágio Supervisionado), optar por cursar essa
disciplina na sua modalidade extramuros, sujeitando-se assim ao regulamento específico, que
além de exigir do discente a apresentação de relatório de atividades, o submete à fiscalização,
realização de atividades prático-profissionais e avaliação por um professor-orientador.

1.2.2 O Estágio Obrigatório Intramuros – o EPJ

O estágio obrigatório intramuros tem como sede de suas atividades o Escritório de


Prática Jurídica – EPJ, situado no Campus da Universidade de Fortaleza, Bloco Z. Neste, o
aluno desenvolverá atividades práticas nas diversas áreas de aplicação do Direito, tais como:
consultoria e assistência jurídica, através do atendimento comunitário gratuito, utilizando-se,
nessas atividades, de meios alternativos de solução de conflitos, o que culminará com o
aprimoramento dos conhecimentos acumulados no transcorrer do curso de graduação, bem
como despertará o interesse do graduando para a importância de sua função como instrumento
modificador da realidade social.

Dentre os objetivos do EPJ destacam-se:

I – Proporcionar aos seus discentes uma adequada formação profissional, a partir do


conhecimento técnico jurídico, com bases humanísticas, especialmente no tocante à prática
advocatícia judicial e extrajudicial gratuita, com a participação direta de Defensores Públicos,
devidamente designados na forma especificada do convênio firmado entre a Universidade de
Fortaleza, a Defensoria Pública Geral do Estado do Ceará, o Tribunal de Justiça do Estado do
Ceará, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região;

II – Oferecer assistência judicial e extrajudicial gratuita a quem legalmente lhe tenha acesso,
com a observância de elevado padrão profissional, respeitados os limites de sua capacidade de
atendimento, podendo, inclusive, para alcançar tal fim, desenvolver projetos comunitários ou
afins.

1.2.3 O Serviço de Psicologia no EPJ


A Psicologia é o estudo e a análise dos processos e das relações interpessoais, que
possibilita a compreensão do comportamento humano individual e de grupo no âmbito das
instituições de várias naturezas. O psicólogo aplica o conhecimento teórico e técnico da
Psicologia com o objetivo de identificar e intervir nos fatores determinantes das ações dos
sujeitos, em sua história pessoal, familiar e social, vinculando-as também às condições
políticas, históricas e culturais.
Uma das especialidades do citado profissional é a Psicologia Jurídica, a qual é
caracterizada como uma área do conhecimento psicológico aplicado ao campo do Direito.
Tem como objetivo atuar no âmbito da Justiça, colaborando no planejamento e execução de
políticas de cidadania, direitos humanos e prevenção da violência, realizando orientação,
aconselhamento psicológico e encaminhamento à psicoterapia, quando necessário.

O presente serviço realiza um atendimento psicológico emergencial que pode ser


entendido como um tipo de intervenção psicológica que acolhe o assistido no exato momento
de sua necessidade, ajudando-o a lidar melhor com seus recursos e limites. Não se trata de
psicoterapia, mas de um número reduzido de atendimentos com o objetivo de aplacar a
angústia momentânea, através de uma técnica denominada aconselhamento psicológico.

Referido aconselhamento se caracteriza por ser de caráter preventivo, educativo, de


apoio, situacional e solucional. Visa facilitar o melhor ajustamento do indivíduo, ajudando-o
na tomada de decisão e na melhor utilização dos recursos pessoais.

A equipe é formada por uma Psicóloga e estagiários, disponíveis de 07hs. às


16:30hs. nas salas disponíveis no EPJ.

Por fim, os atendimentos aos assistidos são realizados nas salas da Psicologia e na
Sala Lúdica, para acolhimento das crianças enquanto os parentes encontram-se em
atendimento. Quanto ao Núcleo de Mediação e Conciliação, o setor acolhe e realiza um
atendimento prévio dos assistidos para as sessões de mediação, como forma de amenizar os
sentimentos que envolvem o caso, definindo-se quais sessões serão acompanhadas pela
equipe de Psicologia. Tanto os alunos matriculados na disciplina Estágio real como os
professores-orientadores podem encaminhar o assistido para o atendimento psicológico.

1.2.4 O Serviço Social no EPJ

Atuando de maneira inovadora, o Escritório de Prática Jurídica – EPJ integrou às suas


atividades o Serviço Social (profissão regulamentada pela Lei N.º 8.662 de 7 de junho de
1993), compreendendo que a nova dimensão dos cursos de graduação exige cada vez mais
uma formação profissional em que o aluno seja capacitado para trabalhar de forma
interdisciplinar, numa perspectiva de transformação da sociedade.

Saliente-se que essa atividade interdisciplinar traz à tona uma preocupação


psicossocial do conflito apresentado pelo assistido, que está posto além de sua aparência
inicial e que será melhor analisado, tanto pelo contato inicial do aluno com o assistido, como
pelo serviço posteriormente solicitado, no caso o Serviço Social ou a Psicologia. Ou seja, cabe
ao aluno identificar essa nova demanda e encaminhá-la ao setor competente.

Nesse contexto, o Serviço Social vem contribuir para o melhor desempenho da


formação discente na sua prática de estágio em Direito no EPJ-UNIFOR da seguinte maneira:

Orientando de forma educativa os assistidos sobre assuntos de competência social, tais


como direitos e benefícios;
Encaminhando os assistidos às agências da cidadania, centros comunitários, hospitais,
centros de saúde, entidades etc;
Esclarecendo os assistidos sobre a função de equipamentos sociais, tais como: escolas
especiais, centros de iniciação profissional, ABCs, agências da previdência social, ABCRs,
entre outros;
Orientando os assistidos a que órgãos devem recorrer para solucionarem seus problemas.
Nessa perspectiva, o Serviço Social encontra-se engajado na grande responsabilidade
social que a Universidade de Fortaleza, através do Curso de Direito, vem enfatizando: a
preocupação de tornar o ensino acadêmico mais humanizado.

1.2.5 Os Analistas Jurídicos

Bacharéis em Direito, Advogados, todos com inscrição na Ordem dos Advogados do


Brasil, Secção do Estado do Ceará, com diversos cursos e pós-graduação nas suas áreas de
atuação, exercem função eminentemente administrativa, facilitando a comunicação e a
integração de todas as unidades do EPJ: Supervisão, Professores-Orientadores,
Administrativo, Alunos, Secretaria Real e Defensores Públicos, visando assegurar a eficácia e
eficiência administrativa das atividades do EPJ.

Possuem como características essenciais ao exercício de sua função o conhecimento


geral dos serviços prestados pelo EPJ, a ética e a discrição no trato com os assistidos,
professores, funcionários, alunos e instituições comunitárias e governamentais;
confidencialidade no trato das informações; espírito de equipe e conhecimento técnico-
jurídico relacionado à prática processual voltada à vocação do EPJ.

Dentre as principais tarefas desempenhadas pelos Analistas Jurídicos estão as de:


 Realizar a triagem dos atendimentos iniciais do EPJ;
 Fazer correição periódica dos registros do EPJ;
 Fazer o treinamento do sistema do EPJ no Unifor on line para os alunos de Estágio IV;
 Elaborar pareceres e relatórios jurídicos;
 Realizar pesquisas jurídicas e rever documentos dos assistidos;
 Dar suporte à Supervisão do EPJ e à Coordenação do CCJ;
 Dar suporte às atividades dos Defensores Públicos, que atuam no EPJ/UNIFOR;
 Dar suporte aos professores, alunos e assistidos do EPJ/UNIFOR;
 Dar suporte aos professores, alunos e assistidos no Núcleo de Mediação e Conciliação;
 Acompanhar os registros do EPJ;
 Analisar minutas e pareceres;
 Realizar atendimentos externos;
 Participar das Ações Sociais representando o EPJ/UNIFOR.

1.3 As Atividades Complementares


As Atividades Complementares intentam congregar os misteres universitários de extensão,
pesquisa, ensino e prática. Buscam proporcionar aos discentes uma adequada formação
acadêmica, visando o aprimoramento técnico-científico com notas humanísticas, bem como
oferecer oportunidades de desenvolvimento de parcerias institucionais, objetivando a
melhoria na qualidade e elevação do padrão do ensino acadêmico e, por conseguinte,
despertar o interesse dos discentes no plano da pesquisa, ensino e extensão, possibilitando
avanços profissionais e acadêmicos, sobremodo no tocante às atividades extracurriculares.
Entende-se por atividades complementares, sem caráter taxativo, além de outras determinadas
pelos órgãos administrativos competentes, as atividades enunciadas a seguir em suas diversas
áreas de atuação:

I – programas e projetos de extensão universitária;


II – programas e projetos de pesquisa universitária;
III – seminários, congressos, simpósios, conclaves e atividades congêneres;
IV – estágio extracurricular;
V – formação e/ou participação em grupos de estudo.
2. PROCEDIMENTOS DE COMPETÊNCIA DOS JUIZADOS
ESPECIAIS

2.1. Juizados Estaduais Cíveis e Criminais

Quando durante o procedimento de atendimento se verificar que a solução jurídica cabível


compete ao Juizado Especial Cível e Criminal, o Professor-Orientador e o aluno deverão
averiguar qual o Juizado Especial pertinente para a propositura da ação e se este possui
Defensor Público devidamente lotado.

Caso o Juizado Especial não possua Defensor, o assistido deverá ser alertado da
impossibilidade de acompanhamento pela Defensoria Pública e esclarecido sobre a
possibilidade de utilizar o direito de autopostulação (valor da causa até 20 salários-mínimos,
vide Lei Nº 9.099/95). Importante frisar que, mesmo nessa hipótese, a petição inicial deverá
ser elaborada pelo aluno.

NOTA 1: Quando o assistido for hipossuficiente e a sua demanda for para a 4ª, 6ª, 9ª, 11ª,
22ª, 23ª e 24º UJECC, a petição deverá ser encaminhada à defensoria via sistema EPJ e
não entregar ao assistido. Para os demais juizados será entregue diretamente ao
assistido.

NOTA 2: Quando a petição for entregue ao assistido, para ele dar entrada, a peça não
deverá conter nenhuma identificação institucional, devendo, inclusive, ser subscrita
SOMENTE pelo assistido, que também será o responsável por protocolar a ação no
Juizado.

NOTA 3: Cada Juizado Especial possui sua jurisdição territorial. Para saber qual
Juizado competente para processar e julgar as ações de cada assistido, entrar em contato
através do telefone nº 3492 8100 – Coordenadoria dos Juizados Especiais de Fortaleza-
CE ou através do sítio http://sbje.tjce.jus.br/sbje-web/pages/localiza_juizado.jsf .

Verificada a existência de Defensor Público no Juizado Especial, deverão, o aluno e o


professor-orientador, informar ao assistido sobre a possibilidade de seu atendimento ser
realizado diretamente no Juizado, oportunidade essa, que, se for aceita pelo assistido,
originará o respectivo encaminhamento. Se, mesmo depois de receber essa orientação, o
assistido optar em prosseguir o atendimento no EPJ, o aluno deverá elaborar a Petição Inicial.

Ressalte-se que é uma opção do autor o ajuizamento da ação perante o Juizado Especial,
conforme art. 3º, § 3º, da Lei 9.099/95.

2.2. Juizados Especiais Federais

Quando durante o procedimento de atendimento se verificar que a solução jurídica cabível


compete à Justiça Federal, o professor-orientador e o aluno deverão averiguar se o caso
apresentado se adapta ao rol de competência, material e formal, previsto na Lei Nº 10.259/01
(institui os Juizados Especiais no âmbito da Justiça Federal).

NOTA 1: Os Juizados Especiais Federais Virtuais têm competência para processar,


conciliar e julgar causas de competência da Justiça Federal até o valor de 60 (sessenta)
salários-mínimos, com exceção das causas referidas no art. 109, incisos II, III e XI, da
Constituição Federal, as ações de mandado de segurança, de desapropriação, de divisão
e demarcação populares, execuções fiscais, improbidade administrativa e as demandas
sobre direitos ou interesses difusos, coletivos ou individuais homogêneos; ações sobre
bens imóveis da União, autarquias e fundações públicas federais; causas para a anulação
ou cancelamento de ato administrativo federal, salvo o de natureza previdenciária e o de
lançamento fiscal; causas que tenham como objeto a impugnação da pena de demissão
imposta a servidores públicos civis ou de sanções disciplinares aplicadas a militares (vide
Lei n.º 10.259/2001, art. 3º, § 1º, I a IV).

NOTA 2: Observada a competência do Juizado Especial Federal, o assistido deverá ser


esclarecido sobre a sua capacidade postulatória.

Verificada a possibilidade de realização de conciliação/mediação ou sendo essa infrutífera,


(vide item 3.4), o aluno deverá dar continuidade ao processo de atendimento, com a
consequente elaboração da medida jurídica cabível, devendo a petição obrigatoriamente ser
corrigida pelo professor orientador e depois subscrita pelo assistido.

Após elaboração da petição inicial, acompanhada da documentação pertinente, esta deverá ser
protocolada na Secretaria dos Juizados, com o arquivo da petição e documentos necessários
salvos em um pen drive, devendo ser realizada a digitalização da referida peça, com o
recebimento do assistido, também na Secretaria Real do EPJ.

NOTA 3: Na petição inicial, na qualificação das partes, deverão constar os números dos
telefones e endereço eletrônico para intimação pelo Juizado.

NOTA 4: Em razão do assistido usar sua capacidade postulatória, não deverá conter na peça
nenhuma identificação institucional e, para o processamento de ações no âmbito dos Juizados
Especiais Federais, o valor da causa, para jus postulandi, é o teto de 60(sessenta) salários-
mínimos.

NOTA 5: Incluir como um dos itens do pedido, a concessão do benefício da assistência


judiciária gratuita por ser o(a) autor(a) pobre na forma da lei; como também, anexar à
petição, declaração de hipossuficiência do assistido, sem qualquer identificação
institucional.

3. MEIOS DE SOLUÇÃO EXTRAJUDICIAL DE CONFLITOS

Considerando o acesso à justiça como um conceito ampliado, que envolve não apenas o
acesso ao Poder Judiciário, o EPJ – UNIFOR tem como objetivo desenvolver no corpo
discente a noção das diversas modalidades de efetivação da justiça.

O aprendizado discente passa, portanto, pela visão judicial da solução de conflitos, com a
prática do processo judicial, mas também pela prática simulada e real das tentativas de
solução extrajudicial de conflitos, que se apresentam como meios eficazes de acesso à justiça.

As modalidades de solução extrajudicial aplicadas pelo EPJ são, dentre outras:

Conciliação – Forma de solução de controvérsias administrada por um conciliador


imparcial e neutro investido de autoridade ou escolhido pelas partes, a quem compete: (1)
esclarecer-lhes sobre o procedimento e implicações legais; (2) conduzir suas intervenções
identificando pontos convergentes e divergentes da controvérsia; (3) avaliar e escolher opções
de solução; (4) sugerir soluções, e; (5) elaborar o acordo e colher assinaturas.

Mediação – Meio consensual de solução de conflitos no qual um terceiro imparcial e de


confiança das partes busca a solução pacífica da controvérsia, a inclusão social e a paz social.
Procedimento que se funda na cooperação das partes, que possuem, nesse caso, um nível
aprofundado de relacionamento.

Deve-se ainda destacar que nem todo tipo de conflito é passível de ser
solucionado por um meio alternativo, principalmente os que possuam histórico de violência
entre as partes. Assim, são tipos de conflitos que podem ser submetidos à mediação, à
negociação e à conciliação no âmbito do EPJ-UNIFOR:

Família – Divórcio, alimentos, execução de alimentos, revisão de alimentos, dissolução de


união estável, investigação de paternidade, guarda e outros;

Civil – Reparação de danos materiais e morais, direito dos contratos, ações possessórias e
outros;

Direitodo Consumidor – Viabilizado por meio do convênio firmado entre o PROCON da


Assembleia Legislativa e a Universidade de Fortaleza. O órgão está situado na Sala-Z44, com
advogados habilitados para gerência das reclamações que lhes são apresentadas.

Assim, o EPJ alia ao ensino jurídico humanizado à necessidade de dinamizar o acesso à


justiça, oferecendo ao público-alvo de suas atividades a possibilidade de solucionar
extrajudicialmente seus conflitos.

Obs.: As demandas nas quais não há nenhum conflito ou questão a ser discutida, também
deverão ser encaminhadas ao Núcleo de Mediação e Conciliação. Todos os acordos serão
homologados por meio do convênio TJCE/CEJUSC-UNIFOR.

3.1 Procedimentos de Utilização da Extensão CEJUSC-UNIFOR

Verificada a possibilidade da utilização de um meio alternativo de solução de conflitos, o


professor e o aluno deverão, em consonância com o assistido, definir a data e o horário para a
realização da sessão, que deverá ser marcada pelo Professor Orientador no sistema Unifor
on line. Em seguida, o aluno emitirá uma Carta Convite (EXTENSÃO CEJUSC-UNIFOR,) à
outra parte, na qual deverá constar o número do registro do assistido relacionado, o dia e
horário da sessão previamente marcados no sistema, o pedido para que a parte compareça com
30 minutos de antecedência e a relação de documentos necessários. A carta deverá ser
entregue na Secretaria Real em duas vias, sendo uma via recebida pelo funcionário da
Secretaria já com o envelope preenchido com o endereço do destinatário e a outra digitalizada
no registro do assistido. No dia agendado, as partes serão encaminhadas ao serviço de
Psicologia.

NOTA 1: Para outros esclarecimentos, consultar o Manual da EXTENSÃO CEJUSC-


UNIFOR;
NOTA 2: Demandas nas quais não há qualquer questão a ser discutida devem ser
ENCAMINHADAS À EXTENSÃO CEJUSC-UNIFOR, HAJA VISTA NÃO HAVER
CONFLITO A SER PACIFICADO;
NOTA 3: ORIENTAÇÕES CEJUSC – FÓRUM & UNIFOR: Para encaminhamento do
Registro ao CEJUSC-UNIFOR repassamos algumas orientações necessárias:

1ª) – Conforme orientação do CEJUSC – Fórum, as Ações de Inventário,


Reconhecimento de União Estável, Reconhecimento de Filiação socioafetiva e Investigação
de Paternidade post mortem não podem ser objeto das sessões de mediação e/ou conciliação;
não será possível ainda “tratar posse de imóvel isoladamente, podendo constar quando de
reclamação pré-processual de Divórcio”;

2ª) – Para o agendamento de sessões na Extensão CEJUSC – UNIFOR, reforçamos a


necessidade de atenção quanto à solicitação de todos os documentos do(a) assistido(a) por
ocasião do primeiro atendimento. Ressaltamos que a sessão só poderá ser agendada após a
entrega, na cabine EPJ, de todos os documentos do(a) assistido(a). “Em se tratando de pessoa
jurídica, devem ser juntados atos constitutivos da empresa e carta de preposto ou procuração
com poderes para transigir”;

3ª) – Os documentos virtualizados nos Registros devem ser classificados antes do


agendamento / marcação da sessão de mediação e/ou conciliação no CEJUSC-UNIFOR, pois
tal procedimento facilita sobremaneira as atividades e providências no sistema, tanto pelos
professores lotados no CEJUSC-UNIFOR, quanto pela Coordenação – Bloco Z/Supervisão –
EPJ.

NOTA 4: Acordos que não sejam da temática do CEJUSC-UNIFOR (ex. Reconhecimento e


Dissolução de União Estável, inclusive post mortem, Investigação e Reconhecimento de
Paternidade, Inventário, Usucapião, etc.) deve-se atentar para a legitimidade das partes,
juntando o Termo de Ratificação e solicitando como alternativa, na petição inicial, a
designação de Audiência de Ratificação pelo Juiz.
Orientar as partes a procurarem atendimento da DPGE no Fórum dentro de prazo razoável
para o acompanhamento do processo.

4. PROCEDIMENTOS PARA ANÁLISE DOS REGISTROS DO


PROJETO RECONSTRUINDO A LIBERDADE

Ao receber o dossiê do apenado, o estagiário(a) deverá concluir a análise prévia em até


15 (quinze) dias. Após a análise, os desdobramentos podem ser os seguintes:

a) verifica-se a necessidade de outras certidões além das que foram enviadas → nesse
caso, o próprio estagiário, utilizando os modelos no Diretório G/ Modelo e Informações/
Projeto Reconstruindo a Liberdade, redige o ofício, que será protocolizado na Secretaria Real
que se encarregará do encaminhamento ao NUDEP (NÚCLEO DA DEFENSORIA PÚBLICA
EM EXECUÇÃO PENAL). Os pedidos deverão ser elaborados de forma individualizada e
endereçados diretamente ao local competente para expedição do documento;
b) verifica-se a possibilidade de ajuizar pedido de algum beneficio em sede de execução
penal → o estagiário(a) redige a petição, submetendo-a à correção do professor-orientador.
Após análise do professor, protocolizar a petição na Secretaria Real, com campo para
assinatura do Defensor Público, estando devidamente assinada pelos estagiários, em 2(duas)
vias.
c) verifica-se a impossibilidade de auferir beneficio legal em sede de execução penal
naquela data → o estagiário(a) deve redigir parecer jurídico, informando a data provável do
direito ao benefício.

Até que haja a protocolização de uma petição ou a formulação de parecer conclusivo


sobre a situação do encarcerado assistido, o Escritório de Prática Jurídica ficará com o dossiê
do apenado e fornecerá todas as informações sobre o andamento da análise do caso ao
familiar do preso.
O atendimento aos familiares e/ou amigos do assistido deve ser breve e conduzido com
objetividade.

Todas as pessoas deverão ser atendidas com respeito e urbanidade. Pela atividade
desempenhada em nome da Defensoria Pública, não pode ser cobrado ou recebido qualquer
valor.

Ao fazerem o atendimento de familiares dos apenados, os alunos deverão registrar todas


as informações no respectivo registro. Todas as providências adotadas e/ou pendências
deverão ser anotadas no registro do assistido.

O aluno não deve receber documentos em seu original, providenciando a cópia se for
relevante para a análise do caso, exceto caso se trate de certidões que servirão para instruir as
petições.

Ao receber documentos para ajuizamento de ações, o aluno deverá imediatamente


digitalizá-lo junto à Secretaria Real.

Todas as petições do projeto devem ser impressas com respectivos timbre da


Defensoria/Nudep e Unifor e deverá conter também, o nome do estagiário que a elaborou e
logo abaixo o local destinado a assinatura do(a) Defensor Público(a) do NUDEP.

A petição deve ser impressa em 3(três) vias e protocolizada na Secretaria Real, devendo-
se encaminhar também o arquivo da petição para o e-mail nudepreconstruindo@gmail.com.

Caso seja imprescindível a obtenção de alguma informação contida nos autos processuais,
o aluno deverá encaminhar solicitação ao NUDEP – Núcleo da Defensoria Pública em
Execução Penal, especificando qual a informação de que necessita;

Com o processo de virtualização das Varas de Execução Penais e Corregedoria dos


Presídios, os dossiês dos apenados serão encaminhados ao EPJ acompanhados de senhas que
permitem a visualização de toda a carta de guia.

O(a) estagiário(a) deve procurar o(a) Professor(a) sempre que estiver com dúvidas.

O(a) estagiário(a) não deve dar orientação da qual não esteja seguro(a).

Toda sugestão para melhorar a execução do Projeto Reconstruindo a Liberdade é bem


vinda e pode ser realizada por meio do telefone: 3101-3448.

NOTA1: Mensalmente é necessário que o Escritório de Prática Jurídica elabore o Relatório


Mensal de andamento das atividades desenvolvidas, de acordo com o modelo disponível no
diretório G/ Modelos e Informações/PROJETO RECONSTRUINDO A LIBERDADE, o qual
deve ser subscritado pelo Professor responsável pela disciplina e os alunos. Referido relatório
deverá ser entregue mensalmente aos Analistas Jurídicos, que o encaminharão ao NUDEP por
meio da Secretaria de Processos Reais.

NOTA2: Os registros do Projeto Reconstruindo a Liberdade não serão redistribuídos para o


semestre vindouro; todos os dossiês, concluídos ou não, retornarão ao Núcleo da Defensoria
Pública em Execução Penal (NUDEP).
5. PROJETO MUTIRÃO DE INDULTO E COMUTAÇÃO

O presente projeto trata-se de parceria firmada entre a Universidade de Fortaleza


(UNIFOR), Conselho Penitenciário do Ceará (COPEN), Associação de Proteção e Assistência
ao Condenado (APAC) e o Tribunal de Justiça do Estado do Ceará que tem por objetivo a
revisão das penas, verificando-se a possibilidade do apenado em regime semi-aberto obter
Indulto ou comutação da pena, com a finalidade de reduzir ou extinguir a pena.

Além da função social do projeto, em termos pedagógicos mostra-se de grande valia,


pois oportuniza aos discentes participantes do projeto contato com a prática na área da
execução penal. Em que pese não haver garantia imediata para os presos albergados pelo
projeto, muitos são beneficiados com redução ou extinção da pena, permitindo-lhes o mais
breve retorno à sociedade. Por outro lado, esses atendimentos possibilitam aos alunos do EPJ
uma experiência única em conhecer a realidade das comunidades carcerárias, bem como
permitir aplicação dos conhecimentos teóricos e práticos das disciplinas cursadas, durante a
graduação.

Os alunos, acompanhados do professor-orientador, serão responsáveis pela emissão de


pareceres; a realização de atividades de estudo e elaboração de pareceres pelos alunos sob a
supervisão do professor permite aos apenados obter o indulto ou comutação das penas de
acordo com o preenchimento das condições exigidas pelo Código Penal e Lei 7210/84 – Lei
de Execução Penal, os quais serão analisados pelo COPEN sendo posteriormente
encaminhados à Vara de Execução Penal para concessão do benefício, caso o parecer seja
aprovado.

6. A PETIÇÃO INICIAL CÍVEL (Artigos 319 e 320 do CPC)


O objetivo da maioria dos procedimentos de atendimentos realizados no EPJ recai na
elaboração de uma petição inicial. Mesmo o mais simples requerimento administrativo deverá
obedecer às regras formais e materiais de redação desse documento jurídico.

A petição inicial deverá ser redigida com as características da linguagem formal,


empregando-se o vocabulário jurídico, que não poderá obscurecê-la nem complicá-la.
Contudo, isso não significa que a peça processual deva ser incipiente, ou seja, que deva omitir
fatos e fundamentos importantes, mas apenas procurar demonstrar ao órgão aplicador do
Direito a viabilidade do requerido, empregando para tanto uma exposição lógica, acessível e
técnica.
Quando se aborda a linguagem jurídica, verifica-se que esta se distingue em muito da
linguagem cotidiana. Assim, na elaboração de uma petição inicial, ou mesmo de um simples
requerimento administrativo, deve-se evitar a utilização de linguagem informal. Dessa forma,
a linguagem jurídica deve obedecer a certas características próprias, abaixo delimitadas:

Impessoalidade - Utilização da linguagem em terceira pessoa, evitando-se a utilização de


vocativos apelativos (ex.: douto magistrado);
Concisão – Evitar uso de expressões ou enunciados redundantes ou dúbios;
Objetividade - Não utilizar palavras ou expressões excessivamente subjetivas;
Vernaculidade - Evitar o uso exagerado de expressões em qualquer outra língua que não a
portuguesa;
Clareza - Deve-se procurar redigir de forma clara, estruturando os fatos em um
encadeamento lógico e cronológico;
Lógica - Estruturação da petição de forma que os tópicos abordados tenham um
encadeamento coerente e possam transmitir de forma inteligível os objetivos requeridos;
Cortesia e Ética - O texto jurídico, principalmente a petição inicial, deve respeitar a
dignidade de todos os envolvidos. Assim, veda-se a utilização de expressões bajuladoras, bem
como textos agressivos ou irônicos.

Processualmente, os requisitos básicos de uma petição estão elencados no artigo 319 do


Código de Processo Civil, que são:

1) Juízo a que é dirigida (art. 319, I, CPC).

Trata-se do endereçamento, em que se estabelece a qual juízo será dirigida a petição


inicial (Justiça Estadual e Juizado Especial Cível Estadual e Juizado Especial Federal).

Este endereçamento é estabelecido pelas regras de competência indicadas no Código de


Processo Civil (Lei nº 13105 de 16 de março de 2015), artigos 42 a 66 e nos artigos 3º e 4º da
Lei nº 9.099/95. São espécies de competência:

I. Competência Absoluta

a) Hierarquia: conforme dispõe o art. 45 do Código de Processo Civil, a competência


absoluta em razão da hierarquia, também chamada funcional, é regida pelas normas da
Constituição Federal e pelas normas de organização judiciária de cada Estado da
Federação, pois compreende a divisão dos juízos e tribunais em graus de jurisdição.

b) Matéria: a divisão da competência por matéria ocorre em comarcas de grande


movimento, onde são necessários juízes para integrarem o juízo criminal e o Tribunal do
Júri, juízo cível, juízo da família e sucessões, juízo para os feitos da Fazenda Pública, para
o Juizado Especial cível, para o juízo da vara de registros públicos, para as varas
trabalhistas, para as Juntas Eleitorais, para a Justiça Federal, etc.

NOTA 1: Deve ser anexada à inicial comprovante de endereço recente em nome do Autor ou
do Réu e, caso estes não o possuam em nome próprio, juntar também a declaração de
residência.

NOTA 2: Lista dos Juizados cujos defensores atuam na UNIFOR, para o direcionamento das
petições:

6ª Unidade (Messejana) – Drª. Camila Vieira


8ª Unidade (Criminal) – Dr. Alexandre Saldanha
9ª Unidade – (Luciano Cavalcante) – Dr. Eduardo Almendra
11ª Unidade (Tancredo Neves) – Dr. Dani Esdras
22ª Unidade (Luciano Cavalcante) – Drª. Emília Nobre
23ª Unidade (Unifor) – Dra. Silvana Feitoza
24ª Unidade (Dunas) – Dra. Paula Abreu

NOTA 3: Se for o caso de distribuição por dependência, efetuar o direcionamento ao Juízo,


anotando na primeira página da petição o número do processo e, ao final, requerer, nos
pedidos, a distribuição por dependência.
NOTA 4: Se o Autor foi idoso, portador de doença grave criança ou adolescente, anotar em
destaque na 1ª página da petição e, ao final, requerer, nos pedidos, a tramitação prioritária.

II.Competência Relativa

a) Território: está disciplinada pelos arts. 46 a 53 do Código de Processo Civil, levando


em consideração o limite territorial de cada comarca. Assim, a comarca compreende o
território do próprio município que dá nome à comarca, como pode compreender o
território de outros municípios e distritos da região.

b) Valor da causa: a competência relativa em razão do valor da causa é regida, segundo o


art. 44 do CPC, pelas normas de organização judiciária, ressalvados os casos expressos no
Código de Processo Civil.

2) Preâmbulo (Art. 319, II) - Qualificação completa das partes contendo: nomes,
prenomes, nacionalidade, estado civil, existência de união estável, profissão, RG (observar
qual o órgão emissor) da parte autora, número de inscrição no cadastro de pessoas físicas
ou cadastro nacional da pessoa jurídica, (CPF ou CNPJ, respectivamente), domicílio e
residência do autor e do réu (rua, número, outros complementos, bairro, cidade, CEP e
Telefone), endereço eletrônico (se não houver, coloca-se: sem endereço eletrônico).
NOTA 1: Por força da Portaria do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, o
preenchimento do CEP é obrigatório. Caso o comprovante de endereço do assistido não
tenha o CEP, pesquisar no site www.correios.com.br ou no google maps ou ligar para os
números: 3112.4144/0800.5700100.

NOTA 2: Se nas mencionadas fontes de pesquisas não constarem o CEP, DEVERÁ SER
ABERTO TÓPICO NA PETIÇÃO, NA QUALIFICAÇÃO DAS PARTES (ou depois
desse parágrafo), INFORMANDO DA INEXISTÊNCIA DO CEP, ou em nota de rodapé.

NOTA 3: Atentar para a diferença entre o endereço fornecido pelo assistido(a) e o


constante no comprovante de endereço entregue.

NOTA 4: Observar a Representação/Assistência dos assistidos menores de idade (Art.


71, CPC; Arts. 3º e 4º CC).

NOTA 5: O CPF ou CNPJ, caso não seja fornecido em cópia pelo assistido poderá ser
impresso através do site da Receita Federal.

A qualificação das partes, aspecto extremamente importante na elaboração de uma Peça


Inicial, está intimamente relacionada a outros quatro aspectos a seguir listados, pois a
qualificação errônea poderá ocasionar enormes prejuízos para o autor da ação.

a)Legitimidade das partes: Trata-se de uma das condições da ação.


Partes legítimas, tanto ativa (autor) quanto passiva (réu), são as
titulares do direito de pleitear ou de ser demandado a reparar um
direito.
b)Capacidade de ser parte: Revela-se na possibilidade de ser titular
o
de direitos e obrigações na órbita do Direito. Nos termos do art. 1 do
Código Civil, “toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem
civil”. Assim, homens, mulheres, crianças, recém-nascidos, surdos,
loucos, pessoas jurídicas, entidades, instituições, fundações,
autarquias, enfim, todos os que têm capacidade jurídica ou de gozo de
seus direitos têm capacidade de ser parte.

c)Capacidade processual: Configura-se na capacidade de agir em


juízo em nome próprio. Nem todas as pessoas possuem-na, visto que
uma pessoa absoluta ou relativamente incapaz não pode atuar sozinha
em juízo, devendo ser representada ou assistida por seu representante
legal (Art. 71, CPC). O rol de incapazes absoluta ou relativamente
encontra-se nos artigos 3º (menores de 16 anos) e 4º do Código Civil
de 2002, alertando-se para mudanças advindas com a lei 13146 de 06
de julho de 2015 que instituiu a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa
com Deficiência e modificou o tratamento jurídico das pessoas antes
consideradas absolutamente incapazes, retirando-as do rol taxativo,
necessitando-se agora de avaliação judicial para verificação de caso a
caso. Da mesma forma, as pessoas jurídicas de direito público ou
privado, as autarquias, a massa falida e o condomínio devem se
representados por aqueles a quem a lei processual atribuir esse poder
(Art. 75 CPC).

d)Capacidade postulatória: É a capacidade técnica exigida para a


prática de atos processuais postulatórios, pelos quais se solicita ao
Estado-Juiz alguma providência. A capacidade postulacional abrange a
capacidade de pedir e responder, sendo típica dos advogados
regularmente inscritos na OAB, conforme artigo 103 do CPC, dos
membros do Ministério Público e excepcionalmente atribuídas às
partes, como nas causas trabalhistas e nas que se submetem ao rito dos
Juizados Especiais cujo valor não exceda a 20 salários-mínimos.
Observe-se que a previsão legal do Código de Processo de 1973, artigo
36, parte final, que permitia à parte postular sem advogado quando não
houvesse advogado ou recusa ou impedimento daquele que houver no
lugar, foi extirpada da nova legislação. Assim, somente nos casos
previstos na legislação especial, como por exemplo, lei dos Juizados
Especiais Cíveis (Lei 9099/95) é que é possível o jus postulandi a
parte sem auxílio de um advogado.

Outro aspecto importante recai na nomenclatura das partes, pelo qual o mais importante é
manter a utilização do termo com o qual se iniciou a nomenclatura, não o alterando
constantemente. Ex.: iniciar com autor e continuar com suplicante. A seguir segue quadro
exemplificativo:

AÇÕES E OUTROS PARTE ATIVA PARTE PASSIVA


Ações em geral Requerente Requerido
Geral Autor Réu
Geral Demandante Demandado
Geral Promovente Promovido
Ação Trabalhista Reclamante Reclamado
Agravo de Instrumento Agravante Agravado
Alimentos Alimentando Alimentante
Cobrança Credor Devedor
Consignação em pagamento Consignante Consignado
Curatela Curador Curatelado
Embargos (do devedor, de terceiros, infringentes) Embargante Embargado
Exceções (de incompetência, de impedimento, de Excipiente Excepto
suspeição)
Execução Exequente Executado
Inventário Inventariante Inventariado
Mandado de Segurança Impetrante Impetrado
Notificação Notificante Notificado
Nunciação de Obra Nova Nunciante Nunciado
Reconvenção Réu Reconvinte Autor Reconvindo
Recursos em geral Recorrente Recorrido
Apelação Apelante Apelado
Pedido de Tutela Tutor Tutelado

3) Fatos, suas circunstâncias e os fundamentos jurídicos do pedido (Art.


319, III)

Os Fatos: da narração dos fatos é dado ao juiz conhecer a origem dos conflitos, ou seja, é a
ocorrência dos fatos que dá à parte motivo para invocar a tutela jurisdicional. É por isso que
toda petição inicial deve começar com os fatos bem narrados, com clareza, detalhes,
sequência lógica e cronológica, evitando-se repetições. Devem também ser esclarecidas
eventuais divergências de nomes constantes na documentação ou mesmo a falta desta, a fim
de reforçar a tese jurídica a ser construída no decorrer da petição.
O Direito: consubstancia-se na parte da petição inicial que tem por finalidade convencer o
magistrado de que houve lesão ou ameaça de lesão de um direito, fazendo-se necessária a
intervenção do Poder Judiciário para repará-la, com indicação dos fundamentos jurídicos,
especialmente com a transcrição dos dispositivos legais, a causa de pedir, jurisprudência e
doutrina. Para obter-se os objetivos perquiridos, deve-se estruturar o direito de forma lógica e
encadeada, caracterizando-se as condições da ação e os pressupostos de constituição válida da
relação processual e de desenvolvimento válido no processo.

1.Fundamento jurídico – Forma-se pelo fundamento jurídico correspondente ao pedido


principal, que deverá ser pela própria legislação e citação de jurisprudência
(preferencialmente STF, STJ e TJCE) e doutrina atualizadas, sempre observando sua
aplicação ao fato narrado.

2.Causa de pedir – É a razão do pedido segundo a realizada fática e jurídica.

3.Citações de jurisprudência e doutrina - Reforço aos argumentos da petição inicial.

4) Pedido(s) com suas especificações (Art. 319, V) e outros requerimentos

1.a) Pedido: requisito da petição inicial, o pedido, em última análise, corresponde à tutela
pretendida, devendo ser certo e determinado. Ao pedido deve ser conferida especial atenção,
pois, além de delimitar de forma objetiva a lide, estabelecendo os limites da sentença, que não
poderá ser extra, ultra ou infrapetita, servirá também como elemento de identificação da
demanda para fins de verificação da ocorrência de conexão, continência, litispendência ou
coisa julgada e ainda de parâmetro para fixação do valor da causa. Por fim, o pedido deverá
ser, em qualquer hipótese, conclusivo e guardar coerência com a argumentação jurídica e
fática sustentada.
O pedido pode ser mediato ou imediato. Ocorre o imediato quando se pede a procedência
do pedido, ou seja, o tipo de tutela jurisdicional. O pedido mediato vem logo em seguida,
quando se pede a condenação ao ressarcimento dos danos morais e materiais. Havendo
apenas este último, o imediato passa a ser implícito. Assim, quando se pede a condenação
da parte ao pagamento de determinada quantia, está implícito que se está pedindo a
procedência do pedido. O pedido deve ser claro, não podendo deixar qualquer dúvida
ao juiz.

b)Outros requerimentos – No tópico da petição destinado aos pedidos, deverão ser feitos
outros requerimentos importantes para o regular andamento processual, bem como para a
instrumentalização da pretensão jurídica almejada. Estamos falando das provas com que o
autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados (art. 319, VI) e a informação pelo
autor se optará pela realização de audiência de conciliação ou mediação (art. 319, VII do
CPC), da intimação do representante do Ministério Público, quando a participação deste
for obrigatória (arts. 178 e 179 do CPC), bem como de outras providências necessárias ao
bom andamento do processo.

1. A partir da Lei 13.105 de 16 de março de 2015, que instituiu o Novo Código de Processo
Civil Brasileiro, NÃO há mais a previsão de pedido de citação como requerimento essencial à
petição inicial. Vide artigo 319 do NCPC. Entretanto, como há divergência acerca da
obrigatoriedade de pedido de citação, conforme artigo 238 do CPC, recomenda-se incluí-la
nos requerimentos da petição inicial (art. 246, CPC), requerendo-se o benefício do art. 212, §
2º do CPC. Atentar para os casos de Precatória.

2. Se houver necessidade de se pedir a concessão antecipada de tutela de urgência (Art. 300


e 303 CPC), de tutela de evidência (Art. 311 do CPC), ou de tutela específica do Direito do
Consumidor (Art. 84 CDC) recomenda-se que seja feita com pedido de aplicação de multa
diária em caso de descumprimento e antes dos pedidos de mérito. A tutela de urgência
será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo
de dano ou resultado útil do processo). Já a tutela de evidência restará possível, independente
de demonstração de perigo ou dano ou de risco ao resultado útil do processo quando ficar
caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; as
alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada
em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; se tratar de pedido
reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que
será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa; IV – a
petição inicial for instruída com prova documental suficiente do fatos constitutivos do direito
do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável

3.O requerimento de intimação do representante do Ministério Público, se for o caso arts. 178
e 279 do CPC (família/interdição/usucapião), arts. 201 e seguintes do ECA, arts. 75 e 77 do
Estatuto do Idoso (maiores de 60 anos) e art. 5º do Estatuto da Pessoa com Deficiência) deve
ser feito após os pedidos de mérito;

4.Pedido de inversão do ônus da prova, se for o caso (art. 6º , VIII do CDC), ou aplicação da
teoria dinâmica do ônus da Prova (art. 373, do CPC);

5.Pedido de expedição de mandados de averbação/inscrição com expressa indicação de


dispensa de cobrança de taxas e emolumentos cartorários em virtude do
reconhecimento/deferimento da gratuidade judiciária pelo juízo;
6.Pedido de condenação dos honorários das Defensorias a serem fixados entre 10% e 20%
sobre o valor da condenação/proveito econômico obtido ou sendo este valor irrisório,
arbitramento de valor por apreciação equitativa (art. 85, §§ 2º e 8º do CPC) que serão
recolhidos em favor do FAADEP – Fundo de Apoio e Aparelhamento da Defensoria Pública
do Estado do Ceará (FAADEP Arrecadação Honorários e Sucumbência, Caixa Econômica
Federal – Agência 0919 – Conta nº 71003-8, op. 006, CNPJ 05.220.055/0001-20).

7.Somente após serem feitos todos os pedidos é que se deve indicar as provas que se pretende
produzir.

Formular os PEDIDOS coerentes com os fundamentos de fato e de direito, e na ordem


cronológica em que ocorrerão no processo, incluindo pedido de recebimento da inicial
(art. 319, II, §§ 2º e 3º do CPC), processamento da ação sob segredo de justiça, se for o
caso (art. 189, II, do CPC), deferimento da gratuidade judiciária (art. 98, caput e §§ 1º e
5º do CPC).

4) O Encerramento – O encerramento da petição inicial compreende o valor atribuído à


causa, o pedido de deferimento, o local, a data e a assinatura, e, caso seja necessário, o rol
de anexos.

NOTA 1: Detalhar no pedido as provas que se pretende produzir (arts. 319, VI c/c 369, 396,
405, 464, 481, do CPC ou retirar o pedido de provas e o rol de testemunhas quando se
tratar de ausência de fase probatória (ex. Homologação). No caso dos Juizados, não pedir
perícia.

NOTA 2: Anexar o ROL DE TESTEMUNHAS incluindo endereço com CEP. Caso a parte
não apresente na inicial, juntar DECLARAÇÃO fazendo constar que esta ficou ciente de
que deverá apresentá-lo na primeira oportunidade, procurando o Defensor Público que atua
na vara (arts. 442, 443, 450, do CPC). Testemunhas que realmente saibam dos fatos e não
sejam parentes das partes.

Valor da causa: de acordo com o artigo 319, V do CPC, o valor da causa é um dos requisitos
essenciais da petição inicial, pois é pressuposto necessário para se estabelecer o juízo
competente, conforme artigo 63 do CPC (competência relativa). Quando não houver previsão
legal em contrário, a fixação do valor será voluntariamente estabelecida pelo autor da ação,
em que pese ser autorizado ao Juízo sempre poder corrigir referido valor (de ofício ou por
arbitramento) e até mesmo ser impugnada em sede de contestação pelo réu em sede de
preliminar em petição de contestação. Observe-se que a falta da indicação do valor da causa,
mesmo em ações em que não se tem critérios fixados em lei para se estabelecer tal montante
ocasionará o indeferimento da petição inicial pelo juiz, já que se trata de norma de ordem
pública, servindo de base para solucionar diversas questões atinentes ao processo em si, tais
como fixação dos cálculos das despesas processuais, honorários sucumbenciais etc. Os
critérios específicos para cada tipo de ação estão elencados nos arts. 291 a 293 do Código de
Processo Civil.

OBS: Quando não houver critério legal para a determinação do valor da causa, este deverá
corresponder a um salário-mínimo, informando-se que é para “efeitos legais”.

-Local e data;

-Assinatura do Defensor Público e dos alunos;

-Rol de Testemunhas;
-Anexos (documentação )

6.1 Normas Metodológicas para elaboração de petições do EPJ


Inicialmente, é importante destacar que uma petição bem elaborada preocupa-se
primeiramente com o conteúdo. No entanto, não deve descuidar-se dos aspectos formais, sob
pena de comprometer a clareza do interesse que está sendo defendido.

Nesse sentido, buscando padronizar as petições que são confeccionadas por esse
Escritório de Prática Jurídica para serem protocoladas nos mais diversos órgãos do Judiciário,
é que trazemos à colação as regras Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT sobre
formatação:

a) Formatação do papel:

A4;
Margem esquerda: 3,0cm;
Margem direita: 2,0cm;
Margem superior: 3,0cm;
Margem inferior: 2,0cm;

b) Formatação dos parágrafos:

Início do parágrafo: 2,5 cm;


Início do parágrafo com citação longa: 4,0 cm (2,0 cm a mais da margem de início do
parágrafo);
Entre linhas: 1,5;
Entre linhas da citação longa: 1,0;
Entre parágrafos: 6 ou 12 pt;
Entre o texto e ilustrações (tabelas e gráficos): 6 ou 12 pt;
Entre o texto e citações longas (mais de 3 linhas): 6 ou 12 pt ;
Do início do texto após um título: 6 ou 12 pt;
Do início do texto sem título: 0 (zero), somente o espaçamento da margem superior;
Do início da folha até o título: 6,0 (80 pt);
Entre o texto e o subtítulo: 6 ou 12 pt;
Entre as linhas de uma mesma referência: 6 ou 12 pt;
Entre uma referência e outra: 6 ou 12 pt;

c) Endereçamento: texto em caixa alta (maiúsculo) utilizando-se de alinhamento


justificado e de fonte Times New Roman 12;

d) Nome da ação: texto em caixa alta (maiúsculo e em negrito) utilizando-se de


alinhamento à esquerda e de fonte Times New Roman 10;

e) Nome do autor, do representante legal ou do assistente (se for o caso) e do réu:


texto em caixa alta (maiúsculo e em negrito) utilizando-se de alinhamento justificado e de
fonte Times New Roman 14;
f) Títulos de parágrafos:
Tamanho da letra do título: 16 (Times New Roman) sem negrito, maiúsculas;
Tamanho da letra do subtítulo: 14 (Times New Roman) Negrito, minúsculas;
Tamanho da letra do sub-subtítulo: 12 (Times New Roman/minúsculas) em itálico.

g) Do texto:
Tamanho da letra do texto: 12 (Times New Roman);
Tamanho da letra da citação longa (mais de 3 linhas): 10 (Times New Roman), não tem
aspas e nem itálico.

OBS.: As referências das citações devem seguir as normas da ABNT:

LIVRO:
Autor. Título. Edição. Lugar: Editora, Ano

JURISPRUDÊNCIA:
Os elementos essenciais são: jurisdição e órgão judiciário competente, título (natureza da
decisão ou ementa) e número, partes envolvidas (se houver), relator, local, data e dados da
publicação

BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. 3ª Turma, REsp 1032846/RS, PARTES. Rela. Mina.
Nancy Andrighi., julgado em 18 dez 2008, Pub. DJ em 16 jun 2009. Disponível em <
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/doc.jsp?
livre=alimentos+e+mulher+&&b=ACOR&p=true&t=&l=10&i=1#> Acesso em 29 out 2009

6.2 Procedimentos após a elaboração da Petição Inicial

Estando a petição elaborada, o aluno deverá enviar o arquivo ao Professor Orientador pelo
Unifor on line através da providência ENVIAR PETIÇÃO PARA CORREÇÃO PELO
PROFESSOR, anexando o arquivo.

Se houver necessidade de correções, o Professor devolverá o arquivo da petição, constando no


Unifor Online do aluno como PENDÊNCIAS DE PROVIDÊNCIAS. Após a correção, o
aluno realizará o mesmo processo para envio da petição novamente ao Professor.

Se a petição estiver correta, o Professor enviará diretamente ao Defensor Público para


apreciação, pelo Unifor Online, com a providência PETIÇÃO ENCAMINHADA PARA
ANÁLISE DO DEFENSOR.

NOTA 1: As petições iniciais sempre serão assinadas por Defensores Públicos lotados no
EPJ, mas não devem ser colocados seus nomes nas petições. Em alguns casos, como no
pedido de Divórcio Consensual e os acordos, a peça deverá ser assinada pelas partes.

NOTA 2: Toda petição deverá ser gravada pelo nome do assistido na pasta do professor
orientador, localizada na rede do sistema acadêmico
G/:EPJALUNO/Prof______/Petições Protocoladas, bem como no disco virtual do
sistema UNIFOR on line.

NOTA 3: Em todas as fases que acompanham a elaboração da petição inicial, o Registro


do assistido, no sistema UNIFOR Online, deverá ser constantemente atualizada com a
providência cabível.

Todo o procedimento de protocolo no Fórum fica sob a responsabilidade da Secretaria Real.

7. PROCEDIMENTOS PARA CARTAS E OFÍCIOS

Em várias situações, os alunos deverão enviar cartas para assistidos e ofícios para
Cartórios, bancos etc, para auxiliar na elaboração das petições iniciais.

O aluno deverá enviar pelo Unifor Online, através da Providência “Enviar Carta/Ofício”
para correção do professor, observando o modelo que o Professor Orientador fornecer,
preenchendo com os dados do assistido e gravando (salvar como) na pasta da equipe de
alunos com o nome do assistido e a referência à “carta”. As cartas deverão ser impressas
DUAS VIAS.

Colhendo a assinatura dos demais membros da equipe e do Professor, o aluno deverá


entregar a carta, já com o envelope preenchido, na Secretaria Real, colhendo o recebimento
na 2ª via da carta a qual será digitalizada no Registro do Assistido.

No caso de OFÍCIOS, estando correto, o aluno envia ao Professor pelo sistema Unifor On
Line, que deverá imprimir o Ofício e entregá-lo, diretamente, à Secretaria Real, através de
protocolo. Caso não exista nenhuma alteração a ser feita pelos alunos, a pedido do Defensor, o
envio será feito pela Secretaria Real.

7.1. Ofício para Exame de DNA

O LABORATÓRIO CENTRAL DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ – LACEN


realiza exames de DNA com o objetivo primordial de resolver os conflitos e evitar o processo
judicial, conforme o procedimento a seguir:

Primeiramente é necessário que as partes estejam em comum acordo;


Em regra, a Secretaria Real disponibilizará modelo de ofício. Referido ofício deverá ser
preenchido, pelos alunos, com os nomes das partes (menor, pai e mãe), números de RG e CPF
da genitora e do suposto genitor e seus respectivos endereços.
Na ausência das informações supra e nas demandas de exames para auferir a paternidade
post mortem, deverá ser elaborado ofício conforme modelo disponibilizado no diretório G:
Modelos e Informações/MATERIAL – EPJ, com pelo menos o nome de três parentes do
falecido, que deverá ser enviado ao Professor por meio do Unifor Online, que após correção,
será impresso e encaminhado ao Defensor Público para assinatura.
Somente será realizado o exame em filhos sem qualquer tipo de pai registral, ou seja, o
LACEN não fará o exame em situações de negatória de paternidade ou de dúvidas, porventura
existentes, quanto à paternidade registral, devendo essa demanda ser judicializada.
Importante ressaltar que a marcação de exames de DNA no LACEN ocorre, inicialmente,
por contato telefônico da IES com o LACEN para fins de pré-agendamento, momento em que
o laboratório informará a data disponível para realização do exame pela família. Com o
conhecimento da data disponível para a realização do exame, os discentes elaborarão ofício,
com a orientação dos professores e, então, o ofício de solicitação deverá ser protocolizado na
Secretaria Real para envio por e-mail institucional (Secretaria Real), sendo possível o
agendamento de exames, de acordo com a demanda de cada IES. Sendo assim, é indicativo
providenciar-se o quanto antes a elaboração do ofício, pré-agendamento de data e entrega do
ofício na Secretaria Real.

Informar aos interessados:


a) As partes deverão comparecer com seus documentos pessoais e o exame será
realizado no trio – mãe, pai e filho- ou, no caso de pais falecidos- mãe/pai, filho e o familiar
com o grau de parentesco mais próximo (avós maternos/paternos);

b) Pedir ao assistido que, no caso de resultado positivo do exame, informar aos


alunos se o pai reconheceu e registrou o filho para, se assim não tiver agido, ingressar com a
respectiva ação judicial.

O resultado do exame de DNA será encaminhado ao Escritório de Prática Jurídica


– EPJ. O prazo para o respectivo encaminhamento será estabelecido conforme a demanda de
cada semestre, sendo atualmente, em torno de 7 meses.

8. BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE AS AÇÕES JUDICIAIS MAIS


COMUNS NO EPJ

8.1. Ações judiciais da competência da Justiça Estadual

ADOÇÃO

A palavra adotar vem do latim adoptare que significa escolher, perfilhar, dar o seu
nome a, optar, escolher, desejar. Do ponto de vista jurídico, a adoção é um procedimento legal
que consiste em transferir todos os direitos e deveres de pais biológicos para uma família
substituta, conferindo para crianças/adolescentes/adultos todos os direitos e deveres de filho,
quando e somente quando forem esgotados todos os recursos oferecidos para que a
convivência com a família original seja mantida. A ação de adoção é cabível quando a pessoa
é abandonada, ou quando os pais naturais não têm o desejo de criar uma criança (até mesmo
por não terem condições), quando uma pessoa já está sob os cuidados de alguém há algum
tempo etc. Para uma adoção se concretizar é necessário que os genitores (genitor/genitora
conhecidos) sejam destituídos do poder familiar que possuíam em relação ao adotado.
Somente assim, abre-se a possibilidade do adotante receber o adotado como filho, e
com isso, o poder familiar passará a ser seu, com todos os direitos e obrigações. Somente os
maiores de 18 anos podem adotar, além de terem de ser 16 anos mais velhos que a pessoa a
ser adotada. Os avós e os irmãos da adotanda não poderão adotar. No caso do assistido ser
casado ou viver em união estável, a adoção terá de ser requerida por ambos. É importante
frisar que, há o risco de uma criança colocada na porta de uma pessoa ser devolvida ou
enviada para um abrigo, pois as pessoas têm de obedecer a uma fila de adotantes. Por isso,
muitas vezes é preciso que se peça aos pais naturais da criança que assinem uma declaração
de anuência e reconheçam firma, para que esta seja anexada à petição. Se não existirem os
pais, é preciso que se oriente o assistido para o perigo do envio da criança ao abrigo,
estudando a melhor solução legal para o caso. Vale ressaltar que se a criança já estiver há um
bom tempo com os adotantes, a concessão da adoção terá uma grande chance de ser exitosa,
pois o lado humano deverá imperar.
OBS.: No caso de adoção de criança e adolescente, o adotante deverá, preferencialmente, ser
encaminhado ao NADIJ (Núcleo de Defesa dos Direitos da Infância e da Juventude– Fórum Clóvis
Beviláqua).

COMPETÊNCIA

SÚMULA N. 383-STJ. A competência para processar e julgar as ações conexas de


interesse de menor é, em princípio, do foro do domicílio do detentor de sua guarda. Rel. Min.
Fernando Gonçalves, em 27/5/2009. A competência, no Estatuto da Criança e do Adolescente,
é determinada pelo domicílio dos pais ou responsável (art. 147, I, da Lei nº 8.069/90).
Somente diante da constatação da falta desses é que será determinada pelo lugar onde se
encontre o menor ou o adolescente (art. 147, II). A Justiça da Infância e da Juventude é
competente para conhecer de pedidos de adoção e seus incidentes (art.148, III). A
competência para autorizar a adoção de maiores é das Varas de Família. Neste caso não
há necessidade do consentimento dos pais biológicos do adotado, e sim do consentimento
deste, já que possui a maioridade civil.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

Arts. 39 a 52 do ECA – vide também arts. 165 a 170 ECA.


Consensual – art. 166, § 1º ECA. Necessário a declaração de concordância do pai/mãe
biológicos.
Litigiosa – É ajuizada em favor do menor e em face do requerido (pai/mãe
biológicos). Necessário o consentimento do adotando maior de 12 anos – art. 45, § 2º ECA.

VALOR DA CAUSA

Por força do disposto no artigo 291 do Código de Processo Civil, toda causa deverá
possuir valor certo, devendo ser atribuído um valor simbólico (um salário-mínimo) se o objeto
da lide não puder ser apreciado economicamente.

ENTREVISTA

Por qual motivo surgiu o desejo da adoção?


O(s) requerente(s) é(são) casado(s)? Qual sua profissão? Renda?
O cônjuge está de acordo? Qual a profissão dele? Renda?
O requerente já tem a guarda ou a tutela ou a curatela da pessoa a ser adotada? A quanto
tempo ela vive sob os seus cuidados?
Local em que está a pessoa a ser adotada?
O requerente tem parentesco com a pessoa a ser adotada?
Qual a idade do adotando e do adotante?

ROL DE DOCUMENTOS

(Cópia e Original)
a) Declaração da Defensoria;
b) RG e CPF;
c) Comprovante de endereço;
d) Certidão de casamento;
e) Comprovante de Renda;
f) Atestado de sanidade física e mental;
g) Atestado de idoneidade moral;
h) Atestado de antecedentes criminais das Polícias e das Justiças;
i) Declaração de anuência dos pais naturais;
j) Fotos se possível.

A L I M E N T O S

A ação de alimentos tem cabimento quando uma das partes legitimadas juridicamente a
propor a ação (parentes, cônjuges ou companheiros) não possui condições econômicas de
suportar o custo financeiro necessário a sustentar-se de forma compatível com sua condição
social. Deve-se ressaltar que o termo “alimentos” possui no mundo jurídico amplitude muito
maior do que o caráter alimentar, englobando desde a alimentação e lazer até a educação.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
A regulamentação jurídica da matéria encontra-se disposta no art. 1694 e seguintes do
Código Civil, bem como nas Leis n.º 5.478/68 (Lei de Alimentos), 6.515/77, arts. 19 a 23
(Lei do Divórcio) e art. 7º da Lei n,º 9278/96 (Lei da União Estável).

VALOR DA CAUSA
O valor da causa na Ação de Alimentos corresponde a doze vezes a quantia mensal
requerida pelo autor (art. 292, III do CPC).

ENTREVISTA
ØQual a ligação (vínculo) do requerente com o alimentante? (Filho, neto, ex-cônjuge, ex-
companheiro, etc.)
ØMotivo do pedido de alimentos? Deve-se comprovar a necessidade ou a dependência
econômica entre o requerente e o requerido (separação, desemprego, doença, dever de
sustento etc.)
ØO alimentante exerce alguma atividade remunerada? Qual tipo de trabalho? Onde trabalha?
Tem registro em carteira de trabalho (carteira assinada)?
ØQual a renda e as condições econômicas do alimentante?
ØQuais os gastos para a manutenção do alimentando?
ØDe que forma serão recebidos os alimentos? Pessoalmente ou através de depósito em conta
bancária já existente ou a ser aberta? Em que dia do mês deve ser efetuado o pagamento?.
ØHá testemunhas que têm conhecimento dos fatos?

ROL DE DOCUMENTOS
(Cópia e Original)
a)Declaração da Defensoria Pública (no caso de o autor ser menor, não possuindo capacidade
civil plena, o mesmo deverá ser assistido ou representado por seu representante legal);
b)Certidão de nascimento/casamento;
c)Comprovante de residência;
d)Certidão de casamento/nascimento, CPF e RG do representante do menor;
e)Rol de testemunhas (qualificação completa);
f)Documentos que comprovem as alegações que fundamentam o pedido de alimentos
(despesas médicas, dentárias, escolares, creche; se possível.)
g)Cópia do recibo de salário ou similar do alimentante (se possível);
h)Qualificação completa do alimentante;
i)Endereço completo da residência ou do local de trabalho do alimentante;
j)Cópia da decisão judicial de concessão de guarda, tutela ou curatela, no caso de incapaz não
representado/assistido por seus genitores.
NOTA 1: Nas ações em que são demandados alimentos, indicar conta bancária para
depósito destes, ou orientar à parte a abrir conta em breve. O pagamento da pensão
poderá ser realizado também mediante recibo ou através de débito em folha de
pagamento, creditando o respectivo valor em conta do alimentado ou de seu
representante legal.
NOTA 2: Deve-se requerer os alimentos provisórios e estabelecer a forma e o dia de
pagamento, requerendo que estes sejam convertidos em definitivos, também requerendo que
venha a incidir percentual sobre as vantagens salariais, com exceção dos descontos legais, em
caso de emprego formal.
NOTA 3: Deve-se informar o valor dos alimentos em percentual, indexando ao atual salário
do requerido e/ou ao salário-mínimo vigente. Informar também quanto, pelo menos em média,
ganha o alimentante. Art. 2º, LA. Fazer pedido de ofício ao empregador conforme arts. 5º, §
7º, c/c 20, LA e suas cominações sancionatórias dos arts. 21 e 22. Se não souber a renda do
alimentante, oficiar ao MTE e INSS para informar se há alguma renda formal, bem como que
seja minimamente mencionado o que ouviu falar sobre a profissão e ganhos do alimentante,
sob pena de emenda à inicial. Evitar pedidos de alimentos in natura, a fim de facilitar a
execução em caso de descumprimento.

A L V A R Á J U D I C I A L

Esse procedimento de jurisdição voluntária tem por objetivo a obtenção de ordem


judicial, comumente denominada de Alvará, em favor de um interessado, e consiste na
maioria das vezes em uma autorização, exarada pela autoridade judicante, como por exemplo,
para a venda de imóvel cujo proprietário é incapaz, ou determinando a liberação do
levantamento de quantias pecuniárias retidas a título de PIS ou FGTS independentemente de
inventário. Ressalte-se que, quando não existirem outros bens a inventariar, o Alvará Judicial
é o meio adequado para o levantamento de saldos de conta-corrente, caderneta de poupança e
benefícios previdenciários retidos pelas instituições pagadoras em virtude do falecimento dos
titulares (Lei n.º 6.858/80, Decreto n.º 85.845/1.981 e S. 161, STJ). Importante frisar que,
mesmo se tratando de procedimento de jurisdição graciosa, é indispensável a citação de todos
os interessados e a intimação do Ministério Público, bem como da Fazenda Pública, quando
verificado o interesse desta.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

A regulamentação normativa da matéria encontra-se disposta nos arts. 719 a 725


do Código de Processo Civil (Procedimentos de Jurisdição Voluntária), bem como na Lei n.º
6.858/80, no Decreto n.º 85.845/81 e S. 161, STJ e outras normas pertinentes ao objeto do
alvará, como instruções normativas de bancos, Receita Federal, etc.

VALOR DA CAUSA

O valor da causa no alvará judicial representa a soma das importâncias dos


pedidos, (ver art. 292 do CPC. Contudo, haverá casos em que não exista valor econômico
imediato apreciável, devendo nesses casos atribuir-se um valor simbólico, a fim de atender-se
ao art. 291 do CPC).

ENTREVISTA
ØQual o nome do titular da conta cujo saldo está bloqueado?
ØQual a data do falecimento do titular da conta?
ØQual o nome e qualificação do cônjuge ou companheiro?
ØDeixou dependente(s)?
ØDeixou dependentes habilitados à Pensão por Morte?
ØExiste entre os herdeiros alguém que desiste dos valores/cotas em favor
de outro? (Em caso afirmativo, utilizar formulário específico do EPJ)
ØQuala origem dos valores ou benefícios a serem sacados? (PIS/PASEP
– FGTS - Poupança /Conta-Corrente – INSS – outros)
ØExistem outros bens passíveis de inventário?

NOTA 1: Os quesitos acima apresentados são meramente exemplificativos, uma vez que,
dependendo do caso concreto, estes variarão de forma significativa.
NOTA 2: Os alvarás de competência das Varas de Família, nos quais se pedem a incidência
do percentual dos alimentos (pensão alimentícia) sobre o FGTS, não devem mais ser feitos via
petição inicial e sim através do Defensor Público da Vara que tramita o processo de alimentos,
conforme orientação da DPGE/CE. Somente se este se recusar, a exordial deverá ser
elaborada pelo EPJ.
NOTA 3: Nas declarações prestadas por escrito, por terceiros, exigir reconhecimento de firma
em cartório (exigência dos juízes).
NOTA 4: Veículo automotor, ainda que não haja bens imóveis, deverá ser objeto de inventário
pelo rito de arrolamento.
NOTA 5: Não existe a possibilidade de interposição de ações distintas de alvará para liberar
quantia e inventário para partilhar bens imóveis, devendo constar tudo em ação de inventário.

ROL DE DOCUMENTOS
(Cópia e Original)
a)Declaração da Defensoria Pública (No caso de o autor ser menor, não possuindo capacidade
civil plena, o mesmo deverá ser assistido ou representado por seu representante legal.);
b)Comprovante de residência;
c)CPF e RG (de todos os envolvidos);
d)Certidão de óbito;
e)Certidão de casamento ou nascimento;
f)Extrato atualizado da conta;
g)Declaração do (a) (s) autor (a) (es), firmada também por 02 (duas)
TESTEMUNHAS(Reconhecer firmas), afirmando que não há outros bens a inventariar além
dos já indicados; e que não há outros herdeiros além dos já habilitados, constando essa
situação nos fatos;
h)Declaração de concordância com o ajuizamento da ação pelo (a) autor (a) (es), por parte dos
demais herdeiros(Reconhecer firmas);
i)Documentação completa do(s) falecido(s) e herdeiros (RG, CPF, certidão de casamento,
certidão de óbito, profissão, estado civil, endereço com CEP e e-mail);
j)Documentação comprobatória dos bens deixados, na medida do possível;
k)Outros que se fizerem necessários;

BUSCA E APREENSÃO DE COISA

Trata-se de procedimento judicial destinado a restituir a posse de determinado


bem móvel a quem a detenha em razão de lei, acordo judicial ou sentença e dele foi
arrebatado injustificadamente por terceira pessoa.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Os aspectos processuais da presente ação estão estabelecidos nos artigos 536,
parágrafo 2º e seguintes do CPC. Já o direito material dependerá do título que o requerente
detém sobre a “res”, isto é, se é seu proprietário, possuidor ou detentor.
Caso o requerente seja proprietário do bem objeto da demanda, seu fundamento se
encontra principalmente no artigo 1288 do Código Civil, e consubstancia-se no direito de
reaver o bem de quem quer que injustificadamente o detenha. É a “reinvidicatio” dos
romanos.
Na hipótese de o assistido ser, tão somente, possuidor da “res”, o direito material
poderá ser embasado no artigo 1.210 do Código Civil. Essa fundamentação é válida para os
casos de posse tanto direta como indireta.

NOTA1: No caso de alienação de veículo sem a transferência formal – Art. 134 do CTB é
mitigado pelo art. 1.267 do CC pelo STJ – Súmula 132 STJ;

Solicitar provas da venda do veículo, documental e testemunhal (o que existir);


Pedir o bloqueio do veículo e a respectiva exclusão da responsabilidade solidária a partir do
efetivo bloqueio, por ser meio de identificar e localizar o suposto atual proprietário do
veículo, regularizar a comunicação da suposta transferência do veículo e prestigiar a boa fé da
autoridade;
Incluir o DETRAN/SEFAZ no polo passivo para o referido bloqueio, caso não se tenha
conhecimento de nada acerca do comprador do veículo.
VALOR DA CAUSA
Deve ser atribuído o valor do bem a ser apreendido.

ENTREVISTA
ØQual a coisa a ser apreendida? (Descrever o bem).
ØO assistido é proprietário, possuidor ou detentor do bem?
ØCom quem está o referido bem?
ØEm que data o assistido foi esbulhado?
ØO assistido sabe o endereço do local onde a coisa se encontra?
ØHá testemunhas que têm conhecimento dos fatos?

ROL DE DOCUMENTOS
(Cópia e Original)
a)Declaração da Defensoria Pública;
b)RG e CPF do(a) requerente;
c)Comprovante de residência;
d)Qualificação completa do demandando e endereço do local onde a coisa se encontra;
e)Documento que comprove a propriedade do bem; e
f)Rol de testemunhas ou declaração destes informando a situação do bem.

BUSCA E APREENSÃO DE MENOR


Trata-se de procedimento judicial que visa devolver a quem, por força de
dispositivo legal, acordo judicial ou sentença, possuía a guarda do menor e, por motivo
injustificado, a teve arrebatada por terceiro não legitimado a fazê-lo.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

A fundamentação jurídica da medida em tela encontra-se no Código Civil arts.


1.566, IV, 1.634, II e 1.634, VI, bem como no Código Processo Civil, arts. 536, parágrafo 2º e
seguintes.

VALOR DA CAUSA
Por força do disposto no art. 291 do Código de Processo Civil, toda causa deverá
possuir, ainda que o objeto da lide não possa ser economicamente apreciado, valor certo,
devendo ser atribuído, nesses casos, um valor meramente simbólico.

ENTREVISTA
ØQuem possui a guarda legal do menor? Com base em quê: previsão legal, acordo, sentença
ou despacho judicial?
ØQuem está com o menor atualmente?
ØComo e por que motivo ocorreu a mudança da guarda legítima?
ØQuais as provas que possui?
ØHá testemunhas que têm conhecimento dos fatos?

ROL DE DOCUMENTOS
(Cópia e Original)
a) Declaração da Defensoria Pública;
b) Carteira de Identidade do(a) requerente;
c) CPF do(a) requerente;
d) Comprovante de residência;
e) Certidão de casamento do(a) requerente;
f) Certidão de nascimento do menor;
g) Qualificação completa de quem está com o menor (nome e endereço completos);
h) Descrição da criança;
i) Declaração de testemunhas do estado em que se encontra a criança;
j) Cópia do documento que fixou a guarda em favor do(a) requerente (geralmente cópia da
divórcio ou dissolução de sociedade de fato onde ficou estabelecida a guarda legal do
menor);
k) Rol de testemunhas.

REQUERIMENTO DE MEDIDAS PROTETIVAS

Em casos de violência doméstica, que é compreendida de forma ampla,


abrangendo morte, lesão, condutas que causem sofrimento físico, sexual ou psicológico, dano
patrimonial e dano moral, o atendimento deve ser encaminhado ao Juizado de Violência
Doméstica e Familiar contra a Mulher criado pela Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha)
para fins de requerimento de medidas liminares de proteção à ofendida.

NOTA: em relação à união estável, vide STJ - RESP 93582/RJ.

CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO

É o instituto jurídico colocado à disposição do devedor para que este, ante o


obstáculo ao reconhecimento criado pelo credor ou quaisquer outras circunstâncias
impeditivas do pagamento, exerça, por depósito judicial da coisa devida, o direito de
pagamento, libertando-se do liame obrigacional. Para Maria Helena Diniz, o Pagamento em
Consignação pode ser definido como o meio indireto de o devedor exonerar-se do liame
obrigacional, consistente no depósito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa
devida, nos casos e formas da lei (art. 334, CC). A Consignação pode ter como objeto bens
móveis e imóveis. Libera o devedor do vínculo obrigacional, isentando-o dos riscos e de
eventual obrigação de pagar os efeitos decorrentes da mora. Quanto à Legitimidade Ativa, a
detém o devedor, assim como o terceiro interessado no pagamento, como ainda o terceiro
desinteressado, que o faz em nome do devedor e sem oposição deste. Já na legitimidade
passiva temos todo aquele que se intitula credor.
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
A Consignação em Pagamento, como forma de extinção da obrigação, encontra
amparo nos arts. 334 e seguintes do Código Civil, bem como nos arts. 539 e seguintes do
Código de Processo Civil e ainda no art. 58 da Lei nº 8.245/91.

VALOR DA CAUSA
Nesse tipo de ação, o valor da causa dependerá do objeto do pagamento. De
acordo com o estabelecido no arts. 292 do CPC, quando se tratar de Consignação de um bem
certo, o valor da causa será o valor do bem. Já quando o objeto da ação for a consignação de
dívida que vence em parcelas, o valor da causa será o valor das parcelas vincendas até o limite
de uma anuidade.

ENTREVISTA

Como se originou a obrigação?


Quem é o credor requerido?
Qual o valor da obrigação ou do objeto alvo da consignação?
Local, tempo e forma de cumprimento da obrigação?
Qual o motivo da recusa ao cumprimento da obrigação?
Como caracterizar a recusa? Como prová-la?
Existem documentos de caracterização da mora?
O requerente tentou a consignação extrajudicial?
Houve recusa do credor junto à financeira?

ROL DE DOCUMENTOS
(Cópia e Original)

a) Declaração da Defensoria Pública;


b) RG e CPF;
c) Comprovante de endereço;
d) Se o polo ativo for pessoa jurídica, o contrato social;
e) O contrato ou o documento que firmou a obrigação;
f) Extratos, boleto de cobrança;
g) Correspondências trocadas entre as partes;
h) Rol de testemunhas;
i)Outros que se fizer necessário.

CONVERSÃO DE SEPARAÇÃO EM DIVÓRCIO

A ação de conversão da separação judicial em divórcio é a medida jurídica apta a


romper de forma definitiva o liame jurídico existente entre os cônjuges separados
judicialmente. Importante frisar que é possível ajuizá-la tanto na forma consensual como na
forma litigiosa (na forma consensual, ambos os cônjuges devem assinar a inicial).

NOTA1: Deve-se observar o foro competente para a ação de divórcio, in verbis: “Art. 53. É
competente o foro: I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou
dissolução de união estável: a) de domicílio do guardião de filho incapaz; b) do último domicílio do casal, caso
não haja filho incapaz; c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal;”.

NOTA2: A Emenda Constitucional nº 66/2010, ao dar nova redação ao § 6º do art. 226 da


Constituição Federal, que dispõe sobre a dissolubilidade do casamento civil pelo divórcio,
efetivamente suprimiu, do texto constitucional, o requisito de prévia separação judicial.
Alguns juristas entendem que a emenda não revogou automaticamente a legislação
infraconstitucional que regulamenta a matéria. Para que isso ocorra, seria indispensável a
modificação do Código Civil, que, por ora, preserva em pleno vigor os dispositivos atinentes à
separação judicial e ao divórcio; outros juristas, porém, entendem que a EC nº 66/2010
eliminou o prazo para o divórcio que poderá ser requerido de forma direta, sem o lapso
mínimo de um ano a contar da separação judicial ou de dois anos no caso de separação de
fato.

NOTA 3: Devido a enorme divergência entre os juízes sobre se ainda existiria ou não a
conversão de separação em divórcio, todas essas ações devem agora conter um pedido
alternativo, no sentido de que se o juiz considerar que não mais existe a possibilidade jurídica
do pedido de conversão de separação judicial em divórcio que seja decretado o divórcio do
casal.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
A conversão da separação judicial em divórcio está disciplinada na Lei n.º
6.515/77, arts. 25 e 35 a 37, bem como no Código Civil, arts. 1.571 e seu §1º e 1580 e seu
§1º.

VALOR DA CAUSA
O valor da causa será fixado de acordo com as peculiaridades do caso. Contudo,
na ausência de interesses patrimoniais, deverá ser fixado um valor simbólico por força do
artigo 291 do Código de Processo Civil.

ENTREVISTA
ØHá quanto tempo estão separados?
ØQuando foi determinada a separação? (data do trânsito em julgado da decisão judicial que
separou os cônjuges)
ØA sentença de separação judicial ou de corpos já foi averbada à certidão de casamento?
ØPossuem filhos? (nomes e idades)
ØJá foi fixado pagamento de pensão na separação na judicial?
ØPara quem foi determinado o pagamento de pensão (para os filhos e o cônjuge ou só para um
destes)?
ØQual o valor da pensão estabelecida na separação? Esse valor será mantido ou será alterado?
ØOs bens já foram divididos? (se não, descrevê-los minuciosamente)
1.Os divorciandos voltarão a usar o nome de solteiros?
OBS.: Os quesitos acima enumerados são meramente exemplificativos, uma vez que,
dependendo do caso concreto estes variarão de forma significativa.

ROL DE DOCUMENTOS
(Cópia e Original)
a)Declaração da Defensoria Pública;
b)RG (se consensual, de ambos);
c)CPF (se consensual, de ambos);
d)Comprovante de residência (se consensual, de ambos);
e)Certidão de casamento com a separação averbada;
f)Cópia da sentença (quando litigiosa);
g)Certidão de nascimento dos filhos menores;
h)Documentos dos bens (móveis, imóveis – registro, contrato de compra, etc.);
i)Nome, endereço e identidade de três testemunhas;
j)Outros, de acordo com a situação fática.

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA QUE RECONHEÇA A EXIGIBILIDADE DE


OBRIGAÇÃO DE PRESTAR ALIMENTOS

Uma vez verificada a inadimplência da obrigação alimentícia (total ou parcial) por


parte do devedor (alimentante), COM BASE EM TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL
(SENTENÇA), caberá ao credor ou seu representante legal iniciar o procedimento coercitivo
jurisdicional hábil a efetivar o adimplemento da obrigação alimentar fixada pela autoridade
judicante, qual seja, o Cumprimento de Sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação
de prestar alimentos.
Vale ressaltar que a legislação trata a matéria de forma diferenciada, facultando ao
autor da ação optar pela forma de coerção a ser utilizada na busca pelo pagamento do débito.
Este pode optar pela possibilidade de decretação da prisão civil (com base no art. 528,
parágrafo 7º do CPC), cujo débito autorizador desta corresponderá até as 03 (três) prestações
anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no urso do processo.
Cuidado para NÃO mesclar os procedimentos, verificando a adequação do rito, se
com base no Art. 528, parágrafo 7º (S. 309, STJ) ou Art. 528, caput, (pedir penhora conforme
o art. 829 e ss. c/c penhora on line com base no Art. 854, todos do CPC.
Quando o rito não for pela prisão, o cumprimento para pagar é na própria vara,
direto com o defensor desta.
Quando a sentença for proferida por um Juízo do interior do Estado, o
cumprimento poderá ser elaborado pelo EPJ.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Fundamenta-se a presente ação no art. 515, I e II do CPC, nos artigos 528, 528,
parágrafos 3º e 7º e 529 (título executivo judicial) bem como na Lei de Alimentos (5.478/68),
principalmente em seu art. 13. Para os casos de execução de alimentos com fundamento no
art. 528, parágrafo 7º (possibilidade de prisão civil) do CPC, deve-se incluir a Súmula
309 do STJ.
VALOR DA CAUSA
Na execução de alimentos, o valor da causa corresponde ao montante total da
dívida, que se configura como a soma de todas as prestações atrasadas, acrescidas de juros e
correção monetária. Vide art. 292, III do CPC.

ENTREVISTA
ØQual a origem da obrigação alimentícia? Em que tipo de ação foram fixados os alimentos?
(dados completos do processo e de sua sentença – vara, número);
ØQual o valor fixado a título de pensão alimentícia?
ØQual a forma de pagamento da pensão?
ØQuais os meses que estão em atraso?
ØJá houve o pagamento de algum valor durante o período em que alega que a pensão está
atrasada? Quando e quanto?
ØO devedor possui algum bem em seu nome? (para execução com base no art. 528, caput do
CPC)
ØO executado está trabalhando? Onde? Possui registro na carteira de trabalho?

ROL DE DOCUMENTOS
(Cópia e Original)
a)Declaração da Defensoria Pública;
b)Certidão de nascimento dos filhos titulares da pensão;
c)Carteira de Identidade do representante legal dos menores;
d)CPF do representante legal dos menores;
e)Comprovante de residência;
f)Anexar título judicial;
g)Qualificação completa do alimentante;
Relação dos meses em atraso (retrato do débito).

NOTA 1: Somente os últimos três meses são sujeitos à execução fundamentada no artigo 528,
parágrafo 7º do CPC (prisão civil). Nas ações de execução de alimentos pelo rito do artigo
528, parágrafo 7º do CPC sempre colocar uma tabela contendo os últimos 03 (três) meses em
atraso e nunca requerer mais de 03(três) meses ou juntar o procedimento do artigo 528 do
CPC com o procedimento do artigo 528, parágrafo 7º do CPC na mesma petição;
NOTA 2: As execuções de alimentos de dívidas pretéritas (artigo 528 caput do CPC) não
mais devem ser propostas via petição inicial e sim através do Defensor Público da Vara, com
exceção para os casos de mudança de domicílio do credor dos alimentos (pensão).
NOTA 3: As petições iniciais para cumprimento de sentença e execução, nesta matéria, serão
elaboradas por setor próprio instalado na Sede da Defensoria Pública do Estado do Ceará –
Por gentileza, confirmar a informação a cada novo semestre, conforme orientações da
DPGE/CE.
C U R A T E L A
É inerente ao homem a capacidade de ser titular de direitos e obrigações, estando
isso condicionado tão-somente ao seu nascimento com vida. Já a capacidade de exercitar
pessoalmente seus direitos e de adimplir suas obrigações fica vinculada ao preenchimento de
certos requisitos elencados por lei. Assim, se por algum motivo de ordem física ou psíquica o
indivíduo capaz civilmente (maior de idade) não possui a capacidade de gerenciar os atos de
sua vida civil (arts. 747 a 758 do CPC, bem como 1.767 do CC), poderá ser requerida sua
interdição e a nomeação de um responsável pelo gerenciamento de seus interesses (curador).

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Fundamenta-se a interdição nos arts. 4º, III, 1.767 a 1.783-A do CC, bem como é
regulada pelos artigos 747 a 758 do CPC.
Legitimidade ativa – art. 1.775 CC, art. 747 CPC.
Deficiência – arts. 3º e 4º, art. 1.767 CC c/c art. 2º e arts. 84 e 86 da Lei nº 13.146/2015
(Estatuto da Pessoa com Deficiência).
Necessidade e limites da Curatela – arts. 84 e 85 da Lei nº 13.146/2015 e 1.778 do Código
Civil, arts. 755, I e 757 do CPC, especialmente explicando porque não é possível a Tomada de
Decisão Apoiada prevista na Lei nº 13.146/2015.
Do Curador – arts. 1.775 e 1.775-A do CC, art. 755, § 1º do CPC
Rito Processual – art. 749 e segs. do CPC.
Da Curatela Provisória – art. 87 da Lei nº 13.146/2015, art. 749, parágrafo único do CPC.
Pedido de deferimento da Curatela Provisória com nomeação de curador(a) provisório, para
representação sobretudo no órgão previdenciário, para recebe os proventos, de nítido caráter
alimentar.
Pedido de Citação para entrevista do curatelado.
pedido de nomeação de curador especial caso o curatelado não apresente impugnação no
prazo de 15 dias (art. 751, § 2º c/c art. 72 do CPC).
Realização de Perícia Médica (art. 753, § 2º do CPC).
Intimação do MP para emitir parecer final (art. 752, § 1º do CPC.
Pedido de reconhecimento de que o curatelado encontra-se na situação de deficiente –
declarar que o impedimento de longo prazo obstrui a participação plena e efetiva na
sociedade, fixar os limites da curatela, fixar prazo final para a curatela.

Nos casos de REMOÇÃO/DISPENSA de CURADOR fundamentar no Art. 761 e


ss. do CPC.

VALOR DA CAUSA
De acordo com o disposto no art. 291 do CPC, deve-se atribuir à causa um valor
simbólico.

ENTREVISTA
ØQual o objetivo do pedido de interdição?
ØQual o seu parentesco com o interditando?
ØQuais as limitações físicas e mentais do interditando?
ØQual a origem e que tipo de doença ou anomalia possui o interditando? (descrever
detalhadamente as características da doença ou da deficiência, indicando inclusive o Código
Internacional da Doença - CID);
ØToma alguma medicação? Qual?
ØJá esteve internado? Quando? Onde? Por quê?
ØO interditando é alfabetizado?
ØQual o estado civil do interditando?
ØQuem o auxilia nas tarefas do dia a dia e pessoais?
ØO interditando possui filhos? (caso possua, pedir cópia das certidões de nascimento)
ØCom quem reside o interditando?
ØPossui, o interditado, algum bem em seu nome? Quais?
ØPossui, o interditado, alguma fonte de renda? Qual? Valor?

ROL DE DOCUMENTOS
(Cópia e Original)
 Declaração da Defensoria Pública;
 CPF e Carteira de Identidade do requerente e do interditando;
 Certidão de casamento/nascimento do requerente e do interditando;
 Comprovante de residência;
 Atestado médico com CID (Código Internacional de doenças);
 Receitas médicas;
 No caso de possuir renda, juntar cópia do demonstrativo;
 No caso de possuir bens, juntar cópia dos comprovantes de propriedade;
 No caso de possuir filhos, juntar cópia das certidões de nascimento;
 Declaração de anuência dos filhos e/ou demais parentes;
Quesitação respondida pelo médico responsável (ver nota 3 deste tópico).

NOTA 1: Caso o assistido tenha condições, solicitar 2 (dois) atestados médicos com CID
(Código Internacional de doenças) elaborados por 2 médicos diferentes, pois dessa forma o
assistido ganha tempo, não mais sendo submetido, o interditando, a realização de perícia
médica no Fórum Estadual Clóvis Beviláqua;
NOTA 2: A partir da Lei nº 13.146/2015, com vigência no início de 2016, instituiu-se a Lei
Brasileira de Inclusão das Pessoas com Deficiência. Houve mudança substancial no
tratamento conferido às pessoas com deficiência, restando a interdição judicial destinada,
primordialmente, às questões de natureza patrimonial e negocial, conforme artigo 85 da
referida lei. Nasce a partir da referida legislação, o instituto da Tomada de Decisão Apoiada,
que consiste, conforme Art. 1.783-A do CC, no processo pelo qual a pessoa com deficiência
elege pelo menos 2 (duas) pessoas idoneas, com as quais mantenha vínculos e que gozem de
sua confiança, para prestar-lhe apoio na tomada de decisão sobre atos da vida civil,
fornecendo-lhes os elementos e informaçoes necessárias para que possa exercer sua
capacidade.
NOTA 3: Com o advento da Lei n.º 13.146/2015, que institui a Lei Brasileira de Inclusão da
Pessoa com Deficiência ou Estatuto da Pessoa com Deficiência, é necessária a avaliação
biopsicossocial da pessoa considerada com deficiência, sendo imprescindível que sejam
prestados esclarecimentos, por profissional competente, que indiquem os impedimentos de
natureza física, mental, intelectual ou sensorial, a sua temporalidade ou não, e o
comprometimento da pessoa na participação plena e efetiva em sociedade, a fim de que os
legitimados por lei possam requerer perante o Poder Judiciário a curatela daquela pessoa.
Assim, faz-se necessário o encaminhamento do assistido para o médico responsável pelo seu
atendimento, que deverá elabora e assinar Laudo Médico, com o preenchimento da seguinte
quesitação básica:

QUESITAÇÃO (RESPONDIDA POR UM MÉDICO):


Ø O interditando é portador de transtorno de natureza física, mental, intelectual ou sensorial,
de causa transitória ou permanente?
Ø Tratando-se de deficiência física, qual sistema orgânico comprometido, a etiologia e a
classificação na CID-10?
ØTratando-se de deficiência mental, cuida-se do retardo mental ou de quadro psicopatológico,
quais sejam, transtornos psicóticos, neuróticos, psicopáticos ou demência?
ØQual o grau, a etiologia e a classificação na CID-10 da deficiência mental indicada?
ØQual o quadro psicopatológico indicado na etiologia e classificação da CID-10?
ØO transtorno mental indicado impede de praticar atos de natureza patrimonial e negocial?
Justificar.
ØO transtorno mental indicado determina a incapacidade civil?
ØQual a forma da incapacidade civil assentada?
ØA incapacidade civil é transitória ou permanente?
ØTratando-se de deficiência intelectual, existe comprometimento da manifestação de vontade
ou prejuízo do discernimento? Justificar.
ØPor favor, apresente o médico esclarecimentos adicionais que considere necessário.

D E C L A R A T Ó R I A D E M A T E R N I D A D E /P A T E R N I D A D E

O reconhecimento dos filhos poderá ser feito por manifestação direta expressa de
quem deseja reconhecer a relação jurídica de parentesco, qual seja, a filiação, perante o juiz,
ainda que o reconhecimento não haja sido o objeto único e principal do ato que contém. Trata-
se de ação declaratória, posto que se busca tão-somente a manifestação judicial acerca da
existência ou da inexistência de determinada relação jurídica.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Respalda-se a presente ação no Código Civil, arts. 1.607 a 1.617, bem como no
Código de Processo Civil, arts. 19, 20 e 719 a 725..

VALOR DA CAUSA

De acordo com o disposto no art. 291 do CPC, deve-se atribuir à causa um valor
simbólico.
ENTREVISTA
ØQue tipo de relacionamento existe ou existia entre os pais do menor?
ØQuando da concepção do menor, os genitores moravam juntos?
ØQual o motivo de o declarante não ter registrado o filho na época do nascimento?
ØOs genitores possuem outros filhos em comum?
ØJá procederam algum tipo de exame para se apurar a paternidade?

ROL DE DOCUMENTOS
(Cópia e Original)
a)Declaração da Defensoria Pública;
b)RG e CPF;
c)Comprovante de residência;
d)Certidão de nascimento do menor;
e)Declaração de reconhecimento de paternidade/maternidade com firma reconhecida;
f)Rol de testemunhas.

D I V Ó R C I O C O N S E N S U A L

A Ação de Divórcio Consensual poderá ser interposta quando ambas as partes não
vislumbrem mais a possibilidade de manter a convivência matrimonial. Com o advento da
Emenda Constitucional nº 66/2010, que alterou o §6º da Constituição Federal, não é
necessária a demonstração do lapso temporal da separação judicial ou de fato para requerer o
divórcio, podendo ocorrer a qualquer tempo, bastando a conveniência de ambas as partes.
Faz-se necessária a existência de consenso entre as partes, bem como que sejam
acordadas as cláusulas relativas a guarda dos filhos menores, direito de visitas, pensão
alimentícia, utilização do nome e partilha de bens.
Deve-se especificar no pedido as demais matérias envolvidas (Guarda, Alimentos,
Regulamentação de Visitas e Partilha de bens e retorno ao nome de solteiro(a) do cônjuge) e
pedido de expedição de ofício ao Cartório para as averbações necessárias com a ressalva de
que os autores são beneficiários da justiça gratuita e assim estão isentos do pagamento de
taxas e emolumentos cartorários.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
A matéria é regida pela Lei n.º 6.515/77, art. 2º, inciso IV e seu parágrafo único,
24 a 33, e principalmente art. 40 e seus parágrafos, bem como pelo Código Civil,
especialmente nos artigos 1.579 a 1.582 e Constituição Federal, art. 226, §6º (Alterado pela
Emenda Constitucional nº 66/2010). No CPC, a matéria regulamentada encontra-se nos
artigos 731 a 733.

VALOR DA CAUSA
Havendo bens a serem partilhados, o valor da causa corresponde à soma de todos
os bens. Caso seja estabelecida pensão alimentícia, adiciona-se o valor correspondente à soma
de doze prestações mensais. Caso contrário, atender ao artigo 291 do CPC.
ENTREVISTA
ØQuando o casal convalidou núpcias?
ØQual o regime de bens adotado?
ØQuando se deu a separação de fato do casal?
ØPossuem filhos? (nomes e idades)
ØQual cônjuge será responsável pela guarda dos filhos?
ØQual a modalidade de guarda adotada pelo casal e como se dará? Observe-se que a partir da
lei 13058/2014 a regra é a da guarda compartilhada. Vide ainda art. 1584, parágrafo 2 º do
Código Civil de 2002.
ØQual o regime de visita dos filhos? (Observar o disposto no art. 731, III do CPC)
ØHaverá pagamento de pensão para os filhos?
ØE para o cônjuge, haverá pensão?
ØExistem bens a partilhar? (descrever, inclusive com valores)
ØComo se dará a partilha dos bens?
ØO cônjuge virago voltará a utilizar o nome de solteira?

ROL DE DOCUMENTOS
(Cópia e Original)
a)Declaração da Defensoria Pública;
b)Comprovante de residência;
c)RG e CPF (de ambos);
d)Certidão de casamento;
e)Certidão de nascimento dos filhos;
f)Documentos dos bens;
g)Termo de ratificação.

NOTA 1: Quando se confirmar a possibilidade de acordo entre os cônjuges, dever-se-á


marcar uma sessão de mediação, tendo que ter para isso, a documentação básica de
nosso assistido (RG, CPF e COMPROVANTE DE ENDEREÇO).
NOTA 2: Legitimidade nas ações de Divórcio apenas dos cônjuges, mesmo havendo acordo
de alimentos para os filhos;
NOTA 3: É possível cumular as demais matérias envolvidas (Guarda, Alimentos,
Regulamentação de Visitas, Partilha de Bens (deixar bem claro como será feita, responsável
pela venda, período, etc.) - art. 1.581 CC;
NOTA 4: Caso seja mais interessante à parte somente o divórcio, justificar a não inclusão das
demais matérias;
NOTA 5: Retorno ao nome de solteira (pedir a expedição de ofício ao cartório para as
averbações necessárias, inclusive, se for o caso, a averbação nas certidões de nascimento dos
filhos para constar o nome de solteira da mãe);
NOTA 6: No caso de partilha de bem construído em terreno de terceiro ou bens sem
documentação, juntar fotos do imóvel, declaração da ENEL ou CAGECE, etc., a fim de
comprovar a existência do mesmo e o vínculo com os cônjuges;
NOTA 7: Aluguel de uma parte para a outra, somente é cabível após a partilha de bens do
casal, ou antes desta, se houver meio de identificação da fração ideal a quem fazem jus cada
um dos cônjuges.

D I V Ó R C I O L I T I G I O S O

Para o ajuizamento dessa ação, com o advento da Emenda Constitucional nº


66/2010, que alterou o §6º da Constituição Federal, o casal não necessita comprovar o lapso
temporal da separação de fato, podendo ocorrer a qualquer tempo. Tal qual o Divórcio
Consensual, diferindo deste tão-somente porque as partes não entraram em acordo quanto aos
termos do divórcio.

NOTA 1: Não cumular com pedido de pensão alimentícia para os filhos menores, uma vez
que a ação de divórcio, por ser litigiosa, pode ser protelada sem que se fixem os alimentos, o
que causaria enorme prejuízo à parte requerente.
NOTA 2: As ações de divórcio litigioso devem ser cumulados os pedidos de: quebra do
vínculo conjugal e matrimonial, mudança de nome de casado, partilha de bens (mesmo que se
tratar somente de posse), alimentos para o cônjuge, guarda e direito de visita. Quanto ao nome
de casado, a petição, deverá conter apenas um parágrafo genérico informando que caso o (s)
cônjuge(s) tenha(m) modificado o nome por ocasião do casamento, que deseja(m) o seu
retorno ao nome do solteiro. Deve-se lembrar, ainda, de nunca se discutir culpa em divórcio
litigioso.
NOTA 3: No caso de requerimento de alimentos para o cônjuge, estes devem ser requeridos a
título de tutela antecipada.
NOTA 4: A QUESTÃO DA TENTATIVA DE MEDIAÇÃO/CONCILIAÇÃO. O artigo
694 do CPC prevê que todos os esforços serão empreendidos para a solução consensual da
controvérsia, devendo o juiz dispor do auxílio de profissionais de outras áreas de
conhecimento para a mediação e conciliação, podendo ainda, a pedido das partes, haver a
suspensão do processo por parte do juiz enquanto os litigantes se submetem a mediação
extrajudicial ou a atendimento multidisciplinar.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Respalda-se na Lei n.º 6.515/77 e no Código Civil, especialmente nos artigos 40 daquela e
1.580 a 1.582, deste e Constituição Federal, art. 226, §6º (Alterado pela Emenda
Constitucional nº 66/2010). No CPC/2015, a matéria está regulamentada entre os artigos
693 a 699 (Processos contenciosos de família).

VALOR DA CAUSA
Havendo bens a serem partilhados, o valor da causa corresponde à soma de todos
os bens; caso seja estabelecida pensão alimentícia, adiciona-se o valor correspondente à soma
de doze prestações mensais; caso contrário, atender ao artigo 291 do CPC.

ENTREVISTA
ØQuando o casal convalidou núpcias?
ØQual o regime de bens adotado?
ØPossuem filhos? (nomes e idades)
ØQual cônjuge será responsável pela guarda dos filhos?
ØQual a modalidade de guarda escolhida e como se dará?
ØQual o regime de visita dos filhos?
ØHaverá pagamento de pensão para os filhos?
ØE para os cônjuges, haverá pensão?
ØExistem bens a partilhar? (descrever inclusive com valores)
ØComo se dará a partilha dos bens?
ØO cônjuge virago voltará a utilizar o nome de solteira?

ROL DE DOCUMENTOS
(Cópia e Original)
a)Declaração da Defensoria Pública;
b)Comprovante de residência;
c)RG e CPF (de ambos)
d)Certidão de casamento;
e)Certidão de nascimento dos filhos;
f)Documentos dos bens;
g)Rol de testemunhas.

EXECUÇÃO DE ALIMENTOS COM BASE EM TÍTULO EXECUTIVO


EXTRAJUDICIAL
Uma vez verificada a inadimplência da obrigação alimentícia (total ou parcial)
aferida em TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL por parte do devedor (alimentante),
conforme artigos 911 e seu parágrafo único e art. 912 do CPC, caberá ao credor ou seu
representante legal iniciar o procedimento coercitivo jurisdicional hábil a efetivar o
adimplemento da obrigação alimentar fixada pela autoridade judicante, qual seja, o Processo
de Execução de Alimentos que reconheça a exigibilidade de obrigação de prestar alimentos.
Vale ressaltar que a legislação trata a matéria de forma diferenciada, facultando ao
autor da ação optar pela forma de coerção a ser utilizada na busca pelo pagamento do débito.
Este pode optar pela possibilidade de decretação da prisão civil (com base no art. 528,
parágrafos do CPC, previsão dada pelo parágrafo único do artigo 911 do CPC), cujo débito
autorizador desta corresponderá até as 03 (três) prestações anteriores ao ajuizamento da
execução e as que se vencerem no urso do processo.
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Fundamenta-se a presente ação no art. 911, parágrafo único, e 912 do CPC (título
executivo extrajudicial), bem como na Lei de Alimentos (5.478/68), principalmente em seu
art. 13, como também no art. 528, caput e § 7º, do CPC.

VALOR DA CAUSA
Na execução de alimentos, o valor da causa corresponde ao montante total da
dívida, que se configura como a soma de todas as prestações atrasadas, acrescidas de juros e
correção monetária. Vide art. 292, VI do CPC.
ENTREVISTA
ØQual a origem da obrigação alimentícia? Vide artigo 784 do CPC (títulos executivos
extrajudiciais).
ØQual o valor fixado a título de pensão alimentícia?
ØQual a forma de pagamento da pensão?
ØQuais os meses que estão em atraso?
ØJá houve o pagamento de algum valor durante o período em que alega que a pensão está
atrasada? Quando e quanto?
ØO devedor possui algum bem em seu nome? (para execução com base no art. 528, caput do
CPC)
ØO executado está trabalhando? Onde? Possui registro na carteira de trabalho?

ROL DE DOCUMENTOS
(Cópia e Original)
h)Declaração da Defensoria Pública;
i)Certidão de nascimento dos filhos titulares da pensão;
j)Carteira de Identidade do representante legal dos menores;
k)CPF do representante legal dos menores;
l)Comprovante de residência;
m)Anexar título extrajudicial;
n)Qualificação completa do alimentante;
o)Relação dos meses em atraso (retrato do débito).

NOTA 1: Somente os últimos três meses são sujeitos à execução fundamentada no artigo
528, parágrafo 7º do CPC (prisão civil). Nas ações de execução de alimentos pelo rito do
artigo 528, parágrafo 7º do CPC sempre colocar uma tabela contendo os últimos 03 (três)
meses em atraso e nunca requerer mais de 03(três) meses.

EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS

A obrigação alimentícia não perdura eternamente. Ocorrendo algum fato, previsto


ou não em lei, que modifique a situação em que se encontra o alimentando e que caracterize a
desnecessidade da continuidade da prestação de pensão alimentícia, poderá o alimentante
recorrer ao Poder Judiciário, para suspender ou extinguir a obrigação alimentar. Tal situação
poderá ocorrer, por exemplo:

Pela maioridade ou emancipação do menor alimentando;


Pelo casamento, união estável ou concubinato do credor e
Pela demonstração, em juízo, de que o parente, cônjuge ou companheiro não mais se
encontra em situação que justifique os alimentos.
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
A fundamentação jurídica da Ação de Exoneração de Alimentos repousa nos arts.
5º, 1.699 e 1.708 e seu parágrafo único, todos do Código Civil, bem como no art. 15 da Lei de
Alimentos (Lei n.º 5.478/68).

VALOR DA CAUSA
Por analogia à Ação de Alimentos (art. 291, III do CPC) o valor da causa na ação
de exoneração de alimentos será o equivalente a doze (12) vezes o valor atual da pensão.

ENTREVISTA
ØQuando foi fixado o pagamento da pensão? Em que ação? (dados completos do processo)
ØOs alimentos são pagos em dinheiro ou “in natura”? (detalhar)
ØQual o valor atual da pensão?
ØÉ efetuado desconto em folha de pagamento? Qual o empregador? (endereço completo)
ØEstá em dia com o pagamento da pensão alimentícia?
ØQual fundamentação para justificar a exoneração da pensão? (motivos)
ØQuais as provas que possui?
ØHá testemunhas que têm conhecimento dos fatos?

ROL DE DOCUMENTOS
(Cópia e Original)
a) Declaração da Defensoria Pública;
b) Carteira de Identidade e CPF;
c) Comprovante de residência;
d)Documentos que comprovem as alegações que fundamentam o pedido de exoneração ou
suspensão de alimentos (despesas médicas com doença grave do devedor; certidão de
nascimento do filho que alcançou a maioridade ou emancipação, certidão de casamento do
alimentado, etc.);
e)Endereço completo do empregador do alimentante (caso os alimentos sejam pagos mediante
desconto em folha de pagamento);
f)Cópia da sentença que fixou os alimentos;
g)Rol de testemunhas.

GUARDA JUDICIAL
A ação de guarda tem o objetivo de estabelecer a um dos genitores (Guarda
Unilateral) ou a ambos (Guarda compartilhada) a responsabilidade de guardar o filho
enquanto menor, mantendo vigilância no exercício de sua custódia.
A Lei nº 13.058/14 estabeleceu que a regra é a guarda compartilhada e não mais a
unilateral. Ressalta-se que esta é a regra, mas nada obsta de ser decidida a guarda em favor de
um dos pais.
Em suma, a guarda estabelece a uma pessoa, através de lei ou de uma decisão
judicial, uma série de direitos e deveres a serem exercidos, protegendo e provendo as
necessidades de um menor que dele necessite.
Ela também é muito utilizada para inserir uma criança ou adolescente em uma
família substituta, com o fim de dar a eles tudo o que não recebiam de sua família biológica.
Vale ressaltar que a Ação de Guarda pode ser ajuizada de duas formas: a
consensual e a litigiosa. Na consensual existe concordância entre as partes no que se refere
com quem ficará a guarda do menor (Unilateral) ou se esta seguirá a regra (Compartilhada).
Já na litigiosa, faz-se necessária a produção de provas no sentido de demonstrar que a guarda
deve ficar somente com um dos pais, permanecendo para o outro o direito de visitas. O pedido
pode ser realizado a qualquer momento por qualquer parente que demonstre afinidade com o
menor, ressaltando-se, ainda, que a decisão que fixa a guarda não transita em julgado,
podendo ser modificada a qualquer tempo.
É bom que se diga que ela pode ser dada de forma provisória, dentro de uma ação
de adoção, de tutela e na própria ação de guarda. Nesta última, ao término da ação, ela deverá
se transformar em definitiva, enquanto nas outras duas poderá ao final serem dadas a adoção e
a tutela, respectivamente.
Os pedidos de guarda, seja unilateral ou compartilhada, devem estar
fundamentados nos fatos descritos na petição conforme a real intenção do assistido em ter a
guarda ou exercer o direito de visitas. Fixar claramente a residência do filho e determinar
minimamente datas e períodos de convivência ou visitas.
NOTA 1: GUARDA – COLOCAÇÃO EM FAMÍLIA SUBSTITUTA – Arts. 33 a 35 do ECA
e procedimento, arts. 165 e segs. do ECA.
Litigiosa: é ajuizada em favor do(a) menor e em face do(a) requerido(a) pais do menor;
Consensual: art. 166 e parágrafos do ECA. É ajuizada em favor do menor – anexar declaração
de concordância dos pais biológicos; Ouvida do adolescente maior de 12 anos – art. 28, § 2º
do ECA; requerer a intimação dos pais para confirmar a concordância perante a autoridade
judicial (art. 166,§ 1º do ECA).
Em sede de tutela provisória de urgência, formular pedido de guarda provisória sob termo de
compromisso; e art. 23 c/c 170 do ECA.
Anexar atestado de idoneidade moral assinado por duas testemunhas.
No caso de a guarda não ser para os pais, justificar detalhadamente os motivos pelos quais os
genitores não podem exercê-la.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
A presente ação respalda-se nos arts. 1.583 a 1.590 do Código Civil, bem como
nos arts. 33 e seguintes do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n.º 8.069/90) e ainda nos
arts. 9º e seguintes da Lei de Divórcio ( Lei n.º 6.515/77).

VALOR DA CAUSA
Respeitando o disposto no art. 291 do CPC, deve-se atribuir um valor simbólico à
presente ação.

ENTREVISTA
ØQual o seu grau de parentesco com o menor?
ØNunca se deu entrada judicialmente para se pleitear a guarda?
ØPor quê o assistido deseja a guarda?
ØExiste algum motivo praticado pelo réu que fundamenta este pedido?
ØO menor vive com o requerente desde quando?
ØComo é o meio em que o menor passará a viver caso seja deferido o pedido de guarda?
ØQual a profissão do requerente?
ØQue provas possui sobre os fatos narrados?

ØHá documentos (escritos, fotos, cartões) que comprovam o alegado?

ØHá testemunhas que têm conhecimento dos fatos?

ROL DE DOCUMENTOS
(Cópia e Original)
a) Declaração da Defensoria Pública;
b) Carteira de Identidade e CPF;
c) Comprovante de residência;
d) Certidão de casamento/nascimento do assistido;
e) Certidão de nascimento do menor;
f) Rol de testemunhas;
g)Documentos/fotos que comprovem as alegações que fundamentam o pedido de guarda;
h)Qualificação completa do requerido;
i)Se a guarda for requerida por alguém que não seja um dos genitores, anexar declaração de
anuência dos pais biológicos. Estes devem assinar uma declaração consentindo com a guarda,
tendo de reconhecer firma, como também, anexar declaração de idoneidade moral e atestado de
sanidade mental e física.

INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL OU MORAL

Aquele que pratica uma ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,


violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito e
fica obrigado a reparar o dano. A ação de indenização visa reparar os danos provenientes
destas ações e omissões.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Art.186 e seguintes e Art. 944 e seguintes do Código Civil, Art.5º, V e X da
Constituição Federal de 1988, além dos arts. 12 e 14 da Lei 8.078/1990 (Código de Defesa do
Consumidor) nas relações de consumo.

VALOR DA CAUSA
Especificar o valor dos danos materiais, bem como dos danos morais (Art. 292, V.
CPC/2015).
ENTREVISTA

Como ocorreu o dano?


Quando ocorreu o dano?
Qual o prejuízo sofrido?
Quais as provas efetivas do dano?
Quais os transtornos sofridos?
Nas relações de consumo, houve restrição do nome em cadastro de inadimplentes (SPC,
SERASA, CARTÓRIO DE PROTESTOS)? Foram atendidos os prazos para entrega da coisa
ou de resposta? Foi feita alguma reclamação junto ao fornecedor?
Foi adotada alguma medida ao causador do dano?
Houve prejuízo material?
Existe nexo causal?

NOTA 1: Nas ações de indenização por dano moral, identificar quem sofreu o dano (ex. Corte
de água em casa onde residem várias pessoas, indicar quem sofreu o dano - o dono da casa, a
pessoa que paga a conta ou outros moradores).
NOTA 2: Nas ações que envolvam VLT (Veículo leve sobre Trilhos – indenização pela
desocupação da área afetada), encaminhar o assistido para o Núcleo de Moradia da
Defensoria Pública;

ROL DE DOCUMENTOS
(Cópia e Original)
a) Declaração da Defensoria Pública;
b) Carteira de Identidade e CPF;
c) Comprovante de residência;
d) Ocorrência policial se o dano for proveniente de um ato ilícito;
e) Documentos que comprovem o prejuízo sofrido (lucros emergentes e cessantes);
f) Laudo médico se for o caso;
g) Nota fiscal se for o caso;
h) Qualificação do requerido;
j) Quaisquer outros documentos que comprovem o dano;
l) Rol de testemunhas.

INVENTÁRIO/ARROLAMENTO

Uma vez ocorrida a morte de uma pessoa natural, a massa de bens pertencente a
esta se transmite a seus sucessores legítimos ou testamentários. Contudo, após o falecimento
do titular dos conjuntos de direitos e obrigações denominados patrimônios, estes perdem seu
caráter de individualidade, passando a constituir algo uno e universal. Assim, visando
individualizar cada um desses bens que compõem o espólio, e determinar o quinhão que cabe
a cada um dos herdeiros, é que por intermédio da ação de inventário se abre a sucessão do
patrimônio pertencente ao de cujus. Assim, configura-se a presente ação como o processo
judicial pelo qual qualquer herdeiro legalmente legitimado requer ao juízo competente a
abertura da sucessão dos bens deixados pelo falecido e a sua partilha entre os herdeiros.

NOTA 1: Deixando o falecido automóvel (sem imóveis) a ação será a de inventário pelo rito
de arrolamento, assim como em havendo bens imóveis e estando todos os herdeiros de
acordo, ainda que haja menor de idade (arts. 664 e 665 CPC).

NOTA 2: Companheira – somente se aceita escritura pública declaratória lavrada em vida


pelo falecido com o convivente ou sentença judicial transitada em julgado (declaração do
INSS não é documento válido).

NOTA 3: Qualificar e juntar a documentação completa do falecido e herdeiros (RG, CPF,


certidão de casamento, certidão de óbito, estado civil, endereço com CEP, e-mail) – se casado,
juntar a documentação do cônjuge.

NOTA 4: Observar a ordem de nomeação de inventariante prevista no art. 617, CPC, juntando
declaração dos herdeiros/meeiro, caso desobedecida a ordem.

NOTA 5: Juntar documentação comprobatória dos bens móveis e imóveis (contratos,


matrículas/certidões cartorárias, números de contas bancárias, CRLV automóveis, etc.),
mesmo documentação mínima para comprovar a posse do bem.

NOTA 6: No caso de existirem múltiplos herdeiros, pais falecidos e nomes registrais com
divergência com relação a um dos herdeiros, deverão ser ajuizadas as ações de
Inventário/Arrolamento e Retificação de Registro, fazendo constar a existência de uma na
outra.

NOTA 7: Nos casos em que apenas um dos herdeiros detenha a posse do imóvel objeto da
partilha, deve-se elaborar pedido de imissão na posse, que deverá ser deferido após nomeação
do assistido como Inventariante.

NOTA 8: Nos casos em que a falecida tenha alterado o nome (casamento e divórcio), gerando
divergência com o nome constante nos documentos dos herdeiros, não é necessária a
retificação, basta juntar a documentação que comprove a modificação do nome da falecida.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
O lastro jurídico da presente ação encontra-se consubstanciado nos arts. 1.784 a
1.790 do Código Civil, estando seu rito previsto nos arts. 610 a 673 do CPC.

VALOR DA CAUSA
O valor da causa será a soma dos valores dos bens a inventariar. Vide art. 292 do
CPC.

ENTREVISTA
ØQual sua relação de parentesco com o de cujus?

ØQuem se encontra na posse e administração dos bens?


ØQual a data do falecimento do de cujus?
ØQuantos são os herdeiros e qualificação de todos?
ØExiste testamento?
ØTodos os herdeiros concordam com a forma de partilha dos bens?
ØHouve adiantamento da legítima?
ØHá bens pertencentes ao espólio em poder de terceiros?
ØQuais os bens imóveis pertencentes ao espólio?
ØQual o valor aproximado dos bens?
ØHá saldo bancário? Poupança? FGTS, PIS, INSS?
ØHá veículos a serem inventariados?
ØHá créditos a receber?
ØHá dívidas a pagar?

ROL DE DOCUMENTOS
(Cópia e Original)
a)Declaração da Defensoria Pública;
b)Carteira de Identidade do assistido e de todos os herdeiros;
c)CPF do assistido e de todos os herdeiros;
d)Comprovante de residência do assistido;
e)Qualificação completa do de cujus;
f)Certidão de óbito do de cujus;
g)Certidão de casamento do cônjuge sobrevivente;
h)Certidões de casamento dos herdeiros casados;
i)Certidões de nascimento dos herdeiros solteiros;
j)Escrituras dos imóveis;
k)Comprovantes de propriedade dos veículos;
l)Extratos dos saldos bancários e de quantias de dinheiro eventualmente bloqueadas;
m)Comprovantes de dívidas ou de créditos;
n)Certidões negativas das Fazendas Municipal, Estadual e Federal;
o)Declarações do promovente e de duas testemunhas(não podem ser familiares) afirmando
que não há outros bens a inventariar além dos já indicados; e que não há outros herdeiros além
dos já habilitados, constando essa situação nos fatos;
p)Nas ações de Arrolamento: juntar Declaração de concordância dos demais herdeiros com o
ajuizamento da ação pelo autor, com o reconhecimento das respectivas firmas.

INVESTIGAÇÃO/RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE/MATERNIDADE

Todo ser humano tem o direito de saber a sua origem, ou seja, sua filiação
completa. Não se trata de mera previsão legal, mas sim de um direito subjetivo resguardado
pelo ordenamento jurídico, posto que decorrente dessa relação original (filiação) originam-se
inúmeras outras de natureza jurídica (direitos e obrigações), bem como algumas faculdades e
impedimentos de ordem pública. Assim, o indivíduo que não possui o nome de seu/sua
genitor(a) expresso no seu registro de nascimento pode, visando suprir essa lacuna, ingressar
com a Ação de Investigação de Paternidade/Maternidade em desfavor do suposto(a) pai/mãe,
buscando que o Poder Judiciário através de seu órgão competente declare judicialmente a
existência ou inexistência da paternidade/maternidade.
Vale ressaltar que todo pai ou toda mãe também tem o direito de ter declarada a
sua paternidade/maternidade através de uma Ação de Reconhecimento de
Paternidade/Maternidade de um filho em que reconhece ser seu. É preciso que se diga que, se
o filho já for registrado no nome de um outro pai/mãe e este/esta tiver um vínculo afetivo com
o filho, a justiça não anulará o registro civil, permanecendo como genitor(a) aquele(a) que
criou, como também, se todos tiverem um vínculo afetivo, todos podem ser inseridos na
certidão.
NOTA 1: Nos casos de Investigação de Paternidade, há a possibilidade de se realizar o exame
de DNA, de forma gratuita, através do Laboratório Central de Saúde-LACEN. Para tanto,
deve-se, primeiramente, indagar à assistida se o suposto pai faria, voluntariamente, o EXAME
DE DNA. Se a resposta for positiva, o aluno deverá elaborar um ofício ao LACEN (modelo
no sistema, diretório G ou na Secretaria Real) o qual agendará a data de realização do Exame
(VIDE TÓPICO 7.1: OFÍCIO PARA EXAME DE DNA).
NOTA 2: Se o Exame de DNA for positivo e o pai assumir voluntariamente a paternidade,
incluindo seu nome no Registro de Nascimento do filho, pode-se continuar o atendimento
somente acerca dos alimentos, se for da vontade da assistida.
NOTA 3: A ação de investigação de paternidade “post mortem” deve ser proposta contra os
herdeiros do falecido e não contra o espólio, pois raramente existe inventário aberto.
NOTA 4: A Corregedoria Geral da Justiça do Ceará autorizou o reconhecimento da
paternidade socioafetiva, conforme o Provimento n° 15/2013, publicado no Diário da Justiça
Eletrônico da última sexta-feira (20/12). O documento foi assinado pelo corregedor-geral,
desembargador Francisco Sales Neto.

Para fazer a solicitação, o interessado deve apresentar documento de identificação com


foto, certidão de nascimento da pessoa a ser reconhecida, bem como os dados da mãe. Além
disso, ela precisa assinar quando o filho tiver menos do que 18 anos de idade. Se for maior,
depende da anuência escrita dele.

O reconhecimento só poderá ser requisitado perante Ofício de Registro Civil das Pessoas
Naturais no qual a pessoa se encontra registrada. Ainda de acordo com o Provimento, sempre
que o oficial do cartório suspeitar de fraude, falsidade ou má-fé, não fará o procedimento e
encaminhará o caso ao Juízo competente. O documento não impede a discussão judicial sobre
a paternidade biológica.
A Corregedoria levou em consideração o texto constitucional, que ampliou o conceito de
família, contemplando o princípio de igualdade da filiação. Considera ainda que já é
permitido o reconhecimento voluntário de paternidade perante o Oficial de Registro Civil,
devendo essa possibilidade ser estendida à paternidade socioafetiva. Atende também aos
Provimentos nº 12, 16 e 26 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
NOTA 5: Casos de certidão de nascimento sem pai registral, é possível solicitar exame de
DNA no LACEN;
NOTA 6: Pedir alimentos retroativos à data da citação conforme art. 7º, LIP c/c art. 13, § 2º,
LA e súmula nº 277, STJ;
NOTA 7: Fundamentar presunção de paternidade na Súmula nº 301, STJ, art. 2º- A, LIP e art.
232, CC;
NOTA 8: se possível, fazer constar na inicial como ficará o nome completo do filho e os
nomes dos avós paternos.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
A Ação de Investigação/Reconhecimento fundamenta-se nos arts. 227, § 6º da
Constituição Federal, 1.596, 1.606 e 1.607 a 1.617 do Código Civil, bem como nas Lei n.º
8.560/92, na Lei n.º 8.069/90 e na Súmula 277 do STJ (alimentos devidos desde a citação).
Fundamentar a presunção da paternidade na Súmula nº 301, STJ, art. 2º-A, LIP e
art. 232, CC.
No pedido, deve-se requerer alimentos retroativos a data da citação conforme Art.
7º, LIP c/c Art. 13, § 2º, LA e Súmula 277, STJ.

VALOR DA CAUSA
Quando se requerer, além do reconhecimento da relação de paternidade, a
condenação em alimentos, deverá ser seguido o art. 229, inciso III do CPC, sendo valor da
causa a soma de 12 (doze) prestações mensais, pleiteadas pelo requerente. Sendo a ação
exclusivamente de investigação, deverá atribuir-se um valor simbólico (art. 291 do
CPC).

ENTREVISTA
ØQuem é o suposto pai/mãe? Qual seu endereço completo?
ØQue tipo de relacionamento existiu entre os pais ? (namoro, união estável...)
ØQuanto tempo durou o relacionamento entre os genitores?
ØO relacionamento entre os genitores era público e notório?
ØOs genitores mantinham-se fiéis entre si?
ØQuais as provas desse relacionamento?
ØQuando da concepção do filho, os genitores coabitavam sob o mesmo teto?
ØQual o motivo de o suposto pai/mãe se negar a reconhecer seu filho?
ØOs genitores possuem outros filhos em comum?
ØJá procederam a algum tipo de exame para se apurar a paternidade?
ØO suposto pai/mãe auxilia no sustento do menor? De que forma?
ØQual a atividade do suposto pai/mãe e a estimativa de sua renda mensal?

ROL DE DOCUMENTOS
(Cópia e Original)
a) Declaração da Defensoria Pública;
b) Carteira de Identidade (representante legal do menor);
c) CPF (representante legal do menor);
d) Certidão de nascimento do menor;
e) Comprovante de residência;
f) Rol de testemunhas;
g)Documentos que comprovem as alegações do relacionamento e da paternidade (fotos,
cartões, convites, bilhetes);
h) Qualificação completa do suposto pai (estado civil, profissão, endereço).

JUSTIFICAÇÃO DE ÓBITO

No caso de não haver sido lavrado o atestado de óbito do de cujus após


falecimento, uma das pessoas legalmente legitimadas (art. 79 da Lei nº 6.015/73) deverá
requerer judicialmente a lavratura da competente certidão de óbito para que, dessa forma, a
personalidade jurídica do falecido seja formalmente extinta.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
A justificação de óbito ampara-se juridicamente no caput do art. 77 e 80, bem
como no art. 109 da Lei nº 6.015/73, nos arts. 6º, 7º e 9º do Código Civil e Art. 5º, LXXVI,
CF/88.
Ressalte-se que os Juízes das Varas de Registros Públicos da Comarca de
Fortaleza estão solicitando:

A) Constar na petição inicial os requisitos do artigo 80 da Lei Nº 6015/73:

B) Juntar ORIGINAL da Declaração de Óbito original ou autenticada;

C) AUTENTICAR os documentos que instruírem a petição inicial;

D) Juntar DECLARAÇÃO DO CEMITÉRIO onde foi sepultado o falecido.

VALOR DA CAUSA
Obedecendo ao preceituado no artigo 291 do Código de Processo Civil, deve-se
atribuir à causa um valor meramente legal.

ENTREVISTA
ØQual o seu vínculo com o de cujus?
ØQual a qualificação completa do de cujus? (estado civil, profissão, data de nascimento,
endereço residencial);
ØPor que a certidão de óbito não foi lavrada no prazo?
ØOnde ocorreu o sepultamento?
ØComo foi realizado o enterro sem a certidão?
ØQual a hora e dia do falecimento? Qual o lugar?
ØQual a causa do óbito?
ØQual a filiação do de cujus?
ØPossuía filhos?
ØDeixou bens? Quais?
ØHá testemunhas quanto aos fatos narrados?
ROL DE DOCUMENTOS
(Cópia e Original)
a) Declaração da Defensoria Pública;
b) Carteira de Identidade e CPF;
c) Comprovante de residência;
d) Certidão de nascimento/casamento, CPF, Carteira de Identidade, título de eleitor, cartão do
PIS/Pasep,CTPS ou outros documentos pessoais do de cujus;
e) Documentos pessoais dos descendentes, quando houver;
f) Documentos que comprovem a propriedade de bens de titularidade do de cujus;
g) Rol de testemunhas;
h) Declaração das testemunhas atestando o local e a data do óbito;
i) Declaração de óbito do Hospital;
j) Declaração do Cemitério que houve o sepultamento;
l) Declaração de óbito original.

JUSTIFICAÇÃO DE NASCIMENTO

A lei de nº 11.790/2008, que deu nova redação ao art. 46 da Lei de Registros


Públicos (Lei 6.015/73), passou a permitir o registro de declaração de nascimento fora do
prazo legal, diretamente nas serventias extrajudiciais.

Desta forma, deve-se apenas encaminhar ofícios a todos os Cartórios de Registros


Civis e ao Arquivo Público, requerer Certidões Negativas Cíveis e Criminais, e uma vez
havendo o recebimento de todos os documentos, encaminhar o assistido munido de toda
documentação original e declaração de 2 (duas) testemunhas ao Cartório de sua preferência.
Obs.: Levar as testemunhas ao cartório, acompanhadas de seus documentos pessoais.

NOTA 1: Ao normatizar os procedimentos que autorizam a lavratura do registro de


nascimento tardio perante o Registrador, o CNJ padroniza nacionalmente um ato que antes
dependia de autorização judicial para a sua realização, o que acarretava prejuízos para o
cidadão e para as campanhas sociais, uma vez que o acúmulo de demandas que assolam o
Poder Judiciário inviabilizava a rápida definição do processo. Com a nova sistemática, caberá
ao Oficial de Registro Civil entrevistar o registrando e suas duas testemunhas, colhendo todas
as informações e documentos necessários para a realização do registro, lavrando uma
minuciosa certidão acerca dos elementos colhidos, decidindo fundamentadamente pelo
registro ou pela suspeita, neste último caso encaminhado o pedido de registro para avaliação
do Corregedor Permanente. - Observar o Provimento nº 28 do Conselho Nacional de Justiça
– em atenção aos artigos 4º, 7º.

PROVIMENTO Nº 28/2013
Dispõe sobre o registro tardio de nascimento, por Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais, nas hipóteses
que disciplina.
Art. 1º. As declarações de nascimento feitas após o decurso do prazo
previsto no art. 50 da Lei nº 6.015/73 serão registradas nos termos
deste provimento.
Parágrafo único. O procedimento de registro tardio previsto neste
Provimento não se aplica para a lavratura de assento de nascimento de
indígena no Registro Civil das Pessoas Naturais, regulamentado pela
Resolução Conjunta nº 03, de 19 de abril de 2012, do Conselho
Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, e
não afasta a aplicação do previsto no art. 102 da Lei nº 8.069/90.
Art. 2º. O requerimento de registro será direcionado ao Oficial de
Registro Civil das Pessoas Naturais do lugar de residência do
interessado e será assinado por 2 (duas) testemunhas, sob as penas da
lei.
Parágrafo único. Não tendo o interessado moradia ou residência fixa,
será considerado competente o Oficial de Registro Civil das Pessoas
Naturais do local onde se encontrar. (...)

LIBERDADE PROVISÓRIA COM OU SEM FIANÇA

A liberdade provisória é um instituto referente à prisão em flagrante delito (artigo


302 e seguintes do Código de Processo Penal). Conforme o artigo 310 do CPP, quando a
prisão em flagrante não for ilegal e não couber decretação da prisão preventiva, o juiz deverá
conceder a liberdade provisória com ou sem fiança, cujos regramentos encontram-se a partir
do art. 321 do mesmo diploma. O rol de crimes inafiançáveis encontra-se nos artigos 323 e
324 do CPP.

NOTA: Em se tratando de preso provisório, deve-se encaminhá-lo ao NUAPP - Núcleo de


Atendimento ao Preso Provisório, situado à Rua Auristela Maia Faria, 1100, Luciano
Cavalcante, Fortaleza (Prédio da Defensoria Geral), Telefone:(85) 3101.1263 / 3101.1267.
Processos em andamento, encaminhar para o Defensor Público da Vara onde o processo
esteja tramitando.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

Fundamenta-se a liberdade provisória no art. 5º, inciso LXVI, da Constituição Federal de


1988, arts. 310, 321 a 350, todos do Código de Processo Penal.

ENTREVISTA

ØComo aconteceu a prisão do requerente? Descrever todos os fatos.


ØA prisão se deu de forma legal? Com lavratura do auto de prisão em flagrante e expedição
da nota de culpa?
ØO requerente tem família? Esposa, filhos?
ØTem residência fixa? Casa própria ou alugada?
ØTem trabalho fixo?
ØTem antecedentes criminais?

ROL DE DOCUMENTOS
(Cópia e original)
a)Certidão das execuções criminais;
b)Certidão de antecedentes criminais:
- Justiça Estadual (Fórum Clóvis Beviláqua – Setor de Certidões);
- Justiça Federal (Praça Murilo Borges, Centro);
- Polícia Civil (Casa do Cidadão ou Instituto de Identificação) e
- Polícia Federal (Rua Dr. Laudelino Coelho, n.º 55, Bairro de Fátima).
d)Documentos pessoais: Carteira de Identidade, CPF, CTPS, certidão de nascimento,
casamento, filhos, comprovante de residência, comprovante de salário. Importante: Se estiver
trabalhando e não tiver carteira de trabalho, solicitar declaração do trabalho em papel
timbrado com carimbo do empregador ou com firma reconhecida.
e)Nota de culpa.

MANDADO DE SEGURANÇA

Ação prevista no texto constitucional que tem como objetivo principal proteger
contra atos abusivos praticados por autoridade pública ou particular em exercício de função
delegada que lesionem ou ameacem direito líquido e certo não amparado por habeas- corpus
ou habeas data.
Pode ser de duas espécies: repressivo ou preventivo. No primeiro caso, visa
desconstituir a ilegalidade já praticada; no segundo, prevenir, quando haja fundado receio, a
violação do direito do impetrante.
Quanto à Legitimidade Ativa, pode ser pessoa física ou jurídica, bem como
órgãos públicos despersonalizados (chefes do Poder Executivo, por exemplo) e as
universalidades reconhecidas (espólio e massa falida) que sejam titulares do direito lesado ou
ameaçado. Já na Legitimidade Passiva tem-se como impetrado a autoridade pública,
inclusive agente particular que atua por delegação no exercício de função pública (vide
súmula 510 do STF).
A natureza jurídica é de procedimento cível de rito especial. O prazo para a ação
ser manejada é decadencial de 120 (cento e vinte) dias, a contar da data em que a parte toma
ciência do ato administrativo ou passa a sofrer seus efeitos (art. 12 da Lei nº 12.016/09). O
Ministério Público deve ser intimado para oferecer opinativo, sob pena de nulidade.

NOTA 1: O Mandado de Segurança Preventivo não se sujeita ao prazo decadencial.

NOTA 2: A autoridade coatora deve ser notificada e não citada.

NOTA 3: O Mandado de Segurança não comporta dilação probatória.

NOTA 4: Não admite condenação em honorários advocatícios.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

A ação de Mandado de Segurança, como petição inicial, deverá respeitar os


requisitos dos arts. 319 e 320 do CPC. Vide art. 5º, incisos LXIX e XXXV, da CF/88 e Lei nº
12.016/09.

Algumas Súmulas atinentes a Mandado de Segurança:


 Súmulas STF: 101, 248, 266, 268, 271, 330, 510, 511, 512 e 632.
 Súmulas STJ: 41, 99, 105, 106, 169, 177, 202, 213.
VALOR DA CAUSA
Observar a regra do art. 291 e seguintes do CPC.

ENTREVISTA

Qual a lesão ou a ameaça de lesão praticada? (coação ilegal)


Quem é a autoridade coatora?
Quando tomou ciência do ato abusivo?
Há fundado receio de dano? Qual tipo de prejuízo?

ROL DE DOCUMENTOS
(Cópia e Original)

a) Declaração da Defensoria Pública;


b) Carteira de Identidade e CPF;
c) Comprovante de endereço;
d) Endereço completo da autoridade coatora, para a devida notificação;
e) Documentos que comprovem o ato abusivo;
f) Documentos que comprovem o perigo de dano irreversível.

MANUTENÇÃO DE POSSE

A Ação de Manutenção de Posse visa proteger o possuidor de atos atentatórios à


sua posse, ou seja, atos de turbação. O promovente procura obter através desse procedimento
determinação judicial apta a interromper o ato turbador, que macula o regular exercício do
direito possessório, sem, entretanto, fulminar a relação jurídica possessória inerente ao
legítimo possuidor. Os chamados Interditos Possessórios, dentre os quais se inclui a
Manutenção de Posse, originam-se do jus possessionis romano e nascem do simples fato de o
autor ter sofrido alguma violação na posse de algum bem. Vale ressaltar que é lícito ao autor
da ação cumular ao pedido principal a condenação do turbador em perdas e danos e até o
arbitramento de multa e a cominação de pena para caso de nova turbação.

FUNDAMENTAÇÃO

O direito à manutenção da posse em caso de turbação encontra-se previsto nos


arts. 1.210 a 1.213 do Código Civil, bem como se molda a presente ação no disposto nos arts.
560 a 566 do Código de Processo Civil, salvo o disposto no artigo 558 da mesma lei.

NOTA: Em qualquer dos interditos possessórios é vedada a discussão acerca da


propriedade, salvo se nenhum dos litigantes conseguir provar a melhor posse.

VALOR DA CAUSA

De acordo com o disposto no CPC, o valor da causa será, no caso de imóvel, igual
ao valor venal do bem. Nos demais bens móveis ou automóveis, o valor da causa
corresponderá a seu valor estimado de mercado. Ressalte-se que existindo cumulação de
pedidos segue-se a regra do inciso IV do artigo 292 do CPC.
ENTREVISTA
ØÉ proprietário do bem? (imóvel ou móvel)
ØPossui algum documento que comprove a propriedade ou a posse do bem?
ØPaga IPTU, IPVA, água, luz ou telefone, ou ainda algum outro imposto ou taxa relativo ao
bem objeto da ação?
ØQual a localização e descrição total do bem?
ØHá quanto tempo e de que modo exerce a posse?
ØQuem promove a turbação da posse?
ØDe que forma ela ocorre?
ØQual a data em que teve início a turbação da posse?
ØQual a área que está sendo efetivamente turbada?
ØHouve a destruição total ou parcial de cercas, muros, portas ou similares que promoviam a
guarda e conservação do bem?
ØO invasor promoveu a edificação de algum obstáculo à normal utilização do bem? (cercas,
muros...)
ØHouve a destruição parcial ou total do bem após a invasão?
ØO que havia no bem turbado quando da ocorrência dos fatos? (detalhes)
ØQuais os prejuízos sofridos pelo assistido com essa invasão?
ØQuais as provas efetivas desses danos?

ROL DE DOCUMENTOS
(Cópia e Original)
a) Declaração da Defensoria Pública;
b) Carteira de Identidade e CPF;
c) Comprovante de endereço;
d) Escritura pública ou contrato particular, no caso de imóvel;
e)Nota fiscal ou documento que comprove a propriedade, no caso de bem móvel ou
automóvel;
f) Último carnê do IPTU, IPVA, ou contas de água, luz e telefone;
g) Fotografias do local (se possível);
h) Boletim de ocorrência especificando o atentado a posse;
i) Rol de testemunhas;
j)Comprovantes dos prejuízos suportados pelo assistido (caso exista cumulação com perdas e
danos);
k) Qualificação completa do requerido (turbador da posse).
MODIFICAÇÃO DE GUARDA

A Ação de Modificação de Guarda visa regular juridicamente uma situação de fato


preestabelecida; ou seja, a presente ação tem cabimento quando o menor se encontra em poder
de um terceiro que não seja o legítimo guardião, mas que deseja regularizar essa situação,
sendo declarado como o responsável pela guarda do menor. Vale ressaltar que a Ação de
Modificação de Guarda pode ser ajuizada de duas formas: a consensual e a litigiosa. Na
consensual existe concordância entre as partes no que se refere à modificação da guarda do
menor. Já na litigiosa, faz-se necessária a produção de provas no sentido de demonstrar que o
atual guardião não possui condições de exercer a guarda sem prejudicar o desenvolvimento
sadio do menor e que o requerente possui plenas condições de fazê-lo. O pedido pode ser
realizado a qualquer momento por qualquer parente que demonstre afinidade com o menor,
ressaltando-se, ainda, que a decisão que fixa a guarda não transita em julgado, podendo ser
modificada a qualquer tempo.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
A presente ação respalda-se nos arts. 1.583 a 1.590 do Código Civil, bem como
nos arts. 33 e seguintes do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n.º 8.069/90) e ainda nos
arts. 9º e seguintes da Lei de Divórcio ( Lei n.º 6.515/77).

VALOR DA CAUSA
Respeitando o disposto no art. 291 do CPC, deve-se atribuir um valor simbólico à
presente ação.

ENTREVISTA
ØHoje, quem possui a guarda de fato do menor? Como a adquiriu?
ØQual o seu grau de parentesco com o menor?
ØQuem possui atualmente a guarda legal do menor? Como ela foi adquirida?
ØO atual guardião tem interesse na modificação da guarda?
ØPor que o assistido deseja essa modificação? Quais os motivos praticados pelo réu que
fundamentam este pedido de modificação de guarda?
ØQue provas possui sobre os fatos narrados?
ØHá documentos (escritos, fotos, cartões) que comprovam o alegado?
ØHá testemunhas que têm conhecimento dos fatos?
ØO guardião legal atual é envolvido com drogas, bebida ou prostituição?
ØO menor sofre agressões verbais ou físicas?
ØComo é o meio em que o menor passará a viver caso seja deferido o pedido de modificação
de guarda?

ROL DE DOCUMENTOS
(Cópia e Original)
a) Declaração da Defensoria Pública;
b) Carteira de Identidade e CPF;
c) Comprovante de residência;
d) Certidão de casamento/nascimento do assistido;
e) Certidão de nascimento do menor;
f) Rol de testemunhas;
g)Documentos/fotos que comprovem as alegações que fundamentam o pedido de modificação
de guarda;
h) Cópia do documento que fixou a guarda em favor do réu;
i) Qualificação completa do requerido;
j) Declaração de anuência dos pais biológicos, estes devem assinar uma declaração consentindo
com a guarda, anexando a carteira de identidade com CPF e comprovante de residência dos
mesmos, se tiver endereço certo;
k) Se não houver o consentimento da mãe, apresentar declaração de 02 testemunhas confirmando
que o(s) requerentes(s) já têm a guarda de fato da criança ou adolescente;
l) Declaração de Idoneidade Moral.

NEGATÓRIA DE PATERNIDADE

A ação negatória de paternidade é uma ação privativa do marido ou ainda do


companheiro, pois somente estes têm legitimatio ad causam para propô-la, sendo portanto
uma ação personalíssima. Também conhecida entre os doutrinadores como contestação de
paternidade, tem a finalidade de desfazer a presunção pater is est. Referida ação poderá
excepcionalmente ser ajuizada por curador se o interessado for incapaz, ou ainda
acompanhada por seus herdeiros, no caso de a ação ter sido ajuizada antes do seu falecimento,
não sendo possível ajuizar essa ação após a morte do interessado. Com a vigência do Código
Civil de 2002, o prazo para se ingressar com esse tipo de ação tornou-se imprescritível (vide
art. 1.601). A petição é feita em face do filho que, sendo incapaz, será representado ou
assistido por sua mãe, conforme a incapacidade seja absoluta ou relativa. O foro competente é
o domicílio do réu, em varas de família, onde houver. O rito é ordinário, com a participação
necessária do Ministério Público. Na hipótese de procedência da ação, a sentença, conquanto
desconstitutiva, retroage à data da concepção do indigitado filho, desfazendo-se a relação de
paternidade.

NOTA 1: A mãe deverá também integrar a lide, na posição de ré.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

A Ação Negatória de Paternidade tem base legal no art. 1.601 do Código Civil de
2002.

VALOR DA CAUSA

Se a ação for cumulada com exoneração de pensão alimentícia, o autor deve fixar
o valor da causa atentando para a regra do art. 292, IV do CPC. Se não estiver cumulada com
outro pedido, deve-se atribuir à causa um valor simbólico (vide art. 291 do CPC)
ENTREVISTA

Quem é o filho? Onde reside atualmente?


Em que ano nasceu o filho?
Qual foi a natureza do relacionamento entre o autor e a mãe do suposto filho?
Quanto tempo durou o relacionamento?
Por que o autor diz que o filho não é seu?
Desde quando o autor desconfia que o filho não é seu?
O autor vem pagando alimentos? Desde quando?
Qual é o valor dessa pensão? Ela foi fixada judicialmente?
Existe alguma prova material ou testemunhal de que o filho não é seu?
Durante a concepção da criança, o autor estava separado da sua esposa ou companheira?

ROL DE DOCUMENTOS
(Cópia e Original)

a) Declaração da Defensoria Pública;


b) Carteira de Identidade e CPF;
c) Comprovante de endereço;
d) Certidão de nascimento do filho;
e) Laudos periciais, atestados médicos, etc., quando for o caso;
f) Sentença que fixou os alimentos quando for o caso;
g) Rol de testemunhas.

OFERTA DE ALIMENTOS

Aquele que está obrigado a prestar alimentos poderá tomar a iniciativa de propor uma
Ação de Oferta de Alimentos em desfavor de seus credores, buscando assim que seja fixado
judicialmente um valor a título de pensão alimentícia.
NOTA: Deve-se requerer a citação do credor para comparecer à audiência de conciliação
e julgamento destinada à fixação dos alimentos a que estará obrigado o autor, conforme Art.
24 da Lei 5.478/68.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Fundamenta-se a presente ação no art. 24 da Lei de Alimentos (5.478/68), como também
no artigo 229 da Constituição Federal, artigo 22 do ECA, artigo 1694 do Código Civil e artigo
693, parágrafo único, do NCPC.

VALOR DA CAUSA
Obedecendo ao regulamentado no art. 292, inciso III do CPC, o valor da causa nesta
ação equivalerá à soma de doze (12) prestações mensais, oferecidas pelo ofertante.
ENTREVISTA
ØQual o seu vínculo com o alimentando?
ØO alimentante trabalha? Onde? Tem carteira de trabalho assinada?
ØQual a renda do alimentante?
ØQuais as condições de vida do alimentante?
ØQual o valor que pretende pagar a título de alimentos?
ØHá testemunhas que têm conhecimento dos fatos?

ROL DE DOCUMENTOS
(Cópia e Original)
a) Declaração da Defensoria Pública;
b) Carteira de Identidade e CPF;
c) Certidão de casamento;
d) Comprovante de residência;
e) Certidão que comprove o vínculo com o credor (casamento, nascimento do filho menor);
f) Rol de testemunhas;
g) Cópia do contracheque do alimentante;
h) Endereço completo do empregador do alimentante, caso seja possível o desconto em folha;
i) Qualificação completa do requerido/alimentando;

PEDIDO DE PROGRESSÃO DE REGIME/LIBERDADE CONDICIONAL OU


REMISSÃO DE PENA
Petições referentes a benefícios em sede de Execução Penal. O EPJ possui convênio junto
ao NUDEP- Núcleo de Defesa do Preso, órgão parte da Defensoria Pública do Ceará, que
assina projeto denominado Reconstruindo a Liberdade, visando atender aos presos com
condenação definitiva.
Basicamente, as petições que podem ser elaboradas são Pedido de Progressão de Regime,
Pedido de Liberdade Condicional e Pedido de Remissão de Pena, todas com fundamentação
legal no Código Penal e na Lei de Execuções Penais (Lei 7210/84).
Nota: Para efetuar os cálculos das penas recomenda-se utilizar a calculadora judicial do TJCE
ou do CNJ (calculadora de execuções penais, esta disponibilizada no site: www.cnj.jus.br)

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Artigos 33 e seguintes do Código Penal.
Lei 7210/84, artigos 110 e seguintes (Progressão de Regime), 126 e seguintes (Remição pelo
estudo/trabalho/leitura) e 131 e seguintes (Liberdade Condicional).
Lei 8092/90, lei de crimes hediondos que prevê regime de progressão e liberdade condicional
diferenciados aos apenados que cometeram crimes hediondos.
VALOR DA CAUSA
Não existe valor da causa em matéria penal.
ENTREVISTA
Não há entrevista, haja vista o assistido encontrar-se preso.

ROL DE DOCUMENTOS
a)Certidão carcerária do apenado;
b)Sentença Penal Condenatória com trânsito em julgado;
c)Certidão de Liquidação de Sentença;
d)Ficha de atendimento da Defensoria.

RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL

O legislador constitucional, sensível às profundas modificações ocorridas no seio da


sociedade brasileira, constatou a necessidade de proteger juridicamente as inúmeras
sociedades familiares de fato, que por força das mais variadas causas, não formalizam
juridicamente sua existência. Assim, a Constituição Federal, no seu art. 226, § 3º, dispõe de
forma bastante clara, que o Estado reconhece a entidade familiar União Estável, bem como se
responsabiliza por velar por sua proteção. A ação de reconhecimento e dissolução de união
estável tem cabimento quando alguma das partes envolvidas na relação familiar
(companheiros ou filhos) necessita de uma declaração judicial reconhecendo a existência
dessa relação jurídica para que o vínculo possa surtir seus efeitos jurídicos ante a coletividade.
Vale ressaltar que a presente ação assemelha-se bastante à separação judicial, e pode ser
ajuizada também quando verificada a impossibilidade da convivência entre os
companheiros, ou seja, quando ocorrer o rompimento da sociedade conjugal de fato e for
necessário estabelecer-se a guarda dos filhos, o arbitramento de pensão alimentícia e
principalmente a partilha do patrimônio constituído no transcorrer da união.

NOTA: Em se tratando de Reconhecimento e Dissolução de União Post Mortem a ação


deve ser proposta em face dos herdeiros do falecido, declinando o endereço completo com
CEP. Lembrar ainda de nunca se discutir culpa em ações de reconhecimento e dissolução de
união estável.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

Rege a matéria o art. 226, § 3º da Constituição Federal, arts. 1.723 a 1.727 do Código
Civil, bem como a Lei dos Conviventes (9.278/96).

VALOR DA CAUSA

Havendo bens a serem partilhados, o valor da causa corresponde à soma de todos os bens;
caso seja estabelecida pensão alimentícia, adiciona-se o valor correspondente à soma de doze
prestações mensais; caso contrário, atender ao artigo 291 do CPC.

ENTREVISTA
ØDesde quando convivem como marido e mulher? (coabitação)
ØA união é pública e notória?
ØÉ consenso das partes separarem?
ØHoje, encontram-se juntos ou separados?
ØSe separados, desde quando?
ØPossuem filhos? (nomes e idades);
ØQuem ficará com os filhos? (fixação da guarda e da visita)
ØComo ficarão as visitas?
ØHaverá pagamento de pensão para os filhos? (valor e forma de pagamento)
ØE, para o companheiro, haverá pensão?
ØExistem bens a partilhar? (descrever e valorar);
ØComo se dará a partilha dos bens?

ROL DE DOCUMENTOS
(Cópia e Original)
a) Declaração da Defensoria Pública;
b) Carteira de Identidade e CPF;
c) Comprovante de residência;
d) Certidão de nascimento dos filhos menores;
e) Documentos dos bens;
f) Rol de testemunhas;
g) Outros que se fizerem necessários.

REGULAMENTAÇÃO DE GUARDA E DE VISITAS

A ação de regulamentação de guarda e de visitas visa proteger os direitos dos


menores em atenção à teoria da proteção integral da criança e do adolescente, de acordo com
a Constituição Federal, art. 227, caput. Essa ação tem cabimento nos casos de discussão
quanto à guarda nas ações de separação, divórcio, dissolução de união estável e de sociedade
de fato. Nela será definida a guarda e serão estabelecidos os dias e horários e a forma das
visitas que ocorrerão no futuro.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
A presente ação respalda-se nos arts. 1.583 a 1.590 do Código Civil e na Lei n.º
6.515/77.

VALOR DA CAUSA
De acordo com o art. 291 do CPC, deve-se atribuir um valor simbólico à presente
ação.

ENTREVISTA
ØAtualmente quem possui a guarda do menor?
ØComo o assistido desejaria que fosse estipulada a guarda? A guarda ficaria com um dos pais
ou seria compartilhada?
ØQuem detém melhores condições de ter a guarda do menor? Por quê? Tem provas que
comprovem o alegado?
ØComo serão definidos os dias e horários de visita?
ØHá testemunhas que têm conhecimento dos fatos?
ROL DE DOCUMENTOS
(Cópia e Original)
a)Declaração da Defensoria Pública;
b)Carteira de identidade e CPF;
c)Comprovante de residência;
d)Certidão de casamento/nascimento;
e)Certidão de nascimento do menor;
f)Rol de testemunhas;
g)Documentos que comprovem as alegações que fundamentam o pedido de regulamentação
de guarda e de visitas.

REINTEGRAÇÃO DE POSSE

A Ação de Reintegração de Posse visa devolver ao legítimo possuidor o bem do


qual tinha a posse e lhe foi ilicitamente tomado; ou seja, busca reintegrar o possuidor na posse
do bem esbulhado. Procura o mencionado procedimento obter determinação judicial apta a
reintegrar a esfera de disponibilidade do legítimo possuidor à coisa esbulhada, interrompendo
assim o ato esbulhador, que macula o regular exercício do direito possessório, sem entretanto
fulminar a relação jurídica possessória inerente ao legítimo possuidor. Os chamados Interditos
Possessórios, dentre os quais se elenca a Reintegração de Posse, originam-se do jus
possessionis romano e nascem do simples fato de o autor ter sofrido alguma violação na posse
de algum bem. Vale ressaltar que é lícito ao autor da ação cumular ao pedido principal a
condenação do esbulhador em perdas e danos e até o arbitramento de multa ou a cominação
de pena para caso de novo esbulho.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

O direito à reintegração da posse em caso de esbulho encontra-se previsto nos


arts. 1.210 a 1213 do Código Civil, bem como se molda a presente ação no disposto nos arts.
554 a 566 do Código de Processo Civil.

NOTA: Em qualquer dos interditos possessórios é vedada a discussão acerca da propriedade,


salvo se nenhum dos litigantes conseguir provar a melhor posse.

VALOR DA CAUSA
De acordo com o disposto no CPC, o valor da causa será, no caso de imóvel, igual
ao valor venal do bem. Nos demais bens móveis ou automóveis, o valor da causa
corresponderá a seu valor estimado de mercado. Ressalte-se que existindo cumulação de
pedidos, segue-se a regra do inciso IV do artigo 292 do CPC.

ENTREVISTA
ØÉ proprietário do bem? (imóvel ou móvel)
ØPossui algum documento que comprove a propriedade ou a posse do bem?
ØPaga IPTU, IPVA, água, luz ou telefone, ou ainda algum outro imposto ou taxa relativo ao
bem objeto da ação?
ØQual a localização e descrição total do bem?
ØHá quanto tempo e de que modo exerce a posse?
ØQuem promoveu o esbulho da posse?
ØDe que forma ele ocorreu?
ØEm que data teve início o esbulho?
ØQual a área que foi efetivamente esbulhada?
ØHouve a destruição total ou parcial de cercas, muros, portas ou similares que promoviam a
guarda e conservação do bem?
ØO invasor promoveu a edificação de algum obstáculo à normal utilização do bem? (cercas,
muros...)
ØHouve a destruição parcial ou total do bem após a invasão?
ØO que havia no bem esbulhado quando da ocorrência dos fatos?
ØQuais os prejuízos sofridos pelo assistido com essa invasão?
ØQuais as provas efetivas desses danos?

ROL DE DOCUMENTOS
(Cópia e Original)
a)Declaração da Defensoria Pública;
b)Carteira de Identidade; e CPF;
c)Comprovante de endereço;
d)Escritura pública ou contrato particular, no caso de imóvel;
e)Nota fiscal ou documento que comprove a propriedade ou a posse, no caso de bem móvel
ou automóvel;
f)Último carnê do IPTU, IPVA, ou contas de água, luz e telefone;
g)Fotografias do local ou do bem (se possível);
h)Boletim de ocorrência especificando o atentado à posse;
i)Rol de testemunhas;
j)Comprovantes dos prejuízos suportados pelo assistido (caso exista cumulação com perdas e
danos);
k)Qualificação completa do requerido (esbulhador da posse).

RETIFICAÇÃO DE REGISTRO PÚBLICO


Sempre que se necessitar alterar, restaurar, suprir ou retificar as informações
assentadas nos livros de registros públicos, bem como suas devidas certidões, o interessado
deve ingressar com pedido judicial devidamente fundamentado dirigido ao órgão jurisdicional
competente. Assim, a Ação de Retificação de Registro Público (nascimento, casamento, óbito,
imóveis...) configura-se como o meio hábil a requerer a reforma do assento eivado de alguma
mácula.
NOTA 1: É possível acumular em uma só ação a retificação de nome de genitor e filho;

NOTA 2: Quando o assistido for casado pedir a retificação na Certidão de Nascimento e


Casamento;

NOTA 3: Nas ações para restauração de registro civil, quando não há alteração do nome, não
é necessário certidão de antecedentes criminais;

NOTA 4: Em caso de erros somente de grafia do nome (ex. Sousa com s e souza com z) deve
ser solicitada a retificação administrativa em cartório mediante encaminhamento escrito
elaborado pelo Estagiário. Somente com a recusa do tabelionato é que se deve entrar com a
ação judicial.

NOTA 5: Para lavratura de Registro de Óbito requerida pela companheira é necessário


comprovar a união estável, exceto nos casos de filho comum e quando um parente do de cujus
anuir, mediante declaração própria.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

Lei de Registros Públicos (Lei Nº 6.015/73), nos artigos 109 a 113.


A Lei de Registros Públicos sofreu alteração pela Lei Nº 12.100/09, quanto a
retificações em determinadas situações. Conferir, pois pode se tratar apenas de requerimento
administrativo no Cartório.

VALOR DA CAUSA

Na ausência de interesses patrimoniais, deve-se atribuir à causa um valor


meramente simbólico (Art. 291 do CPC).

ENTREVISTA
ØQual o documento que deseja modificar?
ØQual o fundamento da modificação?
ØOcorreu algum erro quando do lançamento do registro? Em que circunstâncias?
ØQual a correção ou mudança que pretende efetuar?
ØEssa alteração afetará o registro de mais pessoas (filhos, netos etc.)?
ØEm caso de nome que expõe ao ridículo, que tipo de constrangimento vem sofrendo?
ØTem provas?
ØNesse caso, para qual nome pretende alterar?

ROL DE DOCUMENTOS
(Cópia e Original)
a)Declaração da Defensoria Pública;
b)Carteira de Identidade e CPF;
c)Comprovante de residência;
d)Registro (certidão) a ser corrigido;
e)Registro de outros envolvidos;
f)Documentos que comprovem o verdadeiro nome;
g)Outros que comprovem a necessidade da alteração, ou a incorreção do registro a ser
alterado.

REVISIONAL DE ALIMENTOS
A obrigação alimentar possui como pilar estrutural a equalização da relação
necessidade-possibilidade existente entre alimentando e alimentante. Uma vez desestruturado
esse equilíbrio, torna-se imprescindível a procura por meios aptos a normalizar essa situação.
Vale ressaltar que a medida judicial que fixa os alimentos não transita em julgado
materialmente, podendo ser modificada a qualquer tempo, uma vez existindo alteração
sensível na situação socioeconômica das partes envolvidas. Assim, verificada a
desproporcionalidade entre a necessidade do alimentando e a possibilidade do alimentante,
mister se faz a presente ação.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Respalda-se o presente procedimento no art. 1.699 do Código Civil, bem como no
art. 15 da Lei de Alimentos (5.478/68).

VALOR DA CAUSA
O valor da causa na Ação Revisional de Alimentos será o correspondente a
12(doze) vezes a nova prestação mensal requerida. Artigo 292, III do CPC.

ENTREVISTA
ØQual a origem da obrigação alimentícia? Qual processo? (dados completos do processo);
ØQual fundamentação da necessidade de alterar o valor da pensão?
ØQue provas possui do afirmado?
ØHouve mudança na guarda de algum filho?
ØHouve alguma modificação na situação econômica do alimentando? Qual?
ØQual o valor atual da pensão?
ØQuanto pretende receber/pagar de pensão?
ØQual a remuneração atual do alimentante? (estimativa)
ØÉ realizado desconto em folha de pagamento? Qual o empregador? (endereço completo);
ØHá testemunhas que têm conhecimento dos fatos?

ROL DE DOCUMENTOS
(Cópia e Original)
a)Declaração da Defensoria Pública;
b)Carteira de Identidade e CPF;
c)Certidão de nascimento/casamento do requerente;
d)Comprovante de residência;
e)Certidão de casamento/nascimento, CPF e carteira de identidade do menor ou de seu
representante quando for o caso (somente quando ele for o autor da ação);
f)Rol de testemunhas;
g)Documentos que comprovem as alegações que fundamentam o pedido de revisão de
alimentos (despesas médicas, escolares, demissão, doença grave.);
h)Cópia do contracheque do alimentante (quando for autor);
i)Endereço completo do empregador do alimentante (a fim de proceder ao desconto em folha);
j)Cópia da decisão que fixou os alimentos;
k)Qualificação completa do requerido.

REVISIONAL DE CONTRATO

Contrato é uma fonte de obrigação, sendo regra, que os acordos devem ser
cumpridos (pacta sunt servanda). Porém, diante da função social do contrato, do princípio da
boa-fé e da vulnerabilidade do consumidor que desconhece as cobranças abusivas inseridas
nas cláusulas contratuais, poderá aquele que se sentir prejudicado pedir a revisão do negócio
jurídico. No tocante à matéria, o Código de Defesa do Consumidor, em seu art. 6º, inciso V,
estabelece que, diante de cláusulas abusivas, onerosas ou ambíguas, o consumidor poderá
ingressar com Ação Revisional de Contrato. Com isso, a Lei nº 8.078/90 vem a proteger a
parte considerada vulnerável numa relação contratual, ou seja, o consumidor, impondo o
Código interpretações mais benéficas em relação a este.
Tal ação pretende revisar as cláusulas do contrato, a fim de afastar abusividades
impostas pelo fornecedor/prestador de serviços (tais como vendas casadas, abusividade de
juros remuneratórios, capitalização não pactuada, comissão de permanência cumulada com
correção monetária, entre outras), obtendo-se, consequentemente, a redução de parcelas. As
ações revisionais de contrato mais comuns são as ligadas a financiamentos de veículos
(consórcios / alienação fiduciária), de imóveis, crédito pessoal, cheque especial, cartões de
crédito e dívidas agrícolas.
Para tanto, é necessária a análise do contrato por um CONTADOR para que sejam
feitos cálculos com o afastamento de juros e cobranças abusivas/indevidas. O assistido deve
ser encaminhado, antes da elaboração da petição inicial, ao Setor de Cálculos do
DECON/CE, localizado na rua Barão de Aratanha, 100, Centro, CEP. 60.050-070,
Fortaleza – CE, próximo ao antigo Colégio Cearense, pois o memorial descritivo da dívida é
imprescindível para a instrução da petição inicial.
Além disso, o CONTRATO firmado entre o assistido e o banco é essencial para a
elaboração da inicial, visto que é o instrumento que contém as cláusulas abusivas e as
cobranças indevidas, tais como IOF – Imposto sobre Operações Financeiras, Seguros, Tarifas
de Cadastro, serviços não autorizados. Todas essas cobranças deverão constar
expressamente, com a indicação dos seus valores, na descrição fática da petição.
Caso o assistido não possua a via do contrato, deverá ser requerido na petição
inicial medida cautelar de Exibição de documento.

Ressalta-se que as cláusulas abusivas e nulas deverão ser indicadas


expressamente no pedido.
Observar o Art. 330, § 2º do CPC/2015, que diz: § 2o Nas ações que tenham
por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento ou de
alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial,
dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar
o valor incontroverso do débito.

NOTA 1: A capitalização é legal se for expressamente pactuada, conforme


Súmulas 539e 541 do STJ.
NOTA 2: Prevalece o entendimento do STJ de que os juros além de 12% ao ano,
desde que pactuados expressamente, são legais. Porém consideram-se abusivos aqueles
pactuados acima de 12% ao ano, quando demonstrado que os juros aplicados são discrepantes
em relação à taxa média de mercado por segmento (cartão, veículo, empréstimo consignado,
etc) de acordo com o Banco Central, sempre através de cálculo a ser demonstrado por
contador (profissional habilitado – de preferência, encaminhar o assistido para o contador da
Sede da Defensoria Pública).
NOTA 3: Demonstrado que inexiste no contrato taxa efetivamente pactuada,
aplica-se a taxa média de mercado (site do Banco Central).
NOTA 4: Ver Súmula Vinculante nº 7, do STF e Súmula 382, do STJ.
NOTA 5: Pedir declaração da inversão do ônus da prova (art. 6º, VIII, CDC), em
caráter liminar, sob pena de tornar-se inócua a medida. Redigir esse trecho em maiúsculo e
sublinhado.
NOTA 6: Pedir a nulidade das cláusulas consideradas nulas de pleno direito, o
afastamento da prática abusiva de capitalização não pactuada e da cobrança abusiva de
consectários ilegais (em todos os casos, indicar expressamente as cláusulas que se pretende a
declaração de nulidade) e, a depender do caso, pedir a repetição do indébito (art. 42, CDC)
com a devolução ou a compensação dos valores que foram pagos a maior.
NOTA 7: Cobrança de tarifa de avaliação do veículo e seguro de proteção
financeira (prestamista) são legais se pactuadas de forma clara – STJ (Resolução nº
3.919/2010 do Conselho Monetário Nacional, art. 5º, VI)

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

Art. 406, CC; Súmulas nº 93, STJ (art. 5º, ADINº 413/1.969 e DL nº 167/1.967);
Súmulas nºs 121,0596, STF; ADIN nº 2591 – STF, ADIN nº 04; Decreto nº 22.626/1.933; Lei
nº 9.298/1.996; Falta de autorização da CMN para prática de juros acima do limite legal;
Cláusula mandato é nula – 51, VIII, CDC; arts. 4º, 17º Lei 4.595/1964; x REVOGAÇÃO
(CMN não pode por ato administrativo de caráter normativo legislar sobre matéria exclusiva
do CN – Limitar não é liberar) x; Arts. 22, VI, VII, CF/88, art. 48, XIII, art. 68, § 1º, e art. 25
DCT, CF/88.

NOTA: A CAPITALIZAÇÃO É LEGAL SE FOR EXPRESSAMENTE


PACTUADA, daí o cuidado para não inserir na petição as expressões que signifiquem
pacto, consenso. O correto é inserir o termo aderir.
VALOR DA CAUSA
Segundo norma do art. 292, inciso II, do CPC, o valor da causa será o valor do
contrato ou o de sua parte controvertida e, considerando-se a casuística, deve também ser
observado o entendimento do STJ, no sentido de que o valor da causa deve corresponder ao
proveito econômico que o acionante terá com a ação.

ENTREVISTA
Qual o objeto do contrato?
Quando e onde foi firmado o contrato?
Qual o valor do contrato?
O que causou o desequilíbrio na relação contratual?
No caso de mora, qual o seu montante?
Há prestações a se vencerem?
Há recibos de pagamento ou outras formas de quitação da prestação contratual?
Há possibilidade de acordo? De que maneira será a proposta?
Qual o endereço do contratado?
O pedido visa modificar quais cláusulas contratuais?
Quais os valores cobrados de forma abusiva (Taxas, Serviços de terceiros, etc).

ROL DE DOCUMENTOS
(Cópia e Original)
a) Declaração da Defensoria Pública;
b) Carteira de Identidade e CPF;
b) Comprovante de endereço;
c) O contrato, objeto da ação (IMPRESCINDÍVEL);
d) Extratos ou recibos;
e) Cobrança dos últimos valores;
f) Planilha de cálculos elaborada por contador informando o valor da parcela a ser revisada,
valores pagos e saldo devedor atualizado.

RESUMO DO PEDIDO

1 - Tutela antecipada no sentido de EXCLUIR o nome do autor em qualquer órgão que


represente restrição a crédito do consumidor, tipo S.P.C., S.C.I., SERASA e serviços
similares, inclusive protesto de título, em razão do débito ora discutido, até o deslinde final
deste feito, com aplicação de multa diária no valor a ser estipulado por este juízo;
CONCEDER a manutenção de posse do veículo, por não se encontrar o autor em mora, em
virtude da flagrante abusividade dos juros aplicados; AUTORIZAR o depósito judicial das
parcelas no valor estipulado pelo Setor de Cálculos do DECON/ PROCON, juntado nos autos,
ou seja, a quantia de R$ XXXXX;

2 – Citação do banco;

3 – Procedência do pedido, para que:


3.1. seja expurgada a cobrança ilegal dos juros moratórios acima de 1% a.m., conforme
Súmula 379 do STJ, para aplicar a correção com base no IGP-M, declarando-se a
NULIDADE da Cláusula n.XXXXXX;
3.2. afastar a cumulação da comissão de permanência com juros moratórios e/ou
remuneratórios, conforme Súmula 30 do STJ, declarando-se a NULIDADE da Cláusula n.
XXXXX;

3.3. Afastar a aplicação de juros capitalizados, conforme Súmula 121 do STF, declarando-se
sua ABUSIVIDADE já que não houve pactuação expressa;

3.4. afastar a aplicação de taxas bancárias, tais como Taxa de Abertura de Crédito – TAC,
Taxa de Emissão de Carnê – TEC, afastar a aplicação ilegal do Imposto de Operações
Financeiras – IOF, serviços de terceiros, registro de contrato, dentre outras presentes no
contrato e não identificadas pelo consumidor, bem como, as demais cláusulas abusivas
presentes no contrato e as cobranças que não devem ficar a cargo do consumidor e foram
ilegalmente incluídas no financiamento, visto que se trata de contrato de adesão e o
consumidor ser vulnerável técnica, jurídica e economicamente, ou seja, incapaz de identificar
tais ilegalidades, declarando-se a NULIDADE das Cláusulas n. XXXXX;

3.5. seja aplicado ao presente contrato o Código de Defesa do Consumidor, revisando as


cláusulas contratuais, afastando toda a abusividade, reconhecendo a relação consumerista e
como contrato de adesão, para assim, decretar a inversão do ônus da prova, na conformidade
do que determina o art.6º, VIII, do CDC, para que se incuba à parte ré a comprovação da
improcedência do alegado, confirmando, ao final, a manutenção de posse do veículo e a
exclusão do nome do autor dos cadastros de restrição ao crédito;

4 – Seja concedida a repetição do indébito em dobro, com a aplicação da correção monetária e


aplicação de juros legais, nos termos do art. 42, parágrafo único, do CDC, tudo a ser apurado
em liquidação de sentença;

5 – Condenar o banco ao pagamento de custas e honorários advocatícios.

TUTELA

Pretende-se com esta ação regularizar a situação de criança e adolescente cujos


pais são falecidos ou decaíram do poder familiar. Pode ser cumulada a ação com a de
destituição do poder familiar, em decorrência de abandono, abuso e maus tratos.

NOTA: Os casos de remoção, modificação e dispensa de tutor (Art. 1.728, CC) que tramitou
perante à justiça ocorre em razão da falta dos deveres, negligência, prevaricação ou
incapacidade do tutor. Imprescindível para a propositura da presente ação é a sentença judicial
de tutela, qualificação completa do tutor e declaração de testemunhas que possam comprovar
os motivos da remoção, modificação ou dispensa do tutor.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Art. 1728 e seguintes do Código Civil e art. 36 e seguintes da Lei nº8.069/90.

VALOR DA CAUSA
Atribuir um valor meramente legal, conforme Art. 291 do CPC.
ENTREVISTA

Os genitores do(s) menor(es) são falecidos, decaíram do poder familiar, estão desaparecidos
ou nomearam o assistido por meio de testamento?
Há quanto tempo o(s) menor(es) se encontram sob a guarda fática do assistido?
Qual o grau de parentesco com o(s) menor(es)?
O(s) menor(es) possuem bens?

ROL DE DOCUMENTOS

a) Declaração da Defensoria Pública;


b) Carteira de Identidade e CPF;
c) Comprovante de residência;
d) Certidão de nascimento da criança ou adolescente;
e) Certidões de óbito dos pais ou Declaração de que estes estão desaparecidos;
f) Sentença que determinou a destituição do poder familiar;
g) Declaração de Idoneidade Moral do requerente;
h) Atestado de sanidade física e mental do requerente;
i) Rol de testemunhas;
j) Outros documentos que comprovem o alegado.

USUCAPIÃO DE BENS IMÓVEIS

Modestino em seu conceito clássico definia a usucapião como um modo de se


adquirir a propriedade ou outro direito real pela posse continuada de determinado bem, por
determinado período de tempo, desde que ainda fossem preenchidos alguns requisitos legais.
Deve-se frisar que não é de qualquer posse que deriva a possibilidade de aquisição do bem.
Faz-se necessário, para o surgimento da chamada posse usucapionem, que o possuidor a
exerça de acordo com alguns requisitos legais, quais sejam: a continuidade, a
incontestabilidade e o animus domini. Deve, ainda, o possuidor agir como se proprietário
fosse, por determinado lapso temporal, posto que o tempo é um dos principais requisitos do
usucapião. Por último, deve-se frisar que o objeto da relação fática possessória deve recair
sobre uma coisa hábil a suportar a ação em tela, como, por exemplo, as terras particulares ou
bens corpóreos. Existem três tipos de usucapião, cada um com suas peculiaridades e requisitos
específicos: usucapião ordinária, usucapião extraordinário e usucapião especial. Ao se
verificar a possibilidade de usucapir um imóvel, deve-se averiguar com bastante zelo qual das
modalidades de uso colacionadas amolda-se melhor à situação fática.

NOTA 1: Nas ações de usucapião, preferencialmente, enviar ofícios aos cartórios junto com a
planta do imóvel e memorial descritivo, inclusive com indicação expressa dos limites do
imóvel, uma vez que aqueles precisam ter a descrição exata do bem a fim de emitir
corretamente a certidão;

NOTA 2: Nos ofícios enviados aos cartórios para usucapião especial, já solicitar que seja
certificado se existe outro imóvel matriculado em nome do assistido e do respectivo cônjuge;
NOTA 3: Na planta do imóvel objeto de Usucapião, observar se estão atendidos os requisitos
de indicação de confinantes – inclusive estado civil e nome do cônjuge, caso seja casado – e
da escala utilizada.

NOTA 4: Especificar o tipo de usucapião no nome da Ação – fundamentar: CF, CC, CPC, e
Súmulas.

NOTA 5: Pedir a citação dos confinantes e respectivos consortes; verificar se os confinantes


residem no endereço constante no memorial descritivo; informar o endereço, requerendo que
tudo seja diligenciado e certificado pelo Oficial de Justiça.

NOTA 6: Atentar ao litisconsórcio ou outorga do cônjuge, se a ação é postulada por/em face


de pessoas casadas.

NOTA 7: Anexar certidões expedidas pelos 6(seis) cartórios de registro de imóveis, atentando
para a necessidade de constar se o imóvel (não) é registrado/matriculado e, sendo, a
qualificação completa do respectivo proprietário.

NOTA 8: Usucapião Especial: constar nas certidões a (in)existência de bens imóveis em nome
do(s) autor(a)(es) registrado no cartório e a dimensão do imóvel usucapiendo.

NOTA 9: No pedido requerer a expedição de mandado de registro do imóvel usucapiendo ao


Oficial do registro do cartório de registro de imóveis competente, fazendo-se constar no
mandado que o autor é beneficiário da justiça gratuita.

NOTA 10: Assistido(a) viúvo(a) – Se após o falecimento do cônjuge e com o decurso de


novo prazo aquisitivo ao viúvo(a), poderá, com a concordância dos demais herdeiros,
requerer a usucapião do imóvel sem a necessidade de abertura do inventário; entretanto,
se no caso houver litígio entre o(a) viúvo(a) e os herdeiros, deverão ser ajuizadas as ações
de inventário e usucapião.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Existem três fundamentações jurídicas distintas: o usucapião ordinário
fundamenta-se no Código Civil, art. 1.242; o usucapião extraordinário abriga-se no art. 1.238;
e o usucapião especial respalda-se nos arts. 183 e 191 da Constituição Federal, bem como nos
arts. 1.239 a 1.241 do Código Civil
VALOR DA CAUSA
Na ação de usucapião o valor da causa corresponde ao valor venal do imóvel.
Artigo 292, IV do CPC.

ENTREVISTA
➢ Há quanto tempo o assistido ocupa ou possui o imóvel que deseja usucapir?
➢ Alguém lhe antecedeu na posse desse imóvel? Quem?
➢ Como adquiriu a posse do imóvel? De quem adquiriu e de que forma? Sabe quem é o
proprietário?
➢ Houve alguma interrupção nessa posse? Se houve, por quanto tempo e por quê?
➢ Quais as características do bem?
➢ Qual a metragem do imóvel?
➢ O assistido possui outro imóvel?
➢ O assistido tem pagado o IPTU?
➢ O assistido reside com a família no imóvel? Desde quando?
➢ Quem são os vizinhos do imóvel? (confinantes)
➢ O proprietário do imóvel é falecido? Se sim, deixou herdeiros? (nomes e endereços);
➢ Em nome de quem está registrado o imóvel?
➢ Existem benfeitorias no imóvel? Quais?
➢ Existem testemunhas?
➢ Outras que se fizerem necessárias para a elucidação do caso.

ROL DE DOCUMENTOS
(Cópia e Original)
a)Declaração da Defensoria Pública;
b)Comprovante de residência;
c)CPF e carteira de identidade dos autores;
d)Contrato ou outro documento que prove a aquisição ou posse do imóvel;
e)Fotos do imóvel;
f)Comprovante de pagamento dos impostos;
g)Planta do imóvel assinada por um profissional da área, memorial descritivo, inclusive
nominando os confrontantes (podendo ser fornecido pelo DER);
h)Overlay (fornecido pela Prefeitura Municipal);
i)Certidões dos Cartórios de Imóveis (todas as zonas) respondendo se o imóvel, objeto da
ação, está matriculado naquelas zonas e se o assistido tem algum outro imóvel em seu
nome(Se usucapião especial);
j)Contas de água ou luz antigas, para fins de comprovar o lapso temporal;
k)Rol de testemunhas (com endereço completo e número do RG);
l)Demais documentos, conforme o caso.

TERMO DE ACORDO EXTRAJUDICIAL

Concluída uma sessão de resolução de conflito com êxito e não versando o teor do acordo
sobre direitos indisponíveis, como, por exemplo, o parcelamento ou a renegociação de uma
dívida, o aluno deve redigir o Termo de Acordo Extrajudicial, o qual deve preencher os
seguintes requisitos:

a)Timbres do EPJ - UNIFOR e da Defensoria Pública Geral do Estado do Ceará;


b)Qualificação completa das partes;
c)Resumo sucinto e preciso do que foi acordado;
d)Estabelecimento de multa para o descumprimento do acordo por qualquer das partes;
e)Assinatura das duas partes.
Obs.: Utilizar o modelo existente no diretório G/EPJALUNOS. O Termo de Acordo
Extrajudicial deverá ser impresso em 4 vias.

PEDIDO DE HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO EXTRAJUDICIAL

Encerrada com êxito uma sessão de resolução de conflito que verse, por exemplo, sobre o
estabelecimento de pensão alimentícia, deverá o aluno redigir um Pedido de Homologação de
Acordo Extrajudicial. Esse pedido se assemelha a uma Petição Inicial, devendo obedecer a
todos os requisitos enumerados nos artigos 319 e 320 do CPC, ressaltando-se os seguintes:

a)Timbre do EPJ – UNIFOR e da Defensoria Pública Geral do Estado do Ceará;


b)Endereçamento (juízo competente);
c)A titulação da ação – Pedido de Homologação de Acordo Extrajudicial de ALIMENTOS,
GUARDA, DIREITO DE VISITAS etc;
d)Qualificação completa das partes (nome, prenome, endereço com CEP, telefones, ...);
e)Resumo sucinto dos fatos;
f)Termos do acordo;
g)Pedido de homologação do acordo e outros pedidos acessórios;
h)Intimação do Ministério Público;
i)Valor da causa.
j)Anexar TERMO DE RATIFICAÇÃO DO ACORDO.

NOTA 1: Sempre solicitar como ALTERNATIVA, a designação de audiência de ratificação


pelo juiz.
NOTA 2: Orientar as partes a procurar atendimento da DPGE no Fórum dentro de
prazo razoável para acompanhar o processo.

8.2 AÇÕES JUDICIAIS DA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL (MATÉRIA


PREVIDENCIÁRIA)

Antes de se tratar detidamente das ações previdenciárias mais comumente


interpostas pelo EPJ perante a Justiça Federal, devem ser feitas algumas considerações a fim
de facilitar a compreensão do assunto.

Normalmente tais ações são movidas por aqueles segurados que têm seus
requerimentos administrativos indeferidos pelo INSS, que, como sabido, é o órgão da
Administração Pública Indireta competente para gerenciar os benefícios previdenciários.

Deve-se salientar que existe atualmente orientação jurisprudencial da Turma


Nacional de Uniformização de Jurisprudência dos JEFs, no sentido de que o prévio
requerimento administrativo em que haja indeferimento expresso ou demora injustificável
para sua apreciação, é condição necessária para o ajuizamento das ações de natureza
previdenciária.
Ressalte-se, ainda, que, conforme o disposto no artigo 3º da Lei n.º 10.259/2001,
que dispõe sobre os Juizados Especiais Federais Cíveis, estes têm competência para processar,
conciliar e julgar as causas de competência da Justiça Federal cujo valor máximo seja de até
sessenta salários mínimos. Assim, nos casos em que o valor da causa a ser interposta supere
aquele previsto no dispositivo legal mencionado, o assistido deverá renunciar expressamente,
na própria petição, ao valor excedente.

AÇÃO DE CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR IDADE

É benefício previdenciário que visa garantir a manutenção do segurado e de sua


família quando a idade avançada (trabalhador urbano: homem – 65 anos e mulher – 60 anos;
trabalhador rural: homem – 60 anos e mulher – 55 anos) não lhe permite continuar laborando.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
O benefício ampara-se na Lei n.º 8.213/91, arts. 48 a 51, e no Decreto n.º
3.048/99, arts. 51 a 55.

VALOR DA CAUSA
Será o valor do benefício, que no caso é calculado da seguinte forma: 70% x SB
(+ 1% para cada grupo de 12 contribuições mensais, até o máximo de 30%).

* (SB) = Salário-de-benefício

ENTREVISTA
O benefício já foi requerido administrativamente junto ao INSS? Quando?
O assistido se enquadra como segurado? (empregado, empregado doméstico, contribuinte
individual, trabalhador avulso, especial ou facultativo)
Qual a idade do assistido?
Qual era a remuneração do assistido?
Qual o salário de contribuição do assistido?
A carência foi cumprida? (art. 25, II da lei 8.213/91)
Qual o número de contribuições recolhidas pelo segurado?
O assistido está no gozo de algum outro benefício?
O assistido está recolhendo contribuições?
Em caso negativo, há quanto tempo está sem contribuir?

NOTA 1: Por força do artigo 3º, § 1º da Lei n.º 10.666/2003, a perda da qualidade de
segurado não será levada em consideração para a concessão da aposentadoria por idade,
desde que o segurado conte com, no mínimo, o tempo de contribuição correspondente ao
exigido para efeito de carência na data do requerimento do benefício.

NOTA 2: Conforme disposição do artigo 48, § 2º da Lei n.º 8.213/91, o trabalhador rural
deve comprovar, não o cumprimento da carência propriamente dita, mas o efetivo
exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período imediatamente
anterior ao requerimento do benefício, por tempo igual ao número de meses de
contribuição correspondente à carência do benefício pretendido.
ROL DE DOCUMENTOS

a)Carteira de identidade e CPF;


b)Carteira de trabalho e previdência social (CTPS);
c)Documento que comprove a resposta negativa do INSS ao requerimento administrativo
(Comunicação de decisão expedida pela Previdência Social);
d)Documentos que comprovem a qualidade de segurado;
e)Comprovantes de recolhimento à Previdência Social;
f)Outros específicos de cada tipo de segurado.

AÇÃO DE CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR INVALIDEZ

A aposentadoria por invalidez é o benefício previdenciário devido ao segurado


que, independentemente do recebimento de auxílio-doença, for considerado incapaz para o
trabalho e mostrar-se insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta
a subsistência. Tal benefício será pago enquanto o segurado permanecer nessa condição.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Respalda-se a presente pretensão na Lei n.º 8.213/91, arts. 42 a 47, e no Decreto
n.º 3.048/99, arts. 43 a 50.

VALOR DA CAUSA
Será o valor do benefício que no caso é calculado da seguinte forma: 100% sobre
o salário de benefício (SB).

ENTREVISTA
O benefício já foi requerido administrativamente junto ao INSS? Quando?
O assistido se enquadra como segurado? (empregado, empregado doméstico, contribuinte
individual, trabalhador avulso, especial ou facultativo)
Qual a idade do assistido?
Há quanto tempo o assistido está sem trabalhar ou sem recolher contribuição? (verificar os
prazos do período de graça, art. 15 da Lei n.º 8.213/91);
Onde o assistido trabalhava na época do sinistro?
Qual era a remuneração do assistido?
Qual o salário de contribuição do assistido?
Qual a causa da invalidez? (caso se trate de acidente de qualquer natureza ou causa ou de
doença profissional ou do trabalho, não há necessidade de ter sido cumprido o período de
carência, que é de 12 contribuições mensais);
Qual a data do evento que causou a invalidez do assistido?
O assistido tinha alguma lesão ou doença antes de se filiar ao Regime Geral da Previdência
Social que possa ter relação com a sua invalidez?
O assistido tem condições de exercer alguma atividade laboral?
Qual o grau de incapacidade do assistido?
O assistido necessita permanentemente da assistência de outra pessoa para os atos comuns
da vida? (Nesse caso fará jus ao acréscimo de 25%, previsto no art. 45 da Lei 8.213/91)
O assistido tem perspectiva de recuperação?
O assistido está recebendo auxílio-doença ou algum outro benefício previdenciário? Qual?

ROL DE DOCUMENTOS
a) Carteira de identidade e CPF;
b) Carteira de trabalho e previdência social (CTPS);
c) Declaração de hipossuficiência (somente para os casos em que a invalidez se der por
motivo de doença profissional ou do trabalho, hipóteses em que a ação deverá ser promovida
na Justiça Comum – Estadual);
d) Requerimento de benefício por incapacidade, preenchido pela empresa, com as
informações referentes ao afastamento do trabalho (somente para empregados);
e) Documento que comprove a resposta negativa do INSS ao requerimento administrativo;
f) Sentença concedendo a curatela do assistido, caso o segurado esteja acometido de alguma
doença ou outra causa que o impossibilite de praticar os atos comuns da vida;
g) Documentos que comprovem a qualidade de segurado;
h) Comprovantes de recolhimento à Previdência Social;
i) Outros específicos para cada tipo de segurado.

AÇÃO DE CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

É devida a todos os segurados (exceto o especial que não contribua facultativamente


como individual) que comprovem lapso de certo tempo de contribuição (homem: 35 anos e
mulher: 30 anos, havendo redução de 5 anos nos casos de professores de Ensino Infantil,
Fundamental ou Médio) e a carência exigida em lei (180 contribuições).

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Ampara-se a pretensão na Lei 8.213/91, arts. 52 a 56, e no Decreto nº. 3.048/99, arts.
56 a 63.

VALOR DA CAUSA
Será o valor do benefício que no caso é calculado da seguinte forma: 100% x SB.

* (SB) = Salário-de-benefício

ENTREVISTA
O benefício foi requerido administrativamente junto ao INSS?
O assistido se enquadra como segurado? (empregado, empregado doméstico, contribuinte
individual, trabalhador avulso, ou facultativo)
Caso o assistido se enquadre como segurado especial, contribui facultativamente como
contribuinte individual?
O assistido contribuiu para a Previdência Social durante quantos anos?
O assistido goza atualmente ou já gozou de algum outro benefício previdenciário?
O assistido deixou de contribuir durante algum tempo para a Previdência Social?
Qual a idade do assistido?
Que atividade o assistido desenvolveu durante o período em que contribuiu para a
Previdência? (vai determinar que tipo de segurado é o assistido);
O assistido já foi filiado a outro regime previdenciário que não o Geral?

NOTA: Por força do artigo 3º, caput da Lei n.º 10.666/03, a perda da qualidade de
segurado não será levada em consideração para a concessão da aposentadoria por tempo
de contribuição.

ROL DE DOCUMENTOS
a)Carteira de Identidade e CPF;
b)Carteira de Trabalho e Previdência Social;
c)Documentos que comprovem a qualidade de segurado;
d)Documento que comprove a resposta negativa do INSS ao requerimento administrativo;
e)Outros específicos de cada tipo de segurado.

AÇÃO DE CONCESSÃO DE APOSENTADORIA ESPECIAL

A aposentadoria especial é devida ao segurado empregado, trabalhador avulso e


contribuinte individual, este somente quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou
de produção, que tenha trabalhado durante 15, 20, ou 25 anos, de acordo com o caso, sujeito a
condições especiais que prejudiquem sua saúde ou integridade física, observada a carência
prevista em lei (180 contribuições mensais).

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Fundamenta-se o benefício na Lei n.º 8.213/90, arts. 57 e 58, e no Decreto n.º 3.048/99,
arts. 64 a 70.

VALOR DA CAUSA
Será o valor do benefício, que no caso é calculado da seguinte forma: 100% x SB sem
o fator previdenciário.

ENTREVISTA

O benefício foi requerido administrativamente junto ao INSS?


Qual a idade do assistido?
Que atividades o assistido desenvolveu durante o período em que contribuiu para a
Previdência?
O assistido sempre trabalhou em condições especiais, ou seja, era exposto de forma
permanente, não ocasional nem intermitente a condições prejudiciais à sua saúde ou
integridade física?
No seu último trabalho, o assistido ainda era exposto a essas condições especiais?
A empresa fornecia Equipamentos de Proteção Individuais (EPI) ao assistido?
O assistido goza atualmente ou já gozou de algum outro benefício previdenciário?
NOTA 1: Por força do artigo 3º, caput da Lei n.º 10.666/03, a perda da qualidade de
segurado não será levada em consideração para a concessão da aposentadoria especial.

NOTA 2: A relação dos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de


agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, considerados para fins de concessão
de aposentadoria especial, consta do Anexo IV do Decreto n.º 3.048/99.

ROL DE DOCUMENTOS
a)RG e CPF;
b)CTPS;
c)Documento que comprove a resposta negativa do INSS ao requerimento administrativo;
d)Formulário de perfil profissiográfico previdenciário;
e)Laudo técnico de condições ambientais do trabalho expedido por médico do trabalho
ou engenheiro de segurança do trabalho;
f)Atestados médicos de possíveis prejuízos à saúde do assistido;
g)Comprovantes de recolhimento à Previdência Social;
Outros específicos de cada tipo de segurado.

AÇÃO DE CONCESSÃO DE PENSÃO POR MORTE

Trata-se de um benefício previdenciário devido aos dependentes do segurado, que tem


como evento determinante a morte deste.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Benefício fundado na Lei n.º 8.213/91, arts. 74 a 79, e no Decreto n.° 30.48/99, arts. 105
a 115 e 16 e seguintes.

VALOR DA CAUSA
Será o valor do benefício, que no caso é calculado da seguinte forma: 100% x SB.

* (SB) = Salário-de-benefício

ENTREVISTA
O benefício foi requerido administrativamente junto ao INSS?
Qual o nome do segurado?
O segurado falecido recebia algum outro benefício quando vivo? Qual?
Qual a ligação do assistido com o segurado falecido?
Existem outras pessoas que possam ser enquadradas como dependentes do segurado?
Se houver, fazem parte de uma classe preferencial de dependentes?
Os dependentes estão inscritos como dependentes junto ao INSS?
Qual a causa da morte do segurado?
O segurado se enquadrava como empregado, empregado doméstico, contribuinte individual,
trabalhador avulso, especial ou facultativo?
Nos casos em que requerente for ex-cônjuge ou ex-companheiro do segurado. Recebia
pensão alimentícia deste?
Nos casos de o requerente ser inválido, qual a causa da invalidez? Desde quando é inválido?
Há alguma perspectiva de recuperação?
Caso o requerente seja filho ou irmão do segurado, quantos anos tem? É emancipado?

NOTA: A legislação reconhece, ainda, como dependente do segurado o enteado e o menor


que estejam sob sua tutela desde que não possuam bens suficientes para o próprio sustento e
educação. Trata-se de rol taxativo, não cabendo interpretação analógica ou extensiva a fim de
abranger o menor sob guarda judicial do segurado.

ROL DE DOCUMENTOS
a) Carteira de Trabalho e CPF;
b) Carteira de Trabalho e Previdência Social;
c) Certidão de casamento, certidão de nascimento, contrato de união estável;
d) Certidão de óbito do segurado;
e)Documento que comprove a resposta negativa do INSS ao requerimento administrativo;
f)Comprovantes de recolhimento à Previdência Social.

AÇÃO DE CONCESSÃO DE AUXÍLIO-ACIDENTE

Visa garantir ao segurado, exceto o doméstico, que contribui para a Previdência


Social o benefício do auxílio-acidente, como indenização, quando após a consolidação das
lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza resultarem sequelas que impliquem:

A redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia, e que se enquadre nas
situações previstas no anexo III do Decreto 3048/99;
A redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia e que passe a exigir
maior esforço para o desempenho da mesma atividade;
A impossibilidade de desempenho da atividade que exercia na época do acidente, mas que
permita o desempenho de outra após processo de reabilitação profissional.

NOTA 1: Vide as situações previstas no art. 104, incisos I, II e III do Decreto nº 3.048/99.
NOTA 2: Os beneficiários da referida prestação serão os segurados empregados (exceto
o doméstico), o trabalhador avulso, o segurado especial e o médico residente.
NOTA 3: O auxílio-acidente não possui carência.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Regem a matéria o § 1º do art. 18, art. 20, art. 26 inciso II, e art. 86 e parágrafos e art.
124, V, da Lei nº 8.213/91 e art. 104, incisos I, II e III e parágrafos do Decreto nº 3.048/99.

VALOR DA CAUSA
Será o valor do benefício que no caso é calculado da seguinte forma: 50% x SB que deu
origem ao auxílio-acidente.

* (SB) = Salário-de-benefício
ENTREVISTA
 Qual o tipo de filiação à Previdência Social?
 O benefício já foi requerido administrativamente junto ao INSS?
 O que motivou o indeferimento pelo INSS?
 Qual foi o acidente que reduziu sua capacidade laborativa?
 Em que data ocorreu o acidente?
 O segurado já gozou do benefício do auxílio-doença?
 Quando houve a cessação do auxílio-doença?
 O segurado já foi avaliado pela perícia médica da Previdência Social?
O segurado recebe algum outro benefício?

ROL DE DOCUMENTOS
a) Comprovante de residência;
b) Carteira de identidade e CPF;
c) Carteira de trabalho;
d) PIS/PASEP;
e) Documento que comprove a qualidade de segurado;
f) Requerimento administrativo dirigido ao INSS;
g) “Comunicação de Decisão” expedida pela Previdência Social;
h) Atestado médico e/ou laudo pericial;
i) Comprovante de recebimento do auxílio-doença;
j) Comprovantes de recolhimento à Previdência Social.

AÇÃO DE CONCESSÃO DE AUXÍLIO-DOENÇA


A Ação de Concessão de Auxílio-Doença visa garantir ao segurado que contribui
para a Previdência Social o benefício do auxílio-doença decorrente da incapacidade
temporária para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual, por doença ou acidente não
relacionado ao trabalho, após cumprida, quando for o caso, a carência exigida.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Regem a matéria o art. 20, incisos I e II, art. 25, inciso I e art. 26, inciso II e art.
29, parágrafo 10, e arts. 59 a 64 todos da Lei nº 8.213/91 e arts. 71 a 80 do Decreto nº
3.048/99.

VALOR DA CAUSA
Será o valor do benefício que no caso é calculado da seguinte forma: 91% x SB.
* (SB) = Salário-de-benefício
ENTREVISTA
O benefício já foi requerido administrativamente junto ao INSS?
O que motivou o indeferimento pelo INSS?
Qual foi a doença ou acidente que causou o afastamento do trabalho?
Qual a data de início da doença ou acidente?
Há quanto tempo o segurado contribui para a Previdência Social?
Trata-se de caso de acidente de qualquer natureza ou causa de doença profissional ou do
trabalho?
O segurado exerce mais de uma atividade abrangida pela Previdência Social? Encontra-se
incapacitado apenas para o exercício de uma delas?
O segurado já foi avaliado pela perícia médica da Previdência Social?
O segurado já se submeteu a processo de reabilitação profissional para exercício de outra
atividade?

ROL DE DOCUMENTOS
a)Comprovante de residência;
b)Carteira de identidade e CPF;
c)Carteira de trabalho;
d)PIS/PASEP;
e)Documento que comprove a qualidade de segurado;
f)Requerimento administrativo dirigido ao INSS;
g)“Comunicação de Decisão” expedida pela Previdência Social;
h)Atestado médico e/ou laudo pericial.

AÇÃO DE CONCESSÃO DE AUXÍLIO-RECLUSÃO

Visa garantir aos dependentes do segurado recolhido à prisão o benefício


previdenciário do auxílio-reclusão, desde que considerado trabalhador de baixa renda, não
receba remuneração da empresa, nem esteja em gozo de auxílio-doença, aposentadoria ou
abono de permanência em serviço.

NOTA 1: Aplicam-se ao auxílio-reclusão as normas referentes à pensão por morte, sendo


necessária, no caso de qualificação de dependentes após a reclusão ou detenção do
segurado, a preexistência de dependência econômica.

NOTA 2: O benefício será concedido para os dependentes do segurado de baixa renda


cujo salário contribuição for igual ou inferior a R$ 1.212,64 (mil, duzentos e doze reais e
sessenta e quatro centavos). Jurisprudência divergente vide Súmula n.º 5 da Turma
Regional de Uniformização da 4ª Região.

NOTA 3: O auxílio-reclusão não possui carência.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Regem a matéria o art. 201, inciso IV da Constituição Federal, os art. 16 e 80 da
Lei nº 8.213/91, o art. 16 do Decreto nº 3.048/99, os arts. 7º e 13 da Emenda Constitucional nº
20/98 e o art. 2º da Lei n.º 10.666/03.
VALOR DA CAUSA
Será o valor do benefício que no caso é calculado da seguinte forma: 100% x SB
ou o valor da aposentadoria recebida.

* (SB) = Salário-de-benefício

ENTREVISTA
Qual o motivo da prisão?
Em que estabelecimento prisional está o segurado recolhido?
Está havendo o pagamento do salário do segurado?
Qual o valor do último salário de contribuição do segurado?
Qual o seu grau de parentesco com o segurado recolhido à prisão?
O segurado no momento em que ocorreu a prisão encontrava-se empregado?
O segurado encontra-se em gozo do auxílio-doença?
A pena está sendo cumprida pelo segurado em que regime?

ROL DE DOCUMENTOS
a) Comprovante de residência;
b) Carteira de identidade e CPF (segurado e dependentes;
c) Carteira de trabalho;
d) PIS/PASEP;
e) “Comunicação de Decisão” expedida pela Previdência Social;
f) Documento que comprove a qualidade de segurado;
g) Certidão do efetivo recolhimento à prisão, firmada pela autoridade competente;
h) Declaração de permanência na condição de presidiário, firmada pela autoridade
competente;
i)Comprovação da dependência econômica conforme estabelece o art. 16, § 7º do Decreto nº
3.048/99;
j) Comprovante de renda mensal dos dependentes;
k) Certidão de casamento (em caso de cônjuge);
l) Certidão de nascimento (em caso de filhos);
m) Comprovantes de recolhimento à Previdência Social.

AÇÃO DE CONCESSÃO DE SALÁRIO-FAMÍLIA

A Ação de Concessão de Salário-Família visa garantir ao empregado segurado da


Previdência Social o benefício do salário-família na proporção do respectivo número de filhos
ou equiparados (enteado ou tutelado), até 14 anos de idade ou inválidos de qualquer idade.

NOTA 1: Os beneficiários da referida prestação serão os segurados empregados, o


trabalhador avulso considerado de baixa renda, o aposentado por invalidez ou por idade
e os demais aposentados com 65 anos ou mais de idade, se do sexo masculino, ou 60 anos
ou mais, se do sexo feminino.
NOTA 2: Não há período de carência para o benefício do salário-família.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Regem a matéria o art. 201, IV, art. 7º, XXXIV (trabalhador avulso), art. 227 § 6º
(filho adotivo) todos da Constituição Federal, Portaria MPS/GM nº 822, de 11 de maio de
2005, arts. 65 a 70, art. 65 c/c art. 11, I, b, da Lei nº 8.213/91 e os arts. 81 a 92 do
Regulamento Geral da Previdência Social, determinado pelo Decreto nº 3.048/99 e Súmula
254 do TST.

VALOR DA CAUSA
Será o valor do benefício, que no caso é definido da seguinte forma: R$ 41,37 por
filho de até 14 anos ou inválidos para quem recebe salário de contribuição até R$ 806,80 e,
R$ 29,16 para quem recebe remuneração mensal no valor entre R$ 806,80 a R$ 1212,64

ENTREVISTA
 Qual o tipo de filiação à Previdência Social?
 O benefício já foi requerido administrativamente junto ao INSS?
 O que motivou o indeferimento pelo INSS?
 Qual o número de filhos ou equiparados do segurado?
 Qual a idade dos filhos?
 Trata-se de filho inválido?

ROL DE DOCUMENTOS
a) Comprovante de residência;
b) Carteira de identidade e CPF;
c) Carteira de trabalho;
d) Termo judicial de guarda à adotante ou guardiã;
e) Certidão de nascimento dos filhos;
f) Atestado de vacinação obrigatória dos filhos até 6 (seis) anos de idade;
g) Comprovação de frequência escolar ou equiparado dos filhos, a partir dos 7 (sete) anos;
h)Comprovação de invalidez, expedida pela perícia médica do INSS, para dependentes
maiores de 14 anos;
i) Atestado médico ou laudo pericial a respeito da incapacidade do filho ou do equiparado;
j) “Comunicação de Decisão” expedida pela Previdência Social;
k) Comprovantes de recolhimento à Previdência Social.

AÇÃO DE CONCESSÃO DE SALÁRIO-MATERNIDADE

Visa garantir a qualquer gestante segurada da Previdência Social o benefício


previdenciário do salário-maternidade, durante o período estabelecido por lei e mediante
comprovação médica.
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Regulam a matéria o art. 201, II da Constituição Federal, art. 26, VI, parágrafo
único do art. 39, art. 25, parágrafo único e inciso III e arts. 71 a 73, todos da Lei nº 8.213/91,
art. 4º da Lei n.º 10.421, art. 22, I da Lei n.º 8.212, art. 1.619 do Código Civil e § 4º do art.
392-A da CLT, art. 97 do Decreto nº 3.048/99.

VALOR DA CAUSA
Será o valor do benefício, que para a empregada ou a autônoma, é a sua
remuneração; para a doméstica, seu último salário de contribuição, registrado na CTPS
(obedece ao limite máximo); para a segurada especial, um salário-mínimo; para os
contribuintes individuais e facultativos, média aritmética dos doze últimos salários de
contribuição, apurados em período não superior a quinze meses.

NOTA 1: Só há carência para a segurada contribuinte individual e facultativa, que devem


comprovar o recolhimento de pelo menos 10 (dez) contribuições mensais;

NOTA 2: A segurada especial deve comprovar o exercício de atividade rural nos 10 (dez)
meses imediatamente anteriores ao requerimento do benefício;

NOTA 3: A partir de 16 de abril de 2002, data da publicação da Lei n.º 10.421, o benefício em
questão passou a ser devido às mulheres adotantes ou que tenham obtido guarda judicial para
fins de adoção de criança.

NOTA 4: O salário-maternidade também é devido nos casos de aborto não criminoso, desde
que comprovado mediante atestado médico específico, que informe o CID específico, nos
termos do art. 240 da Instrução Normativa n.º 118/2005. Nesses casos, o benefício será devido
na base de 2 (duas) semanas.

NOTA 5: No caso de empregos concomitantes, a segurada empregada fará jus ao salário-


maternidade relativo a cada emprego.

ENTREVISTA
A segurada empregada está trabalhando?
Qual a data do parto, local e maternidade?
Houve ocorrência de óbito do filho?
Trata-se de filhos legítimos ou adotados?
O prazo de carência foi cumprido?
A segurada percebe benefício por incapacidade?
A segurada tem empregos concomitantes?
O parto será/foi normal ou cesáreo?

ROL DE DOCUMENTOS
a) Comprovante de residência;
b) Carteira de identidade e CPF;
c) Carteira de trabalho;
d) Termo judicial de guarda à adotante ou guardiã;
e) Certidão de nascimento dos filhos / ou guia de internação (caso o parto seja programado);
f) “Comunicação de Decisão” expedida pela Previdência Social;
g) Atestado médico;
h) CPF do empregador, no caso de empregada doméstica;
i) Comprovantes de recolhimento à Previdência Social.

9. INSTRUÇÕES PARA O FIM DO SEMESTRE

a)A NOTA FINAL somente será entregue o aluno que estiver com as atividades das
disciplinas de estágio rigorosamente concluídas;

b)Se o aluno ficar com pendência após essa data, o Professor deverá atribuir nota ZERO e,
posteriormente, corrigir por Formulário próprio na Coordenação;

c)A nota será única, individual e obedecerá rigorosamente aos critérios indicados pelo Curso
de Direito, que se encontram no Manual do Estagiário;

d)O aluno deverá elaborar todas as petições pendentes;

e)Deverá o aluno verificar no site do Tribunal de Justiça (www.tjce.jus.br), se a petição


protocolada já foi distribuída. Em caso positivo, informar ao assistido o número do Processo e
a Vara distribuída;

f)O Professor analisará se todas as providências no sistema do EPJ estão atualizadas,


conferindo com os alunos os documentos digitalizados, para evitar que fique algo pendente
para a última semana do semestre letivo;

g)Se ainda houver documentos dos assistidos pendentes para serem entregues pelo cliente
para término da petição, os alunos deverão, URGENTEMENTE, contatá-lo por TELEFONE
para providenciar, sob pena de redistribuição ou mesmo arquivamento;

h)Da mesma forma, verificar quanto a ofícios pendentes de recebimento na Secretaria Real;

i)O ARQUIVAMENTO por desinteresse do assistido deverá ser demonstrando pelo envio
no semestre corrente de duas cartas convite sem resposta e/ou retorno do(a) Assistido(a);

j) Nos casos de ARQUIVAMENTO e REDISTRIBUIÇÃO, deverá ser elaborado o


respectivo PEDIDO, expondo seus motivos (Parecer), e indexado no registro do Assistido
no Unifor Online, incluindo o Professor a respectiva Providência e motivação para o
arquivamento.

k)Nos casos de REDISTRIBUIÇÃO, sugere-se enviar carta ao Assistido(a) informando


que seu processo está sendo redistribuído e deverá procurar o EPJ somente após a
primeira quinzena do semestre seguinte;

l)Outras orientações poderão ser comunicadas pelo respectivo Professor.


10. DEVERES E IMPEDIMENTOS DO ALUNO

São deveres do aluno do EPJ:

a)Realizar sob orientação as atividades indicadas;


b)Cumprir a escala de tarefas junto ao Escritório de Prática Jurídica;
c)Preencher, de forma clara, precisa e completa, os formulários eletrônicos de atendimento de
todos os assistidos sob sua responsabilidade, protocolando os referidos registros
imediatamente na Secretaria Real;
d)Zelar pela integridade dos documentos e dos procedimentos de atendimento,
responsabilizando-se disciplinarmente por qualquer incidente que ocorra com estes;
e)Comunicar, quando necessário, à Secretaria Real, ao professor e/ou ao Analista Jurídico,
mediante protocolo, as datas designadas de audiência ou quaisquer outros atos referentes aos
processos sob sua responsabilidade;
f)Acompanhar diligentemente os processos sob sua responsabilidade, atendendo aos atos
processuais de comunicação e comparecendo, juntamente com o professor e/ou com o
Analista Jurídico, aos atos processuais necessários;
g)Pautar sua atuação profissional pelos princípios éticos estabelecidos no Código de Ética e
Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil e no Estatuto e Regimento da UNIFOR;
h)Manter ordem no recinto do Escritório de Prática Jurídica e em outros locais, aos quais
compareça em razão da disciplina de estágio curricular;
i)Portar-se com cortesia, respeito e urbanidade, no seu relacionamento com assistidos, com os
outros alunos, com os professores e com qualquer outra pessoa que venha a se relacionar em
função da disciplina de estágio curricular;
j)Zelar pela boa reputação do Escritório de Prática Jurídica, do Curso de Direito e da
Universidade de Fortaleza;
k)Manter sigilo sobre as informações dos casos atendidos, guardando discrição no que for
necessário;
l)Outros deveres que deverão ser normatizados pela Supervisão do ESCRITÓRIO DE
PRÁTICA JURÍDICA seguindo as diretrizes fixadas pela Direção do Centro de Ciências
Jurídicas e pela Coordenação do Curso de Direito.

São impedimentos do aluno do EPJ:

a)Patrocinar, particularmente, interesses das partes;


b)Receber, a qualquer título, quantias, valores ou bens em razão do exercício de sua função;
c)Valer-se do estágio para captar clientela, obtendo vantagem, para si ou para outrem;
d)Recusar o cumprimento de atividades, salvo por razão fundamentada aceita pela
Supervisão;
e)Apenas manifestar-se em nome do Escritório de Prática Jurídica, nos casos e formas
autorizados por Resolução do Centro;
f)Apresentar-se no escritório com roupas inadequadas ao ambiente: bonés, saias curtas,
bermudas, chinelos, óculos escuros, camisetas e camisas de times de futebol;
g)Promover qualquer iniciativa ou providência judicial ou extrajudicial que venha a ferir os
princípios do Regimento do Centro de Ciências Jurídicas e do Estatuto da UNIFOR, do
Regulamento Geral do Estágio Supervisionado Curricular do Curso de Direito, do Estatuto da
Advocacia e da OAB – Lei nº 8.906/94, do Código de Ética e Disciplina da OAB e demais
normas e legislações aplicáveis assim como os convênios firmados com a Defensoria Pública
e a Ordem dos Advogados do Brasil – Secção/CE e ponha de alguma forma em risco os
interesses das partes e o nome da instituição e de sua mantenedora.

11. A CARTEIRA DE ESTAGIÁRIO DA OAB/CE

REQUISITOS PARA INSCRIÇÃO

1.Ser acadêmico do Curso de Direito, regularmente matriculado e ter cursado, pelo menos,
50% (cinquenta por cento) dos créditos exigidos para a conclusão do Curso.
2.Estagiar em escritório ou instituição credenciada pela OAB/CE.
DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA:
a)Fotocópia autenticada da declaração da Faculdade ou Universidade, onde conste o número
de créditos (no mínimo a metade de créditos exigidos para conclusão do Curso) e o semestre
que está cursando;
b)Declaração do local em que está estagiando;
c)Fotocópia autenticada do Título de Eleitor e do ticket de votação;
d)Fotocópia autenticada de reservista;
e)Fotocópia autenticada da Carteira de Identidade e do CPF;
f)02 fotos 3x4 com paletó e gravata de frente (colorida ou preto e branco);
g)Quando servidor público ou empregado em empresa de economia mista ou estatal, trazer
declaração dizendo o cargo que ocupa e que não exerce função de chefia.

Assim, preenchidos os requisitos e munido da documentação necessária, o interessado na


inscrição de aluno deverá se dirigir à Secretaria da OAB/CE, localizada na Rua Lívio Barreto,
668 - Dionísio Torres.
12. REFERÊNCIAS
ARAÚJO JÚNIOR, Gediel Claudino de. Prática no processo civil. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
CAPEZ, Fernando. Curso de processo penal. 9. ed. São Paulo, Saraiva. 2003.
DAMIÃO, Regina Toledo; HENRIQUES, Antônio. Curso de português jurídico. 8. ed. São Paulo, Atlas, 2000.
DIDIER JÚNIOR, Fredie; SODRÉ, Eduardo. Direito processual civil, procedimentos especiais e juizados
especiais. Salvador: 2004. v. 3.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito de família. 10. ed. São Paulo: Saraiva, 2005, v. 2.
IBRAHIM, Fábio Zambite. Curso de direito previdenciário. 7. ed. Niterói: Impetus, 2006.
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito da seguridade social. 23. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
MILHOMENS, Jônatas e ALVES, Geraldo Magela. Manual prático do advogado. 20. ed. Rio de Janeiro:
Forense, 2007.
PACHECO, José da Silva. O mandado de segurança e outras ações constitucionais típicas. 4. ed. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2002.
SILVA, José Afonso. Curso de direito constitucional. 15. ed. São Paulo: Malheiros, 1998.
THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil. 40. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2003.
TOURINHO FILHO, Fernando. Código de processo penal comentado, 5 ed. São Paulo: Saraiva, 1999.
Ordem dos Advogados do Brasil Provimento Nº 01, de 25 de abril de 2000, da Ordem dos Advogados do Brasil
– Secção do Ceará.
Lei 6.494, de 07.12.1977 – Regulamenta o estágio de estudantes de estabelecimentos de ensino superior e de
ensino profissionalizante do 2º grau e supletivo;
Decreto Nº 87.497, de 18.08.1982;
Lei n.º 8.906, de 04.07.94 – Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB.
Lei nº 10.259, de 12 de julho de 2001 – Dispõe sobre a instituição dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais no
âmbito da Justiça Federal.
ANEXOS
ORIENTAÇÕES DA DEFENSORIA PÚBLICA GERAL DO ESTADO DO CEARÁ

- Caso o assistido não possua CPF: Descrever uma qualificação mais detalhada possível e
colher declaração assinada, abrindo um tópico sucinto, na petição inicial, informando a não
existência do número do CPF;

- Caso o assistido venha requerer Prontuário Médico – Alvarás ou Cautelares – colocar o ente
federativo como litisconsorte passivo (Município e/ou Estado);

- Nas ações de usucapião – solicitar, inicialmente, a Planta Baixa com o Memorial Descritivo
(Verificar http://www.etecs.ufc.br) e o Overlay, após a entrega desses documentos, os alunos
deverão elaborar os ofícios para os cartórios competentes;

- Nas ações de Execução de Alimentos, 03 (três) últimos meses, pedir a inclusão do nome do
devedor nos cadastros de restrição ao crédito.

-Nas ações de Exoneração de Alimentos pedir a devolução, em dobro, dos valores pagos;

- Ações de Adoção e Autorização para trabalho de menor – Encaminhar para o Núcleo de


Atendimento da Defensoria da Infância e da Juventude – NADIJ, que atua nas Varas da
Infância e Juventude, no Fórum Clóvis Beviláqua, em razão da complexidade do pedido.
Horário de Funcionamento 08hrs às 17hrs -
Telefones: (85) 3499.7945/ 3499.7946/ 98616.8181

- Nos pedidos de autorização para viagem de menor, encaminhar para as Varas da Infância e
Juventude diretamente;

- Nas ações de guarda, a regra é a competência das Varas de Família, a competência,


entretanto, será das Varas da Infância e Juventude quando o menor estiver inserido em
situação de risco ou quando o autor do pedido de guarda não for parente do menor (risco
presumido), nesses dois casos será necessário juntar prova documental prévia – laudo médico,
psicológico e de um assistente social, por exemplo – da situação de risco;

- Nos casos em que há necessidade de tradução de documento, o tradutor público será


custeado pela Defensoria Pública do Estado. O assistido deverá trazer o documento a ser
traduzido, caso algum Defensor se encontre presente na Secretaria Real, encaminhar o
assistido a sua presença para que o documento possa ser digitalizado e o assistido receba as
orientações necessárias. Caso nenhum Defensor se encontre presente, encaminhar o assistido
diretamente para o Núcleo Central – Sede da Defensoria Pública do Estado;

- Sempre pedir a intimação do MP;

- Não colocar parentes no rol de testemunhas, caso o assistido não possua nenhuma
testemunha ele deverá assinar termo de responsabilidade comprometendo-se a levar o rol de
testemunhas ao Defensor responsável pelo processo Judicial;

- Sucessões: havendo bens imóveis e móveis – veículo automotor – elaborar ação de


Inventário e não ALVARÁ JUDICIAL; Caso exista acordo entre os herdeiros, elaborar a ação
pelo rito do Arrolamento;

- Na sucessão de imóveis que não possuem matrícula/registro no cartório competente:


ingressar com ação de Inventário, com a nomeação do(a) Inventariante este(a) poderá ajuizar
ação de Usucapião do imóvel a ser partilhado;
- Nas ações de Pedido de Curatela/Interdição, pedir atestado de Idoneidade, atestado de
sanidade Física e Mental certidão negativa de processos judicias do autor da interdição. As
certidões de processos judiciais poderão ser obtidas pela internet;

-Tendo em vista a publicação da Súmula 39 do TJ/CE, cujo conteúdo segue abaixo, as Ações
de Exoneração e de Revisão de Alimentos devem ser distribuídas por dependência das Ações
de Alimentos anteriormente interpostas.
SÚMULA 39: “A ação de exoneração ou revisional de alimentos, por conveniência
instrutória, deve ser processada e julgada no juízo que primeiro conheceu da matéria, se
distribuída no mesmo foro.”

REVISIONAL CARTÃO

A Petição deve conter (ALÉM DAS DEMAIS EXIGÊNCIAS DO CHECK LIST):

a) direcionamento ao Juízo por extenso

AO JUIZO DA ____ VARA CÍVEL DA COMARCA DE FORTALEZA, ESTADO DO


CEARÁ.

b) nome da ação:

REVISIONAL DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS DE CARTÃO DE CRÉDITO C/C


PEDIDO DE DEPÓSITO INCIDENTE E REPETIÇÃO DO INDÉBITO E TUTELA
ANTECIPÁDA (RITO ORDINÁRIO)

c) qualificação completa de ambas as partes, empresa com o endereço da efetiva sede, CNPJ,
CEP, etc.

d) DOS FATOS: mencionar, com riqueza de detalhes:

d.1) em que data ocorreu a adesão, se a parte autora assinou o contrato;


d.2) como se deu a adesão e em que condições, se a parte promovente participou da confecção
das cláusulas do contrato, etc.;
d.3) qual a compreensão que teve o/a autor/a em relação ao contrato:
d.4) se foi disponibilizado à parte promovente a leitura minuciosa do contrato;
d.5) se foi disponibilizado à parte promovente qualquer cópia do contrato;
d.6) se foi cobrado no contrato consectários ilegais à época da normalidade do contrato,
a exemplo de capitalização sem pacto, comissão de permanência sem pacto e cláusula –
mandato sem pacto. Diz-se que não há pacto, no sentido do termo, à falta de acolhimento
do art. 54, $ 3º e 4º do CDC (condições de validade da cláusula restritiva);
d.7) referência à descaracterização da mora debendi e abusividade da cobrança, em face da
inclusão dos consectários ilegais embutidos no valor total que deu origem as parcelas, tudo
capitalizado, deixando claro que a prefixação das parcelas não altera tal contexto de
abuso.
d.8) se o DECON recalculou tais valores com os devidos expurgos;

OBS.: PREFERÍVEL NÃO DIZER QUE A PARTE PROMOVENTE ESTÁ EM DÉBITO


(SE FOR O CASO), EM FACE DE CRISE ECONÔMICA E/OU DIFICULDADE
FINANCEIRA PRÓPRIA. EVENTUAL DÉBITO DEVE SER VISTO COMO COBRANÇA
ILÍCITA, PELA DESCARACTERIZAÇÃO DA MORA DEBENDI REPASSADA AO
CREDOR (MORA DO CREDOR). PORTANTO, PEDINDO O AUTOR O EQUILÍBRIO
CONTRATUAL A QUE TEM DIREITO.
DO DIREITO:

I – DA IMPOSSIBILIDADE DE CAPITALIZAÇÃO NO CASO CONCRETO:

a MP 2.170-36/2001 possui duvidosa constitucionalidade, estando o assunto em debate junto


ao STF;
no mais, a MP 2.170-33/2001 deve ser contextualizada segundo a aplicação da Súmula 121
do STJ (interpretação sistêmica);
a MP 2.170-36/2001 tem requisitos de aplicação não satisfeitos no caso cuidado, em
totalidade, faltando qualquer pactuação expressa de capitalização nos moldes do art. 54, $ 3º e
4º do CDC.

II – DA ABUSIVIDADE DOS JUROS

falta de informação no contrato, nos moldes do art. 54, $ 3º e 4º do CDC, dos juros
aplicados.
mesmo que assim não fosse, convém notar que aos supostos juros apostos no contrato de
forma unilateral pelo Promovido, ESTÃO MUITO ACIMA DA TAXA MÉDIA DE
MERCADO. Portanto, os juros reais aplicados são extorsivos.

III – DA DESCARACTERIZAÇÃO DA MORA E EFEITOS:

demostrar que houve descaracterização da mora debendi no caso concreto, com os seus
correlatos efeitos: a) repasse da mora ao credor; b) impedimento às restrições cadastrais;

IV – DA NULIDADE DE MULTA MORATÓRIA:

se a mora resta descaracterizada, não se pode falar em consectários dessa mora, afastando-se
a distada multa moratória;

V – DA FALTA DE PACTUAÇÃO DA COMISSÃO DE PERMANÊNCIA:

ausência de pacto (art. 54, $ 3º e 4º do CDC) no caso concreto do aludido instituto;


não acolhimento dos requisitos do instituto no caso concreto (sobre o assunto, vide tais
requisitos segundo o STJ no AgRg no Resp 683092/RS – pactuação; cobrança de forma
exclusiva; que não supere a soma dos outros consectários de mora);
mesmo que isso não ocorresse no caso sob exame, ainda restaria o desacolhimento das
Súmulas 30, 294 e 295.

VI – DO ABUSO DO PODER ECONÔMICO PERPETRADO – MATÉRIA


CONSTITUCIONAL VENTILADA:

a par do que já foi dito a MP 2.170-36/2001;


agressão ao art.170 e art. 173, $ 4º da CF;
exame difuso da constitucionalidade.

VII – DOS REQUISITOS DA CLÁUSULA – MANDATO E OBRIGAÇÃO DE PROVA DA


CAPTAÇÃO.

VIII – DA MÁ-FÉ DO PROMOVIDO NA FORMAÇÃO E EXECUÇÃO DO CONTRATO


Adequar ao caso concreto, eis que o Réu provocou o desequilíbrio contratual e, após, fazer
referência de que a má-fé será repassada ao exame da causa (má-fé processual) pela litigância
de má-fé no caso em que venha o promovido a opor defesa contra texto expresso do CDC ou
da Constituição, nos termos do art. 17, I, do CPC, hipótese em que as custas e honorários
devem ser deferidas pelo máximo contra o promovido;

IX – DA ANTECIPAÇÃO DA TUTELA (desenvolver segundo os requisitos do instituto/ caso


concreto):

X – DA TEORIA DO SUPERENDIVIDAMENTO:

a) Que seja oficiada a distribuição do Fórum para que seja respeitado o juízo de prevenção
em relação ao ingresso de toda causa entre as partes em razão do contrato;
b) Conceder a antecipação de tutela, liminarmente, com a declaração de nulidade de cláusulas/
práticas abusivas aplicadas indevidamente pelo promovido, incluindo cláusula de foro de
eleição, com a inversão do ônus da mora e do onus probandi liminarmente deferidos;
c) Após, seja citado o promovido para apresentar contestação, no prazo legal, pena de revelia
e efeitos, como a de confissão ficta quanto à matéria de fato, sendo intimado da inversão do
ônus da prova e da obrigação de trazer aos autos do processo todos os documentos
relacionados ao contrato e este próprio, na íntegra.
d) Mantendo -se a antecipação da tutela, a final, REVISIONADO o contrato celebrado entre
as partes, com os correlatos expurgos, observados:
d.1) o expurgo dos encargos ilegais tais como SPREAD além dos juros normais mais
capitalização, comissão de permanência e cláusula-mandato não pactuados;
d.2) o expurgo da capitalização ilegal e dos juros cobrados cumulativamente com taxas
indevidas;
d.3) o restabelecimento do equilíbrio contratual;
d.4) a descaracterização da mora;
d.5) o afastamento de qualquer cláusula, incluindo a de comissão de permanência, cláusula-
mandato ou de spread em desacordo com o art. 54, $ 3º e 4º do CDC.;
OBS.: PEDIR PARA QUE OS ALUNOS LEIAM OS CONTRATOS, EIS QUE NESTES SE
VÊ SPREAD MAIS DE 10%, JUNTO COM JUROS, TAXAS ETC.
d.6) a repetição de indébito;
d.7) prequestionamento de matéria federal e constitucional, controle difuso quanto ao último;
d.8) a intimação do MP;
d.9)ônus de sucumbência;
d.10) protesto e requerimento por provas
d.11) valor da causa – valor do contrato.
d.12) data/assinaturas.
PETIÇÃO MODELO

AO JUIÍZO DA ____ VARA ____________________ DA COMARCA DE


FORTALEZA(CE):

NOME DA AÇÃO

XXXXXXX, menor impúbere, neste ato representado por sua genitora, Sra.
YYYYYYYY, nacionalidade, estado civil, mencionar a existência de união estável, profissão
, RG Nº. xxxxxxxx, SSP/CE, inscrita no CPF sob o n.º xxx.xxx.xxx-xx, residente e
domiciliada nesta urbe à rua xxxxx, Nº xx, Apto. xxx, Bairro xxxx, CEP: xxxxxxx 1,
TELEFONE: xxxxx, EMAIL: xxxx@xxxxx, vem, com o devido acatamento, por intermédio
do Defensor Público que esta subscreve, perante Vossa Excelência, interpor a presente AÇÃO
DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE, em face de XXXXXXXXXXXXXXXXX,
brasileiro, solteiro, descarregador, residente e domiciliado na Rua xxxxxxxxxxxxx, nº. xxxxx,
Bairro xxxx, nesta Capital, CEP xxxxxxxx, alicerçado nos fundamentos de fato e de Direito
que passa a discorrer para, ao final, postular:

1 DISPONIBILIZADO O CEP GERAL E NÃO O ESPECÍFICO TENDO EM VISTA A INEXISTÊNCIA DESTE ÚLTIMO NOS
CADASTROS DO SÍTIO ELETRÔNICO DOS CORREIOS E GOOGLE MAPS.
JUSTIÇA GRATUITA E PRERROGATIVAS DA DEFENSORIA PÚBLICA

Inicialmente a parte autora declara-se pobre na forma da lei tendo em vista não
ter condições de arcar com as custas e demais despesas processuais sem prejuízo do sustento
próprio ou de sua família, razão pela qual comparece assistido(a) pela Defensoria Pública do
Estado do Ceará, autorizada a atuar por força dos artigos 1º e 4º inc. IV da Lei
Complementar Federal nº 80/94.

Assim, requer(m) preliminarmente os benefícios da gratuidade judiciária,


tendo em vista enquadra-se na situação legal prevista para sua concessão 2 (artigo 98
caput e §1º,§5º do NCPC 3) bem como a observância das prerrogativas processuais do
defensor público ao final assinado, sobretudo (I) a intimação pessoal e (II) prazos processuais
em dobro, tudo em conformidade com o artigo 128 da Lei Complementar Federal nº.
80/944.

DOS FATOS

Narrativa dos fatos de forma lógica. Lembrar que é da sinopse fática que se
fundamenta a possível relação jurídica sustentadora da ação judicial, posto que são dos fatos
que originam-se os direitos que dão fundamentação as pretensões do autor.

Ressalte-se também, a importância da existência do liame subjetivo, no final


da narrativa fática, entre os fatos e o direito.

2STJ - AgRg no REsp 846478/MS – “Para a concessão do benefício da assistência judiciária gratuita basta a afirmação da parte que não tem
condições de arcar com as custas e demais despesas processuais” Relator(a): Ministro ALDIR PASSARINHO JUNIOR. Órgão Julgador:
QUARTA TURMA. Data do Julgamento: 28/11/2006. Data da Publicação: DJ 26/02/2007 p. 608.
3CPC/15. Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas
processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. § 1o A gratuidade da justiça compreende: I - as
taxas ou as custas judiciais; II - os selos postais; III - as despesas com publicação na imprensa oficial, dispensando-se a publicação em outros
meios; IV - a indenização devida à testemunha que, quando empregada, receberá do empregador salário integral, como se em serviço
estivesse; V - as despesas com a realização de exame de código genético - DNA e de outros exames considerados essenciais; VI - os
honorários do advogado e do perito e a remuneração do intérprete ou do tradutor nomeado para apresentação de versão em português de
documento redigido em língua estrangeira; VII - o custo com a elaboração de memória de cálculo, quando exigida para instauração da
execução; VIII - os depósitos previstos em lei para interposição de recurso, para propositura de ação e para a prática de outros atos
processuais inerentes ao exercício da ampla defesa e do contraditório; IX - os emolumentos devidos a notários ou registradores em
decorrência da prática de registro, averbação ou qualquer outro ato notarial necessário à efetivação de decisão judicial ou à continuidade de
processo judicial no qual o benefício tenha sido concedido.(….) § 5o A gratuidade poderá ser concedida em relação a algum ou a todos os
atos processuais, ou consistir na redução percentual de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento.
4 L.C n.º80/94. Art. 128. São prerrogativas dos membros da Defensoria Pública do Estado, dentre outras que a lei local estabelecer: I -
receber intimação pessoal em qualquer processo e grau de jurisdição, contando-se-lhe em dobro todos os prazos;
DO DIREITO
DO DIREITO A FILIAÇÃO:

O artigo 227, §6º da Constituição Federal (CF/88) estabelece:

CF/88
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à
criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito
à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda
forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade
e opressão. (...)
§ 6º Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por
adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer
designações discriminatórias relativas à filiação.

O artigo 27 do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90)


confere à criança ou adolescente o direito de ver reconhecida judicial ou extrajudicialmente a
filiação, sic:
ECA

Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é direito


personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser exercitado
contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer restrição, observado o
segredo de Justiça.

O artigo 1.596 e o artigo 10, inciso II do Código Civil (CC/02) estabelecem:

CC/02
Art. 1.596. Os filhos, havidos ou não da relação de casamento, ou por
adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer
designações discriminatórias relativas à filiação.
Art. 10. Far-se-á averbação em registro público:
(...)
II - dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou
reconhecerem a filiação;

DA PROVA DE FILIAÇÃO:

A prova da paternidade que pretende-se ver reconhecida, fundamenta-se tanto


em relatos das testemunhas ao final arroladas quanto em exame de DNA, a ser realizado em
data futura e por determinação deste juízo.

Neste ponto cumpre observar que a negativa do promovido em proceder o


referido exame implicará em presunção de paternidade em seu desfavor, conforme disposição
contida no artigo 2º parágrafo único da Lei nº 8.560/92, com a redação dada pela
Lei nº 12.004/2009, sic:
Lei nº 8.560/92

o
Art. 2 -A. Na ação de investigação de paternidade, todos os meios
legais, bem como os moralmente legítimos, serão hábeis para provar a
verdade dos fatos.

Parágrafo único. A recusa do réu em se submeter ao exame de


código genético - DNA gerará a presunção da paternidade, a ser
apreciada em conjunto com o contexto probatório.

DO DIREITO A ALIMENTOS:

O artigo 229 da Constituição Federal (CF/88) estabelece:

CF/88

Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos


menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais
na velhice, carência ou enfermidade.
O artigo 1.696 do Código Civil e o artigo 22 do ECA-Estatuto da Criança e
do Adolescente preveem:

CC/02

Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e


filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos
mais próximos em grau, uns em falta de outros.

ECA

Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos
filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação
de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais.

No caso concreto, comprovada a relação de parentesco, torna-se inquestionável


o dever do promovido de prestar alimentos ao menor em questão a partir da citação da
presente demanda, conforme Súmula nº 277 do STJ-Superior Tribunal de Justiça.

STJ

SUMULA N.º 277: “Julgada procedente a investigação de


paternidade, os alimentos são devidos a partir da citação”.

DO VALOR DOS ALIMENTOS

O critério de fixação dos alimentos provisionais, provisórios ou definitivos


está previsto no artigo 1.694, § 1º, do Código Civil, que determina seja observado o binômio
necessidade x possibilidade.
A despeito da inexistência de fórmula matemática, a verba alimentar não pode
ser arbitrada em quantia irrisória, imprópria para suprir as exigências vitais do alimentando,
tampouco em valor excessivo, capaz de levar à insolvência do(a) obrigado(a).

Assim, no caso em análise, o(a) autor(a), requer a fixação de prestação


alimentar mensal no valor de X % dos vencimentos (incidentes sobre férias, 13º, multa
rescisória e FGTS), com vencimento no dia XXX de cada mês, pagos mediante desconto em
folha de pagamento do empregador e/ou depósito em conta bancária aberta por determinação
judicial. Na hipótese de desemprego ou emprego informal, os alimentos serão de
X % do salário-mínimo.

DO RITO PROCESSUAL

O artigo 693 do Novo Código de Processo Civil estabelece:

CAPÍTULO X
DAS AÇÕES DE FAMÍLIA

Art. 693. As normas deste Capítulo aplicam-se aos processos


contenciosos de divórcio, separação, reconhecimento e extinção de
união estável, guarda, visitação e filiação.
Parágrafo único. A ação de alimentos e a que versar sobre interesse de
criança ou de adolescente observarão o procedimento previsto em
legislação específica, aplicando-se, no que couber, as disposições
deste Capítulo.
Art. 694. Nas ações de família, todos os esforços serão empreendidos para a
solução consensual da controvérsia, devendo o juiz dispor do auxílio de
profissionais de outras áreas de conhecimento para a mediação e conciliação.
Parágrafo único. A requerimento das partes, o juiz pode determinar a
suspensão do processo enquanto os litigantes se submetem a mediação
extrajudicial ou a atendimento multidisciplinar.
Art. 695. Recebida a petição inicial e, se for o caso, tomadas as
providências referentes à tutela provisória, o juiz ordenará a citação do
réu para comparecer à audiência de mediação e conciliação, observado o
disposto no art. 694.

§ 1o O mandado de citação conterá apenas os dados necessários à audiência


e deverá estar desacompanhado de cópia da petição inicial, assegurado
ao réu o direito de examinar seu conteúdo a qualquer tempo.

§ 2o A citação ocorrerá com antecedência mínima de 15 (quinze) dias da


data designada para a audiência.

§ 3o A citação será feita na pessoa do réu.

§ 4o Na audiência, as partes deverão estar acompanhadas de seus


advogados ou de defensores públicos.
Art. 696. A audiência de mediação e conciliação poderá dividir-se em tantas
sessões quantas sejam necessárias para viabilizar a solução consensual, sem
prejuízo de providências jurisdicionais para evitar o perecimento do direito.
Art. 697. Não realizado o acordo, passarão a incidir, a partir de então, as
normas do procedimento comum, observado o art. 335.
Art. 698. Nas ações de família, o Ministério Público somente intervirá
quando houver interesse de incapaz e deverá ser ouvido previamente à
homologação de acordo.
Art. 699. Quando o processo envolver discussão sobre fato relacionado a
abuso ou a alienação parental, o juiz, ao tomar o depoimento do incapaz,
deverá estar acompanhado por especialista.

DA JURISPRUDÊNCIA

O STF- Supremo Tribunal Federal, sic:

"A constituição Federal adota a família como base da sociedade a ela


conferindo proteção do Estado. Assegurar à criança o direito à dignidade, ao
respeito e à convivência familiar pressupõe reconhecer seu legítimo direito
de saber a verdade sobre sua paternidade, decorrência lógica do direito à
filiação ( CF, artigos 226, §§ 3º, 4º, 5º e 7º; 227, § 6º). (...)
O direito à intimidade não pode consagrar a irresponsabilidade paterna, de
forma a inviabilizar a imposição ao pai biológico dos deveres resultantes de
uma conduta volitiva e passível de gerar vínculos familiares. Essa garantia
encontra limite no direito da criança e do Estado em ver reconhecida, se for
o caso, a paternidade." (cf. STF-RE 248.869, Rel. Min. Maurício Corrêa,
julgamento em 7-8-03, DJ de 12-3-04)

DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA ANTECIPADA EM CARÁTER INCIDENTAL


ALIMENTOS PROVISÓRIOS

Nos termos dos artigos 294 e seguintes do CPC/2015:

Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou


evidência.

Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada,


pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental.

Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do


pagamento de custas.

Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do


processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou
modificada.Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a tutela
provisória conservará a eficácia durante o período de suspensão do processo.

Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas


para efetivação da tutela provisória.

Parágrafo único. A efetivação da tutela provisória observará as normas


referentes ao cumprimento provisório da sentença, no que couber.

Art. 298. Na decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela


provisória, o juiz motivará seu convencimento de modo claro e preciso.

Art. 299. A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando


antecedente, ao juízo competente para conhecer do pedido principal.

O artigo 300 do CPC/15- Novo Código de Processo Civil estabelece:

Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos


que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco
ao resultado útil do processo.

§ 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso,


exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra
parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte
economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.

§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após


justificação prévia.

§ 3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida


quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.(...)

No caso concreto:

(A) a PROBABILIDADE DO DIREITO está demonstrada pelo fato de o


assistido ser menor impúbere sob a necessidade de constante atenção e cuidados especiais e;

(B) o PERIGO DE DANO OU O RISCO AO RESULTADO ÚTIL DO


PROCESSO reside no fato de que não pode a genitora arcar com os custos da menor.

DOS ALIMENTOS PROVISIONAIS:

O artigo 7º da Lei nº 8.560/92 estabelece:


Art. 7° Sempre que na sentença de primeiro grau se reconhecer a
paternidade, nela se fixarão os alimentos provisionais ou definitivos
do reconhecido que deles necessite.

O STJ-Superior Tribunal de Justiça tem entendimento consolidado (ver


RESP n.º 1170224. DJe 07/12/2010) de que “a possibilidade de fixação de alimentos
provisionais em sede de ação de investigação de paternidade é disciplinada pelo art. 7º da
Lei nº 8.520/92” e que “ os alimentos provisionais liminarmente concedidos destinam-se a
suprir as necessidades vitais do alimentando, enquanto estiver pendente a ação principal.
Revestem-se de cunho marcadamente antecipatório, porque prescindem do trânsito em
julgado na investigatória de paternidade e são devidos a partir da decisão que os arbitrou.”

Assim, requer a concessão de TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA


ANTECIPADA EM CARÁTER INCIDENTAL de ALIMENTOS PROVISÓRIOS no
valor de mensal de 40 % dos vencimentos (incidentes sobre férias, 13º, multa rescisória e
FGTS), com vencimento no dia 05 de cada mês, pagos mediante desconto em folha de
pagamento do empregador e/ou depósito em conta bancária aberta por determinação judicial.
Na hipótese de desemprego ou emprego informal, os alimentos serão de 30 % do
salário-mínimo, devendo o(a) réu(ré) ser advertido(a) que o descumprimento configura ato
atentatório à dignidade da justiça a ensejar (além de eventuais sanções criminais, civis) a
aplicação de multa de até 20% do valor da causa OU 10 salários-mínimos por dia
(cf. artigo 77, inciso IV, §1º, §2º, §4º, §5º do CPC/155).

DOS PEDIDOS

Assim com fundamento no artigo 227, §6º e artigo 229 caput da CF/88,
artigo 22 e 27 do ECA; artigos 10 inciso I, 1.596, 1694 § 1º e 1.696 do CC/02;
artigo 2º da Lei nº 8.560/92 e artigo 693 e seguintes do CPC/15, requer a Vossa Excelência:

5 CPC/15. Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer
forma participem do processo: (…) IV - cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar
embaraços à sua efetivação; (…) § 1o Nas hipóteses dos incisos IV e VI, o juiz advertirá qualquer das pessoas mencionadas no caput de que
sua conduta poderá ser punida como ato atentatório à dignidade da justiça. § 2 o A violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato
atentatório à dignidade da justiça, devendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável
multa de até vinte por cento do valor da causa, de acordo com a gravidade da conduta. § 3o Não sendo paga no prazo a ser fixado pelo juiz, a
multa prevista no § 2o será inscrita como dívida ativa da União ou do Estado após o trânsito em julgado da decisão que a fixou, e sua
execução observará o procedimento da execução fiscal, revertendo-se aos fundos previstos no art. 97. § 4o A multa estabelecida no §
2o poderá ser fixada independentemente da incidência das previstas nos arts. 523, § 1o, e 536, § 1o. § 5o Quando o valor da causa for
irrisório ou inestimável, a multa prevista no § 2o poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo.
1) o recebimento da inicial com a qualificação apresentada (cf. artigo 319,
inciso II, e §2º e 3ºdo CPC/156);

2) o processamento da ação sob segredo de justiça (cf. artigo 189, inciso II do


CPC/157);
3) o deferimento da gratuidade judiciária integral para todos os atos
processuais (cf. artigo 98 caput e §1º,§5º do CPC/8);

4) o deferimento de ALIMENTOS PROVISÓRIOS a título de


TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA ANTECIPADA EM CARÁTER
INCIDENTAL no valor de mensal de 40 % dos vencimentos (incidentes sobre férias, 13º,
multa rescisória e FGTS), com vencimento no dia 05 de cada mês, pagos mediante desconto
em folha de pagamento do empregador e/ou depósito em conta bancária aberta por
determinação judicial. Na hipótese de desemprego ou emprego informal, os alimentos serão
de 30 % do salário-mínimo, devendo o(a) réu(ré) ser advertido(a) que o descumprimento
configura ato atentatório à dignidade da justiça a ensejar (além de eventuais sanções
criminais, civis) a aplicação de multa de até 20% do valor da causa OU 10 salários-mínimos
por dia (cf. artigo 300 e artigo 77, inciso IV, §1º, §2º, §4º, §5º do CPC/159).

5) a designação de audiência de conciliação ou mediação tendo em vista o


interesse declarado(a) do(a) autor(a)(s) por via alternativa de solução do litígio (cf. artigo 319,

6 CPC/15. Art. 319. A petição inicial indicará: (II) os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o
número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a
residência do autor e do réu; (…) § 2 o A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II,
for possível a citação do réu. § 3 o A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a
obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.
7 CPC/15. Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos: (…) II - que versem sobre
casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes;
8 CPC/15. Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas
processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. § 1o A gratuidade da justiça compreende: I - as
taxas ou as custas judiciais; II - os selos postais; III - as despesas com publicação na imprensa oficial, dispensando-se a publicação em outros
meios; IV - a indenização devida à testemunha que, quando empregada, receberá do empregador salário integral, como se em serviço
estivesse; V - as despesas com a realização de exame de código genético - DNA e de outros exames considerados essenciais; VI - os
honorários do advogado e do perito e a remuneração do intérprete ou do tradutor nomeado para apresentação de versão em português de
documento redigido em língua estrangeira; VII - o custo com a elaboração de memória de cálculo, quando exigida para instauração da
execução; VIII - os depósitos previstos em lei para interposição de recurso, para propositura de ação e para a prática de outros atos
processuais inerentes ao exercício da ampla defesa e do contraditório; IX - os emolumentos devidos a notários ou registradores em
decorrência da prática de registro, averbação ou qualquer outro ato notarial necessário à efetivação de decisão judicial ou à continuidade de
processo judicial no qual o benefício tenha sido concedido.(….) § 5o A gratuidade poderá ser concedida em relação a algum ou a todos os
atos processuais, ou consistir na redução percentual de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento.
9 CPC/15. Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer
forma participem do processo: (…) IV - cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar
embaraços à sua efetivação; (…) § 1o Nas hipóteses dos incisos IV e VI, o juiz advertirá qualquer das pessoas mencionadas no caput de que
sua conduta poderá ser punida como ato atentatório à dignidade da justiça. § 2 o A violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato
atentatório à dignidade da justiça, devendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável
multa de até vinte por cento do valor da causa, de acordo com a gravidade da conduta. § 3o Não sendo paga no prazo a ser fixado pelo juiz, a
multa prevista no § 2o será inscrita como dívida ativa da União ou do Estado após o trânsito em julgado da decisão que a fixou, e sua
execução observará o procedimento da execução fiscal, revertendo-se aos fundos previstos no art. 97. § 4o A multa estabelecida no §
2o poderá ser fixada independentemente da incidência das previstas nos arts. 523, § 1o, e 536, § 1o. § 5o Quando o valor da causa for
irrisório ou inestimável, a multa prevista no § 2o poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo.
inciso VII do CPC/1510); devendo o(a) autor(a) ser intimado pessoalmente da data de
realização em virtude não se encontrar assistido por advogado particular, mas sim por
Defensor(a) Público(a) Estadual (cf. artigo 334 §3º c/c artigo 186 §2º do CPC/1511);

6) a citação do(a) réu(ré) para comparecer à audiência de


conciliação/mediação (cf. artigo 695, §1º do CPC/12) e apresentação de contestação no prazo
de 15 dias subsequentes à sua realização OU protocolo do pedido de cancelamento pelo(a)
promovido(a) (cf. artigo 335, incisos I e II do CPC/1513);

7) a intimação do Ministério Público Estadual para intervir como fiscal da


ordem jurídica (cf. artigo 178, incisos I e II do CPC/1514 c\c artigo 698 do CPC/1515);

8) o julgamento antecipado TOTAL de mérito caso: (8.1) não haja necessidade


de produção de outras provas ou (8.2) o réu seja revel (artigo 355, incisos I e II do CPC/1516);

9) o julgamento antecipado PARCIAL de mérito caso: (6.1) haja pedido(s)


formulado(s) incontroverso(s) ou (6.2) haja pedido(s) em condição(ões) de julgamento
(cf. artigo 356, incisos I e II do CPC/1517);

10) Não ocorrendo nenhuma das hipóteses de julgamento antecipado


TOTAL ou PARCIAL de mérito, requer decisão de saneamento e de organização do
processo:
(10.1) delimitando as questões de fato e definindo a distribuição do ônus
da prova;

10 CPC/15. Art. 319. A petição inicial indicará: (…)VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de
mediação.
11 CPC/15. Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz
designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos
20 (vinte) dias de antecedência. (…) § 3o A intimação do autor para a audiência será feita na pessoa de seu advogado. Art. 186. A
Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais. (…) § 2o A requerimento da Defensoria Pública,
o juiz determinará a intimação pessoal da parte patrocinada quando o ato processual depender de providência ou informação que somente por
ela possa ser realizada ou prestada.
12 CPC/15. Art. 695. Recebida a petição inicial e, se for o caso, tomadas as providências referentes à tutela provisória, o juiz ordenará a
citação do réu para comparecer à audiência de mediação e conciliação, observado o disposto no art. 694.
13 CPC/15. Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data:
I - da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou,
comparecendo, não houver autocomposição; II - do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação
apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso I;
14 CPC/15. Art. 178. O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como fiscal da ordem jurídica nas
hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos processos que envolvam: I - interesse público ou social; II - interesse de incapaz;
III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.
15 CPC/15. Art. 698. Nas ações de família, o Ministério Público somente intervirá quando houver interesse de incapaz e deverá ser ouvido
previamente à homologação de acordo.
16 CPC/15. Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando: I - não houver
necessidade de produção de outras provas; II - o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não houver requerimento de prova, na
forma do art. 349.
17 CPC/15. Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles: I - mostrar-se
incontroverso; II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355.
(10.2) designando a realização de exame de código genético (DNA) de
forma gratuita (cf. artigo 98, §1º, V do CPC/15 18); aplicando-se a presunção de paternidade no
caso de recusa injustificada do réu (cf. artigo 2º parágrafo único da Lei nº 8.560/9219);

(10.3) designando se necessário de audiência de instrução e julgamento


intimação prévia e feita por via judicial da(s) testemunha(s) arrolada(s) pela Defensoria
Pública do Estado do Ceará (cf. artigo 357 e artigo 455, §4º, inciso IV do CPC/1520);

11) Ao final, proferir sentença de resolução de mérito acolhendo o pedido de:

11.1) declaração da FILIAÇÃO, expedindo-se mandado de averbação ao


Cartório de Registro Civil para que INCLUA O GENITOR E DOS AVÓS PATERNOS no
registro civil de nascimento do(a) autor(a), (informar se deseja ou não incorporar o sobrenome
do pai), fornecendo-lhe de forma gratuita 2ª via atualizada (cf. artigo 98 caput e §1º,§5º do
CPC/1521);
11.2) condenação do(a) promovido(a) a prestar
ALIMENTOS DEFINITIVOS no valor mensal de 40 % dos vencimentos (incidentes
sobre férias, 13º, multa rescisória e FGTS), com vencimento no dia 05 de cada mês, pagos
mediante desconto em folha de pagamento do empregador e/ou depósito em conta bancária
aberta por determinação judicial. Na hipótese de desemprego ou emprego informal, os
alimentos serão de 30 % do salário-mínimo (cf. artigo 487, inciso I do CPC/1522)e;

11.3) condenação do(a) promovido(a) ao pagamento de honorários


advocatícios a serem fixados entre 10% e 20% sobre o valor da condenação/proveito

18 CPC/15. Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas
processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. § 1o A gratuidade da justiça compreende: (…)
V - as despesas com a realização de exame de código genético - DNA e de outros exames considerados essenciais;
19 Lei nº 8.560/92. Art. 2o-A. Na ação de investigação de paternidade, todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, serão
hábeis para provar a verdade dos fatos. Parágrafo único. A recusa do réu em se submeter ao exame de código genético - DNA gerará a
presunção da paternidade, a ser apreciada em conjunto com o contexto probatório.
20 CPC/15. Art. 357. Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo, deverá o juiz, em decisão de saneamento e de organização do
processo: I - resolver as questões processuais pendentes, se houver; II - delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade
probatória, especificando os meios de prova admitidos; III - definir a distribuição do ônus da prova, observado o art. 373; IV - delimitar as
questões de direito relevantes para a decisão do mérito; V - designar, se necessário, audiência de instrução e julgamento.Art. 455. Cabe ao
advogado da parte informar ou intimar a testemunha por ele arrolada do dia, da hora e do local da audiência designada, dispensando-se a
intimação do juízo. (…) § 4o A intimação será feita pela via judicial quando: (…) IV - a testemunha houver sido arrolada pelo Ministério
Público ou pela Defensoria Pública;
21CPC/15. Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas
processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. § 1o A gratuidade da justiça compreende: I - as
taxas ou as custas judiciais; II - os selos postais; III - as despesas com publicação na imprensa oficial, dispensando-se a publicação em outros
meios; IV - a indenização devida à testemunha que, quando empregada, receberá do empregador salário integral, como se em serviço
estivesse; V - as despesas com a realização de exame de código genético - DNA e de outros exames considerados essenciais; VI - os
honorários do advogado e do perito e a remuneração do intérprete ou do tradutor nomeado para apresentação de versão em português de
documento redigido em língua estrangeira; VII - o custo com a elaboração de memória de cálculo, quando exigida para instauração da
execução; VIII - os depósitos previstos em lei para interposição de recurso, para propositura de ação e para a prática de outros atos
processuais inerentes ao exercício da ampla defesa e do contraditório; IX - os emolumentos devidos a notários ou registradores em
decorrência da prática de registro, averbação ou qualquer outro ato notarial necessário à efetivação de decisão judicial ou à continuidade de
processo judicial no qual o benefício tenha sido concedido.(….) § 5o A gratuidade poderá ser concedida em relação a algum ou a todos os
atos processuais, ou consistir na redução percentual de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento.
22 CPC/15. Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: I - acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção;
econômico obtido OU sendo este valor irrisório, arbitramento de valor por apreciação
equitativa (cf. artigo 85, §2º e §8º do CPC/15 23) que serão recolhidos em favor do
FAADEP- Fundo de Reaparelhamento da Defensoria Pública do Estado do Ceará (BANCO DO
BRASIL – Agência n. 008-6 – Conta n. 21.740-9);

12) Após o trânsito em julgado, o(a) promovido deverá ser intimado para dar
cumprimento voluntário à sentença no prazo legal (cf. artigo 513,§2º do CPC/15)24.

Precisar a necessidade ou não do pedido de produção de provas.


Verificar sempre os requisitos no CPC para estabelecer-se o valor da causa.
Atribui-se à causa o valor de R$ ( ).
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Fortaleza,__ de___________ de 2018.

DEFENSOR(A) PÚBLICO(A) ESTADUAL

ESTAGIÁRIO ESTAGIÁRIA

ROL DE TESTEMUNHAS:

OBS: Qualificar de forma completa as testemunhas, inclusive com CEP.

ROL DE DOCUMENTOS:
1)RG e CPF;
2)Comprovante de endereço
3)Etc…

23 CPC/15. Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor. (…) § 2 o Os honorários serão fixados
entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo
possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, atendidos: I - o grau de zelo do profissional; II - o lugar de prestação do serviço; III -
a natureza e a importância da causa; IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. (…) § 8o Nas causas em
que for inestimável ou irrisório o proveito econômico ou, ainda, quando o valor da causa for muito baixo, o juiz fixará o valor dos
honorários por apreciação equitativa, observando o disposto nos incisos do § 2o.
24 CPC/15. Art. 513. O cumprimento da sentença será feito segundo as regras deste Título, observando-se, no que couber e conforme a
natureza da obrigação, o disposto no Livro II da Parte Especial deste Código.§ 1o O cumprimento da sentença que reconhece o dever de
pagar quantia, provisório ou definitivo, far-se-á a requerimento do exequente. § 2 o O devedor será intimado para cumprir a sentença: I - pelo
Diário da Justiça, na pessoa de seu advogado constituído nos autos; II - por carta com aviso de recebimento, quando representado pela
Defensoria Pública ou quando não tiver procurador constituído nos autos, ressalvada a hipótese do inciso IV; III - por meio eletrônico,
quando, no caso do § 1o do art. 246, não tiver procurador constituído nos autos; IV - por edital, quando, citado na forma do art. 256, tiver
sido revel na fase de conhecimento.
DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA

O (a) assistido (a) pela DEFENSORIA PÚBLICA GERAL DO ESTADO, desejando


ingressar com ___________________________________________________________,
declara que é PESSOA HIPOSSUFICIENTE , requerendo os benefícios da Justiça Gratuita,
não podendo arcar com as custas processuais sem prejuízo de seu sustento e de sua família,
tudo com fundamento na lei nº 1.060/50 e na própria Carta Magna, art. 5º, LXXIV.

O parágrafo único do art. 5º da Lei Complementar nº 06, de 28 de maio de


1997 prever que “ A Defensoria Pública por seus Defensores, representará as partes em
juízo e no exercício das funções institucionais independentemente de procuração,
praticando todos os atos do procedimento e do processo, inclusive os recursais,
ressalvados os casos para os quais a lei exija poderes especiais”.

Fortaleza, ______de _________________ de ___________.

_________________________________________________
Assistido(a)
Telefone: ( )___________
CARTÃO DO ASSISTIDO
RELAÇÃO DE DOCUMENTOS

Observações Importantes:
a) A falta de qualquer um dos documentos indicados impede o andamento do seu
processo.
b) Agendar o retorno através dos Telefones 3477.3155 / 3477. 3332.
c) Caso não retorne até ______ /_____ / _______ o seu processo será arquivado neste
escritório.

( ) Carteira de Identidade Original e Cópia


( ) CPF Original e Cópia
( ) Comprovante de Endereço Original e Cópia
( ) Carteira de Trabalho-CTPS Original e Cópia
( ) Cópia do Processo Nº_________________________________
( ) Certidão de Nascimento Original e Cópia
( ) Certidão de Nascimento dos Filhos Original e Cópia
( ) Certidão de Casamento Original e Cópia
( ) Certidão de Óbito Original e Cópia
( ) Batistério Original e Cópia
( ) Atestado Médico com CID
( ) Cópia de Sentença de Separação Judicial
( ) Cópia de Sentença de Alimentos
( ) Exame de Corpo Delito
( ) Certidão Negativa Civil
( ) Justiça Federal ( ) Justiça Estadual
( ) Certidão Negativa Criminal
( ) Justiça Federal ( ) Justiça Estadual
( ) Polícia Federal ( ) Polícia Estadual

( )Outros. Especificar:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________

Data:_____/_____/______Anexos:__________________________________________
Assinatura:___________________________________
( ) 1ª Análise do(a) Defensor(a) Público(a) _____/_____
ENTRADA DA PETIÇÃO ____/_____/_______
( ) Outras Análises dos Defensores _____/_____/_____
ASSISTIDO:
PROFESSOR: ASSINATURA:
ALUNO(S):
NOME DA AÇÃO: REGISTRO:
Formulário Padrão de Providências para as Petições Iniciais P
FORMATAÇÃO:(A) Times New Roman– Espaço:“1,5”–Tam:“12”– Parágrafo: 2,5(inicio). CITAÇÕES: 4,0(recuo) e Letra
“10”– indicando a fonte; (B) TÓPICO - gratuidade da justiça e prerrogativas da Defensoria Pública, (art. 98 CPC), C) TÓPICO – Do e-mail
1
do peticionário, D) TÓPICO da Qualificação da parte contrária; (E) TÓPICO informando o desejo de realização ou não de AUDIÊNCIA DE
CONCILIAÇÃO (art. 319 CPC) (F) Rol de documentos; (G) declaração de hipossuficiência preenchida; (H) Rol de testemunhas
QUALIFICAÇÃO DAS PARTES: (A) Nacionalidade/Estado Civil/Profissão - CPF/CNPJ (Xerox ou Impressão do ‘site’ da Receita
Federal); (B) endereços completos - residência e/ou trabalho – com CEP [site: Correios ou Google Maps ou ligar para 3112-4144]; caso
2
inexistente destacar em NOTA DE RODAPÉ a ausência de sua indicação; (C) TELEFONE (D) Indicar se as partes possuem e-mail
(art. 319 CPC/15);
NARRATIVA DOS FATOS: (A) Clareza; (B) Coerência; (C) Sequência Lógica - (começo, meio e fim), (D) Evitar repetições excessivas de
3 palavras (E) Correta aplicação das regras de língua portuguesa, (F) Não tratar o autor como “assistido”, termo que deve ser utilizado
apenas no atendimento;
4 FUNDAMENTAÇÃO: (A) Legislação aplicável; (B) doutrina; (C) Jurisprudência – (preferencialmente STF, STJ e TJCE)

5 JUÍZO COMPETENTE (regras dos art. 42, 43, CPC)


DISTRIBUIÇÃO POR DEPENDÊNCIA: (A) Direcionamento; (B) Anotar em destaque na 1ª página da petição - n.º do processo; (C) fazer
6
pedido ao final de: (c.1) distribuição por dependência (c.3) e apensamento.
TRAMITAÇÃO PRIORITÁRIA: (A) artigo 1048 CPC – idoso, portador de doença grave, criança e adolescente; (B)
7
anotar em destaque na primeira página da petição; (C) formular pedido de tramitação prioritária
8 Representação/Assistência dos assistidos menores na qualificação da petição (art. 71, CPC e arts. 3.º e 4.º, CC)

9 Pedido de reconhecimento da gratuidade da justiça - Art. 5º LXXIV CF/88, art. 98 CPC/15 - Art. 2º §2º Lei Compl. Estad. nº 06/97
Verificar possibilidade de pedido de: (A) TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA OU EVIDÊNCIA (Art. 294 e seguintes do CPC)
10 ou (B) TUTELA ESPECIFICA - OBRIG. DE FAZER/ENTREGA DE COISA CERTA (Arts. 497, 498 CPC) ou (C) TUTELA
ESPECIFICA - DIR. CONSUMIDOR (Art. 84 do CDC), sob pena de aplicação de multa diária em caso de descumprimento.
Pedido de citação (art. 246, I, CPC/15) e requerendo os benefícios do §2° do art.212 do CPC; no caso de citação por precatória requerer o
11
CARÁTER ITINERANTE [Art. 262 do CPC];
12 Pedido de inversão do ônus da prova (CDC Art. 6º, VIII) ou aplicação da teoria dinâmica do ônus da prova (art. 373, §1º CPC).
Pedido de intimação do Ministério Público Estadual – SE FOR O CASO: (A) arts. 177, 178, c/c 279 do CPC (dir.
13 família/interdição/usucapião);(B) art. 201, 202 c/c 204 ECA (guarda/adoção), (C) art.s 75 c/c 77 do Est. Idoso (maior de 60 anos), (D) art.
79, §3º Lei n.º 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência).
Formular os PEDIDOS coerentes com os fundamentos de fato e de direito, e na ordem cronológica em que ocorrerão no processo,
14 incluindo: pedido de recebimento da inicial (319, II, §2° e §3° CPC/15), processamento da ação sob segredo de justiça, se for o caso
(artigo 189, inciso II do CPC/15), deferimento da gratuidade judiciária (artigo 98 caput e §1º,§5º do CPC/15)
Pedido de expedição de mandados de averbação/inscrição com expressa indicação de dispensa de cobrança de taxas e emolumentos
15
cartorários em virtude do reconhecimento/deferimento da gratuidade judiciária pelo juízo.
16 Pedido de condenação dos honorários defensorias a serem fixados entre 10% e 20% sobre o valor da condenação/proveito econômico obtido
OU sendo este valor irrisório, arbitramento de valor por apreciação equitativa (cf. artigo 85, §2º e §8º do CPC/15 25) que serão recolhidos

25CPC/15. Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor. (…) § 2o Os honorários serão fixados
entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo
possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, atendidos: I - o grau de zelo do profissional; II - o lugar de prestação do serviço; III -
em favor do FAADEP- Fundo de Reaparelhamento da Defensoria Pública do Estado do Ceará (BANCO DO BRASIL – Agência n. 008-6 – Conta n.
21.740-9)
PROVAS: (A) Detalhar no pedido as provas que se pretende produzir - arts. 319, VI, c/c 369, 396, 405, 464, 481, CPC/15 ou (B) Retirar o
17
pedido de provas e rol de testemunhas - ausência de fase probatória – Ex. Homologação.

18 Valor da causa (Arts. 291 à 293, CPC).

(A) Anexar o ROL DE TESTEMUNHAS, incluindo endereço com CEP; (B) Caso a parte não apresente na inicial, juntar
19 DECLARAÇÃO fazendo constar que esta ficou ciente de que deverá apresentá-lo na primeira oportunidade, procurando o Defensor Público
que atua na vara (arts. 442, 443, 450 CPC/15).
ACORDOS: (A) atentar para legitimidade das partes; (B) NÃO SE ESQUECER de juntar o TERMO DE RATIFICAÇÃO nos
20 ACORDOS, e SEMPRE solicitar como ALTERNATIVA a designação de audiência de ratificação pelo juiz; (C) orientar as partes a
procurar atendimento da DPGE no Fórum dentro de prazo razoável para acompanhar o processo.
ALIMENTOS: Lei n.º 5.478/1.968 (A) Requerer os alimentos provisórios, e estabelecer a forma e o dia do pagamento (mediante recibo,
depósito em conta [Informar de logo ou requerer abertura por ordem do juízo] e/ou desconto em folha); (B) Pedir que os provisórios sejam
ao final convertidos em definitivos, também requerendo que venha a incidir percentual sobre as vantagens salariais, com exceção dos
21 descontos legais; (C) Informar o valor dos alimentos em percentual (%), indexando ao atual salário do requerido e/ou ao salário mínimo
vigente; (D) Informar quanto ganha o alimentante: Art. 2.º, LA (Fazer pedido de Ofício ao empregador conforme arts. 5.º, § 7.º c/c 20, LA
e suas cominações sancionatórias dos arts. 21, 22 ); (E) Se não souber a renda do alimentante, pedir para oficiar ao MTE e INSS para
informar se há alguma renda formal

INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE: * Lei n.º 8.560/1.992 (Lei da Investigação de Paternidade - LIP): (A) Pedir Alimentos
22 retroativos à data da citação conforme art. 7.º, LIP c/c art. 13, § 2.º, LA e Súmula n.º 277, STJ; (B) Fundamentar presunção de paternidade na
Súmula nº 301, STJ, art. 2.º-A, LIP), e art. 232, CC; (C) Se possível, fazer constar na inicial os nomes dos avós paternos.

EXECUÇÃO DE ALIMENTOS DE TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL OU CUMPRIMENTO DE SENTENÇA/DECISÃO


INTERLOCUTÓRIA ORIUNDA DE OUTRAS COMARCAS): (A) Anexar o título judicial ou extrajudicial ; (B) NÃO mesclar os
procedimentos; (C) Verificar a adequação do rito, se com base no art 528 E SS ( Súmula 309, STJ), ou art. 528,§8º (pedir penhora conforme
23
art. 829 e ss. c/c penhora on line com base no art. 854), todos do CPC; QUANDO FOR CUMPRIMENTO DE SENTENÇA DE JUÍZO DA
COMARCA DE FORTALEZA,A PARTE DEVERÁ PROCURAR O DEFENSOR PÚBLICO DA VARA CORRESPONDENTE, SALVO SE
TRATAR-SE DE SENTENÇA DE OUTRA COMARCA CPC 528 À 533.
DIVÓRCIO: LEI n.º 6.515/1.977 (Lei do Divórcio – Ldi – o que for compatível com a emenda 66 da CF)/CF Art. 226, §6º; ARTIGOS
731, 732 e 734 CPC/15; (A) Verificar se há possibilidade de cumular as demais matérias envolvidas (Guarda; Alimentos; Regulamentação de
24
visitas; Partilha de bens {1.581, CC} e (B) Caso seja mais interessante à parte somente o divórcio, justificar a não inclusão das demais
matérias (C) Retorno ao nome de solteira [Pedir Ofício ao Cartório para averbações necessárias).
GUARDA – Colocação em família substituta – Fundamentação (ver arts. 33 a 35 ECA – Procedimento: Arts. 165 a 170 ECA): (A)
Litigiosa: É ajuizada EM FAVOR do(a) menor e EM FACE do(a)(s) requerido(a)(s) (pais do(s) menor(es)); (B) Se consensual: art.166, §§..
ECA, é ajuizada em favor do(a) menor, – anexar Declaração(ões) de concordância do(s) pai/mãe (pais) biológicos; Ouvida do adolescente
25 maior de 12 anos – § 2º, Art. 28, ECA; requerer intimação dos pais para confirmar a concordância perante a autoridade judicial (§ 1º, Art.
166 ECA); (C) Em sede de TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA, formular pedido de Guarda provisória sob termo de
compromisso; e art. 32 c/c 170, ECA; (D) Anexar Atestado(s) de idoneidade moral por 2(duas) testemunhas; (E) No caso de a guarda não ser
para os pais, justificar detalhadamente os motivos pelos quais os genitores não podem exercê-la.

GUARDA UNILATERAL OU COMPARTILHADA - art. 1.583 e ss do CC: os pedidos de guarda seja unilateral ou compartilhada devem
26
estar fundamentados nos fatos descritos na petição conforme a real intenção do assistido em ter a guarda ou exercer o direito de visitas.

CURATELA: (A) Fundamentação: Legitimidade Ativa – 1.768 e 1.769 CC , 747 CPC. Deficiência – arts. 3° e 4°, art. 1.767, CC c/c art. 2º
e artigos 84 a 86 da Lei nº 13.146 /2015. Necessidade e limites da curatela - artigos 84 e 85 da Lei nº 13.146 /2015, artigo 1.772 caput e
1.778 do Código Civil, artigos 755, inciso I e 757 do CPC. Do curador - artigo 1.772 parágrafo único, 1.775 e 1.775-A do Código Civil,
artigo 755, §1º do CPC. Rito processual - artigos 749 e seguintes do CPC. Da curatela provisória - artigo 87 da Lei nº13.146/15, artigo
749, parágrafo único do Novo Código de Processo Civil, artigo 1.771 do Código Civil (B) Pedido de deferimento da CURATELA
27
PROVISÓRIA com nomeação de curador(a) provisório, para representação, sobretudo no órgão previdenciário, para receber os proventos, de
nítido caráter alimentar; (C) Pedido de citação para entrevista do curatelado(a); (D) Pedido de nomeação de curador especial caso o
curatelado(a) não apresente impugnação no prazo de 15 dias (artigo 751, §2º c/c artigo 72 do CPC/15) ; (E) Realização de perícia médica
(artigo 753, §2º do CPC/15) (F) Intimação do MPE para emitir parecer final (artigo 752, §1º do CPC/15). (G) Pedido de reconhecimento que
o curatelado(a) encontra-se na situação de deficiente, declarar que o impedimento de longo prazo obstrui a participação plena e efetiva na

a natureza e a importância da causa; IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. (…) § 8o Nas causas em
que for inestimável ou irrisório o proveito econômico ou, ainda, quando o valor da causa for muito baixo, o juiz fixará o valor dos
honorários por apreciação equitativa, observando o disposto nos incisos do § 2o.
sociedade, fixar os limites da curatela, fixar prazo final para curatela; (H) Declaração(ões) de concordância dos demais parentes com o
ajuizamento da ação pelo(a)(s) autor(a)(es).

ADOÇÃO: (A) Fundamentação: Arts. 39 a 52 ECA – vide tb Arts. 165 a 170 ECA – (B) Se consensual–art.166, §1.º, ECA e
Declaração(ões) de concordância do(s) pai/mãe (pais) biológicos; c) Se Litigiosa: É ajuizada em favor do(a) menor e em face do(a)
requerido(a) – (pais biológicos); Consentimento do adotando maior de 12 anos – § 2º 45 ECA; requerer intimação dos pais para confirmar
28
a concordância perante a autoridade judicial (§ 1º, Art. 166 ECA); (D) Dentre os documentos, solicitar: (d.1) Comprovante de renda; (d.2)
Atestados de sanidade física e mental; (d.3) Anexar Certidões negativas das Polícias e das Justiças; (d.4) certidão negativa de distribuição
cível; (E) Explicitar o tempo em que a criança convive com o adotante
LAVRATURA DE REGISTRO DE ÓBITO:
(A) Art. 5.º, LXXVI, CF/1.988 e Art. 77 e ss., Lei nº 6.015/1973 (Lei de Registros Públicos - LRP); (B) Observar os documentos (RG, CPF e
29
Certidão de casamento ou nascimento) são originais ou estão autenticados; (C) Observar se constam as informações do art. 80, LRP; (D)
Anexar Declaração do cemitério autenticada; (E) Anexar Declaração de óbito original/autenticada.
ALVARÁ: Lei n.º 6.858/1.980, Decreto n.º 85.845/1.981 - arts. 1.º, p.ú., V, 2.º, p.ú., 3.º, 4.º, Anexo -, S. 161, STJ; (A) Juntar Declaração
firmada por 02 (duas) TESTEMUNHAS (não podem ser familiares) afirmando que não há outros bens a inventariar além dos já indicados; e
que não há outros herdeiros além dos já habilitados, constando essa situação nos fatos; (B) Juntar Declaração de concordância dos demais
herdeiros com o ajuizamento da ação pelo(a)(s) Autor(a)(es) com reconhecimento das respectivas firmas; (C) Qualificar e juntar a
30 documentação completa dos falecido(s) e herdeiro(s) (RG, CPF, certidão de casamento, certidão de óbito, profissão, estado civil, endereço
com CEP, e-mail) (D) Juntar toda a documentação comprobatória dos bens deixados na medida do possível; (E) Veículo automotor, ainda que
não haja bens imóveis, deverá ser objeto de INVENTÁRIO PELO RITO DE ARROLAMENTO; (F) Não existe a possibilidade de
interposição de ações distintas de alvará para liberar quantia e inventário para partilhar bens imóveis, devendo constar tudo em ação de
inventário;.
ARROLAMENTO (659 CPC)/INVENTÁRIO (610 CPC): (A) Juntar Declaração firmada por 02 (duas) TESTEMUNHAS (não podem ser
familiares) afirmando que não há outros bens a inventariar além dos já indicados; e que não há outros herdeiros além dos já habilitados ,
constando essa situação nos fatos; (B) Nas ações de ARROLAMENTO: juntar Declaração de concordância dos demais herdeiros com o
ajuizamento da ação pelo(a)(s) Autor(a)(es) com reconhecimento das respectivas firmas; (C) Deixando o falecido automóvel (sem imóveis) a
ação será a de inventário pelo rito de arrolamento, assim como em havendo bens imóveis e estando todos os herdeiros de acordo, ainda que
31 haja menor de idade (art. 664 e 665 CPC). (D) COMPANHEIRA: somente se aceita escritura pública declaratória lavrada em vida pelo
falecido(a) com o convivente ou sentença judicial transitada em julgada (declaração do INSS não é documento válido); (E) Qualificar e juntar
a documentação completa do(s) falecido(s) e herdeiro(s) (RG, CPF, certidão de casamento, certidão de óbito, profissão, estado civil, endereço
com CEP, e-mail), se casado na comunhão universal juntar documentação do cônjuge (F) Observar a ordem de nomeação de inventariante
prevista no art. 617 CPC, juntando declaração dos herdeiros /meeiro caso desobedecida a ordem. (G) Juntar documentação comprobatória dos
bens móveis e imóveis (contratos, matrículas/certidões cartorárias, números de contas bancárias, CRLV automóveis etc)
USUCAPIÃO: Especificar o tipo de usucapião no nome da ação; fundamentar: CF, CC, CPC, e Súmulas: (A) Atentar ao litisconsórcio
ou outorga do cônjuge, se a ação é postulada por/em face de pessoas casadas; (B) Pedir citação dos confinantes e respectivos consortes,
verificar se os confinantes residem no endereço constante no memorial descritivo; requerendo que tudo seja diligenciado e certificado
pelo Oficial de Justiça; (C) Anexar Certidões expedidas pelos 6 Cartórios de Registros de Imóveis, atentando para necessidade de constar se
32
o imóvel (não)é registrado/matriculado, e sendo, a qualificação completa do respectivo proprietário; c.1) Usucapião Especial: Constar
nas certidões a (in)existência de bens imóveis em nome do(s) Autor(a)(es) registrado no cartório, e a dimensão do imóvel usucapiendo;
(D) No pedido requerer a expedição de mandado de registro do imóvel usucapiendo ao oficial de registro do cartório de registro de imóveis
competente, fazendo-se constar no mandado que o(a) autor(a) é beneficiário(a) da justiça gratuita.
AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO: (A) A CAPITALIZAÇÃO É LEGAL SE FOR EXPRESSAMENTE PACTUADA, conforme
SÚMULA 539 STJ (a.1) Prevalece o entendimento do STJ de que os juros além de 12% ao ano, desde que pactuados expressamente, são
legais.. Porém, considera-se abusivos aqueles pactuados acima de 12% ao ano, quando demonstrado que os juros aplicados são discrepantes
em relação à taxa média de mercado por segmento (cartão, veículo, empréstimo consignado etc), sempre através de cálculo a ser demonstrado
por contador (profissional habilitado). (a.2) Demonstrado que inexiste no contrato taxa efetivamente pactuada, aplica-se a taxa de 12% ao
ano; (B) Pedidos: (b.1) Pedir declaração da inversão do ônus da prova (6.º, VIII, CDC); em caráter liminar, sob pena de tornar essa
33
medida inócua. (Redigir esse trecho em NEGRITO, MAIÚSCULO, e SUBLINHADO); (b.2) Pedir a nulidade das cláusulas consideradas
nulas de pleno direito, o afastamento da prática abusiva de capitalização não pactuada e da cobrança abusiva de consectários ilegais [ EM
TODOS OS CASOS, INDICAR EXPRESSAMENTE A(S) CLÁUSULA(S) QUE SE PRETENDE A DECLARAÇÃO DE
NULIDADE] e, a depender do caso, pedir a repetição do indébito (art. 42, CDC) com a devolução ou a compensação dos valores que foram
pagos a maior; (b.3) O valor da causa, segundo entendimento do STJ deve corresponder ao proveito econômico que o acionante terá com a
ação.

DEFENSOR (A) PÚBLICO (A) RESPONSÁVEL:


DATA DA ANÁLISE DO (A) DEFENSOR (A): _______/______/_______

Observações:
CARTÓRIOS DE REGISTRO CIVIL

CARTÓRIO DE REGISTRO CIVIL DA 1° ZONA CARTÓRIO DE REGISTRO CIVIL DO MUCURIPE


(Cartório João de Deus) (Cartório Sales Bezerra)
Rua Major Facundo 705 – Centro Rua Senador Virgílio Távora, 318 – Loja 01 - Meireles
CEP – 60025-100 Cep – 60170-250
Fortaleza – CE Fortaleza - CE
Tel: 3226.8330/3221.3838 Tel: 3242.3980

CARTÓRIO DE REGISTRO CIVIL DA 2ª ZONA


(Jereissate Serviço Registral )
Rua Major Facundo 709 – Centro
CEP – 60025-100
Fortaleza – CE
Tel: 3231.2353

CARTÓRIO DE REGISTRO CIVIL DA 3ª ZONA


( Cartório Vitor Morais )
Rua Castro e Silva 97 à 101 – Centro
CEP 60.030-010
Fortaleza – CE
Tel: 3231.4170

CARTÓRIO DE REGISTRO CIVIL DA 4ª ZONA


(Cartório Norões Milfont )
Rua Castro e Silva Nº 38, Centro
CEP – 60.030-010
Fortaleza – CE
Tel: 3224.9431

CARTÓRIO DE REGISTRO CIVIL DA 5ª ZONA


( Cartório Botelho )
Avenida Desembargador Moreira 1000/B – Aldeota
CEP – 60170-001
Fortaleza – CE
Tel: 3264.1159

CARTÓRIO DE REGISTRO CIVIL DE ANTÔNIO BEZERRA


( Alencar Araripe Serviço Registral )
Avenida Mister Hull 4965 – Antônio Bezerra
CEP – 60356-001
Fortaleza – CE
Tel: 3235.3301

CARTÓRIO DE REGISTRO CIVIL DE MESSEJANA


( Cartório de Messejana )
Rua Coronel Joaquim Bezerra 79 – Messejana
CEP – 60842-010
Fortaleza – CE
Tel: 3474.0510/3229.1911

CARTÓRIO DE REGISTRO CIVIL DO DISTRITO DE MONDUBIM


( Cartório de Mondubim )
Rua Clemente Silva, Nº 251-A, Maraponga
CEP 60.712-060
Fortaleza – CE
Tel: 3467.0769

CARTÓRIO DE REGISTRO CIVIL DE PARANGABA


( Cartório Cavalcante Filho )
Rua 7 de Setembro, nº 209 – Parangaba
CEP – 60720-080
Fortaleza – CE
Tel: 3245.1908
CARTÓRIOS DE REGISTRO DE IMÓVEIS
CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS DA 1ª ZONA
(José Anderson Cisne)
Av. Antônio Sales 2187 – 10º andar – Joaquim Távora
CEP – 60135 -101
Fortaleza – CE

CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS DA 2ª ZONA


(Cartório Álvaro Melo)
Rua Dr. José Lourenço 870, sala 101 – Aldeota
CEP – 60115 -280
Fortaleza – CE

CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS DA 3ª ZONA


( Solange de Castro Almeida)
Rua Joaquim Nabuco, Nº 2336, Aldeota
CEP – 60125-121
Fortaleza – CE

CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS DA 4ª ZONA


(Cartório Miranda Bezerra)
Rua Silva Paulet, 1180 – Aldeota
CEP – 60120 – 020
Fortaleza – CE

CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS DA 5ª ZONA


(Monique Gurgel de Sousa Celho)
Rua Barão de Studart, nº 300, Meirelles
CEP – 60120-000
tel: 3219.9977

CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS DA 6ª ZONA


(Lúcia Josino da Costa Liebmann)
Av. Santos Dumont, 3060 – Aldeota
CEP – 60150-161
Fortaleza – CE
JUIZADOS ESPECIAIS
RESOLUÇÃO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Nº 2/2018

Dispõe sobre a reorganização dos Juizados Especiais da Comarca de Fortaleza, por força da entrada em vigor da nova Lei
Estadual nº 16.397, de 14 de novembro de 2017, e dá outras providências.

O TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ, por sua composição plenária, no uso de suas atribuições legais, em
sessão realizada no dia 25 de janeiro de 2018, CONSIDERANDO o disposto no art. 72, da nova Lei de Organização Judiciária
do Estado do Ceará (Lei Estadual nº 16.397, de 14 de novembro de 2017), quanto à especialização de competências das 24
(vinte e quatro) unidades dos Juizados Especiais da Comarca de Fortaleza, passando a figurar 20 (vinte) com competência
cível e 4 (quatro) com competência criminal, observadas a distribuição de unidades e as jurisdições que vierem a ser definidas
em regulamento editado pelo Tribunal de Justiça;

CONSIDERANDO a competência prevista no art. 144, da nova LOJE, para que o Tribunal de Justiça, mediante Resolução,
discipline a transformação das unidades e dos cargos de Juiz de Direito dos Juizados Especiais; CONSIDERANDO a
transformação dos cargos de Juiz de Direito da 21ª e da 26ª Unidades dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais em Juízes de
Direito dos Juizados Auxiliares das Unidades dos Juizados Especiais Cíveis; Juizados Especiais Criminais; Turmas Recursais
dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, em razão da extinção das aludidas unidades (criadas e não instaladas), na forma
do art. 140, inciso II, da LOJE;

CONSIDERANDO o Provimento nº 22, de 5 de setembro de 2012, da Corregedoria Nacional de Justiça, que define medidas de
aprimoramento relacionadas ao Sistema dos Juizados Especiais;

CONSIDERANDO a necessidade de disciplinar a competência dos referidos órgãos jurisdicionais e de proceder a adequações
na jurisdição de algumas unidades dos Juizados Especiais, em razão de sua extensa circunscrição, elevado número de casos
novos ou pela necessidade de inclusão de novas áreas cuja litigiosidade se revela acentuada;

CONSIDERANDO os termos da Resolução nº 15, de 07 de outubro de 2010, deste Tribunal de Justiça, que dispôs sobre a
criação da Coordenação do Sistema dos Juizados Especiais Cíveis, Criminais e da Fazenda Pública no âmbito do Estado do
Ceará;

CONSIDERANDO a proposta de reorganização feita pela Coordenação Estadual do Sistema dos Juizados Especiais Cíveis,
Criminais e da Fazenda Pública, em consonância com a Diretoria do Fórum Clóvis Beviláqua, quanto à distribuição das novas
competências, jurisdição e circunscrições das Unidades.

RESOLVE:

Art. 1º Definir a competência criminal para as atuais 7ª, 8ª, 14ª e 20ª Unidades dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais da
Comarca de Fortaleza, e a competência cível para as atuais 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5, 6ª, 9ª, 10ª, 11ª, 12ª, 13ª, 15ª, 16ª, 17ª, 18ª, 19ª,
22ª, 23ª, 24ª e 25ª Unidades dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais da Comarca de Fortaleza, passando a ter as seguintes
definições, com a renomeação da 25ª Unidade para 21ª Unidade:

I – 1ª Unidade de Juizado Especial Cível;


II – 2ª Unidade de Juizado Especial Cível;
III – 3ª Unidade do Juizado Especial Cível;
IV – 4ª Unidade do Juizado Especial Cível;
V – 5ª Unidade do Juizado Especial Cível;
VI – 6ª Unidade do Juizado Especial Cível;
VII – 7ª Unidade do Juizado Especial Criminal;
VIII – 8ª Unidade do Juizado Especial Criminal;
IX – 9ª Unidade do Juizado Especial Cível;
X – 10ª Unidade do Juizado Especial Cível;
XI – 11ª Unidade do Juizado Especial Cível;
XII – 12ª Unidade do Juizado Especial Cível;
XIII – 13ª Unidade do Juizado Especial Cível;
XIV – 14ª Unidade do Juizado Especial Criminal;
XV – 15ª Unidade do Juizado Especial Cível;
XVI – 16ª Unidade do Juizado Especial Cível;
XVII – 17ª Unidade do Juizado Especial Cível;
XVIII – 18ª Unidade do Juizado Especial Cível;
XIX – 19ª Unidade do Juizado Especial Cível;
XX – 20ª Unidade do Juizado Especial Criminal;
XXI – 21ª Unidade do Juizado Especial Cível;
XXII – 22ª Unidade do Juizado Especial Cível;
XXIII – 23ª Unidade do Juizado Especial Cível; e
XXIV – 24ª Unidade do Juizado Especial Cível.

Art. 2º Em razão das 7ª, 8ª, 14ª e 20ª Unidades dos Juizados Especiais Criminais terem competência em todo o território da
Comarca de Fortaleza, servindo por distribuição equitativa, as atuais áreas circunscricionais das referidas Unidades passarão a
compor as jurisdições de unidades circunvizinhas, com a respectiva redistribuição do acervo cível em tramitação, na forma
seguinte:

I – a área circunscricional da 7ª Unidade será unificada à jurisdição da 19ª Unidade do Juizado Cível;
II – a área circunscricional da 8ª Unidade será unificada à jurisdição da 4ª Unidade do Juizado Cível;
III – a área circunscricional da 14ª Unidade será unificada à jurisdição da 17ª Unidade do Juizado Cível;
IV – a área circunscricional da 20ª Unidade será unificada à jurisdição da 22ª Unidade do Juizado Cível;
Art. 3º As 20 (vinte) unidades dos Juizados Cíveis terão os feitos criminais redistribuídos para as 4 (quatro) unidades dos
Juizados Criminais, por equidade.

Art. 4º Ficam redimensionadas as jurisdições das seguintes unidades dos Juizados Especiais Cíveis, todavia sem
redistribuição de processos entre si:

I – fica desmembrada parte da circunscrição da 25ª Unidade, ora denominada de 21ª Unidade do Juizado Especial Cível, cujo
remanescente passa a compor a jurisdição da 3ª Unidade do Juizado Especial Cível;

II – fica desmembrada parte da circunscrição da 9ª Unidade, cujo remanescente passa a compor a jurisdição da 23ª Unidade
do Juizado Especial Cível;

III – fica desmembrada parte da circunscrição da 12ª Unidade, cujo remanescente passa a compor a jurisdição da 16ª Unidade
do Juizado Especial Cível;
IV – fica desmembrada parte da circunscrição da 13ª Unidade, cujo remanescente passa a compor a jurisdição da 15ª Unidade
do Juizado Especial Cível.

Art. 5º Ficam redimensionadas as jurisdições das 3ª, 4ª, 9ª, 12ª, 13ª, 15ª, 16ª,17ª, 19ª, 22ª, 23ª e 25ª (renomeada como 21ª)
Unidades dos Juizados Especiais Cíveis da Comarca de Fortaleza, cujas áreas são as descritas no Anexo Único desta
Resolução.

Art. 6º Permanecem inalteradas as jurisdições da 1ª, 2ª, 5ª, 6ª, 10ª, 11ª, 18ª e 24ª Unidades dos Juizados Especiais Cíveis, na
forma definida na Resolução nº 03, de 7 de outubro de 2011, do Órgão Especial.

Art. 7º A redistribuição do acervo, determinada neste ato normativo, por meio dos Sistemas Sproc, Projudi e Pje, e as regras de
definições técnicas para a distribuição nas novas competências no sistema Pje ficarão a cargo da SETIN, sob a orientação da
Coordenação

Estadual dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais e gestores dos respectivos Sistemas, tudo em consonância com o setor de
Distribuição do Fórum Clóvis Beviláqua, a ser finalizada no prazo de até trinta dias, a contar da publicação desta Resolução.

Art. 8º A 4ª Unidade do Juizado Especial Cível funcionará nas dependências em que instalada atualmente a 8ª Unidade do
Juizado Especial Cível e Criminal, observada a sua nova jurisdição, passando esta última a funcionar no Fórum Clóvis
Beviláqua, permanecendo inalterada a localização dos demais Juizados Especiais Criminais até decisão ulterior.

Art. 9º A Coordenação Estadual dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais criará um grupo de trabalho para fins de
descongestionamento dos julgamentos e baixas definitivas dos processos para atuação nas Unidades dos Juizados Cíveis e
Criminais que receberem acervo por redistribuição, mediante autorização e disciplinamento por ato da Presidência do Tribunal
de Justiça.

Art. 10. Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, respeitado, contudo, o prazo constante do art. 7º.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ, Plenário Conselheiro e

Desembargador Bernardo da Costa Dória, em Fortaleza, aos 25 de janeiro de 2018.

1ª Unidade – ANTÔNIO BEZERRA


Juiz: DR. HERÁCLITO VIEIRA DE SOUSA NETO
Endereço: Rua Dr. João Guilherme, nº 257 – Antônio Bezerra
Fone: (085) 3488-7280, 3488-7281, 3488-7282 e 3488-7283
CEP: 60356 – 770
Fortaleza – CE

Começa na Avenida da Independência no encontro com o Rio Siqueira - Prossegue pela Avenida da Independência no sentido
leste até encontrar a Avenida Cel. Carvalho onde deflete à direita no sentido leste, até a Avenida Olavo Bilac, onde deflete à
direita no sentido sul, prossegue em frente até encontrar a Avenida Bezerra de Menezes- deflete à esquerda no sentido oeste
até a Avenida Humberto Monte, defletindo à direita no sentido sul, circulando todo o Campus do Pici até encontrar a Rua
Torres, prosseguindo em frente no sentido sul até encontrar a Avenida Senador Fernandes Távora, onde deflete à esquerda no
sentido oeste, prosseguindo em frente até encontrar o leito do Rio Siqueira.

2ª Unidade – MARAPONGA
Juíza: Dr. CARLOS HENRIQUE DE OLIVEIRA GARCIA
Endereço: Av. Godofredo Maciel, nº 3100 (DETRAN) – Maraponga
Fone: (085) 3488-7287, 3488-7288 e 3488-7289
CEP: 60710 – 000
Fortaleza – CE

Começa no início da Rodovia CE-060, no limite do município de Maracanaú - prossegue pela Rodovia CE-060 no sentido
norte até encontrar a Av. Perimetral, onde dobra à direita no sentido leste, prosseguindo em frente até a Av. Bernardo Maciel,
onde dobra à esquerda no sentido norte, prosseguindo em frente até a rua Holanda tomando à esquerda, indo até a Rua Carlos
Juaçaba, onde dobra à direita até a Rua Júlio Alcides, onde dobra à esquerda no sentido oeste, prosseguindo em frente pela
Rua João Marinho até encontrar a Av. Augusto dos Anjos, onde dobra à esquerda no sentido sul até o limite do município de
Maranguape.
3ª Unidade – VICENTE PINZON
Endereço: Rua Hermínia Bonavides, s/nº – Vicente Pinzon
Fones: (085) 3433-1265, 3433-1267, 3433-1268 e 3433-1269
CEP: 60182 – 260
Fortaleza – Ce

Tem início no cruzamento da Avenida Desembargador Colombo de Sousa com Avenida Santos Dumont, seguindo nesta no
sentido Leste, até encontrar o Oceano Atlântico. Prosseguindo pela orla marítima no sentido Norte, até encontrar a Praia do
Iate Clube; nesta seguindo no sentido sul até encontrar a Av. Desembargador Colombo de Sousa, onde prossegue até o encon -
tro com Av. Santos Dumont .

4ª Unidade – BENFICA
Juiz: DRª. MARIA JOSÉ MENDES PINTO
Endereço: Av. da Universidade, nº 3281 – Benfica
Fones: (085) 3433-7988, 3433-7989, 3433-7990 e 3433-7991
CEP: 60020-181
Fortaleza – CE

Começa no encontro da Rua Tereza Cristina com o Oceano Atlântico – segue pela Rua Tereza Cristina no sentido sul,
dobrando à direita na rua Clarindo de Queiroz seguindo nesta no sentido oeste até o encontro do Rua Padre Mororó ; nesta a
esquerda no sentido sul até encontrar a Av. Bezerra de Menezes; segue em frente no sentido oeste até encontrar a Av.
Humberto Monte; dobrando nesta a esquerda e prosseguindo no sentido sul até o encontro com Av. João Pessoa ; dobrando
nesta a esquerda no sentido leste até o encontro da Rua Major Weyne; dobrando nesta a direita no sentido sul até o encontro
com a Rua Marechal Deodoro; nesta a esquerda no sentido norte até o encontro da Av. 13 de maio; nesta a esquerda no
sentido oeste até o encontro da Rua Teresa Cristina; nesta a direita no sentido norte até o encontro da Av. Domingos Olímpio;
nesta a direita no sentido leste até o encontro com a Rua Barão do Rio Branco; nesta a esquerda no sentido norte até o
encontro com Oceano Atlântico ; neste a esquerda no sentido oeste até o encontro da Rua Teresa Cristina (ponto inicial).

5ª Unidade – CONJUNTO CEARÁ


Juíza: DRA. VALÉRIA MÁRCIA DE SANTANA BARROS LEAL
Endereço: Rua 729, nº 443 – 3ª Etapa do Conjunto Ceará
Fones: (085) 3488-3910, 3488-3911, 3488-3912 e 3488-3913
CEP: 60531 – 760
Fortaleza – CE

Tem início no leito do Rio Siqueira com o prolongamento da Avenida Senador Fernandes Távora, seguindo pelo leito do Rio
Siqueira, no sentido Sul, até encontrar a Rua Carlos Chagas, dobrando nesta à direita, no sentido Oeste, até encontrar a Ave-
nida H, prosseguindo nesta, no sentido Oeste, pela Avenida Deodoro de Castro. Prosseguindo nesta, no sentido Oeste, até en-
contrar a Avenida Dom Antônio Almeida Lustosa, onde dobra à direita, no sentido Norte, até encontrar a Avenida Senador
Fernandes Távora.

6ª Unidade – MESSEJANA
Juiz: DRª. MARTA CÉLIA CHAVES MOURA
Endereço: Rua Santa Efigênia, nº 299 ( esq. C/ Rua Guarujá ) - Messejana
Fones: (085) 3488-6106, 3488-6107, 3488-6108 e 3488-6109
CEP: 60817 – 020
Fortaleza – CE

Tem início no encontro da Avenida Presidente Costa e Silva com o leito do Rio Cocó, e segue por este, no sentido Norte, até
encontrar a Avenida Paulino Rocha, dobrando nesta à direita, e seguindo em frente, no sentido Norte, até encontrar a Avenida
Oliveira Paiva, prosseguindo nesta, no sentido Leste, até encontrar a Avenida Washington Soares, dobrando nesta à direita, no
sentido Sul, e seguindo em frente até encontrar a Avenida Pergentino Maia dobrando à direita, no sentido Oeste, até encontrar
a Rua Padre Pedro de Alencar, dobrando nesta à esquerda, no sentido Sul, até encontrar a BR 116.

7ª Unidade – MONTESE
Juíza: DRA. ELIZABETH PASSOS RODRIGUES MARTINS
Endereço: Rua Des. João Firmino, nº 360 – Montese
Fones: (085) 3433-4280, 3433-4281 e 3433-4282
CEP: 60425 – 560
Fortaleza – Ce

Começa na Av. Borges de Melo com Av. Trilho - segue pela Av. Trilho no sentido sul até encontrar a Rua Alvino de Carvalho,
onde dobra à esquerda no sentido oeste até o encontro com a Via Férrea; segue pela Via Férrea no sentido oeste até encontrar
a Av. João Pessoa; segue pela Av. João Pessoa no sentido norte até a Rua Major Weyne, onde dobra à direita no sentido leste
até encontrar a Av. Borges de Melo; segue pela Av. Borges de Melo até encontrar a Av. Trilho.

8ª Unidade – CENTRO
Juiz: DR. DJALMA TEIXEIRA BENEVIDES
Endereço: Rua Barão do Rio Branco, 2922, Centro, Fortaleza/Ce
Fones: (085) 3223.7720/3781/4826
Começa no prolongamento da Rua Tereza Cristina com o Oceano Atlântico - segue pela Rua Tereza Cristina no sentido sul,
dobrando à direita na Rua Domingos Olímpio; segue em frente no sentido leste até o encontro da Av. Dom Manuel; segue em
frente no sentido norte pela Av. Dom Manuel até encontrar a Av. Almirante Tamandaré; segue em frente até encontrar o
Oceano Atlântico; segue pela orla marítima até encontrar a Rua Tereza Cristina.

9ª Unidade – EDSON QUEIROZ / FA7


Juiz: DR. JOSÉ EVANDRO NOGUEIRA LIMA FILHO
Endereço: Rua Almirante Maximiano da Fonseca, nº 1395
Luciano Cavalcante
Fone: (085) 3278-1514
CEP: 60811 – 020
Fortaleza – CE

Começa no encontro do Rio Cocó com o Rio Coaçu – segue pelo Rio Cocó no sentido oeste até encontrar a Av. Rogaciano
Leite; prossegue em frente pela Av. Rogaciano Leite no sentido sul até encontrar a Av. Des. Gonzaga, prosseguindo nesta no
sentido sul até oencontro com Av Oliveira Paiva, seguindo no sentido leste até o encontro com a Av. Washington Soares;
nesta a esquerda no sentido norte até encontrar a Av. Edilson Brasil Soares; nesta a direita no sentido leste até o leito do Rio
Coaçu, onde dobra à esquerda pelo Rio Coaçu até o encontro do Rio Cocó (ponto inicial).

10ª Unidade – FÁTIMA


Endereço: Rua Barão do Rio Branco, 1200, Fátima
Fones: 3488.7318 e 3488-7302.
CEP: 60.025-062
Fortaleza – CE

Começa na Rua Tereza Cristina com Domingos Olímpio - segue pela Av. Domingos Olímpio no sentido leste até o encontro
com a Rua Visconde do Rio Branco; segue pela Rua Visconde do Rio Branco no sentido sul até encontrar a Av. Trilho, onde
dobra à esquerda seguindo no sentido oeste até encontrar a Av. Borges de Melo; segue pela Av. Borges de Melo no sentido
oeste até a Rua Marechal Deodoro, seguindo pela Marechal Deodoro no sentido norte até a Av. 13 de Maio, onde dobra à
esquerda no sentido oeste até a Rua Tereza Cristina; segue pela Rua Tereza Cristina no sentido norte até encontrar a Rua
Domingos Olímpio.

11ª Unidade – TANCREDO NEVES


Juiz: DR. FRANCISCO WILLIAM CAMERINO DE OLIVEIRA
Endereço: Rua do Lago, nº 340 ( Ao lado do Centro Comunitário )
Tancredo Neves
Fones: (085) 3433-8960, 34338961, 3433-8962 e 3433-8963
CEP: 60820-370
Fortaleza – CE

Começa no Rio Coco com a Av. Rogaciano Leite; segue pela Av. Rogaciano Leite no sentido sul até a Av. José Leon onde
deflete à esquerda no sentido oeste até a Av. Desembargador Gonzaga; prossegue por esta no sentido sul até encontrar a Av.
Oliveira Paiva; segue pela Oliveira Paiva até encontrar a Av. Paulino Rocha; segue no sentido oeste até o encontro da Av.
Paranjana; segue na Av. Paranjana até encontrar a Av. Girassol; circula toda a área externa da Base Aérea até a Via Férrea;
segue pela Via Férrea no sentido leste alcançando a Av. Trilho; segue em frente até a Rua Tubarão; segue por esta no sentido
leste até o Rio Coco; segue pelo leito do Rio Coco até encontrar a Av. Rogaciano Leite

12ª Unidade – FIC


Endereço: Rua Visconde de Mauá, 1940, Aldeota
Fones: (085) 33433-1257/58/59/60
Fortaleza – CE

Tem início no encontro do Oceano Atlântico com a Rua Ildefonso Albano, seguindo nesta, no sentido Sul até o encontro com
a Rua Jovino Guedes dobrando nesta à esquerda ate o encontro com a rua Barão de Aracati ;nesta prosseguindo no sentido sul
ate encontrar a rua João Carvalho; prosseguindo nesta no sentido leste até encontrar a Av. Des. Moreira e seguindo nesta no
sentido norte até o encontro com o Oceano Atlântico, seguindo nesta no sentido norte até encontrar a rua Ildefonso Albano
(ponto inicial).

13ª Unidade – MONTE CASTELO


Juiz: DR. CÉLIO SOUSA DAMASCENO
Endereço: Rua Dr. Almeida Filho, nº 636 – Monte Castelo
Fone: (085) 3433-7996, 3433-7297, 3433-7298 e 3433-7999
CEP: 60320-510
Fortaleza – CE

Tem início na Rua Tereza Cristina com o Oceano Atlântico – segue pela Rua Tereza Cristina no sentido sul até encontrar a
Rua Clarindo de Queiroz, seguindo até encontrar o início da Av. Bezerra de Menezes; segue pela Av. Bezerra de Menezes no
sentido oeste até a Av. Olavo Bilac, defletindo à direita no sentido norte até a Via Férrea, seguindo em frente pela avenida Dr
Theberg ate o Oceano Atlântico; segue pela orla marítima até o prolongamento da Rua Tereza Cristina (ponto inicial).
14ª Unidade – BOM SUCESSO
Juiz: DRA. MARIA LÚCIA FALCÃO NASCIMENTO
Endereço: Rua Carlos Chagas, nº 800 – Bom Sucesso
Fones: (085) 3433-4286, 3433-4287 e 3433-4289
CEP: 60541-550
Fortaleza – CE

Tem início no encontro do Rio Siqueira com a Av. Senador Fernandes Távora - segue pelo leito do Rio Siqueira no sentido
sul até encontrar a Rua Maria Júlia Rocha; segue no sentido sul até a Rua Pedro Martins, dobrando à direita no sentido leste
até a Av. Osório de Paiva; segue no sentido norte até encontrar a Av. Augusto dos Anjos; segue em frente até o início da Av.
Senador Fernandes Távora; segue pela Senador Fernandes Távora no sentido oeste até encontrar o leito do Rio Siqueira.

15ª Unidade – BARRA DO CEARÁ


Juiz: DR. ALFREDO ALVES FILHO
Endereço: Av. C, nº 421 – Conjunto Nova Assunção – Barra do Ceará
Fones: (085) 3488-7296, 3488-7297, 3488-7298 e 3488-7299
CEP: 60347-500
Fortaleza – CE

Tem início na avenida Dr Theberge com o Oceano Atlântico – seguindo nesta, no sentido sul ate encontrar a linha Férrea,
segue pela Via Férrea no sentido oeste até encontrar a Av. Cel. Carvalho, onde dobra à direita no sentido norte, prosseguindo
em frente até a Av. da Independência; dobra à esquerda no sentido oeste prosseguindo em frente até encontrar o leito do Rio
Siqueira; segue pelo leito do Rio Siqueira até o Oceano Atlântico; seguindo até o encontro da Avenida Dr Theberge (ponto
inicial).

16ª Unidade – PIEDADE


Juíza: DRA. MARIA IRANEIDE MOURA SILVA
Endereço: Rua Mário Mamede, nº 1301 – Bairro de Fátima
Fones: (085) 3488-6126 e 3488-6128
CEP: 60415-000
Fortaleza – CE

Tem início no cruzamento da Avenida Dom Manuel com a Avenida Antônio Sales, dobrando nesta à esquerda e seguindo no
sentido Leste, até encontrar a Rua Ildefonso Albano, nesta a esquerda no sentido norte até encontra a rua Jovino Guedes, nes -
ta a direita no sentido leste até encontrar a rua João Carvalho, seguindo no sentido leste até o encontro da Av. Desembargador
Moreira ;dobrando nesta à direita, no sentido Sul até encontrar a Av. Antônio Sales seguindo nesta no sentido leste até o en -
contro da Av. Engenheiro Santana Junior; nesta a direita no sentido sul até encontrar o leito do Rio Cocó, dobrando neste e se-
guindo no sentido Oeste, até encontrar a Linha Férrea (Parangaba/Mucuripe), seguindo nesta, no sentido Oeste até encontrar
a Avenida Visconde do Rio Branco, onde dobra à direita, no sentido Norte, até encontrar a Avenida Dom Manuel( ponto inici-
al).

17ª Unidade – PARANGABA


Juiz: DR. WALBERTO PEREIRA DA SILVA
Endereço: Av. General Osório de Paiva, nº 1200 – Parangaba
Fones: (085) 3488-3950, 3488-3951 e 3488-3953
CEP: 60720-000

Tem início no encontro do Rio Siqueira com a Av. Senador Fernandes Távora – segue pelo leito do Rio Siqueira no sentido
sul até encontrar a Rua Maria Júlia Rocha; segue no sentido sul até a Rua Pedro Martins, dobrando à esquerda no sentido
leste até a Av. Osório de Paiva; segue no sentido norte até encontrar a Av. Augusto dos Anjos;seguindo nesta no sentido norte
até o encontro da rua Araraquara;nesta dobrando a direita seguindo até encontrar a rua Araponga;seguindo nesta até encontrar
a rua Polônia ;seguindo nesta até o encontro da rua Belo Vale ;nesta a esquerda no sentido norte até o encontro com a Rua
Nereu Ramos; nesta a direita no sentido leste até encontrar a Av. Godofredo Maciel ;nesta a direita no sentido sul até o
encontro da Rua Julio Alcides; nesta no sentido sul até o encontro da Rua Carlos Juaçaba; seguindo no sentido norte até o
encontro da Rua Diana; seguindo nesta no sentido norte até a Rua Bugari; seguindo nesta no sentido norte até a rua
Desembargador Livíno de Carvalho; nesta dobrando a esquerda no sentido norte até encontrar a Av. João Pessoa; dobrando a
direita no sentido norte até encontrar a rua Desembargador Praxedes ;nesta a esquerda seguindo no sentido oeste até
encontrar a rua Humberto Monte ;seguindo nesta até encontrar a rua Argentina; dobrando nesta a esquerda no sentido sul até
o encontro das ruas Paraguai com a rua Lebre; nesta no sentido sul até o encontro da Rua Espirito Santo; nesta até o encontro
da Rua Copaíba; nesta no sentido sul até encontrar a Av. Carneiro de Mendonça; nesta dobrando a direita no sentido oeste até
o encontro da rua Brigadeiro Torres; seguindo nesta a esquerda no sentido sul até o encontro da Av. Fernandes Távora; nesta
dobrando a direita no sentido oeste até o encontro do Rio Siqueira. (ponto inicial).

18ª Unidade – CONJUNTO JOSÉ WALTER


Juíza: DRA. MARIA SOCORRO DE OLIVEIRA
Endereço: Av. K, nº 130- 1ª Etapa – Conjunto José Walter
Fones: (085) 3433-4960, 3433-4961, 3433-4962
CEP: 60750-100
Fortaleza – CE
Começa na Rodovia CE-060, no limite do Município de Maracanaú - segue pela Rodovia CE-060 no sentido norte até o balão
do Mondubim, onde dobra à direita na Av. Perimetral, seguindo em frente no sentido leste até o leito do Rio Coco; segue em
frente até encontrar o limite dos Municípios de Itaitinga e Pacatuba.
Começa no Rio Coco próximo ao limite do município de Itaitinga -segue pelo leito do Rio Coco no sentido norte até
encontrar a Av. Presidente Costa e Silva, seguindo em frente no sentido leste até encontrar a Rodovia BR-116 no sentido sul
até o limite do município de Itaitinga.

19ª Unidade – SERRINHA


Juíza: DRA. MARIA DO LIVRAMENTO ALVES MAGALHÃES
Endereço: Rua Betel, nº 1330 – Itapery
Fones: (085) 3488-3956, 3488-3957, 3488-3958 e 3488-3959
CEP: 60741-810
Fortaleza – CE

Começa na Av. Perimetral com Rua Bernardo Manoel – segue pela Rua Bernardo Manoel no sentido norte até encontrar a
Rua Holanda onde dobra à esquerda; segue em frente até encontrar a Rua Carlos Juaçaba; segue em frente no sentido norte
até encontrar a Rua Diana de Outono; segue em frente no sentido norte até a Rua Bugari, até encontrar a Rua Desembargador
Livino de Carvalho; nesta a esquerda no sentido oeste até o encontro da Av. Jõao Pessoa; nesta dobrando a direita no sentido
norte até o encontro da Rua Major Wayne; nesta dobrando a direita no sentido sul ate o encontro da Avenida Borges de Melo;
no mesmo sentido até encontrar a linha Férrea (Mucuripe/Parangaba); nesta a direita no sentido sul até o encontro da Rua
Livreiro Gualter; seguindo pela linha Férrea no sentido oeste até o encontro da rua Peru; nesta até o encontro da Rua
Desembargador Livino de Carvalho; prosseguindo no sentido sul circulando o muro da Base Aérea até encontrar a Rua
Girassol onde dobra a esquerda seguindo em frente no sentido sul até encontrar a Av. Silas Munguba seguindo no sentido sul
até encontrar a rotatória do Castelão; Segue pela Av. Paulino Rocha no sentido sul até encontrar o leito do Rio Cocó,
seguindo em frente até Avenida Perimetral ; seguindo no sentido oeste até Av. Bernardo Manoel.(Ponto Inicial).

20ª Unidade –
Juiz: DR. ALUISIO GURGEL DO AMARAL JÚNIOR
Endereço: RUA GENERAL BEZERRIL, 722 CENTRO
CEP: 60.055-100
Fone: 3252-3864 / 3253-5034

Tem início no encontro do Oceano Atlântico com a Rua Barão do Rio Branco, seguindo nesta, no sentido Sul, até encontrar a
Rua Domingos Olímpio, dobrando nesta, à esquerda, no sentido Leste até encontrar a Avenida Dom Manuel, seguindo nesta,
no sentido Norte, até encontrar a Avenida Almirante Tamandaré, onde segue em frente no sentido Norte, até o Oceano Atlân-
tico, seguindo no sentido Oeste pela orla marítima até encontrar novamente a Rua Barão do Rio Branco.

21ª Unidade – (antiga 25ª Unidade)


Juiz: DR. PEDRO DE ARAÚJO BEZERRA
Endereço: Rua Osório Palmella 260 – Varjota.

Tem início no encontro do Oceano Atlântico com a Avenida Desembargador Moreira, seguindo nesta, no sentido Sul, até en-
contrar a Avenida Santos Dumont, dobrando nesta à esquerda, no sentido Leste, e seguindo até a Av. Desembargador Colom -
bo de Sousa, nesta dobrando à esquerda no sentido Norte, até o encontro com a praia do Iate Clube; nesta dobrando à esquer-
da no sentido oeste ate o encontro com a Av. Desembargador Moreira (ponto inicial).

22ª Unidade – FAECE/FAFOR


Juiz: DRA. HELGA MEDVED
Endereço: Rua: Caetano Ximenes Aragão, 110 - Bairro Eng. Luciano Cavalcante - Fortaleza/CE
CEP: 60.813-620
Fortaleza- CE
Fone:

Tem início no encontro do Oceano Atlântico com a Rua Barão do Rio Branco, seguindo nesta no sentido Sul até o encontro
com a Av. Domingos Olímpio dobrando nesta a esquerda no sentido leste até encontrar a Av. Antônio Sales, prosseguindo
nesta no sentido leste, dobrando à esquerda na Rua Ildefonso Albano,e seguindo no sentido Norte até o encontro com o Ocea-
no Atlântico, dobrando neste à esquerda, no sentido Oeste, seguindo pela orla marítima até encontrar a Rua Barão do Rio
Branco (ponto inicial ).

23ª Unidade – Universidade de Fortaleza - UNIFOR


Juiz: DRA. VALERIA CARNEIRO BARROSO
Endereço: Av. Washington Soares, nº. 1321 – Bloco Z – Bairro Edson Queiroz
CEP: 60.811-905
Fone: 3278-6932 / 3278- 6843

Tem início no cruzamento da Avenida Washington Soares com a Av. Edilson Brasil Soares, seguindo nesta no sentido Leste,
até encontrar o leito do Rio Coaçu, dobrando neste à direita, no sentido Sul, até atingir o limite com o município de Eusébio.
Seguindo neste, no sentido Norte, até encontrar a BR-116 com o cruzamento da Rua Padre Pedro de Alencar, seguindo nesta,
no sentido Norte, até encontrar a Rua Pergentino Maia, dobrando nesta à direita, no sentido Leste, e seguindo até encontrar a
Rua João Pereira, dobrando à esquerda, no sentido Norte, seguindo nesta até encontrar a Avenida Washington Soares, prosse -
guindo nesta, no sentido Norte, até encontrar a Av. Edilson Brasil Soares (ponto inicial).

24ª Unidade – FANOR


Juiz: DRA. IJOSIANA CAVALCANTE SERPA
Endereço: Av. Santos Dumont – nº 7800 – Papicu (FANOR)
CEP 60190-800
Fortaleza- CE
Fone: 3262 -2617 / 3262- 4125

Tem início no cruzamento da Avenida Desembargador Moreira com a Avenida Santos Dumont, seguindo nesta, no sentido
Leste até encontrar o Oceano Atlântico, dobrando à direita, no sentido Sul, e seguindo pela orla marítima até encontrar a foz
do Rio Cocó, prosseguindo na margem deste, no sentido Oeste, até encontrar a Avenida Engenheiro Santana Júnior, seguindo
nesta, no sentido Norte, até o cruzamento com a Avenida Antônio Sales, dobrando nesta à esquerda, no sentido Oeste, até o
cruzamento com a Avenida Desembargador Moreira, dobrando nesta à direita, no sentido Norte, até o cruzamento com a Ave-
nida Santos Dumont.

25ª Unidade - FACULDADE FARIAS BRITO


Rua Osório Palmella, nº 260, Varjota, Fortaleza/Ce, Fones: 3267.5652

Tem início no encontro do Oceano Atlântico com a Avenida Desembargador Moreira, seguindo nesta, no sentido Sul, até en-
contrar a Avenida Santos Dumont, dobrando nesta à esquerda, no sentido Leste, e seguindo até a Avenida Engenheiro Santana
Júnior, nesta dobrando à esquerda, no sentido Norte, até o encontro com a Rua Engenheiro Plácido Coelho Júnior, dobrando à
direita e seguindo nesta, no sentido Leste até a Rua José Carlos Gurgel Nogueira, dobrando nesta à esquerda, no sentido Nor-
te, até encontrar a Rua Sol Nascente, dobrando nesta à esquerda, no sentido Norte, até a Rua Ismael Pordeus, dobrando nesta
à direita, no sentido Leste, seguindo nesta, no sentido Leste, até encontrar o Oceano Atlântico, seguindo pela orla marítima,
no sentido Norte, até encontrar a Avenida Desembargador Moreira.

26ª Unidade –
Juiz: DR. JOSE ARI CISNE JUNIOR
Endereço:
CEP:
Fone:

Tem início no cruzamento da Avenida Dom Antônio Almeida Lustosa com a Avenida Deodoro de Castro, prosseguindo pela
Avenida H, no sentido Leste, e dobrando à direita, no sentido Leste na Rua Carlos Chagas, seguindo nesta, até o cruzamento
com a Rua Bragança, dobrando nesta à direita, no sentido Sul, seguindo pela Rua Maria Júlia até o cruzamento com a Rua
Pedro Martins, nesta dobrando à esquerda, no sentido Leste, até encontrar a Avenida Osório de Paiva, dobrando nesta à direi-
ta, no sentido Sul até o limite com o Município de Maracanaú.

Juizado Especial Móvel


Endereço: Rua Barão do Rio Branco, 2922 – Centro
CEP: 60.025-060
Fone: (085) 283.3333 Ramal: 204; 194 (Serviço 24 horas) e (085) 9982.6733 / 9982.6734
- Juizado formado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Ceará / Diretoria do Fórum Clóvis Beviláqua e o DETRAN – cujo
objetivo é atender os litígios que envolvam acidentes de trânsito sem vítimas e que ocasionem danos materiais.
- As equipes do Juizado e DETRAN deslocar-se-ão proporcionando atendimento e promovendo acordo entre as partes no lo-
cal do acidente.

JUIZADO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER


Av. da Universidade, 3288, Benfica, Fortaleza/Ce, Cep 60020-181, Telefones: 33433.8780 / 81 / 87 / 85
OUTROS

ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁ


Rua Senador Alencar, 348, Centro
CEP 60030-050
Fortaleza-CE

Endereço temporário (até dezembro/2017):


Rua 24 de maio, nº 60 - Centro (Praça da Estação)
Cep: 60020-000
Fortaleza - CE

DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO CEARÁ


Av. Pinto Bandeira, 1111 - Bairro Luciano Cavalcante - Cep : 60.811-370, Fortaleza/Ceará
Fone: (85) 3101.3434 - Fax: (85) 3101.3428
ALÔ DEFENSORIA: 129
DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
Rua Costa Barros nº 1227
Tel: 3219.0052

LACEN- LABORATÓRIO CENTRAL DE SAÚDE PÚBLICA


AT. Sr. DANÚBIO ANDRADE BEZERRA FARIAS
Rua Barão de Studart, Nº 2405
Joaquim Távora
CEP 60.120-002
Tel.:3101.1481 / 3101.1505

SECRETARIA DE FINANÇA DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA


Rua General Bezerril, Nº 755, Centro
CEP 60.055-100
Fortaleza-CE

DER – DEPARTAMENTO DE EDIFICAÇÕES E RODOVIAS


Av. Godofredo Maciel, Nº 3000, Maraponga
CEP 60.710-001
Fortaleza(CE)

NÚCLEO DE ATENDIMENTO AO PRESO PROVISÓRIO – NUAPP


Rua do Rosário, 199, Centro, Fortaleza
Telefone: (85) 3101.7394
Av. Virgílio Távora, 2184, Aldeota, Fortaleza (esquina com a rua Beni Carvalho)Telefone:(85) 3101.1263 / 3101.1267.

NÚCLEO ESPECIALIZADO EM EXECUÇÕES PENAIS - NUDEP (PRESO CONDENADO)


Rua Caio Cid, 100. Bairro Engenheiro Luciano Cavalcante. Fortaleza
Telefone: (85) 3101.3437

ETECS – ESCRITÓRIO DE TECNOLOGIA SOCIAL


Campus Universitário do Pici, ao lado do Bloco 708 - Pici, Fortaleza - CE, 60455-900
Telefone: (85) 98924-5497
www.etecs.ufc.br

DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO CEARÁ – DEFENSORES DA CAPITAL E TELEFONES ÚTEIS


Núcleo Central de Atendimento / (85) 3101.3434

ALÔ DEFENSORIA: 129

Você também pode gostar