A2 - Fórum prático 20/08

Ex empregado residente em Contagem/MG decide ingressar em juízo (no

procedimento ordinário) contra seu ex empregador, que possui sede em Itajubá/MG,
tendo sido contratado em Campinas/SP e executado seu contrato, por dois anos,
em obra de construção civil de uma ponte, em Pouso Alegre/MG.
Há no contrato cláusula que elege o foro de Poços de Caldas/MG para a propositura
de qualquer demanda. Ingressou em juízo em Poços de Caldas/MG, obedecendo a
cláusula contratual.
Questiona-se:
1- Referido ajuizamento em Poços de Caldas está correto? Justifique. Se não, onde
poderia o Reclamante demandar em juízo, nos termos da CLT? Justifique.
Resposta: No caso supracitado o ajuizamento está incorreto, visto que conforme o
artigo 651 da CLT:

“A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela

localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao
empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.
(Vide Constituição Federal de 1988) “.

Ou seja, a ação deve ser ajuizada onde o empregado prestava os serviços ao

empregador. E em concordância o parágrafo 3° do referido artigo a ação deveria ser
ajuizada foro onde realizou a prestação de serviço Porto Alegre/MG ou em
Campinas/SP onde foi celebrado o contrato.

2- Que medida poderá tomar a Reclamada para se insurgir em face de eventual

ajuizamento de ação em juízo territorialmente incompetente? Qual o momento? De
que forma? Quais as consequências processuais caso a Ré não tome qualquer
providência?

Resposta: Conforme o art. 800 da CLT, consta expressa disposição para que a
exceção de incompetência territorial seja apresentada antes da audiência, no prazo
de 5 dias, a contar da notificação e conforme o artigo 65 do CPC se a
incompetência relativa não for alegada pelo réu em preliminar de contestação,
ocorre a preclusão desse direito, e há a prorrogação da competência, de forma que
o juízo anteriormente incompetente, passa a ser competente para o julgamento da
causa.