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CURSO DIREITO
PROF(A):Wyderlannya Aguiar
REGRA GERAL:
A competência territorial no processo do trabalho rege-se pelo art. 651 da CLT, que estabelece
que as demandas trabalhistas serão propostas no local da prestação dos serviços. § Se houve
transferência ou transferências sucessivas, será competente o último local de prestação de
serviços.
Não se deve levar em consideração, em primeiro momento, o local da contratação. Esse não é
relevante POR ENQUANTO. Posso ter sido contratado em São Paulo/SP para trabalhar em
Vitória/ES, sendo a competência desse último local.
Destaque para a Súmula nº 33 do STJ, que diz que a incompetência relativa, portanto, a
territorial, não pode ser conhecida de ofício, devendo o réu apresentar, no momento
adequado (defesa) a exceção de incompetência, sob pena de prorrogação da competência.
Explica-se:
§ Afirma-se que São Paulo/SP é o foro competente para a ação a ser proposta por João. Caso o
reclamante, desrespeitando a norma do art. 651 da CLT, ajuíze a ação em Campinas/SP, não
poderá o Juiz do Trabalho reconhecer a incompetência de ofício e determinar a remessa dos
autos para São Paulo/SP. Mesmo que o erro seja de fácil percepção, não pode o Juiz assim agir.
Deverá aguardar o reclamado apresentar exceção de incompetência na audiência, por ser uma
peça de defesa. Caso não seja apresentada, Campinas/SP que não era
competente, passará a ser, não sendo lícito alegar posteriormente a incompetência, o que
significa dizer que a demanda tramitará até o fim no juízo de Campinas.o
·
EXCEÇÕES
INEXISTINDO
§ Nessa hipótese, a demanda trabalhista, pela melhor doutrina, deverá ser ajuizada perante o
local em que está situada a Sede ou Filial da empresa no Brasil ou, na inexistência daquelas, no
local do domicílio do empregado ou localidade mais próxima. Trata-se de interpretação da
doutrina e jurisprudência acerca do dispositivo legal, de forma a ampliar o acesso ao Poder
Judiciário.
§ Doutrina majoritária afirma que não há necessidade da empresa possuir sede ou filial no
Brasil, pois a notificação pode ser feito a país estrangeiro, por meio de carta rogatória.
A norma de direito processual será a Brasileira, por questões de soberania, pois cabe ao Estado
Brasileiro dirimir as demandas aqui propostas, logo, por meio de seu direito processual.
A norma de direito material (direito do trabalho) não é mais a do local da prestação dos
serviços, pois no dia 16.04.2012 o TST CANCELOU A SÚMULA Nº 207. Atualmente, aplica-se a
lei que for mais benéfica (brasileira ou estrangeira).
§3º:
§ Essa situação difere daquela prevista no §1º (agente ou viajante), pois aqui quem é
itinerante é a empresa como um todo, sendo que no §1º quem é itinerante é o empregado.
Nessa situação, duas são as possibilidades, SEM QUALQUER ORDEM, ou seja, DE ACORDO
COM A VONTADE DO EMPREGADO:
(local da contratação);
Como exemplos de empresas que prestam serviços itinerantes e que, por isso, estariam
incluídas no §3º do art. 651 da CLT, destacam-se: empresas circenses, empresas que trabalham
com feiras, exposições, etc.
Diferencia-se relação de trabalho de relação de emprego pela ausência dos requisitos do art.
3º da CLT na primeira hipótese, razão pela qual é mais ampla, já que abarca o autônomo,
eventual, etc.
2. ACIDENTES E TRABALHO:
2. Empregado x INSS: diversas são as ações ajuizadas pelo empregado em face do INSS para
que o órgão previdenciário reconheça a ocorrência do acidente e/ou invalidez e, por
conseqüência, implante o benefício. Nessa hipótese, a competência é da Justiça Comum
Estadual, tendo em vista a exceção do art. 109, I da CRFB/88.
ii. O que fazer com as demandas que tramitavam na Justiça Comum Estadual e que passaram
a competência da Justiça do Trabalho? Pelo art. 113, §2º do CPC, diante da incompetência
absoluta, remetem-se os autos ao juízo competente, no momento em que estiverem.
Contudo, criou-se uma exceção à essa regra:
b. As ações sem sentença naquela mesma data, seriam encaminhadas à Justiça do Trabalho.
3. COMPETÊNCIA CRIMINAL
5. MANDADO DE SEGURANÇA:
i. Vara do Trabalho: quando o ato for externo ao Poder Judiciário, ou seja, quando a
autoridade coatora não for Juiz do Trabalho, sendo muito comum na hipótese de fiscalização
do trabalho e atos de Procuradores do Trabalho na condução de inquéritos civis.
iii. Tribunal Superior do Trabalho: competente para o mandado de segurança contra ato de
membros do próprio TST.
6. CONFLITOS DE COMPETÊNCIA:
i. TRT:
1. 1º. Quando o conflito existir entre duas Varas do Trabalho vinculadas ao mesmo TRT,
p.ex.Vara do Trabalho de Vitória/ES e Vara do Trabalho de São Mateus/ES, ambas vinculadas
ao mesmo TRT, qual seja, 17ª Região.
2. 2º. Quando o conflito se verificar entre Vara do Trabalho e Juízo de Direito investido na
jurisdição trabalhista, que é o que ocorre quando determinada localidade não está abrangida
pela competência da Justiça do Trabalho e o art.112 da CRFB/88 afirma que o Juiz de Direito
processará e julgará a lide,agindo, naquele processo, como se fosse Vara do Trabalho.
ii. TST
2. 2º: Quando o conflito se der entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho não
vinculada àquele, como por exemplo, TRT 17ª Região (Espírito Santo) e Vara do Trabalho do
Rio de Janeiro.
iii. STJ:
2. 2º. Entre Vara do Trabalho e Juízo de Direito não investido de Jurisdição Trabalhista.
iv. STF:
b. Destaque para a Súmula nº 420 do TST, que afirma inexistir conflito entre TRT e Vara do
Trabalho vinculada a ele, tendo em vista a subordinação administrativa presente na hipótese.
Nos termos da Súmula nº 736 da STF, a competência para tais litígios é da Justiça do Trabalho.
a. Prevista no art. 114, VIII da CRFB/88, prescreve que as contribuições devidas à previdência
social que sejam decorrentes das sentenças proferidas pela Justiça do Trabalho, serão por essa
mesma executadas, inclusive, de ofício, ou seja,sem requerimento.
b. O § único do art. 876 da CLT afirma a competência da Justiça do Trabalho inclusive para a
execução de contribuições incidentes sobre os salários pagos durante o período contratual
reconhecido. Contudo, não é esse o entendimento do TST, tendo em vista que a Súmula nº
368 daquele tribunal afirma que apenas as verbas devidas em decorrência de sentença
condenatórias serão objeto de execução na Justiça Especializada.
c. Por fim, caso haja acordo após o trânsito em julgado, as contribuições previdenciárias serão
calculadas com base no valor do acordo, nos termos da OJ nº 376 da SDI-1 do TST.