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TED N2

Acadêmica: Emanuelly Cristina dos Santos Rates


Professora: Cheila Cristina da Silva
Disciplina: Direito Processual Civil- Processo de conhecimento
Turma: 5° período B

1.DEFINA AS INTERVENÇÕES ATÍPICAS:


As intervenções atípicas são aquelas pouco previstas em nossa legislação,
como por exemplo o recurso a terceiro lesado, previsto no artigo 996, § do CPC,
desde que este lesado terceiro demonstre a possibilidade de que a decisão sobre
a relação jurídica sujeita a controlo jurisdicional possa infringir um direito em que
invoca ou, ainda, que está a discutir em tribunal como substitutivo processual.
1ª) ASSISTÊNCIA PROVOCADA;
Nessa modalidade de intervenção, o terceiro (assistente) ingressa na relação
processual com o fim de auxiliar uma das partes originárias (o assistido). A
assistência é cabível a qualquer tempo, e em qualquer grau de jurisdição,
podendo o assistente ingressar no processo em qualquer de suas fases, e o
recebendo no estado em que se encontra. Podendo ser dividida em simples e
litisconsorcial.
A assistência pode ser simples ou litisconsorcial. A assistência simples consiste
na participação de um terceiro ad coadjuvandum, que não defende, dessa
maneira, direito próprio, mas sim de outrem, com interesse jurídico indireto a se
proteger, desde o momento em que a decisão trará reflexos sobre o interventor.
Na assistência litisconsorcial, todavia, o interventor defende direito próprio,
tornando-se parte na relação processual.
1b) INTERVENÇÃO ESPECIAL DA FAZENDA PUBLICA;
A intervenção anômala é fenômeno envolvendo a Fazenda Pública, previsto na
Lei n. 9469/97, e implica o ingresso do ente público em qualquer feito, bastando
mero interesse econômico do Estado. Entretanto, os poderes inicialmente
conferidos à Fazenda são restritos, pois apenas ostentará a condição de parte
caso recorra da decisão proferida na causa.
1c) DO ART. 1.698 (2 parte do CC)
A obrigação de prestar alimentos recai sobre os parentes mais próximos,
conforme o artigo 1696 do CC. Sendo assim, cabe primeiramente aos pais
prestar alimentos aos filhos. No entanto, se ambos não tiverem condições de
sustentar o filho, este poderá recorrer aos avos, porém na justa proporção
econômica dos mesmos. Caso o credor exclua da cobrança algum de seus avos,
os que tiverem sido cobrados poderão chamar o excluído para que integre a lide
e reparta o ônus
QUANTO A INTERVENÇÃO ESPECIAL OU ANÔMALA DA FAZENDA
PUBLICA, responda:
2ª) Base legal (art.5, Lei 9.469/97)
De acordo com o autor Carlos Fernando, em seu artigo “natureza jurídica e
constitucionalidade da intervenção de terceiros prevista na lei n. 9.469 de 1997”
Art. 5º A União poderá intervir nas causas em que figurarem, como autoras ou
rés, autarquias, fundações públicas, sociedades de economia mista e empresas
públicas federais. Em seu parágrafo único, descreve que:
“as pessoas jurídicas de direito público poderão, nas
causas cuja decisão possa ter reflexos, ainda que indiretos,
de natureza econômica, intervir, independentemente da
demonstração de interesse jurídico, para esclarecer
questões de fato e de direito, podendo juntar documentos
e memoriais reputados úteis ao exame da matéria e, se for
o caso, recorrer, hipótese em que, para fins de
deslocamento de competência, serão consideradas
partes.”
2b) Requisito;
Como citado acima, não se faz necessário que atinja a jurisdição da Fazenda
Pública e nem que haja interesse jurídico, A requerida intervenção anômala pela
Fazenda Pública, as partes originárias devem ser intimadas para
pronunciamento em obediência ao princípio da ampla defesa e contraditório.
2c) Legitimidade;
Se a Fazenda Pública não tiver sido parte na demanda originária, não poderá,
invocar o parágrafo único do art. 5º da Lei 9.469/1997, ajuizando a ação
rescisória. Mas se rediscutir a decisão final em qualquer outra demanda idêntica,
poderá ajuizar ação rescisória, pois por ter sido parte, terá legitimidade ativa,
como está previsto no art. 967, I, do CPC.
2d) Objeto;
Quando a União e as demais pessoas jurídicas de direito público poderão
intervir, independente de interesse jurídico, e mesmo no caso de interesse
indireto ou reflexo.
2e) Procedimento
A interferência anômala no processo de execução não é permitida, embora seja
possível sob embargo de execução. Tal como acontece com a assistência, a
intervenção anômala em qualquer tipo de processo e em todos os níveis de
jurisdição é permitida no processo de conhecimento. Esta intervenção em
procedimentos especiais também deve ser permitida. Obviamente, isso só será
possível se não for compatível com o processo especial ou com a capacidade
limitada do juiz. Simplificando, alguns procedimentos são especiais porque
limitam o conhecimento forense ou não permitem atrasos na obtenção de provas.
A construção de procedimentos diferenciados, de fato, decorre de uma
combinação de diferentes formas de conhecimento, que, uma vez manipulados
pelo legislador.
3.TRAGA UM MODELO DA AÇÃO DE REGRESSO POR EVICÇÃO,
destacando as especificidades da ação de regresso e a evicção.
EVICÇÃO. DENUNCIAÇÃO À LIDE. PERMISSIBILIDADE.
É permissível que se denuncie à lide terceiro alienante para garantir o
direito de regresso nos mesmos autos, mormente porque evita a
renovação da jurisdição e permite maior efetividade aos interesses
processuais.
Agravo de Instrumento, Processo nº 1002205-75.2005.822.0016,
Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia, 2ª Câmara Cível,
Relator(a) do Acórdão: Des. Marcos Alaor Diniz Grangeia, Data de
julgamento: 07/03/2007

Hilson Cristófoli interpôs Agravo de Instrumento a denunciação à lide contra a


decisão liminar que julgou procedente a reclamação apresentada contra ele por
Dario Siegfried Loeschke nos autos da ação rescisória de contrato movida por
Adamastor Salvador Filho.
Relatou que, não está configurada qualquer das hipóteses do art. 70 do CPC,
para ter sido denunciado a lide, e que o caso presente caso, trata-se de um
processo de rescisão contratual, não evicção ou reivindicatória. Acrescenta que
um caso semelhante já foi apreciado por este Tribunal, momento em que a
reclamação sobre a controvérsia foi julgada improcedente. Solicita que seja
atribuído efeito suspensivo ao recurso e que, no mérito, seja revertida a decisão
para que a reclamação não entre em conflito.
O Desembargador Marcos Alaor Diniz Grangeia por unanimidade, negou o
provimento ao recurso, o mesmo alegou que a ação originária visa à restituição
de prejuízos decorrentes de evicção, tornando-a possível o seu enquadramento
no art. 70, I, do CPC.

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