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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

FACULDADE DE ECONOMIA
INTRODUÇÃO À ECONOMIA (ECOB40)

GABRIEL SILVA FONSECA


LÍVIA AGUIAR OLIVEIRA ANDRADE
YURI GUIMARÃES SAMPAIO FALCÃO

SEGUNDA AVALIAÇÃO | FICHA 08 A 14

Salvador - BA
Dezembro/ 2023
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE ECONOMIA
INTRODUÇÃO À ECONOMIA (ECOB40)

GABRIEL SILVA FONSECA


LÍVIA AGUIAR OLIVEIRA ANDRADE
YURI GUIMARÃES SAMPAIO FALCÃO

SEGUNDA AVALIAÇÃO | FICHA 08 A 14

Trabalho apresentado ao Curso de graduação em


Engenharia Civil, Escola Politécnica, Universidade
Federal da Bahia, como requisito da nota referente a
segunda unidade da disciplina Introdução à Economia
(ECOB40).
Orientador: Julyan Gleyvison Machado Gouveia Lins

Salvador - BA
Dezembro/ 2023
Q1
A frase de Kenneth Arrow evidencia sua preocupação com as ações do governo e seus
impactos nas nações, destacando em suas principais ideias a imunidade financeira dos
governos, ou seja, capacidade dos Governos nunca falirem, conseguindo funcionar mesmo
com altos índices de endividamento. Ademais, acrescenta sobre os impactos econômicos e
sociais, que no ato do governo está com os índices de endividamento altos, gera na
população inflação, desvalorização da moeda, desconfiança dos investidores, aumento do
desemprego, entre outros problemas.

Q2

● Governo geral (administração direta e indireta)


○ Governo federal
○ Governos estaduais e distrito federal
○ Governos municipais
● Atividades empresariais do setor público
○ Atividades financeiras
■ Banco Central
■ Demais instituições financeiras
○ Atividades não financeiras
■ Governo federal
■ Governos estaduais e distrito federal
■ Governos municipais

Q3
Entende-se por caixa contábil toda a movimentação econômica feita por pessoa jurídica , são
os recursos disponíveis para realizar transações. O regime de competência é um método
para realizar o registro de lançamentos contábeis na data em que o evento acontece.

Q4
O termo “Acima da Linha” refere-se aos elementos considerados antes dos cálculos de lucro
operacional da empresa, ou seja, receitas, despesas e lucro bruto, sendo os elementos
diretamente ligados às principais atividades do negócio. Em complemento, o termo “Abaixo
da Linha” faz menção aos elementos que vem após o lucro operacional da empresa, logo os
impostos, perdas, despesas não operacionais, não estando diretamente ligadas às operações
principais da empresa.
Q5

a) O resultado nominal, o déficit nominal e o superávit nominal são conceitos cruciais para a
análise das finanças públicas de um país. O resultado nominal refere-se à diferença entre as
receitas totais e as despesas totais do governo, sem considerar os efeitos da inflação. Em
outras palavras, é o saldo bruto das contas governamentais, abrangendo todas as receitas e
despesas, independentemente de estarem relacionadas ao pagamento de juros da dívida
pública.

O déficit nominal ocorre quando as despesas totais do governo superam suas receitas totais,
sem ajuste para a inflação. Isso significa que o governo está gastando mais do que está
arrecadando, abrangendo todas as operações, inclusive o pagamento de juros da dívida. Por
outro lado, o superávit nominal ocorre quando as receitas totais do governo excedem as
despesas totais, sem ajuste para a inflação. Nesse cenário, o governo está arrecadando mais
do que está gastando, inclusive considerando o pagamento de juros.

b) O resultado primário, o déficit primário e o superávit primário são conceitos fundamentais


nas finanças públicas, refletindo a saúde financeira de um país. O resultado primário
representa a diferença entre as receitas e as despesas do governo, excluindo os custos com
juros da dívida. Essa métrica proporciona uma visão mais precisa das finanças
governamentais, isolando o impacto dos encargos da dívida.

Quando as despesas do governo excedem suas receitas, excluindo os juros, ocorre um déficit
primário. Em outras palavras, o governo está gastando mais do que está arrecadando,
independentemente dos custos associados à dívida pública. Esse déficit primário pode levar
a um aumento da dívida governamental, exigindo atenção e medidas para garantir a
sustentabilidade fiscal.

Por outro lado, um superávit primário ocorre quando as receitas do governo superam suas
despesas, excluindo os juros da dívida. Nesse caso, o governo está gerando excedentes
financeiros, que podem ser utilizados para amortizar dívidas existentes ou investir em áreas
estratégicas da economia. O superávit primário é visto como uma indicação positiva da saúde
fiscal do governo, contribuindo para a redução da dívida e para a estabilidade econômica a
longo prazo.
Q6
A dívida líquida é calculada de maneira análoga à dívida bruta, mas, para a dívida líquida
também é considerado o recurso financeiro disponível, como os investimentos do país e o
dinheiro em caixa.

Q7
A dívida líquida do Governo é o resultado da diferença entre os ativos financeiros e a sua
dívida bruta. Em entendimento de como o déficit afeta na dívida do setor público, é preciso
uma análise nos gastos e entrada de caixa do governo. o que pode exigir a necessidade de
empréstimos, Portanto, a variação da dívida está diretamente relacionada ao financiamento
do Governo, refletindo na saúde financeira e capacidade de gerir finanças de maneira
equilibrada.

Q8

a) As receitas governamentais são fundamentais para financiar as operações e programas


do governo, e essas receitas são comumente classificadas em duas categorias principais:
receitas correntes e receitas de capital. As receitas correntes representam fluxos regulares
de recursos, arrecadados em base anual, provenientes de fontes como impostos sobre a
renda, impostos sobre o consumo, taxas e contribuições sociais. Esses recursos são
destinados a financiar as despesas cotidianas do governo, incluindo salários, serviços
públicos e programas sociais.

Por outro lado, as receitas de capital referem-se a recursos não recorrentes derivados de
transações não rotineiras. Fontes de receitas de capital incluem a venda de ativos,
empréstimos e receitas provenientes de privatizações. Ao contrário das receitas correntes,
as receitas de capital são destinadas a financiar despesas de capital, tais como investimentos
em infraestrutura, construção de estradas, escolas e hospitais, que têm impacto mais
duradouro e estrutural na economia e na sociedade.

b) No âmbito das finanças governamentais, as despesas podem ser categorizadas de


maneiras distintas para melhor compreensão e controle. Duas categorias fundamentais são
as despesas correntes e as despesas de capital, cada uma desempenhando um papel
específico na gestão dos recursos públicos.

As despesas correntes referem-se aos gastos do governo associados à manutenção regular


da máquina pública e à prestação de serviços básicos à população. Isso inclui salários de
servidores públicos, aquisição de bens e serviços essenciais para a operação do governo,
assim como despesas em setores como educação, saúde, segurança e assistência social.
Essas despesas têm um impacto imediato no orçamento, sendo consumidas no curto prazo,
e não geram ativos duradouros.

Por outro lado, as despesas de capital estão relacionadas à aquisição de ativos de longo
prazo que beneficiam a sociedade ao longo de um período estendido. Estes investimentos
visam promover o desenvolvimento econômico e melhorar a infraestrutura. Exemplos incluem
a construção de estradas, pontes, escolas e hospitais, assim como a compra de
equipamentos duráveis. Ao contrário das despesas correntes, as despesas de capital geram
ativos que perduram no tempo, contribuindo para o crescimento econômico e o bem-estar a
longo prazo.

Q9
A senhoriagem ora é definida como o lucro do governo derivado da emissão de moeda, ora
como a receita do governo resultante do poder de monopólio de emissão de moeda. Desta
forma, o governo lucra, emitindo mais moedas, entretanto gera uma inflação descontrolada
que a médio prazo pode gerar sérios problemas.

Q10
a) A emissão da moeda é realizada através da operação de títulos entre o Tesouro Nacional
e o Banco Central, pois quando o Governo precisa de recursos, ele emite títulos públicos para
captar dinheiro no mercado financeiro. O Banco Central pode comprar os títulos emitidos pelo
Tesouro Nacional no mercado secundário, injetando dinheiro na economia e aumentando a
base monetária, o que consequentemente aumentará a oferta de moeda em circulação.

b) As situações mais favoráveis para a emissão da moeda para ajudar na economia é quando
existe um acúmulo de demanda, combate à deflação, facilitação do crédito, entre outras
ações importantes para controlar emissão da moeda e evitar consequência negativas na
economia.

Q11

Um sistema tributário ideal é construído com base em diversos princípios que visam
assegurar eficiência, justiça e equidade. A equidade horizontal é um desses conceitos, que
preconiza tratar contribuintes em situações semelhantes de maneira igual. Um exemplo
prático desse princípio é o Imposto de Renda sobre salários, onde indivíduos com
rendimentos semelhantes pagam proporções similares de seus ganhos.

Outro conceito crucial é a equidade vertical, que busca impor uma carga tributária maior sobre
aqueles com maior capacidade financeira. Isso é exemplificado pelo Imposto de Renda
Progressivo, onde as taxas aumentam progressivamente conforme a renda do contribuinte
aumenta.

A neutralidade fiscal é um princípio que procura minimizar distorções econômicas, como


aquelas causadas por impostos. O Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) é um exemplo
prático desse conceito, incidindo sobre o valor adicionado em cada estágio da produção para
evitar distorções na cadeia produtiva.

A simplicidade é um elemento essencial, buscando tornar o sistema tributário claro e de fácil


compreensão. Um exemplo seria a implementação de impostos sobre o consumo com uma
única alíquota, simplificando a aplicação e compreensão por parte dos contribuintes.

A eficiência econômica é outro princípio importante, minimizando custos administrativos e


incentivando o crescimento econômico. Incentivos fiscais para pesquisa e desenvolvimento
são um exemplo prático, estimulando a inovação e contribuindo para o desenvolvimento
econômico.

A adequação fiscal assegura que os impostos sejam suficientes para financiar os gastos
governamentais, envolvendo a revisão periódica das alíquotas para garantir que estejam em
conformidade com as necessidades do governo.

Por fim, a justiça fiscal visa distribuir a carga tributária de maneira equitativa. Isenções fiscais
para produtos de primeira necessidade são um exemplo prático desse princípio, aliviando a
carga sobre os contribuintes de baixa renda. Ao integrar esses conceitos, um sistema
tributário pode ser desenvolvido para equilibrar a necessidade de arrecadar recursos com a
busca por justiça e eficiência na distribuição da carga tributária.

Q12
Partindo do princípio do benefício, cada indivíduo deveria contribuir de forma proporcional ao
que recebe distinguindo -se da regra geral, onde busca-se colocar uma renda como referência
adotada.
Q13
A incidência inlegal de um imposto sobre os produtos ou consumidores pode variar de acordo
com a política local. No entanto, independente de quem seja o responsável pelo pagamento
do imposto do produto analisado, tanto o consumidor quanto o vendedor arcará com os custos
, visto mecanismos indiretos de transferência ao longo da cadeia de produção e consumo,
fenômeno o qual é conhecido como repercussão tributária.

Q14

A tributação de produtos essenciais, como feijão e arroz, e de produtos não essenciais, como
cigarro e bebidas alcoólicas, muitas vezes obedece a uma lógica econômica complexa, indo
além do simples aumento da receita tributária. Em parte, isso se deve à elasticidade da
demanda associada a esses diferentes tipos de produtos. Produtos essenciais, que compõem
a dieta básica, tendem a ter uma demanda inelástica, o que significa que as pessoas
continuarão comprando esses itens mesmo diante de aumentos de preço. Dessa forma, o
governo pode impor impostos mais altos sem gerar uma redução significativa na demanda
por esses produtos básicos.

Por outro lado, produtos não essenciais, como cigarro e álcool, muitas vezes exibem uma
demanda mais elástica. Nesses casos, os consumidores são mais sensíveis a mudanças nos
preços, e aumentos significativos nas taxas podem resultar em uma redução mais expressiva
na quantidade demandada. Além disso, a tributação desses produtos costuma ser moldada
por considerações de externalidades negativas, especialmente no caso de produtos
associados a problemas de saúde pública, como o tabagismo. Os impostos mais altos podem
ajudar a compensar os custos sociais dessas externalidades e, ao mesmo tempo,
desencorajar o consumo.

A tributação diferenciada também reflete objetivos de política pública, como a promoção da


saúde e o combate a comportamentos prejudiciais. A imposição de impostos mais altos sobre
produtos não essenciais pode ser parte de uma estratégia mais ampla para reduzir o consumo
desses itens e mitigar os impactos sociais e de saúde associados. Além disso, a tributação é
frequentemente usada como uma ferramenta para promover a equidade, visando uma
distribuição mais justa da carga tributária. Produtos de luxo ou prejudiciais à saúde, por
exemplo, podem ser alvos de impostos mais altos devido à percepção de que consumidores
desses produtos têm uma capacidade de pagamento maior em comparação com aqueles que
dependem de itens essenciais. Portanto, a tributação de produtos essenciais e não essenciais
reflete uma abordagem multifacetada que considera não apenas a arrecadação, mas também
objetivos sociais, de saúde e equitativos.

Q15
a) A elasticidade de preço mede a capacidade de resposta da quantidade demandada ou
ofertada de um bem a uma mudança em seu preço. Ela é calculada como uma variação
percentual na quantidade demandada—ou ofertada—dividida pela variação percentual no
preço.

b) A ausência ou inconsistência de programas de transferência de renda agravam o problema.


Assim, a fome e a pobreza aparecem junto ao aumento da criminalidade, da violência, dos
prejuízos diversos às classes desfavorecidas. Mas também do impedimento do progresso
econômico e social. Dessa forma, cria desafios para o governo quando tange aos conceitos
de equidade fiscal entre diferentes regiões agravando as desigualdades e disparidades entre
os estados.

Q16
Existem diversas vantagens e desvantagens no ato da tributação sobre a renda, o consumo
e a riqueza. Apesar da busca pela equidade, na busca de taxar quem ganha mais,
incentivando o investimento e o trabalho. Tributação sobre renda possui vantagem de
possibilitar aumento na capacidade contributiva, além do incentivo ao investimento e o
trabalho, porém exige alta complexidade e um bom planejamento tributário para ser eficaz.
Já a tributação sobre o consumo tem seus pontos de vantagem por ser um processo simples
e que incentiva a poupança, contudo pode ocasionar um grande impacto na economia por
efetuar a população de baixa renda. Por fim, a tributação sobre a riqueza promove a redução
na desigualdade e o aumento da arrecadação, contudo é complexo mensurar o valor exato
da riqueza, além da possibilidade da fuga de capitais ou transferência de ativos para
jurisdições com impostos mais baixos. Logo, no sistema tributário é composto pela
combinação dessas estratégias, visando equilibrar as necessidades e interesses,
minimizando efeitos adversos.

Q17

Pode-se deduzir que a carga tributária durante esse período manteve-se estável, com
pequenas variações de um ano para o outro. Em ambos os anos, o setor de bens e serviços
contribuiu com cerca de metade do montante arrecadado, caracterizando uma economia
orientada para a tributação sobre o consumo. A folha de salários, que abrange tanto os
tributos a serem pagos pela empresa quanto os descontos para a contribuição do INSS, é a
categoria mais tributada e desempenha um papel significativo no total arrecadado. A
tributação sobre a renda é a segunda em importância, mantendo-se em níveis semelhantes
aos da folha de salários, uma prática comum para mitigar a desigualdade tributária entre
diferentes faixas de renda. As demais contribuições apresentam valores consideravelmente
menores. É evidente que as tributações correspondem diretamente a uma porcentagem do
Produto Interno Bruto (PIB).

Q18
Considerados isoladamente, alguns impostos são progressivos – por exemplo, o imposto de
renda pessoa física (IRPF) incidente sobre os rendimentos do trabalho – mas o sistema como
um todo é regressivo (e o próprio IRPF se torna regressivo a partir de certo nível de renda).

Q19

a) Esse imposto ficou conhecido como “imposto sobre janelas” ou “imposto de luz” imposto
para forma de tributar os mais ricos, contudo teve consequências negativas para sociedade,
pois muito dos proprietários decidiram reduzir as janelas para pagar menos impostos,
afetando a iluminação e ventilação das casas, tornando ambientes insalubres em alguns
casos.

b) No Brasil do século XVIII, houve evento específico de taxação de igrejas recém-


construídas, conhecida como “Dízimo do Marquês de Pombal” alegando que tais igrejas
deveriam contribuir com cofres reais com base no crescimento econômico que elas geravam.
Isso refletiu na centralização do poder real, diminuir influência da igreja Católica e
aumentando a arrecadação de impostos do Estado.

c) Na Holanda do século XVII, o governo decidiu cobrar um imposto baseado na largura dos
imóveis, conhecido como “Grachtenbelasting” ou “Imposto dos Canais”. Teve como influência
a construção de edifícios mais estreitos, mais altos, modificando a característica arquitetônica
local.

d) Na Ucrânia do século XX, um imposto sobre carros importados gerou um comportamento


bem estranho por parte das pessoas ao atravessar os veículos pela alfândega. Visto
desmontar os carros para passar na alfândega, por não considerar as peças um automóvel a
se cobrar impostos.
Q20

A afirmação de que a inflação é a única forma de taxação que pode ser imposta sem
legislação não é precisa. A inflação não é uma forma de taxação imposta deliberadamente;
ela refere-se ao aumento geral e contínuo dos preços dos bens e serviços em uma economia
ao longo do tempo. A inflação pode ocorrer por várias razões, como aumento nos custos de
produção, demanda aquecida ou políticas monetárias.

Taxação, por outro lado, geralmente envolve a imposição de tributos e requer legislação para
ser legalmente válida. Existem várias formas de tributação que podem ser implementadas
sem inflação, e a legislação é essencial para autorizar e regulamentar essas práticas.

Um exemplo prático de tributação que não depende diretamente da inflação é o Imposto de


Renda. Muitos países aplicam o imposto de renda sobre os ganhos das pessoas físicas e
jurídicas. A legislação define as taxas de imposto, as faixas de renda sujeitas a cada taxa e
as deduções permitidas.

Outro exemplo é o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), que é um imposto indireto
sobre o consumo de bens e serviços. As legislações estabelecem as alíquotas de IVA, os
produtos ou serviços sujeitos ao imposto e as regras para sua cobrança.

Ambos os exemplos ilustram que a tributação normalmente requer legislação para ser
implementada e não está diretamente ligada à inflação. A inflação, por sua vez, é influenciada
por uma variedade de fatores econômicos e não é uma forma intencional de taxação.

Q21
A Constituição de 1988 modernizou os impostos e descentralizou suas receitas, mas, nos
outros títulos que não eram o das finanças públicas, abriu caminho para a formação de outro
sistema, no qual ficou fácil aumentar a carga, explorar bases arcaicas e recentralizar as
receitas. As mais expressivas alterações na estrutura tributária foram registradas no capítulo
constitucional tributário de 1988. O objetivo principal dessa reforma foi o de proporcionar aos
estados e aos municípios maior autonomia financeira, tendo em vista a evidente centralização
da arrecadação tributária pela União.

Q22

Em compreensão ao papel do estado, entende-se que o cabe a criação de políticas públicas


que atuem sobre a responsabilidade do controle da segurança nacional, saúde pública,
educação, política externa, e infraestrutura urbana com finalidade de resolver problemas em
âmbito nacional.

Diferente do papel do sistema federativo que possui objetivo de equilibrar o poder entre o
Governo e as demais unidades subnacionais, limitando a autonomia dos mesmos, trazendo
a possibilidade de criação das especificidades de cada região contando que não seja menos
restritiva que a nacional.

Por fim, entendendo o papel da descentralização fiscal que atribui responsabilidades às


unidades subnacionais, gerando autonomia para determinação da tributação por região e a
maneira a qual será utilizado aquela arrecadação para benfeitorias do local em questão.

Portanto, é importante que exista descentralização para permitir mais agilidade na decisão
de problemas locais, porém é preciso ter mecanismos eficientes de coordenação em escala
global, para garantir equilíbrio com o todo.

Q23

A "Guerra Fiscal" entre os estados da federação brasileira é uma competição que ocorre em
busca da atração de investimentos e empresas, utilizando incentivos fiscais e tributários como
ferramentas estratégicas. Essa prática é decorrente da descentralização do sistema tributário
no Brasil, conferindo aos estados certa autonomia para definir suas políticas fiscais.

Os estados brasileiros têm a prerrogativa de conceder benefícios fiscais, como isenções e


reduções de alíquotas, como forma de atrair empresas para se estabelecerem em seus
territórios. O objetivo subjacente é fomentar a geração de empregos, promover o
desenvolvimento econômico local e aumentar a arrecadação de tributos de competência
estadual.

Contudo, essa competição acirrada por investimentos muitas vezes resulta em distorções e
impactos negativos. A União, ou seja, o governo federal, acaba por perder parte da
arrecadação, uma vez que os estados abrem mão de tributos em favor das empresas. Além
disso, a prática contribui para acentuar as desigualdades regionais, favorecendo estados
mais ricos em detrimento dos menos desenvolvidos.

A instabilidade também atinge as empresas, que podem ser atraídas por incentivos fiscais
temporários. Quando esses benefícios são revogados ou modificados, a estabilidade do
ambiente de negócios é prejudicada. Ademais, há o risco de desvio de recursos públicos,
uma vez que a competição por investimentos pode levar os estados a oferecerem benefícios
excessivos, resultando na perda de receitas que poderiam ser direcionadas para áreas
prioritárias como saúde, educação e infraestrutura.

Como tentativa de mitigar essa guerra fiscal, foram estabelecidos mecanismos legais, como
a Lei Complementar 160/2017, que busca regulamentar a concessão de benefícios fiscais
entre os estados. Essa legislação procura promover a coordenação e colaboração entre os
entes federativos, visando alcançar um equilíbrio na atração de investimentos sem gerar
impactos negativos significativos no cenário econômico e social do país.

Q24
Os subsídios financeiros são gastos relacionados à equalização de juros, quando o governo
cobre a diferença entre a taxa de juros praticada no mercado financeiro e a taxa efetivamente
paga no empréstimo.

Ex: Quando o governo assume uma dívida que não é dele, também é um subsídio.

Os subsídios creditícios são gastos incorridos pela União decorrentes do diferencial entre o
rendimento de fundos, programas ou concessões de crédito, operacionalizados sob
condições financeiras específicas, e o custo de oportunidade do Tesouro Nacional.

Q25

O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) é um fundo especial criado para custear o


programa de seguro-desemprego, abono salarial e financiar programas de desenvolvimento
econômico, voltados principalmente para o trabalhador. A base da sua arrecadação é 8% do
PIS/PASEB.
O Fundos Constitucionais de Financiamento (FNE, FNO, FCO) são fundos criados para
reduzir a desigualdade no brasil entre as regiões, portanto:
1. FNE: Destinado para promover o desenvolvimento econômico da região Nordeste do
Brasil.
2. FNO: Destinado para fomentar o desenvolvimento da região Norte do País.
3. FCO: Destinado para promover desenvolvimento no Centro-Oeste do Brasil.
Q26

A maior parte dos tributos é retida pelo Governo Federal, seguida por uma parcela
significativamente inferior pelos Estados e uma arrecadação bastante limitada pelos
municípios. Esse cenário destaca a necessidade de transferência de recursos da União para
os demais entes federativos. Além disso, torna-se claro que a maior parte da carga tributária
provém dos bens e serviços, enquanto uma proporção mínima é originária do imposto sobre
a renda. Isso evidencia os efeitos da tributação regressiva e da alta informalidade na
sociedade brasileira, que influenciam na escolha do local de retenção do imposto e na
aplicação de uma taxa relativamente baixa sobre a riqueza.

Q27
Somente é possível, se o tributo fosse calculado tendo como base o valor agregado em
detrimento da sequência de incidência de impostos que já existe nos dias de hoje. Também
se faz necessário extinguir as brechas tributárias e a fraude que existe na fiscalização do
pagamento de impostos no Brasil.

Q28

a) Transferência Intergovernamental do Fundo de Participação dos Estados (FPE) é utilizado


pelo governo para redistribuir recursos financeiros entre estados que tem maior arrecadação
de impostos para os menos desenvolvidos. Essa arrecadação é calculada com base em um
percentual sobre produtos industrializados (IPI) e imposto de renda (IR), além das variáveis
de classificação por índices socioeconômicos.

b) Fundo de Participação dos Municípios (FPM) é um mecanismo de transferência para os


municípios, considerando as diferenças de arrecadação e capacidade econômica de cada
um. Essa arrecadação é calculada com base em um percentual sobre produtos
industrializados (IPI) e imposto de renda (IR), além da influência da quantidade de habitantes
do município.

c) Imposto sobre a Propriedade Rural (ITR) é uma tributação incidente sobre propriedades
rurais com objetivo de promover o uso adequado da terra e dissimulação da manutenção de
área improdutivas. A alíquota varia de acordo com o tamanho da área e sua localização.
d) Imposto sobre Operações Financeiras (IOF-Ouro) é um tributo aplicado sobre operações
financeiras, incluindo a compra e venda de ouro. Possui diferente alíquota a depender do tipo
de transação, prazo do investimento e modalidade de como é adquirido.

e) Imposto Produto Industrializado (IPI-Exp.) incidente sobre a fabricação e importação de


produtos industrializados. O valor da alíquota varia de acordo ao produto produzido. E possui
finalidade de controlar a produção de bens e promover políticas públicas. O termo exp está
ligado a alguma expansão, ampliação do IPI de certo produto.

f) A lei Kandir (nº 87/1996) trata da desoneração/isenção do pagamento do Imposto de


Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre as exportações de produtos primários e
semielaborados, garantindo a competitividade das exportações brasileiras.

g) Fundo de Auxílio Financeiro (FEX) é um mecanismo de compensação financeira para


ressarcir os estados pelas perdas da arrecadação decorrente da Lei Kandir. São realizados
pelo governo federal aos estados e os valores são regulamentados pela lei.

h) Royalties são pagamentos feitos por uma parte para outra que detém os direitos de uso,
exploração ou comercialização de determinação do bem, recursos naturais, tecnologia,
propriedade intelectual ou direitos autorais. Seu valor é definido por contrato ou por leis
especificas.

i) Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) é tributo cobrado


pela exploração dos recursos minerais no Brasil com objetivo de promover preservação
ambiental, investimentos de infraestrutura, entre outros. É regulamentado pela Constituição
Federal de 1988, a qual estabelece os percentuais correspondentes e fiscalizado pelo
departamento Nacional de Produtos Minerais (DNPM).

j) Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CFURH) a qual é responsável pelo
planejamento dos recursos hídricos na bacia do Rio São Francisco, um dos principais rios do
país, promovendo o uso racional e sustentável da água, na prevenção de conflitos e proteção
dos ecossistemas relacionados a escassez hídrica.

l) Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico sobre Combustíveis (CIDE-


Combustíveis) é tributo aplicado para a comercialização de combustível, gerando recursos
para áreas como transporte, infraestrutura, energia, entre outros setores estratégicos. A sua
alíquota varia e é regulamentada por uma lei específica.
m) Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação (FUNDEB) foi criado com objetivo de financiar a educação básica
pública. Tendo como recurso receitas tributarias e transferência da União, além dos
percentuais de outras receitas.

n) Piso de Atenção Básica (PAB-Fixo) é uma modalidade de repasse dos recursos financeiros
do Governo para financiar a atenção básica da saúde nos municípios, considerada uma porta
do Sistema Único de Saúde (SUS). É um montante pré-estabelecido e estável ao longo do
ano. Seu valor é baseado pela quantidade de habitantes pelo município.

Q29

É evidente a centralização na União quando se trata da arrecadação de tributos, enquanto os


Estados ocupam uma posição secundária, com uma arrecadação significativamente menor,
e os municípios ficam em último lugar, com uma arrecadação ainda mais reduzida. Esse
desequilíbrio, em conjunto com a extensa atribuição de responsabilidades a todas as esferas
da federação brasileira, destaca a necessidade de implementar mecanismos de transferência
tributária da União para os entes estaduais e municipais, bem como entre os entes estaduais
e municipais, visando reduzir essa disparidade na arrecadação.

Q30
Havendo a descentralização, é notório e evidente que as regiões mais bem remuneradas e
com maior percentual de locação de finanças como exemplo São Paulo e da região Sul
obterão mais vantagens e almejam cada vez mais descentralizações e desvinculações com
as outras regiões emergentes. Desta forma, haverá uma maior dificuldade de controle, ruídos
na comunicação e dificuldade de responsabilização pelas partes.

Q31

A renda do país é dividida em relação a cinco cortes diferentes da distribuição dessa renda,
as quais se diferenciam de acordo ao grupo e formato de distribuição, sendo elas:

Corte Horizontal: Distribuição que contempla diferentes grupos de indivíduos,


independente da classe social, faixa etária, ocupação, localização, entre outros.

Corte Vertical: Refere-se à distribuição de renda dentro de um mesmo grupo social ou


econômico.
Corte Longitudinal: Envolve a distribuição ao longo do tempo para os grupos de
mesmas pessoas.

Corte Espacial: Corresponde a uma distribuição de renda que possui relação com o
espaço geográfico o qual está inserido um determinado grupo.

Corte Intertemporal: Considera a distribuição de renda com base nas gerações, tendo
influência de eventos políticos e sociais no decorrer do tempo.

Q32

No Brasil, o nível agregado de taxação é frequentemente criticado por sua falta de equidade,
revelando uma disparidade entre a carga tributária e a renda média do país. A complexidade
do sistema tributário brasileiro, composto por uma variedade de impostos em diferentes níveis
governamentais, contribui para essa falta de equidade. A carga tributária é considerada
relativamente alta em comparação com outros países de renda média, o que pode impactar
desproporcionalmente os contribuintes de menor poder aquisitivo. Além disso, a incidência
de tributos indiretos, como o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e
o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), pode tornar o sistema ainda mais regressivo,
uma vez que afeta proporcionalmente mais as camadas mais baixas da sociedade. Essa falta
de equidade no sistema tributário brasileiro tem sido objeto de debates e propostas de
reforma, visando tornar a tributação mais justa e alinhada com as necessidades econômicas
e sociais do país.

Q33
a) De certo modo, quanto maior a carga tributária menor é a capacidade de investimento do
setor privado. As empresas nacionais precisam ser mais produtivas e mais competitivas, pois,
no ambiente global e de intensa concorrência, desta forma, o Brasil tem perdido empresas
para países que apresentam melhores condições para se instalar.

b) O fenômeno, cada vez mais atual chamado de `` Guerra Fiscal `` trata-se, em termos
econômicos, da disputa fiscal no contexto federativo, ou seja, refere-se à intensificação de
práticas concorrenciais extremas e não-cooperativas entre os entes da Federação, que nada
mais são do que os estados, no que diz respeito à gestão de suas políticas industriais. Desta
forma, oferecem incentivos fiscais a fim de angariar mais investidores e indústrias, retirando-
as dos seus locais sedes e gerando uma concorrência fiscal.
Q34

Os tributos indiretos no Brasil não tratam de forma isonômica os diversos setores da


economia, ou seja, há disparidade na distribuição que afetam diferentes setores de maneira
heterogênea. Os principais fatores de influência para ocorrência desse fenômeno consistem
na robusta estrutura tributária brasileira, com diversos impostos, taxas e contribuições, além
das complexas formas de cobrança. Os variados tipos de regime de tributações, o que gera
desigualdade da carga tributária a depender do setor e porte da empresa. Por fim, a existência
de benefícios fiscais, o que favorece algumas áreas de atuação e oneram outras que
possuem mais abundância no mercado.

Q35

a) A descentralização fiscal, transferindo responsabilidades e recursos do governo central


para autoridades locais, possui vários argumentos a seu favor. Primeiramente, ela possibilita
uma alocação mais eficiente de recursos, pois as autoridades locais estão mais próximas das
necessidades específicas de suas comunidades. Além disso, promove o empoderamento
local, concedendo maior controle financeiro às comunidades.

Outro ponto positivo é a oportunidade de inovação e experimentação, permitindo que


diferentes regiões adotem abordagens distintas. A descentralização fortalece a
responsabilidade e prestação de contas, já que as autoridades locais se tornam diretamente
responsáveis perante os cidadãos, favorecendo a transparência e o controle democrático.

Ela também é vista como um meio de promover o desenvolvimento regional equitativo,


reduzindo disparidades entre diferentes áreas geográficas. Ao dar às autoridades locais maior
autonomia, agiliza-se a resposta a desafios específicos e promove a participação cidadã nos
processos decisórios. Por fim, a descentralização contribui para a redução da burocracia
associada à administração centralizada, simplificando os processos decisórios e
implementação de políticas. Contudo, é necessário equilibrar esses benefícios com desafios,
como fortalecer a capacidade das autoridades locais e evitar disparidades excessivas entre
regiões.

b) A centralização fiscal, que concentra o poder de arrecadação e distribuição de recursos no


governo central, é respaldada por diversos argumentos. Um deles destaca a equidade e a
redução de desigualdades regionais, permitindo uma redistribuição mais eficiente de recursos
entre áreas mais ricas e mais pobres. Além disso, a centralização é vista como uma
abordagem que promove coordenação e eficiência na implementação de políticas públicas,
proporcionando uma visão abrangente das necessidades do país. A estabilidade econômica
é apontada como outra vantagem, especialmente em cenários de crises, onde o governo
central pode exercer maior controle sobre políticas monetárias e fiscais. A padronização e
simplificação dos sistemas tributários, juntamente com a prevenção da competição fiscal
prejudicial entre jurisdições locais, são argumentos adicionais a favor da centralização fiscal.
No entanto, críticos apontam que ela pode resultar na perda de responsabilidade e
representatividade local, limitando a capacidade das comunidades de tomar decisões
adequadas às suas necessidades específicas. O equilíbrio entre centralização e
descentralização fiscal é, portanto, uma questão complexa, dependendo das circunstâncias
específicas de cada país.

Q36
A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é elaborada anualmente e tem como objetivo
apontar as prioridades do governo para o próximo ano. Ela orienta a elaboração da Lei
Orçamentária Anual (LOA), baseando-se no que foi estabelecido pelo Plano Plurianual (PPA).
Ou seja, é um elo entre esses dois documentos.
A Lei do Orçamento Anual é a peça de planejamento que garante o gerenciamento anual das
origens e das aplicações dos recursos públicos. Por meio do orçamento, define-se o montante
de recursos que se espera arrecadar e a forma como esses recursos serão aplicados pela
administração pública municipal.

Q37

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é um instrumento legal que regulamenta os


processos orçamentários brasileiros, possibilitando metas e prioridades para os setores Plano
Plurianual (PPA) e Lei Orçamentária Anual (LOA) para elaboração de um novo orçamento
para o ano. Sendo papel do PPA, definir diretrizes de médio prazo, estabelecendo objetivos
e programas do governo para 4 anos. Já o LDO, utiliza dessas diretrizes e metas para
fiscalizar e estabelecer regras, por meio da elaboração de uma lei, com finalidade de controlar
gastos e estabelecer as prioridades das despesas.

Q38

A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), promulgada em 2000 no Brasil, visa garantir a


responsabilidade na gestão fiscal. Estabelece limites e regras para gastos públicos, incluindo
percentuais máximos para despesas com pessoal, exigindo transparência na divulgação de
informações financeiras pelos entes federativos. Regula a contratação de dívidas, fixando
limites e prazos, e impõe metas fiscais anuais, como controle de despesas e redução da
dívida pública. Prevê penalidades para gestores que descumprirem as normas, visando evitar
desequilíbrios fiscais e promover uma gestão fiscal sólida e transparente, contribuindo para
a estabilidade econômica do país.

Q39
A Regra do Ouro nada mais é que uma regra constitucional que determina a realização de
operação de crédito que não pode superar as despesas de capital, ressalvada a autorizada
mediante créditos adicionais suplementares ou especiais aprovados pelo Poder Legislativo
por maioria absoluta, desta forma, não se pode exceder o limite de valor previsto para
quitação de débitos e dívidas do país. Um crime de responsabilidade fiscal é aquele atribuído
a pagar um valor menor ou não pagar o valor correto do tributo requerido.

Q40

A prática de contingenciamento dos gastos governamentais é adotada com finalidade de


restringir parte do orçamento previsto a ser gasto, realocando recursos para outras áreas e
despesas para atender a demandas fiscais estabelecidas. Os motivos mais frequentes para
a ocorrência consistem na dificuldade em reverter cenários de queda nas receitas públicas,
evitando medidas mais drásticas no futuro. Tendo seus maiores impactos, no ato dos cortes
em verbas destinadas para políticas públicas, pois afetam a qualidade do serviço essenciais
a população. Outro exemplo são investimentos e projetos a longo prazo, negligenciando o
avanço tecnológico e científico da sociedade, entre diversos outras áreas.

Q41

Limite de Despesas com Pessoal: A LRF estabelece limites para as despesas com pessoal,
determinando percentuais máximos da receita corrente líquida que podem ser destinados a
esses gastos. Essa medida visa evitar o desequilíbrio fiscal decorrente de excessos na folha
de pagamento e assegurar uma gestão financeira responsável.

Transparência na Gestão Fiscal: A lei impõe a transparência na gestão fiscal dos entes
federativos, exigindo a divulgação regular de informações financeiras. Essa transparência
visa possibilitar o acompanhamento pela sociedade, órgãos de controle e demais
interessados, contribuindo para a accountability e prevenindo práticas opacas na
administração pública.

Metas Fiscais: A LRF estabelece a obrigatoriedade de definição e cumprimento de metas


fiscais anuais. Essas metas englobam limites para o crescimento das despesas, a geração
de superávit primário e a redução da dívida pública. Essa abordagem busca garantir um
planejamento fiscal consistente e alinhado com a sustentabilidade das finanças públicas.

Restrições ao Endividamento: A legislação impõe regras para o endividamento público,


fixando limites e prazos para a contratação de dívidas pelos entes federativos. Essa medida
visa evitar um endividamento excessivo que possa comprometer a capacidade de pagamento
e a estabilidade financeira do ente federativo.

Responsabilidade na Gestão Fiscal: A LRF prevê sanções para gestores que descumprirem
suas normas, tais como a impossibilidade de obter garantias e contrair empréstimos. Essas
penalidades visam responsabilizar os gestores por práticas fiscais irresponsáveis,
incentivando uma administração fiscal mais cuidadosa e comprometida com a estabilidade
econômica.

Q42
Emendas Orçamentárias são proposições legislativas acessórias, feitas pelos Deputados
durante a tramitação do projeto e seguem as disposições da Constituição e do Regimento
Interno da Alesp. Propõem a destinação/remanejamento de recursos referentes a programas
e ações de governo. Aprovando emendas é possível atender aos anseios dos deputados e
desta forma criar mais aliados gerando popularidade, coleguismo e elegibilidade dentro da
esfera política.

Q43

Segundo os dados do PLOA de 2019, nota-se que ela é separada no primeiro bloco
demonstrando a previsão de receitas que o governo deve arrecadas naquele ano, dando
destaque a Previdência Social, que tanto no cenário de receita e despesa concentra-se os
maiores gastos. Em sequência, detalha as despesas, em ordem decrescente de impacto,
demonstrando as prioridades do governo para a garantia de pagamento.

Q44

O orçamento governamental, como refletido no Projeto de Lei Orçamentária (PLOA), depende


da estimativa de variáveis macroeconômicas cruciais, fornecidas pela grade de parâmetros
da Secretaria de Política Econômica (SPE/MF), emitida pelo Ministério da Fazenda. Essas
variáveis incluem previsões para o Produto Interno Bruto (PIB), inflação, taxa de juros, taxa
de câmbio, entre outras. Contudo, é crucial compreender que prever o comportamento dessas
variáveis é uma tarefa desafiadora devido à influência de diversos fatores econômicos, sociais
e políticos, tanto no âmbito doméstico quanto internacional. Portanto, as previsões contidas
na grade de parâmetros são inerentemente sujeitas a incertezas e podem não se concretizar
conforme o previsto.

Quando essas previsões não se materializam, surgem implicações significativas para a


gestão econômica e orçamentária do país. Em primeiro lugar, o governo pode se deparar
com a necessidade de realizar ajustes orçamentários ao longo do ano para lidar com as
mudanças nas condições econômicas. Além disso, variações no crescimento econômico, na
inflação ou em outras variáveis podem impactar as receitas e despesas previstas, resultando
em déficits ou superávits diferentes do planejado.

A resposta do governo a essas mudanças pode envolver ajustes nas políticas econômicas,
como a implementação de medidas para estimular o crescimento caso a economia esteja
crescendo mais lentamente do que o previsto. No entanto, é importante reconhecer que
previsões imprecisas podem afetar a credibilidade do governo. Se houver uma discrepância
significativa entre as projeções e a realidade, isso pode impactar a confiança dos investidores
e dos cidadãos nas políticas governamentais. Em síntese, embora o orçamento se baseie em
previsões essenciais, a flexibilidade e a capacidade de ajuste são fundamentais para lidar
com a natureza dinâmica e incerta do ambiente econômico.

Q45
A execução orçamentária é o processo por meio do qual o governo gasta os recursos
arrecadados. Assim, a execução orçamentária da despesa reflete as várias políticas e
prioridades governamentais. O cronograma de execução é o ato complementar a execução
orçamentária, definidos os meios de gastar o dinheiro arrecadado, o cronograma planeja a
execução dos gastos para não haver furos e desacertos nos orçamentos.

Q46

O orçamento fiscal (OF) compõe um dos três elementos que constitui o orçamento público,
abrangendo as despesas relativas ao poder da união, seus fundos, órgãos e entidades de
administração direta e indireta, como exemplo, saúde, educação, segurança e infraestrutura.
Já o Orçamento de Segurança Social (OSS), é a segunda parte do orçamento público, que
compreende os custos para garantir a Seguridade Social, atendendo à área de saúde e
assistência social. Suas despesas abarcam previdência social, com custeio de
aposentadoria, pensões, custo com saúde no geral, além da implementação de programas
de assistência social, a exemplo do Bolsa Família.
Q47

A "reserva de contingência" refere-se a uma quantia de recursos financeiros reservada para


lidar com imprevistos ou eventos inesperados que possam surgir durante a execução de um
projeto, uma atividade ou na gestão de orçamentos pessoais. Essa reserva é uma precaução
destinada a cobrir custos adicionais ou despesas imprevistas que podem ocorrer ao longo do
caminho.

A finalidade principal da reserva de contingência é mitigar riscos financeiros e garantir que


haja recursos disponíveis para lidar com situações imprevistas sem comprometer o
andamento do projeto ou o equilíbrio financeiro. Essa reserva é uma prática de gerenciamento
de riscos que reconhece a inevitabilidade de incertezas e imprevistos em qualquer
empreendimento.

A reserva de contingência é geralmente estabelecida como uma porcentagem do orçamento


total e pode variar de acordo com a natureza e a complexidade do projeto ou das atividades
em questão. Ela fornece uma rede de segurança financeira para lidar com eventos
imprevistos, como atrasos, custos adicionais, mudanças nas condições do mercado ou outras
circunstâncias imprevistas.

No contexto de finanças pessoais, a reserva de contingência é conhecida como um "fundo


de emergência" e é recomendada como uma prática financeira saudável. Ter uma reserva de
contingência adequada pode ajudar a suavizar os impactos financeiros de eventos
inesperados, como despesas médicas inesperadas, reparos de emergência em casa ou
perda de emprego.

Q48
Este percentual exposto inclui a rolagem da dívida que nada mais é do que o processo pelo
qual a dívida é renovada ou reestruturada. Isso significa que, quando um empréstimo é
contraído, o devedor tem que pagar juros sobre o empréstimo. Quando o empréstimo é
reestruturado, o devedor pode negociar uma nova taxa de juros com o credor.

Q49

a) O termo “Contabilidade Criativa” refere-se a práticas governamentais para elucidar os


resultados financeiros do governo de forma ilusória, omitindo a real situação fiscal do País.
Exemplo comuns dessa prática são adiamento do reconhecimento das despesas, atraso de
pagamentos obrigatórios, uso de operações financeiras para maquiar as dívidas, além da
criação de manobras contábeis para reduzir o déficit.

b) A “Pedalada Fiscal” é um ato governamental para realização do atraso intencional no


repasse de recursos a banco públicos com a finalidade de pagamento para benefícios fiscais.
Possibilitando a apresentação de resultados fiscais melhores, mascarando real déficit
financeiro, por não demostrar tais gastos como despesas, distorcendo assim a transparência
das constas públicas.

Q50

Se alguém possui informações privilegiadas indicando que um governo está planejando


decretar uma moratória no longo prazo, a decisão de ser credor desse governo envolve uma
análise cuidadosa. O termo "devedor do tipo Ponzi" refere-se a um governo que se financia
emitindo títulos, elevando a relação dívida pública/PIB. Esses títulos são atrativos devido às
taxas de juros elevadas, mas criam um ciclo vicioso de aumento da dívida e das taxas de
juros.

Avaliar se é racional ser credor desse governo depende de vários fatores. Primeiramente, é
crucial considerar o risco de inadimplência. Se o governo está em uma trajetória
insustentável, há um risco substancial de perdas para os credores. Além disso, é necessário
analisar o retorno esperado. Mesmo que uma moratória seja iminente, a taxa de juros
oferecida pode compensar o risco, mas é fundamental avaliar se o retorno justifica a
exposição.

Outros pontos a considerar incluem as opções de investimento disponíveis, o horizonte de


investimento desejado e as condições econômicas gerais do país. Se existirem alternativas
mais seguras e rentáveis, pode ser sensato considerá-las. O horizonte de investimento
também desempenha um papel, pois a situação de moratória pode se materializar antes que
os benefícios dos juros se concretizem.

Por fim, é crucial avaliar o contexto econômico mais amplo. Se a economia do país enfrenta
desafios estruturais significativos, os riscos podem ser mais pronunciados. Em casos de
informações privilegiadas, buscar orientação financeira profissional é fundamental,
considerando as implicações éticas e legais associadas ao uso dessas informações. Em
resumo, investir em títulos de um governo planejando uma moratória é uma decisão complexa
que requer uma análise cuidadosa dos riscos e retornos envolvidos.
Q51
a) A destinação se faz imprescindível para garantir que recursos de setores prioritários para
o desenvolvimento e a manutenção do país sejam corretamente destinados. Desta forma é
possível assegurar uma continuidade dos investimentos em determinadas áreas.

b) Com a rigidez orçamentária pode ocorrer, de certa forma, uma limitação por parte do
governo de responder e combater crises. Pois, com essa rigidez, independente da situação
financeira, despesas de determinadas áreas continuam a ser consumidas e realizadas .
Quando há um corte nas arrecadações, a rigidez orçamentária impede que haja um corte
proporcional de despesas.

Q52

Como a relação dívida/PIB consiste numa proporção entre a dívida pública em relação ao
Produto Interno Bruto de um país, entende-se que se o PIB ficou estagnado e houve um
déficit público financiado através da emissão de títulos públicos, a tendencia é que a relação
dívida/PIB aumente.

Q53

A comparação entre o valor da despesa de juros e o déficit nominal como indicador do


problema financeiro pode ser enganosa quando não se leva em consideração a distinção
entre déficit nominal e déficit primário. O déficit nominal representa o saldo negativo entre
receitas e despesas do governo, incluindo não apenas as despesas operacionais, mas
também os gastos com juros da dívida pública. Por outro lado, o déficit primário exclui os
juros da equação, focalizando apenas nas transações correntes do governo.

Ao considerar apenas o valor absoluto do déficit nominal em comparação com os gastos com
juros, pode-se erroneamente concluir que a eliminação da dívida resolveria o problema, uma
vez que os juros desapareceriam. No entanto, essa análise desconsidera a possibilidade de
um déficit primário persistente, indicando que as despesas operacionais do governo excedem
suas receitas, independentemente dos custos associados à dívida.

Portanto, o argumento de que a eliminação da dívida resolveria o déficit no seu todo é


falacioso, pois não aborda a fonte subjacente do desequilíbrio fiscal, que pode persistir
mesmo sem a presença dos encargos financeiros relacionados aos juros. É crucial abordar
tanto o déficit primário quanto a gestão da dívida para alcançar uma sustentabilidade fiscal a
longo prazo, reconhecendo que a mera redução da dívida não garante automaticamente a
solvência fiscal se as despesas operacionais continuarem a superar as receitas.

Q54
CRESCIMENTO DO PIB

1º ano = 1+0,012 = 1,012


2º ano = 1,012 * 1,034 = 1,0478
3º ano = 1,0478 * 1,009 = 1,0571

Crescimento ACUMULADO

(1,0571/1)-1 = 0,0572.

Q55

Vejamos a seguinte afirmação: um país com soberania monetária, ou seja, com dívida
exclusivamente em moeda nacional não tem risco de insolvência (dar calote).

a) A afirmação supracitada baseia-se na capacidade do Governo emissor da moeda de criar


dinheiro conforme necessário. Ao controlar a emissão monetária, o Governo pode pagar suas
obrigações ao imprimir mais moedas. No entanto, o custo associado a essa capacidade é um
risco para a inflação descontrolada. Além, da possibilidade de pressões inflacionárias em
casa da ocorrência da emissão em excesso. Portanto, embora a insolvência técnica seja
improvável, a gestão fiscal e monetária do Governo desempenha papel crítico na prevenção
de episódios financeiros negativos.

b) Estados Unidos da América. Possui a capacidade técnica de emitir dinheiro para pagar
suas dívidas, o colocando em risco de insolvência baixo, contudo, é imprescindível a prática
das políticas fiscais e monetárias para manter a confiabilidade dos investidores e cidadãos
contra riscos de infrações descontroladas.

Q56

A contradição aparente aqui seria que as taxas de juros de curto prazo (Selic) estariam em
um nível baixo, o que geralmente sugere um ambiente de políticas monetárias acomodatícias,
enquanto as taxas de juros de prazo mais longo estariam em um nível alto, o que pode indicar
expectativas de inflação ou outros fatores que justificariam taxas mais elevadas em prazos
mais longos.

Essa situação poderia gerar oportunidades ou desafios para investidores e agentes


econômicos, pois os incentivos para investir em diferentes prazos e instrumentos financeiros
seriam distintos. Em geral, tal discrepância nas taxas de juros poderia ter implicações
importantes para decisões de investimento, alocação de recursos e gestão de riscos na
economia.

Q57
Quando há uma variação positiva do h, do s ou até mesmo do que, a dívida pública (tudo
mais comum) tende a descer.
Com o aumento do termo s, a dívida pública tende a crescer.

Q58

A equação expressa uma relação da taxa de crescimento da oferta da moeda (h) com
diferentes variáveis que alteram seu comportamento. Sendo elas, (i) aumenta com as demais
constantes, a taxa de crescimento da oferta de moeda tende a aumentar também.
Semelhante ao índice (d) que ao aumentar, aumento o (h) também. Já o (γ) quando aumenta,
tende a diminuir o (h), visto a preferência pela liquidez leva menor crescimento da oferta de
moeda. Por fim, o (s) ao aumentar, tende aumentar (h) também, isso ocorre devido o aumento
da oferta da moeda está associado a expansão mais rápida da oferta da moeda

Q59

O processo de endividamento contínuo dos governos encontra limitações em diversos


fatores, sendo o mercado financeiro um dos principais reguladores. A emissão de títulos pelo
governo para financiar suas operações está sujeita à resposta do mercado. Se um governo
busca se endividar excessivamente, a demanda por seus títulos pode diminuir. Investidores
podem ficar preocupados com o risco de inadimplência ou com a possibilidade de uma oferta
excessiva de títulos, levando a taxas de juros mais altas. Esse aumento nas taxas de juros
torna o serviço da dívida mais custoso, desencorajando o endividamento adicional.

Além do mercado, a inflação desempenha um papel crucial. A impressão excessiva de


dinheiro para cobrir despesas pode levar à desvalorização da moeda e, consequentemente,
à inflação. Embora a inflação possa, teoricamente, reduzir o valor real da dívida, ela também
acarreta custos significativos, como o aumento do custo de vida e a desestabilização
econômica. Expectativas inflacionárias podem levar a um aumento nas taxas de juros,
compensando o risco inflacionário e tornando o endividamento mais oneroso.

As instituições também desempenham um papel fundamental na limitação do endividamento


governamental. Regras fiscais e orçamentárias estabelecem limites para o déficit
orçamentário e para a relação entre a dívida pública e o produto interno bruto (PIB). Além
disso, a independência do banco central é crucial. Bancos centrais independentes muitas
vezes têm o mandato de controlar a inflação, e políticas fiscais expansionistas descontroladas
podem levar a contramedidas, como o aumento das taxas de juros. Compromissos
internacionais, como acordos com organizações como o Fundo Monetário Internacional
(FMI), também podem impor condições que visam assegurar a sustentabilidade fiscal e o
controle da inflação.

Em resumo, o endividamento ad infinitum dos governos é limitado por uma combinação de


fatores do mercado, inflação e estruturas institucionais. Ultrapassar esses limites pode
resultar em consequências adversas, incluindo aumento das taxas de juros, desconfiança dos
investidores e instabilidade econômica.

Q60
a) Reforçar o saldo positivo nas contas públicas para estabilizar o endividamento. Quando a
dívida cresce significativamente, levando os investidores a demandarem taxas de juros mais
elevadas, o governo pode escolher aumentar o superávit primário. Essa medida implica
destinar mais recursos para quitar a dívida, tranquilizando os investidores. O objetivo é
estabilizar a dívida, reduzindo o déficit fiscal e, por conseguinte, a necessidade de emitir mais
títulos para financiar gastos. Embora essa abordagem busque restaurar a confiança dos
investidores, ela pode implicar em cortes de despesas ou aumento de impostos, afetando a
economia e o bem-estar social.

b) Não elevar adequadamente o saldo positivo nas contas públicas. Se o governo não reforçar
suficientemente o superávit primário para abordar as preocupações dos investidores, a dívida
pública pode continuar a crescer de maneira insustentável. Se os investidores persistirem em
exigir juros mais altos por receio da capacidade do governo em pagar a dívida, a situação
pode piorar. Nesse cenário, o risco de uma crise fiscal aumenta, com a possibilidade de o
governo não conseguir refinanciar sua dívida existente ou financiar novos gastos a taxas
acessíveis. Isso pode desencadear um ciclo de aumento da dívida, elevação das taxas de
juros e agravamento da situação fiscal. A falta de confiança dos investidores pode resultar
em impactos econômicos adversos, como recessão, desvalorização da moeda e dificuldades
no acesso a novos financiamentos.

Q61

O “calote” da dívida pública é um termo que consiste no momento em que o Governo não
cumpre com suas obrigações de pagamento em relação aos títulos de dívida. Tal processo
apresenta um cenário favorável ao governo, pois gera um alívio financeiro aos caixas e como
em gastos sociais. Entretanto, se torna negativo devido a perda de confiança dos investidores
e credores, além do aumento das taxas de juros e recessão econômica. Logo, deve ser uma
medida de uso em situações extremas, pois causa grandes impactos à economia local.

Q62

A citação de Mário Henrique Simonsen compara a privatização de uma empresa estatal para
financiar gastos correntes com a venda de um apartamento para fazer uma viagem à Europa.
Esse paralelo busca ilustrar uma crítica ao uso dos recursos obtidos de forma permanente
(venda de ativos, no caso da empresa estatal) para financiar despesas de curto prazo, sem
a devida consideração ao impacto a longo prazo.

A crítica de Simonsen está relacionada ao uso dos recursos provenientes da privatização (um
ativo de capital) para financiar despesas correntes, ou seja, despesas de curto prazo e
recorrentes. Assim como vender um apartamento para financiar uma viagem de lazer, usar
os recursos provenientes da venda de uma empresa estatal para financiar despesas de rotina
pode representar um esgotamento de um recurso valioso e de longo prazo para custear
necessidades imediatas e passageiras.

Ao fazer essa analogia, Simonsen está sugerindo que, em vez de vender um ativo valioso e
de longo prazo para cobrir despesas imediatas, seria mais sensato utilizar os recursos da
privatização para investimentos que gerem retornos futuros ou para pagar dívidas, ao invés
de utilizar esses fundos para despesas que não trarão benefícios duradouros ou que possam
comprometer o futuro financeiro. Portanto, a crítica ressalta a importância de uma gestão
financeira responsável, onde os recursos gerados pela venda de ativos de capital sejam
direcionados para investimentos estratégicos ou para reduzir passivos, e não para sustentar
despesas correntes de curto prazo.
Q63

(1-0,1) * (1-0,1) * (1+0,2) - 1

(0,9) * (0,9) * 91,2) - 1

0,972 - 1 = -0,028 Ou seja, variação acumulada de -2,8% em 3 anos.

Q64

Cresc.Real Anual Médio da Dívida = (Divida Final)/(Dívida Inicial)^(1/n) - 1

Cresc.Real Anual Médio da Dívida = (t+5)/t)^(1/n) - 1,onde t = 25% e n = 5 anos.

Cresc.Real Anual Médio da Dívida = (32/25)^(1/5) - 1

Cresc.Real Anual Médio da Dívida = 0,0108 = 1,08% a.a

Q65
O equívoco técnico nesse argumento reside na falta de consideração apropriada da diferença
entre déficit primário e déficit nominal, bem como na não avaliação dos efeitos de longo prazo
das privatizações.

O déficit primário representa a disparidade entre as receitas e despesas do governo,


excluindo os custos associados aos juros da dívida. Embora a privatização de empresas
estatais possa gerar receitas imediatas, isso impacta apenas o resultado primário. Se o país
continuar a enfrentar altas despesas com juros sobre a dívida, o déficit nominal (que engloba
esses juros) pode não ser significativamente afetado.

Ademais, a privatização pode acarretar consequências a longo prazo, como a perda de


receitas recorrentes provenientes das empresas estatais. Se essas empresas eram lucrativas
e contribuíam consistentemente para o orçamento do governo, a privatização pode resultar
em uma diminuição da receita a longo prazo, contrabalançando as receitas iniciais
provenientes da venda.

Portanto, a abordagem para resolver os déficits fiscais pode demandar uma visão mais
abrangente, considerando não apenas a venda de ativos, mas também a gestão eficiente das
despesas, a revisão das políticas tributárias e a busca por soluções sustentáveis para
melhorar a saúde financeira do governo.

Q66

As características distintivas da "terceira via política", conforme delineadas por Anthony


Giddens, podem atrair o eleitor comum por diversas razões:

● Coalizões em Vez de Classes:


Argumento: A substituição do conceito de classes por coalizões pode atrair o eleitor
mediano ao sugerir uma abordagem mais flexível, visando superar divisões sociais e
promover inclusão.
● Princípio da Subsidiariedade no Papel do Estado:
Argumento: A proposta de estruturar o Estado com base na subsidiariedade, com
maior transparência e delegação de poder aos governos locais, pode ser apreciada
por muitos eleitores como uma maneira de corrigir déficits democráticos e promover
participação direta.
● Transformação do Estado de Bem-Estar Social em Estado do Investimento Social:
Argumento: Substituir o Estado de Bem-Estar Social por um Estado do Investimento
Social pode atrair o eleitor mediano ao sugerir uma abordagem mais eficiente na
utilização de recursos públicos, concentrando-se no investimento em capital humano
para melhorar a empregabilidade.
● Nova Economia Mista com Ênfase na Competição e Regulação:
Argumento: A ênfase na preservação da competição e na regulação eficaz pode
agradar ao eleitor mediano, mostrando comprometimento em equilibrar interesses
públicos e privados, evitando excessos tanto no controle estatal quanto no livre
mercado.
● Nacionalismo Cosmopolita:
Argumento: A proposta de uma nação cosmopolita, evitando desconfianças sobre a
ideia de nação da esquerda e rejeitando o nacionalismo xenófobo da direita, pode
atrair o eleitor mediano em busca de uma abordagem mais aberta e inclusiva em
relação às identidades nacionais.
● Abandono de Inimigos em Favor de Perigos na Era Globalizada:
Argumento: A ideia de enfrentar "perigos" em vez de inimigos pode ser vista como
uma abordagem mais diplomática e cooperativa na política externa, agradando ao
eleitor mediano preocupado com confrontos belicosos, buscando soluções pacíficas
e colaborativas em um mundo globalizado.
Entretanto, a aceitação dessas idéias dependerá da interpretação individual dos eleitores, de
suas prioridades e do contexto político e cultural específico de cada país. O sucesso dessa
abordagem estará atrelado à capacidade do candidato em comunicar eficazmente essas
propostas e conquistar a confiança do eleitorado.

Q67

A teoria da Escolha Pública é baseada na ideia de que os agentes públicos buscam maximizar
seus próprios interesses, possibilitando assim analisar as prerrogativas constitucionais
relacionadas à autonomia orçamentária e competência de diferentes poderes no Brasil. Essa
autonomia orçamentária possibilita a busca de interesses corporativos, como aumento
salariais. Como também, a competência legislativa na disposição de cargos e remuneração,
favorecendo seus próprios membros, enquanto o tribunal de Contas da União pode alinhar
seus salários ao legislativo. Por outro lado, o Poder Executivo é responsável pela gestão
fiscal, o qual deve tomar decisões de estabilidade política, concedendo benefícios em troca
de apoio. Assim, essas prerrogativas podem atender aos interesses particulares em
detrimento ao interesse público de forma mais ampla.

Q68
O paradoxo do voto refere-se à discrepância entre as preferências individuais dos eleitores e
o resultado coletivo em eleições com múltiplos candidatos. Em tais situações, a votação
majoritária pode resultar na escolha de um candidato menos preferido pela maioria devido à
divisão de votos entre opções similares. O "poder de agenda" se refere à influência sutil, mas
crucial, da ordem de apresentação das opções. Ao moldar a percepção dos eleitores, a ordem
pode afetar significativamente o resultado, destacando a importância estratégica da maneira
como as opções são apresentadas para garantir um resultado mais alinhado com as
verdadeiras preferências dos eleitores.

Q69
O paradoxo das eleições surge como uma aparente contradição entre o comportamento do
eleitor e suas escolhas políticas, destacando que, em eleições com diversas opções, a
escolha não necessariamente reflete a preferência majoritária do grupo. A noção de
ignorância racional aponta para o fato de que, devido ao impacto limitado de um voto
individual, os eleitores optam por não buscar informações completas sobre os candidatos,
uma vez que os custos associados superam os benefícios percebidos. A motivação para votar
está intrinsecamente ligada à individualidade de cada eleitor, moldada por construções
pessoais, ideais, ética e cultura, influenciando a inclinação para determinados perfis de
candidatos e a rejeição de outros. Isso se reflete na escolha de candidatos com base na
menor rejeição entre o escolhido e o opositor.
O conceito do mito do eleitor racional aborda a ideia de que os eleitores deveriam sempre
decidir com base em interesses individuais, mas essa premissa é desafiada quando, durante
as eleições, as emoções, propaganda política e aversão extrema a determinados candidatos
influenciam as decisões, muitas vezes desviando-as do caminho mais racional.

Q70

A expressão “Tirania da Minoria” refere-se a uma situação a qual a parcela minoritária


representa minoria no processo político. Esse fenômeno ocorre em sistemas democráticos
por meio de vetos institucionais, financiamento de campanhas que influenciam a
desproporcionalidade no processo, representação de grupos de interesse, manipulação da
opinião pública, além dos sistemas eleitorais específicos. Por tanto, a tirania da minoria ocorre
quando grupos minoritários conseguem exercer influência desproporcional e substancial
sobre o processo político,

Q71
O processo descrito na "Operação Lava Jato" envolvia um fenômeno conhecido como rent
seeking, que se refere à busca de vantagens econômicas não por meio da produção de bens
ou serviços, mas sim por manipulação de políticas governamentais. No contexto da Lava
Jato, empresas, políticos e operadores estavam envolvidos em um esquema de corrupção
onde o objetivo principal não era fornecer serviços eficientes à sociedade, mas sim obter
ganhos ilícitos através da manipulação de contratos públicos.

O modus operandi consistia na prática de superfaturamento em contratos de obras públicas,


como os celebrados com a Petrobras. Políticos, em conluio com empreiteiras, garantiam a
concessão de projetos bilionários, muitas vezes sem uma concorrência efetiva, em troca de
propinas. Esse sobrepreço nas obras garantia lucros extraordinários às empresas envolvidas,
sendo uma porcentagem desses ganhos desviada para os bolsos dos políticos corruptos.

As consequências econômicas desse processo são prejudiciais em vários aspectos. Em


primeiro lugar, o superfaturamento de obras públicas implica em um desperdício de recursos
públicos, uma vez que o dinheiro destinado a esses projetos é maior do que o necessário.
Além disso, a alocação de contratos com base em critérios corruptos prejudica a eficiência
econômica, pois as empresas mais aptas a realizar os projetos podem ser preteridas em favor
daquelas com melhores conexões políticas.

O rent seeking, portanto, distorce as decisões econômicas e contribui para a corrosão da


confiança nas instituições, afetando negativamente o ambiente de negócios e o
desenvolvimento econômico a longo prazo. A "Operação Lava Jato" teve o mérito de expor e
combater essas práticas corruptas, buscando restaurar a integridade nos processos de
contratação pública no Brasil.

Q72
Lobby é a ação de grupos de interesse, como empresas ou organizações, tentarem influenciar
decisões políticas e legislativas. Lobistas, representantes desses grupos, buscam persuadir
políticos a adotarem políticas que atendam aos interesses de seus clientes. Embora o lobby
possa ser legítimo para expressar preocupações e oferecer informações especializadas,
torna-se problemático com práticas antiéticas, como suborno ou manipulação indevida.

"Toma-lá-dá-cá" descreve uma dinâmica em que ocorre troca de favores entre políticos,
muitas vezes envolvendo apoio político em troca de benefícios pessoais, favores ou recursos.
Essa prática pode ocorrer em várias situações, desde negociações parlamentares até a
formação de coalizões políticas. Embora acordos políticos sejam naturais na democracia, o
"toma-lá-dá-cá" torna-se problemático quando envolve corrupção, favorecimento indevido ou
desvio de recursos públicos.

Q73

A história do militante político prometendo aos camponeses melhoria de vida ao possuir terras
e animais, ilustra a dinâmica das pessoas poderem apoiar suas ideias visando seu benefício,
mas resistir quando perceberam que terão que abrir mão de algo. Tal dinâmica se aplica ao
déficit público, onde as pessoas expressam seu descontentamento, contudo resistem a
medidas que impactem diretamente seus interesses. Isso, ocasiona uma situação de
discórdia na economia política, já que existem diferentes grupos com interesse em lidar com
o déficit.

Q74
Na eleição presidencial francesa de 2007, onde havia 12 candidatos, a situação revela um
fenômeno chamado "problema do voto estratégico". Mesmo com François Bayrou recebendo
uma alta avaliação de 69% como bom/excelente em pesquisas, ele não foi eleito. Isso sugere
que os eleitores podem ter adotado estratégias de voto para evitar um resultado indesejado,
especialmente devido ao sistema de dois turnos.

Os eleitores, antecipando que apenas os dois candidatos mais votados no primeiro turno
avançariam para o segundo turno, podem ter adotado uma estratégia de voto tático no
primeiro turno. Mesmo que Bayrou fosse bem avaliado, ele pode ter sido preterido por
eleitores que, prevendo um confronto entre Sarkozy e Royal no segundo turno, escolheram
apoiar esses candidatos por considerá-los mais capazes de derrotar o adversário na fase
final. Assim, a dinâmica do sistema eleitoral pode ter levado os eleitores a votar
estrategicamente no primeiro turno, resultando na não eleição de Bayrou, apesar de sua
popularidade pessoal. Este caso destaca como as estratégias de voto podem ser
influenciadas pela percepção de viabilidade dos candidatos em turnos subsequentes,
resultando em resultados que não refletem completamente as preferências individuais dos
eleitores.

Q75
As "falhas governamentais" ocorrem quando a intervenção do governo não atinge
eficazmente seus objetivos, enquanto as "falhas de mercado" apontam ineficiências na
distribuição de recursos pelo mercado. As falhas governamentais envolvem ineficiência
burocrática, excesso de regulação, intervenção desnecessária, ausência de incentivos
adequados, corrupção, má gestão, decisões baseadas em interesses partidários e falhas na
entrega de bens e serviços públicos. Ambas ressaltam a necessidade de uma governança
equilibrada para promover o bem-estar social.

Q76

Como o Governo Federal enfrenta a incapacidade de agradar completamente diferentes


grupos de interesse, deve-se adotar estratégias diferentes para equilibrar as demandas e
manter um cenário favorável para política, as quais consistem em negociação e barganha,
análise da base de apoio, impacto eleitoral, construção de coalizões, comunicação
estratégica, adiamento de decisões conflituosas, além do monitoramento de indicadores de
opinião.
Q77
O teorema de impossibilidade de Arrow, proposto por Kenneth Arrow, destaca que é
impossível criar um sistema de votação que satisfaça todos os critérios razoáveis quando há
três ou mais alternativas de escolha. Os critérios mencionados, como a liberdade de escolha,
a ausência de um indivíduo que determine sozinho a preferência do grupo e a escolha da
alternativa preferida por todos os eleitores, são desafiados pela complexidade do processo
de votação em contextos plurais.

Na prática, na democracia representativa, o princípio que muitas vezes cede é o terceiro


critério: "Se todos os eleitores preferem uma alternativa, esta é a melhor alternativa." Em
sistemas com mais de dois candidatos, é possível que nenhum candidato seja a preferência
unânime de todos os eleitores. O resultado eleitoral muitas vezes reflete mais a habilidade de
um candidato em atrair uma pluralidade de votos do que ser a escolha preferida pela maioria
absoluta.

Sistemas democráticos frequentemente adotam métodos de votação que buscam equilibrar


diferentes princípios e tentam minimizar os problemas identificados pelo teorema de Arrow.
Métodos como o voto majoritário, o voto proporcional e outros sistemas de representação
proporcional buscam equilibrar a representatividade e a estabilidade governamental, mesmo
que isso signifique não atender plenamente a todos os critérios propostos por Arrow. A
escolha do método de votação em uma democracia depende de uma ponderação cuidadosa
dos trade-offs entre os princípios fundamentais para alcançar um sistema que seja funcional
e legítimo.

Q78
O desafio de obter uma maioria de 2/3 dos votos nas eleições papais, conforme estabelecido
pela tradição católica, reflete a complexidade inerente ao processo de votação. Esse
obstáculo pode ser interpretado à luz do teorema de Arrow, desenvolvido por Kenneth Arrow,
que destaca as limitações e impossibilidades de criar um sistema de votação
simultaneamente justo e eficiente.

O teorema de Arrow salienta a inexistência de um método de votação que satisfaça critérios


desejáveis, como transparência, ausência de ditadores e coerência nas escolhas coletivas.
Ao aplicar esses princípios às eleições papais, a necessidade de uma maioria de 2/3 dos
votos complica a busca por um consenso efetivo.
A exigência de uma maioria significativa dificulta a convergência para um candidato aceitável
por todos, especialmente em um corpo eleitoral dividido entre várias opções. Além disso, a
negociação e o compromisso necessários para alcançar essa maioria, em um ambiente onde
as opiniões podem ser polarizadas, pode prolongar as eleições, como evidenciado
historicamente, por exemplo, em 1268.

O teorema de Arrow destaca que a escolha coletiva pode ser afetada por inconsistências e
desafios práticos ao traduzir preferências individuais em uma decisão de grupo. Nas eleições
papais, essa complexidade é ampliada pela necessidade específica de uma maioria de 2/3
dos votos, buscando assegurar consenso, mas também podendo resultar em impasses
prolongados, como ocorreu historicamente. Dessa forma, ao compreender a dificuldade de
atingir essa maioria nas eleições papais, podemos relacionar esse desafio à complexidade
intrínseca aos sistemas de votação e às limitações apontadas pelo teorema de Arrow.

Q79

Relacionando as frases com o conceito de logrolling, destaca:

“Quando você está negociando, oferece o que você pode. Depois, volte e peça mais”, isso
sugere uma abordagem tática da negociação, destacando importância de ofertas que atraiam
o apoio inicial para depois alcançar vantagens.

“Se nunca fizesse coisas que não deveríamos fazer, nunca nos sentiríamos bem fazendo o
que devemos”, sugere nessa frase que para alcançar alguns objetivos pode ser necessário
realizar ações controversas ou moralmente ambíguas.

“Evite as guerras que você pode ganhar e nunca levante uma bandeira por uma causa
estúpida”, enfatiza a importância de escolher batalhas estrategicamente, no contexto de
logrolling, isso significa evitar conflitos desnecessários.

“Decisões tem consequências. Indecisões, mais ainda”, destaca a necessidade de realizar


decisões rápidas e assertivas nas políticas, sendo cruciais para apoio e alianças.

“Vale sempre a pena repetir: vencedores constroem pontes. Perdedores, paredes.”, evidencia
a importância de construir alianças e colaboradores, indicando a vantagem de ser um
vencedor.

Q80
a) O teorema do eleitor mediano, proposto por Anthony Downs, destaca que, em um
espectro político unidimensional, o eleitor que ocupa a posição mediana exerce uma
influência desproporcional no resultado eleitoral. Argumenta-se que os partidos e
candidatos têm incentivos para adotar posições políticas mais próximas à do eleitor
mediano, pois isso maximiza suas chances de atrair votos de ambos os lados do
espectro político. Ao se posicionar de maneira mais moderada, os partidos buscam
capturar o eleitorado central e otimizar sua viabilidade eleitoral, levando a uma
dinâmica em que as posições políticas convergem para o centro em busca do apoio
popular.

Este teorema ressalta a importância da estratégia de posicionamento em sistemas


democráticos e destaca a tendência de partidos políticos convergirem para posições
mais moderadas em busca do eleitor mediano. Essa dinâmica influencia a formação
de políticas e a competição eleitoral, levando a um alinhamento relativo das posições
políticas em direção ao centro do espectro.

b) Políticos com reais chances de eleição muitas vezes evitam temas polêmicos visando
ampliar seu apelo eleitoral. Ao focar em questões mais consensuais, buscam
conquistar uma base de apoio mais ampla e atrair eleitores de diversas perspectivas
políticas. Essa estratégia visa minimizar o risco de alienar segmentos do eleitorado e
manter a coesão partidária, permitindo que os políticos se apresentem como figuras
mais palatáveis e evitem polarizações que possam prejudicar suas chances eleitorais.

Q81
a) A obtenção do apoio dos líderes da câmara e do senado é crucial para um presidente, uma
vez que esses líderes exercem considerável influência sobre seus colegas e possuem o poder
de definir a agenda legislativa. Isso viabiliza a implementação efetiva das políticas
governamentais a longo prazo, contribuindo para a estabilidade do governo e prevenindo
possíveis processos de impeachment
b) Obtenção do apoio dos líderes partidários é essencial, pois eles exercem significativa
influência sobre os membros do parlamento de maneira geral.
c) O "alto clero" refere-se aos parlamentares com considerável poder político, capazes de
influenciar seus colegas e facilitar o avanço da agenda governamental no congresso. Por
outro lado, o "baixo clero" engloba aqueles que, embora possuam apoio popular para
ocuparem seus cargos, carecem de grande influência para definir agendas.
Q82

A assimetria da informação refere-se a uma situação em que uma parte envolvida em


transação possui mais informações do que a outra parte. No contexto do governo e da
população, essa assimetria pode criar incentivos para que o Governo forneça informações
que possam ser interpretadas como indicadores positivos e favoráveis, mesmo que não
representem a realidade da situação macroeconômica.

Um exemplo hipotético pode ser descrito em um País onde o Governo encontra-se com
problemas financeiros significativos, onde cenário é de altas taxas de desemprego, inflação
elevada e déficit orçamentário crescente, porém para manter estabilidade política, o governo
decide fornecer indicadores que sugerem um cenário antagônico visando minimizar o caos.

Q83
A bicameralidade do Congresso brasileiro, composto pela Câmara dos Deputados e pelo
Senado, é um ponto destacado ao questionar a distribuição de deputados federais entre os
estados. A representação na Câmara é proporcional à população de cada estado, enquanto
no Senado, cada estado tem a mesma quantidade de representantes. O argumento levantado
ressalta que essa discrepância pode resultar em uma representação desigual, com estados
mais populosos tendo uma influência proporcionalmente maior na Câmara, enquanto o
Senado concede um peso político mais igualitário, independentemente do tamanho da
população.

A desigualdade na representação na Câmara dos Deputados em relação à população gera


debates sobre a equidade e eficácia do sistema político. Alguns defendem reformas para
garantir uma representação mais justa que reflita adequadamente a diversidade populacional
e as necessidades regionais, enquanto outros apontam para a importância do equilíbrio entre
representação proporcional e garantia de influência para estados menos populosos.

Q84
A teoria do ciclo político indica que os governos recém-eleitos desfrutam de uma fase inicial
de apoio popular, conhecida como "lua-de-mel", que lhes permite adotar medidas
impopulares para corrigir questões internas. O desafio reside na necessidade de gestão do
intervalo temporal entre a implementação dessas políticas e seus impactos
macroeconômicos. A eficácia depende da habilidade em administrar expectativas, comunicar
a necessidade das ações e evitar a resistência popular devido à ausência de resultados
imediatos. Contudo, se essa estratégia for mal executada, pode acarretar repercussões
políticas adversas ao longo do tempo.

Q85

As afirmações retiradas da Luz da Teoria dos Ciclos Políticos, fazem alusão sobre o padrão
o qual a política é desenvolvida e a maneira em que a forma das suas ações objetivam a
reeleição ou a manutenção no poder. Em primeira afirmação, refere-se que os políticos fazem
promessas ambiciosas durante campanhas para garantir votos, mas pelas dificuldades
enfrentadas no decorrer do cargo, não consegue muitas das vezes efetivá-la 100%. Já na
segunda afirmação, alega que os políticos enfrentam dilemas éticos ao tentar equilibrar
demandas da governança com as expectativas da população. Portanto, essas perspectivas
podem ser entendidas à luz da teoria dos ciclos políticos visto considerar a complexa ações
entre governantes, promessas de campanha e demandas do governo.

Q86

A frase irônica de Rousseau sobre a Inglaterra do século XVIII, onde o povo só seria soberano
no momento das eleições e voltaria a ser escravo depois, perde relevância nas democracias
modernas com instituições robustas. Nas democracias contemporâneas, as instituições são
projetadas para garantir a participação contínua e a representação dos interesses populares,
não se limitando apenas aos períodos eleitorais. Mecanismos como a divisão de poderes, o
Estado de Direito, a proteção dos direitos individuais e uma sociedade civil ativa contribuem
para manter um engajamento cívico constante, tornando a soberania popular uma
característica contínua da governança democrática.

Q87
Um governo pode optar por aumentar os gastos públicos e reduzir impostos para estimular o
crescimento econômico imediato, sem uma análise cuidadosa da sustentabilidade fiscal. A
curto prazo, essa abordagem pode impulsionar a atividade econômica e ganhar popularidade.
No entanto, sem um equilíbrio adequado, a falta de financiamento para essas políticas pode
resultar em déficits orçamentários significativos, aumentando a dívida pública e
potencialmente gerando pressões inflacionárias.
Q88

Um prefeito/governador/presidente não deve ser político ou gestor, mas, deve ser capaz de
desempenhar ambos os papéis de maneira equilibrada, pois seu cargo exige habilidades
políticas para enfrentar dinâmicas do poder, porém é preciso ter também visão estratégica do
desenvolvimento da região. Diferentemente dos secretários/ministros devem ser compostos
por uma mescla de políticos e técnicos, visto a técnica ser fundamental para garantir as
políticas públicas, porém o ser político facilita o compreendimento dos processos necessários
para que se consiga garantir as políticas públicas.

Q89
A análise da corrupção em economia pode ser enquadrada em três correntes distintas. A
abordagem cultural destaca as características sociais e culturais de uma sociedade como
determinantes da corrupção. Nessa perspectiva, a tolerância cultural ou a aceitação de
práticas corruptas influenciam a prevalência desse fenômeno. A abordagem econômica, por
sua vez, examina a corrupção sob a ótica dos incentivos econômicos, argumentando que ela
surge quando os benefícios individuais de atividades corruptas superam os riscos de punição.
Fatores como políticas econômicas inadequadas e oportunidades limitadas podem contribuir
para a propagação da corrupção.

A terceira corrente, a abordagem institucional, destaca a importância das instituições formais


e informais no controle da corrupção. Instituições formais eficazes, como a aplicação
consistente da lei e sistemas judiciais independentes, são consideradas fundamentais para
reduzir a corrupção. Além disso, as instituições informais, como a confiança social e a força
das normas éticas, também desempenham um papel crucial. Essas perspectivas não são
mutuamente excludentes, e uma análise completa da corrupção muitas vezes envolve a
consideração interligada desses fatores culturais, econômicos e institucionais para uma
compreensão abrangente.

Q90
Reforçar órgãos independentes de fiscalização, basear nomeações no setor público em
mérito e competência, proteger denunciantes, conduzir auditorias regulares e impor limites
aos mandatos políticos são estratégias complementares. Além disso, programas
educacionais e éticos contribuem para criar uma cultura de responsabilidade e eficiência no
governo. Ao integrar esses elementos, é possível construir um ambiente que promova a
integridade, reduza os riscos de corrupção e assegure que as políticas atendam aos
interesses da sociedade.
Q91

A burocratização da política e a politização da burocracia são conceitos que descrevem


fenômenos relacionados à interação entre política e a administração pública. A
Burocratização da política, refere-se a influência da estrutura administrativa na tomada de
decisões políticas, devido a isso pode-se observar que decisões políticas são tomadas com
base em critérios técnicos, dados e analises realizadas internamente; Já a politização da
burocracia, ocorre quando políticos assumem decisões políticas com base em um partido,
prejudicando assim a imparcialidade e a eficácia das instituições governamentais, cujo muito
das vezes ocorre devido a pressões externas sob os órgão.

Q92
O Estado, para Max Weber, transcende a mera estrutura institucional e se configura como
uma rede complexa de relações sociais de dominação. Ele vai além do governo, incorporando
sistemas administrativos, legais e coercitivos que não apenas organizam as interações entre
a sociedade civil e a autoridade política, mas também moldam as relações dentro da própria
sociedade civil. Essa concepção destaca a influência multifacetada do Estado na reprodução
da estrutura de classes em uma sociedade.

No contexto das funções governamentais, alocativa, distributiva e estabilizadora, a presença


de "más instituições" pode amplificar as relações de dominação entre diferentes grupos
sociais. No âmbito alocativo, instituições deficientes podem distorcer as decisões de alocação
de recursos, favorecendo determinados grupos em detrimento de outros. Por exemplo,
práticas de concessão de contratos públicos baseadas em favorecimentos políticos podem
resultar em concentração desigual de recursos.

Na função distributiva, "más instituições" podem levar à formulação de políticas que


beneficiam grupos privilegiados em detrimento de outros, perpetuando desigualdades sociais.
Um exemplo é a implementação de regimes fiscais injustos que favorecem as classes mais
ricas, sem abordar efetivamente a pobreza, minando a busca por uma distribuição equitativa
de recursos.

Na função estabilizadora, instituições inadequadas podem resultar em políticas econômicas


mal concebidas, levando a instabilidade econômica. Por exemplo, a falta de autonomia e
transparência em bancos centrais pode resultar em decisões monetárias prejudiciais,
agravando as disparidades sociais e contribuindo para um ambiente de dominação
econômica. Em resumo, "más instituições" prejudicam as funções governamentais,
contribuindo para a manutenção ou aumento das relações de dominação entre diferentes
grupos dentro de uma sociedade.

Q93
a) O patrimonialismo acontece quando um líder, que tem acesso a determinados fundos
públicos para licitar uma necessidade do estado, direciona esses recursos intencionalmente
para uma empresa à qual ele esteja vinculado ou da qual ele se beneficie de alguma forma,
sem seguir o processo licitatório adequado. Isso é feito por meio do uso de estratégias para
obter vantagens pessoais.

b) O paternalismo político se manifesta quando a ênfase recai excessivamente na imagem


de um líder, geralmente populista, que se torna uma figura mítica para grande parte da
população, sendo percebido como a própria instituição governamental. Um exemplo de
clientelismo é quando um líder político proporciona a comunidades carentes acesso a bens
ou serviços gratuitos durante seu mandato, deixando claro que, caso não receba o voto
dessas comunidades, esses benefícios serão suspensos, estabelecendo assim uma relação
de dependência entre a população e o político por meio da troca de votos.

Q94

a) As ideias democráticas baseiam-se na premissa da accountability, que consiste na


responsabilização dos representantes eleitos perante a sociedade. A exemplo dos
mecanismos utilizados para processo eleitoral e mandato do eleito, consiste nos debates
políticos, acesso a a informação privilegiada, mídia e liberdade de expressão, sistema de
prestação de contas, mecanismo de recall ou destituição, ações essas que garantem que os
representantes eleitos sejam responsáveis perante os eleitores, promovendo transparência.

b) As regras estatais intertemporais são importantes para um país, pois estabelecem


diretrizes e políticas que se estendem ao longo do tempo, fornecendo uma estrutura para
orientar as ações presentes e futuras do governo e da sociedade. Elas são essenciais para
garantir a estabilidade, previsibilidade e o bom funcionamento das instituições em longo
prazo, protegendo contra riscos e incertezas que podem surgir no decorrer do tempo.

Q95
O excesso de burocracia e a extensa intervenção do Estado na vida cotidiana podem criar
incentivos para a corrupção devido a diversos fatores. Quando os processos administrativos
são complicados e demorados, indivíduos e empresas podem ficar frustrados, buscando
maneiras mais rápidas de lidar com procedimentos complexos, o que, por sua vez, pode abrir
espaço para práticas corruptas, como subornos, como meio de agilizar questões burocráticas.

Além disso, a presença excessiva do Estado em diversos setores oferece oportunidades para
extorsão por parte de funcionários públicos. O controle estatal sobre áreas como
licenciamento, fiscalização e concessão de benefícios cria um ambiente propício para o abuso
de poder. Em situações em que o governo detém controle significativo sobre decisões e
recursos, funcionários corruptos podem explorar essa posição para obter vantagens
financeiras, levando cidadãos a se sentirem compelidos a pagar subornos para acessar
serviços, benefícios ou evitar penalidades injustas.

Um exemplo prático desse cenário pode ser observado em processos de licenciamento para
abertura de empresas. Se esse processo for excessivamente burocrático, com muitos
requisitos e etapas, empreendedores podem enfrentar obstáculos para iniciar ou expandir
legalmente seus negócios. Nesse contexto, funcionários corruptos podem oferecer
alternativas mais rápidas ou facilitadas mediante o pagamento de subornos, criando um
ambiente propício à corrupção devido às deficiências na burocracia estatal. Essa prática não
apenas compromete a integridade dos processos legais, mas também mina a confiança dos
cidadãos nas instituições governamentais.

Q96
A produtividade, definida como a produção por trabalhador, é uma medida da eficiência na
criação de bens e serviços. Seu papel crucial na determinação do padrão de renda ao longo
de décadas está relacionado ao estímulo do crescimento econômico sustentável, à geração
de riqueza, à melhoria da qualidade de vida e ao aumento dos salários. Investir em educação
e tecnologia desempenha um papel fundamental para impulsionar a produtividade, trazendo
impactos positivos para o padrão de vida da sociedade.

Q97

a) Capital físico por trabalhador: Refere-se à quantidade e qualidade da infraestrutura


disponíveis ao trabalhador. Quanto maior o investimento para garantir a disponibilidade e
quantidade, é possível gerar uma melhora na produtividade.
b) Capital humano: Representa o conjunto de habilidades, conhecimentos, educação,
treinamento e experiencia dos trabalhadores que compõe a economia. O investimento para
maior desenvolvimento dessas áreas, torna-os mais qualificados e capacitados, o que reflete
no aumento da produtividade.

c) Recursos naturais por trabalhador: Faz menção a disponibilidade de recursos naturais


disponíveis para ao uso, a fim de garantir a produtividade necessária. Vale ressaltar, que
deve a extração de forma de maneira sustentável, pode inferir na produtividade necessária,
visto a demanda exigir mais do que é ofertado de forma sustentável.

d) Conhecimento tecnológico: Condiz com o nível de avanço tecnológico aplicado na


produção ou nos processos produtivos. O investimento nessa área possibilita uma produção
mais eficiente, tornando o processo mais otimizado, com melhoria na utilização dos recursos.

Q98
A poupança e o investimento desempenham papéis fundamentais no crescimento econômico
de longo prazo de uma nação. A capacidade de uma economia acumular capital, seja em
forma de infraestrutura, maquinário ou capital humano, depende diretamente da capacidade
de poupar recursos. Essa acumulação de capital é crucial para aumentar a produtividade e
eficiência nos processos de produção, sendo um elemento-chave para estimular o
crescimento econômico sustentável.

Além disso, a poupança viabiliza investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação,


fatores essenciais para impulsionar a competitividade econômica no cenário global. A
capacidade de uma sociedade investir em novas tecnologias e aprimorar métodos de
produção contribui significativamente para o desenvolvimento econômico a longo prazo,
permitindo que a economia se adapte e evolua.

Os investimentos também desempenham um papel crucial na geração de empregos e no


desenvolvimento de infraestrutura. Recursos direcionados para a construção de estradas,
portos e outras instalações melhoram as condições gerais de negócios, facilitam o comércio
e promovem um ambiente propício aos investimentos. Esse ciclo virtuoso de poupança e
investimento cria uma dinâmica que impulsiona o crescimento econômico, estimula o
consumo e contribui para a melhoria geral do padrão de vida. Em resumo, a poupança e o
investimento são pilares essenciais para o desenvolvimento econômico de longo prazo,
proporcionando os recursos necessários para impulsionar a inovação, a eficiência e a
prosperidade.
Q99
a) No sentido econômico, a educação é necessária para o aumento da produtividade em
algumas ocupações e o aumento generalizado da demanda educacional por parte dos
empregadores repousa mais na condição de aumentar o nível de escolarização diante outros
empregadores do que o aumento da qualificação.
b) O principal resultado demonstra que as condições de saúde impactam positivamente o
processo de crescimento econômico, sendo os efeitos observados diretamente, através do
aumento da produtividade e oferta de trabalho; e indiretamente, via melhorias dos níveis de
escolaridade e maior acumulação de capital físico.
c) Os direitos de propriedade, ao permitir a existência de empresas e contratos, diminuem os
custos de transação e permitem que os recursos sejam melhor alocados, ampliando a
quantidade e a qualidade dos produtos e serviços. Dessa forma, retiram os entraves à
prosperidade e garantem maior desenvolvimento econômico.
d) A abertura do comércio internacional é de extrema importância para economia a longo
prazo pois fortalece as relações de poder e gera um tráfego internacional de valores e bens,
equilibrando as economias e as moedas.
e) Enquanto o crescimento econômico significa que durante um ou vários períodos, ocorreu
um aumento sustentado de uma unidade econômica, o desenvolvimento econômico vai além,
impactando diretamente a qualidade de vida das pessoas e da sociedade em geral.
f) O crescimento populacional se faz importante no crescimento econômico, pois gera
pessoas produtivas e que geram renda ao mercado. Gerando renda e pelo seu esforço é
recompensado pelo salário que gera renda e faz a economia circular.

Q100

a) A diferença entre crescimento econômico e desenvolvimento econômico consistem em que


crescimento é o aumento quantitativo da produção de bens e serviços dentro de espaço de
tempo na economia analisada. Já o desenvolvimento, é um componente que considera os
fatores sociais, culturais, ambientais e de qualidade em busca da melhoria de vida das
pessoas, além da expansão econômica.

b) Essa aparente contradição pode ser explicada devido a diferença entre dois conceitos,
sendo eles o crescimento econômico sem desenvolvimento, ou seja, a existência da
concentração de renda, falta de investimento social, questões ambientais. Ademais, o
desenvolvimento econômico abordando diferentes dimensões, como bem-estar social e
qualidade de vida, redução da desigualdade, sustentabilidade e meio ambiente. Em resumo,
a existência de altas taxas e a estagnação não é considerado um desenvolvimento equitativo,
devido a isso é possível sua ocorrência.

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