UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI

CAMPUS: DRA. JOSEFINA DEMES

CURSO: BACHARELADO EM DIREITO
DISCIPLINA: DIREITO FINANCEIRO
PROFESSORA: ANA CECILIA CARVALHO SOUSA MORAIS HELAL
ESTUDANTE: NÁTYLA BEATRIZ GUIMARÃES ROCHA
FLORIANO, 05 DE JULHO DE 2022.

CLASSIFICAÇÃO DAS RECEITAS PÚBLICAS

As receitas públicas são recursos previstos em legislação e
arrecadados pelo poder público com a finalidade de realizar gastos que
atenda as necessidades ou demandas da sociedade. Recebe algumas
classificações que serão conceituadas a seguir.
a) Quanto à periodicidade dividem-se em:
 Ordinárias: São aquelas recebidas com regularidade no
movimento normal das atividades do ente federativo, ou
seja, são de caráter constate e que se renovam ano a ano,
como a arrecadação de tributos;
 Extraordinárias: São aquelas não permanentes/usuais que
ocorrem em caso de emergência ou em função de caráter
eventual, como em guerra e doações, por exemplo.
b) Quanto à função dividem-se em:
 Fiscais: Possuem como função principal arrecadar valores
para manutenção do Estado. Alguns exemplos de tributos
ficais são: Imposto de Renda (IR), Imposto sobre Serviços
 de Qualquer Natureza (ISS), Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS);
 Extrafiscais: Ultrapassam o caráter meramente
arrecadatório, são orientados por interesses políticos,
econômicos, sociais ou ambientais, ou seja, além de
destinarem ao custeamento de despesas públicas, atuam
também no comportamento da sociedade, incentivando ou
desestimulando práticas. Alguns exemplos: Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre Operações
Financeiras (IOF), Imposto sobre Exportação (IE). Essa
função aparece nos momentos em que o Estado precisa
reaquecer a economia.
c) Quanto à previsão orçamentária dividem-se em:
 Orçamentárias: São as receitas que estiverem previstas no
orçamento de modo que serão consideradas quando da
fixação das despesas públicas. Carecem de autorização
legislativa e a realização desta receita se vinculará a
execução do orçamento. Como por exemplo a receita
advinda da exploração do patrimônio do Estado, dos
recursos provenientes do desenvolvimento bem sucedido
de atividades econômico pelo Poder Público;
 Extraorçamentárias: São as receitas que não fazem parte
do orçamento de modo que não serão consideradas quando
da fixação das despesas públicas, assim o administrador
não poderá contar com elas para custear despesas públicas
previstas na peça orçamentária. Prescinde de autorização
legislativa e a realização desta receita não se vinculará a
execução do orçamento. São exemplos de receitas
extraorçamentárias os recursos financeiros que adentram
 nos cofres públicos a título de fiança, caução e depósitos
para garantia.
d) Quanto aos efeitos dividem-se em:
 Efetivas: São aquelas em que os ingressos de
disponibilidades de recursos não foram precedidos de
registro de reconhecimento do direito e não constituem
obrigações correspondentes e por isto alteram a situação
líquida patrimonial.
 Não-efetivas: São aquelas em que os ingressos de
disponibilidades de recursos foram precedidos de registro
de reconhecimento do direito e por isto não alteram a
situação líquida patrimonial.