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Créditos adicionais
O Crédito adicional caracteriza-se por valores que adicionam ou acrescem ao orçamento. É um Instrumento de
planejamento das atividades a serem desenvolvidas pelos órgãos da administração pública para a satisfação de suas
necessidades e coletivas.
Durante o exercício financeiro, ocorrem fatos novos que provocam o surgimento de novas necessidades e reduzem ou
ampliam as existentes, ou seja, há necessidade de se redimensionar o planejamento anterior, definindo novas autorizações
para a execução dos
programas de trabalho. Essas novas autorizações, que vão alterar a lei existente, através dos créditos
adicionais.
De acordo com art. 40 da Lei n. 4.320/64, os créditos adicionais são autorizações de despesas não computadas ou
insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento. Lembrando que sempre para a criação de um crédito adicional, que
representa um reforço de dotação,
será necessário que haja a dotação orçamentária, ou seja, para criação de um crédito
adicional, deverá ter recursos disponíveis.
Os créditos adicionais são classificados em:
Suplementares;
Especiais;
Extraordinários.
Créditos Suplementares: são autorizações para reforço de dotação orçamentária, que por qualquer motivo tornaram-se
insuficiente, isto é, haverá um complementação direta de um tipo de despesa que já havia sido discriminada no orçamento
público.
Os créditos suplementares complementam uma despesa já existente, porém com recursos insuficientes.
Créditos Especiais: são destinações para despesas que não estavam relacionadas no orçamento, ou seja, para despesas que
não têm dotação orçamentária. Os créditos especiais são autorizados para a cobertura de despesas eventuais ou essenciais
e por
isso mesmo não considerada no orçamento.
Créditos Extraordinários: a abertura dos créditos extraordinários somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis
e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção intestina ou calamidade pública.
Quando houver superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior, entendido como a diferença
positiva entre o ativo e o passivo financeiro, conjugando-se os saldos dos créditos adicionais transferidos (especiais e
extraordinários)
e as operações de crédito a eles vinculadas;
Os provenientes de excesso de arrecadação, entendido como o saldo positivo das diferenças, acumuladas mês a mês,
entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se a tendência do exercício, devendo ser deduzidos os créditos
extraordinários
abertos no exercício;
Produto de operações de crédito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao Poder Executivo realizá-las.
Dívida pública
Representa todas as obrigações da administração pública para com terceiros, incluindo-se neste os respectivos juros, ou seja,
todos os valores que o governo deve. Existe também alguns que afirmam que a dívida pública é caracterizada pelos
compromissos
financeiros decorrentes de operações de crédito, assumidos pela administração pública para atender as
necessidades da sociedade. Geralmente a dívida pública é causada por empréstimos de longo prazo, como também de
empréstimos em curto prazo. Contudo
podem integrar a dívida pública os restos a pagar, fianças, cauções, etc.
A Lei de Meios contempla apenas as unidades setoriais de orçamento de cada órgão/gestão com dotações orçamentárias.
Entretanto, existe um grande número de unidades que realizam gastos e que, por conseguinte, necessitam de dotações
também. Essas unidades
administrativas recebem o orçamento por descentralização da unidade orçamentária, em geral.
Resultado Primário: o Resultado Primário consiste no resultado das contas do setor público, em
determinado período, antes
da apropriação dos gastos com os encargos da
dívida pública, ou seja, todas as receitas arrecadadas menos as despesas
realizadas em um determinado período. Se o resultado for positivo tem-se um
superávit primário. Se o resultado for negativo
tem-se um déficit primário.
No exemplo do quadro acima verificamos um resultado nominal positivo (Divida Fiscal Líquida do ano anterior – Dívida Fiscal
Líquida do ano corrente), no valor de 20.000,00, portanto representa um superávit nominal. Caso o resultado fosse negativo
teríamos um déficit nominal.
ÁVILA, Carlos Alberto de; BÄCHTOLD, Ciro; VIEIRA, Sérgio de Jesus. Noções de Contabilidade Pública. Curitiba: Instituto Federal
do Paraná/Rede e-Tec, 2011.
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