Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
✓ Conceito:
Despesa pública é a aplicação do dinheiro arrecadado por meio de impostos ou
outras fontes para custear os serviços públicos prestados à sociedade ou para a realização
de investimentos.
As despesas públicas devem ser autorizadas pelo Poder Legislativo, por meio
do ato administrativo chamado orçamento público. Exceção diz respeito às despesas
extraorçamentárias.
O orçamento público é estruturado de modo a agrupar as despesas segundo
determinados critérios, definidos com o objetivo de atender às necessidades sociais. Em
outras palavras, a despesa pública viabiliza o alcance de resultados das políticas públicas
planejadas pelos governos, sendo necessária autorização legal para a sua execução.
As despesas previstas no orçamento servem para gerar produtos, como rodovias,
e serviços, como atendimento médico. Nesses casos, o orçamento também prevê a
quantidade de produtos que serão entregues à sociedade. O orçamento, mais do que
definir os valores das despesas, aponta o que, onde e em que quantidade o cidadão e a
sociedade receberão de bens e serviços oferecidos pelo Estado em retribuição aos
tributos pagos.
Ressalta-se que algumas despesas são obrigatórias por força de lei e, portanto, o
governo não pode deixar de pagá-las. Como exemplo dessas despesas, podemos citar as
transferências constitucionais a Estados e Municípios, os benefícios previdenciários e
assistenciais, e as despesas de pessoal.
Na fixação das despesas orçamentárias, podemos classificar as despesas em dois
grandes grupos: as de caráter discricionário e as de caráter obrigatório. No orçamento
federal, o valor das despesas obrigatórias é bastante elevado, quase 90% do total do
orçamento, isto é, quase tudo que é arrecadado já tem um destino definido por lei.
Apenas uma pequena parcela dos recursos fica livre para ser usada nas demais ações
governamentais. Isso ocorre porque a maioria dos gastos do governo se constitui de
obrigações constitucionais ou legais que devem ser sempre executadas. Essa proporção
pode ser vista, por exemplo, no gráfico a seguir:
As despesas também são classificadas em primárias e financeiras (despesas não
primárias). Na sequência, todas essas classificações serão apresentadas de forma
detalhada.
Saiba mais!
Dentre as despesas discricionárias, temos um grupo de despesas que o governo considera como
sendo “despesas prioritárias”, as quais são indicadas na LDO como “preferenciais”, no sentido de
que essas despesas terão precedência sobre as demais despesas discricionárias, ficando mais
preservadas diante de possíveis cortes de gastos. Podemos citar, por exemplo, o Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC), lançado em janeiro de 2007, sendo uma iniciativa do governo
federal voltada à retomada do planejamento e execução de grandes obras em setores
estruturantes do país, como os de infraestrutura social, urbana, logística e energética. O PAC
está presente tanto nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social quanto no Orçamento de
Investimento das Empresas Estatais, e vem contribuindo de maneira decisiva para a oferta de
empregos e geração de renda, elevando os investimentos, público e privado, em obras
consideradas fundamentais ao desenvolvimento nacional. No PAC, uma das despesas
prioritárias está associada ao programa Minha Casa, Minha Vida, que tem por objetivo
promover a produção, aquisição ou requalificação de imóveis residenciais, urbanos ou rurais por
famílias de baixa renda, de forma a reduzir o déficit habitacional brasileiro.
✓ 3ª CLASSIFICAÇÃO: Orçamentária
1) CATEGORIA ECONÔMICA
Classificação das despesas em operações correntes ou de capital, objetivando
propiciar elementos para uma avaliação do efeito econômico das transações do setor
público.
1.1) Despesa corrente
Classificam-se nesta categoria todas as despesas que não contribuem,
diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital. Ou seja, todas as
despesas realizadas com a manutenção dos equipamentos e com o funcionamento dos
serviços públicos em geral, quer através da Administração Direta, quer através da
Administração Indireta. Conforme parágrafos 1° e 2°, do art.12, da Lei n° 4.320/64, as
despesas correntes apresentam-se com dois desdobramentos: as despesas de custeio e
as transferências correntes.
* Despesas de Custeio: estão relacionadas com a manutenção dos serviços
anteriormente criados, assim como os gastos destinados a atender a obras de
conservação e adaptação de bens imóveis. Exemplos: despesas com material de
consumo, pessoal, serviços de terceiros etc.
* Transferências correntes: são as dotações para as quais não corresponda
contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções
que são destinadas a atender a manutenção de outras entidades, sejam elas de direto
público ou privado. Exemplos: contribuições correntes, subvenções sociais e econômicas,
etc.
Estágio 1: Fixação
Estágio 2:Empenho
1. autorização;
2. indicação da modalidade licitatória, sua dispensa ou inexigibilidade;
3. formalização, comprovada pela emissão da nota de empenho e a respectiva
dedução do valor da despesa.
O empenho ainda, conforme sua natureza e finalidade, pode ser emitido em uma das
seguintes formas:
o empenho ordinário: o montante é conhecido e o pagamento deve ocorrer em
uma única vez;
o empenho global: o montante também é conhecido, mas o pagamento será
parcelado. Exemplos: aluguéis, contrato de prestação de serviços por terceiros,
vencimentos, salários, proventos e pensões, inclusive as obrigações patronais
decorrentes, entre outros.
o empenho por estimativa: o montante não pode ser previamente determinado e
a base é periodicamente não homogênea. Exemplos: serviços de abastecimento
de água, fornecimento de energia elétrica e telefone, gratificações, diárias e
reprodução de documentos, entre outras.
Existe também a figura do pré-empenho, o qual possui por objetivo registrar pré-
compromissos para atender a objetivo específico, nos casos em que a despesa cumpre
etapas com intervalos de tempo desde a decisão até a efetivação da emissão da Nota de
Empenho. É como se o gestor efetivasse uma “reserva” de dotação orçamentária, visando
a realização de determinada despesa.
Estágio 3: Liquidação
Estágio 4: Pagamento
A Lei 4.320/1964, em seu artigo 64, define ordem de pagamento como sendo o despacho
exarado por autoridade competente, determinando que a despesa liquidada seja paga.
A ordem de pagamento só pode ser exarada em documentos processados pelos serviços
de contabilidade.
Observação:
Pagamento
Se o valor real a ser pago for superior ao valor inscrito, a diferença deverá ser empenhada
a conta de despesas de exercícios anteriores;
Se o valor real for inferior ao valor inscrito, o saldo existente deverá ser cancelado.
A inscrição de Restos a Pagar deve observar aos limites e condições de modo a prevenir
riscos e corrigir desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, conforme
estabelecido na Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF.