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Economia

Trabalho, solidariedade e segurança social

Trabalho realizado por:


 Diogo Gaspar nº7
 Gonçalo Valadas nº12
 Jeremias Carreira nº15
 Miguel Poças nº23
Índice

Introdução ..............................................................................................................
Os objetivos ...........................................................................................................
Medidas extraordinárias no âmbito à covid-19.......................................................
Evolução do programa orçamental em relação a 2021 .........................................
Dotações especificas .............................................................................................
Receitas..................................................................................................................
Posições partidárias em relação as propostas apresentadas................................
Bibliografia .............................................................................................................

Introdução
O Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) é claramente um
orçamento de esquerda que prevê o maior investimento social de sempre, com
um acréscimo de despesas de 949 milhões de euros face a 2021 Trata-se de
um aumento da despesa de 7 mil milhões de euros face a 15 a 2 (ou +29%). É
um orçamento virado para as famílias e que assume o combate à pobreza
como prioridade estratégica do País. O apoio aos idosos e o reforço das
respostas às pessoas com deficiência são outras das áreas de destaque no
Orçamento. 793 milhões de transferências para políticas de emprego e
formação profissional Este é um Orçamento que aposta no crescimento, no
investimento social e no combate às desigualdades para garantir futuro
O Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social é um
departamento do Governo de Portugal. Criado no XXI Governo, onde o ministro
titular da pasta era José António Vieira da Silva. No atual XXII Governo a titular
da pasta é Ana Mendes Godinho. Este departamento foi fundado no dia 26 de
novembro de 2015.
O Orçamento de Estado de 2022, em conjunto com os instrumentos
financeiros previstos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), suporta a
estratégia de modernização do País, assente nos desafios estratégicos que
enfrentamos: demografia, famílias e jovens; desigualdades e coesão social;
transição climática e transição digital.
No que diz respeito à agenda do ministério do trabalho, solidariedade e
segurança social estão definidas cinco prioridades:
1. Combate à pobreza infantil
2. Reforço da Proteção Social
3. Implementação da Agenda do Trabalho Digno e valorização dos Jovens
4. Melhor inclusão para as pessoas com deficiência
5. Alargamento e inovação da rede de equipamentos e respostas sociais

Os objetivos
Para primeiro objetivo temos o “combate à pobreza infantil”. Neste
objetivo será criada a garantia para a infância, isto é, uma nova prestação para
garantir que todas as crianças e jovens com menos de 18 anos em situação de
pobreza extrema recebam 1200 euros por ano (cerca de 100 euros por mês). A
implementação desta medida será divida em dois anos: em 2022, o valor
garantido será de 70 euros por mês e em 2023 o valor será de 100 euros. O
abono de família também vai ser reforçado para garantir que até 2023 todas as
crianças e jovens dos 1º e 2º escalão do abono de família passaram a receber
no mínimo 600 euros anualmente. Com estas medidas, estima-se que sejam
abrangidas cerca de 500 mil crianças, com um impacto global de 140 milhões
de euros no ano de 2023.
No segundo objetivo temos o “reforço da proteção social”. Para este
objetivo, em 2022, o governo vai proceder à atualização das reformas para
todos os pensionistas por velhice (aproximadamente 2,5 milhões de pessoas) e
vai atualizar de forma extraordinária as pensões de velhice mais baixas, para
os pensionistas que recebam pensões até 1,5 IAS (658 euros), o que deverá
abranger cerca de 1,9 milhões de pensionistas. Mantém-se também a
majoração do valor mínimo do subsídio de desemprego quando as
remunerações que serviram de base ao cálculo desta prestação são, pelo
menos, iguais ao SMN, bem como as majorações no caso de agregados
monoparentais ou em que ambos os cônjuges se encontrem em situação de
desemprego com filhos ou equiparados a cargo.
No terceiro objetivo temos a “Implementação da Agenda do Trabalho
Digno e valorização dos Jovens”. Neste objetivo o governo vai promover a
Agenda para o Trabalho Digno e de valorização dos jovens no mercado de
trabalho. Está também previsto o reforço das políticas ativas de emprego, nas
suas diferentes dimensões, incluindo o apoio à criação de emprego e à
transição dos jovens para o mercado de trabalho com emprego estável e de
qualidade, e novas medidas de inovação na procura de emprego, de criação de
projetos empresariais e de aproximação ao mercado de trabalho em públicos e
territórios muito desfavorecidos. Em 2022 será lançado o programa Trabalhar
em Portugal.
No próximo ano, em 2023, vai proceder-se à implementação do acordo
estratégico de formação profissional assinado na Concertação Social, orientado
para a modernização do sistema, das infraestruturas e dos centros de
formação, promovendo a capacitação e qualificações dos ativos empregados e
desempregados, com prioridade aos setores estratégicos e envolvimento dos
parceiros sociais a diferentes níveis.
No quarto objetivo temos a “Melhor inclusão para as pessoas com
deficiência”. Neste objetivo o OE2022 contempla o reforço dos programas de
melhoria das condições de acessibilidade e mobilidade para todas as pessoas,
quer na via pública, em edifícios públicos e nas habitações. Está também
previsto o aprofundamento do Modelo de Apoio à Vida Independente e o início
dos trabalhos para a elaboração do Plano Nacional de Não Institucionalização.
No próximo ano vai ainda ser alargada a rede de balcões da inclusão, incluindo
a criação de uma rede móvel, e vai ser implementado um programa de apoio
extraordinário à empregabilidade das pessoas com deficiência ou
incapacidade.
Por fim temos o quinto objetivo, o “Alargamento e inovação da rede de
equipamentos e respostas sociais”. Em 2022, vai proceder-se ao alargamento
da rede de creches, serão criadas novas respostas para promoção do
envelhecimento ativo e será feito um reforço do serviço de apoio domiciliário,
prevendo-se ainda o reforço dos equipamentos para pessoas com deficiência,
centrados nas pessoas e suas necessidades, na comunidade e promovendo a
sua autonomia, com o objetivo de apoiar as famílias, promover a inclusão, a
autonomia e o envelhecimento ativo e saudável.
Será também prosseguida a aposta no reforço das respostas habitacionais
para pessoas em situação de sem-abrigo, com o objetivo de garantir mais 700
vagas de apartamentos partilhados e Housing First em 2022.
Medidas extraordinárias no âmbito da doença COVID-
19
Depois de uma fase de respostas à situação de crise sanitária e aos seus
impactos económicos e sociais, o Governo tem ajustado as medidas à
evolução da situação pandémica, consubstanciadas em programas e apoios
direcionados para a manutenção do emprego, a proteção dos rendimentos dos
trabalhadores e famílias e a criação de respostas extraordinárias às pessoas
mais vulneráveis. Visando o reforço das políticas sociais dirigidas às famílias, a
prioridade tem sido acudir às mais severamente afetadas, com um conjunto de
medidas extraordinárias, das quais importa realçar a proteção na doença, o
apoio ao isolamento profilático, as medidas de apoio à família e o apoio
extraordinário ao rendimento dos trabalhadores.
Desde o início da pandemia, o apoio público à manutenção de emprego
abrangeu mais de 1 milhão de trabalhadores e 125 mil empresas, ascendendo,
até à data, a um valor superior a 3.100 M€, incluindo isenções e reduções
contributivas. A implementação e ajuste progressivo destas medidas,
permitiram que tenha sido atingido, ainda durante o ano 2021, um crescimento
do nível de emprego e um nível de desemprego em linha com o período pré-
pandémico, conforme demonstram os mais recentes indicadores do INE (taxa
de desemprego mensal em agosto de 6,4%, menos 0,1 p.p. face a agosto
2019).
Em 2022, o Novo Incentivo à Normalização da Atividade Empresarial e o Apoio
Simplificado às Microempresas estarão ainda em execução, tendo em vista a
estabilização da atividade das entidades empregadoras e a redução do risco de
desemprego dos trabalhadores de empresas que beneficiaram dos apoios à
manutenção dos contratos de trabalho.
Prosseguindo o compromisso com a defesa do emprego e do rendimento dos
trabalhadores e das famílias, o Governo avaliará prontamente, em função da
evolução da situação pandémica, a readequação e reativação, das medidas
extraordinárias que sejam consideradas necessárias.

Evolução do Programa Orçamental em relação a 2021


O Programa Orça0mental do Trabalho, Solidariedade e Segurança
Social apresenta, no orçamento de 2022 uma dotação de despesa total
consolidada 22 012 milhões de euros refletindo uma redução de 1,3% face à
execução estimada de 2021. A receita total consolidada para 2022 ascende a
22.031,1 milhões de euros.
A redução está associada à realização em 2021 de encargos no âmbito
de medidas COVID que se preveem de montante menos significativo no
exercício de 2022.
Dotações específicas

As dotações específicas do Programa respeitam a transferências para a


Segurança Social no montante de 9 208,4 milhões de euros (dos quais 7 347,7
milhões de euros no âmbito da Lei de Bases da Segurança Social) e para a
CGA para pagamento de pensões no montante de 5 489,1 milhões de euros,
suportada em receitas de impostos.
Despesas por medidas do Programa
Na estrutura de distribuição pelas medidas inscritas no Programa destaca-se a
“Segurança Social” no valor de 16 823,3 milhões de euros e a “Ação Social” no
montante de 8 674,3 milhões de euros, que correspondem, respetivamente, a
62,4% e a 32,2% da despesa efetiva não consolidada.
A despesa com Segurança Social engloba a despesa da CGA e as
transferências para a Segurança Social no que respeita às pensões dos
bancários, ao adicional do IMI, à consignação do IRC ao FEFSS e ao adicional
de Solidariedade sobre o Setor Bancário.
A despesa com Ação Social é maioritariamente justificada pelas transferências
para o Orçamento da Segurança Social, nos termos da Lei de Bases do
Sistema de Segurança Social, mas também pela despesa da Casa Pia de
Lisboa e da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Destaca-se ainda a medida “Relações Gerais do Trabalho”, representando
2,4% da despesa efetiva não consolidada, que compreende a despesa do
IEFP, I.P., dos Centros de Formação Profissional, da Autoridade para as
Condições do Trabalho e da Direção-Geral do Emprego e Relações do
Trabalho.
Refira-se também a despesa de 702,6 milhões de euros associada às medidas
“Programa Ativar”, “Incentivo à Normalização da Atividade Empresarial” e
“Plano de Recuperação e Resiliência”, no que respeita à manutenção do
emprego e à retoma da atividade económica.
Receitas

No que diz respeito às receitas, podemos observar a fatia principal de


financiamento são as Receitas de Impostos, no valor de 14726,5 milhões de
euros, seguidamente as Receitas Próprias, no valor de 5286,4 milhões de
euros, As Transferências entre entidades tiveram um valor de 1639,1 milhões
de euros e os Fundos Europeus um valor de 350 milhões de euros.

Posições partidárias em relação às propostas


apresentadas
A primeira versão do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) foi chumbada
no dia 27 de outubro de 2021 com os votos contra do PSD, BE, PCP, CDS-PP,
PEV, Chega e IL.
Na votação na generalidade, no plenário da Assembleia da República, o PS foi
o único partido a votar a favor da proposta orçamental, que mereceu as
abstenções do PAN e das duas deputadas não inscritas, Joacine Katar Moreira
e Cristina Rodrigues.
No total, 108 deputados votaram a favor, cinco abstiveram-se e 117 votaram
contra.
No âmbito do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, os partidos à
esquerda do PS (BE, PCP e PEV) consideraram os apoios prestados pela
Segurança Social insuficientes, votando assim contra o Orçamento do Estado,
algo que não tinha ocorrido nos seis anos anteriores.
Já os partidos de direita (PSD, CDS-PP, Chega e IL) pois consideram o
Orçamento de caráter muito socialista e não se reveem nas propostas do
Orçamento.
Após as eleições legislativas de janeiro de 2022 o PS alcançou uma maioria
absoluta e conseguiu dessa forma viabilizar o seu Orçamento de Estado.

Bibliografia
 https://www.portugal.gov.pt/pt/gc22/area-de-governo/trabalho-
solidariedade-e-seguranca-social
 https://www.dgo.gov.pt/politicaorcamental/Paginas/
OrcamentosEstado.aspx?Ano=2021&TipoOE=Or
%u00e7amento+Estado+Aprovado
 https://app.parlamento.pt/webutils/docs/doc.pdf?
path=6148523063446f764c324679626d56304c334e706447567a4c3168
4a566b786c5a793950525338794d4449794d6a41794d5445774d544576
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7935775a47593d&fich=10.%c2%aa+CTSS.pdf&Inline=true
 https://mail.google.com/mail/u/4/#inbox/
FMfcgzGmvLVKGXMmFjwJQJNRfNsQfBSG?
projector=1&messagePartId=0.1
 https://www.parlamento.pt/sites/COM/XIVLeg/5COF/Paginas/
oe2022.aspx
 https://www.rtp.pt/noticias/politica/orcamento-do-estado-para-2022-
chumbado-pelo-parlamento-na-generalidade_e1358855

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