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Volume I
Relatório Principal
O Governo de Moçambique, através do Instituto Nacional da Juventude (INJ), instituição tutelada pela
Secretaria de Estado da Juventude e Emprego (SEJE), com o suporte do Banco Mundial, está a
implementar o projecto designado “Aproveitar o Dividendo Demográfico: Moçambique–
Desenvolvimento e Empoderamento para Jovens” (Projecto).
Racional
Moçambique possui 28.8 milhões de habitantes e uma estrutura etária jovem (45% da população tem
menos de 15 anos e 65% tem menos de 25 anos) (INE, 2019).
A alta taxa de fecundidade (cerca de 5.2) causa um elevado crescimento populacional e maior
proporção de população dependente (0 a 14 anos) comparativamente a população em idade activa (15
a 65 anos) (INE 2017). A população dependente cria desafios as famílias e ao Governo na provisão de
serviços, cuidados neonatais, alimentação, saúde, educação, etc.
Uma estratégia para atingir um desenvolvimento económico e sustentável passa por adoptar políticas
públicas de reforma económica e criação de empregos decentes, além de investimentos significativos
no desenvolvimento de capital humano de qualidade e no fortalecimento da governação. Para
ultrapassar estes desafios, e reconhecendo a oportunidade única que o Dividendo Demográfico1
oferece, o Governo desenvolveu o Projecto.
Descrição do Projecto
1 O dividendo demográfico é o benefício económico resultante de um aumento significativo no rácio de adultos em activa em
relação aos dependentes, que é possível graças ao rápido declínio da fecundidade e da mortalidade, se essa mudança for
acompanhada por investimentos sustentados nas áreas de educação, desenvolvimento de competências, saúde e criação de
emprego.
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• Componente 1 (Programa Eu Sou Capaz) - Capacitação e educação dos adolescentes e jovens;
o Formação em competências para a vida às raparigas que abandonaram a escola.
o Serviços educativos e informação sobre saúde sexual e reprodutiva (SSR) e violência baseada
no género (VBG).
o Fornecimento de uniformes escolares por forma a reduzir os custos educacionais e manter a
rapariga na escola.
o Fornecimento de bicicletas para rapazes e raparigas de distritos seleccionados, para facilitar
a mobilidade.
o Fornecimento de kits desportivos, culturais e financiamento de actividades desportivas nas
escolas.
Arranjo Institucional
A implementação global do projecto será coordenada pela Secretaria de Estado da Juventude e Emprego
(SEJE), em estreita colaboração com o Comité Intersectorial para o Dividendo Demográfico (CIDD)4 que
funcionará como comité directivo do projecto (CDP).
Para apoiar a SEJE na implementação do Projecto, foi criada a Unidade de Gestão do Projecto (UGP),
responsável por contratar empresa(as)/organizações (Provedores de Serviço) para gerirem a
implementação do concurso de planos de negócios, apoio ao auto-emprego e as empresas
recentemente criadas ou já existentes. Esta unidade será auxiliada com o Comité Directivo do Projecto
(CDP).
2 O Concurso de Plano de Negócio (CPN) promove investimentos privados para criar postos de trabalho assalariados no sector
formal com vista a melhorar o ambiente de trabalho e a sustentabilidade do emprego criado. O CPN será organizado por uma
empresa especializada contratada pelo projecto. Espera-se mais de 10.000 candidatos e prevê-se a formação de um total de
3.000 para a preparação de planos empresariais. Os vencedores dos CPN receberão apoio em capital e assistência técnica. A
assistência financeira assumirá a modalidade de subvenção em montante ainda em apuramento, tendo se fixados
provisoriamente 24 000 dólares.
3 Os jovens que beneficiarão de formação em distritos específicos (estimados em 16.000) poderão concorrer a um subsídio
através da apresentação de um plano de negócios. Espera-se que cerca de 3.200 jovens trabalhadores independentes sejam
seleccionados para receber um subsídio de até 1.000 dólares. A intervenção pode constituir uma oportunidade para o
desenvolvimento de pequenas empresas tipicamente informais com potencial para criar algum emprego extra.
4 O CIDD é constituído pelo Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH); Ministério da Ciência, Tecnologia,
e Ensino Superior (MCTES); Ministério da Saúde (MISAU); Ministério do Género, da Criança e da Acção Social (MGCAS);
Ministério do Trabalho, do Emprego e da Segurança Social (MITESS); o Ministério da Indústria e Comércio (MIC) e o Ministério
da Cultura e Turismo (MICULTUR).
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Processo de Participação Pública
A preparação do Manual deu início ao trabalho de campo, nas províncias de Nampula, Zambézia, Sofala,
Maputo e cidade de Maputo, por forma a ter sensibilidade das particularidades dos locais prioritários
de implantação, e incluiu consultas que decorreram entre os dias 21 de Outubro a 6 de Novembro de
2020, permitindo a interacção com um total de 126 pessoas, 75 do sexo masculino e 51 do sexo
feminino.
Em geral, as actividades do Projecto criarão mais impactos positivos que negativos.Os impactos e riscos
negativos são mínimos ou nulos (circunscritos ao local da actividade, temporários, reversíveis e
facilmente mitigáveis através de medidas de rotina):
• As actividades das Componentes 1 e 3 apenas criarão impactos positivos, não se prevendo impactos
negativos.
• No âmbito da Componente 2, o projecto financiará a implementação de plano de negócios para
empresas em fase de arranque e empresas existentes, bem como providenciará suporte ao
autoemprego de jovens trabalhadores independentes. Embora o leque de actividades a financiar na
Componente 2 ainda não seja conhecido, são apenas elegíveis actividades com potencial impacto
ambiental ou social mínimo, ou nulo, equivalentes à Categoria C.
Estão descritos no Manual uma série de procedimentos de gestão, bem como a entidade responsável
pela sua implementação, por forma a minimizar os impactos negativos e maximizar os positivos em
resultado das actividades do Projecto e subprojectos elegíveis, repartidos pelas fases de Planificação,
Implantação e fecho do financiamento do projecto.
Ademais, por forma a garantir transparência na interacção com o grupo alvo e reduzir os riscos
associados a implementação do Projecto, foi elaborado um Código de Ética e um Código de Conduta
Contra Violência Baseada no Género (VBG) e Violência Contra Criança (VCC) (incluindo Violência Sexual
Baseada no Género (VSBG), Exploração e Abuso Sexual (EAS), Assédio Sexual (AS), Uniões Prematuras,
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trabalho infantil, etc.)para os funcionários, dirigentes, provedores de serviço e beneficiários das
subvenções.
Uma estratégia de comunicação e engajamento das partes interessadas é sugerida com o objectivo de
dar a conhecer os produtos, actividades, potencialidades, resultados e oportunidades decorrentes da
execução do Projecto, bem como abrir canais de comunicação que propiciem a sustentabilidade futura
da imagem do Projecto.
A identificação do não cumprimento das medidas de gestão constantes deste Manual deverá ser
registada e os responsáveis notificados sobre os problemas/fraco desempenho em causa, as acções a
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tomar e um prazo de implementação de acções correctivas. O Manual apresenta indicadores de
monitoria que deverão ser periodicamente verificados.
• Atropelamento;
• Derrame de produtos químicos (solventes, óleos, tintas, etc);
• Assistência à vítimas;
• Combate à incêndios.
Durante a execução do Projecto, a SEJE ou seus parceiros poderão reavaliar as potenciais situações de
risco inerentes às actividades e especificar melhor os responsáveis e acções.
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Lista de Abreviaturas
APE Agente Polivalente Elementar
AS Assédio Sexual
AIA Avaliação do Impacto Ambiental
BM Banco Mundial
CdC Código de Conduta
CDP Comité Directivo do Projecto
CPN Concurso de Planos de Negócio
EAS Exploração e Abuso Sexual
GdM Governo de Moçambique
ITS Infecção de Transmissão Sexual
INJ Instituto Nacional da Juventude
INE Instituto Nacional de Estatística
CIDD Comité Intersectorial para o Dividendo Demográfico
MGR Mecanismo de Gestão de Reclamações
PAP Pessoas Afectadas pelo Projecto
PPF Mecanismo de Preparação de Projectos
MINEDH Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano
ODP Objectivo do Desenvolvimento do Projecto
ONG Organizações Não Governamentais
PO Política Operacional
SEJE Secretaria do Estado da Juventude e Emprego
SRHS Serviços de Saúde Sexual e Reprodutiva
UGP Unidade de Gestão do Projecto
VBG Violência Baseada no Género
VSBG Violência Sexual e Baseada no Género
VCC Violência Contra as Crianças
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Índice
SUMÁRIO EXECUTIVO I
LISTA DE ABREVIATURAS i
ÍNDICE i
Lista de Figuras ii
Lista de Tabelas ii
1. Introdução 1
1.1. Enquadramento 1
1.2. Proponente 1
1.3. Consultor Erro! Marcador não definido.
1.4. Âmbito e Objectivo do Manual 1
1.5. Princípios de gestão ambiental e social 2
1.6. Actualizações 3
2. Descrição do Projecto 3
2.1. Antecedentes 3
2.2. Objectivo do projecto 5
2.3. Componentes do Projecto 5
3. Arranjo Institucional e de Gestão Ambiental e Social 6
3.1. Arranjos Institucionais para Implantação do Projecto 6
3.2. Responsabilidade dos actores-chave na implementação do Manual 7
3.3. Formação e Capacitação 8
4. Quadro Legal 9
4.1. Quadro Jurídico para a Gestão Ambiental e Social 9
4.1.1. Outros Regulamentos Relevantes 10
4.2. Políticas de Salvaguarda do Banco Mundial 12
4.3. Comparação entre a legislação Moçambicana e a Política do Banco Mundial 13
5. Processo de Participação Pública 14
6. Potenciais Impactos e Riscos Ambientais e Sociais 15
7. Procedimentos de Avaliação e Aprovação de Subprojectos 16
8. Procedimentos de Boas Práticas Ambientais e Sociais 17
8.1. Fase de Planificação 17
8.2. Fase de Implementação 18
8.3. Fase do Fecho do Financiamento ao Projecto 25
9. Código de Ética 27
10. Prevenção de violência baseada no género e contra criança, incluindo violência e assédio
sexual, uniões prematuras e trabalho infantil 27
11. Prevenção de influxo de trabalhadores e problemas sociais associados 28
12. Prevenção e Controlo da COVID-19 28
13. Estratégia de Comunicação 30
14. Mecanismo de Gestão de Reclamações 32
15. Procedimentos de Resposta a Emergências 35
16. Monitoria e Fiscalização da Implementação do Manual 35
17. Considerações Finais 37
18. Bibliografia 38
ANEXOS 40
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ANEXO I – Províncias e Distritos Seleccionados para a Implementação de Actividades Específicas do
Projecto 41
ANEXO II – Formulário de Triagem Ambiental e Social 44
ANEXO III – Lista (Negativa) de Actividades não Elegíveis para Financiamento 49
ANEXO IV – Códigos de Conduta para VBG e VCC 57
ANEXO V – Procedimento de operacionalização do Mecanismo Gestão de Reclamações (MGR) 70
ANEXO VI – Procedimentos de Respostas a Situações de Emergência 74
Lista de Figuras
Figura 1: Fluxo da Estratégia de Comunicação ........................................................................................ 32
Figura 2: Fluxo do Mecanismo de Gestão de Reclamações ..................................................................... 33
Lista de Tabelas
Tabela 1: Dados de Contacto do SEJE ........................................................................................................ 1
Tabela 2: Dados de Contacto do Consultor.................................................. Erro! Marcador não definido.
Tabela 3: Quadro Jurídico Nacional Relacionado a Avaliação Ambiental .................................................. 9
Tabela 4: Outros Regulamentos ............................................................................................................... 10
Tabela 5: Políticas Operacionais de Salvaguardas Ambientais e Sociais do Banco Mundial ................... 12
Tabela 6: Visão geral das semelhanças e diferenças entre as políticas do GdM e do BM ....................... 13
Tabela 7: Indicadores de Monitoria ......................................................................................................... 35
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1. Introdução
1.1. Enquadramento
O Governo de Moçambique, através do Instituto Nacional da Juventude (INJ), instituição tutelada pela
Secretaria de Estado da Juventude e Emprego (SEJE) com o suporte do Banco Mundial, está a
implementar o projecto designado “Aproveitar o Dividendo Demográfico: Moçambique –
Desenvolvimento e Empoderamento para Jovens” (Projecto), cujo objectivo é melhorar o acesso à
educação e às oportunidades de emprego para os jovens, através de: (i) empoderamento de famílias
com vista a tomarem decisões reprodutivas e económicas informadas; (ii) aumento da educação de
adolescentes, em particular dos mais vulneráveis; e (iii) promoção de mais emprego para as actuais e
futuras gerações de trabalhadores.
O presente documento constitui o Manual de Boas Práticas de Gestão Ambiental e Social do projecto
(o Manual).
1.2. Proponente
O Manual foi desenhado para actividades de Categoria C perante as políticas de salvaguarda ambiental
e social do Banco Mundial (BM) e da legislação Moçambicana, ou seja, actividades que provocam
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impactos negativos negligenciáveis, insignificantes ou mínimos, sem impactos irreversíveis e onde os
impactos positivos são superiores aos negativos. Por esse motivo, ao invés de propor medidas de
gestão complexas e robustas, o Manual prevê acções preventivas de impactos e riscos, sendo a
principal medida a exclusão de actividades potencialmente geradoras de impactos de maior
significância (que elevariam o Projecto a Categoria A ou B).
Qualquer actividade com impactos significativos que vier a ser implementada (actualmente não
prevista no Projecto) estará fora do âmbito do Manual, devendo se elaborar outro instrumento de
gestão ambiental e social para a mesma.
O Manual inclui recomendações que irão estabelecer a base para mitigação, gestão e monitoria dos
potenciais impactos e riscos ambientais e sociais, como abaixo especificado:
Este compromisso deve ser assumido numa abordagem “top to bottom”, o que significa a todos os
níveis começando pela gestão e estendendo-se a todas as partes envolvidas nas actividades do
projecto, que devem assumir este compromisso e trabalhar no sentido de garantir o seu cumprimento
com base nos seguintes princípios:
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terão de tomar em conta os aspectos ambientais e sociais e não degradar as condições pré-
existentes.
• Princípio 2: Mitigação – As actividades relacionadas com o ciclo de vida do projecto e
subprojectos irão incluir medidas de mitigação apropriadas de modo a assegurar que os
impactos ambientais e sociais negativos sejam devidamente mitigados e geridos, e os positivos
sejam maximizados.
• Princípio 3: Responsabilidade – A SEJE e seus contratados (provedores de serviço e
beneficiários das subvenções) assumem plena responsabilidade por implementar e controlar
os requisitos prescritos para gerir a mitigação dos impactos ambientais e monitorar os factores
ambientais durante as diferentes fases de desenvolvimento do projecto.
1.5. Actualizações
2. Descrição do Projecto
2.1. Antecedentes
Moçambique possui 28.8 milhões de habitantes, com uma densidade populacional média de 36.1
Hab./km2. A população é maioritariamente jovem (45% tem menos de 15 anos e 65% tem menos de
25 anos) (INE, 2019).
Estas práticas favorecem também para a elevada taxa de fecundidade (cerca de 5.2),causando um
elevado crescimento populacional e maior proporção de população dependente (0 a 14 anos)
comparativamente a população em idade activa (15 a 65 anos)(INE, 2017). A população dependente
cria desafios as famílias e ao Governo na provisão de serviços, cuidados neonatais, alimentação, saúde,
educação, etc.
O crescimento rápido da população, a elevada fecundidade e a elevada taxa de dependência são parte
dos obstáculos ao processo de desenvolvimento do País. Ter muitos filhos dificulta as famílias e ao
Governo fazer investimentos adequados na educação, saúde e na provisão de empregos descentes,
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que são fundamentais para o desenvolvimento socioeconómico (UNFPA Moçambique, 2018),
forçando a prática de trabalho infantil para de suprir necessidades familiares.
Uma estratégia para atingir um desenvolvimento económico e sustentável passa por adoptar políticas
públicas de reforma económica e criação de empregos decentes, além de investimentos significativos
no desenvolvimento de capital humano de qualidade, no fortalecimento da governação e na adopção
de estratégias de redução da taxa de fecundidade. Estas acções permitirão ao País beneficiar do
Dividendo Demográfico.
Consciente do papel crucial desempenhado por jovens na sociedade, e dos vários desafios que estes
enfrentam, o Governo de Moçambique (GdM) estabeleceu um quadro de políticas para apoiar o
empoderamento e o emprego da juventude, incluindo a criação da Política de Juventude (2013) e da
Política Nacional de Emprego (2016) e seu plano de acção. Em 2018, estabeleceu um Comité
Intersectorial para o Dividendo Demográfico (CIDD)5, composto por diferentesministérios e liderado
pelo então Ministério da Juventude e Desporto (actual SEJE), a principal congénere deste projecto.
Por outro, o Governo tem vindo a implementar várias iniciativas visando promover a adesão aos
serviços de saúde sexual e reprodutiva (SSR), formação profissional e técnica e apoiar o auto-emprego.
Paralelamente, muitas agências de desenvolvimento, Organizações Não-Governamentais (ONG) e
outros actores de desenvolvimento desempenham um papel activo neste domínio, apoiando
programas independentes de pequena escala direccionados para o potenciamento e emprego da
juventude.
Uma análise dos programas existentes de empoderamento e emprego dos jovens, realizada no âmbito
da preparação deste Projecto, identificou que os principais desafios dos programas existentes residem
na sua fragmentação em pequena escala, bem como nos seus precários sistemas de monitoria e
avaliação (M&E)6. Como resultado, muitos programas lutam para garantir a sustentabilidade de modo
a alcançar a fase de expansão. A análise também identificou lacunas existentes, especialmente em
pacotes abrangentes que apoiam o sector informal ou a criação de empregos formais entre os jovens.
Para ultrapassar estes desafios, e reconhecendo a oportunidade única que o dividendo demográfico
oferece, o Governo de Moçambique está a mudar para uma abordagem sistémica integrada do
desenvolvimento e do emprego dos jovens. Este projecto constitui uma parte importante destes
esforços.
O Projecto visa adoptar uma abordagem global para alcançar os elementos-chave do dividendo
demográfico: redução da fertilidade e uma mão-de-obra produtiva, melhorar a oferta de serviços de
5O CIDD é constituído pelo Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH); Ministério da Ciência, Tecnologia,
e Ensino Superior (MCTES); Ministério da Saúde (MISAU); Ministério do Género, da Criança e da Acção Social (MGCAS);
Ministério do Trabalho, do Emprego e da Segurança Social (MITESS); o Ministério da Indústria e Comércio (MIC) e o Ministério
da Cultura e Turismo (MICULTUR).
6 Banco Mundial, 2018. Mapeamento de Programas de Desenvolvimento e Emprego de Jovens em Moçambique.
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saúde sexual e reprodutiva, melhorar a educação feminina e as oportunidades de emprego,
especialmente das mulheres jovens.
O Projecto tem três componentes que são largamente descritas no Documento de Avaliação do
Projecto (em inglês Project AppraisalDocument). Em resumo, as componentes e as actividades
compreendem:
7 O Concurso de Plano de Negócio (CPN) promove investimentos privados para criar postos de trabalho assalariados no sector
formal com vista a melhorar o ambiente de trabalho e a sustentabilidade do emprego criado. O CPN será organizado por uma
empresa especializada contratada pelo projecto. Espera-se mais de 10.000 candidatos e prevê-se a formação de um total de
3.000 para a preparação de planos empresariais. Os vencedores dos CPN receberão apoio em capital e assistência técnica. A
assistência financeira assumirá a modalidade de subvenção em montante ainda em apuramento, tendo se fixados
provisoriamente 24 000 dólares.
8 Os jovens que beneficiarão de formação em distritos específicos (estimados em 16.000) poderão concorrer a um subsídio
através da apresentação de um plano de negócios. Espera-se que cerca de 3.200 jovens trabalhadores independentes sejam
seleccionados para receber um subsídio de até 1.000 dólares. A intervenção pode constituir uma oportunidade para o
desenvolvimento de pequenas empresas tipicamente informais com potencial para criar algum emprego extra.
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o Apoio para coordenação do projecto.
o Fortalecimento institucional.
o Monitoria e avaliação.
O projecto é de âmbito nacional, ou seja, tem actividades que serão desenvolvidas a escala nacional,
porém, algumas actividades serão focalizadas a locais específicos. Para o efeito, foram seleccionados
45distritosde intervenção prioritária9 (11no Norte, 30no Centro e quatro (4) no Sul do País) em seis
províncias: Cabo Delgado, Zambézia, Nampula, Manica, Sofala, Maputo, e Cidade de Maputo. O Anexo
I mostra os distritos prioritários, que consideram uma combinação de zonas rurais e suburbanas.
9
A selecção das províncias e distritos para a implementação de actividades específicas do projecto baseia-se nos seguintes
critérios: a) vulnerabilidade (nível de pobreza, número de jovens, acesso aos serviços sociais e outros indicadores); b)
indisponibilidade de programas semelhantes para evitar a duplicação de esforços; e c) disponibilidade de serviços para os
quais o projecto visa aumentar a procura (em particular, escolas, SRHS, serviços de resposta à violência baseada no género,
programas de formação e soluções de transporte).
10 A Secretaria de Estado da Juventude e Emprego é o órgão Central do Aparelho do Estado é responsável pela definição,
implementação de políticas, estratégias, programas económicos e sociais adoptados pelo Estado, assegurando a direcção,
coordenação, planificação e controlo da acção governamental nos domínios da Juventude e do Emprego. Foi criada pelo
Decreto Presidencial n002/2020, de 30 de Janeiro, após a extinção do Ministério da Juventude e Desportos - MJD
11 A nível da SEJE as actividades de coordenação e gestão do Projecto estão delegadas ao Instituto Nacional da Juventude
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trabalhar como assistentes a nível central e provincial, e transmitir conhecimentos técnicos na base de
formação em exercício e sentimento de apropriação do Projecto como legado para a fase pós-
financiamento.
O CDP prestará orientação estratégica à UGP e à SEJE na implementação do Projecto. O CDP servirá
para: (i) proporcionar o aconselhamento estratégico geral; (ii) melhorar a coordenação
interministerial; (iii) acompanhar os planos anuais do Projecto e a sua implementação; (iv) promover
a consciencialização sobre as actividades do Projecto, aumentar a apropriação e reforçar a coerência
com a agenda geral do dividendo demográfico do Governo de Moçambique.
A nível local, a SEJE apoiar-se-á nas suas representações de nívelprovincial, distrital e de posto
administrativo, bem como em estruturas de apoio para a implementação do projecto, onde deverão
ser criados pontos focais de salvaguardas ambientais e sociais.
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o O apoio à criação de emprego será implementado em coordenação com o Ministério
da Indústria e Comércio.
• Ponto Focal de salvaguardas de nível provincial - auxilia a equipe de salvaguardas de nível
central na planificação e gestão das actividades a nível da província bem como em monitoria
periódica aos subprojectos.
• Ponto Focal de salvaguardas de nível distrital e de posto administrativo - apoiaos candidatos a
beneficiários no preenchimento dos formulários de triagem, faz monitoria regular aos
beneficiários, escolas, etc. e dá auxílio generalizado aos pontos focais provinciais e equipe de
salvaguardas de nível central.Apoia ao provedor de serviço na pré-triagem dos projectos
submetidos pelos candidatos a subvenções.
• Provedores de serviço – Estes serão responsáveis por gerir a implementação do concurso de
planos de negócios, incluindo campanhas de sensibilização, capacitação, parcerias, monitoria
e avaliação das propostas dos subprojectos, bem como verificar o cumprimento da Lista
Negativa e do Formulário de Avaliação Ambiental e Social dos subprojectos e garantir que
sejam desenvolvidos em conformidade com o presente Manual, legislação nacional e políticas
do Banco Mundial. Após a pré-selecção dos subprojectos, estes são enviados para a UGP para
a aprovação final, que pode ser feita com o auxílio do CDP e dos especialistas do banco
Mundial.
• Beneficiários de subvenções - são responsáveis pelas diferentes actividades dos subprojectos
a que beneficiarem e são legalmente obrigados a cumprir com o Manual e a demais legislação
inerente as suas actividades. Devem obter todos os licenciamentos inerentes a sua actividade
e implementar e controlar os requisitos prescritos neste Manuel para gerir amitigação dos
impactos ambientais e sociais e monitorar os factores ambientais durante as diferentes fases
de desenvolvimento do subprojecto.
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A formação ao pessoal interno será gerida e administrada por um especialista. Para além da formação
geral extensiva a todos os colaboradores, o especialista deverá formar ao(s) seu(s) assistente(s) em
temas mais específicos e depois voltar a treiná-los continuamente durante o exercício da actividade
(formação em exercício, do inglês ‘’on-the-jobtraining’’)como referido na Secção 3.1.
Por sua vez, os pontos focais distritais/postos administrativos, incluindoprovedores de serviço, irão
formar aos Beneficiários com suporte e monitoria dos pontos focais provinciais e especialistas de
salvaguarda central.
A SEJE, poderá, no entanto, considerar outra modalidade que requer menos esforço de gestão para
maiores benefícios no alcance dos resultados, que é contratar empresas de consultoria ambiental e
socialou consultores individuais experientes para providenciarem as formações ao nível provincial,
distrital e de posto administrativo.
4. Quadro Legal
4.1. Quadro Jurídico para a Gestão Ambiental e Social
A tabela que se segue apresenta de forma sumária o quadro legal aplicável a gestão ambiental e social
do Projecto.
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Legislação Descrição
Define auditoria ambiental como um instrumento de
gestão de avaliação sistemática, documentada e objectiva
do funcionamento e organização do sistema de gestão e
Decreto n° 25/2011 de 15 de Junho –
dos processos de controlo e protecção do ambiente, tendo
Regulamento sobre o Processo de Auditoria
como seu âmbito de aplicação actividades públicas e
Ambiental
privadas que durante a fase da sua implementação,
desactivação e restauração, directa ou indirectamente,
possam influir nas componentes ambientais.
Regulamenta a supervisão, controlo e verificação da
Decreto n° 11/2006 de 15 de Junho –
conformidade do projecto com as normas de protecção do
Regulamento sobre a Inspecção Ambiental
ambiente a nível nacional
Estabelece os padrões de qualidade ambiental e de
Decreto n° 18/2004 – Regulamento sobre Padrões
emissão de efluentes, visando o controlo e manutenção
de Qualidade Ambiental e de Emissão de
dos níveis admissíveis e concentração de poluentes nos
Efluentes
componentes ambientais.
Altera os artigos 23 e 24, e os Anexos I e V, referidos no
Decreto n° 67/2010 de 31 de Dezembro –
artigo 7 e n° 3 do artigo 16 do Regulamento sobre Padrões
Regulamento sobre Padrões de Qualidade
de Qualidade Ambiental e de Emissão de Efluentes,
Ambiental e de Emissão de Efluentes (Alteração a
aprovado pelo decreto n° 18/2004 de 2 de Junho e aprova
alguns artigos e anexos do Decreto n° 18/2004)
os Anexos IA e IB
Estabelece regras de gestão dos resíduos sólidos urbanos
no território nacional. Aplica-se a todas as pessoas
Decreto n° 94/2014 de 31 de Dezembro –
singulares e colectivas, públicas e privadas envolvidas na
Regulamento Sobre a Gestão de Resíduos Sólidos
produção e gestão de resíduos sólidos urbanos, e na
Urbanos
produção e gestão de resíduos industriais e hospitalares
equiparados aos urbanos.
Estabelece regras para produção e gestão dos resíduos
Decreto n° 83/2014 de 31 de Dezembro –
perigosos no território nacional. Aplicando-se pessoas
Regulamento Sobre a Gestão de Resíduos
singulares e colectivas, públicas e privadas envolvidas na
Perigosos
gestão de resíduos perigosos.
Estão listados abaixo outros regulamentos associados ao Projecto e a salvaguardas ambientais e sociais
que podem, ou não, ser activados de acordo com o tipo de actividade a ser desenvolvida no
subprojecto. Por exemplo, o Projecto não prevê actividades relacionadas a reassentamento, portanto
não se espera que seja activada a legislação sobre reassentamento, porem, caso haja necessidade de
gerir algum evento actualmente não esperado, deverá se activar a legislação associada.
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Instrumento Descrição
Lei nº 19/1997, de 1 de Outubro A Lei de Terras
Decreto nº 66/1998, de 8 de Dezembro Regulamento da Lei da Terra
Articulação das autoridades locais do Estado e a liderança
Decreto-lei nº 15/2000, de 20 de Junho
comunitária
Lei nº 22/2019, de 11 de Dezembro Lei da Família
Lei nº 10/1988, de 22 de Dezembro Lei da Protecção do Património Cultural
Decreto nº 31/2012, de 8 de Agosto Participação e Consulta Pública
Decreto nº 77/2006, de 26 de Dezembro Regulamento do Solo Urbano
Lei nº 2/1997, de 28 de Maio Lei das Bases das Autarquias
Lei nº 11/1997, de 31 de Maio Lei das Finanças Autárquicas
Diploma Ministerial nº 155/2014, de 19 de Regulamentos Internos para a Operação da Comissão Técnica
Setembro de Monitoria e Supervisão do Reassentamento
Diploma Ministerial n°156/2014 de 19 de Directiva Técnica sobre o Processo de Elaboração e
Setembro Implementação de Planos de Reassentamento
Lei nº 19/2007, de 18 de Julho Lei de Ordenamento Territorial
Resolução nº 18/97, de 30 de Maio Política de Ordenamento Territorial
Decreto nº 23/2008, de 1 de Julho Regulamento da Lei de Ordenamento Territorial
Diploma Ministerial nº 181/2010, de 3 de Directiva sobre o Processo de Expropriação para Efeitos de
Novembro Ordenamento Territorial
Regulamento sobre o Processo de Reassentamento resultante
Decreto nº 31/2012, de 8 de Agosto
de Actividades Económicas
Regulamento Interno para o Funcionamento da Comissão
Diploma Ministerial nº 155/2014, de 19 de
Técnica de Acompanhamento e Supervisão de
Setembro
Reassentamento
Diploma Ministerial nº 156/2014, de 19 de Directiva Técnica para o Processo de Elaboração de Planos de
Setembro Reassentamento
Lei n.º 10/2020 Lei de Gestão e Redução do Risco de Desastres
11 | P á g i n a
Instrumento Descrição
Resolução nº 20/99 de 23 de Junho Política para a Pessoa com Deficiência
Outros:
• Estratégia Nacional de Prevenção e Combate das uniões prematuras em Moçambique 2016-
2019.
• Plano Estratégico da Educação 2020-2029.
• Estratégia Nacional de Segurança Social Básica 2016-2024.
• Plano de Acção Nacional para o Combate às Piores Formas do Trabalho Infantil em
Moçambique 2017-2022.
• Programa Conjunto das Nações Unidas para a Protecção Social Moçambique 2017-2020.
• Política de Género e Estratégia da Sua Implementação, Maputo, Agosto de 2018.
• Plano Nacional de Prevenção e Combate à Violência Baseada no Género 2018-2021.
• Plano de Acão e Operacionalização do Quadro de Política Continental para a Saúde e os
Direitos Sexuais e Reprodutivos 2016-2030.
• Política e Estratégia de Saúde Sexual Reprodutiva de Adolescentes, 2001.
• Plano de Acção da Década de Juventude: Declaração e Resoluções em relação a caminhos
seguintes, 6 de Abril 2010.
• Declaração da Cimeira África-Europa sobre a Juventude, 2007:
www.coe.int/t/dg4/nscentre/Youth%5CYouth_Summit%5CFinal_Declaration_YouthSummit_
en.pdf.
• Base de dados online sobre políticas da juventude: http://www.youthpolicy.org/
nationalyouthpolicies/
A tabela abaixo sumariza as Políticas Operacionais (PO) do Banco Mundial sobre salvaguardas
ambientais.
O Projecto tem impactos de reduzida magnitude e significância, tendo sido categorizado por C, por
não activar as políticas abaixo. Todavia, o Projecto irá se basear nos princípios da PO 4.01 para
identificar e mitigar potenciais impactos ambientais e sociais.
12 | P á g i n a
Nos outros habitats naturais (não críticos), o Banco apoia projectos que
possam causar perda ou degradação significativa apenas quando (i) não
existem alternativas viáveis para se alcançar benefícios líquidos globais
substanciais do projecto; e (ii) medidas de mitigação aceitáveis, tais como
áreas protegidas compensatórias, estejam incluídas no projecto.
O objectivo desta política é o de contribuir para evitar, ou minimizar, os
impactos negativos sobre os recursos culturais dos projectos de
desenvolvimento que sejam financiados pelo Banco Mundial. O pressuposto é
Salvaguarda património o de que os recursos culturais são importantes como fontes de informação
cultural físico (PO 4.11) histórica e científica valiosa, como activos para o desenvolvimento económico
e social, e como parte integrante da identidade e práticas culturais de um
povo. A perda de tais recursos é irreversível, mas, felizmente, é muitas vezes
evitável.
A política visa evitar o reassentamento involuntário na medida do possível,
ou minimizar e mitigar os seus impactos sociais e económicos adversos. Ela
também se destina a promover a participação das pessoas deslocadas na
planificação e implementação do reassentamento. O seu objectivo
fundamental é o de ajudar as pessoas deslocadas nos seus esforços para
Reassentamento Involuntário melhorar ou pelo menos restaurar os seus rendimentos e padrões de vida
(PO 4.12) após o deslocamento.
Refira-se que, embora tenha havido maior harmonização entre os regulamentos do GdM e as Políticas
de salvaguarda do BM, as diferenças em uma série de áreas e aspectos permanecem. A tabela abaixo
faz um resumo das principais diferenças e semelhanças no âmbito do Projecto.
13 | P á g i n a
Ambiental e Social; e a Categoria além da triagem
C, que não exige nenhum ambiental e social
estudo, bastando seguir as boas necessária para todos os
práticas de gestão ambiental projectos, não são
que precisam ser aprovadas pelo necessárias mais acções
MTA antes da emissão da para um projecto de
Licença Ambiental. Categoria "C". A consulta
Para todos os projectos, à pública e divulgação dos
excepção da categoria C, a instrumentos de
realização de Consulta Pública é avaliação ambiental são
obrigatória. necessárias.
A legislação moçambicana sobre Moçambique ainda
saúde e segurança no trabalho não preparou
Os requisitos de SST
combina provisões de diferentes normas específicas
previstas nas directrizes
instrumentos legais, de saúde e
gerais do meio ambiente,
nomeadamente: a Constituição segurança
saúde e segurança
da República (2004), a Lei do ocupacional para
(Environmental, Health,
Trabalho (Lei n° 23/2007 de 1 de emissões de ruído
Directrizes e padrões andSafety General
Agosto); Regulamento de para diferentes
nacionais para Saúde Guidelines) do IFC (Abril
Qualidade actividades. Onde se
e Segurança de 2007) devem ser
Ambiental e Emissão de verificar lacuna
Ocupacional. aplicadas a todos os
Efluentes (Decreto nº 18/2004 específica, deverão
projectos de
de 2 de Junho); e outras ser aplicadas as
infraestrutura.
disposições legais subordinadas, normas do Banco
muitas das quais herdadas do Mundial
período colonial.
Em ambos os
processos, a
divulgação ocorre
antes da aprovação
A autoridade e, portanto,
A PO 4.01 requer a
ambiental deve A emissão de uma Licença qualquer
aprovação e divulgação
fornecer uma Licença Ambiental deve preceder preocupação
de AIASs pela autoridade
Ambiental para qualquer outra licença levantada
governamental
projectos antes da legalmente exigida. pelas partes
competente.
implementação. interessadas e
afectadas (PIAs) é
considerada antes
da aprovação do
projecto.
No âmbito do Projecto, sempre que houver conflitos entre a legislação nacional e as Políticas de
Salvaguarda do Banco Mundial, estas últimas prevalecem.
14 | P á g i n a
A descrição do processo de consulta pública conduzido, incluindo as actas das reuniões e outra
informação relevante é apresentada no Volume II deste Manual (Relatório de Participação Pública).
As principais questões levantadas não são directamente relacionadas com impactos ambientais que
podem advir do Projecto, mas sim apresentação de questões e expectativas no âmbito social, que são
resumidamente descritas abaixo:
• Pede-se que as formações e o apoio a Projectos sejam em áreas profissionalizantes (ex: agro-
pecuária, serralheiro, mecânica auto, electricista instalador, electricista – auto e culinária).
• O Projecto pode criar condições de introduzir o lanche escolar e actividades ligadas a agro-
pecuária, culinária, processamento de alimentos nos estabelecimentos de ensino, por forma
a criar condições de ter a rapariga envolvida na escola.
• Para além de se atribuir material escolar e bicicletas, para as pessoas com deficiência, deve-se
atribuir cadeiras de rodas para facilitar a sua mobilidade.
• Pode-se motivar as raparigas através de visitas escolares a mulheres formadas e bem-
sucedidas nos distritos alvo.
• O Projecto deve apoiar órgãos de comunicação social com incidência tanto nacional como
local, por forma a criar programas radiofónicos de debates para jovens e informações de
empoderamento, independência financeira, saúde sexual reprodutiva, bem como debate
entre raparigas e mulheres mais velhas de modo a quebrar tabus no seio familiar para assuntos
relacionados.
• Deve-se criar fundo de emergência para adolescentes e jovens (empréstimos a longo prazo)
para atribuir a jovens recém-formados e formados em cursos vocacionais, para criar auto-
emprego e garantir que apoie outros assim que os empréstimos forem reembolsados pelos
jovens beneficiados.
Em geral, essas actividades criarão mais impactos positivos que negativos. Os impactos e riscos
negativos são mínimos ou nulos (circunscritos ao local da actividade, temporários, reversíveis e
facilmente mitigáveis através de medidas de rotina):
Abaixo estão listados os principais riscos e impactos ambientais e sociais espectáveis (i.e. que podem
advir da implementação das actividades previstas no Projecto):
Negativos:
• Potencial emissão de níveis negligenciáveis de ruído e poeiras.
• Emissão de gases pela operação de pequenos equipamentos (ex. gerador para operação de
máquina de soldar) ou reduzidas quantidades de veículos a motor (principalmente
motorizadas).
15 | P á g i n a
• Consumo de materiais (principalmente água e energia), geralmente de uso partilhado com a
comunidade local.
• Geração de resíduos.
• Riscos de acidentes envolvendo trabalhadores e/ou comunidades locais.
• Risco de conflitos com a comunidade local.
• Risco de espectativas exageradas/frustradas.
• Exposição dos beneficiários a riscos de violência (ex. troca de favores para acesso aos
benefícios do projecto ou inveja da comunidade após a obtenção dos benefícios),
especialmente contra mulheres e raparigas.
• Risco de desvio de utilidade dos materiais/equipamentos (ex. bicicletas fornecidas aos alunos)
pelos encarregados de educação.
• Aplicação deficiente das protecções laborais e de saúde e segurança.
• Aumento de casos de trabalho infantil.
• Aumento do consumo de álcool, drogas ou outro comportamento desviante devido ao
aumento do rendimento dos beneficiários.
• Aumento de criminalidade devido ao desenvolvimento desigual das comunidades (os não
beneficiários podem querer lesar os beneficiários).
• Mudanças nas relações de poder entre os jovens beneficiários e anciãos.
Positivos:
• Maior oferta de postos de trabalho com incidência local.
• Inclusão social de grupos desfavorecidos.
• Melhoria dos Serviços Sociais (Saúde, Educação).
• Desenvolvimento económico local e nacional generalizado.
• Melhoria da capacidade técnica dos candidatos e dos trabalhadores, devido aos treinamentos
que o projecto proverá.
• Melhoria das condições de vida comunitária, principalmente os mais desfavorecidos, devido
ao acesso à informação (métodos contraceptivos, empoderamento da mulher, entre outros)
e oportunidades de desenvolvimento de actividades lucrativas.
• Redução da taxa de incidência de uniões prematuras, gravidez precoce, exploração e abuso
sexual ocasionado pela forte sensibilização comunitária e empoderamento da rapariga.
• Elevado interesse de raparigas e rapazesà escola, devido as informações disponibilizadas e
actividades interactivas e de apoio psicossocial ao nível escolar.
• Redução do nível de vulnerabilidade do grupo-alvo,que é resultante da pobreza, dependência,
capacidade limitada e literacia.
• Desenvolvimento de outras áreas que não estão directamente ligadas ao projecto devido a
cadeia de valores que os projectos aprovados a subvenções podem conduzir.
Para ambos (GdM e BM) as categorias vão do mais crítico ao menos crítico em termos de impactos
espectáveis, ou seja, a Categoria A gera impactos mais significativos que a Categoria C.
O Projecto é de Categoria C (quer para o GdM como para o BM) e os subprojectos elegíveis a
financiamento deverão ser da mesma categoria (C). Ou seja, todas asactividades e subprojectos devem
apresentar baixo risco e com impactos ambientais ou sociais mínimos ou nulos.
16 | P á g i n a
Para assegurar que o Projecto não aprove subprojectos que causem impactos ambientais e sociais
significativos (classificados acima da Categoria C), a nível das subvenções planificadas para a
Componente 2(Programa Emprega), o processo de selecção das candidaturas deverá seguir os
seguintes passos:
I - Preenchimento do formulário de triagem: para se ter a percepção dos impactos ambientais e sociais
previstos para cada subprojecto, o candidato à subvenção no âmbito deste Projecto deverá preencher
um formulário de triagem ambiental (Anexo II) na qual providencia informação sobre o tipo de projecto
e condições do local de implementação. O candidato poderá receber auxílio de Pontos Focais de
salvaguarda ambiental e social para o preenchimento do formulário.
II - Avaliação com base na Lista Negativa: Os formulários serão analisados pela equipa de Salvaguardas
Ambientais e Sociais da SEJE ou outras entidades que estes designarem em função de cada subprojecto
e sua localização. A avaliação incluirá uma visita ao local proposto e a confirmação de que o
subprojecto não se enquadra na lista negativa de actividades não elegíveis a financiamento (Anexo III).
III - Formação em Salvaguardas: Antes de aceder a subvenção, o beneficiário deverá passar por um
treinamento em salvaguardas ambientais e sociais no âmbito do Projecto,para que consiga
implementar o presente Manual com requisitos gerais para todos beneficiários ou outro elaborado em
específico para o seu subprojecto. A formação poderá ocorrer como módulo ambiental e/ou de saúde
e segurança ocupacional no âmbito do curso técnico da formação vocacional previsto no Projecto ou
como formação de curta duração orientada para preparar o beneficiário para implementação do
Projecto.
Assim, nas tabelas seguintes apresentam-se potenciais impactos que poderão vir a ocorrer em
resultado das actividades elegíveis do Projecto e subprojectos, nas fases de Planificação, Implantação
e fecho do financiamento ao Projecto, as medidas de gestão a implementar, bem como a entidade
responsável pela sua implementação.
17 | P á g i n a
Descritor Medidas de Gestão
Responsável
(impacto e sua fonte) (mitigação/potenciação)
▪ O Projecto e pessoas envolvidas devem pautar por transparência
na interacção com o grupo alvo, evitando tirar benefícios próprios
ou cobrar aos candidatos. Os funcionários e dirigentes devem
Risco de comportamentos
assinar um código de ética (vide Capítulo 9) e um código de conduta
desviantes na equipe de
implementação do contra violência baseada no género, violência sexual baseada no
género e violência contra criança (vide Capítulo 10). ▪ SEJE
projecto
▪ O Projecto deverá dispor de um eficiente Mecanismo de Gestão de ▪ Provedor de
Reclamações, vide Capítulo 14. serviços
Risco de frustração de
▪ Na fase de planificação deverá se criar linhas telefónicas (de
expectativas da comunidade
preferência linhas verdes/grátis) e software electrónico de gestão
/beneficiários
das reclamações. Trocas de experiência podem ser feitas com
outros projectos (ex. SwioFish1 do Fundo de Desenvolvimento da
Economia Azul).
▪ Deve se divulgar vagas disponíveis e as respectivas qualificações,
preferencialmente em anúncios de jornal, rádios comunitários,
redes sociais da SEJE (Facebook, Instagram e outros meios digitais)
Geração de postos de e as oportunidades de emprego deverão ser distribuídas por forma
emprego equitativa por homens e mulheres.
▪ SEJE
▪ Sempre que possível, deverá se contratar mão de obra e
▪ Provedor de
Melhoria da capacidade provedores de serviço/consultores locais/nacionais.
serviços
técnica da mão-de-obra ▪ Devem ser implementadas formações e treinamentos contínuos
local aos trabalhadores, nas diversas áreas do Projecto.
▪ Deve-se disponibilizar contractos e códigos de conduta que
retractam questões de VBG, VCC e códigos de ética aos
trabalhadores e provedores de serviço.
Consumo da água,
▪ Recomenda-se análise da aplicabilidade de uso de software de
tinteiros, toner e papel
gestão de conteúdos internos (comunicação interna, aprovação de
viagens, etc.) por forma a reduzir os gastos com papeis e toner -
(contribuição para o
medida de caracter facultativo. ▪ SEJE
esgotamento dos recursos
▪ Adopção de medidas de racionalização no consumo da água, papel
devido ao consumo da
e impressões - acções específicas são recomendadas abaixo, na fase
água, papel para usos
de implementação.
diversos)
Geração de resíduos
sólidos e
Efluentes
▪ Todas as medidas descritas na fase de implementação para este
▪ SEJE
descritor, são aplicáveis para a presente fase.
(Contaminação dos solos e
água por resíduos sólidos e
águas residuais)
Meio Ambiente, ▪ Devem ser feitos treinamentos sobre meio ambiente,
Desenvolvimento Social, desenvolvimento social, género, saúde ocupacional, violência
▪ SEJE
Género, Saúde e baseada no género, ergonomia, COVID-19, ITS (incluindo
Segurança Ocupacional HIV/SIDA), entre outros temas relevantes aos trabalhadores.
18 | P á g i n a
Descritor Medidas de Gestão
Responsável
(impacto e sua fonte) (mitigação/potenciação)
(contribuição para o ▪ Assegurar que as torneiras e autoclismos estão em boas condições ▪ Beneficiário
esgotamento dos recursos (não gotejam).
devido ao consumo da ▪ Fechar completamente as torneiras após utilização.
água para usos diversos) ▪ Racionalizar o uso de água na lavagem de loiças, pavimentos,
equipamentos, etc. preferir o uso de pano húmido ao invés de jactos
de água.
▪ Optimizar o consumo de água (usar apenas o estritamente
necessário) nos diferentes usos (lavagens de mãos, preparação de
refeições, etc.).
▪ Se possível, implementar um sistema que permita a captura e
utilização de água da chuva.
▪ Armazenar óleos alimentares usados em recipientes próprios,
prevenindo eventuais derrames.
▪ Depositar os resíduos das instalações sanitárias (ex. pensos
higiénicos, lâminas, plásticos) em recipiente adequado.
Efluentes líquidos ▪ Não descarregar as águas de lavagem próximo ao rio, na rede de
▪ SEJE
águas pluviais.
▪ Provedor de
(Contaminação dos solos e ▪ Não lançar substâncias perigosas (ex. óleos, solventes e detergentes
serviços
água por águas residuais e concentrados) próximo ao rio, nas redes de águas residuais ou
▪ Beneficiário
produtos químicos.) pluviais.
▪ Não construir casa de banho (incluindo fossas sépticas/latrinas) a
menos de 200 m do rio.
▪ É proibido a lavagem de ferramentas, veículos e equipamentos
(incluindo motorizadas) nas margens dos rios e linhas de drenagem.
▪ Assegurar a utilização racional de equipamentos e veículos
(bicicletas, motorizadas e viaturas) por forma a evitar emissão de
poeiras, gases de combustão e consumos desnecessários com
impactos ao ambiente e a poupança económica, ou seja:
o conduzir com velocidade moderada.
o manter os pneus com a pressão adequada.
o optimizar o trajecto de deslocações para uma maior rentabilidade
Qualidade do ar
do trabalho, economia de tempo e redução de poluição.
▪ SEJE
o assegurar a manutenção regular e limpeza adequada dos
(Emissões atmosféricas de ▪ Provedor de
equipamentos e veículos a motor (ex. substituição de filtros) para
poeiras e gases poluentes serviços
que não gerem gases em demasia.
como resultado de diversas ▪ Beneficiário
▪ Manter correctamente fechados os recipientes com combustíveis e
actividades)
produtos de limpeza para evitar a libertação de compostos
poluentes.
▪ Sensibilizar aos colaboradores da importância da utilização racional
dos equipamentos, por forma a reduzir custos e emissões.
▪ Promover o plantio e presença de plantas e árvores, funcionam
como filtro natural de ar e ajudam a regular a temperatura
ambiente.
▪ Reduzir a produção de resíduos:
o Seleccionar produtos com menor quantidade de embalagem;
o Evitar produtos descartáveis, optando por produtos reutilizáveis.
o Preferir a utilização do sistema de eco-recargae/ ou produtos ▪ SEJE
concentrados. ▪ Provedor de
Gestão de resíduos sólidos
o Ir às compras com sacolas para não ter de trazer sacos plásticos. serviços
▪ Separar e acondicionar devidamente os resíduos indiferenciados em ▪ Beneficiário
sacos apropriados, para minimizar maus cheiros.
▪ Assegurar adequada gestão das pequenas quantidades de resíduos
perigosos que resultam da utilização de certos materiais e produtos
19 | P á g i n a
Descritor Medidas de Gestão
Responsável
(impacto e sua fonte) (mitigação/potenciação)
(ex. detergentes, agentes à base de lixívia, solventes orgânicos,
aerossóis, agentes de desentupimento, tintas, vernizes, agentes
desengordurantes).
▪ Reaproveitar papéis de fotocópias como rascunho, utilizando o
verso para fazer apontamentos/anotações.
▪ Sempre que possível, os resíduos sólidos biodegradáveis deverão
ser tratados localmente, transformando-os em composto orgânico.
Práticas de uso de composto orgânico deverão ser disseminadas nos
distritos seleccionados;
▪ Na ausência da opção acima, os resíduos orgânicos em volumes
equiparados a domésticos/escolares podem ser enterrados no
quintal.
▪ Maximize a reutilização de resíduos (reaproveitamento de garrafas
e embalagens, etc.).
▪ Sensibilizar/capacitar agentes (ex. clubes ambientais) para a
reutilização de resíduos sólidos (garrafas de água, etc.) nas escolas
e nas comunidades a partir de técnicas de reciclagem, reutilização e
reaproveitamento de materiais, sem comprometer a segurança do
Projecto.
▪ Maximização da reciclagem de resíduos, separando resíduos
recicláveis (plásticos, metal, vidro, papel) e identificar e doar a
pessoas que os precisam.
▪ Deposição de resíduos equiparados a resíduos sólidos urbanos em
contentores existentes no bairro/localidade, para esse fim, quando
disponíveis.
▪ É proibido a queima ou abandono de resíduos, incluindo deita-los
ao chão.
▪ Actividades com potencial de gerar ruídos (ex. operação de
equipamentos, serralharia, etc.) devem ser desenvolvidas em
período diurno (entre 08:00 e 17:00 Horas) e distante de receptores
sensíveis (escolas, hospitais, idosos, locais sagrados, etc.).
Excepcionalmente poderá se desenvolver algumas actividades
pouco ruidosas (ex. projecção de filme na localidade) até as
Ambiente sonoro
21:00horas, porém distante dos receptores sensíveis acima ▪ SEJE
indicados. ▪ Provedor de
(geração de ruído por
▪ Deve-se fazer a manutenção preventiva de equipamentos e veículos serviços
equipamentos e viaturas
para tornar mínimas as emissões de poluentes e ruídos. ▪ Beneficiário
ou actividades ruidosas)
▪ Sempre que possível deve-se optar por equipamentos com menor
poluição (ex. geradores silenciosos, preferir bicicleta que
motorizada).
▪ Sensibilizar os Colaboradores e potenciais beneficiários para a
adopção de boas práticas de forma a minimizar o ruído gerado em
diferentes actividades.
Solos e água ▪ Os produtos químicos (óleos, combustíveis, solventes, etc.) devem
estar acompanhados da respectiva Ficha de Informação de ▪ SEJE
(Contaminação dos solos e Segurança de Produto Químico (FISPQ - também conhecidos por ▪ Provedor de
água por produtos MSDS) e as pessoas que o manuseiam devem conhecer o seu serviços
químicos, seus resíduos e conteúdo para actuação adequada em caso de emergência 12. ▪ Beneficiário
águas residuais) Adicionalmente, deve-se:
12Fichade Informação de Segurança de Produto Químico (FISPQ - também conhecidos por MSDS) é um documento que
fornece informações detalhadas sobre o produto químico e acções de emergência a serem adoptadas em caso de acidente.
É um documento obrigatório que deve ser obtido no fornecedor do produto (geralmente disponível na internet) e o seu
20 | P á g i n a
Descritor Medidas de Gestão
Responsável
(impacto e sua fonte) (mitigação/potenciação)
▪ Assegurar a adequada gestão das pequenas quantidades de
resíduos perigosos, que resultam da utilização de certos materiais e
produtos (ex. detergentes amoniacais, agentes à base de lixívia,
solventes orgânicos, aerossóis, agentes de desentupimento, tintas,
vernizes, agentes desengordurantes).
▪ Não despejar produtos químicos e seus resíduos próximos de rios,
na rede de drenagem, nas águas superficiais ou no solo.
▪ Elaborar e implementar um plano de emergência adequado ao
contexto local para actuação em caso de derrame de substâncias
químicas (um modelo é sugerido no Anexo VIdeste Manual).
▪ Todos os produtos químicos devem estar identificados com a
etiqueta do fornecedor.
▪ Caso utilize uma embalagem para acondicionar um determinado
produto que não seja a original, deve identificar a embalagem por
forma a indicar o produto existente e os perigos associados.
▪ Não deixar os recipientes abertos quando não estão em utilização.
▪ Utilizar os produtos químicos, sempre que possível, em locais bem
ventilados, longe de fontes de ignição e de calor.
▪ Quando manusear óleos, utilizar bacia de retenção para prevenir
derrames.
▪ Não misturar óleos ou solventes usados com características
diferentes.
▪ As actividades e equipamentos associados a produtos químicos (ex.
armazenamento ou manutenção de geradores, motorizadas)
deverá ser feita a pelo menos 200 m de qualquer rio/curso de água.
▪ Os produtos químicos devem ser armazenados distante de cursos
de água, em locais cobertos, pavimentados e com acesso vedado
(fechado) a estranhos e crianças.
▪ É proibido a descarga de óleos ou outras substâncias perigosas para
os rios, solo ou linhas de drenagem.
Sempre que possível:
▪ Imprima apenas quando for estritamente necessário. Trabalhar em
suporte informático, evitando imprimir.
▪ Fazer as correcções aos seus textos directamente no
computador/telemóvel, pré-visualize os documentos antes de
imprimir, assim pode verificar a formatação e correcção, evitando
impressões excessivas.
▪ Imprimir e fotocopiar em frente e verso.
▪ Imprimir a preto e branco. ▪ SEJE
Consumo de tinteiros, ▪ Activar o modo de poupança de toner ao imprimir. ▪ Provedor de
toner, papel ▪ Promover a utilização de toner e tinteiros reciclados. Ao invés de serviços
toners/tinteirosreenchidos, tenha preferência por toners re- ▪ Beneficiário
manufacturados (tem qualidade similar aos originais).
▪ Reuse a face não usada de papeis para anotações, pode também
criar um bloco de notas;
▪ Aderir a arquivos e correspondência electrónica para reduzir a
quantidade de papel por gerir.
Quando assumidas como cultura empresarial, além de proteger ao
meio ambiente, as medidas acima ajudam a minimizar custos
operacionais.
conteúdo deve ser conhecido por quem utiliza, movimenta ou transporta o produto.
21 | P á g i n a
Descritor Medidas de Gestão
Responsável
(impacto e sua fonte) (mitigação/potenciação)
▪ Deve-se evitar o influxo de trabalhadores como primeira e principal
estratégia de prevenção de riscos sociais.
▪ Assegurar que todos os trabalhadores assinem um código de
conduta que proíba formalmente a VBG VCC (incluindo Violência
Influxo de mão-de-obra Sexual Baseada no Género (VSBG), Exploração e Abuso Sexual (EAS),
podendo levar a Violência Assédio Sexual (AS), Uniões Prematuras, trabalho infantil, etc.) e
baseada no Género (VBG), inclua sanções caso estes actos sejam cometidos.
Exploração e Abuso Sexual ▪ Um código de conduta individual deve ser assinado por todos
(EAS), Assédio Sexual (AS) ▪ SEJE
colaboradores e anexado ao processo/contracto.
elevando ao aumento ▪ ▪ Provedor de
Garantir que toda a vítima de VBG E VCC possa apresentar uma
da criminalidade, serviços
queixa e receber assistência especializada.
▪ Beneficiário
consumoexcessivo de ▪ Sensibilizar os trabalhadores do projecto sobre VBG/EAS e sobre
álcool, drogas e outros código de conduta.
comportamentos ▪ Realizar encontros com as autoridades locais, com o objectivo de
desviantes sensibiliza-las sobre a necessidade de ter atenção as possíveis
mudanças na situação de segurança pública influenciada pelo
Projecto
▪ Garantir que toda a vítima destes comportamentos possa
apresentar uma queixa.
▪ Devem ser promovidos treinamentos sobre saúde ocupacional,
saúde sexual e reprodutiva, violência baseada no género, abuso
sexual, habilidades da vida, ergonomia, COVID-19, ITS (incluindo
HIV/SIDA), malária, entre outros temas relevantes aos alunos (das
escolas beneficiárias) e trabalhadores (das empresas beneficiárias
de subvenção pelo Projecto).
▪ Os trabalhadores e estudantes devem ter acesso à água potável e
sanitários higienizados (principalmente no sanitário feminino).
▪ Se algum estudante/trabalhador ficar doente, com sintomas de
doenças transmissíveis (diarreia, vómitos, febres, constipação,
Saúde e higiene pessoal e
gripe, etc.), deve ser encorajado de forma proactiva (sem estigma)
colectiva
a procurar assistência médica e, se for prudente, recomendado a ▪ SEJE
permanecer em casa (ex. se o sintoma for agudo, recorrente ou se ▪ Provedor de
(COVID-19, ITS´s HIV/SIDA,
estiver associado a alguma epidemia activa na região). Ver serviços
malária, e outras doenças
recomendações relativas a COVID (epidemia global activa durante a ▪ Beneficiário
prevalecentes ou
redacção deste Manual) em capítulo específico abaixo.
epidémicas)
▪ Encoraja-se que as escolas criem postos de primeiros socorros ou
formem socorristas (professoras de biologia e educação física) para
dar assistência aos alunos e alunas.
▪ Em caso de ferimentos ligeiros, pode se prestar apoio (primeiros
socorros) localmente, sempre que as condições estiverem
estabelecidas. Se não existirem condições, ou se o ferimento for
grave, deve se encaminhar o paciente à unidade sanitária ou ao
Agente Polivalente Elementar seguindo o protocolo de atendimento
a vítimas (o protocolo deve ser criado para o contexto local,
podendo se adaptar o que consta no Anexo VI).
Saúde e Segurança ▪ Indução e consciencialização de todos os trabalhadores sobre os
Ocupacional e da riscos potenciais a saúde e segurança associados às actividades.
▪ SEJE
Comunidade ▪ Devem ser adoptadas medidas de prevenção e resposta a acidentes
▪ Provedor de
adequados as condições locais, prevenindo e minimizando os
serviços
(riscos de acidentes efeitos adversos para as pessoas, instalações e ambiente (alguns
▪ Beneficiário
rodoviários ou modelos são sugeridos no Anexo VI deste Manual, devendo se
ocupacionais) especificar as pessoas e contactos de emergência).
22 | P á g i n a
Descritor Medidas de Gestão
Responsável
(impacto e sua fonte) (mitigação/potenciação)
▪ Sensibilizar e fornecer formação aos colaboradores para as práticas
de actuação em caso de acidentes e emergências.
▪ Garantir que os condutores dos veículos (incluindo os beneficiários
de bicicletas bem como motorizadas e viaturas associados aos
beneficiários de subvenções) estão devidamente habilitados e aptos
para a condução, e que cumprem os limites de velocidade, tendo
especial cuidado próximo a infraestruturas sociais (escolas, postos
de saúde e mercados) e áreas residenciais com alta densidade
populacional.
▪ Manter o local de trabalho limpo, arrumado e com acessos
desimpedidos.
▪ Evitar armazenar substâncias inflamáveis (ex. botijas de gás, tintas,
óleos, combustíveis, etc.) ou garantir a disponibilidade de
equipamento de combate a incêndio (adequado e operacional) e de
trabalhadores treinados para a sua utilização.
▪ Substâncias inflamáveis devem ser mantidas em local protegido do
calor e de qualquer fonte de ignição, em áreas de acesso restrito e
com sinaléticas de proibição de fumar.
▪ Assegurar que áreas em obra ou com algum outro risco ocupacional,
estão vedadas à entrada de pessoas não autorizadas.
▪ Cumprir com normas de higiene, saúde e segurança no trabalho,
aplicáveis a actividade dos trabalhadores e providenciar
Equipamentos de Protecção Individual (EPI) e Colectivos (EPC)
relevantes.
▪ Devem ser proibidas as actividades que ponham em risco a saúde e
segurança do trabalhador.
▪ Implementação de código de conduta (proibição de uso ou consumo
de álcool, drogas ou outras substâncias, acções ilegais,
comportamento irresponsável e falta de cuidado).
▪ Observância da carga horaria máxima consentida pela lei.
▪ O Projecto e pessoas envolvidas devem pautar por transparência na
interacção com o grupo alvo e com elas mesmas, evitando tirar
benefícios próprios ou cobrar aos candidatos. Os funcionários e
dirigentes devem assinar um código de ética (vide Capítulo 9) e um
Risco de obtenção de código de conduta contra violência baseada no género (vide
número reduzido de Capítulo 10).
candidatos qualificadas ▪ O Projecto deverá dispor e colocar em prática uma eficiente
Estratégia de Comunicação, por forma a divulgar o projecto às
▪ SEJE
Risco de criação de comunidades e grupos alvo conforme discutido no Capítulo 13. A
▪ Provedor de
expectativas elevadas em comunicação deve divulgar as oportunidades, duração, critérios de
serviços
relação ao Projecto selecção, elegibilidade, etc.
▪ Beneficiário
▪ O Projecto deverá dispor de um eficiente Mecanismo de Gestão de
Risco de frustração de Reclamações, acessível ao grupo alvo e que providencia soluções e
expectativas da respostas em tempo eficaz, vide Capítulo 14.
comunidade /beneficiários ▪ As lideranças do bairro/localidade deverão ser informadas sobre as
formas de contacto com o Mecanismo de Gestão de Reclamações e
servirem de interface entre o projecto e a comunidade.
▪ Os contactos do MGR e as fichas de registo de queixas devem estar
acessíveis à comunidade e grupo alvo.
▪ Sempre que possível, o Proponente e os beneficiários das ▪ SEJE
Melhoria da economia subvenções devem priorizar a aquisição de serviços, equipamentos ▪ Provedor de
local e redução da pobreza e produtos no comércio local do subprojecto ou em empresas da serviços
região de influência do Projecto. ▪ Beneficiário
23 | P á g i n a
Descritor Medidas de Gestão
Responsável
(impacto e sua fonte) (mitigação/potenciação)
▪ Deverão ser seleccionados e apoiados pequenos negócios
inovadores com impacto local e que criem cadeia de valor de
influência local e regional, por forma a diversificar as fontes de
renda das camadas populacionais mais pobres (ex. empresa de
processamento de fruta que adquire a fruta localmente e vende a
produção nos grandes centros urbanos).
▪ Deve se procurar sinergias e capacitar as comunidades locais
(pessoas e empresas não elegíveis ao Projecto) para torná-los
fornecedores de bens e serviços ao Projecto ou Beneficiários
▪ Deverá se incentivar as empresas beneficiárias a se aliarem a
empresas mais robustas para partilha de riscos e benefícios
(integração/estabelecimento de cadeias de valor, etc.)
▪ Formação e treinamento contínuo dos candidatos em áreas de
▪ SEJE
Melhoria da capacidade interesse do Projecto.
▪ Provedor de
técnica dos candidatos ▪ Deve-se sensibilizar a comunidade sobre a importância da inclusão
serviços
da mulher nos programas de formação e de apoio ao auto-emprego.
▪ O Projecto deverá prever cotas para grupos desfavorecidos em
oportunidades de formação/emprego (raparigas, jovens com
deficiência, vítimas de abusos sexuais, jovens órfãos, jovens que
cuidam de idosos/doentes crónicos e outros grupos vulneráveis e
carenciados).
▪ Deve haver uma mobilização profunda dos líderes comunitários,
líderes religiosos, pessoas influentes na comunidade para ▪ SEJE
Oportunidade de inclusão
identificarem este grupo de pessoas. ▪ Provedor de
social
▪ Direcção provincial e serviços distritais do género, criança e acção serviços
social devem ser envolvidos na identificação de candidatos.
▪ O Projecto deverá ocupar os jovens com actividades educativas e
culturais (desporto, dança, desfile de moda, empreendedorismo,
etc. por forma a proporcionar foco e orientação vocacional para as
raparigas e adolescentes, prevenindo assim comportamentos
desviantes associados a droga, prostituição e uniões prematuras.
▪ Através da estratégia de comunicação, deve se sensibilizar às
lideranças locais, lideranças religiosas, encarregados de educação e
a comunidade em geral sobre a importância:
o do aproveitamento do dividendo demográfico para a economia
local a curto, médio e longo prazo.
o dos materiais/equipamentos fornecidos na escola (ex. bicicletas)
Risco de conflito entre os
ou nas subvenções para o alcance dos objectivos do Projecto.
beneficiários e a
o do envolvimento da comunidade na monitoria do uso dos bens
comunidade
para os quais foram estabelecidos e denúncia dos desvios de ▪ SEJE
(ex. violação das raparigas
aplicação pelos beneficiários ou seus encarregados. ▪ Provedor de
empoderadas, toma dos
o da protecção dos beneficiários pela comunidade. serviços
benefícios pelos pais,
▪ Tanto os beneficiários, como as comunidades locais, deverão ser
desvios dos bens para
alvo de acções de sensibilização, no sentido de fomentar um bom
outros fins, etc.)
relacionamento, evitando assim a ocorrência de conflitos.
▪ Deverá se instruir aos beneficiários sobre os seus direitos e
protecções ao seu favor e incentiva-los a denunciar qualquer
violação aos seus direitos (quer em nível de violência baseada no
género e criança como de saque dos bens/benefícios obtidos do
Projecto).
▪ SEJE
Abrandamento da taxa de ▪ A Estratégia de Comunicação deve considerar a possibilidade de
▪ Provedor de
fecundidade divulgação nos Médias (rádios, TV, jornal) e outros meios de
serviços
24 | P á g i n a
Descritor Medidas de Gestão
Responsável
(impacto e sua fonte) (mitigação/potenciação)
comunicação, incluindo redes sociais, mensagens de educação
sobre:
o saúde sexual e reprodutiva;
o violência baseada no género e criança, incluindo exploração e
abuso sexual;
o Uniõesprematuras;
o gravidez precoce.
▪ A comunidade deve ser sensibilizada sobre os riscos e impactos das
uniões prematuras, gravidez precoce e violência baseada no género,
para a saúde física e mental dos jovens bem como para a economia
doméstica, comunitário e nacional.
▪ Deve se elaborar um plano de engajamento dos líderes locais,
religiosos e outras pessoas envolvidas nos ritos de iniciação para
que se transformem em agentes de apoio ao Projecto na
sensibilização contra as actividades que concorrem para
uniõesprematuras e gravidezes precoces.
▪ Os beneficiários dos subprojectos devem assinar o código de
conduta que enfatizaquestõessobre o trabalho infantil para que não
sejam envolvidos menores em quaisquer actividades no projecto
beneficiário.
▪ Deverão ser tomadas em conta as medidas previstas na Lei de
trabalho nº 23/2007, Artigo 23 (Trabalho de Menores) no caso de ▪ SEJE
Risco de aumento do contratação de mão de obra com idade compreendida entre os 15 ▪ Provedor de
trabalho infantil e 18 anos e interditar a contratação de menores de 15 anos. serviços
▪ Durante o processo de recrutamento deverá se verificar a idade das ▪ Beneficiário
pessoas contratadas e todos os documentos relevantes deverão
estar no processo individual com o contracto e código de conduta.
▪ Capacitar a comunidade por forma que estes não envolvam
menores em actividades prejudiciais à saúde física e mental ou que
impulsionam a desistência escolar.
25 | P á g i n a
Descritor Medidas de Gestão
Responsável
(impacto e sua fonte) (mitigação/potenciação)
▪ Devem ser atraídos outros projectos para desenvolver cadeias de valor
que mantêm a actividade económica e comercial activa no distrito, por
forma a assegurar sustentabilidade financeira dos beneficiários.
26 | P á g i n a
Descritor Medidas de Gestão
Responsável
(impacto e sua fonte) (mitigação/potenciação)
dividendo demográfico pelo Projecto possam continuar após o financiamento, ou seja, deve se
após o término do garantir apropriação e transmissão de conhecimento e a
financiamento replicabilidade/continuidade do Projecto.
9. Código de Ética
Para os funcionários do SEJE e parceiros de implementação do Projecto, incluindo os seus parentes
(parceiro (a)efilhos):
• Os funcionários dos provedores de serviços, do corpo directivo das instituições que fazem
parte doCIDD, todos os funcionários do SEJE, e os pontos focais do Projecto não podem ser
beneficiários nem pertencer a nenhum grupo candidato.
• Está a estes vedada a prestação de serviços de consultoria e de fornecimento de bens aos
candidatos no âmbito da abordagem do Projecto.
Para os beneficiários:
Os projectos têm que necessariamente ser implementados e beneficiar entidades que residam nas
províncias e distritos seleccionados. Os fundos e bens adquiridos devem ser utilizados para
desenvolver actividades para as quais foram concebidas. Caso se registem desvios do subprojecto, a
SEJE vê-se no direito de suspender ou cancelar o termo de compromisso e exigir a restituição dos
recursos transferidos ou pagos.
Os candidatos devem estar disponíveis a fornecer todo o tipo de informações relacionadas com os
subprojectos aprovados.
Todo aquele que tenha a posse definitiva de qualquer material/equipamento fornecido aos
beneficiários e que não faça parte do grupo dos beneficiários, deverá ser confiscado o bem pelo
Projecto.
O Código de Conduta reparte-se em código para a Empresa (a ser assinado pelo representante legal),
para os Gestores (da empresa) e individual (paratrabalhadores e outras pessoas singulares). O código
27 | P á g i n a
aplica-se tanto ao SEJE, provedores, beneficiários e seus trabalhadores, devendo se estender a outros
intervenientes sempre que aplicável (ex. instituições parceiras, líderes locais e religiosos, etc.).
O código individual deve ser assinado individualmente e em duas cópias mantidas por ambas partes
(colaborador e patronato). A cópia do patronato deverá estar disponível para monitoria/auditoria no
local do Projecto/Subprojecto.
Pelos motivos acima, antes da entrega para assinatura deverá se explicar (ao assinante), o conteúdo e
implicações do código. Este tema deverá fazer parte dos treinamentos a serem ministrados pelo
Proponente, Provedor eBeneficiários aos seus colaboradores.
De modo a evitar esses impactos, relacionados ao influxo de trabalhadores, bem como maximizar os
impactos sociais positivos a nível local, o Projecto considera:
28 | P á g i n a
• Em geral, e em contexto de trabalho
o Uso obrigatório e correcto das máscaras. A indicação da obrigatoriedade deve estar
visível através de cartazes.
o Incentivar o uso da etiqueta da tosse - cobrir a boca e nariz com o cotovelo flexionado
ao tossir ou espirrar (medidas para reduzir a propagação de doenças respiratórias).
o Promover a lavagem frequente das mãos - fornecer um local para lavar as mãos nas
instalações (para trabalhadores e visitantes). Se o sabão e a água corrente não
estiverem imediatamente disponíveis, fornecer um desinfectante a base de álcool
(70% de álcool).
o Proibir o contacto físico, como apertos de mão, abraços e beijos. Promover formas de
cumprimentar as pessoas sem o contacto físico.
o Desencorajar o contacto dos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
o Desinfectar regularmente os objectos e superfícies frequentemente tocadas.
o Os colaboradores que estejam saudáveis, mas que tenham um membro da família em
casa infectado pela COVID-19, devem notificar o seu supervisor.
o Todos os trabalhadores devem utilizar a sua própria garrafa de água e evitar partilhar
objectos (celular, computadores pessoais, esferográficas, etc).
29 | P á g i n a
o Comunicar ao supervisor.
o Consultar um médico através das linhas telefónicas divulgadas pelo Ministério da
Saúde e seguir as recomendações.
o Permanecer em licença de trabalho autorizada, em casa e em quarentena, mesmo que
sinta que os sintomas sejam ligeiros.
o Monitorar a saúde, incluindo a realização de verificações de temperatura.
o Cumprir com todas as medidas preventivas e de controlo acima e abaixo descritas.
• Monitorização e relatórios:
o Devem ser realizadas pequenas palestras sobre a COVID-19, de modo a colher
percepções dos colaboradores, beneficiários sobre os sintomas da COVID-19,
mecanismos a serem usados em casos suspeitos, em caso de contacto com um caso
confirmado, etc.
o Contactos de emergência devem estar fixos em locais facilmente visíveis e de fácil
acesso.
o Deve se monitorizar a implementação das medidas acima referidas e o conhecimento
da equipa (ex. certificar que os trabalhadores conhecem os passos a seguir em caso de
possível contaminação).
30 | P á g i n a
• Organizar sessões de formação e sensibilização, com os actores estratégicos (Jovens nas
comunidades, alunos das escolas seleccionadas, líderes comunitários, líderes religiosos,
empresas, dentre outros actores).
• Explicar os objectivos, condições e actividades do Projecto.
• Apresentar os critérios de elegibilidade para financiamento/apoio para as subvenções e para
os materiais e equipamentos escolares.
• Comunicar os locais de acesso a formulários, de submissão de candidaturas em cada
província/distrito/localidade elegível e os canais de comunicação com o Projecto.
• Comunicar a possibilidade e critérios de apoio aos potenciais candidatos no preenchimento
de ficha de triagem ambiental e social, e elaboração de Plano de Negócio.
• Fornecer materiais de difusão aos parceiros, para sua divulgação: associações, ONGs,
prestadoras de serviço, etc.
• Explicar o funcionamento do Mecanismo de Gestão de Reclamações.
A SEJE prevê a criação de um Boletim Informativo trimestral para divulgação das actividades do
projecto: avanço, resultados, perspectivas, oportunidades futuras, histórias de sucesso, etc.O boletim
poderá ser divulgado em formato impresso a nível dos distritos do país, porém, poderá ter larga
abrangência urbana e rural se divulgado também electronicamente a uma extensa lista de
destinatários.
31 | P á g i n a
Estratégia de Comunicação
Envolver
Promover e assistir
Sensibilizar
Interessados e
Alertar prontos para ser
Interessados que beneficiado
não sabem o que
fazer
Desinteressados
Desconhecedores
As queixas podem assumir a forma de reclamações específicas sobre impactos, danos ou danos
considerados como causados pelo Projecto e sobre o acesso ao processo de participação das partes
interessadas no subprojecto. Este mecanismo de reclamações foi desenvolvido com os seguintes
objectivos:
• Acessibilidade:garantir que o mecanismo seja acessível àqueles que desejam enviar uma
queixa. Inclui a capacidade de enviar uma queixa verbalmente.
• Divulgação: divulgação e explicação do mecanismo e seus canais de comunicação a todas as
partes interessadas externas. Esta divulgação será implementada em um formato e língua
facilmente compreensíveis para a população local e / ou comunicada oralmente em áreas onde
os níveis de alfabetização são baixos.
• Transparência: esclarecer desde o início quem deve usar o mecanismo e garantir às partes
interessadas que não haverá custos nem retribuições associadas à apresentação de uma
queixa. As partes interessadas serão informadas de que a queixa pode ser enviada
anonimamente e que podem solicitar que sua identidade seja mantida em sigilo.
• Eficiência:comunicar publicamente e estabelecer um prazo dentro do qual todas as queixas
registadas serão respondidas e garantir que todos os tempos de resposta sejam cumpridos.
32 | P á g i n a
Isso ajudará a aliviar a frustração, informando as pessoas quando podem esperar ser
contactadas e / ou receber uma resposta às suas queixas.
• Justiça: garantir a possibilidade de recorrer no caso de não se concordar com a acção definida
para responder à queixa;
• Registos escritos:manter registos escritos de todas as queixas recebidas, numa base de dados,
para garantir a gestão eficiente da resolução.
O processo do Mecanismo de Reclamações irá funcionar como a seguir se sugere, nos seguintes níveis:
Nível 1 – Possível queixa é apresentada aos líderes locais, ao provedor de serviço do Projecto, ao
beneficiário da subvenção ou ao Ponto Focal de salvaguardas a nível distrital/posto administrativo
como primeiro nível de resolução. Estes deverão providenciar esclarecimentos ao reclamante sobre o
assunto em causa, com vista a resolver a queixa. A reclamação pode igualmente ser depositada por
escrito, no livro de reclamações ou na caixa de reclamações do Governo Distrital.
13Estediagrama é apenas um exemplo dentre vários mecanismos de gestão de reclamação que podem ser adoptados para
o projecto.
33 | P á g i n a
Nível 2 – Se após esclarecimento dado no Nível 1, a queixa não for resolvida, as questões podem ser
apresentadas a equipa de Salvaguardas da SEJE para definir devida solução. Este segundo nível pode
auxiliar na resolução local ou proporcionar um canal rápido para resolução atempada envolvendo as
autoridades distritais e provinciais relevantes.
O estabelecimento de linha telefónica verde (grátis) será de extrema relevância para apresentação de
reclamações pelo público alvo, principalmente jovens distantes das sedes distritais e de postos
administrativos(locais onde poderão existircaixas e livros de reclamações).
Nível 3 – Sempre que esta não possa ser resolvida pela equipa de salvaguardas, deverá ser transmitida
ao Gestor da UGP pela SEJE, que irá assegurar que as instituições relevantes se reúnam (equipa de
salvaguardas, prestadores de serviço, entre outros) por forma a resolver a queixa.
Caso haja necessidade de recurso à mediador independente, irá se assegurar que o reclamante tem
acesso ao mediador apropriado da sua escolha. Este poderá ser uma organização dedicada ao assunto
em causa (ex. ONG ou os vários centros de arbitragem, conciliação e mediação na localidade) ou uma
pessoa independente qualificada e experiente em arbitragem, conciliação e mediação.
Nível 4 – Caso não haja consenso entre as partes, a reclamação será transmitida para mediação por
um tribunal, preferencialmente do nível distrital.
Nível 5 – Caso a queixa não seja resolvida no nível anterior, a mesma será tramitada ao tribunal
provincial.
Na maioria das legislações sectoriais estão acauteladas provisões para recorrer e/ou apresentar
queixas aos níveis mais altos do governo, tais como Directores Nacionais e Ministros. Caso alguma
parte não esteja satisfeita, o lesado pode levar a queixa ao tribunal onde será tratada conforme a
legislação moçambicana, recomenda-se que seja um tribunal distrital/provincial.
Propõe-se que o Projecto/equipa de salvaguardas tenha disponível uma linha verde de nível central e
outras de nível distrital para garantir que as reclamações (anónimas ou não) sejam submetidas e
assegurar que todas as queixas sejam resolvidas ainda no Nível 1 e 2, evitando processos complexos
de resolução de queixas nas fases subsequentes.
O Mecanismo de Reclamações deve ser implementado desde o início dos subprojectos. Será
necessário criar essa capacidade para capturar e antecipar activamente as reclamações/queixas.
Finalmente, as comunidades e indivíduos afectados pelo subprojecto podem enviar reclamações para
revisão rápida ao Serviço de Gestão de Reclamações do Banco Mundial (SGR). Para obter informações
visite http://www.worldbank.org/en/projects-operations/products-and-services/grievance-redress-
service
34 | P á g i n a
Os afectados podem também enviar reclamações ao Painel de Inspecção independente do Banco
Mundial, que determina se um dano ocorreu como resultado da não-conformidade com suas políticas
e procedimentos - para mais informação visite www.inspectionpanel.org.
Esta lista de procedimentos não pretende ser exaustiva nem precisa. Como parte do sistema de gestão
de riscos, durante a execução do Projecto,a SEJE ou seus parceiros (Provedores e Beneficiários)
poderão reavaliar as potenciais situações de risco inerentes às actividades e especificar melhor os
responsáveis e acções. Caso sejam identificados outros cenários de emergência razoavelmente
previsíveis, deverá se desenvolver e implementar procedimento de resposta adicional.
A identificação do não cumprimento das medidas de gestão constantes deste Manual deverá ser
registada e os responsáveis notificados sobre os problemas/fraco desempenho em causa, as acções a
tomar e um prazo de implementação de acções correctivas.
35 | P á g i n a
Verificar o local de acondicionamento de substâncias perigosas, tais como tintas,
vernizes, recipientes de Sprays/aerossóis, (resguardados de intempéries) e de
acesso restrito.
Evidenciar a realização de treinamentos e sensibilizações sobre o consumo
consciente dos recursos (água, papel, energia, etc).
Evidenciar a existência e uso de Ficha de Informação de Segurança de Produto
Químico (FISPQ - também conhecidos por MSDS) se aplicável.
Evidencia de existência de uma Estratégia de Comunicação documentada e de
Risco de obtenção de
divulgação das oportunidades (ex. spots publicitários).
número reduzido de
Evidencia de interacção com outros sectores (Ciência e tecnologia, indústria e
candidatos qualificadas
Comércio, etc.) para identificação de candidatos qualificados.
Evidência da participação massiva das mulheres e verificar se foram usadas cotas
que integram grupos desfavorecidos em oportunidades de formação/emprego
(raparigas, jovens com deficiência, vítimas de abusos sexuais, jovens órfãos, jovens
que cuidam de idosos/doentes crónicos e outros grupos vulneráveis e
Oportunidade de inclusão carenciados).
social Evidência da mobilização profunda dos líderes comunitários, líderes religiosos,
pessoas influentes na comunidade para a identificação de grupos vulneráveis e
assistência ao Projecto.
Evidenciar a realização de actividades educativas e culturais nas escolas.
Evidências da divulgação às lideranças locais e população em geral sobre o
objectivo, duração e actividades do projecto, bem como potenciais e riscos
inerentes, bem como medidas de gestão a implementar (ex. acta de reunião ou
cópia de documento informativo disponibilizado).
Evidência da realização de sensibilização e treinamentos aos jovens e raparigas
sobre VBG, SSR, uniões prematuras, gravidez precoce, VCC, Violência Sexual
Baseada no Género (VSBG), Exploração e Abuso Sexual (EAS), Assédio Sexual (AS),
trabalho infantil, competências para a vida e verificação dos conteúdos das
formações.
Evidências do fornecimento de materiais e equipamentos aos alunos beneficiários
(bicicletas, uniformes escolares, etc).
Meio Social Evidencia de canais de recepção de reclamações - linhas telefónicas, caixas e livros
de reclamações, da definição de interlocutores para receber e encaminhar
eventuais queixas, etc.
Verificar a existência de contractos de trabalho estabelecidos com membros e/ou
empresas locais (incluindo mulheres).
Evidencias de que os beneficiários das subvenções não apoiam praticas de trabalho
infantil de forma directa ou indirecta e que não contribuem para o abandono
escolar.
Verificar a equidade de género no processo de contratação.
Evidência de que na indução, os trabalhadores são sensibilizados quanto a normas
de conduta a adoptar, que incluem o respeito pela população local e que excluem
situações de violência (incluindo violência sexual para com mulheres).
Risco de comportamentos Evidencia de Mecanismo de Gestão de Reclamações instituído, divulgado e em uso.
desviantes na equipe e de Acompanhamento da matriz de registo de reclamações.
frustração de expectativas da Evidência de códigos de ética e códigos de conduta assinados pelos colaboradores.
comunidade
Evidência de que as substâncias inflamáveis são mantidas em local protegido do
calor ou de qualquer fonte de ignição.
Saúde e Segurança Evidências de treinamentos sobre saúde, segurança e ambiente para os
Ocupacional e da colaboradores e beneficiários de subvenções do projecto.
Comunidade Evidência do fornecimento de EPI e cumprimento de normas sobre HST para tipos
de trabalhos que apresentam riscos de acidentes de trabalho elevados (Próximo a
obras, trabalhos a altura, em ambientes confinados, entre outros).
36 | P á g i n a
Evidência da formação dos beneficiários das bicicletas sobre habilidades de
condução.
Verificar os conteúdos das sessões de sensibilização;
O Manual de Boas Práticas de Gestão Ambiental e Social foi elaborado para responder as medidas de
mitigação dos riscos e impactos sociais e ambientais. Sendo que os aspectos a serem considerados
são:
A SEJE deverá, igualmente, auditara conformidade das actividades dos subprojectos dos beneficiários
das subvenções, para assegurar o cumprimento deste Manual, ao nível dos beneficiários.
37 | P á g i n a
18. Bibliografia
Arnaldo, C., & Hansine, R. (2017). Conferência ‘Desafios da investigação social e económica em tempos
de crise’. Maputo.
Forúm da Sociedade Civil para os Direitos da Criança. (2015). Protecção da Criança contra o Trabalho
Infantil.
GdM. (2017). Plano de Acção Nacional para o Combate às Piores Formas do Trabalho Infantil Em
Moçambique (2017-2022).
GdM. (2017). Plano Estratégico Provincial de Prevenção e Combate à Violência Baseada no Género de
Inhambane.
GdM. (2018). Plano nacional de prevenção e combate à violencia baseada no género (2018-2021).
Maputo.
Ministério da Saúde. (2018). Plano estratégico de acção - Prevenção e controlo das infecções de
transmissão sexual (2018-2021).
Ministério da Saúde. (2019). Relatório Semestral das Actividades Relacionadas ao HIV/SIDA - 2019.
Ministério do Género, Criança e da Ação Social. (2017). Projeto de Proteção Social para Moçambique.
Ministério do trabalho, emprego e segurança social; UEM. (2016). Estudo qualitativo sobre o fenómeno
do trabalho infantil e o seu impacto em Moçambique (2014-2016).
MITESS, UEM. (2016). Estudo qualitativo Sobre o fenómeno do trabalho infantil e o seu impacto em
Moçambique.
Montes, J. e. (2020). How much will poverty rise in Sub-Saharan Africa in 2020? Poverty & Equity Notes.
OMS. (2010). Prevenção da violência sexual e da violência pelo parceiro íntimo contra a mulher: Ação
e produção de evidência.
38 | P á g i n a
ONU. (2000). Declaração Universal dos Direitos Humanos.
WHO. (24 de Julho de 2020). Country & Technical Guidance - Coronavirus disease (COVID-19). Obtido
de https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019/technical-guidance-
publications
World Health Organization. (2020). Cleaning and disinfection of environmental surfaces in the context
of COVID-19.
39 | P á g i n a
ANEXOS
40 | P á g i n a
ANEXO I – Províncias e Distritos Seleccionados
para a Implementação de Actividades Específicas
do Projecto
41
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
Nº Província Distrito
1 Manica Barue
2 Manica Cidade de Chimoio
3 Manica Gondola
4 Manica Macate
5 Manica Machaze
6 Manica Macossa
7 Manica Manica
8 Manica Mossurize
9 Manica Tambara
10 Manica Vanduzi
11 Maputo Cidade/Província Municipal KaMaxakeni (DU 3)
12 Maputo Cidade/Província Manhiça
13 Maputo Cidade/Província Cidade Da Matola
14 Maputo Cidade/Província Matutuíne
15 Nampula Cidade de Nampula
16 Nampula Larde
17 Nampula Liupo
18 Nampula Memba
19 Nampula Mogincual
20 Nampula Moma
21 Nampula Monapo
22 Nampula Murrupula
23 Nampula Namapa – Eráti
24 Nampula Ribaué
25 Nampula Rapale
26 Sofala Búzi
27 Sofala Caia
28 Sofala Cheringoma
29 Sofala Chibabava
30 Sofala Cidade da Beira
31 Sofala Maríngue
32 Sofala Marromeu
42
33 Sofala Nhamatanda
34 Zambézia Cidade de Quelimane
35 Zambézia Gurue
36 Zambézia Ile
37 Zambézia Inhassungue
38 Zambézia Maganja da Costa
39 Zambézia Milange
40 Zambézia Mocubela
41 Zambézia Molumbo
42 Zambézia Mopeia
43 Zambézia Mulevala
44 Zambézia Nicoadala
45 Cabo Delgado Pemba
43
ANEXO II – Formulário de Triagem Ambiental e
Social
44
PROJECTO PARA APROVEITAR O DIVIDENDO DEMOGRÁFICO:
MOÇAMBIQUE – DESENVOLVIMENTO E EMPODERAMENTO PARA JOVENS
1. INFORMAÇÃO GERAL
1.1. Dados do proponente do subprojecto
Pessoa responsável: Sexo:(M) ___ (F) ___
Endereço:
Contacto:
2.3. Especifique
a) Novo ( ) b) Reabilitação ( ) c) Expansão ( )
2.4. Localização da actividade
a) Província: b) Distrito:
c) Cidade: d) Bairro:
e) Coordenadas Geográficas
d) Outro (Especifique)
3. DESCRIÇÃO DA ACTIVIDADE:
3.1. Infra-estruturas da actividade, suas dimensões e capacidade (5 Máximo linhas)
45
3.3. Tipo, origem e quantidade da mão-de-obra:
f) Outro (especifique)
d) Outro (especificar)
c) Outros (Especifique)
4.5. Uso do solo de acordo com o plano de estrutura ou outra política vigente
46
a) Machamba ( ) b) Habitacional ( ) c) Industrial ( ) d)
Protecção ( )
e) Outros (Especifique)
4.8. Possui algum tipo de código / plano / programa para salvaguardar aspectos ambientais,
sociais de saúde e segurança ocupacional ou comunitária?
a) Sim ( )(Especificar)
b) Não ( )
47
Escala do
Impacto
Perguntas de Triagem Sim Não Mais Detalhes
Esperado
A M B
Uma área com erosão em grande escala
do solo visível
O local/projecto requer algumas das opções
c.
abaixo? Se sim, indique qual.
Recuperação de terras, zonas húmidas
Limpeza de floresta
Abate de árvores
Existem plantas (espécies endémicas ou
d.
ameaçadas) com interesse de conservação?
Existem animais (espécies endémicas ou
e. ameaçadas) com interesse de conservação
dentro do local do projecto?
B Potenciais Impactos Ambientais. Indique se a actividade/subprojecto vai causar alguma das seguintes opções:
Distúrbios de terra ou limpeza do local?
Incluindo a eliminação de inclinações do
relevo.
Efeitos negativos sobre espécies de flora
ou fauna raras (vulneráveis), ameaçadas
ou em perigo, ou sobre seu habitat?
Efeitos negativos sobre pântanos
designados?
Alastramento de plantas ou animais
invasores?
Efeitos negativos sobre o habitat da fauna
bravia, população, corredores ou
movimento?
Envolve a limpeza de terra em inclinações
acima de 45 graus?
É provável que elimine espécies de
plantas indígenas de importância
ecológica, através da introdução de
espécies novas/estrangeiras na área?
Destruição de árvores e vegetação?
Impacto na migração e navegação de
peixes?
Legenda: A = Alto, M = Médio e B = Baixo
48
ANEXO III – Lista (Negativa) de Actividades não
Elegíveis para Financiamento
49
PROJECTO PARA APROVEITAR O DIVIDENDO DEMOGRÁFICO:
MOÇAMBIQUE – DESENVOLVIMENTO E EMPODERAMENTO PARA JOVENS
• Nenhuma actividade que, potencialmente, pode ter impactos ambientais adversos significativos que
são sensíveis, diversos, sem precedentes ou que correspondem a um projecto de Categoria A do
Banco Mundial.
• Nenhuma actividade que pode ter um impacto ambiental irreversível ou significativo, ou que
corresponde a um projecto de Categoria B do Banco Mundial.
• Nenhuma actividade que acciona uma das políticas de salvaguarda do Banco Mundial: OP/BP 4.01
Avaliação Ambiental, OP/BP 4.04 Habitats Naturais, OP/BP 4.36 Florestas, OP 4.09 Gestão de Pragas,
OP/BP 4.11 Recursos Físico-Culturais.
• Nenhuma actividade que recai sobre as Categorias A+, A ou B, de acordo com o Decreto 54/2015
(Regulamento do Processo de Avaliação do Impacto Ambiental) ou assim determinada pela
Autoridade Ambiental.
51
Saneamento nas • Sistemas de esgoto.
Zonas Rurais e • Instalações para a eliminação de resíduos de esgoto.
Urbanas • Barragens e albufeiras (escala média e larga).
Eliminação de Lixo • Instalações de eliminação de lixo para a incineração, tratamento químico ou
aterros de resíduos tóxicos, perigosos e nocivos.
• Instalações para a eliminação de resíduos industriais.
Desenvolvimento • Construção de habitação e estabelecimentos comerciais.
Urbano
SERVIÇOS E INFRAESTRUTURA ECONÓMICA
Transporte • Actualização/reabilitação de vias de acesso ou rurais.
Energia • Produção e comercialização de biomassa (carvão e lenha).
SECTOR DE PRODUÇÃO
Agricultura • Introdução ampla de novas práticas de gestão (ex.: mecanização, policultura).
• Limpeza/conversão de terra para agricultura.
• Recuperação de terra.
• Introdução ampla de novas culturas.
• Programas de controlo de pragas (larga escala).
• Ampla introdução de fertilizantes.
• Gestão e reabilitação de bacia hidrográfica
Irrigação • Reabilitação de bacia hidrográfica.
• Projectos de irrigação com recurso a água superficial que cobre
entre 100 a 500 hectares.
• Projectos de irrigação com recurso a água subterrânea que cobre entre 200 a
1000 hectares.
Florestas • Agro-florestal.
• Plantação de reflorestamento.
Pecuária • Criação intensiva de gado (>50 cabeças), porco (>100 cabeças), ou aves (>500
cabeças).
• Criação aberta e de larga escala de gado, cavalos, ovelhas, etc.
Pescas e • Aquacultura intensiva e mecanizada.
Aquacultura • Aquacultura extensiva (excedendo 10ha, ou que afecta mangais).
• Pesca artesanal (barcos a motor).
• Introdução de novas espécies.
• Introdução de novas tecnologias de colheita
Extracção e • Extracção de agregados minerais, tais como mármore, terra, brita, xisto, sal,
Processamento fosfato e potassa.
de Minérios • Extracção de minerais não-metálicos ou de produção de energia
Indústria • Agro-indústrias, incluindo o fabrico de óleos e gorduras vegetais ou animais,
fabrico, empacotamento e conserva de produtos animais, pesqueiros e vegetais.
• Fabrico de produtos madeireiros, pasta, papel e quadro.
• Empresas de curtume e cobertura de couro.
• Produção de químicos, incluindo pesticidas.
• Indústrias que usam materiais perigosos.
Turismo • Construção ou expansão de acomodação.
• Construção de comodidades, tais como sistemas de tubos e cabos, eléctricos,
de esgoto e de distribuição de água.
• Facilidades tais como uso de praia, complexos de entretenimento.
• Turismo ecológico ou cultural (depende dos ecossistemas que merecem ser
conservados, flora e fauna; ou população local com particular identidade
52
cultural).
Reassentamento Todos os outros sistemas de reassentamento
53
54
55
56
ANEXO IV – Códigos de Conduta para VBG e VCC
57
Código de Conduta para VBG e VCC
1. Contexto
O propósito deste Código de Conduta para evitar a Violência Baseada no Género (VBG) e Violência Contra
Crianças (VCC) (incluindo Violência Sexual Baseada no Género (VSBG), Exploração e Abuso Sexual (EAS), Assédio
Sexual (AS), Uniões Prematuras, trabalho infantil, etc.),é de introduzir um conjunto de definições-chave, a parte
central do Código de Conduta e directrizes que estabelecem mecanismos para prevenir, reportar e resolver VBG
e VCC na área do projecto e nas comunidades circunvizinhas. A aplicação do código de VBG e VCC irá ajudar a
prevenir e/ ou mitigar os riscos de VBG e VCC no projecto.
O respeito mútuo e o tratamento justo entre os trabalhadores do projecto e as comunidades locais é essencial
para um local de trabalho e operação segura, respeitoso e produtivo. A VBGe VCC pode ser uma das mais sérias
violações de respeito e tratamento justo que pode ofender as comunidades locais e, significativamente destruir
a confiança e cooperação entre as partes.
Esses códigos devem ser adoptados por aqueles que trabalhamdirecta ou indirectamente ou sejam
beneficiáriosdo projecto e são destinados a: (i) criar uma consciência comum sobre VBG e VCC; (ii) garantir um
entendimento compartilhado de que eles não têm lugar no projecto; e, (iii) criar um sistema claro para
identificar, responder e sancionar incidentes de VBG e VCC.
Esta não é uma lista exaustiva ou exclusiva e certas definições que são apresentadas não são as únicas, sendo
elas usadas para efeitos deste Manual. O princípio é que as empresas, os funcionários e representantes devem
evitar acções ou comportamentos que possam ser prejudiciais ou associadas aViolência Baseada no Género
(VBG) e Violência Contra Crianças (VCC) (incluindo Violência Sexual Baseada no Género (VSBG), Exploração e
Abuso Sexual (EAS), Assédio Sexual (AS), Uniões Prematuras, trabalho infantil, etc.).
2. Definições
Para o presente manual, aplicam-se as seguintes definições:
• Violência:uso intencional da força física ou do poder, sob forma de ameaça ou real, contra si mesmo, contra
outra pessoa ou contra um grupo ou comunidade, que resulta ou tem grande probabilidade de resultar em
lesão, morte, dano psíquico, alterações no desenvolvimento ou privações.
• Violência baseada no género (VBG): qualquer acto prejudicial que seja perpetrado contra a vontade de
uma pessoa e que se baseia em diferenças socialmente atribuídas (ou seja, género) entre homens e
mulheres. Inclui actos que infligem danos ou sofrimento físico, violência sexual ou mental, ameaças de tais
actos, coacções e outras privações de liberdade. Esses actos podem ocorrer em público ou em privado.
• Violência Sexual:é o uso da força física, ameaça ou coerção emocional para ter/manter relação sexual sem
o consentimento de outrem.
58
• Violência contra crianças (VCC):abusos que causem danos físicos, sexuais, psicológicos ou negligência de
crianças menores (ou seja, menores de 18 anos), incluindo o uso com fins lucrativos, trabalho infantil,
gratificação sexual ou alguma outra vantagem pessoal, ou financeira, que pode resultar em prejuízo ao
crescimento, desenvolvimento e maturação das crianças. Isso também inclui outras actividades, como usar
inadequadamente os computadores, telefones celulares ou câmaras de vídeo e digitais para explorar, expor
ou perseguir crianças ou aceder pornografia infantil em qualquer meio.
• Trabalho infantil: trabalho que priva as crianças de sua infância, do seu potencial e da sua dignidade, e que
é prejudicial ao seu desenvolvimento físico e mental. Isto inclui o trabalho que é mentalmente, fisicamente,
social ou moralmente perigoso e prejudicial para as crianças; trabalho que interfere com a sua escolaridade
bem como a contratação de crianças que estão abaixo da idade mínima para o trabalho, estabelecida pela
legislação nacional ou normas internacionais. Nenhuma criança menor de 18 anos deve estar engajada em
trabalhos perigosos (ou seja, trabalho que é susceptível de prejudicar a sua saúde, segurança ou moral) ou
outras formas piores de trabalho infantil, como tráfico, exploração sexual, servidão por dívida, trabalho
forçado e ao recrutamento ou uso de crianças menores de idade para propósito de segurança ou militar.
Isso também se concentra nas dimensões de género do trabalho infantil à luz do envolvimento provável de
raparigas em actividades como o trabalho doméstico e exploração sexual. Para um estudo mais
aprofundado, ver a Convenção n º 182 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre as Piores
Formas de Trabalho Infantil, o n º 138 sobre a Idade Mínima e a lei nacional do trabalho (artigos 23 a 27).
O trabalho infantil é uma das formas de Violência Contra a Criança (VCC).
• Exploração e Abuso Sexual (EAS):É o acto praticado pela pessoa que usa uma criança ou um adolescente
para satisfazer seu desejo sexual, ou seja, é qualquer jogo ou relação sexual, ou mesmo acção de natureza
erótica, destinada a buscar o prazer sexual com uma criança ou adolescente.Também pode ser qualquer
forma de exploração sexual de criança e adolescente (incentivo à prostituição, à escravidão sexual, ao
turismo sexual e à pornografia infantil).
• Assédio: é todo o comportamento indesejado, baseado em factor de discriminação, praticado aquando do
acesso ao emprego ou no próprio emprego, trabalho ou formação profissional, com o objectivo ou o efeito
de perturbar ou constranger a pessoa, afectar a sua dignidade, ou de lhe criar um ambiente intimidativo,
hostil, degradante, humilhante ou desestabilizador.
• Assédio sexual: é todo o comportamento indesejado de carácter sexual, sob forma verbal, não verbal ou
física, com o objectivo ou o efeito de perturbar ou constranger a pessoa, afectar a sua dignidade, ou de lhe
criar um ambiente intimidativo, hostil, degradante, humilhante ou desestabilizador.
• Medidas de responsabilização: são as medidas implementadas para garantir a confidencialidade dos
sobreviventes e para manter os contratados, consultores e o cliente responsável por instituir um sistema
justo de casos de VBG e VCC.
• Criança ou Crianças: é usado de forma intercambiável com o termo ‘menor’ e refere-se a uma pessoa com
menos de 18 anos. Isso está de acordo com o Artigo 1 da Convecção das Nações Unidas sobre os Direitos
da Criança, ratificada pelo governo de Moçambique e também abordado na lei de trabalho.
• Protecção à Criança (PC): é uma actividade ou iniciativa destinada a proteger as crianças de qualquer tipo
de dano, particularmente decorrentes da VCC.
• Trabalho decente: envolve oportunidades de trabalho que são produtivas e produz um rendimento justo.
O trabalho decente deve garantir a segurança no local de trabalho e protecção social para as famílias,
direitos no trabalho, diálogo social e melhores perspectivas de desenvolvimento pessoal e integração social.
As pessoas, incluindo jovens em idade de trabalhar, devem ser livres para expressar suas preocupações e
têm o direito à igualdade de oportunidades e de tratamento.
• Não discriminação: um dos quatro princípios fundamentais consagrados na Convenção sobre os Direitos
da Criança; ele prevê a igualdade de tratamento ao indivíduo sem distinção de raça, cor, sexo, língua,
deficiência, religião, opiniões políticas ou quaisquer outras, nacionalidade, origem indígena ou classe
59
social,ou ainda qualquer outra condição de riqueza, nascimento, etc. Em resumo, isso significa que todas
as crianças – em todas as situações, de todos os tempos, em toda parte – têm o mesmo direito de
desenvolver todo o seu potencial.
• União prematura: é a ligação entre pessoas, em que pelo menos uma seja criança, formada com propósito
imediato ou futuro de constituir família.
• Consentimento: é uma escolha informada subjacente à intenção, aceitação ou acordo voluntário de um
indivíduo para fazer algo. A falta de consentimento pode acontecer quando tal aceitação ou acordo é obtido
por ameaças, força, ou outras formas de coerção, abdução, fraude, decepção ou falsas declarações. De
acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança, o Banco Mundial considera que
o consentimento não pode ser dado por crianças menores de 18 anos, mesmo que a legislação nacional do
país em que o código de conduta seja introduzido tenha uma idademais baixa. A crença equivocada sobre
a idade da criança e o consentimento da criança não é uma defesa.
• Consultor: é qualquer empresa, companhia, organização ou outra instituição que recebeu um contracto
para prestar serviços de consultoria no âmbito do projecto.
• Empregado: é qualquer pessoa que ofereça mão-de-obra ao Proponente ou consultor do país dentro ou
fora do local de trabalho, geralmente sob um contracto ou acordo de trabalho formal ou informal, mas não
necessariamente em troca de um salário (por exemplo, incluindo estagiários e voluntários não
remunerados), sem a responsabilidade de gerir ou supervisionar outros funcionários.
• Procedimento de Alegação de VBG e VCC: é o procedimento prescrito a seguir a relatar incidentes de VBG
e VCC.
• Códigos de Conduta de VBG e VCC: são os códigos de conduta adoptados para o projecto que cobrem o
compromisso da empresa e as responsabilidades do gerente e indivíduos no que diz respeito à VBG e a VCC.
• Equipa de Conformidade de VBG e VCC (ECVGC): é uma equipa estabelecida pelo projecto para lidar com
problemas de VBG e VCC.
• Mecanismo de Gestão de Reclamações (MGR): é o processo estabelecido pelo projecto para receber e
resolver reclamações.
• Instigação (Grooming): são comportamentos que tornam mais fácil para um perpetrador procurar uma
criança para actividades sexuais. Por exemplo, um ofensor pode construir uma relação de confiança com a
criança e, em seguida, procurar sexualizar essa relação (por exemplo, encorajando sentimentos românticos
ou expondo a criança a conceitos sexuais através da pornografia).
o Instigação online (OnlineGrooming): é o acto de enviar uma mensagem electrónica com
conteúdo indecente para um destinatário que o remetente acredita ser um menor, com a
intenção de fazer com que o destinatário se envolva ou submeta à actividade sexual com outra
pessoa inclusive, mas não necessariamente o remetente.
• Perpetrador: é a pessoa que comete ou ameaça cometer um acto de VBG ou VCC.
• Protocolo de Resposta: é o mecanismo estabelecido para responder a casos de VBG e VCC.
• Sobrevivente/ sobreviventes: é a pessoa / pessoas negativamente afectadas pela VBG ou VCC. Mulheres,
homens e crianças podem ser sobreviventes da VBG; crianças podem ser sobreviventes da VCC.
• Local de Trabalho: é a área em que o desenvolvimento da infraestrutura está a ser realizada, como parte
do projecto.
• Imediações do local de trabalho: é a “área de influência do projecto” que é qualquer área urbana ou rural,
directamente afectada pelo projecto, incluindo todos os assentamentos humanos encontrados nela.
60
Código de Conduta da Empresa
61
• Os favores sexuais, por exemplo, são proibidos promessas ou tratamento favorável
dependente de actos sexuais, ou outras formas de comportamento humilhante, degradante
ou explorador.
• A menos que exista pleno consentimento de todas as partes envolvidas no acto sexual, as
interacções sexuais entre os funcionários da empresa (a qualquer nível) e os membros das
comunidades circunvizinhas são proibidas. Isso inclui relacionamentos que envolvem a
retenção/ promessa de provisão efectiva de benefício (monetário ou não monetário) aos
membros da comunidade em troca de sexo. Essa actividade sexual é considerada “não
consensual” no escopo deste Código.
• Todos os funcionários, incluindo voluntários e subcontratados, são altamente encorajados a
reportar actos suspeitos ou reais de VBG e/ou VCC por um colega de trabalho, seja na mesma
empresa ou não. Os relatórios devem ser feitos de acordo com os procedimentos de alegação
de VBG e VCC.
• Os gerentes são obrigados a denunciar actos suspeitos ou reais de VBG e/ou VCC, uma vez
que têm a responsabilidade de manter os compromissos da empresa e manter seus relatórios
directo a seus responsáveis.
• A empresa e seus associados devem assegurar que as comunicações e o marketing não
tenham um impacto negativo sobre os direitos das crianças. Isso se aplica a todos os meios e
ferramentas de comunicação. As campanhas de marketing não devem reforçar a
discriminação. Avaliar se existe maior susceptibilidade das crianças na manipulação, e os
efeitos do uso de imagens não realistas ou sexualizadas do corpo bem como o uso de
estereótipos.
• Para garantir que os princípios acima mencionados sejam efectivamente implementados, a
empresa compromete-se a garantir que:
• Todos os gerentes assinam o “Código de Conduta do Gerente” detalhando suas
responsabilidades pela implementação dos compromissos da empresa e pelo cumprimento
das responsabilidades no “Código de Conduta Individual”.
• Todos os funcionários assinam o “Código de Conduta Individual” do projecto, confirmando
seu acordo para não se envolver em actividades que resultem em VBG ou VCC.
• Expor os Códigos de Conduta da empresa e individuais de forma proeminente e de forma clara
nos acampamentos, escritórios e locais públicos da área do projecto. Exemplos incluem áreas
de espera, repouso e lobbies, cantinas e clínicas de saúde.
• Assegure que todas as cópias publicadas e distribuídas pela Companhia e os Códigos de
Conduta individuais sejam traduzidos para um idioma de uso apropriado nas áreas do local de
trabalho, bem como para qualquer equipa internacional em sua língua nativa.
• Uma pessoa apropriada é nominada como “Ponto Focal” da empresa para abordar questões
de VBG e VCC, incluindo a representação da empresa na Equipa de Conformidade de VBG e
VCC (ECV) composta por contratados, consultor de supervisão e os prestadores de serviços
locais.
• Assegurar que um Plano de Acção efectivo seja desenvolvido em consulta com a ECVGC, que
inclui como mínimo:
a) Procedimento de Alegação a VBG e VCC para reportar casos de VBG e VCC através do
Mecanismo de Gestãode Reclamações (MGR);
b) Medidas de Responsabilização para proteger a confidencialidade de todos os
envolvidos; e,
c) Protocolo de Resposta aplicável aos sobreviventes e perpetradores da VBG e VCC.
• Que a empresa implemente efectivamente o Plano de Acção, fornecendo informação
actualizada a ECV pelas melhorias e actualizações conforme apropriado. Que a empresa
implemente efectivamente o Plano de Acção, fornecendo informação actualizada a ECVGC
para melhorias e actualizações conforme apropriado.
62
• Todos os trabalhadores devem participar de uma formação de indução antes do início dos
trabalhos na área do projecto para garantir que estejam familiarizados com o compromisso
da empresa e do Código de Conduta do projecto para VBG e VCC.
• Todos os funcionários participam de um curso de treinamento obrigatório, uma vez por mês,
durante o período de vigência do contracto a partir do primeiro treinamento de indução antes
do início do trabalho para reforçar a compreensão do Código de Conduta de VBG e VCC do
projecto.
Por este meio, confirmo ter lido o Código de Conduta da empresa e, em nome da empresa, concordo
em cumprir as normas nele contidas. Entendo que o meu papel e responsabilidades para evitar e
responder a casos de VBG e VCC. Entendo que qualquer acção inconsistente com este Código de
Conduta da empresa ou falha na acção exigida por este Código de Conduta da empresa pode resultar
em acção disciplinar.
Assinatura: _________________________
Nome impresso:_________________________
Título: _________________________
Data: _________________________
63
Código de conduta para Gestores
Implementação
8) Todos os gestores são obrigados a participar de um curso de indução para gestores antes do
início dos trabalhos no local de forma a garantir que eles estejam familiarizados com as
funções e responsabilidades na manutenção dos códigos de conduta de VBG e VCC. Essa
formação será separada da indução para todos os funcionários e proporcionará aos gestores
o entendimento necessário e o apoio técnico necessário para começar a desenvolver o Plano
de Acção para abordar questões de VBG e VCC.
9) Certifique-se de que o tempo fornecido durante o horário de trabalho e que a equipe atende
a formação de indução facilitada pelo projecto, obrigatório sobre a VBG e VCC necessários
para todos os funcionários antes de iniciar o trabalho no local.
10) Os gestores são obrigados a participar e auxiliar nos cursos de formação mensais facilitados
pelo projecto para todos os funcionários. Os gestores serão obrigados a apresentar as
formações e anunciar as auto-avaliações.
Recolher pesquisas de satisfação para avaliar experiências das formações e fornecer conselhos sobre
como melhorar a eficácia das formações.
Resposta
Assinatura: _________________________
Título: _________________________
Data: _________________________
66
Código de Conduta Individual
14O consentimento é definido como a escolha informada subjacente à intenção, aceitação ou concordância voluntária de
um indivíduo de fazer algo. Nenhum consentimento pode ser encontrado quando tal aceitação ou acordo é obtido através
do uso de ameaças, força ou outras formas de coerção, abdução, fraude, decepção ou falsas declarações. De acordo com a
Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança, o financiador considera que o consentimento não pode ser dado
por crianças menores de 18 anos, mesmo que a legislação nacional do país em que o Código de Conduta seja introduzido
uma idade mais baixa. A crença equivocada sobre a idade da criança e o consentimento da criança não é uma defesa.
67
• Considerar e denunciar através do MGR ou ao seu gestor qualquer suspeita ou caso real de
VBG ou VCC por um colega de trabalho, seja empregado pela minha empresa ou não, ou
quaisquer violações deste Código de Conduta.
No que se refere às crianças menores de 18 anos:
• Sempre que possível, assegure-se de que outro adulto esteja presente ao trabalhar próximo
de crianças.
• Não convidar crianças não acompanhadas que não estão relacionadas à minha família em
minha casa, amenos que estejam em risco imediato de ferimentos ou em perigo físico.
• Não durma perto de crianças não supervisionadas, a menos que seja absolutamente
necessário, caso em que deve obter a permissão de um supervisor e, garantir que outro adulto
esteja presente, se possível.
• Usar computadores, vídeos, telefones celulares ou câmaras digitais adequadamente, e nunca
para explorar ou assediar crianças ou para aceder pornografia infantil através de qualquer
meio (veja também ‘uso de imagens infantis para fins relacionados ao trabalho abaixo).
• Abster-se de punição física ou disciplinar de crianças.
• Abster-se de contratar crianças para trabalho doméstico ou de outra forma, o que é
inadequado, dado a idade ou estágio de desenvolvimento, o que interfere com o tempo
disponível para actividades educacionais e recreativas, ou que os coloque em risco
significativo de lesão.
• Cumprir com todas as leis locais relevantes, incluindo leis trabalhistas em relação ao trabalho
infantil.
• Os trabalhadores e beneficiários e outros representantes nunca devem:
o Maltratar ou agir de forma abusiva, ou de forma que possa colocar a criança em
risco de maus-tratos ou abuso.
o Envolver menores em actividades laborais fora da idade permitida ou que
impliquem riscos.
o Faça insinuações, ofereça conselhos ou use linguagem que possa ser caracterizada
como inadequada, ofensiva ou abusiva.
o Ter comportamento físico impróprio ou sexualmente provocativo.
o Leve uma criança com quem você trabalha para dormir em casa e sem supervisão.
o Dormir no mesmo quarto ou cama que um menorcom quem você trabalha.
o Tolerar ou se envolver em comportamento ilegal ou perigoso com menores.
o Agir com o objectivo de envergonhar, humilhar, menosprezar ou degradar as
crianças, ou cometer qualquer tipo de punição, ou abuso emocional.
o Discriminar ou mostrar tratamento preferencial para uma criança excluindo outras
pessoas.
Uso de imagens infantis para fins relacionados ao trabalho
• Antes de fotografar ou filmar uma criança, avaliar e tentar cumprir as tradições ou restrições
locais para reproduzir imagens pessoais.
• Antes de fotografar ou filmar uma criança, obtenha o consentimento informado da criança e
de um dos pais ou responsável da criança. Como parte disso, deve explicar como a fotografia
ou o filme serão usados.
• Assegurar que fotografias, filmes, vídeos e DVDs apresentem crianças de maneira digna e
respeitosa e não de forma vulnerável ou submissa. As crianças devem ser adequadamente
vestidas e não em poses que possam ser vistas como sexualmente sugestivas.
• Certifique-se de que as imagens são representações honestas do contexto e dos factos.
68
• Verifique se os rótulos dos arquivos não revelam informações de identificação sobre uma
criança ao enviar imagens electronicamente.
Sanções
Entendo que se eu transgredir esse Código de Conduta Individual, o meu empregador irá tomar
acções disciplinares que podem incluir:
• Advertência informal;
• Advertência formal;
• Formação adicional;
• Perda de até uma semana de salário;
• Suspensão do emprego (sem pagamento de salário), por um período mínimo de um mês e
máximo de seis meses;
• Cessação do emprego;
• Reportar a Polícia, se comprovado.
Entendo que é minha responsabilidade evitar acções ou comportamentos que possam ser interpretados como
VBG ou VCC ou violar este Código de Conduta Individual. Reconheço que li o Código de conduta individual
acima mencionado, concordo em cumprir com os padrões contidos nele e compreendo meus papéis e
responsabilidades para evitar e responder à VBG e VCC. Entendo que qualquer acção inconsistente com este
Código de Conduta Individual ou falha de acção exigida por este Código de Conduta Individual pode resultar
em acção disciplinar e pode afectar meu emprego.
Assinatura: _________________________
Título: _________________________
Data: _________________________
69
ANEXO V – Procedimento de operacionalização
do Mecanismo Gestão de Reclamações (MGR)
70
Procedimento de operacionalização do Mecanismo Gestão de Reclamações (MGR)
71
Proponente/Provedor de Serviço, dependendo da natureza da reclamação, nomeiam
uma pessoa ou equipe apropriada para obter informações e investigar cada caso.
72
Folha de registo e monitoria de Reclamações*
Satisfeito
Satisfeito
Entidade Proposta de com a
Data que se com o
Nr da Data da Nome do responsável Pessoa resolução e Data de Se não, resolução?
toma processo? Se não, motivo
reclamação recepção Recebido por reclamente Comunidade Reclamação Categoria pela solução responsável data resolução Data de fecho motivo (If (Sim/Não)
conhecimento (sim | não) (If no, why
(Grievance #) (Date (Received by) (Name of (Community) (Grievance) (Category) (Responsible (Complaint (Proposed (Date of (Date Closed) no, why (Satisfied
(Date (Satisfied not?)
Received) Complainant) Unit or Owner) Resolution Resolution) not?) with
Acknowledged) with Process)
Contractor) and date) Outcome)
(yes/no)?
(yes/no)?
Compensação, Data em que a
Saúde, empresa e o
Data em
Segurança, reclamante
Data de que a
A data é Recrutamento, concordam que Justificação Com base no
Nome da apresentação à Gestor com a empresa Justificação dos
rastreada para Desinformação Podendo ser Data da todas as acções dos motivos feedback
pessoa que Unidade responsabilid resolve e motivos que
medir a ou falta de o resposta para resolver uma que levam a verbal ou
Número de recebeu e responsável pelo ade final de implementa levam a
resposta geral e informação, Contratante, formal por reclamação foram Opinião do insatisfação escrito do
registro da registrou a Pode incluir Local do Descrição da seguimento da resolver a a queixa insatisfação
o tempo de Comportamento, o projecto, o escrito ao tomadas e reclamante com o queixoso.
reclamação reclamação anonimato incidente reclamação reclamação reclamação com a
resolução Outros governo ou reclamante esgotadas processo
(Date when resolução
outro (feedback (Based on
(Grievance (Name of the (Can include (Location of (Description (Date of (Manager with the
(Date is tracked (Compensation,H (Date of (Date when from the (Reasons verbal or
identification person who "anonymous') incident) of grievance) submission to final resolution to (Reasons for
to measure ealth-Safety, (Project/cont formal written company and complainant) for written
number) received and the Unit responsibility a complaint dissatisfaction
overall Recruitment, ractor/govern response to complainant dissatisfacti feedback
registered the responsible for for resolving is with the
response and Disinformation or ment/other) the agree that all on with the from the
complaint) handling the the complaint) implemente outcome)
resolution time) lack of complainant) necessary actions process) complainant)
complaint) d by the
information, to resolve a
company)
Behaviour, complaint have
Other) been taken)
* Pode ser mantida e alimentada em base de dados em Excel ou equivalente e reportado regularmente no relatório de progresso
73
ANEXO VI – Procedimentos de Respostas a Situações de
Emergência
74
Procedimento de Resposta a Atropelamento
Fluxograma Descrição Responsável
Não tocar na vítima, acalmando-a e solicitando-lhe que não se mexa; Qualquer colaborador
Avaliar a gravidade da lesão e prestar primeiro socorro, caso seja necessário e haja Socorrista treinado
socorrista treinado;
Transportar a vítima até uma unidade médica caso não seja grave; Qualquer colaborador
Se for grave, chamar Emergência Médica ou socorrista a nível comunitário para o Qualquer colaborador
transporte a unidade hospitalar mais próxima, informando calmamente do local
da ocorrência, número de vítimas e do seu estado;
75
Procedimento de Resposta a Derrames de Substância Perigosa
Fluxograma Descrição Responsável
Estancar ou eliminar a fonte do derrame, tomando sempre as devidas precauções Qualquer colaborador* que
de segurança; conheça a FISPQ do
produto**
Absorver e recolher o produto derramado para um recipiente próprio de modo a Qualquer colaborador* que
proceder à sua eliminação em local adequado; conheça a FISPQ do
produto**
Tentar represar o derrame (conter para evitar alastramento) recorrendo à Qualquer colaborador* que
utilização do meio disponíveis; conheça a FISPQ do
produto**
Esperar pela actuação das autoridades, não abandonando o local e adoptando uma Qualquer colaborador
atitude preventiva no que diz respeito ao efeito que o derrame poderá provocar;
*Apenas colaboradores que conheçam os perigos e com adequado equipamento de protecção individual e colectivo devem manusear produtos químicos,
incluindo em emergências.
**Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico (FISPQ - também conhecido por MSDS) é um documento que fornece informações detalhadas sobre
o produto químico e acções de emergência a serem adoptadas em caso de acidente. É um documento obrigatório que deve ser obtido no fornecedor do
produto (geralmente disponível na internet) e o seu conteúdo deve ser conhecido por quem utiliza, movimenta ou transporta o produto.
76
Procedimento de resposta para assistência a vítimas
Fluxograma Descrição Responsável
Afastar o perigo da vítima ou vice-versa e sinalizar o local, de modo a evitar Qualquer colaborador
novo acidente ou o agravamento do estado do sinistrado;
Prestar o primeiro socorro à vítima ou levar ao posto médico, verificando se Socorrista treinado
existe:
Asfixia
Choque
Hemorragia
Envenenamento
Nota: Dependendo da gravidade do sinistro, o socorrista não deverá remover a vítima. A evacuação deverá ser feita pela guarnição da ambulância.
77
Procedimento de Combate a Incêndios
78